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www.jornalcapital.jor.br | ANO 3 - N° 46 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | 1° A 14 DE MARÇO DE 2011 | NAS BANCAS - RS 1,00 Mais pobre, mais impostos PÁG. 2 Câmbio* Câmbio* (*) FECHAMENTO: 28 DE FEVEREIRO DE 2011 (*) FECHAMENTO: 28 DE FEVEREIRO DE 2011 MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) MOEDAS COTADAS EM DOLAR (USA) Indicadores* Indicadores* Poço interligado à plataforma P-53 A PETROBRAS iniciou o Teste de Longa Duração do reservatório de Tracajá (pré-sal), por meio de um poço, localizado a 124 quilômetros da costa do Rio de Janeiro, no campo de Marlim Leste, na Bacia de Campos. PÁGINA 3 AG. PETROBRAS Feijoada de confraternização da “Família Grande Rio” DIRETORIA, membros da escola, artistas e intelectuais participaram de uma concorrida feijoada no Hotel Intercontinental, na tarde do último domingo. No sábado, a Escola fez seu último ensaio técnico em Santa Cruz da Serra, Duque de Caxias, em clima de muita alegria e descontração. PÁGINAS 4 e 5 ALBERTO ELLOBO Mesmo sem Oscar, Jardim Gramacho comemora O DOCUMENTÁRIO “Lixo Extraordinário”, gravado durante dois anos no lixão de Jardim Gramacho, não conseguiu conquistar o Oscar na madrugada de domingo. O filme mostra a trajetória do lixo até se tornar arte e expõe a vida dos catadores e tam- bém foi rodado em Londres e em Nova York, onde fica o estúdio do artista plástico Vik Muniz, seu idealizador. Mais de 2,5 mil pessoas se reuni- ram na praça do bairro para assistir à exibição do filme. A ideia de fazer o evento foi de Tião Santos, presidente da Associação dos Catadores do Aterro Metropolitano de Jar- dim Gramacho (ACAMJG), que é um dos principais personagens do filme. Ele queria que todos da comu- nidade pudessem se sentir parte da conquista. Porém, a vitória não veio, mas sua fama foi longe. AS INDÚSTRIAS da Baixada Fluminense continuaram pros- perando financeiramente no primeiro mês do ano, dando con- tinuidade ao que foi observado em 2010. É o que revela a “Son- dagem Econômica Regional” de janeiro de 2011, divulgada pelo Sistema Firjan. De acordo com a pesquisa, o quadro se mantém, mesmo com a redução da margem de lucro operacional, ocasionada pela apreciação do câmbio e a deterioração das con- dições de acesso ao crédito. Já o volume industrial produzido na Baixada Fluminense apresentou queda no mês de janeiro, por influencia da paralisação pro- gramada de indústria de grande porte no município de Duque de Caxias. Isso também ocasionou utilização da capacidade instalada abaixo da média histórica, que é de 74%, registrando limite de produção de 65%. No entanto, ocorreu um avanço no número de contratações, demonstrando um aquecimento nas atividades da região da Baixada. Indústrias da Baixada Fluminense prosperam no mês de janeiro Lei de autoria de vereador reduz a arrecadação e prejudica população de Duque de Caxias PÁGINA 3 Moeda Compra (R$) Venda (R$) Variação % Dolar Comercial 1,661 1,663 0,06 Dólar Paralelo 1,590 1,730 0,00 Dólar Turismo 1,600 1,770 0,00 (U$) (U$) % Coroa Dinamarca 5,400 5,500 0,41 Dólar Austrália 1,017 1,018 0,00 Dólar Canadá 0,971 0,971 0,59 Euro 1,380 1,380 0,36 Franco Suíça 0,928 0,929 0,00 Iene Japão 81,780 81,810 0,10 Libra Esterlina Inglaterra 1,626 1,626 0,90 Peso Chile 474,750 475,250 0,05 Peso Colômbia 1.906,000 1.908,000 0,05 Peso Livre Argentina 4,015 4,055 0,00 Peso MÉXICO 12,101 12,108 0,08 Peso Uruguai 19,350 19,550 0,00 Índice Valor Variação % Ibovespa 67.383,22 0,72 Dow Jones 12.226,34 0,79 Nasdaq 2.782,27 0,04 IBX 21.891,84 0,88 Merval 3.455,65 0,59 Poupança 28/02 0,602 Poupança p/ 01 mês 0,517 Juros Selic meta ao ano 11,25 TR 25/02 0,017 Salário Mínimo (Federal) R$ 545,00 Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

Edição Nº 46

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Jornal Capital - Edição nº 46

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1CAPITAL1° a 14 de Março de 2011

www.jornalcapital.jor.br | ANO 3 - N° 46 | CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA LTDA | 1° A 14 DE MARÇO DE 2011 | NAS BANCAS - RS 1,00

Mais pobre, mais

impostosPÁG. 2

Câmbio*Câmbio*

(*) FECHAMENTO: 28 DE FEVEREIRO DE 2011(*) FECHAMENTO: 28 DE FEVEREIRO DE 2011

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Poço interligado à plataforma P-53

A PETROBRAS iniciou o Teste de Longa Duração do reservatório de Tracajá (pré-sal), por meio de um poço, localizado a 124 quilômetros da costa do Rio de

Janeiro, no campo de Marlim Leste, na Bacia de Campos. PÁGINA 3

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Feijoada de confraternização da “Família Grande Rio”

DIRETORIA, membros da escola, artistas e intelectuais participaram de uma concorrida feijoada no Hotel Intercontinental, na tarde do último domingo. No sábado, a Escola fez seu último ensaio técnico em Santa Cruz da Serra, Duque de Caxias, em clima de muita alegria e descontração. PÁGINAS 4 e 5

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Mesmo sem Oscar, Jardim Gramacho comemora

O DOCUMENTÁRIO “Lixo Extraordinário”, gravado durante dois anos no lixão de Jardim Gramacho, não conseguiu conquistar o Oscar na madrugada de domingo. O fi lme mostra a trajetória do lixo até se tornar arte e expõe a vida dos catadores e tam-bém foi rodado em Londres e em Nova York, onde fi ca o estúdio do artista plástico Vik Muniz, seu idealizador. Mais de 2,5 mil pessoas se reuni-

ram na praça do bairro para assistir à exibição do fi lme. A ideia de fazer o evento foi de Tião Santos, presidente da Associação dos Catadores do Aterro Metropolitano de Jar-dim Gramacho (ACAMJG), que é um dos principais personagens do fi lme. Ele queria que todos da comu-nidade pudessem se sentir parte da conquista. Porém, a vitória não veio, mas sua fama foi longe.

AS INDÚSTRIAS da Baixada Fluminense continuaram pros-perando financeiramente no primeiro mês do ano, dando con-tinuidade ao que foi observado em 2010. É o que revela a “Son-dagem Econômica Regional” de janeiro de 2011, divulgada pelo Sistema Firjan. De acordo com a pesquisa, o quadro se mantém, mesmo com a redução da margem de lucro operacional, ocasionada pela apreciação do câmbio e a deterioração das con-dições de acesso ao crédito. Já o

volume industrial produzido na Baixada Fluminense apresentou queda no mês de janeiro, por influencia da paralisação pro-gramada de indústria de grande porte no município de Duque de Caxias. Isso também ocasionou utilização da capacidade instalada abaixo da média histórica, que é de 74%, registrando limite de produção de 65%. No entanto, ocorreu um avanço no número de contratações, demonstrando um aquecimento nas atividades da região da Baixada.

Indústrias da Baixada Fluminense prosperam no mês de janeiro Lei de autoria de

vereador reduz a arrecadação e

prejudica população de Duque de Caxias

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MoedaCompra

(R$)Venda(R$)

Variação %

Dolar Comercial 1,661 1,663 0,06Dólar Paralelo 1,590 1,730 0,00Dólar Turismo 1,600 1,770 0,00

(U$) (U$) %Coroa Dinamarca 5,400 5,500 0,41Dólar Austrália 1,017 1,018 0,00Dólar Canadá 0,971 0,971 0,59Euro 1,380 1,380 0,36Franco Suíça 0,928 0,929 0,00Iene Japão 81,780 81,810 0,10Libra Esterlina Inglaterra 1,626 1,626 0,90Peso Chile 474,750 475,250 0,05Peso Colômbia 1.906,000 1.908,000 0,05Peso Livre Argentina 4,015 4,055 0,00Peso MÉXICO 12,101 12,108 0,08Peso Uruguai 19,350 19,550 0,00

Índice Valor Variação %

Ibovespa 67.383,22 0,72Dow Jones 12.226,34 0,79Nasdaq 2.782,27 0,04IBX 21.891,84 0,88Merval 3.455,65 0,59

Poupança 28/02 0,602Poupança p/ 01 mês 0,517

Juros Selic meta ao ano 11,25TR 25/02 0,017

Salário Mínimo (Federal) R$ 545,00Salário Mínimo (RJ) R$ 581,88

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CAPITAL 1° a 14 de Março de 201122

CAPITAL EMPRESA JORNALÍSTICA Ltda - CNPJ 11.244.751/0001-70Av. Governador Leonel Brizola (antiga Presidente Kennedy)

nº 1995, Sala 804 - Edifício Sul América - Centro, CEP 25.020-002Duque de Caxias, Rio de Janeiro: Telefax: (21) 2671-6611

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TIRAGEM: 10.000 exemplaresASSINE O CAPITAL: (21) 2671-6611

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Diretor Geral: Marcelo Cunha ([email protected])Diretor de Redação: Josué Cardoso ([email protected])

Paginação e Arte: Alberto Ellobo (21 9320-1379)

Colaboradores: Alberto Marques, Arthur Salomão, Karla Ferreira, Geiza Rocha, Samuel Maia e Roberto Daiub

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Futebol: oportunidades no turismo e serviços

GEIZA ROCHA é jornalista e secretária-geral do Fórum Permanente de Desenvolvimento Estratégico do Estado do Rio de Janeiro Jornalista Roberto Marinho. www.querodiscutiromeuestado.rj.gov.br

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IPEA: Sistema Tributário penaliza os mais pobres

Ponto de ObservaçãoPonto de ObservaçãoALBERTO MARQUES

QUANTO MAIS pobre o contribuinte, mais dias de trabalho ele destinará ao pagamento de Impos-tos, Taxas e contribuições diversas, como Taxas de Lixo, de Iluminação, de Incêndio. Em 2008, quem tinha renda familiar de até dois salários mínimos (R$ 1.090,00 a partir desta terça-feira), dedicou 197 dias do ano para o Leão, ao passo que, quem tinha renda familiar de mais de 30 salários mínimos (R$ 16.350,00) comprometeu 106 dias de trabalho, três meses a menos. Os dados são do Instituto de Pesqui-sa Econômica Aplicada (Ipea). A razão da diferen-ça entre a quantidade de dias trabalhados por classe social necessária para o pa-gamento de tributos está na “regressividade de impos-tos e contribuições”, como dizem os tributaristas. Segundo José Aparecido Ribeiro, técnico do Ipea, 2/3 do que se arrecada em tributos no Brasil vêm de impostos indiretos sobre o consumo, embutidos no valor de produtos compra-

dos e serviços contratados. - Quem recebe pouco

faz mais uso da renda para consumo imediato - explica Ribeiro. São exemplos de impostos indiretos o caso do Im-posto sobre o Produto Industrial (IPI, federal), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Servi-ços (ICMS, estadual) e o Imposto sobre Serviços (ISS, municipal). No Rio de Janeiro, por exemplo, o ICMS cobrado na conta de energia elétrica e tele-fonia é de 30%, enquanto no gás é de 18%. Segun-do o técnico do Ipea, a composição tributária é o contrário do verifi-cado nos 33 países que formam a Organização de Cooperação e Desen-volvimento Econômico (OCDE). Nesses países, predominantemente da Europa, a carga tributá-ria principal é sobre os impostos diretos que pro-gridem conforme o valor da renda, patrimônio, fortuna e herança.

E o trabalhador também fi nancia os principais pro-

gramas sociais do gover-no federal. No pagamento de aposentadorias e pen-sões na área urbana, em 2008, consumiu 16,5 dias do cidadão, superando o necessários para paga-mento dos juros da dívida publica, que foram 14. dias Conforme o Ipea, em 2008, gastou-se 5,1 dias com aposentadorias e pensões nas áreas rurais; 1,9 dia com seguro-de-semprego; 1,4 dia com o Programa Bolsa Família; 1,1 dia com atendimento em postos de saúde e no Programa Saúde da Família e 0,2 dia com o Programa Nacional de Alimentação Escolar.

Outra instituição que calcula a relação de dias trabalhados com o paga-mento de tributos é o Ins-tituto Brasileiro de Plane-jamento Tributário (IBPT). Na última quinta-feira (24), o IBPT divulgou que, em 2010, cada brasileiro pagou R$ 6.772,38 em impostos e contribuições arrecadados pelo governo federal, estados e muni-cípios. No total, a carga

tributária foi de R$ 1,290 trilhão, R$ 195 bilhões a mais do que em 2009 (R$ 1,095 trilhão).

Em 2009, a maior par-te da carga tributária foi dos tributos federais (R$ 759,88 bilhões), seguida dos estados (R$ 282,73 bilhões) e dos municípios (R$ 50,05 bilhões). De acordo com a Constituição Federal, a União deve re-passar aos estados, municí-pios e ao Distrito Federal parte do que arrecada em impostos (não inclui con-tribuições). O percentual varia conforme o imposto e a destinação.

Nas contas do IBPT, que presta serviço à Asso-ciação Comercial de São Paulo, a carga tributária para os contribuintes é de 35,04% do Produto Interno Bruto (PIB) e levou um valor correspondente a 148 dias de trabalho de cada brasileiro no ano passado. Já nas contas do Ipea, em 2008, o total de tributos pago pelo contribuinte cor-respondeu a 36,2% do PIB ou 132 dias de trabalho do cidadão no ano.

QUANTO MAIS pobre é o contribuinte mais dias de seu trabalho ao ano ele destina ao pagamento de tributos. Quem, em 2008, tinha renda familiar de até dois salários mínimos de-dicou 197 dias do ano para o Leão, ao passo que, quem tinha renda familiar de mais de 30 salários mínimos comprometeu 106 dias de trabalho, três meses a me-nos. Os dados são do Insti-tuto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). A razão da diferença entre a quantidade necessária de dias trabalha-dos por classe social para o pagamento de tributos está na “regressividade de impostos e contribuições”, como dizem os tributaristas.

Segundo José Apare-cido Ribeiro, técnico do Ipea, dois terços do que se arrecada em tributos no Brasil vêm de impostos indiretos sobre o consu-mo, embutidos no valor de produtos comprados e serviços contratados. “Quem recebe pouco faz mais uso da renda para

consumo imediato”, expli-ca Ribeiro. São exemplos de impostos indiretos o caso do Imposto sobre o Produto Industrial (IPI, federal), o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS, estadual) e o Imposto sobre Serviços (ISS, municipal).

Outra instituição que cal-cula a relação de dias tra-balhados com o pagamento de tributos é o Instituto

Brasileiro de Planejamen-to Tributário (IBPT). Na última quinta-feira (24), o IBPT divulgou que, em 2010, cada brasileiro pagou R$ 6.772,38 em impostos e contribuições arrecada-dos pelo governo federal, estados e municípios. No total, a carga tributária foi de R$ 1,290 trilhão, R$ 195 bilhões a mais do que em 2009 (R$ 1,095 trilhão). Em 2009, a maior parte da

carga tributária foi dos tri-butos federais (R$ 759,88 bilhões), seguida dos esta-dos (R$ 282,73 bilhões) e dos municípios (R$ 50,05 bilhões). De acordo com a Constituição Federal, a União deve repassar aos es-tados, municípios e ao Dis-trito Federal parte do que arrecada em impostos (não inclui contribuições). O percentual varia conforme o imposto e a destinação.

Mais pobres trabalham mais para pagar impostos

AS INSTITUIÇÕES fi nanceiras estão autorizadas a prorrogar o vencimento das operações de Empréstimos do Governo Federal (EGF) de arroz da safra 2009/2010 por até 180 dias. A resolução aprovada dia 24 pelo

Conselho Monetário Nacional (CMN) e publicada no dia se-guinte no Diário Ofi cial da União. A resolução busca minimizar as difi culdades de comercialização enfrentada pelos produtores de arroz do Rio Grande do Sul e

de Santa Catarina e permitir que os agricultores aguardem um momento melhor para vender seus produtos. Foram benefi cia-dos também os produtores com parcelas vencidas do Programa Especial de Saneamento de Ati-

vos Agropecuários (Pesa) ou com vencimento até 30 de junho deste ano. Eles terão até essa data (30 de junho) para liquidá-las, com encargos fi nanceiros especiais e bônus diferenciado para liquida-ção das dívidas.

Agricultores terão prazo maior para renegociar empréstimo

A COPA DO MUNDO de 2014 já nasce diferente das demais. E, por isso mesmo desafi a não só as cidades que irão sediar os jogos, mas também os estados e o País. Para começar, temos dimensões continentais e diferentemente das Copas que acontecem na Europa, alguém que se disponha a assistir todos os jogos, passará um tempo considerável nos aeroportos. A defi nição do que fazer neste tempo ocioso abre opor-tunidades enormes na área de Turismo e de serviços.

No País do futebol, além da adaptação de estádios e hotéis aos padrões internacionais, teremos pela frente a missão de ocupar este tempo entre um jogo e outro dos turistas e de democratizar a exibição dos jogos, permitindo que eles sejam desfrutados pela população nas praças e praias, nas chamadas “Fun Fests”. Temos tempo para planejar e alegria de sobra para fazer com que no Rio de Janeiro estes eventos virem modelo e exemplo para o mundo.

Para entreter os turistas que compraram seus in-gressos entre um jogo e outro podemos levá-los a conhecer a diversidade de paisagens que possuímos em nosso território, criando roteiros que fujam do clássico Cristo Redentor-Orla-Corcovado. Podemos mostrar a beleza de nossas serras e cachoeiras, de nossa Região dos Lagos, da Costa Verde. E mais: proporcionar àqueles que não puderam comprar os ingressos a oportunidade para que assistam aos jogos e possam desfrutar do clima que mobiliza tantos brasileiros nestas cidades.

Numa entrevista concedida ao programa Rio em Foco, exibido todas as segundas-feiras às 22h na TV Alerj e disponível no site www.rioemfoco.rj.gov.br, o advogado Pedro Trengrouse, especialista em Direito Desportivo, alerta que, além da oportunida-de econômica, organizar estas “Fun Fests” é uma questão de segurança pública. Afi nal, bate no cora-ção de cada brasileiro a paixão pelo futebol e seria impossível privá-los de desfrutá-la no seu próprio território. Temos tempo. Vamos à luta!

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33CAPITAL1° a 14 de Março de 2011

Direito EmpresarialDireito EmpresarialARTHUR SALOMÃO*

Blockbuster inicia a venda da Companhia

(*)ARTHUR SALOMÃO É ESPECIALISTA EM DIREITO EMPRESARIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL.

PROJETO DE DECRETO legislativo obrigando as empresas concessioná-rias de energia elétrica a devolver aos consumido-res o que foi cobrado a mais nas contas de energia elétrica de 2002 a 2009 foi apresentado semana passada pelos deputados Eduardo da Fonte (PP-PE) e Alexandre Santos (PMDB-RJ). Os dois ocu-param, respectivamente, a presidência e a relatoria da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Contas

de Energia em 2010. A pro-posta foi apresentada com mais de 170 assinaturas de deputados.

Segundo Eduardo, todo brasileiro pagou mais do que deveria na sua conta de luz durante sete anos e a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) decidiu não cobrar das em-presas privadas de energia elétrica o que foi cobrado irregularmente dos consu-midores de 2002 a 2009. Ele disse que, nesse perío-do, as empresas receberam

uma contribuição para custear o fornecimento de eletricidade em regiões e sistemas isolados, locali-zados principalmente no Norte do país. Fonte ale-gou que essa arrecadação excedente é proibida pela Aneel. Ainda de acordo com o ex-presidente da CPI, o Tribunal de Contas da União (TCU) estimou que o prejuízo do consu-midores, por ano, foi de R$ 1 bilhão, o equivalente a mais de R$ 7 bilhões no período.

A decisão da Aneel de não cobrar das empresas o que elas cobraram dos consumidores, segundo o deputado, pode ser suspensa por decreto le-gislativo aprovado pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, uma vez que a Constituição prevê que o Congresso Na-cional pode sustar atos normat ivos do Poder Executivo que excedam os limites do poder re-gulamentar ou da dele-gação legislativa.

Deputados querem devolução a consumidores do que foi pago a mais por energia elétrica

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A PETROBRAS INI -CIOU o Teste de Longa Duração (TLD) do reser-vatório de Tracajá (pré-sal), por meio do poço 6-MLL-70, localizado a 124 km da costa do Rio de Janeiro, no campo de Marlim Leste, na Bacia de Campos. O poço 6-MLL-70, que encontrou o re-servatório com petróleo na profundidade de 4.442 metros em setembro de 2010, foi interligado ao navio-plataforma P-53, aproveitando capacida-de de processamento e escoamento disponível.

O teste começou com va-zão de 23.300 barris por dia. O objetivo do TLD, iniciado dia 23, é obter informações sobre as ca-racterísticas do reserva-tório, para a definição do futuro projeto definitivo de desenvolvimento da produção. Em dezembro de 2010 a Petrobras ini-ciou teste semelhante, na acumulação conhecida como Carimbé, também em estrutura de pré-sal, na concessão de Cara-tinga.

A descoberta de Tracajá é mais um resultado conse-

guido pela estratégia do Pla-nóleo, programa que busca intensifi car os trabalhos de exploração e produção nas áreas próximas a campos que já se encontram em operação, com o objetivo de aproveitar a capacidade das instalações existentes, diminuir custos e agilizar a produção de novos volumes de petróleo. O Plano de Avaliação de Descoberta (PAD) de Tracajá, apresen-tado à Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) em 2010, prevê ainda a perfura-ção de um ou dois poços de

extensão para delimitação completa da acumulação.

Além de Tracajá e Ca-rimbé, a Petrobras já des-cobriu petróleo no pré-sal em outras regiões da Bacia de Campos, onde a Compa-nhia iniciará TLD, ainda em 2011, nas acumulações de Brava (concessão de Mar-lim), Aruanã e Oliva (bloco exploratório BM-C-36). Na porção norte da Bacia de Campos, no litoral do Espírito Santo, a Petrobras vem produzindo petróleo no pré-sal, na região conhecida como Parque das Baleias, desde agosto de 2008.

Petrobras dá início a testes no pré-sal da Bacia de Campos

NA ÚLTIMA SEMANA foi anun-ciada na sede da Blockbuster, em Dallas, que a empresa (que já foi a maior rede de locadoras do mundo) iniciará um processo de venda a um fundo de investimentos. O acordo, conhecido como “stalking-horse”, consiste numa oferta por parte dos credores da companhia, bloquean-do propostas de menor valor.

O negócio inclui todo o patri-mônio da empresa, dentro e fora dos Estados Unidos, e foi fechado por US$ 290 milhões com o fundo Cobalt Video Holdco.

A Blockbuster formulou ain-da um requerimento à Corte de

Falências onde se processa sua concordata desde setembro/2010, pleiteando a realização de um leilão da empresa pela maior e melhor oferta, tendo como valor

inicial a proposta feita pela Co-balt.

Caso a companhia consiga a apro-vação do leilão, outros interessados terão o prazo de trinta dias para apresentar proposta de compra superior aos US$ 290 milhões ofe-recidos pela Cobalt. Caso não seja deferido, a Blockbuster terá até 21 de março para apresentar seu plano de reestruturação.

Em seu último comunicado, a Blockbuster informou ainda que continuará operando nor-malmente, tanto nas lojas físicas quanto nos serviços prestados por meio digital.

A LEI MUNICIPAL nº 2373, que acrescenta parágrafo úni-co aos artigos 202 e 203 da Lei 2277, de 2009, em vigor há poucos dias em Duque de Caxias, está causando um verdadeiro caos administra-tivo nos cemitérios do muni-cípio. Funerárias de qualquer parte do estado, tomando ciência da total incapacidade da Prefeitura em administrar e cobrar e, ao mesmo tempo, sabendo que o valor pago pela entrada de corpos em Duque de Caxias é muito inferior aos dos municípios vizinhos, estão trazendo mui-tos sepultamentos para serem feitos simultaneamente, sem controle de horários e locais previamente reservados.

A administração era feita pelas permissionárias insta-ladas no município, fazendo a prestação de contas à Pre-feitura, sendo desta forma muito fácil para os agentes municipais a fi scalização e os pagamentos das taxas, que eram efetuados antes da execução do serviço. Ago-ra qualquer funerária entra em Duque de Caxias sem aviso prévio, encosta nos cemitérios e só deve efetuar o pagamento cinco dias úteis contados a partir do início do mês seguinte ao da execução do sepultamento, o que não dá a prefeitura nenhuma garantia de recebimento.

A medida foi uma iniciativa do vereador Eduardo Moreira da Silva (PC do B) e sancio-

nada pelo prefeito José Cami-lo Zito no dia 14 de janeiro. Além da redução na arreca-dação municipal, ela também vai provocar um outro grande problema crônico na cidade: a diminuição da oferta de vagas para sepultamentos de pesso-as que residem no município. O vereador, conforme já foi noticiado por alguns veícu-los, está sendo processado por uma das funerárias que operam na cidade, por não ter efetuado pagamento de serviços por ele contratado.

A equipe do Capital vi-sitou o Cemitério do Corte Oito e obteve a informa-ção que somente na manhã desta segunda-feira, 28, foram executados doze se-pultamentos efetuados por funerárias de outros mu-nicípios, provocando uma grande confusão, já havia falta de vagas, segundo um funcionário que pediu para não ser identificado. Foi constatada também a falta de manutenção do ce-mitério. A população, pelo jeito, perde o direito ao seu “campo santo”. O jornal tentou contato com o Secre-tário de Serviços Públicos, Ronaldo Amichi, mas não teve sucesso. O objetivo era levantar uma estimativa do prejuízo que vem sendo causado à cidade a partir da nova lei, bem como da falta de oferta de vagas nos cinco cemitérios explorados pela Prefeitura.

Lei provoca caos em cemitérios de Caxias e redução de arrecadação

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CAPITAL 1° a 14 de Março de 20114

A TARDE DE DOMINGO (27) foi animada para os integrantes da Grande Rio. Como acontece todos os anos, a escola promoveu uma concorrida feijoada no Hotel Intercontinetal, com a presença de diversos artistas. A rainha de bateria Cris Vianna, a atriz Ana

Furtado, Boninho, Bony, Susana Vieira, Geovanna Tominaga, Maria Paula, Nelson Freitas, Claudia Lira, Franciely Freduzeski, Raul Gazolla, Wolf Maia, Mar-co Antônio Gimenez, Tuca Andrada, Arlindo Cruz, Almir Guineto, MC Sapão, Kandies e Latino foram

Família Grande Rio: alegria, co

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5CAPITAL1° a 14 de Março de 2011

alguns dos que prestigiaram a festa. Entre os políticos estavam o deputado federal e ex-prefeito de Caxias Washington Reis, Zaqueu Teixeira, os vereadores Fa-tinha, Moacyr da Ambulância e Grande, entre outros. A apresentadora Ana Furtada, mulher de Boninho,

fez a festa no barracão da Escola na terça-feira, adqui-rindo 40 camisetas da feijoada, o que gerou R$ 8 mil para ajudar na confecção das fantasias queimadas no incêndio. As fotos mostram a alegria que contagiou os presentes. (Fotos: Alberto Ellobo)

onfraternização e muito samba)

O ÚLTIMO ENSAIO téc-nico da Grande Rio sacudiu o bairro Santa Cruz da Ser-ra no último sábado (26), e fez moradores vestirem as cores da escola. Em clima de alegria e descontração, passistas, baianas, bateria, mestre-sala e porta-bandei-ra se apresentaram como se estivessem no Sambódro-mo disputando o título. Os integrantes se concentra-ram na Avenida Automóvel Clube, onde formaram as alas para o ensaio. A alegria e a garra tomaram conta dos componentes que de-monstraram ter superado o problema do incêndio que destruiu as fantasias e car-ros alegóricos. O prefeito José Camilo Zito prestigiou o ensaio. Para o prefeito, a Grande Rio é patrimônio

que pertence à cidade e à população de Duque de Caxias. “Precisamos apoiar

e valorizar aquilo que é nosso”, afi rmou. A prévia do que será o desfile da

Grande Rio, no Sambódro-mo, durou pouco mais de 30 minutos.

População se veste de tricolor no último ensaio em Caxias

O casal de Mestre-Sala Luiz Fellipe e Porta Bandeira Squel comandou a folia na avenida

PMDC/EDMILSON MUNIZ

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Atualidade

O VEREADOR Fran-cisco dos Santos, o Chi-co Borracheiro, do PSB, disse que a reputação da Câmara de Duque de Caxias “já começou a ser resgatada”. O par-lamentar, que exerce o segundo mandato , falou ao Capital as-sim como fez também seu colega Evangival-do Santos Soares , o Grande (PSDB). Além da entrevista, Grande, depois de reconhecer o momento difícil pelo qual passa o Legislativo duquecaxiense, ocupou a tribuna para questio-nar a presidência da Casa depois da recusa da Mesa Diretora em não autor izar a ces-são do Plenário Vilson Campos Macedo para a cerimônia de posse do ex-vereador e ex-deputado estadual Mar-cos Figueiredo como Secretário Municipal de Habitação. Até então, a imagem do Legislativo vinha sendo cada vez mais arranhada com o “silêncio oficial” do Le-gislativo depois da pri-

são de dois vereadores no dia 21 de dezembro por denúncias de vários crimes.

- A mesa diretora já está mais aberta - garantiu Chico Borracheiro, de-pois de classifi car como “lamentável” a não auto-rização do Plenário para a solenidade. ”A Câmara tem um grupo bom de vereadores e a chegada do Nivan está somando muito. A Casa vai reto-mar o seu rumo. Estamos conversando muito e não podemos mais admitir erros”, disse depois de perguntado sobre a po-lêmica sessão do dia 27 de dezembro, quando, entre outras coisas, foi aprovada a outorga de um título de benemérito a um dos vereadores presos, conforme denunciou com exclusividade o Capital. Sobre o “festival de CPIs” anunciado por alguns co-legas, Chico Borracheiro disse que o assunto “é coi-sa séria”. “Só deveríamos fazer isso em último caso. É um exagero, tem que ter mais critérios”, observou o vereador.

- Estamos buscando organizar melhor os trabalhos, conversando com os companheiros, vamos vencer as difi-culdades. O trabalho da imprensa é impor-tante para todos, para informar aos moradores e eleitores o trabalho que fazemos - disse o vereador, autor de mais de 200 indicações. Ele anunciou que a Comis-são de Transportes da Câmara, presidida por Nivan e da qual é vice-presidente, vai começar a busca a melhoria da qualidade e preços das tar i fas de t ransporte coletivo no município. “Temos que ter ônibus com mais qualidade e passagens mais bara-tas”, concluiu Chico Borracheiro, que man-tém, segundo ele sem apoio do Poder Público ou outras entidades, um dos mais modernos cen-tros sociais da cidade, em funcionamento no Parque Lafaiete, reali-zando mais de 10 mil atendimentos por mês.

Vereador garante que Câmara de Caxias “vai retomar seu rumo”

A MANIFESTAÇÃO ofi -cial da Câmara só acon-teceu passados mais de quarenta dias da prisão. Foi através de uma rápi-da nota que anunciou a instalação de uma Comis-são Especial no dia 8 de fevereiro, integrada por 7 membros (5 titulares e 2 suplentes). Caberá a Co-missão encontrar um meio para que a Câmara possa afastar, provisoriamente, os dois vereadores detidos e convocar seus suplen-tes, para que os trabalhos legislativos possam conti-nuar normalmente.

A Câmara, que estra-nhamente não possui uma Comissão de Ética, ao contrário do que ocorre

nas demais casas Legis-lativas do País, postou em seu site oficial, no último dia 24, uma nota dando conta que, durante a sessão daquele dia, foi apresentada uma proposta de emenda à Lei Orgânica nº 005/11, instituindo o afastamento dos verea-dores Jonas É Nós (PPS) e Chiquinho Grandão (PTB). Sem entrar em mais detalhes, informa apenas que a emenda pro-põe “a imediata suspensão de remuneração”, além da convocação dos suplentes, “depois de 120 dias de afastamento”. Isso signi-fi ca que, por mais quatro meses, o Poder Legislati-vo continuará com apenas

19 representantes. E mais: Pode significar também que, caso os dois verea-dores presos venham a ter a prisão relaxada dentro desse período, poderão reassumir seus mandatos e seus salários. Os dois vereadores, por estarem presos, não participam das duas sessões semanais da Câmara desde o dia 21 de dezembro.

A rápida nota se en-cerra assim: “De acor-do com Dalmar Lírio Mazinho (PSDB), pre-sidente da Casa, a me-dida evita que a Câmara seja exposta a situações constrangedoras como as que passou nos últimos meses”.

OS DOIS VEREADO-RES de Duque de Ca-xias - Jonas Gonçal-ves da Silva (o Jonas É Nós, do PPS) e Sebas-tião Ferreira da Silva (o Chiquinho Grandão, do PTB) - e outros dois presos durante a opera-ção “Capa Preta”, foram transferidos no último dia 23, para o Presídio Federal de Campo Gran-de (MS). O pedido de transferência foi feito devido à suspeita da participação do grupo em uma série de crimes - inclusive dois homicí-dios -, cometidos após a operação, realizada no dia 21 de dezembro de 2010 e que resultou em suas prisões.

Jonas É Nós, por ser PM reformado, estava custodiado no Batalhão Especial Prisional (BEP)

da Corporação, enquan-to Chiquinho Grandão permanecia no Comple-xo Penitenciário de Ge-ricinó. A permanência em Campo Grande, con-forme decisão da Seção Criminal do Tribunal de Justiça do Rio de Ja-neiro, ocorrerá durante prazo inicial de um ano.

De acordo com a in-vestigação que defl agrou a operação da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas e Inquéritos Especiais (Draco-IE) e do Grupo

de Atuação Especial de Combate ao Crime Or-ganizado do Ministério Público (Gaeco), a milí-cia Família É Nós era a mais bem estruturada de Duque de Caxias. Mesmo presos e respondendo à ação penal pelo crime de quadrilha armada, os seus líderes, segundo a polí-cia, continuaram agindo para cooptar, coagir e matar autoridades e tes-temunhas que prestaram declarações contra eles, segundo os investiga-dores.

Chiquinho e Jonas transferidos para Presídio Federal em MS

Câmara só se pronunciou depois de mais de um mês da prisão

ALBERTOI ELLOBO

REPRODUÇÃO

“Não podemos mais admitir erros”

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InternacionalPaís

OS PAÍSES DA UNIÃO Europeia aprovaram segunda-feira (28) um pacote de sanções con-tra o ditador da Líbia, Muammar Kadhafi, e seu governo, incluin-do um embargo da venda de armas e das viagens para o bloco.

Diplomatas do bloco também disseram que vão congelar bens de Kadhafi , de 25 pesso-as próximas e de seu governo, e proibir a venda de itens como gás lacr imogêneo e equipamentos anticho-que que possam ser

usado contra manifes-tantes oposicionistas. A decisão foi aprova-da em um encontro de chanceleres do bloco em Bruxelas e devem ser levadas à prática “o mais rápido possível”, depois de serem publi-cadas ofi cialmente.

União Europeia também aprova sanções contra governo de Kadhafi

A PRESIDENTA DIL-MA Rousseff determinou que o ministro da Fa-zenda, Guido Mantega, prepare medida provisó-ria reajustando em 4,5% a tabela de Imposto de Renda de Pessoa Física

(IRPF). De acordo com o ministro de Relações Institucionais, Luiz Sér-gio, o governo quer que a nova tabela esteja em vigor nos próximos dias.

- O governo fez um acordo com as centrais

para o reajuste do míni-mo e da tabela de impos-to de renda e vai cumprir o acordo feito”, disse o ministro, descartando a possibilidade de revisão desse percentual por par-te do governo.

Governo confi rma reajuste da tabela do Impostode Renda de Pessoa Física em 4,5%

A PETROBRAS adqui-riu 50% de participação no Bloco 4, localizado na costa do Benin, país localizado na costa oeste da África, junto à em-presa Compagnie Béni-noise des Hydrocarbures (CBH), subsidiária da Lusitania Petroleum, que permanece com os 50% restantes. A expectativa é encontrar petróleo leve, reproduzindo descober-tas realizadas em ativi-dades exploratórias no continente africano, de

acordo com a estratégia da Petrobras de buscar oportunidades em águas profundas e ultraprofun-das na região. A Compa-nhia possui importante atuação em países como Angola, Líbia, Namíbia, Nigéria, e Tanzânia.

O bloco cobre uma área de aproximada-mente 7,4 mil quilô-metros quadrados, com profundidade de água que varia de 200 a três mil metros, a uma dis-tância média de 60 qui-

lômetros da costa. A CBH permanece como operadora do ativo, en-tretanto, a Petrobras tem o direito de assumir a operação. O compro-misso de trabalho assu-mido pela companhia é realizar a aquisição e processamento de 2.250 quilômetros quadrados de sísmica 3D ainda este ano. Confi rmado o potencial exploratório da área, o consórcio se comprometerá a perfu-rar três poços.

Petrobras adquire bloco exploratório em Benin, na África

APÓS A APROVAÇÃO do salário mínimo de R$ 545 na última semana pelo Senado, a presiden-te Dilma Rousseff con-fi rmou, nesta segunda-feira (28), por meio de lei publicada no Diário Ofi cial da União, o rea-juste do mínimo para R$ 545 - que serve de refe-rência para o salário de 47 milhões de trabalha-dores no país. O projeto, que também trata da política de valorização do salário mínimo até 2015, foi sancionado sem veto pela presiden-ta. O reajuste entra em vigor nesta terça-feira, 1º de março. Ele foi

aprovado no dia 16 pela Câmara dos Deputados e estabelece as diretri-zes para a política de valorização do salário mínimo a vigorar entre 2012 e 2015. Depois, foi a vez do Senado aprovar o texto.

O projeto prevê que o mínimo deverá ser reajustado conforme a soma da inflação do ano anterior mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB) brasi le iro dos dois anos anteriores. Ainda de acordo com esse critério, o projeto de-fine que a Presidência da República poderá

reajustar o salário por decreto, sem precisar enviar novo projeto de lei ou medida pro-visória todos os anos para o Congresso Na-cional.

A Advocacia-Geral da União (AGU) emitiu parecer em que se mani-festa favoravelmente ao reajuste do salário míni-mo por meio de decreto presidencial entre 2012 e 2015. O despacho afi rma que não há usur-pação de poderes no fato de o Executivo - e não o Legislativo - ser o responsável por estabe-lecer os novos valores nos próximos três anos.

Lei que reajusta salário mínimo é publicada no Diário Ofi cial

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O RECONHECIMENTO de um direito na Justiça leva tempo, mas, hoje, o fato de ganhar uma causa não signifi ca que os problemas terminaram. Na Justiça do Trabalho, cerca de 2,3 mi-lhões de processos já decidi-dos aguardam execução, ou seja, dar à parte vencedora o que lhe foi reconhecido por direito. A quantidade vultosa de processos sem o devido desfecho tem preocupado juízes e tribunais trabalhistas, que estudam formas de redu-zir o problema. “A essência do processo é a fase de exe-cução, pois, senão, fi ca uma

situação de ganhou, mas não levou. A decisão não pode ser um anúncio de direito, tem que ser realidade”, afi rma o corregedor-geral da Justiça do Trabalho, Carlos Alberto de Paula. Segundo ele, a demora na execução não é um problema restrito a deter-minadas regiões e ocorre em todo o país.

O gargalo da execução também não se restringe à Justiça trabalhista, mas esta é considerada uma área sensí-vel devido às implicações das decisões. Segundo a Consti-tuição Federal, uma sentença da Justiça do Trabalho cria

débitos de natureza alimen-tícia, ou seja, urgentes e es-senciais para a sobrevivência do cidadão e seu pagamento deve ser prioritário. “O trans-torno das pessoas com a inefi cácia de uma decisão da Justiça do Trabalho é muito grande. Para muita gente, não levar o que ganhou na Justiça é o mesmo que passar fome. Outro problema grave é que muitos processos trabalhistas lidam com a saúde da pessoa, e isso não pode esperar”, ex-plica o juiz Marcos Fava, que participou do grupo formado, no ano passado, pela Corre-gedoria do Tribunal Superior

do Trabalho (TST), para analisar porque os processos emperram na execução.

Estudo recente encomenda-do pela Corregedoria do TST sobre as taxas de congestio-namento da execução traba-lhista no país apontou uma média nacional de 67,9%, que sobe para 72,7% quando são levados em conta os pro-cessos que foram enviados provisoriamente para o ar-quivo, ainda sem desfecho.O estado que lidera o ranking do congestionamento é a Bahia (85,8%), seguida pelo Ceará (85,1%) e pelo Rio de Janeiro (82,4%).

Justiça do Trabalho tem 2,3 milhões de processos aguardando execução

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