45 anos da Unigranrio: Uma história contadaatravés de sonhos e realizações

Edição: julho/agosto Universidade do Grande Rio - ano 2015Jornal Laboratório do Curso de Comunicação Social - Nº07

DestaqueSaúde: Conheça a Cirurgia bariátrica, um dos métodos mais eficaz para diminuir a obesida-de no Brasil

Leia na página 7

O maestro João Carlos Martins arrancou aplausos emocionados de discentes, docentes e convidados durante a comemoração do aniversário da Unigranrio Confira na página 3

O professor José de Souza Herdy criou em 1970 a AFE (Associação Fluminense de Educação), em Duque

de Caxias, e hoje conhecemos como Unigranrio. Para transformar a universidade numa referência da Baixada Fluminense, trabalhou duro e escreveu uma história de superação e conquistas. Baseado nesse contexto, o pre-sente para a comemoração dos 45 anos da Unigranrio foi a presença do maestro João Carlos Martins, que possui

uma história semelhante na música, pensou até em de-sistir, mas seu amor pelo que faz o levou em frente. Hoje, João Carlos é um dos maiores pianistas do mundo. A edição do Ponto de Partida traz ainda a cobertura da festa de Santo Antônio, a história de Maria do Carmo, que dedica a vida a ensinar literatura infantil numa co-munidade de Saracuruna, entre outros assuntos.Boa leitura!

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EXPEDIENTEJORNAL LABORATÓRIO DO CURSO DE JORNALISMO

Colaboradores: Alunos do 7º período de JornalismoEquipe: Lucas Mendes e Monique Oliveira (repórteres)Programação Visual: Déborah Ellen VianaRevisão: Joice Brito

Pesquisa e Pós-Graduação Coordenador: Prof. Emílio AntonioFrancischetti Diretor da Escola de Ciências Sociais Aplicadas: Frederico SchifferCoordenadora do Curso de Jornalismo / Editora do Jornal Ponto de Partida: Profª Mestre Ana Condeixa (MTB 18857 RJ)

Reitor: Professor Arody Cordeiro Herdy Pró-Reitorias:Administração Acadêmica: Professor Carlos de Oliveira VarellaComunitária e de Extensão: Professora Sônia Regina Mendes dos SantosDesenvolvimento: Professor José Luiz Rosa Lordello

OPINIÃO

Maestro, como é estar aqui em Duque de Caxias, na Unigranrio, em uma data tão importante para a nossa Universidade?

É tão importante para a Universidade como é importante para mim. Por-que, do mesmo jeito que a Unigran-rio, essa Universidade fantástica, está completando 45 anos, neste mês eu estou completando 75 anos. Então, são 30 anos de diferença e eu fico im-pressionado como a Unigranrio con-seguiu uma projeção, não só na região e no Rio de Janeiro, como no Brasil. Então, como o jovem significa o des-tino e a esperança do Brasil, é uma honra poder ter uma palestra com jovens aqui da Universidade Unigranrio.

A sua história é exemplar, de supe-ração, de luta e de persistência, e na educação não é diferente. Para um jovem universitário chegar aonde ele quer, ele precisa disso tudo?

Villa Lobos dizia o se-guinte: “Não é um povo

inculto que vai julgar as artes. São as artes que mos-

tram a cultura de um povo.”. Então, no momento em que uma

universidade está fazendo uma ho-menagem aos seus 45 anos, você tem a certeza de que educação e cultura caminham de mãos dadas, sempre caminharam. Infelizmente, em nosso país, muitas vezes educação e cultura estiveram um pouco divorciadas, mas estamos novamente no caminho cer-

to, aquele caminho que Villa Lobos sempre sonhou que é fechar o Brasil

em forma de coração através da cultu-ra e da educação.

Assim como a Unigranrio, o senhor também descobre grandes talentos. Como é para o senhor ver aquele projeto bruto sendo lapidado e se tornando um grande talento para o mundo?

Hoje eu já trouxe cerca de 10 mil crianças para esse universo fantástico da música clássica, e aqui você tem 4 tipos de crianças e jovens: aqueles que no futuro poderão fazer parte de um público, aqueles que poderão ter a música como um hobby, aqueles que poderão ser profissionais e, final-mente, um diamante a ser lapidado. E quando tem um diamante a ser la-pidado, você tem que ter um contato direto com o professor, com a escola, com os pais e mostrar o que aquela criança pode significar para o Brasil no futuro.

No primeiro semestre de 2016 está previsto o lançamento do filme, contando a sua história. Como é ver sua vida virar filme?O filme vai começar a ser rodado em novembro e fará estreia em setembro do ano que vem em Nova Iorque.

O jovem ator que vai me interpretar dos 18 aos 35 anos é o Chay Suede, e dos 35 até agora é o Rodrigo Lom-bardi, então estou com dois atores ex-cepcionais, o Tatu Gabus Mendes vai fazer o papel do meu pai. É um filme ligado à dramaturgia, mas focado na minha obstinação de jamais aban-donar o meu sonho. Eu sempre uso a frase do Charlie Chaplin que diz: ‘Quando uma pessoa deixa de sonhar ela continua a viver, mas ela deixa de existir’.

Maestro, pra encerrar nossa entre-vista, deixe uma mensagem para os leitores:

A única mensagem que eu posso dei-xar para a Unigranrio, seu corpo do-cente, seus diretores e todos os seus funcionários e, principalmente, os es-tudantes que estão aqui é para continu-arem a correr atrás dos sonhos deles, que quando eles menos esperarem o sonho começa a correr atrás deles.

Para conferir na íntegra a entrevista realizada, acesse: canal.unigranrio.com.br/tv/ e clique “45 anos Unigranrio”.

Fernando Mucci

Especial Unigranrio 45 anos

“Eu fico impressionado como a Unigranrio conseguiu uma projeção, não só na região e no Rio de Janeiro, como no Brasil. Então, como o jovem significa o destino e a espe-rança do Brasil, é uma honra

poder ter uma palestra com jovens aqui da

Universidade Unigranrio.”.

Quarenta e cinco anos de história e, é claro, que, como um marco para esse dia tão especial, tinha que ter também uma participação tão im-

portante. Confira a entrevista com o maestro João Carlos Martins, feita pela aluna Jéssica Reis para o Canal Unigranrio.

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GERAL

Jéssica Reis Alberto Corona

Completar 45 anos de uma história de sucesso já é algo difícil, unir

o dia da comemoração a uma outra história grandiosa, é tarefa que pou-cos conseguem. Contos semelhantes de dois homens que sonharam, cor-reram atrás, não se abateram com os obstáculos e conquistaram o su-cesso através de muita dedicação, fé, perseverança e vontade de vencer. O primeiro, nosso saudoso professor José de Souza Herdy, fundador da Unigranrio, e o outro, o pianista e maestro João Carlos Martins, que foi convidado para participar da come-moração, no último dia 16 de Junho, realizada na universidade. A quadra poliesportiva ficou pequena para re-ceber os mais de 1.200 convidados, que se encantaram e emocionaram com a apresentação e as histórias con-tadas pelo maestro. Pela primeira vez em Duque de Caxias, João Carlos Martins chegou

à Unigranrio recepcionado pelo Rei-tor professor Arody Cordeiro Herdy. “Tão importante para a Universidade quanto para mim. Porque, do mes-mo jeito que a Unigranrio, esta uni-versidade fantástica, está completan-do quarenta e cinco anos, neste mês estou completando setenta e cinco anos. São trinta anos de diferença e eu fico impressionado como a Unigran-rio conseguiu uma projeção, não só na região, no Rio de Janeiro, como no Brasil. Então, como o jovem é quem pode significar o destino e a esperan-ça do Brasil, é uma honra poder ter uma palestra com os jovens da Uni-granrio. ” - afirmou o maestro. A comemoração iniciou com a exi-bição de um vídeo que contava toda a trajetória da Unigranrio. Em seguida, o Reitor Arody agradeceu a presen-ça de todos e enalteceu a importân-cia dos funcionários da instituição: “Agradeço a vocês que ao longo des-

ses anos contribuíram para que este-jamos entre as dez melhores institui-ções. Que juntos carregam este barco. Nunca deixem de sonhar e inspirem--se neste brasileiro. O nosso país está carente de exemplos, de pessoas como este Maestro.”. O Prefeito de Duque de Caxias também se pronunciou enfatizando a representatividade da Unigranrio para a cidade: “A Uni-granrio é essencial para o avanço da Baixada, tenho orgulho desta casa que produz conhecimento, vida e ci-dadania.”. Ao subir ao palco montado na quadra poliesportiva do campus I, junto à parte de sua Orquestra Ba-chiana Filarmônica, o maestro levou o público, composto por cerca de 1.200 pessoas entre autoridades polí-ticas, professores, diretores, membros da família Herdy, a comunidade, ao delírio, foi ovacionado e recebeu uma homenagem emocionante e antecipa-da de aniversário - que será no próxi-

Especial Unigranrio 45 anos

João Carlos Martins emociona os mais de mil presentes nos 45 anos da Unigranrio

mo dia 25 - feita pelo Coral da Ter-ceira Idade da Unigranrio, que cantou “Parabéns pra você”. João Carlos Martins contou sua história e compartilhou momentos que fizeram o público sorrir, chorar e admirá-lo ainda mais. Para ele é es-sencial a união de cultura e educação: “Villa-Lobos dizia o seguinte: ‘Não é um público inculto que vai julgar as artes, são as artes que mostram a cul-tura de um povo.’ Então, no momento em que uma universidade, através da cultura, faz uma homenagem aos seus 45 anos, você tem a certeza de que a educação e a cultura caminham de mãos dadas. Sempre caminharam. E infelizmente, em nosso país, muitas vezes educação e cultura estiveram um pouco divorciadas. Mas nós es-tamos novamente no caminho certo, aquele caminho que Villa-Lobos sem-pre sonhou, que é fechar o Brasil em forma de coração através da cultura e da educação.”. Sempre preocupado com o futuro do país, ele se empenha na elabora-ção de projetos sociais que já contri-buíram para a construção da história de significativas pessoas. “Hoje, já trouxe cerca de 10.000 crianças para este universo fantástico da música clássica. E você tem quatro tipos de crianças e jovens: aqueles que no fu-turo poderão fazer parte de um públi-co, aqueles que poderão ter a música como hobby, aqueles que poderão até ser profissionais e finalmente um dia-mante a ser lapidado. E quando tem um diamante a ser lapidado, você tem que ter um contato direto com o professor, com a escola, com os pais e mostrar o que aquela criança pode significar para o Brasil no futuro.”.

45 anos da Unigranrio: Uma história contada através de sonhos e realizações

Admiração. O público se encantou com a apresentação e a história de João Carlos Martins, um dos nomes da música clássica

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CIDADE

Transtornos na antiga Presidente KennedyGabrielle Cristina Rafaella Alves

Obras de duplicação da via dependem da demolição de dois prédios na antiga Presidente Kennedy e deixam o trânsito complicado na região

Uma das principais vias do ter-ceiro distrito de Duque de

Caxias, a Avenida Governador Leonel de Moura Brizola, antiga Presidente Kennedy, está em obras que já duram dez anos. Um novo convênio foi fir-

Com assuntos referentes ao catolicismo, o JornalPilar é um projeto mensal da Catedral de Santo

Antônio, publicado pela Diocese de Duque de Caxias e São João de Meriti. É um trabalho que circu-la entre as dioceses, divulgando os eventos religiosos, apoiando e dando voz à comunidade. O surgimento do Jornal Pilar se deve à iniciativa de Dom Mauro há 26 anos, já que nessa época a Diocese não possuía um projeto impresso específico. O jornal conta com a coordenação e direção do Padre Daniel Felix e a vice-direção de Marcos Bejarano. A equipe responsável é composta de volun-tários, como o assessor de comunicação da Diocese, Adielson Agrelos, a colaboradora Isabel Lopes Duarte e o jornalista responsável, Roberto Aires, além

mado entre a prefeitura de Duque de Caxias e o Governo do Estado, atra-vés do Departamento Estadual de Estrada de Rodagem (DER), visando dar andamento ao projeto de duplica-ção da via. O atraso na demolição dos

prédios ali situados está causando ex-tensos engarrafamentos e transtornos aos motoristas que passam por lá. O motivo para o atraso das obras seria a demora na demolição de dois prédios e duas casas na altura do viaduto do bairro Centenário. A via, que divide o trânsito entre os veículos leves e pesados que circulam pela região, tem 15 quilômetros de extensão e liga o centro de Duque de Caxias à Rodovia Washington Luiz, cortando vários bairros do primeiro e segundo distritos e o município de Belford Roxo. Transformar a estra-da em mão dupla promete facilitar a circulação de veículos, principalmen-te nos horários da manhã e no final da tarde, mas a realidade das obras é outra, como afirma a moradora do bairro Jardim Leal, Shirley Santos da Silva, “Eu preciso passar todos os dias pela antiga presidente Kennedy tendo que enfrentar engarrafamentos por causa das obras, e muitas vezes che-gando atrasada no trabalho. Isso pode até ter melhorias no futuro, mas ago-

ra está prejudicando a vida de muito trabalhador que não tem como passar por outro lugar.”. E lamentou acres-centando: “É uma obra que parece não ter fim.”. A cobradora Andréia Fernades, da empresa rodoviária Fabios, também está descontente com a situação. Para ela, as obras são fundamentais no de-senvolvimento da cidade, desde que sejam bem monitoradas, causando menos transtornos possíveis aos afe-tados. “O percurso que era feito em cinco minutos leva meia hora por causa do engarrafamento. É necessá-ria mais atenção das autoridades com isso, porque acaba afetando aos mo-toristas.”, declarou. Procurado por nossa equipe para sabermos o prazo para a conclusão da demolição dos edifícios e quando se dará início as obras de duplicação, o secretário municipal de Obras, Luiz Felipe Leão, não quis se pronunciar sobre o assunto. O que causa ainda mais a insatisfação dos moradores que esperam por melhoras.

Voluntários são a base do Jornal Pilar Samir Regufe Rafaelle Cortat

do designer e único funcionário Hebert Tomazine, responsável pelo projeto gráfico e a diagramação. Os alunos de jornalismo que queiram colaborar para o jornal são sempre bem-vindos, “Para ser voluntário e escrever para o Jornal Pilar, basta pro-curar o Padre Daniel que é o diretor e responsável pela linha editorial do Jornal. Ele vai definir com os voluntários a temática e como poderão traba-lhar no projeto.”, conclui Adielson. A tiragem do jornal é de 8 mil cópias. Para adqui-ri-lo, basta ir até a secretaria da Catedral de Santo Antônio e pagar o valor de R$ 1,50, ou pegá-los gratuitamente em São João de Meriti e Duque de Caxias. Lembrando que o valor é simbólico e é uti-lizado para a manutenção do projeto.

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Festa de Santo Antônio atrai milhares de pessoas em Duque de Caxias

Vitória Guedes Prefeitura de Duque de Caxias

Entre os dias 11 e 14 de junho, Duque de Caxias parou para re-

ceber a maior festa da cidade, do padroeiro Santo Antônio. Segundo a prefeitura de Duque de Caxias, du-rante os quatro dias do festival, cerca de cem mil pessoas marcaram pre-sença. A Avenida Governador Leonel de Moura Brizola (antiga Presidente Kennedy) foi o palco das atrações, com shows gratuitos, barraquinhas de comidas típicas e as famosas mis-sas realizadas na Paróquia de Santo Antônio. A festa também foi reali-zada em Nova Iguaçu e, no geral, o evento colaborou para disseminar a cultura de ambos os municípios. O santo casamenteiro, como é co-nhecido, é um dos mais populares en-tre os fluminenses. Foram realizadas duas missas especiais, coinscidente-mente uma foi feita no dia 12 de ju-nho, dia dos namorados, e a outra no dia seguinte. A auxiliar administrati-va Ellen Rocha, de 32 anos, aprovei-

tou para fazer seu pedido. “Estou sol-teira há quase dez anos, procurando minha cara metade, quem sabe Santo Antônio não me ajuda a casar?”, brin-cou. Michael Moraes, estudante de 21 anos, traz consigo a tradição de parti-cipar da festa em todos os anos,“A fes-ta, além de renovar a fé, é um ponto de encontro para amigos.”, declarou. A festa de Santo Antônio se mostrou um evento não só religioso, mas tam-bém cultural, trazendo algumas tradi-ções nordestinas, como as da festa de São João, como quadrilhas e comidas típicas. O prefeito Alexandre Cardoso esteve circulando pela festa em todos os dias acompanhado de sua esposa. Em entrevista exclusiva ao Canal Uni-granrio, o prefeito exaltou o evento, “O que nós vemos aqui é uma organi-zação religiosa, onde nós estamos fa-zendo a parte cultural e a divulgação. O que eu quero para essa cidade é que seja um exemplo nessa participação.”, declarou.

O público também conferiu a pro-gramação cultural com mais uma edição da Feira Literária, que trouxe para a cidade lançamentos, palestras e mesas de debates com autores e con-vidados. Além disso, a praça do Pa-cificador recebeu um circuito gastro-nômico, com participação de alguns restaurantes da cidade como o Galeto de Caxias, Edinho do Caranguejo, Acarajé da Jô e Restaurante e Cacha-çaria Mussarela, que receberam um certificado de participação no Circui-to Gastronômico direto das mãos do prefeito Alexandre Cardoso. O palco gastronômico montado também na praça recebeu grandes chefes de co-zinha, Chef Frederic Monnier, Chef

Entre as atrações, a exposição “Gonzagão”, que comemora o cen-tenário de uma das maiores figuras da música popular brasileira, foi destaque na biblioteca municipal de Duque de Caxias. Nina Severina, sobrinha de Luiz Gonzaga, esteve presente no evento e falou sobre a importância da história da famí-lia e como Caxias teve parte nessa história. “Eu já fico satisfeita em sa-ber que eu fiz e faço parte de levar a história da nossa família para o público. O local de onde eles vieram já tem um documentário,‘O milagre de Santa Luzia’, que retrata a seca e o sertão e a história da minha família que se deslocou de onde nasceram e cresceram para conseguir uma vida melhor.”, revelou.

O padre Renato Gentile, organiza-dor da festa, destacou a importân-cia do evento para a cidade de Du-que de Caxias. “Esta festa tem uma grande importância para Duque de Caxias porque traz a família para celebrar este santo tão querido.”, res-saltou. O padre também falou sobre a tradição da festa que teve início na década de 40 e vem atraindo cada vez mais público nas ruas de Duque de Caxias. “É uma tradição anti-ga, que remonta a década de 1940, quando os franciscanos iniciaram a primeira igreja, na rua José de Alva-renga. Então, para nós é um motivo de alegria, de fé, reúne muita gente, inclusive, de outros municípios da Baixada Fluminense e até da capi-tal.”, finalizou.

Especial Festa de Santo AntônioCIDADE

Luiz Incao do Albamar, Chef Dalton Rangel e o Chef Damien Montecer, que ensinaram receitas deliciosas para o público. As atrações musicais foram um es-petáculo a parte, atraindo uma mul-tidão, os shows durante a festa, ban-das conhecidas como Calcinha Preta fizeram um sucesso com o público, e a bateria da escola de samba Acadê-micos do Grande Rio, que encerrou a festa no dia 14. No domingo, dia do encerramento, também teve uma Jam Session com os finalistas do Festival de Música Estudantil de Duque de Caxias, que aproveitaram para lançar o CD durante a festa.

Exposição Luiz Gonzaga Tradição da festa de Santo Antônio

Segundo a Prefeitura de Duque de Caxias, cerca de 200 mil pessoas prestigiaram a festade Santo Antônio

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COMUNIDADE

Monique Oliveira e Mayara Ribeiro Monique Oliveira

“Me completo com o que faço: a literatura infantil.”, diz Chocolate, criadora da biblioteca comunitária Ajudar os moradores de um bair-

ro simples, levando, principal-mente, para as crianças a leitura, é o que Maria do Carmo, mais conhecida como Chocolate e apelidada como Chocobim, gosta de fazer. A Biblio-teca Comunitária Chocobim fica no Parque João Pessoa, em Saracuruna, Duque de Caxias e busca estimular a leitura infantil, fazendo com que as crianças ocupem seu tempo livre adquirindo mais conhecimento com-batendo a violência através da educa-ção. Esse projeto existe desde 1999 e, atualmente, sobrevive com a ajuda do instituto C&A e de doações da comu-nidade, além da garra e coragem de Maria do Carmo e de sua família. Desde a adolescência, Chocolate tra-balha pelo próximo, sempre engajada em projetos sociais e na igreja católi-ca. Diante das condições do seu bair-ro, ela busca lutar pelos direitos da população. Em um cenário de educa-ção precária e com índices de violên-cia preocupantes, a motivação vem pela sua veia educadora. “Sou uma mulher que vive pelo próximo, uma mulher que dorme e acorda pensan-do que alguém está precisando dela. Hoje, eu sou metade de uma mulher,

mas que quando acordo eu sou uma mulher inteira, me completo com que faço, que é a literatura infantil.”, co-mentou Chocobim emocionada.Mas a biblioteca quase não aconte-ceu, tudo porque Chocobim foi víti-ma de dois acidentes vascular cerebral (AVC) antes da inauguração do pro-jeto, em 1999, mas nem isso a desmo-tivou. “Tive dois problemas de saúde graves, mas graças a Deus me reergui e segui em frente com a biblioteca. Meu intuito sempre será ajudar o pró-ximo.”, orgulhou-se.A população se orgulha de ter um espaço desses para as crianças, pois no bairro não possui nenhuma área de lazer. Mãe de duas crianças que frequentam a biblioteca, Rosange-la Barbosa acredita que o trabalho que é feito no espaço contribui para o aprendizado escolar de sua filha de seis anos, “Ela está aprendendo bas-tante com a leitura, ela já estuda, mas aqui está complementando e apren-dendo bastante. Estou muito feliz.”, declarou satisfeita.

Sobre o projetoAtualmente, a biblioteca conta com aproximadamente 500 livros, todos

doados pela população, e cerca de 15 crianças frequentam o local por dia. Para um melhor funcionamen-to, Chocolate conta com a ajuda da população onde uns dão materiais, outros financiam os gastos de luz e água. Além das contribuições desses amigos, Chocobim tem o apoio de sua irmã Adriana Alves, 35 anos, que ajuda orientando as crianças na leitu-ra. Para a orientadora da Biblioteca, o seu trabalho é muito gratificante e produz um resultado além do educa-cional. “O que me gratifica é ver nas

crianças o prazer que elas têm de pe-gar um livro e fazer a leitura. Quando tem um livro novo nós vemos a ale-gria no olhar delas.”, relatou Adriana.A biblioteca funciona de segunda a sexta-feira, atendendo crianças e ado-lescentes que desejam fazer pesquisas e empréstimos dos livros. E você, que se interessou por essa história e gos-taria de fazer doações como livros, móveis e equipamentos, ou até mes-mo se tornar um voluntário, entre na página da biblioteca: www.facebook.com/grupochocobim

Incentivo. Maria do Carmo criou a biblioteca para dedicar seu tempo a ensinar lite-ratura infantil

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SAÚDE

Conheça a cirurgia bariátrica, método de eficiência na tentativa de diminuir o problema que gera preocupação aos brasileiros

A luta contra a obesidade no BrasilVictor Mendes Divulgação

Ultimamente, a obesidade tem sido tratada como um assunto

de suma importância no cotidiano do brasileiro. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo Ministério da Saúde no último dia 15 de junho, mais da metade da população tem ex-cesso de peso (52,5%). Destes, 17,9% são obesos. Também preocupa a pro-porção de pessoas com menos de 18 anos com obesidade (17,9%). Os qui-los a mais na balança são fatores de risco para o agravamento de doenças crônicas, como hipertensão e diabe-tes, que respondem por 72% dos óbi-tos no Brasil. Em casos onde a reeducação alimen-tar e a prática de exercícios físicos são praticamente impossíveis de serem implementadas na tentativa de esta-bilizar o peso do corpo, apenas uma intervenção médica mais eficaz pode solucionar o problema. É o caso da ci-rurgia bariátrica. Também conhecida como gastroplastia, o procedimento é

uma “plástica do estômago”, que tem como principal função reduzir o peso de pessoas cujo índice de massa cor-pórea (IMC) é muito elevado. “Atualmente, as cirurgias bariátricas são realizadas via videolaparoscopia, que é um procedimento minima-mente invasivo que, além de somar segurança, promove menos dor, me-nor tempo de internação, retorno às atividades habituais em menor tempo e também apresenta melhor resultado estético. Quanto às técnicas cirúrgi-cas, atualmente temos duas: Sleeve e By-Pass.”, explica o doutor Michel Menezes. Cirurgião bariátrico do hospital Pasteur no Méier, Michel foi o res-ponsável pela operação de Carlos Nogueira. Aos 24 anos, o rapaz pas-sou pelo processo em fevereiro. Mo-vido pelo resultado positivo de um amigo, Carlos diz não se arrepender nem um pouco de fazer a cirurgia. “É um processo bem demorado, mas é

necessário. Durante o processo é ex-plicado detalhadamente cada passo da cirurgia, tem acompanhamento do cirurgião, de uma nutricionista e uma psicóloga. Depois de seis meses nesse processo, a nutricionista e a psicólo-ga decidem se vão liberar o paciente para marcar a cirurgia.”, afirma. A decisão de fazer uma operação tão complexa, no entanto, não é fácil. Os riscos pós-operatórios são grandes e podem acarretar no desenvolvimento de doenças, como trombose venosa e embolia pulmonar, além de sangra-mentos e fístula. Para Sandra Noguei-ra, mãe de Carlos, a angústia de ver o filho passar por esse obstáculo é um momento árduo. “É bem difícil. É uma situação que você não quer que ninguém passe, muito menos um filho. Não é um processo rápido. Anteriormente, ele teve que ter acompanhamentos de psicólogo e nutricionista para depois de uns seis meses poder ser liberado

ou não. É bem chato e demorado, mas em compensação, é uma cirurgia bem tranquila. Eu sempre fui muito de ler para saber tudo que pode acontecer, gosto de me manter informada pelo que estou passando e pude pesquisar sobre o processo. Passamos por uma coisa que não é legal e que ninguém deve chegar a esse ponto, mas passou, e meu filho está com saúde, muito mais bonito e obviamente mais feliz, se amando mais.”, brincou. Atualmente, existem duas indicações para a cirurgia, baseada na divisão do peso pela altura ao quadrado e o cál-culo do IMC. A primeira é somente em caso de o valor ser maior que 40, quando o paciente se encontra na fai-xa de obesidade mórbida, traduzindo o risco elevado de adoecer. A segun-da é mais complicada, pois envolve pacientes com obesidade grau II que tem doenças diretamente causadas pelo problema. Os candidatos à cirur-gia devem ter entre 18 e 65 anos.

Fonte: www.comsaudeagora.com

A cirurgia bariátrica é o último recurso para reduzir os índices de obesidade no Brasil

ESPORTE

Fellipe Oliveira Mayara Ribeiro

Brasileiros conquistam o Super Desafio Internacional de Judô

A seleção Brasileira venceu por 3 a 2 do Equador no Super Desafio

Internacional de Judô que aconteceu na vila olímpica de Duque de Caxias, no dia 1º de junho. O grande diferen-cial do torneio foi a presença dos es-tudantes do município que apoiaram o tempo todo. A equipe brasileira foi composta com a seguinte formação: Bárbara Timo (até 70kg), Marcelo Contini (até 73kg), Veronice Chagas (até 63kg), Phelipe Pelim (até 60kg) e Nathália Brígida (até 48kg), essa últi-ma será uma das representantes do

Brasil nos jogos Pan-Americanos de 2015, realizados entre 10 e 26 de ju-lho, em Toronto, no Canadá. O diferencial do torneio veio das arquibancadas. A torcida foi a ins-piração necessária para os lutado-res brasileiros seguirem adiante nas disputas. A vibração e o apoio in-condicional somaram uma grande vitória para nossos atletas. Marcelo Contini, Phelipe Pelim e Nathália Brígida conquistaram os pontos para o Brasil, enquanto Bárbara Timo e Veronice Chagas foram derrotadas pelas equatorianas. Os vitoriosos da noite, Marcelo

Contini e Phelipe Pelim, se alegraram com a excelente vitória. “É sempre bom vencer, essa competição é um pouco diferente, a gente tem bastante pressão e a mídia está presente, além de ser um evento importante para di-vulgar o esporte.”, declarou Contini. Já para Phelipe, a vitória foi funda-mental para dar confiança aos atletas da equipe. “É gratificante, não só pela minha carreira, mas por saber que meu treinamento está valendo a pena. Ainda mais importante é que numa disputa em equipes, quando um de nós vencemos, estamos dando con-fiança ao outro para vencer também.”, comemorou. Lembrando que para vencer um duelo é necessário que o

time tenha no mínimo três vitórias em cinco combates. Vigiada de perto por todas as câ-meras da imprensa, a judoca Nathália Brígida teve a missão de desempatar e decidir a luta a favor do Brasil. Ela é uma das representantes do nosso país nos jogos Pan-Americanos. “Foi um evento teste para o Pan-Americano. A luta foi importante para que eu me preparasse tecnicamente e psicologi-camente. Eu já tinha perdido pra mi-nha adversária (Diana Cobos) uma vez, por isso entrei focada e consegui vencer a luta.”, revelou Brígida. Um dos prestigiadores do evento, o prefeito Alexandre Cardoso destacou o caráter diferencial do esporte não

só para os atletas, mas como para o município de Duque de Caxias. “A gente acha que o esporte educa, e tem uma diferença entre ensinar e educar. Hoje, a gente aqui fez uma grande ação educativa, quando você desperta nesse garoto, que está gritando, a edu-cação pelo país, o respeito pelo pró-ximo e a vontade que ele tem de ser atleta. Eu acho que esse evento é uma aula de educação.”, declarou. O próxi-mo evento para o judoca Contini será o Troféu Brasil pelo clube Pinheiros e também aguardará a convocação para o Grande Slam que vale ponto para o ranking olímpico, enquanto o restante dos lutadores se preparam para as próximas competições.

“A luta foi importante para que eu me preparasse tecni-camente e psicologicamente.

Eu já tinha perdido pra minha adversária (Diana

Cobos) uma vez, por isso en-trei focada e consegui vencer

a luta.”.A equipe brasileira de Judô garantiu uma vaga para os jogos Pan-Americanos de Toronto ao derrotar a seleção do Equador