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Taça da Liga NOS é produzida em Gondomar > P.8 e 9 Sociedade Mercado da Areosa Clínica social e balcão de serviços para breve > P.6 Cultura Ourindústria 2015 traz desfile de joias ao Multiusos de Gondomar > P.25 Reportagem Vivacidade Mineiros de S. Pedro da Cova encontraram-se 45 anos depois Joana Amaral Dias, Fernando Gomes e Rui Rio discutem o 25 de Abril em Gondomar > P.28 e 29 Câmara condenada a pagar 11 milhões de euros em fundos comunitários > P.36 > P.33 ÚLTIMA HORA

Edição de março de 2015

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Nesta edição destacamos os mineiros de S. Pedro da Cova. Numa altura em que se assinalam os 45 anos do encerramento das minas e os 80 anos do Cavalete de S. Vicente, a Junta de Freguesia e o Museu Mineiro, organizaram o I Encontro dos Trabalhadores da Companhia das Minas de Carvão de S. Pedro da Cova. Ouvimos três vozes conhecedoras (antigos trabalhadores e entidades) que deram a conhecer algumas recordações da época e os planos para o futuro. Descobrimos também a empresa responsável pela produção de todas as taças da Federação Portuguesa de Futebol, com sede em S. Cosme. A empresa ofereceu, inclusive, um cálice ao Papa Bento XVI. Damos também a conhecer aos leitores o que tem os planos do Município para o Mercado da Areosa e falamos ainda, entre outras notícias, da programação para o 25 de Abril, da Festa do Sável e da Lampreia, da Ourindústria, do Dia do Rio Tinto e do Centro Cultural de Rio Tinto. No fecho desta edição, fomos ainda confrontados - e não pudemos passar ao lado - com

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Page 1: Edição de março de 2015

Taça da Liga NOSé produzida em Gondomar

> P.8 e 9

SociedadeMercado da AreosaClínica social e balcão de serviços para breve

> P.6

CulturaOurindústria 2015traz desfile de joias ao Multiusos de Gondomar

> P.25

Reportagem Vivacidade

Mineiros de S. Pedro da Covaencontraram-se 45 anos depois

Joana Amaral Dias,Fernando Gomese Rui Riodiscutem o 25 de Abrilem Gondomar

> P.28 e 29

Câmara condenada a pagar11 milhões de eurosem fundos comunitários

> P.36

> P.33

ÚLTIMA HORA

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2 VIVACIDADE MARÇO 2015

Editorial

Caros Leitores,

Tive que confirmar para acreditar. O novo website www.vivacidade.org multiplicou por três as visualizações que tínhamos na antiga plataforma, atingindo o impressionante número de 12 mil visitantes individuais em menos de um mês.

Esta é mais uma consequência do enorme profissionalismo, dedicação e competência da equipa que todos os meses organiza e produz este jornal.

De facto, desde o seu lançamento, há mais de oito anos, o Vivacidade apenas falhou um prazo de entrega. Isto é verdade para a edição impressa mas também para a edição em PDF e para a edição online no próprio site. Ou seja, o que o Vivacidade promete cumpre sempre.

Vem isto a propósito da opor-tunidade das notícias. Muitas vezes acontece vermos em meios de comu-nicação locais notícias desfasadas no tempo, e muitas vezes assistimos à publicação tardia de informação, que deixa de ter oportunidade quando não é dada aos seus destinatários no momento em que faz sentido. Claro que em anúncios o problema chega a ser cómico. Por exemplo, o edital com prazo sair depois do dia em que o efeito pretendido seria obtido.

Continue a visitar o nosso novo website em www.vivacidade.org te-mos como objetivo atingir rapida-mente as 20 mil visualizações indivi-duais no mesmo mês! Ajude-nos. n

José Ângelo PintoAdministrador da Vivacidade, S.A.Economista e Docente Universitário

Registo no ICS/ERC 124.920Depósito Legal:250931/06

Diretor:Augusto Miguel Silva Almeida (TE-873)Redação:Ricardo Vieira Caldas (CP-9828)Pedro Santos Ferreira (CP-10017)Departamento comercial:Serafim RibeiroTel.: 910 600 079Paginação:José VazAdministração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A.Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 1974435-778 Baguim do MonteAdministrador: José Ângelo da Costa PintoDetentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda.Sede de Redação: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTOTel.: 910 600 078 / 919 275 934Colaboradores: Alcina Cunha, Ana Gomes, André Campos, Andreia Sousa, António Costa, António Valpaços, Catarina Martins, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Elisabete Castro, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, João Pedro Sousa, José António Ferreira, José Luís Ferreira, José Pedro Oliveira, Luís Alves, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Margarida Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rui Nóvoa, Rui Oliveira e Sandra Neves.

Impressão: UnipressTiragem: 10 mil exemplaresSítio na Internet: www.vivacidade.orgFacebook: www.facebook.com/vivacidadegondomarE-mail: [email protected]: [email protected]

Sumário:

BrevesPágina 4

Reportagem VivacidadePáginas 8 e 9

SociedadePáginas 6 a 23

CulturaPáginas 24 a 26

DestaquePáginas 28 e 29

PolíticaPáginas 30 a 38

DesportoPáginas 40 a 42

Empresas & NegóciosPágina 43 a 46

OpiniãoPáginas 47 a 51

LazerPáginas 52 e 53

EmpregoPágina 54

Próxima Edição 23 de abril

A Estrada de D. Miguel, via dorsal que serve de cume na crista mais alta do conce-lho de Gondomar, ligando o Alto da Serra à Beira Rio, carrega consigo a fama de uma via perigosa, onde, aliás, se têm registado diversas mortes nos últimos anos.

Vários executivos muni-cipais intervieram múltiplas vezes naquela via. Foram instalados semáforos com radares de controlo de ve-locidade; chegaram a existir lombas de borracha nos lu-gares de travessias mais in-tensas; reforçou-se a sinaliza-ção vertical de passagem de peões; montaram-se barrei-ras de proteção em vários lo-cais; iluminou-se a via (aliás, neste momento mais de me-tade dos candeeiros não fun-cionam!); foram construídas rotundas para disciplinar o trânsito, etc, etc.

A verdade é que os aci-dentes continuaram a verifi-car-se com bastante intensi-dade, representando aquela via uma verdadeira ratoeira para os moradores que a uti-lizam com mais frequência. Tudo pela simples razão de que o desenho da via, em ter-mos de sinalização no asfalto, era convidativo à velocidade.

A estrada tinha na maior parte da sua extensão duas faixas em cada sentido, facto que, por si só, induz os auto-mobilistas a carregarem no acelerador, nomeadamente em ultrapassagens nem sem-pre seguras.

Recentemente o Muni-cípio – não sabemos se em resposta aos alertas do Bistu-ri! – interveio na via, de duas formas: tentou tapar alguns buracos e fendas no asfalto – verdade se diga de forma muito precária… - e redese-nhou as faixas de rodagem.

Em boa parte do traje-to reduziu a via a uma faixa de circulação, criando ban-das de estacionamento nos locais residenciais. Desta forma serviu os morado-

res, demonstrando respeito por quem lá vive. Fez bem quem assim pensou, e, com um simples tracejado, disci-plinou o trânsito, pois todos sabemos que ao verem carros estacionados de um lado e de outro os automobilistas têm, naturalmente, maior cuida-do na condução, e circulam a menores velocidades.

Ao mesmo tempo foram aproveitados alguns espaços, onde tal era possível, para conciliar estacionamento lo-cal com uma pista de peões e de velocípedes. Outro gesto louvável e inteligente. As me-lhorias são significativas, mas insuficientes. De facto há ainda zonas onde se mantêm as duas faixas de rodagem, e nenhum espaço para a circu-lação de peões ou de bicicle-tas. É certo que são zonas não habitadas, e onde a estrada é mais larga. Mas ainda assim seria preferível reduzir toda a via a uma só faixa em cada sentido, e fomentar a circula-ção de peões em saudáveis e agradáveis caminhadas. Falta pois acabar este serviço, e re-por a iluminação. n

Estrada de D. Miguel pode ser mais segura

Bisturi

Henrique Villalva

POSITIVO

A corporação dos Bombeiros Volun-tários de Valbom já conta, desde o dia 6 de março, com uma nova ambulância de socor-ro. O mais recento meio operacional veio reforçar o grau de efi-cácia daquela unida-de.

NEGATIVO

Parte da avenida da Conduta, em Rio Tin-to, parece ter ficado esquecida nas obras de melhoramento rea-lizadas numa das vias mais movimentadas de Gondomar. O pas-seio, em terra, trans-forma-se em lama nos dias de chuva, colo-cando em risco a cir-culação dos peões.

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para [email protected]

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4 VIVACIDADE MARÇO 2015

Breves

Em dia de FC Porto x Sporting CP, a 1 de março, o Núcleo Sportinguista de Gondomar soprou 13 velas de aniversário. O evento con-tou com a presença do ex-futebolista Nelson Alves, Tiago, treinador de guarda-redes do Sporting CP, e Bruno Mascarenhas, vogal do conselho diretivo do clube leonino.

A 17 de março, um incêndio deflagrou em Jancido, na freguesia de Foz do Sousa. No combate ao incêndio estiveram 46 elementos, apoiados por 14 veículos provenientes das corporações de bombeiros de Gondomar, São Pedro da Cova, Areosa, Pedrouços e Valongo. Horas depois o incêndio foi apagado, após ter provocado o pânico na localidade.

Pedro Ribeiro e José Vaz, criadores do jogo “ZEZ” para smartphones Android e iOS, apresentaram a 23 de março, na Faculdade de Economia do Porto (FEP) o próximo jogo de-

senvolvido pela dupla da Artbit Studios, intitu-lado “Nightcall”. O objetivo dos criadores é in-ternacionalizar o jogo através de um editor que fique responsável pela distribuição do mesmo.

O Grupo Desportivo e Coral de Fânzeres celebrou a 10 de março o 86.º aniversário. “Oitenta e seis anos é uma idade jovem. So-mos um clube que está em constante cresci-mento e contamos com quem todos os dias

nos apoia para fazermos isso mesmo, cres-cer”, escreveu a direção do clube na página oficial do Facebook. Julga-se que a data da fundação terá sido entre 10 e 15 de março de 1929.

A Junta da União das Freguesias de Fân-zeres e São Pedro da Cova lançou a 1ª edição do Prémio “Conta-me um Conto”, destinado a alunos do 2.º e 3.º ciclo, com o limite etá-

rio de 18 anos, completados até 22 de maio de 2015. Promover e consolidar hábitos de leitura e de escrita é o principal objetivo do concurso.

A Associação Recreativa Cultural da Ur-banização do Crasto (ARCUCRA) organizou o I Torneio de Sueca. O torneio contou com a presença de várias coletividades de Baguim do Monte. Paulo Pinto e Adão, da Associação Cultural e Recreativa Estrela de Baguim, sagra-ram-se vencedores.

No dia 22 de março, a Orquestra Geração de Gondomar e a Orquestra Municipal Gera-

ção da Amadora, deram um concerto no audi-tório do Hospital Escola Fernando Pessoa.

Diana Ferreira, deputada do Partido Comu-nista Português na Assembleia da República, di-namizou a sessão do Parlamento dos Jovens, a 10 de março, na Escola Secundária de Rio Tinto. O

debate centrou-se na questão “Ensino Público e Privado, que desafios?”. Os jovens representantes das diversas escolas do ensino secundário do dis-trito do Porto, marcaram presença na sessão.

Núcleo Sportinguista de Gondomar celebrou 13.º aniversário

Incêndio florestal provocou pânico em Jancido

Criadores de “ZEZ” regressam com “Nightcall”

Grupo Desportivo e Coral de Fânzeres comemorou86.º aniversário

União de Freguesias lança concurso de prosa em Fânzeres e São Pedro da Cova

ARCUCRA organizou I Torneio de Sueca

Orquestra Geração de Gondomar atuou no Hospital Escola

Diana Ferreira dinamizou Parlamento dos Jovens na Secundária de Rio Tinto

Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, formalizou a 21 de março, a entrega de 155 Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) para incêndios flo-restais às cinco corporações de bombeiros do concelho. O Município participou com mais de 12 mil euros, num investimento total de 82 mil euros.

Câmara entrega equipamentos de proteçãoa bombeiros de Gondomar

A Seleção Gondomar D’Ouro de Sub-14 foi apresentada, a 21 de março, no Multiu-sos de Gondomar. Aos atletas que vão par-ticipar no Torneio Interconcelhio Adriano

Pinto, da Associação de Futebol do Porto (AFP), Sandra Brandão, vereadora do Des-porto, exigiu a vitória na competição do “fair-play”.

Seleção de Gondomar apresentada no pavilhão Multiusos

Sara Moreira, atleta iniciada do primei-ro ano, da Associação Recreativa Luz e Vida Gondomarense, é líder do ranking nacional nos 800 metros, em pista coberta, segundo a

Federação Portuguesa de Atletismo. Mariana Couto, Bruna Matos e Henrique Neves tam-bém garantiram lugares cimeiros no ranking nacional.

Sara Moreira lidera ranking nacional

A Câmara Municipal de Gondomar anun-ciou, no dia 20 de março, na apresentação pú-blica do Projeto e-Jovem E5G, a cedência de novas instalações para a sede da Associação

Silveirinhos. A ARCSS passará, agora, para a Escola da Mó, uma infraestrutura com cinco salas, pavilhão, espaço exterior, cozinha e bal-neários.

Escola da Mó atribuída à Associação R. C. Social de Silveirinhos

No dia 14 de março foi inaugurada uma ex-posição em homenagem ao músico, escritor e mestre Lopes-Graça, nas instalações da Junta de São Pedro da Cova. Daniel Vieira, presidente da

Junta da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, e Luís Filipe Araújo, vice-presi-dente da Câmara de Gondomar, inauguraram a exposição e teceram elogios a Lopes-Graça.

Inaugurada exposição Lopes-Graça

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“Há três projetos diferentes: ocupação do edifício atual, reor-ganização do espaço da feira e aproveitamento da praça e re-negociação do estacionamento”, começa por revelar, em exclusivo ao Vivacidade, o presidente do município de Gondomar, Marco Martins. “É necessário retomar a dinâmica perdida por culpa de um erro estratégico”, admite e, desse modo, há um “compromisso de revitalizar o Mercado da Areosa e o comércio adjacente”, refere o edil camarário.

A Câmara Municipal leva assim à reunião da autarquia, a proposta de um protocolo com a Cooperativa de Solidariedade Social Povos de Gondomar (CSS-PG) para “dinamização e ocupa-ção do 2.º piso com uma Clínica Social com vários serviços.” Para o rés-do-chão, segundo Marco Martins, está previsto “um bal-cão unicooperativo, uma loja semelhante à Loja do Cidadão, mas que não terá serviços tão amplos”. As obras ficam a car-go da cooperativa e a autarquia conta “ter o edifício ocupado em junho”.

Para a CSSPG a “contrapartida é que pagam renda, como os ou-tros lojistas, e comprometem-se a realizar um conjunto de iniciati-vas para dinamizar o Mercado da Areosa, todos os sábados de tarde. A primeira será no dia 25 de abril”, revela o presidente.

‘Areosa Vintage Fair’ pre-tende revitalizar o mercado todos os sábados à tarde

As iniciativas vão ser organi-zadas em parceria com a CMG e a Junta de Rio Tinto mas é a CSSPG

que vai dinamizar todos os sába-dos a tarde a ‘Areosa Vintage Fair’. Na prática, o conceito passa por uma feira de velharias, tralhas e usados, disponível para qualquer cidadão a um preço simbólico. “Cada vez mais e em tempo de crise social, estas feiras francas são importantes, pois ajudam quem está desempregado ou usu-frua de baixas reformas, a ter um complemento mensal ao seu ren-dimento. Decorrem atualmente na Área Metropolitana do Porto diversas iniciativas deste géne-ro e achamos que o Mercado da

Areosa seria um local ótimo para a realização de uma feira destas. Será uma feira aberta a sócios e não sócios da CSSPG, tendo os sócios 50% de desconto no dona-tivo que todos os participantes na AVF terão de fazer à cooperati-va, sendo essa verba utilizada na promoção e realização da própria Areosa Vintage Fair”, explica a organização num comunicado disponibilizado ao Vivacidade. O objetivo é “procurar envolver a comunidade residente local e atrair público e feirantes de todo o Grande Porto”.

Feirantes poderão contar com a praça num conceito “semelhante ao da Feira de Rio Tinto”

Ao Vivacidade, Marco Martins esclarece que a CMG vai reunir--se brevemente com os feirantes da Areosa para encontrar uma solução para a revitalização do mercado. “Queremos reunir com os feirantes durante o mês de abril, o vereador José Fernando tem liderado essas conversas. Queremos aproveitar a praça, num conceito semelhante ao da Feira de Rio Tinto. O objetivo é ter isso concluído até ao verão”, revela.

Câmara lança novo concur-so público para reduzir tari-fas de estacionamento

Como parte integrante da re-vitalização do Mercado da Areo-sa, Marco Martins confirmou ao Vivacidade que vai “lançar um novo concurso público para nova concessão do estacionamento pago com tarifas mais baixas que as atuais, que são 85 cêntimos por hora.” Apesar da intenção de redu-zir as tarifas, o presidente da CMG menciona que “o estacionamento tem que manter-se pago” na Areo-sa. n

Edifício do Mercado da Areosa vai acolherclínica social e balcão de serviçosCâmara quer revitalizar praça com feirantes até ao verão e reduzir tarifas de estacionamento

O Mercado da Areosa vai finalmente ser alvo de uma revitalização. A Câmara Municipal vai, através de um protocolo com a Coo-perativa de Solidariedade Social Povos de Gondomar, ocupar o segundo piso do edifício com uma clínica social e transformar o rés--do-chão num local de serviços com um balcão algo semelhante a um Espaço do Cidadão. Para o exterior, o presidente da Câmara, Marco Martins, quer até ao verão ver concluídas as obras de requalificação do mercado e reduzir as tarifas de estacionamento.

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Sociedade

VIVACIDADE MARÇO 2015

Texto: Ricardo Vieira Caldas

PISO 2Outros serviços

PISO 1Clínica Social

PISO 0Balcão de Serviçose comércio

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IVO VIVACID

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IVO VIVACID

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> Segundo os comerciantes, o estacionamento pago na Areosa fez diminuir a procura no comércio local

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Até 24 de maio o FC Porto ou o SL Benfica vão erguer (ao que tudo indíca) a taça da primeira divisão portuguesa de futebol, um “caneco” totalmente produzido em Gondomar por uma empresa se-diada em São Cosme.

Há 35 anos atrás, Domingos Guedes, fundador e responsável pela Domingos Guedes, Lda. re-gressou do Ultramar e decidiu pôr mãos à obra ao criar uma empresa artesanal em Fânzeres, de onde é natural. “Como já trabalhava neste ramo dei seguimento e decidi co-meçar a trabalhar por minha con-ta”, recorda o empresário.

“No início passamos momen-tos complicados na altura do Pro-cesso Revolucionário em Curso

(PREC) mas mesmo assim decidi arriscar e criar um negócio. A par-tir daí fui-me adaptando e come-çamos por trabalhar com produtos mais pequenos até surgir a oportu-nidade de exportar para o Brasil”, conta Domingos Guedes.

Desde então a empresa virou--se para o comércio internacional e exporta atualmente para vários países: Suécia, Inglaterra, Dina-marca, Suíça, Espanha e Estados Unidos. Segundo Domingos Gue-des, Portugal ainda não acolhe as “condições necessárias para o desenvolvimento económico” das empresas de artesanato e o mer-cado não apresenta condições fa-voráveis ao ramo de atividade, por isso a empresa continua a focar-se no estrangeiro.

Segredo do sucesso? “Fazemos o que as grandes empresas não fazem e nunca dizemos não a um

trabalho”, sublinha o responsável. A jovem equipa, composta por 16

artesãos, já lidou com encomendas de grandes quantidades, a última

veio de França e pedia mais de um milhão de anéis. “Demos conta do recado, como sempre”, refere Do-mingos Guedes ao recordar os dias difíceis antes do prazo da entrega. “O pessoal questionava porque é que eu tinha aceite uma encomen-da tão grande, mas mais uma vez cumprimos com o nosso trabalho”, afirma o diretor da empresa.

Quanto ao futuro, o empresá-rio não tem dúvidas, “a empresa vai continuar a seguir o seu cami-nho e a assumir todas as encomen-das”, desde as pequenas peças aos grandes troféus desportivos.

“A Supertaça Cândido Oli-veira foi distinguida como melhor troféu do ano”

Em 2011, quando Fernando Gomes foi eleito presidente da FPF, a federação optou por uma mudança de imagem nas taças das principais competições nacio-nais de futebol. A aposta recaiu na Domingos Guedes, Lda, que ficou responsável pela produção da taça da Liga NOS, Taça da Liga e Su-pertaça Cândido Oliveira.

“A FPF andava à procura de

Empresa gondomarense é responsável pelaprodução da taça da Liga NOSFundada em maio de 1980 por Domingos Guedes, a Domingos Guedes, Lda. é atualmente responsável pela manufaturação de todas as taças da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), entre outros objetos artesanais espalhados pelo mundo.

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Sociedade

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Texto: Pedro Santos Ferreira

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> A empresa produz também peças de arte sacra > “Fazemos o que as grandes empresas não fazem”, afirma Domingos Guedes

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uma empresa que executasse aquele trabalho e chegaram a pen-sar pedir a uma empresa italiana, mas alguém sugeriu que fossemos nós e começamos a trabalhar com a federação”, lembra o empresário.

No primeiro ano, a federação insistiu em acompanhar a execu-ção dos trabalhos e deslocou uma equipa de designers ao local. A partir daí a confiança estabelecida e a qualidade das taças “são garan-tias para a FPF”.

“Alguns trabalhos até já vale-ram distinções, como é o caso da Supertaça Cândido Oliveira que foi distinguida nos Estados Uni-dos como melhor troféu do ano”, destaca Domingos Guedes.

As taças são preparadas com meses de antecedência e prontas a ser entregues no jogo da consa-gração do título, mudança instituí-da pela presidência de Fernando Gomes. “Temos sempre que fazer duas ou três taças para a FPF ter os

troféus prontos caso vença o Porto ou Benfica”, conclui.

A empresa foi também res-ponsável pela produção das taças Quinas de Ouro, entregues no centenário da FPF, e por todas as réplicas do Museu CR7, de Cris-tiano Ronaldo.

Domingos Guedes ofere-ceu cálice barroco ao Papa Bento XVI

Na arte sacra a empresa é “sufi-

cientemente conhecida” e trabalha com várias paróquias. Entre as pe-ças mais famosas está uma réplica de um cálice barroco do século XVIII, oferecido ao Papa Bento XVI. “No Vaticano adoraram a peça e entretanto já tivemos que fazer várias cópias”, conta Domin-gos Guedes ao Vivacidade.

“Temos poucos clientes no concelho”

Apesar do sucesso fora de por-

tas, o diretor da empresa lamenta a escassez de clientes no concelho. “Curiosamente só comecei a tra-balhar com a FPF depois da saída do Major Valentim Loureiro da presidência da Liga Portuguesa de Futebol Profissional e em Gon-domar quase não trabalhamos”, admite Domingos Guedes. A em-presa mantém, no entanto uma relação muito próxima com diver-sas Universidades e autarquias do Norte de Portugal. n

Empresa gondomarense é responsável pelaprodução da taça da Liga NOSFundada em maio de 1980 por Domingos Guedes, a Domingos Guedes, Lda. é atualmente responsável pela manufaturação de todas as taças da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), entre outros objetos artesanais espalhados pelo mundo.

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Sociedade

Supertaça partida por Paulo Lopes

Na empresa está guardada a Taça da Liga partida por Paulo Lopes, guarda--redes do SL Benfica, no ano passado. O Benfica venceu o Rio Ave nas gran-des penalidades, após o nulo durante 120 minutos, e o guarda-redes subiu à baliza com a Supertaça erguida. O festejo acabou mal com a taça partida e um dedo cortado.“Há sempre casos em que as taças partem, por isso enviamos sempre duas ou três para prevenir essas situações”, refere Domingos Guedes.

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> Em 2013, Paulo Fonseca, ao serviço do FC Porto, com a Supertaça Cândido de Oliveira

> Em maio de 2014, Luisão ergueu a Taça da Liga

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As eleições realizadas a 27 de fevereiro reconduziram Jorge As-cenção como presidente do Con-selho Executivo da FAPAG para o biénio 2015/2017. O anterior líder da Federação de Associação de Pais de Gondomar renovou o compromisso de “apoiar e digni-ficar a representação parental” e responsabilizou-se a “reivindicar junto dos parceiros a correspon-dente responsabilidade e dignida-de institucional” numa missão que considera “difícil mas não impos-sível”.

Os objetivos foram traçados na

cerimónia de tomada de posse rea-lizada a 13 de março, no auditório da ACIG, perante uma sala lotada. Na mesa da sessão solene senta-ram-se José Mesquita, delegado regional do Norte da Direção-Ge-ral dos Estabelecimentos Escolares (DGEstE), Ilídio Ramos, presiden-te da Mesa da Assembleia Geral da FAPAG, e Sandra Brandão, verea-dora do Desporto e Juventude da Câmara de Gondomar.

“Não podemos estar nas asso-ciações de pais para defender os interesses individuais. Somos os primeiros defensores da qualidade

da educação para as nossas crian-ças e para os nossos jovens e isso é resultado do trabalho desenvol-vido por muitos pais e mães que souberam consolidar esta asso-ciação”, referiu Jorge Ascenção em discurso.

O presidente do Conselho Exe-cutivo apontou ainda os objetivos para o futuro da FAPAG e prome-teu continuar o trabalho desenvol-vido pela associação.

José Mesquita, da Direção de Serviços da Região Norte (DSRN), sublinhou o trabalho e dedicação do Conselho Executivo da FAPAG

e mostrou-se entusiasmado com a “dinâmica e empenho” dos res-ponsáveis pela associação. “Dia-riamente prestam um contributo notável à comunidade escolar por-que não há ninguém melhor que os pais para levar os problemas das escolas a bom porto”, afirmou José Mesquita.

Apoio financeiro de 2014 discutido em reunião da Câmara de Gondomar

Em discurso, Sandra Brandão garantiu a continuidade do apoio do Município à FAPAG e reco-

nheceu o “trabalho de grande va-lor” prestado ao concelho. A au-tarca lembrou que “por questões administrativas a FAPAG não recebeu o subsídio de apoio fi-nanceiro relativo a 2014”, situação que pretende resolver na próxima reunião da autarquia, quando o assunto for levado à discussão. Em resposta, Jorge Ascenção agradeceu o apoio da Câmara de Gondomar mas negou responsa-bilidades no “erro administrativo” e lamentou a ausência da verea-dora da Educação na cerimónia de tomada de posse. n

Jorge Ascenção renova mandatona liderança da FAPAGJorge Ascenção foi novamente empossado como presidente do Conse-lho Executivo da Federação das Associações de Pais de Gondomar (FA-PAG). A cerimónia de tomada de posse realizou-se a 13 de março no auditório da Associação Comercial e Industrial de Gondomar (ACIG).

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Sociedade

VIVACIDADE MARÇO 2015

> António Magalhães, Carla Vale e César Ferreira

Delegado Regional do Norte do IEFPvisita unidade industrial em Jovimque pretende contratar 40 trabalhadoresO Delegado Regional do Norte do Instituto de Emprego e Formação Profissional, César Ferreira, visitou, a 16 de março, as novas instalações da SPIANA, uma empresa de porcelana, em Jovim, que pretende criar brevemente 40 postos de trabalho.

Acompanhado pela Diretora do Centro de Emprego de Gon-

domar, Carla Vale, e por membros da direção e da administração da

empresa, César Ferreira aprovei-tou a visita à empresa de chávenas e pires para dar conta também de “uma nova forma de fazer forma-ção profissional” através do pro-grama “Vida Ativa, Emprego Qua-lificado”. “Os nossos formandos estão a fazer formação profissional dentro da empresa que, muito pro-vavelmente, no futuro os vai em-pregar”, explicou ao Vivacidade, o delegado. À Delegação Regional do Norte o IEFP destacou a tecno-

logia de ponta desta nova empresa gondomarense que trabalha com marcas nacionais de torrefação do café. “Este é claramente um bom projeto para Gondomar. Encontrei uma empresa de cerâmica que vai posicionar-se num segmento de mercado com tecnologia de ponta e com novas formas de produção que serão úteis para o desenvolvi-mento económico do nosso país”, referiu.

O administrador da empresa,

António Magalhães, explicou que a empresa está “bem posicionada no mercado e vai vender para tor-refatoras, que normalmente já têm uma marca própria.” “Já começa-mos a interagir com as empresas locais”, admitiu.

A SPIANA – Sociedade de Por-celanas – pretende empregar, num futuro próximo, cerca de 40 cola-boradores e prevê exportar para o estrangeiro à volta de 4,5 milhões de peças por ano. n

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Durante um mês o concelho re-cebeu diversas iniciativa no âmbito da 24ª edição da tradicional Fes-ta do Sável e da Lampreia. Após a inauguração oficial do certame a 13 de fevereiro, em Ribeira de Abade, realizou-se, a 21 de fevereiro, uma rota pelos 21 restaurantes parti-cipantes no festival. O Concurso “Lampreia à Bordalesa” e “Sável Frito”, com a habitual prova cega do júri na Casa Branca de Gramido, em Valbom, realizou-se a 4 de mar-ço. No mesmo dia foram entregues os prémios e diplomas aos restau-rantes a bordo de um barco rabelo.

No dia 8 de março a Festa do Sável e da Lampreia passou por Areja, na Lomba, com a iniciativa “Há Lampreia na Aldeia”.

A 24ª edição terminou no Multiusos de Gondomar com o 11.º Fim de Semana Gastronómi-co “Sável e Lampreia, um Sabor D’Ouro”. Em paralelo realizou-se também a exposição “Artesanato

D’Ouro”, no mesmo espaço.

“Estrelas do Douro” e “Can-tinho das Manas” vencem Concurso da “Lampreia à Bordalesa” e do “Sável Fri-to”

Os restaurantes “Estrelas do Douro” e “Cantinho das Manas” obtiveram o primeiro lugar, nas respetivas categorias, no Concur-so da “Lampreia à Bordalesa” e do “Sável Frito” de 2015. O anúncio foi feito a bordo de um barco rabelo, em Ribeira de Abade, numa sessão que contou com a presença de Car-los Brás, vereador do Turismo da Câmara de Gondomar, Aníbal Lira,

presidente da Assembleia Munici-pal, e Melchior Moreira, presidente do Turismo Porto e Norte de Portu-gal, entre outras individualidades.

“Esta é uma iniciativa de suces-so porque os restaurantes aderen-tes têm crescido de ano para ano. Queremos certificar cada vez mais o sável e a lampreia, que têm um sabor único quando cozinhados pelas pessoas de Gondomar”, disse Melchior Moreira em discurso.

Carlos Brás mostrou-se igual-mente satisfeito com mais uma edição do concurso gastronómico. “Esta edição prova que o Festival não está morto, bem pelo contrá-rio, e isso pode comprovar-se pela

adesão dos restaurantes a este con-curso”, referiu o vereador do Turis-mo do Município.

Na categoria “Lampreia à Bor-dalesa”, foram destacados os res-

taurantes “Figurino do Douro” e “Madureira Vera Cruz”, enquanto na categoria “Sável Frito” foram distinguidos os restaurantes “Flor do Nilo” e “Margem Douro”. n

Sável e Lampreia estiveram em destaque até marçoA 24ª edição da Festa do Sável e da Lampreia, inaugurada a 13 de fevereiro, terminou a 15 de março com o 11.º Fim de Semana Gastronómico “Sável e Lampreia, Um Sabor D’Ouro”, no Multiusos de Gondomar.

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Texto: Pedro Santos Ferreira

Enquadrado num projeto de educação de adultos sobre a “Re-

generação de Espaços Urbanos e Degradados”, o Geoclube promo-

veu uma visita guiada a Gondo-mar de uma delegação de estran-

geiros provenientes da Turquia, Itália, Roménia, Bulgária, entre outros países da Europa.

“O objetivo da visita era apre-sentar o exemplo do Polis de Gon-domar, a Casa Branca de Gramido, a CEA Quinta do Passal e o Orça-mento Participativo da Câmara de Gondomar”, disse Carlos Ferreira, presidente da direção da associa-ção.

O responsável fez um balanço “muito positivo” da iniciativa que considera ter despertado o inte-resse dos visitantes. “Temos vindo a desenvolver uma parceria es-tratégica de educação e formação de adultos. Agora vamos para a Turquia e para Itália, onde vamos participar em ações de promoção

de pessoas com deficiência físi-ca e mental através do ambiente”, acrescenta Carlos Ferreira em en-trevista ao Vivacidade.

Nova visita agendada para maio

Entre os dias 8 e 12 de maio, a propósito do Dia da Europa, o Geoclube vai promover uma visita de 14 parceiros europeus ao con-celho com o objetivo de promo-ver a empregabilidade dos jovens integrados numa rede europeia. “É importante promover os conce-lhos e as relações em rede para tra-balharmos em projetos comuns. Temos todo o interesse em divul-gar as potencialidades de Gondo-mar”, conclui o responsável. n

Geoclube promoveu visita de estrangeiros ao concelhoO Geoclube – Associação Juvenil acolheu entre os dias 6 e 8 de março uma delegação de 13 estrangeiros que visitou os principais pontos turísticos do concelho.

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> Prova cega na Casa Branca de Gramido > Vencedores do “Sável Frito”

> Vencedores da “Lampreia à Bordalesa”

> Carlos Brás, vereador do Turismo, deu a conhecer o Orçamento Participativo

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Há 10 anos atrás surgiu em Baguim do Monte a 1ª edição da Feira da Saúde. Desde então a ini-ciativa tem vindo a repetir-se, ano após ano, com o propósito de sen-sibilizar a administração central e a população para a necessidade da construção de um Centro de

Saúde na freguesia. Uma década depois, na 10ª edição da Feira da Saúde, Nuno Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Baguim, mostra-se satisfeito com a conti-nuidade do evento que está pró-ximo de ver cumprido o objetivo inicial. “Divulguei no Vivacidade que o início da construção do Centro de Saúde de Baguim es-tava previsto para dezembro do ano passado, porque tinha um co-

municado oficial do Governo que indicava essa data. Infelizmente a obra não se concretizou mas pos-so avançar que foi-me garantido que o início da construção está agora agendado para o verão. No entanto, não me vou comprome-ter porque pode não concretizar--se”, disse o autarca à margem da caminhada solidária realizada a favor da Cruz Vermelha Por-tuguesa, com partida do Centro

Social e Paroquial de Baguim do Monte.

Durante a tarde, o médico Al-cino Branco moderou o seminário “Somos Cidadãos” no salão nobre da Junta de Freguesia de Baguim do Monte. No seminário foram discutidos diversos temas. João Belchior, da Faculdade de Psico-logia e Ciências da Educação da Universidade do Porto, Manuel Albano, presidente da Comissão

para a Igualdade de Género, Rita Moreira, do projeto TSH Agir em Rede, e Cláudia Vieira, da Câmara Municipal de Gondomar, foram os convidados do seminário.

Na sessão de encerramento, Renata Gonçalves, concorren-te do programa televisivo “The Voice Portugal”, Rafael Oliveira, concorrente do programa “Fator X”, e a tuna feminina FPCEUP, fi-nalizaram a 10ª edição da Feira da Saúde.

“Esperamos realizar a Fei-ra da Saúde no edifício do Centro de Saúde de Ba-guim”

Ao Vivacidade, Nuno Coelho apontou o objetivo de poder vir a realizar a iniciativa nas futuras instalações do Centro de Saúde de Baguim. “A Feira da Saúde já tem autonomia para afirmar-se e continuar a existir, mesmo depois da construção do centro de saúde”, afirmou o presidente da Junta. n

X Feira da Saúde com centro de saúde no horizonte

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Texto: Pedro Santos Ferreira

A 10ª edição da Feira da Saúde de Baguim do Monte realizou-se a 14 de março. A iniciativa contou com diversos eventos organizadas pela Junta de Freguesia. “O objetivo principal [Centro de Saúde] está quase cumprido”, garantiu Nuno Coelho ao Vivacidade.

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“A Universidade Sénior de Gondomar (USG) é hoje uma refe-rência a nível local, nacional e eu-ropeu”, começou por dizer José An-tónio Macedo, presidente da União de Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim e presi-dente do Conselho Geral da RUTIS (Associação Rede de Universidades

da Terceira Idade), em discurso realizado na comemoração do 9.º aniversário da instituição.

O autarca recordou a mais re-cente conquista dos alunos da USG no XI Concurso de Cultura Geral da RUTIS para salientar o sucesso do projeto da UF de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim du-rante os nove anos de existência.

“Quando começamos ficamos na dúvida se iríamos atingir um elevado número de alunos, hoje temos mais de 300 estudantes ins-critos. Houve um crescimento quantitativo e qualitativo”, diz José António Macedo ao Vivacidade.

A USG é já uma referência a ní-vel nacional e um projeto modelo apresentado por Luís Jacob, presi-dente do Conselho Geral da RU-

TIS, como um “exemplo de sucesso e inspiração”, segundo o autarca.

Após o discurso realizou-se uma demonstração musical segui-da da estrela da tarde, Óscar Bran-co. O convidado de honra e conhe-cido ator e humorista português animou o público com um espetá-culo de comédia.

“O Óscar Branco vai fazer uma parceria connosco e provavelmen-te será nosso sócio honorário por-que está neste momento a viver em Gondomar e queremos acolhe-lo”, concluiu José António Macedo.

A cerimónia realizou-se nas instalações da Ala Nun’Álvares de Gondomar e contou com a presen-ça de alunos e professores que dia-riamente partilham experiências e conhecimentos na USG. n

Óscar Branco animou 9.º aniversárioda Universidade Sénior de GondomarO humorista Óscar Branco foi o convidado de honra da cerimónia comemorativa do 9.º aniversário da Universidade Sénior de Gondomar. Alunos e professores festejaram em conjunto a 16 de março, no auditório da Ala Nun’Álvares de Gondomar.

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> A caminhada solidária contou com cerca de 50 pessoas > Durante a tarde realizou-se o seminário “Somos Cidadãos”

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Fábio Vidal, veio de Coimbra mas é brasileiro. É a primeira vez que vai a uma feira de tatuagens e escolheu Gondomar. “Estou a gostar. Já encontrei uma tatua-gem que gostei e estou a pensar fazer. Sou fã de tatuagens e já te-

nho bastantes”, revela ao Vivaci-dade.

A Oporto Tattoo contou com mais de uma centena de exposi-tores de todo o mundo. Paco veio de Espanha na qualidade de mos-truário e visitante ao mesmo tem-

po. “Participo em várias feiras e interessava-me vir a esta para fi-car a conhecer e para trabalhar. Trabalho em Ibiza, mas encontrei aqui muitos colegas”, afirma. Já Pedro Dias veio só expor. A Pi-ranha Tattoo Supplys e Piranha

Tattoo Studios estão a seu cargo. “Correu tudo bem. É a primei-ra edição da convenção. Somos líderes de mercado na venda de material e temos um estúdio de referência a nível nacional. So-mos empenhados em ajudar o

evento e esperamos que continue por muitos anos”, indicou o ven-dedor. “Fazemos cerca de 20 con-venções por ano. Ficamos muito agradados com esta porque tem uma dimensão semelhante à de Lisboa, que é a mais antiga a nível nacional. Esta convenção arran-cou com força e estamos muito agradados”, acrescentou ainda.

Parte do preço dos bilhetes de entrada revertiam para a Delega-ção de Gondomar da Cruz Ver-melha Portuguesa e a Oporto Tat-too promete voltar para o ano. O certame foi organizado pela ‘Fly Produções’ e ‘Big Red Machine’ e contou com o empresário Jorge Moreira e a cantora Ana Malhoa como embaixadores do evento. n

Oporto Tattoo:Tatuagens para todos os gostos em GondomarA “maior convenção de tatuagens do Norte do país” esteve em Gondomar, de 6 a 8 de março. Mais de 200 artistas tatuadores de todo o mundo invadiram o Multiusos e expuseram a sua arte aos visitantes.

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As formações de autoproteção em dezenas de escolas de todas as freguesias do Município inau-guraram, a 4 de março, a Semana Aberta da Proteção Civil, com destaque para um Circuito de Prevenção Rodoviária Municipal, realizado na EB de Santa Bárbara, com a participação da Escola da Boavista/Lourinha.

No dia 5, o Programa de Edu-

cação Rodoviária ACP Kids visi-tou o Centro Escolar de Gondo-mar. No mesmo dia realizou-se na feira de São Cosme o exercício “Feira Segura”, com uma simula-ção de um incêndio junto ao ce-mitério da freguesia.

A iniciativa organizada no âmbito do Dia Internacional da Proteção Civil passou, no dia 5 de março, pelo Centro Comercial

Parque Nascente com uma expo-sição dos agentes da Proteção Ci-vil, com a participação do INEM, Cruz Vermelha Portuguesa, cor-porações de bombeiros de Gon-domar, PSP, GNR, Unidades de Proteção Locais de Proteção Civil e Divisão de Proteção Civil e Se-gurança, numa mostra que esteve patente até ao dia 8.

No dia 6 de março, a atuação

da Banda da PSP a par de uma de-monstração do Grupo Operacio-nal Cinotécnico (GOC), no Cen-tro Escolar de Baguim do Monte, e o seminário “Segurança, Preven-ção e Socorro nos Meios Fluviais – Responsabilidade e Respostas”, no auditório do Hospital-Escola Universidade Fernando Pessoa, encerraram um conjunto de ativi-dades alusivas à data.

Exercício “Feira Segura” sensibilizou clientes e co-merciantes:

O Vivacidade acompanhou o exercício “Feira Segura”, realizado na feira de São Cosme. O simula-cro testou a segurança da feira, após ter-se registado um incêndio de pe-quena dimensão num caixote do lixo junto ao cemitério da fregue-sia. As unidades de Proteção Civil, PSP, Polícia Municipal e Bombeiros Voluntários de Gondomar deslo-caram-se rapidamente para o local e deram resposta à situação. “Foi uma situação de fácil resolução. Notamos que as pessoas já estavam preparadas, mas numa situação real o acesso ao local não estaria tão facilitado porque normalmente os toldos dos feirantes costumam obstruir a passagem das viaturas”, referiu à imprensa Abel Ferreira, comandante operacional de socor-ro, no final do exercício. n

Município assinalou Dia Internacional da Proteção CivilEntre os dias 4 e 8 de março realizaram-se várias iniciativas no concelho, inseridas nas comemorações do Dia Internacional da Proteção Civil.

> Exercício “Feira Segura” na Feira de São Cosme > Atuação da Banda da PSP, em Baguim

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PlayStation 4, Xbox One ou Nintendo Wii foram algumas das consolas que os visitantes do II Game Day puderam encontrar este ano no Multiusos de Gondomar, não esquecendo os simuladores. A principal novidade da segunda edi-ção do Game Day foi a aposta nas consolas de interação física como a Nintendo Wii, PlayStation Move e Xbox 360 Kinetic, para além dos quatro simuladores de condução.

Outra novidade a destacar são os torneios disputados nas diferentes plataformas [PES2015 na Xbox, FIFA2015 na PS4, Gran Turismo 6 nos simuladores e Wii Sports Re-sort na Nintendo Wii].

Ao todo foram 25 consolas es-palhadas pelo recinto, com direito a um espaço lounge e a um ecrã gigante para os torneios. O obje-tivo? “Proporcionar às crianças e aos jovens munícipes a ocupação

salutar dos seus tempos livres, com atividades que vão de encontro aos seus interesses e expectativas”, re-fere Sandra Brandão, vereadora da Juventude da Câmara Municipal de Gondomar. “Os computadores e as consolas assumem cada vez mais destaque na vida dos jovens, seja numa vertente de trabalho ou aprendizagem, seja numa vertente de lazer ou competição. O Game Day Gondomar é um evento que tem a duração de um fim de se-mana e que coloca à disposição de todos seus visitantes a mais recente tecnologia de consolas e simulado-res de corridas e os mais recentes títulos de videojogos do merca-do, tudo de acesso livre e gratuito” acrescenta ainda Sandra Brandão.

Quanto às novidades deste ano a autarca afirma que “o compro-misso assumido após a 1ª edição era de manter o evento e de o me-lhorar. Nesse sentido penso que o

Município de Gondomar, honrou o seu compromisso, sendo que a esta iniciativa associou-se o Conselho Municipal da Juventude de Gon-domar que também esteve presente no evento e o CINDOR, com a di-namização de um espaço intitulado ‘Experimenta tu também’, onde os jovens e suas famílias, pudessem conhecer, experimentar e utilizar ferramentas e técnicas que carate-rizam este setor e dão identidade cultural ao concelho”.

Sandra Brandão adianta tam-bém que o pelouro da Juventude da CMG vai ainda dinamizar este ano, entre outras coisas, o Dia Mun-dial da Criança no fim-de-semana de 30 e 31 de maio, o tradicional Festival de Música Moderna e a 2ª edição da Noite Branca. “Estando certa de que as tecnologias con-tinuaram a evoluir, nesse sentido também se justificará a III Edição do Game Day para 2016”, conclui a vereadora da CMG. n

Consolas e simuladores levaram centenasde jovens ao II Game Day de GondomarUm evento para todas as idades que “promove o entretenimento e a diversão, o convívio intergeracional, a competição e o espírito de equipa.” É este o conceito do Game Day, um evento que regressou a Gondomar para a segunda edição, a 21 e 22 de março, e que trouxe consigo 25 consolas e simuladores.

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A Junta da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, organizou a 1ª Conferência sobre o bem-estar animal e convidou profissionais especializados para esclarecer o público sobre as melhores for-mas de tratar os animais.

A iniciativa contou com a presença de Rui Pinto, médico veterinário, e Georgina Silva, presidente da associação protetora de animais “Patinhas Sem Lar”, que abordaram os temas “Domesticar e Não Humanizar” e “Os Animais na Nossa Sociedade”, respetiva-mente. Rui Pinto deixou concelhos sobre a alimentação e medicação adequada para os animais e Georgina Silva esclareceu o públi-co sobre a lei contra os maus tratos a animais e intervenções relacionadas com associações protetoras de animais.

Seguiu-se a apresentação dos bombei-ros Cláudio Pinto, sobre o tema “O Papel

dos Animais no Resgate de Pessoas (Busca e Salvamento)”, e Pedro Batista, que abordou o assunto “Primeiros Socorros em Animais”.

Pedro Barbosa, tesoureiro do executi-vo da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova e moderador do evento, considerou a conferência “bastante útil, es-clarecedora e enriquecedora para todos os presentes”. Segundo o representante da orga-nização, o objetivo passa por “não abando-nar a causa animal e realizar mais iniciativas do mesmo género”. n

Junta de Fânzeres acolheu 1ª Conferência Bem-estar AnimalNão faltaram conselhos, dicas, métodos de treino e informações sobre animais na 1ª Conferência Bem-estar Animal. A iniciativa realizou-se na Junta de Freguesia de Fânzeres, a 20 de março.

Exatamente um ano antes, a Maria do Céu foi operada numa intervenção que previa 99% de sucesso. Todavia, tudo cor-reu mal e a jovem de 18 anos (17 no dia da operação) ficou com 99% de incapacidade.

Passado um ano, Maria foi quase es-

quecida pelo hospital. Manuela Olivei-ra, professora e um dos rostos por trás da campanha de ajuda à jovem, afirmou ao Vivacidade, que o S. João não a está ajudar. “Acima de tudo os pais querem um hospital mais presente e querem que ela tenha uma fisioterapia constante. Ela não a tem, ape-nas faz 15 a 30 minutos por dia. Querem uns cuidados mais intensivos e querem o melhor para a filha”, confessou.

Com faixas e cartazes a pedir a aten-ção do hospital, os presentes pediram para “Não deixarem morrer a Maria!”. Manuela Oliveira afirmou que a vigília teve como objetivo “chamar a atenção ao hospital para mudar de atitude perante a Maria do Céu”.

Como resultado da vigília, o hospital marcou consultas em várias valências e prometeu levar Maria ao Centro de Medi-cina de Reabilitação de Alcoitão. n

Vigília garante consultasa Maria do CéuNo dia 21 de fevereiro decorreu uma vigília à porta do Hospital de S. João, no Porto. Após o protesto, a administração da unidade hospitalar garantiu a Maria do Céu consultas em várias valências.

Texto: José Pedro Oliveira

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Nascido e criado em S. Pedro da Cova, Nuno Marques sempre gostou de música e quis dar uma oportunidade aos mais pequenos, sem a obrigatoriedade de aprende-rem a tocar. A Kids Jam Sessions

nasceu em novembro de 2014, pela mão de Nuno Marques através da sua “ligação à música”. “A música aprende-se praticando. Adoro tra-balhar com miúdos, é a coisa que mais gosto porque não têm medo de errar. Esta atividade nasce da ligação à música e por não haver no mercado nenhuma animação deste género. Isto não tem como objetivo a função de formação musical, mas acaba por servir esse efeito”, admite o fundador da Kids Jam Sessions.

“Temos três modelos diferen-tes. O premium inclui duas gui-tarras elétricas, um baixo elétrico, uma bateria, um piano elétrico, microfone, sistema profissional de som. O standard tem as mesmas condições menos os graves, a gui-

tarra e o piano. O terceiro pack, o custom, pode ser escolhido à me-dida do cliente”, indica Nuno Mar-ques. Na prática, emprestam-se os instrumentos às crianças e nasce um concerto musical.

“Eu não ensino nada, eles é que aprendem a tocar. Essa é a mais valia do projeto, não têm que saber tocar. Cada sessão tem a

duração máxima de duas horas e meia. Para além dos miúdos terem acesso a instrumentos de qualida-de, têm acesso a uma experiência única. No início os miúdos fazem barulho mas é isso que mais tar-de origina o amor pela música. A criatividade nasce do caos”, explica o professor de música de S. Pedro da Cova.

“Hoje as crianças já vão aos festivais de música com os pais”, acrescenta Nuno. “No mês de abril vamos arrancar para a es-trada e já temos contactos dos grandes festivais em Portugal”, revela.

Os instrumentos são adapta-dos às crianças e o público-alvo é dos 4 e os 12 anos. n

Kids Jam Sessions: Os mais pequenos também podem dar concertos

A ideia é original, garante o fundador de S. Pedro da Cova. Para se fazer pequenos festivais de música basta dar os instrumentos para as mãos das crianças. A formação musical vem depois.

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Texto: Ricardo Vieira Caldas

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O programa teve início no dia 21 de março com uma plantação de árvores junto às margens do rio Tinto, dinamizada pela autar-quia. A iniciativa teve como prin-cipal objetivo plantar 30 árvores Quercus Rubra (Carvalho Ame-ricano), árvores já com cerca de 3,5 metros de altura na Avenida Dr. Francisco Sá Carneiro, perto da feira de Rio Tinto. Englobada num conjunto de outras ativida-des, relacionadas com a come-moração do Dia do Rio Tinto [1.º domingo após o início da prima-vera], a plantação serviu também para assinalar o Dia da Árvore e da Floresta e embelezar umas das principais avenidas da freguesia. Em todas as árvores foi coloca-da uma placa alusiva à iniciativa onde os cidadãos puderam ins-crever os seus nomes de modo a apadrinharem cada uma das ár-vores plantadas.

“O rio Tinto é o nosso maior ex-líbris e por isso temos que o defender”, apontou ao Vivacida-de, o presidente da Junta de Fre-guesia, Nuno Fonseca.

Quanto aos estudos mais re-centes que apontam uma ligeira melhoria na qualidade da água do rio, o autarca afirma: “Prefi-ro que os estudos apontem para uma ligeira melhoria do que apresentarem resultados piores. O rio precisa de uma mudança radical no imediato.” “Vai haver um conjunto de iniciativas orga-nizadas em parceria com o Mo-vimento em Defesa do Rio Tinto. Para além da caminhada temos este ano a organização de um debate de projeto de despoluição do Rio Tinto com a Universida-de Fernando Pessoa, a 2 de abril. Vai também haver uma iniciativa de reabilitação de um lavadouro

público por parte da Junta de Rio Tinto e uma sessão de formação para alunos das escolas, para eles perceberem como funcionavam os lavadouros”, acrescenta o au-tarca. Ainda durante estes dias

serão desenvolvidas pela Junta várias sessões de sensibilização nas escolas, uma recuperação de um lavadouro público e uma en-cenação das lavadeiras com ses-são de descritiva para os alunos

das escolas.“A história da cidade está li-

gada ao rio”, refere o presidente. “Somos uma cidade urbana e o rio atravessa a cidade. Temos que mudar filosofias e acabar com as

agressões ao rio”, aponta.Da parte do Movimento em

Defesa do rio Tinto (MDRT), Paulo Silva refere que o principal objetivo destas iniciativas é “sen-sibilizar a questão do rio Tinto, para agregar as pessoas à volta do rio.” Relativamente à qualidade da água, o porta-voz da MDRT não vê grandes melhorias. “Acha-mos que a situação está igual, as expectativas de remoção dos efluentes das ETAR’es é que estão a melhorar. Colocá-los no Freixo também é um absurdo”, esclarece. A fiscalização dos pontos de po-luição são, de resto, um assunto sensível para o movimento que não entende a falta de interesse de algumas autarquias. “Há ini-ciativas regulares da CM Valongo e da CM Porto. Faltam iniciativas semelhantes por parte da CM Gondomar e da CM Maia. Há ruas que ainda não têm sanea-mento. É necessária mais fiscali-zação porta-a-porta, porque há pessoas com ligações diretas ao rio”, indica Paulo Silva. “A fiscali-zação das ligações é competência da Águas de Gondomar, mas a empresa chuta a responsabilida-de para a CM Gondomar e vice--versa”, acrescenta.

Rio Tinto conhece a maior caminhada de sempre

Milhares de riotintenses par-ticiparam, no dia 22 de março, na maior caminhada pelo rio que dá nome à cidade para observarem de perto o seu estado atual.

Pela oitava vez consecutiva, realizou-se a tradicional cami-nhada pelas margens do rio Tin-to, iniciativa que se integra nas comemorações do Dia do Rio.

Este ano, a adesão a este mo-vimento cresceu ainda mais e, segundo o MDRT, “nunca foi tão grande.” Cerca de um milhar de riotintenses estiveram presentes na caminhada em defesa do seu

Dia do rio Tinto celebrado em março e abril com várias iniciativasA Junta de Freguesia e o Movimento em Defesa do rio Tinto uniram esforços e organizaram, este ano, o dia dedicado ao rio Tinto com várias e diferentes atividades. O Dia do Rio contou ainda com a já habitual caminhada pelas margens do rio - a oitava -, com a plantação de árvores na freguesia e com várias outras atividades que incluem a recuperação de um lavadouro da freguesia e ações de sensibilização.

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Texto: Ricardo Vieira Caldas com João Pedro Sousa

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> Nuno Fonseca, presidente da JF de Rio Tinto, também plantou uma árvore

> A 8.ª caminhada pelo rio Tinto teve, este ano, um percurso mais urbano

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Dia do rio Tinto celebrado em março e abril com várias iniciativasA Junta de Freguesia e o Movimento em Defesa do rio Tinto uniram esforços e organizaram, este ano, o dia dedicado ao rio Tinto com várias e diferentes atividades. O Dia do Rio contou ainda com a já habitual caminhada pelas margens do rio - a oitava -, com a plantação de árvores na freguesia e com várias outras atividades que incluem a recuperação de um lavadouro da freguesia e ações de sensibilização.

rio. O espírito de união da população e a sua vontade de lutar contra a poluição do rio Tinto fez-se notar e o presiden-te do Município de Gondomar, Marco Martins, que também marcou presença, afirmou que o objetivo desta iniciativa é “colocar o rio na ordem do dia”.

Já o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Nuno Fonseca, confirmou que a “adesão foi maior, o que mostra que as pessoas estão mais ligadas a esta causa”. “É sempre bom quando há cresci-mento”, acrescenta.

Como é costume, o ponto de encon-tro foi em frente ao edifício das piscinas municipais de Rio Tinto. Antes de co-meçar a caminhada propriamente dita, a população aqueceu com os exercícios propostos pelos professores de um giná-

sio local. De seguida, iniciou-se a cami-nhada, num percurso vigiado pela PSP e em que o tempo agradável imperou. À medida que o percurso era efetuado, Pedro Teiga, engenheiro especialista na recuperação de rios, tecia comentários a respeito do rio Tinto, para que a popu-lação se consciencializasse dos proble-mas que o afetam. Assim que chegaram de volta às piscinas de Rio Tinto, vários caminhantes alongaram novamente, num momento em que a caminhada já chegara ao fim. A atividade encerrou-se definitivamente com as palavras de agra-

decimento de Paulo Silva, porta-voz do Movimento em Defesa do rio Tinto.

Centro Cívico é “assunto basi-lar” para futuro da freguesia

A criação de um Parque Urbano no centro de Rio Tinto é também um pas-so para a requalificação das margens do rio tinto. Apesar de já ter sido apresenta-do publicamente pelo Município, Nuno Fonseca admite ao Vivacidade que, para já, “não houve progressos”. “Mas es-tou ansioso que o assunto vá a votação na Assembleia Municipal”, acrescenta. Para o MDRT, o assunto é “basilar para o futuro da freguesia.” “O projeto já está na CCDR-N e apesar de ser um proje-to melhor do que aquele proposto pelo major Valentim Loureiro, continua a ser

escasso. Temos um parque para 60 mil pessoas e os terrenos da antiga Quinta de Cristóvão vão ser para urbanizar”, explica Paulo Silva. “Vamos sucumbir novamente aos interesses imobiliários. Mas ainda há muito a fazer, porque po-dem haver manifestações públicas. O período de consulta pública vai ser mui-to curto, mas vamos lutar por solidarizar as pessoas”, indica ainda o porta-voz que acrescenta que “há pessoas que não estão de acordo com o projeto mas que ainda não se pronunciaram, pessoas de todos os partidos políticos da freguesia.” n

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Sociedade: Exclusivo

No dia 20 de março, a paróquia e a freguesia de S. Pedro da Cova ganharam uma nova cripta. “Um grande acontecimento, desejado há

muito tempo”, garante o padre Fer-nando Rosas. “Foi cerca de 85 mil euros que investimos aqui. A Junta contribuiu em 10% da obra, o res-tante foi investido pela paróquia”, mencionou Fernando Rosas que, em discurso no final da cerimónia, fez questão de referir a ausência de

apoio financeiro da Câmara Muni-cipal de Gondomar.

A cerimónia ficou ainda marca-da pela atuação dos Frei Fado, num salão completamente lotado.

Daniel Vieira, presidente da União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, revelou ao Vi-vacidade que a cripta vai também permitir a realização de vários even-tos da autarquia, ainda durante este ano. “Valorizamos muito esta obra porque é muito importante e dá resposta a uma lacuna da freguesia. Vai tornar-se numa das principais salas de espetáculo de Gondomar. Era um desejo antigo da população e vai permitir à paróquia, institui-ções e coletividades usufruir de um espaço com capacidade para cerca

de 500 pessoas. O espaço está com uma dignidade muito interessante. Vamos procurar contribuir para a dinamização do espaço e vai reali-zar-se ali a abertura do Festival de Teatro, em maio, com a Ana Bola”, explicou. Quantos aos apoios pres-tados pela UF, Daniel Vieira consi-

derou “um justo investimento”. “O apoio que demos foi de cerca de sete mil euros”, disse.

Em jeito de conclusão, o autarca confirmou que a paróquia de Fânze-res está também a planear intervir no Salão Paroquial, obra que deverá começar brevemente. n

Paróquia de S. Pedro da Cova inaugura nova criptaEspaço servirá também para eventos da freguesiaA paróquia de S. Pedro da Cova inaugurou, no dia 20 de março, a cripta que, recentemente, sofreu obras de remodelação orçadas em cerca de 85 mil euros. Um espaço novo, “para a população e freguesia”, garante Fernando Rosas, pároco da freguesia, aplau-dido por Daniel Vieira, presidente da Junta.

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Texto: Ricardo Vieira Caldas

> Os Frei Fado lutaram a cripta de S. Pedro da Cova

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“Enquanto equipamento o Centro Cultural de Rio Tinto vai continuar a existir, mas a ideia é aproveitar parte do equipamento para construir o Condomínio das Artes, um espaço que vai agre-gar diferentes projetos culturais que possam apresentar uma ofer-ta com qualidade ao Município”, começa por explicar Luís Filipe Araújo, vice-presidente e vereador da Cultura da Câmara de Gondo-mar.

O autarca lidera o projeto de “reconversão” do equipamento que vai passar a servir de sede a proje-

tos “com provas dadas e futuro ga-rantido e projetado”.

À mudança de nome – passa a designar-se Condomínio das Artes – está também associada uma al-teração da dinâmica e conceito do espaço, que vai servir de “incuba-dora” de projetos culturais.

“O regulamento foi recente-mente aprovado. Agora vão ser afixados editais nas Juntas de Fre-guesia do concelho e vão ser depois colocados online os formulários para entidades que queiram candi-datar-se a este espaço”, afirma Luís Filipe Araújo.

Ao Vivacidade, o vice-presi-dente ressalva a necessidade de “dar vida ao espaço” como um dos principais motivos da mudança.

Entretanto várias as associações já manifestaram o interesse em des-locar a sede para o Condomínio das Artes, mas o Município ainda está a avaliar as candidaturas. Se-gundo o vereador da Cultura, os critérios de seleção são semelhan-tes aos restantes equipamentos da autarquia. “No fundo queremos saber o que têm para oferecer à co-munidade, esse é o principal crité-rio”, refere.

O espaço vai continuar a servir como sala de ensaios para o Orfeão de Rio Tinto e a Orquestra Guitar-ras e Bandolins, “dois projetos com qualidade”, diz Luís Filipe Araújo.

De acordo com o responsável, o desejo da Câmara de Gondomar é manter o espaço aberto ao públi-

co “o máximo de tempo possível”, com o apoio de um funcionário em permanência.

Universidade Sénior de Rio Tinto e Balcão do Cidadão no Condomínio das Artes

Luís Filipe Araújo revelou ao Vivacidade que a proposta de transferência da Universidade Sé-nior de Rio Tinto – atualmente si-tuada na Escola Secundária de Rio Tinto – foi aprovada em reunião da Câmara de Gondomar. O pro-jeto prevê a cedência em comodato de salas do Condomínio das Artes à Junta de Freguesia de Rio Tinto, graças ao “bom ritmo e resposta positiva” que a Universidade Sé-nior da freguesia tem recebido.

O vice-presidente confirmou também a criação do Balcão do Cidadão, um novo espaço que po-derá “facilitar os serviços adminis-trativos do Município enquanto chama a atenção para a atividade cultural do espaço”.

Banda São Cristóvão de Rio Tinto: “Não fechamos a porta a ninguém”

Ciente do interesse manifes-tado pela Banda São Cristóvão de Rio Tinto, Luís Filipe Araújo admite não ter conhecimento de conversas formais sobre a possibi-lidade, mas considera que a autar-quia “não fecha a porta a ninguém, sobretudo a uma instituição de re-ferência da freguesia”. n

Centro Cultural de Rio Tintopassa a designar-se Condomínio das ArtesEspaço vai ter nova dinâmica e servirá de sede a diferentes projetos culturaisO Centro Cultural de Rio Tinto Amália Rodrigues reabriu ao público em novembro de 2014, após vários anos de inatividade, e nos últimos meses contou com iniciativas organizadas pela Câmara de Gondomar. No horizonte da autarquia está agora uma mudança de nome, conceito e dinâmica do edifício que vai passar a designar-se, Condomínio das Artes.

A Biblioteca Municipal de Gondomar acolhe a 25 de mar-ço a última sessão da iniciativa “Mulheres Inesquecíveis do Sé-culo XX”, sobre o tema “Notá-veis”, onde vão ser homenageadas Aung San Suu Kyi, Prémio Nobel da Paz de 1991, Hellen Keller, es-critora e ativista dos direitos das

mulheres, e a rainha D. Amélia, última rainha de Portugal.

A homenagem organizada pela Câmara Municipal de Gon-domar em parceria com a As-sociação das Donas de Casa de Gondomar realizou já três ses-sões, nos dias 4, 11 e 18 de março.

Foram homenageadas Isado-

ra Duncan, bailarina, Edith Piaf, cantora, Palmira Bastos, atriz, Vieira da Silva, pintora, Florbe-la Espanca, poetisa, Maria La-mas, escritora, Carmen Miranda, cantora de música popular, Ma-ria João Pires, pianista e Beatriz Costa, atriz de revista à portu-guesa. n

Mulheres Inesquecíveis recordadas em marçoA Câmara de Gondomar em parceria com a Associação das Donas de Casa de Gondomar recorda durante o mês de março as Mu-lheres Inesquecíveis do Século XX.

Texto: Pedro Santos Ferreira

> Luís Filipe Araújo, vice-presidente da autarquia

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Designer de moda e ex-mane-quim pela Central Models, Belisa de Sá traz este ano 12 manequins à Ourindústria. O objetivo? Organi-zar um desfile de jóias e promover “montras vivas” para a inauguração do certame. “Vamos fazer uma en-cenação na quinta-feira às 19h, com uma montra viva onde as pessoas poderão estar mais próximas das manequins. Esta foi a primeira vez que organizei um desfile em Gon-domar, sou de Ponte de Lima, mas o objetivo é apresentar algumas em-presas de joias de Gondomar. No sábado, às 21h30, haverá um desfi-le”, conta a designer ao Vivacidade. Ao seu lado, na organização do des-file, está Miguel Reis, proprietário da Loja Miguel, em Gondomar. “No

dia 27, a feira abre a profissionais e, no dia 28, a partir das 16h, com a colaboração de um cabeleireiro gostaríamos de começar a trabalhar os manequins em palco, até à hora do desfile. Gostaríamos de criar um cenário, com o cabeleireiro a traba-lhar ao vivo. Depois disso começa o desfile, que poderá durar de 20 a 30 minutos. Mas ainda está por confir-mar este cenário. No ano passado fizemos um desfile de moda que encheu o Multiusos de Gondomar mas sentiu-se que os expositores preferiam um desfile de jóias”, con-fessa Miguel Reis.

O presidente do Município de Gondomar, Marco Martins, expli-cou ao Vivacidade o objetivo des-te evento. “É mais uma feira para

promover Gondomar no país e na Europa. O nosso objetivo é interna-cionalizar a feira”, afirma. José Fer-nando Moreira, vereador das Feiras, Mercados e Eventos Promocionais, por sua vez, espera receber mais

visitantes do que no ano passado. “Em 2014 recebemos cerca de cinco a seis mil pessoas, foi um recorde. A expectativa é aumentar o número de visitantes da área. Fizemos uma base de dados, desde junho, e es-

tamos em contacto com um maior número de trabalhadores da área”, esclarece.

Da parte do CINDOR, Eunice Neves, diretora, atribui ao centro uma “ligação umbilical com o cer-tame”. “Tratando-se de uma feira de grande relevância setorial, é de muito bom grado, que – a par da AORP – o CINDOR se associe, como parceiro, ao grande organiza-dor da feira, o Município de Gon-domar”, explica. “O CINDOR estará representado em stand próprio, as-segurando a demonstração ao vivo da arte da ourivesaria, este ano com particular ênfase na Filigrana, uma área muito na moda e em que te-mos apostado fortemente, fruto da elevada procura”, finaliza. n

De 26 a 29 de março, o Multiusos de Gondomar recebe uma vez mais a Ourindústria, a feira gondomarense dedicada à ourivesa-ria. Ao todo são 85 expositores que levam o melhor da sua arte ao concelho mas este ano há novidades também a respeito da moda. O Vivacidade falou com Miguel Reis e Belisa de Sá para perceber o que têm preparado para a edição deste ano.

Ourindústria 2015 conta comdesfile de jóias e “montras vivas”

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> Miguel Reis e Belisa de Sá ajudaram as manequins a preparar o desfile

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Cultura

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A primeira sessão de Cafés Filosóficos realizou-se a 19 de março, na Biblioteca Municipal de Gondomar, e contou com cerca de 25 pessoas que aderiram à inicia-tiva filosófica, moderada por Tomás Ma-galhães Carneiro, licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto, formador de professores de Fi-losofia Prática e Pensamento Crítico e fun-dador do Clube Filosófico do Porto.

A sessão inaugural debruçou-se sobre a questão: “o que é a sinceridade?”.

“Foi a primeira vez que participei numa iniciativa deste género e gostei bas-tante. Gerou-se uma discussão e corrente de pensamento muito interessante e tive-mos uma boa adesão”, afirma Luís Filipe Araújo, vice-presidente e vereador da Cul-tura do Município, também presente na primeira sessão.

Seguem-se mais quatro sessões de Ca-fés Filosóficos, programadas para 21 de maio, 16 de julho, 15 de outubro e 17 de dezembro. Estão também reservadas mais quatro sessões de Literaturas Filosóficas para 25 de maio, 20 de julho, 19 de outubro e 21 de dezembro. n

No total estão programadas dez sessões de reflexão, cinco de Cafés Filosóficos e cinco de Leituras Filosóficas, sempre orientadas por Tomás Magalhães Carneiro, formador de professores de filosofia.

Biblioteca Municipal de Gondomar recebe dez sessões de filosofia

Os UHF são a mais recente confirma-ção para o Gasómetro 2015. Ao Vivaci-dade, João Fernando Martins, presidente da Associação Social Estrelas de Silvei-rinhos, garantiu a presença da banda de “Cavalos de Corrida” e “Matas-me com o Teu Olhar” na iniciativa organizada pela coletividade, em parceria com o Instituto Português da Juventude (IPJ), União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova e Câmara Municipal de Gondomar. “Os UHF eram para ter vindo no ano

passado, infelizmente não foi possível, mas este ano avançamos para o contrato e estão confirmados para o dia 11 de ju-lho”, disse o responsável pelo Gasómetro.

O festival vai também poder contar com a presença de Paulo Martinho, um dos maiores pilotos de show do mundo, que vai presentear o público com um espetáculo de manobras acrobáticas em motos e carros. A organização adianta ainda que “existem outras surpresas por revelar”.

“Esta é uma das maiores iniciativas do concelho de Gondomar e considera-mos ser de grande importância, até por-que atrai milhares de pessoas durante os três dias em que se realiza”, afirma Daniel Vieira, presidente da União das Fregue-sias de Fânzeres e São Pedro da Cova, em entrevista ao Vivacidade.

A 15ª edição do festival Gasómetro vai realizar-se entre os dias 10 e 12 de julho, no Largo da Feira, em S. Pedro da Cova. n

A banda liderada por António Manuel Ribeiro vai atuar a 11 de julho no Gasómetro 2015, em S. Pedro da Cova.

UHF confirmadosno Gasómetro 2015

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Destaque

Ana Martins de Oliveira tem 90 anos e dedicou 17 ao trabalho nas Minas de Carvão de S. Pedro da Cova. Atualmente, passa gran-de parte do seu tempo no Centro de Dia da Associação Social Es-trelas de Silveirinhos. Ao Vivaci-dade, conta como era difícil “viver das minas” a empurrar vagonetas [carrinhos de transporte de car-vão], um trabalho ainda assim menos “arriscado” que o dos ho-mens. “Eles trabalhavam lá em baixo, as mulheres não. Era um trabalho muito duro, uma escra-vidão, mas era onde podíamos ga-nhar dinheiro. Fiz muitas coisas: partia carvão, escolhia carvão, en-tre outras coisas. Ia buscar a mar-mita à cantina, mas passávamos muitos trabalhos. Trabalhávamos oito horas por dia. Ganhávamos sete escudos e depois passamos a ganhar 11 escudos”, afirma Ana Oliveira. A ex-trabalhadora das minas ainda hoje sente “o pó” nos pulmões. “Às 10h íamos buscar o pão para comer, vinha cheio de pó e é por isso que hoje temos os pulmões cheios de pó e problemas a respirar”, conta a pedroense. “As minas mataram muita gente”, la-menta a nonagenária, admitindo que, também ela perdeu um ami-go nos escombros das Minas de S. Pedro da Cova. Ainda assim, não se registam apenas memórias ne-gativas de época. “Também temos momentos positivos, porque can-távamos nas minas e éramos feli-zes”, refere Ana Oliveira.

Com opinião semelhante, Ana Silva Santos, dois anos mais nova, também admite que se viveram momentos de alegria nas minas. “Éramos quatro mulheres de cada grupo a empurrar o carvão e tra-balhávamos com alegria e cantá-

vamos”, explica, lamentando o en-cerramento do complexo mineiro. “Fechar as minas trouxe fome a muita gente. Quem me dera an-dar nas minas ainda hoje. Andei muito tempo a trabalhar no lodo, a acartar, e depois passei a esco-lher o carvão na fava. Íamos com as bacias do carvão na cabeça. Tínhamos um capataz muito mal criado que falava torto connosco”, recorda.

As dificuldades vividas na al-tura são as mesmas que a sua co-lega do Centro de Dia recordou: salário baixo, más condições e

problemas de saúde associados à profissão. “Não me lembro quan-to é que ganhava, mas não dava para nada. Hoje tenho muitos problemas respiratórios. Apanhá-vamos com o pó todo que fazia muito mal à saúde”, afirma Ana Santos.

“Cheguei a ficar preso lá em baixo”

José Manuel Pinto Ferreira, conhecido na freguesia como Manuel Ventura, trabalhou nas minas 11 anos e oito meses. De positivo, pouco se recorda. “De cada vez que falo nas minas é uma doença. Hoje fala-se em trabalho não remunerado, na altura trabalhávamos todos os

dias e havia alturas em que não recebíamos, porque éramos mul-tados e trabalhávamos de borla. Eu era mineiro de primeira e na altura ganhava 23 escudos. Era uma vida muito difícil”, lembra ao Vivacidade. “Chegávamos lá, despíamo-nos, púnhamos o capa-cete na cabeça e começávamos a trabalhar. Quando esticávamos as pernas o suor saía-nos pelas per-nas abaixo” acrescenta o ex-mi-neiro que conta como desafiou a própria vida debaixo de terra. “Cheguei a ficar preso lá em bai-xo, cerca de 48h, porque a parede

desabou e fiquei lá. No final do dia levantavam-se as chapas do serviço e faltou levantar a minha, foi aí que deram falta. Começa-ram a bater nos canos, que era a forma como comunicávamos. Eu ouvi o som dos canos e bati no cano com o gasómetro para res-ponder, foi aí que me descobri-ram. Furaram por baixo de mim e conseguiram chegar até mim” explica com alguma dificuldade, Manuel Ventura. “Tive colegas que ficaram lá subterrados, não conseguiram resgatar os corpos”, admite ainda o mineiro. Com 75 anos, o ex-trabalhador das Minas de S. Pedro da Cova não lamenta o acontecimento de 25 de março de 1970. “As minas deram traba-

lho a muita gente, mas o encer-ramento foi positivo porque mor-reu ali muita gente”, conclui.

Quase dois séculos de “ex-ploração desenfreada”

“É difícil determinar se o en-cerramento foi bom ou mau para a freguesia. Não consigo respon-der de forma objetiva. As minas encerraram e os responsáveis pela exploração desenfreada de alguns operários desta freguesia deixa-ram-na ao abandono, depois de anos a explorar as suas riquezas naturais”, afirma Daniel Vieira, presidente da União das Fregue-sias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, em conversa com o Viva-cidade. “O encerramento ocorreu

em pleno regime fascista e o Es-tado não defendeu os direitos dos trabalhadores. Quando as minas encerraram não foram salvaguar-dados os anos de produção dos mineiros, nem foram criadas con-dições para a população refazer as suas condições de vida”, lamenta o autarca.

Para a freguesia, ficou um le-gado em forma de ruínas, com o Complexo Mineiro deixado ao abandono. Mais do que isso, o trabalho mineiro “muitas vezes caracterizado como um trabalho das trevas”, segundo o presidente,

trouxe a S. Pedro da Cova “aci-dentes brutais e casos de deficiên-cias para a toda a vida.” “Aqui per-deram-se vidas e em breve vamos

reeditar um trabalho feito pelo Serafim Gesta Mazola, sobre um conjunto de entrevistas realizadas a mineiros, sobre as suas condi-ções de trabalho”, conta. “Esta-mos a assinalar os 45 anos de uma empresa que aqui existiu durante quase dois séculos [170 anos] e da qual a freguesia pouco bene-ficiou. No entanto, não queremos apagar a história e queremos dar a conhecer às novas gerações o trabalho dos seus pais e dos seus avós, esse é o grande objetivo des-ta iniciativa”, afirma ainda Daniel Vieira.

“De cada vez que falo nas minas é uma doença”Minas de Carvão de S. Pedro da Cova encerraram há 45 anos. Trabalhadores recordaram “tempos difíceis” no I Encontro organizado pela Junta e Museu MineiroA data de 25 de março de 1970 está gravada na memória de grande parte da população de S. Pedro da Cova como o dia em que mais de 700 trabalhadores foram despedidos das Minas de Carvão da freguesia. Um misto de sentimentos envolve, ainda nos dias de hoje, alguns ex-mineiros e funcionários que recordam o emprego que lhes permitia sobreviver mas também “a escravidão” vivida durante parte dos 170 anos de funcionamento das minas e as vidas de amigos e colegas que se foram perdendo no exercício das suas profissões. A União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova e o Museu Mineiro decidiram agora juntar estas “vozes do passado” num primeiro encontro de trabalhadores, 45 anos depois. O Vivacidade recolheu algumas dessas memórias.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

> As Minas de Carvão de S. Pedro da Cova estiveram a funcionar cerca de 170 anos

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“De cada vez que falo nas minas é uma doença”Minas de Carvão de S. Pedro da Cova encerraram há 45 anos. Trabalhadores recordaram “tempos difíceis” no I Encontro organizado pela Junta e Museu MineiroA data de 25 de março de 1970 está gravada na memória de grande parte da população de S. Pedro da Cova como o dia em que mais de 700 trabalhadores foram despedidos das Minas de Carvão da freguesia. Um misto de sentimentos envolve, ainda nos dias de hoje, alguns ex-mineiros e funcionários que recordam o emprego que lhes permitia sobreviver mas também “a escravidão” vivida durante parte dos 170 anos de funcionamento das minas e as vidas de amigos e colegas que se foram perdendo no exercício das suas profissões. A União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova e o Museu Mineiro decidiram agora juntar estas “vozes do passado” num primeiro encontro de trabalhadores, 45 anos depois. O Vivacidade recolheu algumas dessas memórias.

> As Minas de Carvão de S. Pedro da Cova estiveram a funcionar cerca de 170 anos

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“Estado deveria assumir responsabilidades quanto à conservação deste patri-mónio mineiro”

Quarenta e cinco anos depois, Daniel Vieira pensa que é o me-mento de agir. “Temos procura-do dar o nosso contributo para a preservação da memória, nomea-damente com o Museu Mineiro, para o qual nunca tivemos um apoio do Estado. Julgamos que a preservação da memória devia passar pelo Complexo Industrial Mineiro e no nosso entendimen-to o Cavalete do Poço S. Vicente deveria ser preservado, porque é o ex-líbris da freguesia. Estas che-garam a ser as principais minas de carvão de país e este espaço pode-ria ter uma dimensão museológi-ca regional”, refere o presidente.

Recentemente, com a remo-

ção dos resíduos perigosos da fre-guesia, o governo e a autarquias locais voltaram a falar no projeto ‘Pulmão Verde’, que visa promo-ver a qualidade de serras, vales e rios e poderá chegar à Zona do Complexo Mineiro.

Ao Vivacidade, o presidente da Câmara Municipal de Gondo-mar, Marco Martins, admite essa possibilidade após uma avaliação no terreno. “Queremos que a área de intervenção do projeto Pul-mão Verde seja alargada para a área dos escombros do Complexo Mineiro para beneficiar a revitali-zação e o futuro daquela área. No entanto, isso só pode ser definido após a remoção dos resíduos e uma avaliação do terreno”, explica Marco Martins.

Na opinião de Daniel Vieira, com ou sem ‘Pulmão Verde’ é o

Estado que deve intervir na re-cuperação de uma zona classifi-cada como Monumento de Inte-resse Público. “Não sabemos se é através do Pulmão Verde mas achamos que o Estado deveria as-sumir responsabilidades quanto à conservação deste património mineiro. No entanto, com inten-ções não resolvemos o problema”, refere. “Todo o investimento que venha a ser feito pode ser rentabi-lizado do ponto de vista cultural e até turístico”, acrescenta o au-tarca.

Dezenas de mineiros par-tilharam experiências no I Encontro de Trabalhadores

Sobre o Encontro de Traba-lhadores, Daniel Vieira é claro ao afirmar: “a história é feita de me-mórias das próprias pessoas que

trabalharam nas minas e estamos a procurar recolher testemunhos e experiências pessoais de ex--operários. Este encontro permi-tiu aprofundar esse trabalho por-que as pessoas não são eternas e esta história deve perpetuar-se.” A responsável pelo Museu Mineiro, Micaela Santos, não podia con-cordar mais. “Este Encontro já de-veria ter sido realizado, mas nun-ca é tarde para a fazer. Atualmente temos inscritos 30 ex-mineiros. Muito do que transmitimos aos que nos visitam é baseado na in-formação que recolhemos dos ex-mineiros. O Museu precisa de saber quantas das pessoas que tra-balharam nas minas ainda estão vivas. Para nós é muito gratifican-te ver o encontro destas pessoas”, refere.

Para o Encontro foi prepa-

rado um convívio com dança e música e Micaela Santos apelou à participação das “várias entida-des que existem na freguesia e que forneciam determinados serviços relacionados com as minas, como por exemplo, a AD São Pedro da Cova que teve início nas minas, enquanto associação desportiva e recreativa do pessoal.”

Para o futuro do Museu Mi-neiro, “o arquivo precisa de ser preservado e colocado ao dispor do público para consulta”, afirma a responsável, e “a zorra recupe-rada”. “Estão programadas inicia-tivas até ao final do ano para an-gariar fundos para a recuperação da Zorra. Estamos a falar de um investimento entre 40 a 50 mil eu-ros. Ainda há um longo caminho a percorrer”, finaliza a responsável pela instituição. n

> Manuel Ventura > Ana Oliveira > Ana Santos > Micaela Santos > Daniel Vieira

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> O Complexo Mineiro encontra-se atualmente ao abandono

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Política

Com o intuito de discutir a austeridade e o Tratado Orçamental, o Bloco de Esquer-da de Gondomar convidou José Manuel Pureza para uma sessão pública em Val-bom. O convidado inicial seria Francisco Louçã mas, por motivos profissionais não pode estar presente.

O Vivacidade falou com Bruno Pache-co, da direção do Bloco de Esquerda de Gondomar, que explicou o conceito destas sessões. “Quando organizamos uma ini-ciativa é sempre com o intuito de discutir problemas e abrir o debate ao público. Esta sessão pública sobre a austeridade, a entra-da de Portugal e a aceitação deste Gover-no sobre o Tratado Orçamental teve como objetivo discutir um tema que não foi dis-cutido”, referiu. “Surgiu-nos um imprevis-to com Francisco Louçã mas José Manuel

Pureza assumiu essa responsabilidade e incutiu uma perspetiva mais humanista, muito interessante”, comentou ainda Bruno Pacheco.

O BE de Gondomar está a preparar uma petição pública para suscitar a discus-são do Tratado Orçamental e no dia 28 de março estará na Feira de Rio Tinto, “a falar com as pessoas, para discutir essa realidade e as suas consequências.” n

José Manuel Purezadiscursou contra a austeridade e Tratado Orçamentalna Junta de ValbomO dirigente do Bloco de Esquerda, José Manuel Pureza, liderou, no dia 6 de abril, uma sessão pública contra a austeridade e o Tra-tado Orçamental no edifício da Junta de Freguesia de Valbom.

“Este ano temos um vasto conjunto de ini-ciativas. Vamos ter vários eventos desportivos, sociais e recreativos. No dia 25 de abril vamos assinalar a revolução com uma sessão solene na Junta de Freguesia de Fânzeres”, começa por dizer Daniel Vieira, presidente da Junta da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova.

Durante três meses (março, abril e maio), vão realizar-se cerca de 30 iniciativas nas esco-las, biblioteca de Fânzeres e Museu Mineiro de São Pedro da Cova. José Barata Moura, filóso-fo e cantor de intervenção, criador dos temas

“Joana Come a Papa”, “Olha a Bola Manel” e “Fungágá da Bicharada” é o convidado de honra da freguesia e vai participar nas come-morações do 41.º aniversário do 25 de abril.

“Esta data é relevante para nós e achamos que deve ser assinalada. O 25 de abril foi uma grande conquista para a democracia e deve ser celebrado em comunidade”, refere Daniel Vieira.

O autarca destaca o “crescente envolvi-mento da população e associações de Fânze-res” no que considera ser “uma perfeita iden-tificação com a celebração da data”. n

Fânzeres e São Pedro da Covacomemoram Revolução dos CravosA União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova inaugurou as comemorações do 25 de abril com a exposição em honra do es-critor e mestre Lopes-Graça. As iniciativas prolongam-se até maio.

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A delegação de Gondomar do Partido Comunista Português (PCP) celebrou os 94 anos do parti-

do com um almoço que reuniu cen-tenas de comunistas do concelho na Escola Secundária de Rio Tinto.

Diana Ferreira, deputada do PCP na Assembleia da República, destacou ao Vivacidade, o rejuve-nescimento dos quadros do partido

e a atualidade das propostas apre-sentadas à população. “Somos um partido jovem e cada vez mais ativo nas lutas políticas e sociais. Não so-mos um partido do passado como querem fazer crer, porque temos um conjunto de valores e projetos atuais e vamos continuar a apresentar dia-riamente as nossas propostas para o país”, disse a jovem deputada do PCP.

Na opinião de Daniel Vieira, o partido soube regenerar-se nos últi-mos anos, através de uma estratégia de proximidade com as escolas. O presidente da União de Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, considerou que há cada vez mais jovens a aderir ao ideal comunista, “após um grande trabalho da Juven-tude Comunista (JC) na conscien-cialização e auscultação das necessi-dades dos jovens”.

“Nos últimos anos temos procu-

rado rejuvenescer a direção, os qua-dros, a comissão política e a bancada parlamentar do PCP. Ao contrário do que vaticinaram não estamos em extinção e acreditamos que estes jo-vens têm muito a acrescentar à polí-tica”, refere Daniel Vieira.

Opinião partilhada por Joaquim Barbosa, vereador da Câmara de Gondomar. O autarca destaca ao Vi-vacidade a longevidade do PCP e a

adequação dos ideias do partido ao presente. “Hoje, mais que nunca, os princípios do comunismo mantém--se válidos”, sublinha Joaquim Bar-bosa.

Cláudia Santos, responsável po-lítica do concelho, salientou o traba-lho realizado pelo partido em Gon-domar, no que considerou ser “uma constante recolha de necessidades locais”. n

Caravana regional passou por Gondomar:

A 19 de março, a caravana regional do PCP passou pela feira de São Cosme, no âmbito da ação “Com a força do povo, construir soluções para o País”. Jaime Toga, membro da Comissão Política do Comité Central do partido, Joaquim Barbosa e Cláudia Santos contactaram com a população.“O objetivo é ouvir as pessoas. Temos sentido uma grande consternação revolta na população muito por culpa desta alternância política entre PS, PSD e CDS”, disse Jaime Toga ao Vivacidade.

Almoço uniu comunistas no 94.º aniversário do PCPOs militantes gondomarenses do PCP uniram-se a 15 de março num almoço comemorativo do 94.º aniversário do partido, na Escola Secundária de Rio Tinto.

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Texto: Pedro Santos Ferreira

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Política

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VIVACIDADE 26/03/2015

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“O que temos previsto é o es-quema das conferências do ano passado, um concerto alusivo ao 25 de Abril, com um programa adequado às comemorações e a apresentação do livro “Os Rapa-zes dos Tanques”, de Alfredo da Cunha e Adelino Gomes, que vai ser feita em Gondomar, com uma exposição de fotografias do livro”, explica o vice-presidente e verea-dor da Cultura da autarquia, Luís Filipe Araújo.

Quanto às conferências, mar-cam presença Joana Amaral Dias, ex-deputada do Bloco de Es-

querda, Fernando Gomes e Rui Rio, ex-presidentes da Câmara Municipal do Porto. O primeiro debate com a ex-bloquista será a

6 de abril, pelas 21h30, na Casa Branca de Gramido, em Valbom. Já o de Rui Rio está marcado para o dia 13 de abril, à mesma hora,

no auditório do Hospital-Escola da Universidade Fernando Pes-soa. Também pelas 21h30, com data ainda a confirmar – mas que deverá ser para 20 ou 21 de abril – está prevista a conferência com Fernando Gomes na Biblio-teca Municipal de Gondomar. “O tema é fazer o balanço de 41 anos de democracia, terá alguma abrangência porque o convidado poderá falar do que achar mais relevante”, garante o vice-presi-dente da Câmara.

No dia 25 de abril, pelas 11h30, os Paços do Concelho re-cebem novamente a sessão solene comemorativa da data e minu-tos antes serão entregues os pré-mios de poesia e dos ‘Cartazes de

Abril’.Adelino Gomes e Alfredo da

Cunha apresentam no dia 18 do mesmo mês, na Biblioteca de Gondomar, um livro e respetiva exposição de fotografia. No mes-mo dia, a Casa Branco de Grami-do acolhe, pelas 21h30, as ‘Can-ções de Abril’, um concerto dos Vox Populi e OSNOFA.

Para o município, segundo Luís Filipe Araújo, esta data “tem uma importância simbólica que deve ser assinalada.” “Tem gran-de importância para o poder lo-cal, porque conferiu legitimidade e uma identidade própria que não ocorria até 25 de abril de 1974”, acrescenta ainda o vice-presiden-te e vereador da Cultura. n

Joana Amaral Dias, Fernando Gomes e Rui Rio em Gondomar para conversar sobre o 25 de AbrilPelo segundo ano consecutivo, o Município de Gondomar vai assinalar a Revolução dos Cravos com “convidados de peso”. Joana Amaral Dias, Fernando Gomes e Rui Rio são os escolhidos para as ‘Conversas de Abril’ deste ano. Para além das conferências, a Câmara preparou também uma exposição, concerto e apresentação do livro.

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Texto: Ricardo Vieira Caldas

> Luís Filipe Araújo lidera o grupo que organiza as iniciativas do 25 de Abril

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António Bragança Fernandes, vice-presidente do Conselho Metro-politano do Porto (CMdP), anun-ciou a 17 de março, na qualidade de responsável pelo projeto, o relatório de lançamento do Programa Metro-politano para a Qualificação Urbana da Circunvalação. O responsável anunciou também a abertura da Sala do Risco, um espaço de traba-lho intermunicipal que, nos próxi-mos quatro meses, na sede da AMP, vai reunir técnicos de cada uma das Câmaras para trabalhar no desenho do projeto final para a beneficiação da Estrada da Circunvalação.

“Esta é uma data muito impor-tante para a região e, nomeadamen-te, para os municípios por onde passa a Estrada da Circunvalação. O projeto de qualificação desta via está em marcha e esperamos em julho poder apresentar o relatório final do PMQUC”, afirmou o vice-Presiden-te do CMdP.

Rui Moreira, presidente da Câ-mara Municipal do Porto, afirmou

que “este é um processo muito an-tigo”, salientando “que foi muito importante o facto de todos os en-volvidos terem conseguido chegar a um consenso. Acho que é extraor-dinariamente assinalável. Os muni-cípios olharam muito para os seus umbigos no passado. O território é de todos, é do povo.”

Gondomar quer “canal para futura linha do metro”

Marco Martins, presidente do Município de Gondomar, disse que “aquilo que era uma barreira tem de

ser um elemento de união”. O autar-ca destacou o facto de a Circunvala-ção ser “uma via que tem milhares de utilizadores por dia” e que este projeto é fundamental “para que não haja isolamento”. O autarca referiu também ser “importante a criação de um canal” que permita a ligação a uma “futura linha do me-tro” para Gondomar.

Manuel Correia Fernandes, coordenador do projeto, salientou que “o relatório de lançamento apre-sentado contou com um conjunto de pessoas que esteve verdadeira-

mente mobilizado desde julho até agora”.

As orientação chave do PM-QUC passam, sobretudo, pela construção de novos passeios nas zonas onde não existem, pelo me-lhoramento e alargamento dos pas-seios existentes, pela valorização e reforço do património vegetal da placa central, considerando a even-tual utilização dos cidadãos, e pela introdução de ciclovias ao longo dos 17 quilómetros do percurso, entre outros.

A Estrada da Circunvalação é oficialmente designada por N12.

Vai do mar até ao rio, ao longo do município do Porto, serve também os municípios de Matosinhos, Maia e Gondomar e prolonga-se por 17 quilómetros. O projeto de qualifica-ção está dividido em três segmentos: Ocidental (Anémona-AEP), Central (AEP-Areosa) e Oriental (Areosa--Freixo). n

> Na foto: Joana Felício (CM Matosinhos), Marco Martins (CM Gondomar), Antó-nio Bragança Fernandes, vice-presidente da AMP, Rui Moreira (CM Porto)e Manuel Correia Fernandes, coordenador do projeto

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Política

Futura Estrada da Circunvalação com projeto iniciado na Área Metropolitana do PortoDevolver a Estrada da Circunvalação aos cidadãos. É este o grande objetivo do Programa Metropolitano para a Qualificação Urbana da Circunvalação (PMQUC), um projeto que envolve a Área Metropolitana do Porto (AMP) e os municípios do Porto, Matosinhos, Maia e Gondomar. Marco Martins quer “reservar um canal para o metro”.

Dê sugestões para a Qualifica-ção Urbana da Circunvalação

Este é um projeto aberto à participação pública. A AMP criou o e-mail [email protected], disponível para todos os interessados participarem e enviarem os seus contributos.

> Projeto Metropolitano para a Qualificação Urbana da Circunvalação

Combatentes gondomarenses mortos na Guerra Colonial homenageados em Fânzeres

A concentração dos “camaradas” teve início às 10h30 junto à Igreja Matriz de Fânzeres, onde decorreu uma missa de ação de graças e de sufrágio em memória dos ex-com-batentes gondomarenses falecidos.

Após a missa, seguiu-se uma

romagem ao Monumento ‘Aos He-róis de Ultramar’, situado na Praceta Heróis de Ultramar, mais conhecida como rotunda do ‘Soldado Desco-nhecido’.

Foi prestada uma homenagem e um minuto de silêncio aos 83

combatentes que tombaram por Portugal em África e cujos nomes constam no Memorial, existente no mesmo local.

A cerimónia ficou marcada pelo pedido ao município da criação do “Dia do Combatente”, pedido que, aliás, fora já aprovado em Assem-bleia Municipal e pela conceção de um Museu do Combatente de Gon-domar.

Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar e Daniel Vieira, presidente da União das Freguesias de Fânzeres e S. Pe-dro da Cova, marcaram também presença na concentração e deixa-ram umas breves palavras em me-mória dos ex-combatentes falecidos.

“Os que morreram ao serviço da pátria merecem a nossa home-nagem. É nosso objetivo honrar o compromisso da instituição do Dia dos Combatentes em Gondomar”, referiu o presidente da Câmara.

Já Daniel Vieira esclareceu que

“não há futuro sem a preservação do passado”. “A Comissão tem procura-do preservar a nossa memória cole-tiva e é nossa missão garantir a reali-zação desta iniciativa ano após ano. Assinalar esta iniciativa é também assinalar a paz”, afirmou o autarca. n

Os 83 ex-combatentes gondomarenses falecidos na Guerra Colonial, em África, de 1961 a 1974, foram, a 7 de março, lembrados e homenagea-dos numa concentração de “camaradas” que envolveu alguns “heróis”, a guarda de honra militar , a Câmara Municipal e União das Freguesias.

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Política

Câmara condenada ao reembolso de 11 milhões de euros em fundos comunitáriosO Município de Gondomar foi condenado a devolver 11 milhões de euros de fundos comunitários utilizados “indevidamente” no projeto da ETAR do Rio Ferreira. O anúncio foi feito pelo próprio presidente da Câmara, Marco Martins, que afirma que esta sentença “vai obrigar a re-programar toda a estratégia definida para este mandato e para o futuro” e suspende de imediato “todos os projetos programados para 2015”.

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Aprovada por unanimidade na reunião pública realizada na Junta de Freguesia de Jovim, a reabilitação do Conjunto Habita-cional Monte Crasto vai agora a concurso público. Segundo o executivo da Câmara de Gondomar, a obra não deverá exceder o orçamento de 1,6 milhões de euros e irá beneficiar cerca de 420 famílias.

Em causa estão melhoramentos exte-riores, a reabilitação do parque infantil, mudança de coberturas com remoção de amianto, mudança de caixilharia e reabili-tação das fachadas do conjunto habitacio-nal edificado entre os anos de 1974 e 1975.

De acordo com o Município, não tinha sido feita nenhuma “obra de fundo” até à data, exceção feita em oito dos 32 blocos habitacionais.

Câmara prepara “Gondomar 2020”Na mesma reunião, a Câmara de Gon-

domar aprovou ainda três propostas que visam dotar o Município de meios que per-mitam definir estrategicamente o posicio-namento de Gondomar para o cenário mais favorável ao “Gondomar 2020”, enquadra-do nos programas e apoio “Norte 2020”, “Portugal 2020” e “Europa 2020”. n

Aprovada reabilitação do Conjunto Habitacional Monte CrastoA Câmara Municipal de Gondomar aprovou a 4 de março, na reunião pública descentralizada em Jovim, a reabilitação das fachadas, cober-turas e arranjos exteriores do Conjunto Habitacional Monte Crasto.

As candidaturas aprovadas ao Eixo + Habitação vão usufruir de um apoio para o pagamento de renda ou crédito à habita-ção, por um período máximo de seis me-ses, entre janeiro e junho deste ano.

O financiamento é destinado a “agre-gados familiares cujo valor da renda ou crédito à habitação seja igual ou superior a 150 euros mensais, desde que os agregados familiares não beneficiem de apoio para o mesmo efeito de outra entidade com com-petência na área dos apoios sociais”, refere

o comunicado do Gabinete de Imprensa e Comunicação da Câmara de Gondomar.

O programa prevê ainda a “atribui-ção de apoios para pagamento de renda ou crédito à habitação até 30% do valor apresentado, nos termos regulamentares, a famílias fragilizadas pela crise económi-ca do País e do concelho”, lê-se na nota de imprensa.

Recorde-se que o próximo período de entrega de candidaturas vai realizar-se en-tre 1 e 30 de junho. n

Eixo + Habitaçãoaprova 219 candidaturasA lista de 219 candidaturas aprovadas ao Eixo + Habitação, no âmbito do Programa Social +, está afixada no site do Município, nas Juntas de Freguesia e na Câmara Municipal de Gondomar.

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A condenação judicial feita pelo Tribunal Administrativo e Fiscal do Porto obriga a autarquia a reembolsar 10.926.823.76 de eu-ros de fundos comunitários, que incluem juros de mora e custos de processo. Em causa esteve, segun-do este executivo, o uso “indevido” dos fundos usados, pelo executi-vo de Valentim Loureiro, devido a “faturação irregular”, entre 1996 e 2001, no projeto saneamento/construção da ETAR do Rio Fer-reira. A câmara vai agora recorrer

da sentença para o Supremo Tribu-nal de Justiça e avançar com pro-cessos civis “criminais e pessoais” para encontrar os responsáveis.

Sentença vai obrigar a “re-pensar todos os projetos”

O presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins, con-sidera esta situação “dramática” e que vai, inclusive, “impedir o Município de aceder ao programa ‘Portugal 2020’”. “Esta é mais uma herança do passado, que compro-mete o presente e o futuro”, atenta o presidente e “vai obrigar a re-programar toda a estratégia defi-nida para este mandato e para o

futuro, e repensar todos os proje-tos, incluindo aqueles que já estão em curso”, declarou. “Os grandes projetos que foram assumidos

e que foram programados para avançar em meados de 2015 estão agora todos suspensos”, indicou Marco Martins, em conferência

de imprensa promovida pela au-tarquia.

“O executivo, nas próximas se-manas, vai reprogramar a sua es-tratégia, a sua linha de orientação política, por forma a minimizar o impacto desta condenação junto dos gondomarenses”, afirmou ain-da o edil.

O responsável máximo do exe-cutivo pede agora “ajuda aos gon-domarenses e à tutela” e solicitou uma audiência, com carácter de urgência, ao primeiro-ministro, ministra das Finanças e secretá-rios de estado do Desenvolvimen-to Regional e da Administração Local. n

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Texto: Ricardo Vieira Caldas

ÚLTIMA HORA

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José António Macedo inaugurou Loja Social de ValbomO presidente da União das Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim, inaugurou a 17 de março a Loja Social de Val-bom, junto ao edifício da Junta de Freguesia local.

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A Loja Social de Valbom abriu portas a 17 de março e está ago-

ra ao dispor dos valboenses no edifício da Junta de Freguesia de Valbom. José António Macedo inaugurou o espaço na companhia do restante executivo da União das Freguesias de Gondomar (São

Cosme), Valbom e Jovim.“Esta foi uma promessa da mi-

nha candidatura à União de Fre-guesias e também queremos im-plementar esta ideia em Jovim. O objetivo é reutilizar peças de rou-pa, brinquedos e outros produtos que ainda podem ser úteis a preços bastante acessíveis”, refere o autar-ca em entrevista ao Vivacidade.

O espaço, que estava ao aban-dono, foi recuperado por um gru-po de voluntários em conjunto com os funcionários da União de Freguesias e vai passar a ser geri-do pelo gabinete da ação social da autarquia.

“Este é um exemplo do que fizemos em S. Cosme e queremos que seja sustentável. A loja está muito completa e os valboenses passam a dispor de mais um ser-viço que podem usufruir”, conclui José António Macedo.

O projeto Loja Social surge na sequência da necessidade detetada na comunidade valboense, e tem como objetivo suprir as necessi-dades imediatas de famílias caren-ciadas, através da recolha de bens novos ou usados, em bom estado, doados por particulares ou em-presas, nomeadamente vestuário, acessórios, calçado, brinquedos e

material didático.A cerimónia de inauguração

contou com cerca de 30 pessoas no mais recente espaço social da União das Freguesias de Gondo-mar (São Cosme), Valbom e Jo-vim.

Recorde-se que a freguesia de Gondomar (São Cosme) também já dispõe de uma Loja Social. n

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Política

Texto: Pedro Santos Ferreira

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VIVACIDADE 26/03/2015 VIVACIDADE 26/03/2015

> José António Macedo, com o executivo da União de Freguesias

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40 VIVACIDADE MARÇO 2015

Desporto

Realizado em Xerta, Tortosa, Espanha, o Ultra Trail les Fonts decorreu de 6 a 8 de março com três etapas: uma de 29 kms, na sexta feira, pelas 21h, totalmente de noite. Outra, de 70 kms a iniciar pelas 6h de sá-bado. E por fim, a terceira, a iniciar pelas 8h de domingo, com a distância de 27 kms. Pe-dro Marques sagrou-se vencedor da prova, no escalão de veteranos e alcançou o quinto lugar na classificação geral.

Ao Vivacidade, o atleta mostra-se sa-tisfeito com o que alcançou, referindo que “neste tipo de provas, terminar, já é motivo mais que suficiente para qualquer partici-

pante ficar muito satisfeito.” “Claro, que aos 48 anos, conseguir terminar entre os primei-ros e ficar em primeiro no escalão a partir dos 40 traz-me uma satisfação acrescida”, acrescenta. Questionado sobre a sua partici-pação no Circuito Nacional, Pedro Marques responde: “Com regularidade não participo. Frequento uma ou outra prova, pois não gosto de me sentir ‘refém’ de um calendário de provas. Gosto de escolher aleatoriamente, muitas vezes, quase que em cima do joelho onde me apetece ir participar. Excepto nas provas de longa distância, em que procuro escolher locais ainda por conhecer”. n

Pedro Marques em primeiro nos veteranosdo Ultra Trail les FontsO atleta baguinense Pedro Marques venceu, no escalão de vete-ranos, a prova espanhola de Ultra Trail les Fonts com um total de 126 quilómetros.

A D’Ouro Run vai regressar a 28 de junho à estrada marginal entre Valbom e Foz do Sousa. A segunda edição da prova apresenta como novidade a meia-maratona de 21 quiló-metros e vai também contar com uma minimaratona de 10 quilómetros e uma caminhada de cinco qui-lómetros.

As inscrições para a corrida abriram a 5 de março e os percursos das três etapas também já estão disponíveis para consulta no site oficial da D’Ouro Run, prova organizada pela EventSport.

A 2ª edição da prova que percorre a margem do rio Douro tem também o obje-

tivo de envolver os amantes da corrida no apoio ao projeto de reestrutu-

ração da escola de atletismo do Centro de Atletismo do Porto (CAP). Por cada ins-

crição efetuada, 50 cênti-mos revertem a favor do

projeto que irá beneficiar a formação das camadas jovens do CAP.Camisola oficial apresen-tada ao público

A camisola oficial da 2ª edi-ção da D’Ouro Run foi recente-

mente apresentada ao público. n

II D’Ouro Runcom meia-maratonade 21 quilómetrosA 2ª edição da D’Ouro Run vai contar com uma novidade: uma meia-maratona de 21 quilómetros. As inscrições para a corrida já estão abertas.

A classificação foi, para João Pereira, “um objectivo alcançado, que tinha pro-posto a si mesmo no início da tempo-rada”.

“Este terceiro lugar signi-fica a passagem aos nacionais onde só passavam quatro atle-tas, o que é uma montra onde todos os atletas gostavam de estar”, confessa ao Vivacidade o atleta. “Esta conquista vai--me relançar e dar-me moral para con-tinuar a tra-balhar cada vez mais e se algum dia me s e n t i r d e s a -nimado vou bus-car forças a esta c o n -

quista”, acrescenta.Quanto à preparação para esta épo-

ca, o atleta gondomarense do FC Porto admite estar a “preparar-se para estes

campeonatos, treinando todos os dias pelo menos duas horas e meia”.

“Espero que seja um ano com muitas conquistas nacionais e que me leve a novos desafios inter-

nacionais. Sei que sou jovem mas também sei que as pessoas vão

estar mais atentas ao nosso trabalho. Sei que os meus

adversários e técnicos dos respetivos clubes estão ainda mais aten-

tos ao meu jogo, à maneira de jogar e sei que tenho de os contrariar mas essencialmente te-nho que me focar me nos objectivos”, afirma João Perei-ra. n

Gondomarense João Pereiraem terceiro lugar noCampeonato Distrital de bocciaO atleta de boccia do FC Porto, João Pereira, alcançou nos dias 7 e 8 de março, o terceiro lugar no Campeonato Distrital Zona Norte de boccia, na nave de Espinho.

A Câmara Municipal de Gondomar está a preparar o dossiê que terá, em breve, de apresentar ao ACES Portugal, organismo que representa a ACES Europe, que trabalha com a Comissão Europeia para o reconhe-cimento de capitais e cidades europeias do desporto conforme definido no Livro Bran-co dos Desportos, criado no Tratado de Lis-boa em 2007. No final da semana passada, Nuno Santos, Presidente do ACES-Portugal, visitou algumas das instalações desportivas do concelho.

Na sua candidatura, o Município evoca a forte tradição desportiva de Gondomar, no-meadamente, nas modalidades de ciclismo, canoagem, remo, hóquei em patins, basque-tebol, ténis de mesa, voleibol, futsal e pati-

nagem artística, além de uma grande aposta na formação de jovens que têm, nos últimos anos, revelado diversos campeões nacionais.

O concelho tem mais de sete mil atletas federados em mais de 150 coletividades atra-vés do apoio ao associativismo com a cele-bração de contratos anuais com a autarquia.

Recorde-se que Gondomar dispõe de diversos espaços desportivos, sendo o pavi-lhão Multiusos de Gondomar, as sete pisci-nas municipais e o rio Douro os mais repre-sentativos.

Segundo dados da autarquia, nos dois últimos anos, Gondomar recebeu mais de uma centena de competições de desportos/eventos desportivos, nacionais e internacio-nais. n

Gondomar é candidato aCidade Europeia do Desporto em 2017A Associação Portuguesa das Cidades Europeias (ACES) aceitou, a 16 de março, a carta de intenções do Município de Gondomar que é candidato oficial a Cidade Europeia do Desporto em 2017.

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Vocalista e bailarina dos Buraka Som Sistemadeu aulas de dança em GondomarA Wish Ferreirinha – Associação Juvenil de Gondomar – inaugurou, a 15 de março, a sua sede social em Jovim. A associação estreou-se, em grande, dias antes, convidando a vocalista e bailarina dos Buraka Som Sistema, Karla Rodrigues, mais conhecida como Blaya, para dar uma aula de dança na sede do grupo.

‘Pack Bundas’ é como se chama o workshop de kuduro que Blaya deu, no dia 8 de março, dia da mu-lher, na recém criada associação Wish Ferreirinha, em Jovim, para 80 jovens.

Ao Vivacidade, Blaya, admite que nunca esteve em Gondomar e explica o propósito do workshop. “É a primeira vez que venho a Gondomar. Já estou a dar estes workshops há mais de um ano e o objetivo é que todas as mulheres aprendam a mexer-se um boca-dinho mais e que estejam mais à vontade com elas próprias”, afirma. Sobre a formação em dança, Blaya é especialista em Twerk. “Em Por-tugal ainda não conheço ninguém que dê aulas de twerk e de tudo o

que envolva rabo, cintura e abdo-minais. Nas academias de fitness existem aulas mas sem esta finali-dade”, comenta ao Vivacidade.

A Wish Ferreirinha nasceu em fevereiro mas a inauguração oficial do novo espaço – onde decorreu a aula – foi a 15 de março, pelas 16h.

Ao Vivacidade, a presidente e professora da Wish, Luciana Silva, explicou o conceito da nova asso-

ciação. “Estamos formados há cer-ca de duas semanas mas o grupo já estava constituído há 13 anos nou-tra associação. Tínhamos 70 crian-ças inscritas e achamos por bem criar a associação. Temos o desejo de sermos mais e melhores”, refere.

A presidente da Wish Ferreiri-nha quer começar com as aulas de dança mas admite incluir na asso-ciação “outro tipo de atividades”.

“Durante a semana temos zumba para todas as idades. Ao fim de semana temos ensaios de vários estilos musicais para fazermos es-petáculos”, menciona.

“Há 13 anos que dançamos e fazemos eventos. Escolhemos ser Associação Juvenil de Gondomar porque temos alunos de todo o concelho. Qualquer pessoa, de qualquer idade pode inscrever-se.

Somos muito unidos e fazemos vários convívios. Na Noite Branca de Gondomar, por exemplo, orga-nizamos o flash mob que contou com cerca de 400 pessoas. No pró-ximo ano esperamos voltar a fazer uma apresentação”, afirma Luciana Silva.

A associação Wish Ferreirinha tem agora sede na rua das Olivei-ras, em Jovim. n

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> Inauguração da sede > Aula de dança com Blaya

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Desporto

Ala de Gondomar lidera na fase regulardo Campeonato Nacional de Ténis de MesaA equipa da 1ª divisão feminina de ténis de mesa da Ala de Gondomar terminou a fase regular do cam-peonato em 1.º lugar e garantiu assim o apuramento para a disputa do playoff.

Cátia Martins, Maria Noguei-ra, Mariana Barbosa, Marta San-tos, Raquel Martins, Shao Jieni e os treinadores Mário Pedro Cou-to e Pedro Oliveira constituem o plantel da Ala Nun’ Álvares de Gondomar.

A equipa obteve 13 vitórias e apenas uma derrota o que, segun-do o treinador Mário Pedro Cou-to, constitui “um marco histórico para a Ala e para o concelho de Gondomar”. “Nunca um clube do concelho tinha vencido uma fase regular de um campeonato nacio-nal da 1ª divisão. Este resultado, é

mais um marco num percurso de consolidação da Ala no mais alto

nível do ténis de mesa português. Um percurso que teve início na

época 2008/09 e do qual merecem destaque a conquista do título na-cional da 2ª divisão nesse mesmo ano, o primeiro apuramento para o playoff conquistado na época 2010/2011, a disputa de duas fi-nais do playoff, a presença inin-terrupta no playoff desde a época 2010/2011 e agora a conquista do 1º lugar na fase regular da compe-tição. Neste momento de enorme orgulho para a Ala pretendemos prestar justa homenagem a todos atletas e treinadores que estiveram envolvidos neste percurso”, refere o treinador Mário Pedro Couto. n

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EquipaVarzimFamalicãoFafeSC Salgueiros 08SousenseCesarenseLusitano FCVMirandela

Pontos16161097433

CNS - Fase SubidaZona Norte

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1011121314151617181920

EquipaS. MartinhoRebordosaValadares de GaiaSC Rio TintoAliados de LordeloVarzim BVila MeãOliv. DouroLixaCandalGensAD GrijóAliança de GandraPerafitaSerzedoPadroenseLeçaParedesS. Pedro da CovaUD Valonguense

Pontos5951504947474745413835353432312827252524

Divisão Pro-EliteNacional - AF Porto

Tabela Classificativade Futebol/Futsal

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1011121314

EquipaBenficaSportingSC BragaAD FundãoSL OlivaisModicusLeões Porto SalvoBurinhosaRio AveBelenensesBoavistaCascaisUnidos PinheirensePóvoa Futsal

Pontos6358563835322928232321201814

Liga SportZone - Futsal

Gonçalo Amado sagrou-se vencedor do 4.º XCO Cidade de GondomarO ciclista da equipa Quinta das Arcas/Interdesign/Xarão, da categoria sub23, registou o melhor tempo da primeira prova a contar para o XCO Cup Sram/BMC 2015, da Associação Ciclismo do Porto (ACP). A prova foi organizada pelo Centro Ciclista de Gondomar.

Com o impressionante registo temporal de uma hora, 31 minutos e 15 segundos, Gonçalo Amado conquistou a 1 de março o 1.º lugar no 4.º XCO Cidade Gondomar/1.º XCO Cup Sram/BMC e levou para casa 35 pontos.

A prova organizada pelo Cen-tro Ciclista de Gondomar (CCG) em parceria com a ACP, contou com cerca de 300 atletas de BTT inscritos, num total de 40 equipas em competição. Roberto Ferreira, atleta do CCG garantiu o 3.º lugar na classificação geral e o 2.º na ca-

tegoria sub23.“Mais uma vez correu tudo

dentro da normalidade. O percur-so traçado foi idêntico ao do ano passado e a presença do público e dos atletas superaram todas as nos-sas expectativas”, disse Jorge Silva, presidente da direção do CCG.

O 4.º XCO Cidade Gondomar contou com um total de 11 cate-gorias em competição, desde os Benjamins aos Master 50. “Todas as categorias aceitaram participa-ções femininas, masculinas e ainda tivemos crianças a competir, que

atraem sempre mais público a es-tas iniciativas”, refere o responsável pela organização da prova.

Para o futuro a direção do Cen-tro Ciclista de Gondomar tem já uma nova ambição, trazer ao con-celho uma prova da Taça de Portu-gal de XCO. “Já lançamos o repto ao selecionador nacional de BTT, que faz parte da Federação Portuguesa de Ciclismo, e estamos a aguardar resposta”, conclui Jorge Silva.

Presidente da ACP satisfeito com a prova

Manuel Pinto, presidente da Associação Ciclismo do Porto, marcou presença na prova e mos-trou-se satisfeito com a adesão, de-dicação e qualidade dos atletas em competição. “Correu muito bem. Tivemos uma excelente adesão dos clubes sediados na ACP e conta-mos com uma boa participação de equipas espanholas. Cada vez há mais atletas a praticar BTT e esta prova tem ‘pernas para andar’ por-que apresenta um bom circuito”, afirmou o responsável ao Vivaci-dade. n

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EquipaGondomarCinfãesSC CoimbrõesSobradoFC Pedras RubrasLusitânia LourosaSp. EspinhoMoimenta da Beira

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CNS - Fase Manutenção - Série C

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Empresas & Negócios: Doce Art

A arte da doçaria nasceu há cinco anos em Rio TintoPão de ló e amêndoas torradas em destaque nesta PáscoaA experiência na área da pastelaria permitiu a Zeferino Silva apostar no seu próprio negócio há cinco anos. Apesar de ter nascido “numa altura de crise” a Doce Art é já sobejamente reconhecida pelos riotintenses. A Páscoa é uma das épocas altas para a paste-laria conhecida pelos seus deliciosos pães de ló.

“Arriscamos abrir a confeitaria numa altura de crise e lá consegui-mos lançar o negócio. Não estou arrependido e temos vindo a cres-cer gradualmente [cerca de 15% em relação ao período homólogo de 2014]. Fizemos cinco anos no dia 18 de março” conta ao Vivaci-dade, Zeferino Silva, proprietário da Doce Art, em Rio Tinto.

A confeitaria – localizada no número 439 da rua Pedro Álvares Cabral – conta com três décadas de experiência de Zeferino Silva, na área da pastelaria. “Sempre vivi em Rio Tinto e sempre sonhei ter este estabelecimento aqui. Tra-balhei 30 anos numa confeitaria muito conhecida no Porto e achei que era altura de lançar um negó-cio próprio”, explica.

Variedade de produtos e “material de qualidade”

Com uma variedade acima da média no que toca à diversida-de de pastelaria doce e salgada, a Doce Art não quer, contudo, ser conhecida pela quantidade mas pela qualidade. “Temos um pro-duto de qualidade superior e isto é dito por muitos concorrentes. Trabalhamos com material de qualidade, temos bom atendimen-

to, higiene e limpeza. Diariamente temos pastelaria doce, pastelaria salgada, bolos de aniversário, mas-sas folhadas, pão de ló. O nosso sortido húngaro também é muito bom. Vendemos cerca de 15kg por semana. Além disso, temos vários tipos de pães”, atesta o proprietá-rio.

Procura elevada de pão de ló, bolo-rei e amêndoas torradas na Páscoa

Apesar da venda constante de

bolos para o exterior [para outras casas, escolas e até para o Hospital de S. João, no Porto], a Páscoa é uma das épocas de excelência para a Doce Art no que diz respeito à procura pela doçaria conventual.

Amêndoas torradas, pão de ló típico, pão de ló de chocolate e o pão de ló de Ovar são alguns

dos exemplos do que se pode en-contrar na pastelaria riotintenses por esta altura do ano. O bolo-rei também regressa à Doce Art, nes-ta época, e a pastelaria quer pro-por ao município a criação de um concurso do “Melhor bolo-rei de Gondomar”.

Zeferino reafirma que a apos-

ta é “na qualidade”. “Interessa-me fazer bem e com qualidade. Houve quem me desse dois a três meses com a porta aberta mas o negócio ainda está vivo. Os meus pais fo-ram fundamentais para abrir este espaço”, enfatiza ainda o proprie-tário que tem a seu cargo oito fun-cionários. n

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44 VIVACIDADE MARÇO 2015

Empresas & Negócios

Pedro Sousa Cabeleireiroscelebrou 4.º aniversário no Sucesso dos GrelhadosO Pedro Sousa Cabeleireiros festejou, no dia 1 de março, o 4.º aniversário do “salão mais animado do país”, no Sucesso dos Gre-lhados, em Gramido. A festa serviu também para revelar os novos cortes e tendências “Primavera/Verão”.

O Pedro Sousa Cabeleirei-ros, fundado por Pedro Sousa, celebrou mais um aniversário em festa, desta vez em Gramido, Valbom, na sala de eventos do restaurante Sucesso dos Grelha-dos.

“Estas festas servem para divulgarmos o nosso trabalho e aquilo que temos feito ao longo dos anos. Apostamos neste espa-

ço porque é muito moderno, tem glamour e uma vista privilegiada para o rio Douro”, disse o empre-sário ao Vivacidade.

O desfile de crianças foi a principal novidade da festa e acabou por surpreender os clien-tes e convidados que marcaram presença no evento. O staff do Pedro Sousa Cabeleireiros apro-veitou também para apresentar

publicamente os novos cortes e tendências que vão marcar esta Primavera/Verão.

A comemoração do 4.º ani-versário contou ainda com a participação de vários parceiros locais, animados pela música do DJ Ricardo Dias.

“Só peço que este ano seja tão bom como os anteriores”, finali-zou Pedro Sousa. n

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Empresas & Negócios

Telecão celebra 11 anos em GondomarEmpresa mantém aposta no online com oferta variada para cães e gatosSurgiu em 1999, mas só em 2004 abriu portas na Avenida da Conduta, em Rio Tinto, com um espaço ao dispor dos cães e dos gatos. A Tele-cão tem uma oferta diversificada de produtos e serviços para os animais e é hoje uma das empresas de referência no setor, a nível nacional.

A loja da Telecão celebra este ano o seu décimo aniversário e mantém a aposta nas rações, brinquedos, acessórios, banhos e tosquias de cães e gatos, que a tornaram uma referência a nível nacional. “Felizmente já somos conhecidos no mercado e no país. Estamos a crescer e até já estamos a pensar em novos projetos para o futuro”, afirma Abel Jesus, funda-dor e proprietário da empresa que surgiu em 1999.

Começou por ser um negócio de distribuição ao domicílio de produtos para cães mas o elevado número de pedidos e a procura dos clientes por novos serviços le-

varam Abel Jesus a arriscar abrir um estabelecimento na Avenida da Conduta, em Rio Tinto, tam-bém direcionado para gatos. Dez anos depois a aposta supera as ex-pectativas. “A loja foi mais um mo-tivo de satisfação para os nossos clientes, porque passamos a dispor de serviços de banhos e tosquias, além dos produtos que já tínha-mos”, refere o empresário.

A loja está vocacionada para cães e gatos, uma estratégia defi-nida por Abel Jesus que prefere ter “uma oferta de qualidade” ao es-pecializar-se nestas duas espécies.

No entanto, a Telecão mantém uma forte presença na internet,

através do site oficial da marca e do Facebook, onde divulga com frequências as melhores ofertas e dicas para uma vida saudável dos animais. Através do site po-dem ainda ser feitas encomendas de vários produtos distribuídos pela empresa no distrito do Porto (Gondomar, Valongo e Ermesin-de) e por uma transportadora no resto do país. Os portes são grátis para encomendas superiores a 30 euros.

Quanto ao futuro, Abel Jesus adianta o desejo de “abrir um es-paço em Gondomar, no mesmo ramo, mas com objetivos diferen-tes”. n

“Ruca” também veste a camisola da Telecão:

O cão “Ruca”, também ele funcionário da Telecão, veste todos os dias a camisola da empresa e está na loja para receber os clientes. “É a nossa mascote. Veio para aqui há sete anos para ser adotado, tinha dois meses, mas não resistimos e ficamos com ele”, conta o proprietário.Desde aí “Ruca” não parou de trabalhar e, segundo Abel Jesus, “quando não vai até fica chateado”.

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Empresas & Negócios

Águas de Gondomar tem novo modelo de faturaA partir deste mês a Águas de Gondomar S.A. apresenta um novo modelo de fatura, decorrente da recolha de sugestões ex-pressas pelos clientes, cumprindo igualmente todos os requisitos legais e recomendações da Entidade Reguladora ERSAR.

Este novo modelo de fatura, com nova imagem, contém informação mais detalhada e novos conteúdos, como por exemplo, o re-sumo dos valores a pagar, histórico de consu-mos e extrato atual da conta cliente, a qual se encontra concentrada na primeira página.

No verso da fatura encontra-se o detalhe dos serviços prestados pela AdG, bem como os de outras entidades, nomeadamente a re-colha de resíduos sólidos urbanos (RSU) e os valores relativos às obrigações legais como a taxa de recursos hídricos (TRH) e imposto de valor acrescentado (IVA).

Para melhor esclarecimento da nova fatu-ra será enviado a todos os clientes uma carta explicativa. A empresa encontra-se disponível para esclarecimentos adicionais através do site e dos contactos de atendimento ao público. n

“CINDOR OUTDOOR”: profissionaise formandos do centro divulgamourivesaria e relojoaria por GondomarO CINDOR – Centro de Formação Profissional da Indústria de Ourivesaria e Relojoaria – juntou, a 13 de março, técnicos e formandos, naquela que terá sido a primeira iniciativa de di-vulgação de rua.

Com o objetivo principal de “dar a co-nhecer a oferta formativa junto dos jovens de Gondomar e dos concelhos limítrofes, dan-do voz a um grupo de formandos a frequen-tar ações de aprendizagem, naqueles que são os locais eleitos para diversão noturna”, o CINDOR foi para as ruas de Gondomar dar

a conhecer a sua oferta formativa.A iniciativa contou com cerca de 30

participantes identificados com as t-shirts do CINDOR que foram o rosto do “CIN-DOR OUTDOOR”, divulgando os cursos de aprendizagem previstos para iniciar em abril, para jovens com o 9.º ano de escolaridade que pretendam concluir o 12.º ano e obter uma certificação profissional de nível IV, de Técnico/a de Multimédia, Técnico/a de Ou-rivesaria, Técnico/a Comercial e Técnico/a de Informática.

Mais do que a distribuição de flyers, o “CINDOR OUTDOOR” pretendeu “dar in-formação, contar experiências, valorizar per-cursos formativos e reforçar a importância da certificação e qualificação escolar e pro-fissional.” n

San Martin de Valdeiglesiasrecebeu alunos e professores da EPGA Escola Profissional de Gondomar participou entre os dias 2 e 6 de março em mais uma iniciativa, no âmbito do Projeto Come-nius. A delegação portuguesa da Escola Profissional de Gondo-mar, composta por quatro alunos e dois professores deslocou-se, desta vez a Espanha, à pequena cidade de San Martin de Valdei-glesias, uma localidade a cerca de uma hora de Madrid.

O projeto designado ‘Europe through our eyes’ contou com a presença da escola gondomarense e de outros estabelecimen-tos de ensino europeus da Espanha, Itália, Polónia, Alemanha e Bulgária.

Os grupos juntaram-se na pequena vila de San Martin de Valdeiglesias para comun-garem diferentes experiências pedagógicas e para promoverem o intercâmbio entre diferentes realidades europeias, através do contacto entre professores, alunos e famí-

lias oriundos de vários países europeus. O programa idealizado pela Escola espanhola apresentava inúmeras iniciativas que passa-vam pelo contacto com a cultura local e a língua espanhola e adquiriam “um interesse particular nas visitas realizadas ao Mosteiro de El Escorial, às cidades de Ávila e Toledo ricamente ilustradas pelo património que oferecem aos visitantes.” Não foi ainda es-quecida uma visita à capital espanhola de Madrid e a alguns dos seus emblemáticos lugares, o museu do Prado, a Plaza Mayor ou o internacionalmente conhecido, Está-dio Santiago Barnabéu.

O balanço de mais uma iniciativa do Projeto Comenius é, segundo a instituição, “francamente positivo, sobretudo porque proporciona aos alunos experiências de contacto intercultural irrepetíveis, poten-ciadoras de sentimentos de tolerância, hos-pitalidade cultural e respeito pela diversida-de.” n

Famosos celebram Noite dos Óscaresno Parque NascenteAlgumas das maiores figuras públicas portuguesas marcaram presença no Centro Comercial do Parque Nascente, no dia 22 de fevereiro, numa noite destinada à entrega de prémios de cinema.

A noite do passado dia 22 de fevereiro foi marcada por um extraordinário clima de festa. Foi a oitava vez consecutiva que diversas figu-ras de destaque nacional se reuniram no cine-ma do Parque Nascente para celebrar a noite de entrega de prémios cinematográficos e para reviver a alegria dos “loucos anos 20”. Uma le-gião de fãs concentrou-se em torno da entrada

do cinema do centro comercial e aguardou an-siosamente a chegada de figuras como Cláudia Vieira, Ângelo Rodrigues e Ricardo Pereira. Fascinados pelo ambiente festivo, os famosos confirmaram a sua passagem no tapete ver-melho, distribuíram inúmeros autógrafos e posaram para as câmaras. Chegadas as nove e meia da noite, várias salas do cinema NOS exi-biram gratuitamente os filmes nomeados para os Óscares, bem como a transmissão, em dire-to, da entrega dos prémios, numa gala repleta de surpresas, em Los Angeles. n

Texto: João Pedro Sousa

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Opinião: Vozes da Assembleia da República

47VIVACIDADE MARÇO 2015

O Governo tendo como objetivo baixar a taxa de desemprego, lançou mais três novas medidas específicas destinadas a promover a criação e a qualidade da empregabilidade: Pro-moção de Igualdade de Género no Mercado de Trabalho, Apoio à Mo-bilidade no Mercado de Trabalho e a Medida Reativar. Com a medida - Promoção de Igualdade de Género no Mercado de Trabalho - tem por objetivo atingir um maior equilí-brio e combater a discriminação de funções entre homens e mulheres no mercado de trabalho. Esta me-dida incentiva ainda a que jovens e desempregados, ambos os sexos, possam escolher determinada qua-lificação, profissão ou função, aten-dendo à sua vocação e motivação sem constrangimentos associados a eventuais estereótipos de género que ainda subsistam. Esta medida pretende contribuir para combater a segregação no mercado de traba-

lho em função do sexo, assumindo--se, simultaneamente, como mais um instrumento de promoção da integração de jovens e desemprega-dos no mercado de trabalho e, con-sequentemente, de combate ao de-semprego. Com a presente medida, pretendeu-se revitalizar e enquadrar, no atual contexto económico e social do mercado de trabalho, a promoção da igualdade de género. Esta nova medida traduz-se na concessão de um apoio financeiro ao empregador que contrate desempregados do sexo sub-representado em determinada profissão. Com a globalização e o desenvolvimento das vias, meios de transporte e comunicações, alteraram a geografia da localização do tecido empresarial e dos recursos económi-cos e sociais, conduzindo à necessi-dade de maior mobilidade geográfica por parte dos trabalhadores. Neste contexto, emergiu uma outra medi-da - Apoio à Mobilidade Geográfica

no Mercado de Trabalho – a qual visa apoiar a mobilidade geográfica dos trabalhadores, procurando um maior e melhor ajustamento entre a oferta e a procura de emprego e, con-sequentemente, incrementar uma melhor redistribuição geográfica e profissional da mão-de-obra, bem como em situações associadas à cria-ção do próprio emprego. Salienta-se ainda que, com a presente medida, em linha com o combate ao desem-prego, em especial o de longa dura-ção, pretende-se ir ao encontro do atual contexto económico e social do mercado de trabalho, no que respeita a atribuir apoios à mobilidade geo-gráfica dos seus recursos humanos. Esta medida, visando melhorar a re-distribuição da mão-de-obra, poderá ainda ter um efeito particularmente benéfico no combate à desertificação e assimetrias regionais, mitigando a concentração populacional. Por últi-mo, a medida - REATIVAR – tem por

objetivo principal promover a reinte-gração profissional de pessoas de-sempregadas de longa duração e de muito longa duração, com mais de 30 anos de idade através da realização de estágios profissionais, com uma duração de 6 meses, propiciando um contacto com o mercado de trabalho, num contexto de formação, e promo-vendo a aquisição de competências, suscetíveis e desejavelmente certifi-cáveis, visando o efetivo reingresso no mercado de trabalho. Assim, as situações de desemprego associadas a públicos com acrescidas dificulda-des de inserção profissional, benefi-ciam de condições mais favoráveis de enquadramento, com o propósito de promover a inserção e acentuar a prioridade concedida nos objetivos de reintegração pessoal e profissio-nal. Com estas novas medidas de emprego o Governo procura, afinca-damente, a promover o combate ao desemprego em Portugal. n

António Costa anda a pregar aos sete ventos que este Governo fez retroceder o país décadas em vários indicadores: uma década no risco de pobreza, duas no emprego, três no investimento e quatro na emigração. Costa tem razão numa coisa, nos últimos anos o país não pôde progredir e nalguns indica-dores retrocedeu para números de anos passados. Fica por dizer, no entanto, que isso acontece num cli-ma em que tivemos de subir a carga

fiscal após vários cortes na despesa terem sido declarados inconsti-tucionais, tudo com o objetivo de tirar o país da bancarrota em que o partido que o Dr. Costa lidera nos deixou. E se o país andou, nesse sentido, para trás, porque foram precisos grandes esforços para ar-rumar as contas públicas, então vale a pena olhar para onde estáva-mos quando José Sócrates perdeu as eleições em 2011. Se no que diz respeito ao risco de pobreza, nos

encontramos hoje ao nível de 2004, em 2011 já havíamos recuado a ní-veis de 2006. Se no emprego hoje vemos níveis de 1997, em 2011, já tínhamos chegado aos números equivalentes a 1998. O investimen-to que hoje mostra níveis de 1989, com José Sócrates ao leme do go-verno, mostrava níveis de 1992. E a emigração do ano de 2010, último ano completo da governação so-cialista, equivalia aos números de 1969. E o que nos dizem estas da-

tas? Que de facto atravessámos um período difícil. Mas ao contrário de 2010/2011 os níveis de hoje não aparecem inflacionados por um excessivo endividamento público além de que a tendência é favorável ao contrário do que era quando o PS estava no Governo. É certo que a campanha eleitoral já começou. Vale a pena olhar com atenção para o que diz o presidente em part--time da maior Câmara Municipal do país. n

Novas Oportunidades de Empregabilidade

Cheira a campanha

Margarida AlmeidaPSD

Diante da notícia da existência de uma “lista VIP” que garantia a um grupo de contribuintes uma proteção especial do direito ao sigilo fiscal, o Governo, sempre que interpelado, persistiu na negação de tal facto.

Contudo a realidade veio a so-brepor-se numa catadupa de acon-tecimentos que redundaram na demissão do Diretor-Geral da Au-toridade Tributária e do Subdiretor e na abertura de uma investigação ao caso a levar a cabo pela Inspeção Geral de Finanças. Ficamos a saber que chamemos-lhe lista, pacote, ou bolsa, existia um universo de con-tribuintes cujo direito ao sigilo fiscal

tinha uma garantia especial, uma vez que a consulta do cadastro fiscal fa-zia acionar um alarme e podia dar origem a um processo disciplinar. Essa situação que decorreu de um “teste” da iniciativa do responsável pelo departamento de informática. A ideia surgiu na sequência de con-tactos bilaterais de cooperação com a administração tributária dos Estados Unidos da América. O Governo não tinha conhecimento de nada. Um es-panto! Resulta que, a ser verdade que o Governo não sabia de nada, vamos dar o benefício da dúvida, a situação é ainda pior que se este processo ti-vesse tido o seu envolvimento direto.

Uma medida desta importância “tes-tada” em resultado de contatos bilate-rais entre dois países sem que o Go-verno tenha conhecimento é de uma gravidade extrema e leva-nos a ques-tionar o que é que o Governo ainda está a fazer quando é desautorizado e desrespeitado desta forma. Quando o secretário de Estado Paulo Núncio vem dizer que jamais autorizaria uma medida como esta que colocasse em causa o princípio de igualdade entre todos os contribuintes na garantia do direito ao sigilo fiscal, está a dizer que foi desautorizado e desrespeitado e, nessas circunstâncias, deve demitir--se. A responsabilidade política não

pode ser um mero princípio procla-matório para encher discursos. Go-vernar exige autoridade e esta exige assunção da responsabilidade. Um Governo que atira sistematicamente a culpa para os técnicos de infor-mática como aconteceu com o CI-TIUS e o concurso de colocação de professores, não tem condições para continuar em exercício. O direito ao sigilo fiscal é um direito de todos os contribuintes e tem que ser garanti-do numa base de igualdade perante a lei. Espero que a investigação da Inspeção Geral de Finanças aponte caminhos de reforço da segurança no cumprimento deste direito. n

A culpa é sempre… do departamento de informática…

Michael SeufertCDS-PP

Isabel SantosPS

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A Associação do Sector, AHREST, promoveu uma petição que mobilizou milhares de cidadãos e que foi discutida recentemente na AR exigindo do Governo a reposi-ção da taxa do IVA na restauração nos 13%. Após a Comissão Euro-peia, vir dizer que “cerca de 60% das empresas portuguesas da restaura-ção vivem num alto risco de falên-cia”, a necessidade da reposição da taxa do IVA no setor da restauração veio de novo a discussão. De facto, foi a partir de 2012, ano em que a taxa de IVA passou dos 13 para os 23%, que se registaram as quebras mais acentuadas, tanto ao nível do encerramento de empresas, como

na extinção dos postos de trabalho, como da redução do volume de ne-gócios, como ainda da redução do Valor Acrescentado Bruto. Mas esta situação era mais que previsível, foi aliás por esse facto que “Os Verdes” apresentaram sucessivas propostas de alteração aos vários Orçamen-tos de Estado no sentido de repor o IVA no setor da restauração na taxa intermédia. Porém, indiferentes às desastrosas consequências os parti-dos da maioria acabaram por chum-bar as várias propostas dos Verdes e a taxa manteve-se no 23%. Hoje os resultados são visíveis, desde a entrada em vigor da taxa do IVA a 23%, fecharam, cerca de 20 mil es-

tabelecimentos de restauração e per-deram-se, mais de 100 mil postos de trabalho sem qualquer possibilidade de reinserção no mercado de traba-lho. O Governo até constituiu um Grupo de Trabalho Interministerial para avaliar a situação económico--financeira específica e dos custos de contexto no setor da restauração, e segundo esse relatório “… a redu-ção da taxa do IVA aplicável ao se-tor representa uma medida ativa de estímulo à economia, com especial enfoque no emprego”. Mas apesar da clareza das conclusões deste relató-rio, o Governo continuou a assobiar para o lado, com o argumento de que esta medida iria trazer um resultado

líquido positivo para as contas do Estado, uma estimativa que nunca foi devidamente sustentada e que continua sem ser demonstrada. De facto, e ao contrário das contas do Governo, a este brutal aumento do IVA não correspondeu um aumento da receita fiscal, como é hoje mais que visível. Ou seja, a manutenção da taxa do IVA nos 23% não está a ser boa para ninguém, nem para o estado, nem para a Economia, nem para o setor, nem para os trabalha-dores. Por isso, “Os Verdes” volta-ram a propor a reposição da taxa do IVA na restauração nos 13%, mas os partidos da maioria, PSD e CDS não quiseram. n

IVA na restauração, quem está a ganhar?

Opinião: Vozes da Assembleia da República / Vozes da Assembleia Municipal

A AMP, através dos Municípios do Porto, Matosinhos, Maia e Gondomar, apresentou no passado dia 17 de mar-ço, o “Programa Metropolitano para a Qualificação Urbana da Circunva-lação”. Esta intervenção há muito es-perada, contará com a criação de uma “Sala do Risco”, com técnicos dos qua-tro municípios que têm, a partir desta terça-feira, quatro meses para traçar um novo desenho urbano para a via histórica. Na sua origem, a Estrada da Circunvalação foi aberta em finais do século XIX, com a finalidade de servir de barreira à cidade para o efeito de fiscalização, para taxação dos bens de consumo que entravam no Porto.

Com o decorrer dos anos e das

crescentes conurbações urbanas, a au-sência de uma política intermunicipal levou a uma descaracterização con-tinuada da via, cujas oposições mar-ginais, atravessamentos desregulados de vias de ligação e aparecimento de viadutos e rotundas sem estudo prévio, chocam a génese da sua fisionomia. Tornou-se não uma estrada, mas um corredor de atravessamento automóvel mal conseguido e totalmente desuma-nizado. Aquilo que se torna urgente é um novo desenho da via que se quer “humanizada”, menos estrada e mais “avenida e boulevard”, como explicou o arquiteto coordenador e vereador da Câmara Municipal do Porto, Manuel Correia Fernandes. As tipologias de

“Boulevard” ou Avenida demonstram que uma “rua” larga não tem que ser obrigatoriamente uma “via rápida” de atravessamento, mas pode ser concebi-da com elementos não rígidos de sepa-ração de funções, como espaços verdes ou espaços de estar (praças). Em suma, a via deverá ser direcionada ao peão, resultando na criação de bons espaços de passagem e de permanência, permi-tindo ao espaço público potenciar uma vida urbana com grande vitalidade. Neste sentido, o relatório de lançamen-to do “Programa Metropolitano para a Qualificação Urbana da Circunvala-ção”, apresentado ainda em 2014, de-finia como “orientações consensuais” que se evitassem expropriações e que

se implementassem passeios e ciclovias nos 17 quilómetros da via. O presiden-te da Câmara Municipal de Gondomar destacou nesta reunião a urgência de “andar com o processo para a frente” para que “aquilo que era uma barrei-ra” entre Municípios passe a ser “uma união”. Salientou ainda que o progra-ma para a qualificação daquela via era um “trabalho para o futuro” uma vez que reservava “um canal para o metro”, permitindo a ligação da linha de Gon-domar à linha amarela, que termina no nó do Hospital de São João. Todos os Municípios envolvidos só têm a ganhar com esta política de consenso e proxi-midade, e é de louvar a dedicação a um projeto urgente e necessário. n

Programa Metropolitano para a Qualificação Urbana da Circunvalação

48 VIVACIDADE MARÇO 2015

José Luís FerreiraPEV

Catarina MartinsBE

Quase uma década depois do iní-cio da crise financeira na Europa, de-pois de anos de destruição económica em Portugal, a resposta austera tem resultados indesmentíveis: crescimen-to da dívida pública, perda de sobera-nia, descontrolo do sistema financeiro. Quem quiser inverter este ciclo tem que responder a estes três problemas: tornar a dívida sustentável, recuperar soberania, controlar a finança. É por isso significativo o azar do Partido So-cialista em afirmações recentes sobre estas três matérias. 30 de Janeiro. Pela primeira vez, um governo europeu, o grego, assume a proposta da reestru-turação da dívida. Confrontado, Antó-nio Costa declara que não acompanha

a proposta porque não quer “levar com a porta na cara” em Bruxelas. Parece haver contradição entre esta posição e as análises de Costa sobre a dívida pública portuguesa, não é? Costa embrenha-se então numa ex-plicação semântica intrincada sobre a diferença entre “dívida constrange-dora” e “dívida insustentável” num país com “crescimento anémico”. 19 de Fevereiro. Dirigindo-se a uma pla-teia de empresários chineses, António Costa agradece-lhes a ajuda para que o país esteja hoje bem diferente. Cos-ta agradece a quem passou a mandar na eletricidade em Portugal, como se presume que agradeça também a quem hoje manda nos correios ou

nos aeroportos (ou como agradecerá a quem vier mandar na TAP, se o Go-verno levar avante a desgraçada pri-vatização). As declarações provocam desconforto nas hostes socialistas e Costa explica que apenas trata de de-fender o país perante estrangeiros. A questão da soberania, ou da sua perda com a privatização de setores estraté-gicos, não merece sequer referência. 14 de Março. Finalmente, o PS parece reconhecer a necessidade de agir sobre o sistema financeiro e tirar lições do colapso do BES. Apresenta a sua pro-posta, mas... não toca na banca e ape-nas quer alterar a forma de nomeação do governador do Banco de Portugal. O azar é tanto, que só conseguiu que

se discutisse a (falta de) pertinência de uma revisão constitucional, mais ou menos cirúrgica, a poucos meses de eleições. A finança agradece. Uma alternativa à austeridade exige mais do que o evidente diagnóstico do re-cuo do PIB, dos salários, do emprego. Exige mais do que os lamentos pelo aumento da pobreza e da desigualda-de. Exige a coragem de mudar o que conta. Os tropeções e engasgos do PS, quando o debate chega às decisões que contam, não são azares. São as opções políticas de fundo. A União Europa autoritária, as privatizações, o privilé-gio da banca - toda essa obra tem tam-bém a assinatura do Partido Socialista. Não é azar. É a política. n

E se o azar, afinal, for a política?

Joana ResendePS

Foi pelas mãos do Governo PSD/CDS (embora com a cumplicida-de do PS, igualmente subscritor do programa da Troika) que os traba-lhadores sofreram o “brutal aumen-to de impostos”, ao qual se juntou a anunciada “necessidade do País em-pobrecer” para sair da crise e para a sua recuperação económica - pala-vras do primeiro-ministro, em 2011. Volvidos quase quatro anos, recupe-ração económica nem vê-la, mas o empobrecimento e a degradação das condições de vida da generalidade do povo português são evidentes: nos cortes nos salários, reformas, pensões e prestações sociais; no aumento de

impostos sobre o rendimento do tra-balho; no brutal aumento do IMI; na penhora de casas, levada a cabo pelo Governo, sobre quem tenha pequenas dívidas ao fisco – o mesmo Governo cujo primeiro-ministro “desconhece” a necessidade de contribuição para a Segurança Social e o mesmo Go-verno sobre cuja tutela é criada uma “lista VIP”, ficando a dúvida se todos os portugueses ou apenas alguns têm direito à proteção dos seus dados fiscais; se todos ou apenas alguns fi-cam sujeitos às medidas de combate à fraude e evasão fiscais. A existência desta lista esbarra na propaganda do Governo sobre o combate à fraude e

evasão fiscais e reveste-se de especial gravidade, uma vez que é claramente violado o princípio da igualdade dos cidadãos perante a administração fiscal, devendo o Governo PSD/CDS assumir a responsabilidade política pelo sucedido. Às mais recentes si-tuações da “lista VIP” e do “esque-cimento contributivo” do primeiro--ministro, somam-se um conjunto de outras situações protagonizadas por membros (e antigos membros) de um Governo que está há muito derrota-do, e cuja sobrevivência tem estado dependente de um Presidente da Re-pública que, violando a Constituição da República que jurou cumprir e fa-

zer cumprir, mantém em funções um Governo sem legitimidade. À “mão fiscal pesada” e intolerante do Gover-no sobre os trabalhadores e o povo, a quem impõe a exploração e o empo-brecimento, contrasta a “mão fiscal li-geira” e flexível para o grande capital, alvo de benefícios e privilégios. Esta política fiscal, estas opções políticas não servem os trabalhadores, as po-pulações, as micro, pequenas e mé-dias empresas, os produtores, a eco-nomia nacional e o país. Urge romper com este rumo, derrotar a política de direita e abrir caminho a uma política patriótica e de esquerda, construindo um Portugal com futuro. n

Por uma política de justiça fiscal

Diana FerreiraPCP

Page 49: Edição de março de 2015

António ValpaçosCDU

Na crónica de novembro referi que a empresa Águas de Gondomar, S.A. (AdG) impôs aos munícipes dos lugares da Sousa, Jancido e Compos-tela o pagamento de tarifas ilegítimas e insuportáveis referentes a ramais, câmaras e ligação de saneamento.

Por proposta da CDU e do BE, agendou-se na reunião de Assem-bleia Municipal (AM) realizada 25 de novembro a apresentação de uma moção, proposta pelos cidadãos des-ses lugares, no qual pretendiam, em suma, que os deputados municipais se manifestassem contra a cobrança das citadas tarifas e que recomendas-sem a Câmara Municipal que propu-sesse a AdG a suspensão, por um período não inferior a três meses, do

processo de cobrança e, ainda, que iniciasse um processo de revisão de tarifas para que se chegasse a uma proposta de tarifário socialmente aceitável e justa. A moção proposta foi aprovada por unanimidade.

Na última reunião da AM reali-zada a 25 de fevereiro, precisamente três meses após a aprovação da refe-rida moção, a CDU questionou a Câ-mara Municipal acerca deste assun-to. Infelizmente, as respostas obtidas foram elucidativas da incapacidade que o executivo municipal apresenta em exigir seja o que for da empresa AdG.

Quando questionamos o execu-tivo municipal de qual a justificação dada pela AdG para a não suspensão

do processo de cobrança apenas foi dito que tal não foi possível.

Quando questionamos se já ti-nha sido iniciado o processo de re-visão de tarifas, nada é dito e apenas se refere que foi por ação da Câmara Municipal que os cidadãos afectados pela cobrança vão poder pagar em 72 prestações mensais.

Quando ainda questionamos se os cidadãos afetados iriam beneficiar de uma redução de 25% no valor a pagar, como outros cidadãos outrora beneficiaram, foi dito, que não sa-biam mas que tudo fariam para que isso acontecesse.

No fim de contas a AdG não sus-pendeu o processo porque não quis, não revê as tarifas porque simples-

mente entende estar no direito de não querer e no direito de exigir os valores que quiser sendo certo que permitiu que os cidadãos paguem em 72 prestações apenas numa vã tentativa de se mostrar “sensível” ao problema.

E, perante esta atitude de enor-me prepotência da AdG assistimos à postura passiva e resignada do exe-cutivo municipal, tão bem espelhada na infeliz expressão proferida pelo vereador do Ambiente quando re-feriu que a AdG assumirá o esforço dos cidadãos poderem pagar em 72 prestações. A AdG acumula lucros de milhares de euros todos os anos. Perguntará qualquer gondomarense “qual esforço?”. n

Câmara Municipal vs Águas de Gondomar -a subordinação do interesse público aos interesses privados

Rui NóvoaBE

Quando este artigo chegar junto dos leitores já muitas centenas de gon-domarenses percorreram pela 8ª vez a marcha em defesa do rio Tinto, que o seu Movimento todos os anos realiza.

Infelizmente desta vez não pode-rei estar presente pois, estarei ausente numa reunião em Lisboa, mas daqui envio toda a minha solidariedade a esta causa que é cada vez mais partilhada por um maior número de gondoma-renses.

Durante mais de 20 anos, o nos-so rio esteve votado ao mais completo abandono. Fizeram-se os maiores cri-mes que se possam imaginar. Fruto de

muita luta, hoje o rio é olhado de outra forma e são cada vez mais as pessoas que se preocupam com o seu estado. Posto isto, o poder político, a começar pela Câmara Municipal, há muito que devia ter outra atitude mas infelizmente pouco tem feito. Não bastam boas pa-lavras é preciso agir enquanto é tempo.

Como temos defendido o rio devia ser uma prioridade mas infelizmente não tem sido assim, até pelo contrário, ele continua a sofrer todas as agressões. Temos como exemplo, de volta e meia mais uma conduta arrebentada o que faz com que alguma melhoria na qua-lidade da água do nosso rio que possa

existir venha a desvanecer por comple-to. Será que os responsáveis políticos não entendem quanta qualidade de vida traria para todos termos o rio des-poluído?!

Temos a sorte de ter um rio a atra-vessar todo este território e em vez de o preservar, o que tem acontecido é o inverso, ou seja, a sua destruição.

Basta, é tempo de se tomarem me-didas para por fim a tanta agressão!

Não podemos permitir a desafe-tação de espaços territoriais em zonas apetecíveis mais concretamente, nas re-servas agrícolas e reserva ecológicas na-cionais (RAN e REN). Se tal acontecer,

será permitido a construção nos terre-nos que agora se encontram protegidos, e onde hoje temos zona verde, amanha passará a existir mais betão.

A construção do Parque da Levada é a garantia de que o rio tem futuro por isso, a meu ver a sua construção tem de ser defendida, caso contrário o rio fica-rá definitivamente ameaçado.

Gondomar e muito em particular Rio Tinto e Baguim, só têm a ganhar com este espaço que, trará mais quali-dade de vida a toda a população.

É tempo de dizermos basta de mais betão. É tempo de devolvermos o rio às pessoas. n

É tempo de devolver o rio as pessoas!

Pedro OliveiraCDS-PP

Todos sabemos como o salário é sagrado integrando, no atual contexto social que vivemos, o “cabaz” daque-les que são os essenciais pressupostos da nossa dignidade enquanto pares de uma Nação quase milenar e que todos queremos que seja moderna, solidá-ria e justa. Tal característica essencial motiva que apenas por razões críticas se possam tomar opções gestionárias que impliquem a cativação de parte do seu quantum e sempre em prol de valores maiores como o resgate da credibilidade desta Nação que tanto nos orgulhamos de pertencer.

Ora a crise brutal em que ainda nos encontramos mas cujo epílogo substantivo ocorreu nestes anos em que fomos geridos pela Troika, obri-gou a que grande parte dos portugue-

ses tivesse que ver designadamente os respetivos salários, e de forma ino-pinada, “encolhidos” mensalmente, contribuindo desta forma para que a Nação readquirisse o respeito dos seus pares e se permitisse voltar a ser autónoma nas suas opções de desen-volvimento (tanto quanto tal possa ser atualmente possível).

Claramente que se entendeu tão brutal opção como excecionalíssima, fruto das adversas circunstâncias, e que rapidamente seria retomada a normalidade no processamento do seu pagamento. A verdade contu-do é que passaram já quatro anos e, muitos portugueses, continuam a ver o seu salário diminuído, numa cons-tância mensal frustrante, e com todas as penosas repercussões ao nível da

crescente falta de imaginação na boa gestão do seu orçamento familiar.

O governo, invocando critérios de sustentabilidade, considerou ape-nas possível efetivar a restituição dos cortes salariais, a um ritmo de 20% ao ano, sendo que apenas em 2019 se tornará possível reassumirem a pleni-tude do seu valor. Será o fim de quase uma década de excecionalidade e de fortes limitações na qualidade de vida de tantos portugueses.

Pois, com este árduo e real con-texto, a recente declaração da Sra. Ministra das Finanças proferida na cessão de encerramento das jornadas da JSD, de que o país tem os cofres cheios e que estará em condições de aguentar, por um período prolonga-do, qualquer perturbação do merca-

do, deixou muitos destes portugue-ses perplexos por não entenderem a “pouca pressa” da Sra. Ministra em, perante tão confortável conjuntura, reenquadrar o timing da restituição salarial. É que toda e qualquer medi-da excecional deverá perdurar apenas excecionalmente, e tanto mais quanto mais penalizante for dos direitos dos cidadãos.

Urge portanto restabelecer a normalidade em tão crucial matéria, invocando da Sra. Ministra o rea-valiar da premência da manutenção dos cortes salariais considerando a evolução favorável das finanças pú-blicas, anulando desta forma uma certa noção de injustiça relativa que estes portugueses nunca deixaram de sentir. n

Uma crítica

Opinião: Vozes da Assembleia Municipal

49VIVACIDADE MARÇO 2015

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1 – Os anos eleitorais são ri-cos na divulgação de casos mais ou menos escandalosos, que qua-se sempre têm por protagonistas figuras de primeiro relevo da vida política nacional. Por regra são os líderes dos partidos que mais ficam expostos ao escrutínio implacá-vel dos media que, aproveitando a efervescência pré-eleitoral, não poupam nada nem ninguém.

Alguns órgãos de comunica-ção trabalham meses a fio para o “congelador”, investigando casos que, na hora da sementeira eleito-ral, saltam para a praça pública a ritmos assustadores. Muitas vezes o “trabalho sujo” de recolha de da-dos é feito por pessoas estranhas às redações, que os soltam quando estes mesmos entendem ser a hora certa.

2 – O caso dos impostos à se-gurança social que Pedro Passos Coelho não pagou em devido tem-po faz parte do lote dos “dossiers” de investigação da imprensa que vêm sendo trabalhados há meses.

E, ao que consta nas tocas de cons-piração jornalística, não ficará por aqui. Outros casos deverão saltar de novo para as páginas dos jor-nais.

Ninguém ignora que o trajeto profissional de Pedro Passos Coe-

lho, desde que interrompeu a sua carreira de deputado, foi essencial-mente nas áreas da formação pro-fissional e na consultoria empresa-rial. Ou seja, em áreas que sempre tiveram por parceiros privilegiados entes públicos, dependentes, direta

ou indiretamente, do Estado. 3 – Independentemente das

verdades e falsidades destes filmes mediáticos urge perguntar: pode o líder do PSD ser fortemente pena-lizado nas eleições, por causa deste caso? Ninguém sabe. Nada de se-melhante no passado serve para fundamentar uma antevisão com razoável segurança. Já houve casos em que as vítimas destas campa-nhas foram penalizadas, tal como houve outros em que saíram até beneficiadas – caso Sá Carneiro, por exemplo.

Mas há uma ferida a que Passos Coelho já não escapará: no imagi-nário do cidadão comum, o líder do PSD tornou-se mais igual aos “outros políticos”! Isto é, PPC per-deu a patine do homem acima de qualquer suspeita. Ora, o grande estrago desta campanha é que mui-tos portugueses o tinham na conta de um político diferente, nem que fosse apenas um pouquinho dife-rente. E, convenhamos, esta nódoa não é de pequena monta! n

Dossier Fiscal de Passos pode penalizar o PSD nas eleições?

Posto de Vigia

Manuel Teixeira

Jornalista e Professor Universitário

Opinião

50 VIVACIDADE MARÇO 2015

Quando recebemos a fatu-ra verificamos que há valores de consumo calculados por esti-mativa, com base em médias de consumos. Aconselhamos o con-sumidor a comunicar a leitura real do contador ao fornecedor. Desta forma, evita a estimativa do consumo, permitindo–lhe pa-gar exatamente o que consome e evita acertos de contas por valores faturados em excesso ou defeito. O período ideal para comunicar a leitura consta da própria fatura.

O comercializador disponi-biliza várias possibilidades para o fazer, nomeadamente através de uma linha telefónica, e-mail, através de serviço online ou dire-tamente ao balcão.

O fornecedor de eletricidade tem a responsabilidade de proceder

à leitura real do contador com fre-quência mínima de duas vezes por ano e com uma distância máxima entre as duas leituras de seis meses.

O mesmo ocorre com fornecedor de água, sendo que este deve proce-der à leitura real com uma distân-cia máxima entre as duas leituras

de oito meses. Para o gás natural o fornecedor deve assegurar que o intervalo entre duas leituras não seja superior a três meses. n

Um consumidor reclama que a fatura da luz, água e gás têm valores excessivos, face aos consumos realizados

Anabela FerreiraJurísta da DECO

Para qualquer pedido de informação ou apoio para resolução de conflitos de consumo e situações de sobre-endividamento, dirija-se à DECO ([email protected]) ou ao Gabinete de Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de Gondomar. A autarquia dispõe de um protocolo de colaboração com a DECO, Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor e presta apoio gratuito aos munícipes. Contactos: [email protected] | Telefone: 224 660 536 (ext. 2036)

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51VIVACIDADE MARÇO 2015

Opinião

A diabetes é uma doença gra-ve, com consequências várias, atingindo variados órgãos do corpo humano. A sua importân-cia tem-se tornado cada vez mais importante, por um lado, pelo crescente número de pessoas afetadas, por outro, pelas conse-quências mais graves que se vão manifestando.

Graças ao Jorge Gabriel da RTP, que lançou uma campa-nha de alerta sobre esta doença, trouxemos hoje este tema à nossa crónica. A diabetes, intimamen-te ligada à obesidade, tem todas as característica de se tornar um flagelo no futuro. Apenas o exer-cício físico, um hábito cada vez mais na moda, poderá ser um bom meio de prevenção da dia-betes. A diabetes tipo A é um tipo de diabetes, com características especiais, pois aparece na infân-cia e de características genéticas, logo difícil de prevenir. É a dia-betes tipo B, essa sim, será a que tem importância, pois embora

com características hereditárias, só aparece devido aos maus há-bitos de saúde. A vida sedentária e maus hábitos alimentares, serão certamente um dos meios mais frequentes para o aparecimento da diabetes. Tal como a Hiper-tensão, a Diabetes é uma doença

no seu início sem dar sintomas ou pelo menos sem grandes sinais de alerta. Só se deteta no início nu-mas análises ao sangue que se deveriam fazer por rotina. Infe-lizmente só um pequeno número de pessoas se preocupa em fazer uma rotina de análises, pelo me-

nos uma vez por ano, ou o fazem obrigados, por um exame para fazer um seguro de vida. Deveria ser hábito recorrer ao seu médico de clínica geral, anualmente para um check up geral. Talvez desse modo se prevenisse esta doença. Hoje já estão disponíveis vários medicamentos que podem tratar eficazmente esta doença, no en-tanto, primeiro tem de ser diag-nosticada.

A diabetes, sem ser tratada, leva a graves consequências, sen-do as mais importantes a ceguei-ra, insuficiência renal, e úlceras crónicas nos pés, que muitas ve-zes levam a infecções e posterior-mente às fatais amputações de membros. Tudo isto pode ser evi-tado, com bons hábitos de saúde e alimentares.

Não se esqueçam, doenças graves como a Diabetes podem ser prevenidas e tratadas, basta para isso preocuparmo-nos um pouco com a nossa saúde.

Vivam em saúde. n

Diabetes, um problema de saúde pública

Viva Saúde

Paulo Amado

Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

Diretor Clínico daCLINICA RIO TINTO +

Coordenador da Unidade deMedicina Desportiva e Artroscopia Avançada do Hospital Lusíadas Porto.

Ao colocar no Google a palavra “gravata”, deparo-me com a famosa Wikipédia e a sua explicação rápi-da e sucinta de gravata. “A gravata é uma tira de tecido, estreita e longa, que se usa em torno do pescoço e que é presa por um laço ou nó na parte da frente.” Confesso que de-testei a sua definição. Não é que esteja mal, porque não está, mas falta-lhe o glamour, o brilho, e o po-der que a gravata confere. Ou seja, falta-lhe o mais importante. Sou assumidamente apreciadora de gra-vatas e infelizmente para mim, cada vez as vejo menos. Sei que não é a peça mais confortável da indumen-tária masculina, mas mesmo assim insisto no seu uso mais assíduo, principalmente no quotidiano. Para o homem moderno, que deseja uma imagem mais livre e despojada, a gravata fica no fundo do armário, guardada para as ocasiões onde por obrigação tenha de a usar. Não con-cordo. É triste. Como este acessório, eterno símbolo masculino, pode ser

colocado de lado? Penso que maio-ritariamente passa pela associação da gravata a outfits extremamente formais e sem personalidade. É um erro pensar-se assim, visto existir uma grande variedade de mode-los, padrões e tecidos de gravatas. Com esta vasta variedade disponí-vel torna-se fácil criar outfits extre-mamente inteligentes e agradáveis a nível visual. Aqui, a palavra inte-ligente é o mais importante a ter em

conta. Com isso quero dizer que, a menos que seja um expert e consiga criar fantásticos outfits em menos de cinco minutos, todos os outfits criados têm de ser pensados e ex-perimentados até conseguir o look desejado. Existem algumas regras que podem ajudar a não cometer erros. Para mim a mais importante é o comprimento da gravata. Esta tem que terminar onde começam as calças, nem mais a cima, nem mais

a baixo. É sem duvida o primeiro pormenor que reparo. Outra regra é a conjugação das cores e do padrão da gravata em relação à camisa que estiver a usar. Claro que tem que ter em conta todo o outfit, mas como a gravata sobrepõe logo a camisa, tem que ter mais atenção a este conjun-to. Em resumo, ouse mais na hora de se vestir. Atreva-se a usar a gra-vata com mais frequência e tranqui-lidade. n

E você, também usa gravata?

Viva Moda

Alcina Cunha

Consultora de Imagem

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Lazer

VIVACIDADE MARÇO 2015

VIVA PREVENIDO

Ingredientes:3 pacotes bolacha Oreo1 lata leite condensado 3 pacotes de natas

Preparação:Bater as natas em nuvem. Adi-cionar o leite condensado sem-pre a bater. À parte moer as bolachas ( moer totalmente ou se preferir deixar em pequenos bocados, fica a gosto pessoal). Deixar 4 bolachas inteiras para decoração. Depois de moídas juntar às natas sempre a bater.Colocar no frigorifico durante 4 horas antes de servir.Obs. A receita deve ser feita com bolachas da marca Oreo...

RECEITA CULINÁRIA VIVACIDADE

Chef João Paulo Rodrigues

* docente na Actual Gest

Mousse Oreo

Diz uma mulher a outra:- O meu marido guia como um raio!- É assim tão rápido?- Não, vai contra as árvores!

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SOLUÇÕES:

A rinite e a conjuntivite alérgicas consistem na inflamação da muco-sa nasal e da conjuntiva dos olhos como consequência de uma alergia a pólenes (de plantas, árvores e arbustos), ácaros (pó doméstico) ou outras partículas que se encon-tram no ambiente (pêlo ou penas dos animais). Pode aparecer só na Primavera ou durante todo o ano. Os sintomas da rinite alérgica são a congestão e o corrimento nasal transparente, a comichão no nariz e no céu-da-boca, sendo frequentes os espirros repetidos. A conjuntivi-te alérgica caracteriza-se por olho vermelho, comichão e lacrimejo. O

principal tratamento consiste em evitar a exposição aos fatores de-sencadeantes. No caso de ter alergia aos ácaros, evite o contacto com o pó da casa; tenha a casa limpa, are-jada e bem iluminada com luz solar; tente usar um aspirador com filtro de ácaros; evite alcatifas e tapetes, prefira edredões hipoalergénicos em vez dos cobertores; use capas para os colchões que funcionam como filtro de ácaros. Se tem alergia aos pólenes, evite passeios pelo campo em dias secos e ventosos; feche as janelas de casa e do automóvel. Se tem alergia a epitélios de animais, evite o contacto com aqueles em re-

lação aos quais é alérgico. No caso da alergia às penas, evite almofa-das, casacos ou edredões de penas. Pode ser necessário recorrer a me-dicamentos como os anti-histamí-nicos, colírios ou a gotas ou sprays nasais que contribuem para o alívio dos sintomas. Sempre que suspeite que possa ter uma destas doenças, deverá consultar o seu médico de família que poderá ajudá-lo a des-cobrir a origem da sua alergia. Se já conhece a sua doença, deverá re-correr ao médico sempre que os sin-tomas deixem de estar controlados com as medidas terapêuticas que já costuma aplicar.

Rinite e Conjuntivite Alérgicas

Elisabete CastroMédica, Interna de Medicina Geral e Familiar na Unidade de Saúde Familiar de Fânzeres

Amor: Poderá ser invadido pela saudade, viva mais focado no presente.

Saúde: Procure fazer uma vida mais salutar. Cui-dar da sua saúde não é uma questão de querer. É um dever.

Dinheiro: Esta não é uma boa altura para investir nos negócios.

Amor: Dê mais atenção à sua família. Ela também necessita de si. Que o Amor seja uma constante na sua vida!

Saúde: Poderá ter dificuldades em dormir. Dinheiro: Se pretende abrir um negócio não o faça

já. Espere por dias melhores.

Amor: É uma boa altura para os nativos solteiros iniciarem um relacionamento estável.

Saúde: O descanso e o exercício físico são fun-damentais.

Dinheiro: Planifique a sua vida profissional.

Amor: Ponha as cartas na mesa e evite esconder a verdade. Enfrente os seus medos e as suas dúvidas e será feliz!

Saúde: É possível que se sinta psicologicamente esgotado. Descanse mais.

Dinheiro: É possível que tenha alguns problemas com o seu patronato.

Amor: Esqueça o seu passado afectivo e parta em direcção à felicidade. Que o futuro lhe seja risonho!

Saúde: Andará mais impaciente nesta altura.Dinheiro: Financeiramente tudo se apresenta es-

tável.

Amor: Altura ideal para efectuar a mudança que tanto necessita de fazer. É tempo de um novo reco-meço!

Saúde: Faça apenas aquilo que realmente gosta.Dinheiro: Esforce-se por aumentar os níveis dos

seus rendimentos, para conseguir melhorar a sua si-tuação económica.

Amor: Evite as discussões com alguém que lhe é muito querido. Agora é tempo para desenvolver a paciência e a vontade de partilhar.

Saúde: Previna-se contra gripes. Dinheiro: Dê mais valor ao seu trabalho, e só terá

a ganhar com isso.

Amor: Poderá ser surpreendido pelo seu par. Aproveite a surpresa. Viva o presente com confiança!

Saúde: Tente manter a calma, pois o seu sistema nervoso anda um pouco frágil.

Dinheiro: Este é um momento favorável, aproveite para fazer o que já tinha planeado.

Amor: Saiba desculpar e pedir desculpa. O seu par apreciará a sua atitude. Siga a sua intuição, siga o ca-minho do amor!

Saúde: Faça mais exercício físico. Olhe mais pela sua circulação sanguínea.

Dinheiro: Tente poupar algum dinheiro. Mais tarde poderá precisar dele.

Amor: Mês de grande harmonia entre o casal. Aproveite ao máximo os momentos de alegria para agradecer a Deus tudo o que tem!

Saúde: Modere o seu estado de ansiedade. Dinheiro: Êxitos a nível pessoal e profissional.

Amor: Sentirá a necessidade de fazer alguns sacri-fícios para manter o bem-estar familiar.

Saúde: Tendência para sentir uma ligeira indispo-sição que o conduzirá à redução do seu ritmo diário.

Dinheiro: Condições necessárias para se dedicar a um projecto deixado na gaveta.

Amor: Sentir-se-á liberto para expressar os seus sentimentos e amar espontaneamente. Que o Amor seja uma constante na sua vida!

Saúde: Estará melhor do que habitualmente.Dinheiro: Boa altura para pedir aquele aumento ao

seu chefe.

Maria HelenaSocióloga, tarólogae apresentadora

210 929 [email protected]

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Page 53: Edição de março de 2015

Estranho? Pode parecer, mas a Nvidia está a desenvolver uma tecnogolia baseada em redes neuronais de inteligência artificial com o objetivo de permitir aos carros uma condução autónoma, atra-vés de uma aprendizagem a “ver” o comportamen-to dos humanos. A ideia consiste na programação dos carros para aprenderem a reconhecer objetos e qual a melhor solução para cada cenário, quando encontram obstáculos.

A empresa já apresentou publicamente o Drive PX, o computador que vai dar inteligência artificial aos carros autónomos. A tecnologia deverá estar disponível em maio e a Audi poderá ser uma das primeiras marcas a implementar o sistema, segun-do notícia da Cnet.

O Drive PX funciona através do reconhecimento de objetos identificados pelo nome e classificação, após a análise de milhões de fotografias e vídeos. A informação será carregada por uma rede apelidada de deep neural network . De resto, a solução já per-mitiu criar máquinas cujo reconhecimento de obje-tos tem uma maior precisão do que os humanos.

Estaremos mais perto de ver o KITT, da série Knight Rider, em ação?

53VIVACIDADE MARÇO 2015

Lazer

LELO e ZEZINHA

Os carros do futuro sãoautodidatas

VIVA TECExposições:

Até 31 de março – Gondomar | Viagem ao Paleozóico, exposição de Carlos Dias, no Centro Cultural de Rio Tinto

7 de março a 14 de abril – “O Caminho da Fantasia do Ferro”, escultura de Hélder Mau, na Associação Artística de Gondomar (ARGO)

Desporto:

10h, 28 de março – VII Gondostreetbasket, no Largo do Souto

2 a 4 de abril – Eurobol 2015, no Multiusos de Gondomar

9h30, 12 de abril – Caminhada de solidariedade pela A.D. São Pedro da Cova, no estádio do Laranjal

AGENDA CULTURAL VIVACIDADE

VIVA FOTO Pavilhão Multiusos de Gondomar

Rui Duarte Silva, Fotojornalista no Jornal Expresso - www.ruiduartesilva.com

Teatro:

10h, 27 e 28 de março – Festividades da Primavera e Dia Mundial do Teatro, no Centro Cultural de Rio Tinto

Diversos:21h30, 23 de março – Ciclo de leitura filosófica “O

Conhecimento”, na Biblioteca Municipal de Gon-domar

15h30, 25 de março – “Mulheres Inesquecí-veis do Séc. XX”, na Biblioteca Municipal de Gondomar

26 a 29 de março – Ourindústria 2015, no Mul-tiusos de Gondomar

Page 54: Edição de março de 2015

Emprego

54 VIVACIDADE MARÇO 2015

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Costureira

588530286

Tempo completo. Contrato a termo

S. Cosme

Com experiência em ponto corrido e corte e cose

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Instalador Ar Condicionado

588530888

Tempo completo. Contrato sem termo

S. Cosme

Com muita experiência na montagem/insta-lação de ar condicionado

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Operador Máquinas CNC

588509983

Tempo completo. Contrato sem termo

Foz do Sousa

Operador fresadora CNC. Experiência 2 anos.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Empregado Escritório

588531163

Tempo completo. Contrato a termo

Jovim

Com conhecimentos de inglês, francês e informática

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Canalizador

588534668

Tempo completo. Contrato a termo incerto

Baguim do Monte

Com experiência em colocação de louça sani-tária/reparações

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Técnico de Telecomunicações

588530052

Tempo completo. Contrato a termo

Baguim do Monte

Com experiência em fibra óptica/rede clien-te. Medida Estimulo Emprego

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Pintor Auto

588519941

Tempo completo.

Foz do Sousa

Com experiência. Medida Estimulo Emprego

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Cobrador

588532048

Tempo completo. Contrato a termo

Fânzeres

Medida Estimulo Emprego

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Serralheiro Civil

588534907

Tempo completo. Contrato sem termo

Foz do Sousa

Experiência em montagem de estruturas metálicas.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Operador Máquinas de meter elástico

588533531

Tempo completo. Contrato sem termo

Rio Tinto

Com experiência

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Motorista de Pesados de Mercadorias

588535153

Tempo completo. Contrato a termo incerto

Jovim

Com experiência mínima de 2 anos (semi--reboque)

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Carpinteiro Limpos

588536999

Tempo completo. Contrato a termo

Fânzeres

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) as-sociada a cada oferta de emprego.Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização e a sua publicação.

Centro de Emprego de Gondomar

Telefone 224 662 510R. Padre Augusto Maia, 26 / 4420 - 225 Gondomar

E-mail: [email protected]

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