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1 Edição n.º93 maio - agosto 2019 Comemoração do dia das Residências Foi algo inovador, o que ocorreu no dia treze de maio, e as utentes das Residên- cias foram participati- vas, espontâneas e viam-se sorrisos nos rostos.-P.5 Mesa Redonda - Cuidadores Formais e Informais - Pro- cessos de decisão ética em situações difíceis Se por um lado a evolução da medicina permite curar doen- ças e prolongar a vida, por outro não deixa que a morte aconteça de forma natural..” -P.8 Hospitalidade - Uma Travessia em Três Sécu- los a Recriar o Amor No dia 31 de maio cele- brámos na Clinica Psi- quiátrica de S. José a Fes- ta de Nossa Senhora do Sagrado Coração de Je- sus e o 138º Aniversário da Fundação da nossa Congregação.-P.10 Passeios anuais das Unidades ... com o objetivo princi- pal de conceder, às uten- tes mais autónomas e que mostram vontade de participar, uma saída da Clínica, num dia onde são proporcionadas novas experiências e num local à escolha.-P.16

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1

Edição n.º93 maio - agosto 2019

Comemoração do dia

das Residências

“Foi algo inovador, o

que ocorreu no dia

treze de maio, e as

utentes das Residên-

cias foram participati-

vas, espontâneas e

viam-se sorrisos nos

rostos.”

-P.5

Mesa Redonda - Cuidadores

Formais e Informais - Pro-

cessos de decisão ética em

situações difíceis

“Se por um lado a evolução da

medicina permite curar doen-

ças e prolongar a vida, por

outro não deixa que a morte

aconteça de forma natural..”

-P.8

Hospitalidade - Uma

Travessia em Três Sécu-

los a Recriar o Amor

“No dia 31 de maio cele-

brámos na Clinica Psi-

quiátrica de S. José a Fes-

ta de Nossa Senhora do

Sagrado Coração de Je-

sus e o 138º Aniversário

da Fundação da nossa

Congregação.”

-P.10

Passeios anuais

das Unidades

“... com o objetivo princi-

pal de conceder, às uten-

tes mais autónomas e

que mostram vontade de

participar, uma saída da

Clínica, num dia onde são

proporcionadas novas

experiências e num local

à escolha.”

-P.16

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Editorial

Caros Leitores e Amigos,

No último “Passo a Passo” falá-

mos do evento que estamos a

celebrar: o 125º aniversário da

presença das Irmãs Hospitaleiras

do Sagrado Coração de Jesus

em Portugal.

Nesta edição vamos recordar a

cofundadora da Congregação,

Maria Angustias Giménez, pois

no dia 02 de agosto recordámos

a sua vida e a partida para o Pai

(1849-1897).

Vários aspetos caracterizam esta

hospitaleira, nascida em Grana-

da há 122 anos. Chamamos-lhe

a Mulher do Sonho… e que so-

nho? Precisamente a intuição

de, com o Padre Bento Menni,

se sentir chamada a criar algo

de novo, pois quando manifes-

tou com Maria Josefa Récio o

desejo de se entregarem inteira-

mente a Deus no serviço ao

próximo, Bento Menni abriu-lhe

várias portas, apresentando-lhes

congregações existentes, não

estando no seu espírito a aven-

tura de ser fundador. Ele encon-

trava-se ocupado em restaurar a

sua Ordem, a Ordem de S. João

de Deus, respondendo assim ao

envio do Padre Alfieri, Superior

geral e ao Papa Pio IX que o

abençoou e lhe disse: “Vai, meu

filho, restaurar a Ordem no seu

próprio berço”. Este era o pro-

jeto incumbido a Bento Menni.

Não vou descrever a fundação

125 anos da presença das Irmãs Hospitaleiras do Sagrado Coração de Jesus em Portugal

da nossa Congregação, fica ape-

nas a alusão à importância da

intuição e à persistência de Ma-

ria Angustias.

Maria Angustias foi a cronista

das origens da Congregação. A

pedido de Bento Menni, relata-

nos, e com que enlevo, essas

origens:

▪ O tempo, as dificuldades e in-

sistências até se desenhar no

espírito do Padre Menni a fun-

dação da Congregação como

vontade de Deus e com aquelas

duas granadinas.

▪ O êxodo hospitaleiro, a saída

de Granada para Ciempozuelos-

Madrid, após convite do Pe.

Menni sem qualquer despedida

dos familiares; a dinâmica dolo-

rosa e feliz de deixar tudo.

▪ As condições de extrema po-

breza, austeridade, abnegação e

sacrifício na aventura da funda-

ção, mas também a determina-

ção, a resiliência, o ardor/fervor,

a alegria; uma fé inabalável, uma

confiança sem limites com a cer-

teza de que a Obra que enceta-

vam era de Deus, constituindo

Bento Menni e elas simples ins-

trumentos, com os quais Ele quis

realizar “prodígios de misericór-

dia”.

▪ A comunidade fraterna com

um único ideal, expresso na pro-

digiosa ”união de corações” –

um só coração e uma só alma,

assente na vida de união com

Deus, na interajuda e compreen-

são reciproca, no perdão frater-

no e na entrega laboriosa e ale-

gre à missão hospitaleira.

▪ O acolhimento à primeira do-

ente. O respeito, a veneração, a

transcendência que expressam

no gesto de lhe beijarem os pés

e toda a solicitude que lhe pro-

porcionam, aplicando os ensina-

mentos que o Pe. Menni lhes

tinha dado.

Tanto que poderíamos dizer,

todavia termino fazendo refe-

rência à imagem que Maria An-

gustias atribui ao desenvolvi-

mento da Congregação no iní-

cio, sobretudo referindo-se ao

número de jovens que aderiam

ao projeto hospitaleiro:

“Apesar da minha simplicida-

de, imagino a nossa nascente

instituição como uma frondo-

sa árvore que, plantada junto

às correntes das águas cristali-

nas, começa a dar tantos e for-

mosos rebentos que depressa

se enche de frutos…”

(Relação Sobre as Origens da

Congregação das IHSCJ, p. 220)

Ir. Isabel Morgado

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Calendário

O que é que aconteceu no 2º

Semestre de 2019 na CPSJ?

Atividades mensais

- Preparação para o Crisma -

Colaboradores;

- Encontros de Leigos Hospita-

leiros;

- Encontros às quintas;

- Celebração dos Aniversários

da Família Hospitaleira;

maio

- Celebração do 105º aniversá-

rio da Morte de S. Bento Menni

(Padroeiro da Unidade 6);

- Dia de Nossa Senhora de Fáti-

ma (Padroeira das residências);

- Passeio a Arouca (Parceria da

CPSJ com a JFC);

- Feira de Expressões;

- Celebração da Fundação da

Congregação de N. S. Sagrado

Coração de Jesus

- Mesa redonda "Cuidadores

formais e informais – Processo

de decisão ética em situações

difíceis” (Comissão de Ética)

junho

- Peregrinação Hospitaleira;

- Arraial da Junta de Freguesia

de Carnide;

- Passeio surpresa (Parceria da

CPSJ com a JFC);

- Dia do Sagrado Coração de

Jesus (Padroeiro da Unidade 7)

- Encontro de Familiares e Ami-

gos dos utentes da Clínica Psi-

quiátrica de S. José (Parceria

CPSJ e ASAP)

julho

- Animações de Verão (Parceria

da CPSJ com a JFC);

- Dia do Sagrado Coração de

Maria (Padroeira da Unidade 4);

- Passeios anuais das unidades

(organizados pelo Serviço Social)

- Caminhadas na Luz;

- Passeios ao exterior;

- Tardes de cinema (organizadas

pela Terapia Ocupacional);

agosto

- Sessão de Partilha “Vamos co-

nhecer Maria Angústias Gimé-

nez”;

- Dia Vocacional;

- Saídas ao exterior: “ver o

mar” (organizadas pela Terapia

Ocupacional);

- Caminhadas por Telheiras.

Agora que tiveram uma peque-

na ideia das atividades dinami-

zadas vamos deixar-vos uns pe-

quenos textos e algumas foto-

grafias desses momentos para

que possam ter noção do quan-

to nos divertimos. Esperamos

que gostem desta pequena via-

gem.

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Foram assim os encontros

às quartas!

Desde novembro de 2018 que

um grupo de colaboradores se

tem encontrado “quarta-feira

sim, quarta-feira não”! Para fa-

zer o quê? Para caminharem

juntos, aprofundarem a sua rela-

ção com Deus-Trindade, com o

Pai que nos ama, com o Filho

que nos salva e com o Espírito

Santo que nos anima e para ce-

lebrarem o Sacramento do Cris-

ma.

Esta iniciativa da Pastoral da Sa-

úde, em colaboração com a Pa-

róquia de S. Lourenço (Carnide),

permitiu que seis dos nossos

colaboradores e uma pessoa

encaminhada pela paróquia, fi-

zessem este percurso que cul-

minou (ou se iniciou!) no dia 2

de junho com a celebração do

sacramento do Crisma na paró-

quia.

Cada uma das pessoas do grupo

sentiu-se e sente-se motivada a

continuar a crescer, a viver cada

vez mais em intimidade com

Deus e a integrar-se na Igreja.

Aqui ficam alguns dos testemu-

nhos vivos:

Quero agradecer do fundo do

Coração à Dra. Cláudia e ao Frei

Hermínio que nos prepararam

para esta caminhada das nossas

vidas. Uma caminhada de fé e

esperança que fez de nós pesso-

as diferentes, mais calmas, rece-

bendo no nosso coração o Espi-

rito Santo que nos acompanha

pela nossa vida: seremos pesso-

as mais felizes! Uma festa linda e

especial! Agradeço também à

minha madrinha que esteve

sempre presente e disponível, a

todas as minhas colegas e à Di-

reção da Clínica que nos propor-

cionou o horário para a nossa

preparação. Beijinhos a todos e

que Deus nos ilumine. (Maria

Antónia)

Fiz o percurso cristão normal, fui

batizada, fiz a primeira comu-

nhão e a profissão de fé, tinha

ficado por receber o Sacramento

do Crisma! Quarenta anos de-

pois de ter recebido o batismo,

senti que era importante trazer

até mim a inspiração e o poder

do Espírito Santo, tenho agora o

dever acrescido de ser testemu-

nho de fé e a responsabilidade

de divulgar a doutrina da igreja.

Desejo que o selo de Cristo fi-

que impresso no meu coração e

passe a ser a minha imagem de

marca, esta marca não tem pa-

tente, mas só um coração a

transbordar de amor, a pode

manter líder de “mercado”! Não

posso deixar de agradecer ao

grupo, à catequista que é um

sinal vivo de fé e por isso uma

inspiração para mim, e à minha

madrinha que foi abençoada

com o selo da hospitalidade há

mais de cinquenta anos! (Carla

Marques)

Ao receber do Sr. Bispo o Espíri-

to Santo, desceu sobre mim um

sentimento tão especial e dife-

rente que não consigo traduzir

por palavras. Foi uma sensação

única! (Andreia)

Este caminho que todas juntas

percorremos, foi dos mais im-

portantes e marcantes que vivi,

pelo simples facto de que me

ajudou a confirmar a minha fé

em Deus, o amor a Deus, que

me fez perceber a importância

dos valores e crenças que Ele

nos transmite em cada dia da

nossa vida. Cada um de nós irá

encontrar a explicação e o signi-

ficado para o sacramento que é

o Crisma mas para mim foi um

momento muito aguardado, es-

pecial, onde tive presente as

pessoas mais importantes na

minha vida e onde senti a verda-

deira presença de Deus e do Es-

pírito Santo em cada um de nós.

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5

Acima de tudo, sei que será o

início de uma caminhada, em

que com a ajuda de Deus con-

seguirei tornar-me uma pessoa

melhor, na relação comigo mes-

ma e com os outros. Será um

momento que jamais irei esque-

cer, assim como as pessoas que

percorreram esta caminhada

comigo e junto a mim. Obriga-

da! (Vanessa Carvalho)

A caminhada deste grupo ainda

continuará por mais algumas

quartas-feiras mas principal-

mente ao longo das suas vidas.

Que mais alguns de nós se sin-

tam estimulados a conhecer Je-

sus, a sentir o amor do Pai e a

receber a força do Espírito San-

to. Peçamos isto por intercessão

de S. Bento Menni.

Até breve em “alguma quarta-

feira”!

Grupo de preparação para o Crisma

Comemoração do dia das

Residências

Na Clínica Psiquiátrica de S. José

das Irmãs Hospitaleiras do Sa-

grado Coração de Jesus, em Te-

lheiras, existem duas Residên-

cias que passo a citar os nomes

pelas quais são conhecidas: a

Residência Galileia, dentro do

edifício da Clínica e a Despontar

ou Unidade de Vida Protegida,

cita em Carnide, junto da Ponti-

nha.

Foi com grande satisfação e ad-

miração que recebemos o se-

guinte convite: “Comemoração

do dia de Nossa Senhora de Fá-

tima, padroeira da Província de

Portugal das Irmãs Hospitaleiras

do Sagrado Coração de Jesus e

Protetora das Residências”, para

um lanche convívio, a fim de

implementar mais e melhor a

socialização, as vivências e as

experiências.

Seguido de uma eucaristia, pre-

sidida pelo Frei Hermínio, de

acordo com a festividade.

Este também abençoou os ele-

mentos que vivem nas mesmas

e todos os que trabalham para

que sejam atingidos os objetivos

destas.

Foi algo inovador, o que ocorreu

no dia treze de maio, e as uten-

tes das Residências foram parti-

cipativas, espontâneas e viam-se

sorrisos nos rostos. Afinal, já não

havia só o dia de cada unidade

de saúde mas também o dia das

Residências!

Não deverei mencionar o nome

de todos os que tornaram este

dia feliz, especial, pois certamen-

te correrei o risco de me esque-

cer de alguém, contudo não

consigo deixar de mencionar

todo o esforço das Irmãs, da

Dra. Cláudia Antunes, do Dr. Élio

Borges, das Monitoras, do pró-

prio Amigo Frei Hermínio, etc.

Sim, o “sonho” de termos tam-

bém nós um dia de festividade,

de gratidão, tornou-se realidade

nesta “casa” devota, dedicada e

humanitária.

A todos, aqui vai o nosso Muito

Obrigada, singelo mas sincero, e

até para o ano.

Deus nos abençoe a todos com

o seu imenso Amor e Perdão!

Bem-haja!

Paula Guedes

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IV Encontro Nacional das

Famílias "Financiamento

Global em Saúde Mental"

O IV Encontro Nacional, sob o

tema “Financiamento Global em

Saúde Mental”, teve lugar no

dia 24 de maio, no cine teatro

Paraíso, em Tomar, sendo orga-

nizado pela FamiliarMente

(Federação Portuguesa das As-

sociações das Famílias de Pesso-

as Com Experiência de Doença

Mental) e pela a Direção do Pro-

grama Nacional para a Saúde

Mental da Direção Geral de Saú-

de.

A sessão de abertura teve início

pelas 10h00 e contou com a

participação de Joaquina Caste-

lão, presidente da FamiliarMen-

te, Miguel Xavier, Diretor do

Programa Nacional para a Saú-

de Mental I DGS e Anabela Frei-

tas, Presidente da Câmara Muni-

cipal de Tomar.

Perto das 10h30 realizou-se a

mesa redonda em torno do te-

ma “Sobrecarga das Famílias na

Doença Mental Grave”, seguin-

do-se o primeiro painel de ora-

dores, intitulado “Modelo de

Governação e Financiamento da

Saúde Mental”. O regresso aos

trabalhos depois de almoço foi

assinalado com um momento

musical proporcionado pela Tu-

na.

Pouco depois, pelas 14h30, teve

início o segundo painel e os ora-

dores falaram sobre o tema

“Cuidados Continuados Integra-

dos de Saúde Mental”, seguindo

-se a segunda mesa redonda

dedicada à questão: ”A Saúde

Mental no Médio Tejo”.

A sessão de encerramento teve

início perto das 17h15 e os últi-

mos intervenientes do dia foram

Paula Domingos, Assessora do

Programa Nacional para a Saúde

Mental/DGS, Miguel Durães, vice

-presidente da FamiliarMente, e

Hélder Henriques, vereador da

Câmara Municipal de Tomar.

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Passeio a Arouca

No dia 24 de maio fomos a mais

um passeio organizado pela

Academia Sénior da Junta de

Freguesia de Carnide. Arouca é

uma freguesia portuguesa do

concelho de Arouca, no vale do

Rio Arda, sendo a sede do con-

celho.

Foi uma viagem longa e chegá-

mos à hora do almoço, ao hotel

São Pedro onde já tinham pre-

parado para nós o tão desejado

almoço. De seguida fomos visi-

tar o Geopark Arouca, que é re-

conhecido pelo excecional Patri-

mónio Geológico de relevância

internacional, com particular

destaque para as “pedras pari-

deiras” da Castanheira, as Trilo-

bites Gigantes de Canelas e os

Icnofósseis do Vale do Paiva. O

fenómeno das pedras parideiras

que ocorre em Arouca é tido

como único no mundo.

Depois de uma longa subida

pela serra da Freita chegámos

finalmente à Casa das Pedras

Parideiras, que tem como obje-

tivo contribuir para a conserva-

ção, compreensão e valorização

deste geossítio de relevância

internacional, apoiando as visi-

tas turísticas e educativas a este

espaço.

Também pudemos ver o fenó-

meno das pedras parideiras, fe-

nómeno de granitização único

no país e raríssimo no mundo

inteiro. Trata-se de um aflora-

mento granítico que tem incrus-

tados nódulos envolvidos por

uma capa de biotite em forma

de disco biconvexo os quais, por

efeito da erosão, se soltam da

pedra-mãe e daí a denominação

de “parideiras”.

Já pela hora do lanche, fomos à

procura dos doces tradicionais

de Arouca, a doçaria é requinta-

da e ancestral, confecionada,

inicialmente pelas freiras do

Mosteiro de Arouca, a sua conti-

nuidade foi preservada, por

transmissão familiar, até ao pre-

sente. São exemplos da doçaria

conventual de Arouca o pão de

ló, as castanhas doces, as mor-

celas doces…

Depois de um bom lanche de-

mos início à viagem de regresso,

que como se previa foi longa…

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Mesa Redonda - Cuidadores

Formais e Informais - Pro-

cessos de decisão ética em

situações difíceis

Face aos avanços da ciência e

da medicina, os profissionais de

saúde, deparam-se com dilemas

éticos no cuidado diário à pes-

soa assistida, principalmente em

doenças terminais e agudas. Se

por um lado a evolução da me-

dicina permite curar doenças e

prolongar a vida, por outro não

deixa que a morte aconteça de

forma natural. Sabe-se que o

direito à vida é inerente a condi-

ção de ser Pessoa, conduzindo

os profissionais de saúde a en-

carar a última etapa da vida co-

mo algo que não deve aconte-

cer, levantando questões muitas

vezes sem resposta, porque efe-

tivamente envolve valores, direi-

tos universais próprios de cada

sociedade com a sua cultura e

hábitos religiosos e espirituais.

Esta e outras temáticas foram

abordadas na Mesa Redonda

intitulada: "Cuidadores Formais

e Informais - Processo de deci-

são Ética em situações difíceis",

que ocorreu na Clínica Psiquiá-

trica de S. José.

Como moderadora contou-se

com a presença da Presidente

da Comissão de Ética da Clínica,

a Dra. Maria Manuela Pinho e

como oradores estiveram pre-

sentes a Dra. Rita Abril, Médica

no Hospital da Luz, a Enfermeira

Ana Sofia Wangricken Simões a

exercer no IPO de Lisboa e a

Presidente da Familiarmente

Dra. Joaquina Castelão.

Comissão de Ética

Feira de Expressões

Esta atividade decorreu no dia

30 de maio de 2019. A nossa

instituição marcou presença com

o teatro “O rapaz de bronze”, da

escritora Sophia de Mello Brey-

ner Andresen.

Tivemos o grande prazer de ob-

servar esta grande interpretação,

tão bem executada pelos vários

atores desta instituição, que nos

deram o prazer de ofertar os

seus grandes préstimos.

Foi contagiante o seu desempe-

nho, principalmente as canções

em que os ouvintes colabora-

ram. O guarda-roupa estava es-

petacular e felicito as artistas

que os elaboraram.

Parabéns a todos!

Esta feira foi representada por

diversas instituições, cada uma

mostrando da melhor maneira

as suas aptidões em várias ten-

das ali montadas. Colaborámos

também elaborando várias más-

caras num material de fácil ma-

nuseamento, por nós desconhe-

cido.

Cecília Guida Jardim Camacho da

Fonseca

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Fundação da Congregação

Celebrar 138 anos de inspiração

e realização da Missão Hospita-

leira na Igreja e para o mundo, é

acolher a sua transcendência

como Obra de Deus e agrade-

cer, ao Senhor Jesus e à Senhora

do Seu Coração, as maravilhas

que vão realizando, com a cola-

boração de todos nós, na recria-

ção do Amor de Caridade, pela

Prática da Hospitalidade.

Ancorados nessa força carismá-

tica das origens, que humilde-

mente acolhemos e queremos

irradiar, comungamos da alegria

da expansão da Congregação

para Timor e da celebração dos

125 anos de Presença Hospita-

leira em Portugal.

Neste dia as Irmãs Hospitaleiras

do Sagrado Coração de Jesus,

nos diversos contextos e latitu-

des em que se encontram, cele-

bram 138 anos de inspiração e

realização da Missão Hospitalei-

ra, na Igreja e para o mundo.

Com as Irmãs estão os destina-

tários da missão, os colaborado-

res, os voluntários e outros

membros das respetivas comu-

nidades hospitaleiras.

Concretamente, na Clínica Psi-

quiátrica de S. José realizamos,

no dia de hoje, uma Eucaristia,

momento peculiar de louvor, de

ação de graças e de anúncio dos

125 anos de presença das Irmãs

Hospitaleiras em Portugal.

Pelas 14h30, realizou-se no au-

ditório da Clinica a I Tertúlia

Hospitaleira: Hospitalidade –

uma Travessia em Três Séculos a

Recriar o Amor, sendo aborda-

dos, e colocados ao diálogo dos

participantes, os temas: os iní-

cios da fundação em Portugal;

Carisma-espiritualidade-missão;

evolução dos centros hospitalei-

ros – Casa de Saúde da Idanha e

Clínica Psiquiátrica de S. José;

irradiação para outros países:

Moçambique, Brasil e Angola.

Encerramos o programa celebra-

tivo deste dia com um momento

vivencial de expressão carismáti-

ca das origens da Congregação.

Partilhamos com a Comunidade

Hospitaleiras alguns aponta-

mentos deste dia Especial.

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I TERTÚLIA HOSPITALEIRA

Hospitalidade - Uma Tra-

vessia em Três Séculos a

Recriar o Amor

No dia 31 de maio celebrámos

na Clinica Psiquiátrica de S. José

a Festa de Nossa Senhora do

Sagrado Coração de Jesus e o

138º Aniversário da Fundação

da nossa Congregação.

Foi também o dia escolhido pa-

ra, formalmente, anunciarmos à

Comunidade Hospitaleira do

Centro e as todas as pessoas,

que participaram nalgum dos

eventos do programa, o 125º

aniversário da presença das Ir-

mãs Hospitaleiras em Portugal,

com a fundação da Casa de Sa-

úde da Idanha, que ocorreu em

1894.

Após a celebração solene da

Eucaristia, como momento pe-

culiar de louvor e de ação de

graças, e de um almoço convívio

com todos, ocorreu no auditório

da Clínica, com início às 14h30,

a I Tertúlia Hospitaleira, tendo

como tema de fundo “A Presen-

ça das Irmãs Hospitaleiras em

Portugal e Expansão da sua

Obra”.

Para facultar uma informação de

base e provocar o diálogo, fo-

ram convidadas quatro pessoas,

que intervieram pela seguinte

ordem: Irmã Isabel Morgado,

Padre Hermínio Araújo, Dr. Pe-

dro Varandas e Irmã Sílvia Maria

Moreira.

A Irmã Isabel Morgado falou

sobre os inícios da implantação

da Congregação em Portugal: as

três primeiras hospitaleiras, Tri-

nidad Franqueza, Maria da Luz

Martins e Maria do Carmo Gil

Manso, enviadas por Bento

Menni; o trabalho de preparação

já aberto pelo Padre Menni com

o apoio do Irmão Bernardo da

OH e pela benfeitora D. Mariana

Ferreira Silva.

O Padre Hermínio Araújo, fran-

ciscano e capelão da Clinica,

abordou a questão Carisma-

espiritualidade-missão, elucidou

-nos sobre o sentido teológico e

eclesial do conceito e referiu-se

à especificidade dos carismas e

da sua importância na missão da

Igreja.

O Dr. Pedro Varandas, diretor

clínico da CPSJ e da CSI, falou da

evolução dos dois centros e suas

especificidades. Acentuou como

o lema dinamizador do Padre

Menni “caridade e ciência” se

conjugam na atuação quotidia-

na, e como a Hospitalidade con-

grega e dinamiza a todos num

projeto comum.

A Irmã Sílvia Moreira, Superi-

ora provincial falou da expansão

da Província de Portugal, subli-

nhando o desenvolvimento da

missão hospitaleira no Conti-

nente e Regiões autónomas da

Madeira e Açores e outras para-

gens mais longínquas, como

África, em Moçambique, Angola

e Brasil. Aludiu ainda à colabora-

ção com outras províncias como

Espanha, Inglaterra e França.

Após este giro de intervenções a

Dra. Cláudia, assistente espiritual

na Clínica e dinamizadora da

tertúlia, devolveu a palavra aos

participantes, tendo surgido

questões interessantes, sobretu-

do por parte dos utentes, refe-

rentes à Clinica e expressão de

vários acentos de admiração so-

bre a evolução da Província de

Portugal, confiada à proteção de

Nossa Senhora de Fátima.

A tertúlia encerrou com a atua-

ção de um grupo de elementos

da Comunidade Hospitaleira que

representou pela música, o ges-

to e a palavra, um momento vi-

vencial de expressão carismática

das origens da Congregação,

dinamizado pelo serviço de tera-

pia ocupacional do Centro.

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Dia da Peregrinação Hospi-

taleira a Fátima

Todos os anos se aguarda com

gosto e expetativa o dia da Pe-

regrinação Hospitaleira a Fátima

e meses antes já alguns pergun-

tam. “Quando vai ser?! Eu gos-

tava muito de ir!” Este ano não

foi exceção! E assim foi no dia 6

de junho sob o lema “125 Anos:

Um Amor que recria»”, dia em

que muitos peregrinos oriundos

de todas as casas hospitaleiras,

se reuniram junto aos pés da

Mãe, Nossa Senhora de Fátima.

A Peregrinação Hospitaleira a

Fátima este ano teve um motivo

adicional para celebrar: agrade-

cer a Deus, junto a Maria, a pre-

sença das irmãs em Portugal ao

longo de 125 anos, recordando

todos os que beneficiaram e

beneficiam da sua presença en-

tre nós. Para assinalar de forma

especial esta data, e adicional-

mente à celebração da eucaris-

tia e da tarde cultural, a Provín-

cia organizou um momento de

concentração de todos os pere-

grinos no recinto do Santuário

junto à Cruz Alta, que de segui-

da caminharam juntos até à pre-

sença de Nossa Senhora na Ca-

pelinha das Aparições. Aí, reza-

mos juntos e podemos expressar

o nosso agradecimento a Deus.

Foi um momento profundo e de

comunhão entre todos os que

participamos nesta grandiosa

Obra de Deus.

Da nossa casa fomos 55 peregri-

nos, entre utentes, colaborado-

res, voluntários e irmãs. Pode-

mos participar ativamente em

todos os momentos celebrati-

vos. A Eucaristia na Capela da

Morte do Senhor foi presidida

por D. Jorge Ortiga. Em determi-

nado momento houve uma di-

nâmica com a participação de

pessoas de cada um dos nossos

Centros, com as quais se cons-

truiu uma árvore: todos temos

as mesmas raízes e é desta fonte

que bebemos e vivemos o dia-a-

dia em cada um dos Centros. A

tarde cultural no Salão do Bom

Pastor do Centro Paulo VI foi um

tempo de festa em que cada ca-

sa deu cor ao mote «Um Amor

que recria». No nosso caso foi

“«Um Amor que recria - os Afe-

tos”. A Terapia Ocupacional em-

penhou-se na conceção e mon-

tagem deste momento. Foi uma

preparação exigente mas com

resultados muito bons, segundo

os ecos de alguns peregrinos.

Este ano, envolveu várias pesso-

as da Comunidade Hospitaleira:

utentes, irmãs, colaboradores,

voluntários e familiares. Levou-

nos a recordar a história hospi-

taleira em Portugal desde a che-

gada das primeiras irmãs até aos

dias de hoje. A peça terminou de

forma muito animada com um

grande colorido de chapéus-de-

sol, várias pessoas a participa-

rem neste colorido e a cantar o

cântico: “Vives sempre no Se-

nhor, forte e incansável semea-

dor, graças pela tua fidelidade,

querido fundador”

No regresso ainda houve tempo

para lanche, foto de grupo e

descanso na camioneta, apesar

da chuva que muitos ainda apa-

nharam!

Agradecemos ao Instituto e à

nossa Casa esta oportunidade

de viver um dia em grande junto

da nossa Mãe!

Cláudia Antunes

(Pastoral da Saúde)

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Convívio alusivo aos Santos

Populares

A direção da Junta de Freguesia

de Carnide com a presença do

Sr. Presidente Fábio Sousa e o

altruísmo de muitos voluntários

trabalharam para cerca de 500

pessoas, promovendo um alegre

e confraternizante Arraial de

Santo António.

O evento ocorreu no dia 07 de

junho e, diga-se de passagem,

as sardinhas e os carapaus esta-

vam “no ponto”, sem falar na

quantidade e na sobremesa de

fruta. A música ao vivo, popular,

fazia o corpo abanar e os sumos

e a sangria a escorregar o de-

gusto.

Por fim, os vários voluntários e o

Sr. Presidente ofereceram os

anuais Pirilampos Mágicos, cujo

provento reverterá para a Cerci.

Carnide, na direção da Junta de

Freguesia, sempre em parceria

com as associações da área

abrangente, foi mais uma vez

incentivadora, criadora de mo-

mentos de interação, sentimen-

tos de felicidade e dignidade

como seres humanos, partici-

pantes numa sociedade chama-

da “Mundo”.

Esperemos que os nossos bilhe-

tes já estejam reservados para

2020.

Paula Guedes

Passeio surpresa

No dia 21 de Junho, saímos da

Clínica por volta das 7h30 em

direção à Junta de Freguesia de

Carnide, para o almoço surpresa.

Saímos de Lisboa e fomos pela

Ponte 25 de Abril até Setúbal,

onde fomos ver o Mercado.

Vimos as bancadas de coisas

para vender, como peixe, legu-

mes, manjericos e flores. Tam-

bém vimos o talho.

Depois de irmos ao Mercado,

fomos para o jardim do centro

histórico de Setúbal, onde co-

memos o lanche da manhã!

Nesta praça estavam muitos

pombos, que queriam comer as

nossas migalhas todas!

De seguida, continuámos o nos-

so passeio e fomos ver os Moi-

nhos da Maré, junto ao Estuário

do Sado. Vimos estátuas de gol-

finhos e de cegonhas e também

vimos barcos antigos, que os

pescadores usavam para pescar.

Dentro do moinho vimos uma

exposição de várias espécies de

aves, e um poço de onde se tira-

va água. Tirámos muitas fotos

para recordar o passeio. No ca-

minho, em direção ao sítio do

almoço, vimos animais, como

vacas e ovelhas. O almoço-

surpresa foi na Quinta do Acor-

deão. A comida foi muito boa, e

tivemos muitos pratos à escolha.

No final do almoço, tivemos

uma festa com muita música.

Dançámos muito!

Gostámos muito de tudo! Voltá-

mos cansadas, mas muito satis-

feitas! Muito obrigada e até pa-

ra o ano!

Gostei muito de ver as vaqui-

nhas e as ovelhas. O restaurante

parecia de casamentos e a co-

mida era muito boa. Quero re-

petir! (E. F.)

Gostei de ver tudo, ovelhas e

vaquinhas. Dancei muito, a co-

mida estava muito boa. O res-

taurante era muito bonito e o

baile estava animado, com mui-

ta alegria. Para o ano, se puder,

quero ir outra vez! (J. O.)

Gostei muito de tudo! Gostei do

jardim, parecia um paraíso, um

jardim perfeito. Na Quinta do

Acordeão dancei muito, todas

as músicas. Estavam uns senho-

res a dançar, que diziam como

eram as danças, e eu fui dançar

com eles. Quero lá voltar muitas

vezes, porque para mim foi uma

alegria! (L. G.)

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Animações de verão

Acordámos às 6h30 para estar

na portaria às 7h30. Bebemos

um café e fomos a pé até à Jun-

ta de Freguesia de Carnide para

apanhar o autocarro que nos

levou até às piscinas de Santa-

rém. Nas piscinas tomámos ba-

nho, almoçámos, bebemos café

e comemos um gelado na espla-

nada. A meio da tarde regressá-

mos a Lisboa e o autocarro pa-

rou junto ao Continente para

ficarmos mais perto da Clínica.

Nos dias seguintes fomos às

praias da Saúde, do Paraíso, da

Figueirinha, de Sesimbra e à

praia fluvial dos Olhos d’Água,

esta última uma praia pequena

com muitas pedras. Tal como no

primeiro dia, almoçámos e be-

bemos café. Nas praias tomá-

mos banho, a água estava boa.

No último dia das Animações

fomos à Lourinhã almoçar a um

restaurante chamado “O teimo-

so”. O almoço estava ótimo, com

muita variedade de comida. O

bacalhau estava muito bom,

com as entradas que tinham lei-

tão. Depois dançámos e antes

de regressarmos comemos cal-

do verde, chá e sonhos. De se-

guida regressámos a Carnide e

saímos novamente junto ao

Continente. Foram umas férias

muito boas e divertidas.

Rosário Miguel, U.5

Dia do Sagrado Coração de

Jesus

O dia especialmente consagra-

do ao Sagrado Coração de Jesus

é sempre vivido com muita ale-

gria e intensidade nas casas das

Irmãs Hospitaleiras do Sagrado

Coração de Jesus. «É um dia que

está no nosso nome», dizia-me,

logo pela manhã, com um sorri-

so, a Irmã Isabel Morgado, Su-

periora da Comunidade residen-

te na Clínica Psiquiátrica de S.

José.

Naturalmente, o momento mais

solene e importante foi o que se

viveu na Eucaristia. Sendo, tam-

bém, dia de festa para a Unida-

de 7, as suas Utentes estiveram

presentes e participaram ativa-

mente, sob a orientação da Dra.

Cláudia Antunes. Para a cerimó-

nia ser mais bonita, houve cânti-

cos bem escolhidos, cantados e

acompanhados por vários ins-

trumentos, tocados por Irmãs e

Utentes.

No tempo destinado à homilia,

as palavras inspiradoras do nos-

so Capelão, Frei Hermínio Araú-

jo OFM, encheram o nosso cora-

ção de paz, esperança e confi-

ança em Deus. Baseando-se nos

belíssimos textos bíblicos lidos

nesse dia, o Frei Hermínio falou-

nos do «Pastor que cuida com

Amor» de cada um de nós e

lembrou-nos as sábias palavras

de São João Paulo II, que nos

ensinou que o Amor

(verdadeiro) é o que nasce no

coração, é desinteressado e tor-

na-se visível nas ações

(pequenas e grandes) do quoti-

diano.

Tudo isto nos remeteu, logica-

mente, para a vocação das Irmãs

Hospitaleiras, cuja atividade

principal, a exemplo do Bom Sa-

maritano, consiste, precisamen-

te, em cuidar, com (e por) amor

dos que sofrem.

Para terminar a Eucaristia, o Frei

Hermínio convidou-nos a ler, em

voz alta, a pagela que nos tinha

sido distribuída, na qual se en-

contrava a Oração jubilar dos

125 anos das Irmãs Hospitaleiras

em Portugal. Na mesma pagela,

uma curta mas profunda frase

de S. Bento Menni evoca o Cora-

ção Misericordioso de Jesus:

«Este amor não conhece limi-

tes.»

Maria Teresa Maia Gonzalez

(Voluntária)

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XXVI Encontro das Famí-

lias e Amigos dos Utentes

da Clínica Psiquiátrica de

S. José

No passado dia 29 de junho

de 2019, aconteceu o XXVI

encontro de famílias e amigos

dos utentes, este evento é

organizado pela ASAP

(Associação de Familiares e

Amigos dos doentes da Clíni-

ca), com a colaboração da

Clínica de S. José, contamos

sempre com o apoio de to-

dos os que são importantes

para os utentes, com muita

ansiedade e expectativa

aguardam os seus familiares e

amigos para uma tarde de

confraternização na alegria e

na partilha daquilo que temos

e somos. Estes acontecimen-

tos são marcantes para a vida

dos utentes e para o seu pro-

cesso reabilitador.

Partilhamos alguns momen-

tos da Festa da Família que

contou com um grande pro-

grama.

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Coração Imaculado de Ma-

ria, intercede por nós!

A memória litúrgica do Imacula-

do Coração de Maria é come-

morada no sábado seguinte à

solenidade do Sagrado Coração

de Jesus, celebrada na segunda

sexta-feira depois da solenidade

do Corpo de Cristo. No entanto,

a devoção ao Imaculado Cora-

ção de Maria remonta aos iní-

cios da Igreja, pois tem as suas

raízes mais profundas nas Sa-

gradas Escrituras. Nelas, encon-

tramos referências ao Imaculado

Coração no Evangelho segundo

São Lucas, o “pintor” da Santís-

sima Virgem: “Maria conservava

todas estas palavras, meditando

-as no seu coração” (Lc 2,19).

“Em seguida, desceu com eles a

Nazaré e lhes era submisso. Sua

mãe guardava todas estas coisas

no seu coração” (Lc 2,51).

https://

formacao.cancaonova.com/

nossa-senhora/devocao-nossa-

senhora/conheca-origem-da-

devocao-ao-imaculado-coracao

-de-maria/ (adaptado)

Também S. Bento Menni recor-

ria em oração ao Coração de

Maria. Das suas cartas podemos

verificar que indicação do Cora-

ção de Maria acompanha quase

sempre as referências ao Cora-

ção de Jesus: “Se te oferece oca-

sião de prestar algum serviço,

mesmo que te custe, faz tudo

por amor do Coração Divino de

Jesus e do Imaculado Coração

de Maria Santíssima” (carta nº

740).

Este ano a comemoração do Sa-

grado Coração de Maria realizou

-se dia 3 julho 2019.

A Unidade 4 (Unidade do Sagra-

do Coração de Maria), foi o local

onde a comemoração foi realiza-

da.

À semelhança dos anos anterio-

res, foi celebrada uma missa, na

unidade, que teve a participação

das pessoas assistidas, seus fa-

miliares/amigos, colaboradores,

Irmãs e voluntários. Missa cele-

brada pelo nosso capelão, Frei

Hermínio, tendo como tema

central o Coração de Maria.

Durante a missa as pessoas as-

sistidas tiveram a oportunidade

de receber a Santa Unção. É um

momento de partilha, uma

oportunidade de familiares, co-

laboradores, voluntários e irmãs

poderem todos juntos louvar e

agradecer a Maria pelas Graças

recebidas.

Relembradas, durante esta cele-

bração, (no momento de ação

de Graças), todas as pessoas que

de alguma forma se relacionam

com a Unidade, pessoas assisti-

das, seus familiares/amigos, co-

laboradores, Irmãs e voluntários,

irmãos defuntos (em especial os

que no último ano faleceram na

unidade) as pessoas idosas

abandonadas, os governantes

das nações e o Santo Padre pe-

dindo: “Coração Imaculado de

Maria, intercede por nós”.

Evocado o Coração de Maria no

amor ao próximo, na docilidade,

no alívio do sofrimento, no refú-

gio e que toda a Comunidade

Hospitaleira viva na alegria e

compromisso com o Mistério

Pascal de Cristo e com a docili-

dade semelhante à de Maria de

Nazaré.

Ainda a título de agradecimento

sobre as graças recebidas duran-

te este ano, partilhámos com

todos, um vídeo com fotografias

sobre o mais importante da nos-

sa atuação: A Pessoa Assistida,

aquela a quem prestamos cuida-

dos e a quem acima de tudo

procuramos que viva momentos

de alegria, bem-estar, momen-

tos de contacto com o mundo

exterior, com a natureza, pro-

porcionados momentos de laser,

de estimulação e de felicidade.

A festa continuou com um lan-

che farto e alegre, que contou

com a partilha da Clínica, de al-

guns colaboradores e familiares.

Foi um dia de festa, vivido em

alegria e profundidade.

Agradecemos, de coração, a pre-

sença de todos!

Sandra Rodrigues e Fátima Gar-

rido

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Passeios anuais

das Unidades

Todos os anos, e de acordo com

as preferências e escolhas das

utentes das unidades assistenci-

ais, o Serviço Social da Clínica

Psiquiátrica de S. José, organiza

o passeio anual de cada unida-

de, com o objetivo principal de

conceder, às utentes mais autó-

nomas e que mostram vontade

de participar, uma saída da Clí-

nica, num dia onde são propor-

cionadas novas experiências e

num local à escolha.

Este ano a Unidade 4

(Psicogeriatria) e a Unidade 6

(Deficiência Intelectual Profun-

da) visitaram o Oceanário. Co-

mo a especificidade das unida-

des é diferente, o dia também

foi preparado de forma diferen-

te.

Da unidade 6, foram um grupo

de 11 utentes, 3 auxiliares e uma

enfermeira que foram visitar o

Oceanário e regressaram à Clíni-

ca para o almoço, que nesse dia

foi especial uma vez que se ca-

prichou na sobremesa (petit ga-

teux com bola de gelado) e o

lanche foram bolas de Berlim.

Quanto à unidade 4, 11 utentes

(7 das quais em cadeira de ro-

das), 2 auxiliares, uma enfermei-

ra e estagiárias de enfermagem,

saíram da Clínica, em táxis de

mobilidade reduzida, em direção

ao Oceanário de Lisboa onde

efetuaram a visita à exposição

permanente e à exposição tem-

porária.

Seguidamente efetuaram um

pequeno passeio pelo Parque

das Nações, com vista privilegia-

da para o Tejo e seguiram para

o almoço no Mac Donald (a pe-

dido de algumas utentes que

desejavam comer hambúrguer)

onde passaram um bom mo-

mento de convívio.

O regresso à Clínica efetuou-se

por volta das 16 horas. Foi um

excelente dia para todos e uma

gratificação; regressamos todos

de coração cheio!

Opinião das utentes:

“ O passeio foi bom, gostei mui-

to. Acho que só lá tinha ido uma

vez e foi ótimo lá voltar. Eu não

queria ir por não conseguir an-

dar, mas ainda bem que me

convenceram. Valeu a pena!”

Manuela Ferreira

“Gostei muito, correu bem. Ado-

rei ver os peixes grandes. Revivi

passeios dados anteriormente o

que me trouxe alguma paz. Os

peixes e a água dão Paz!” Julieta

Ferreira

A unidade 7 (deficiência intelec-

tual) teve o privilégio de ir visitar

o Jardim zoológico, as utentes

ficaram extasiadas com o espe-

táculo dos golfinhos, adoraram

as músicas as habilidades e a

interação com estes mamíferos.

Além da visita a todos os outros

animais, outro dos momentos

altos foi a visita de comboio pe-

lo jardim zoológico, onde pude-

ram admirar animais de grande

porte como os elefantes, búfa-

los, leões, macacos e zebras.

Uma vez mais foi vontade ex-

pressa pela maioria das utentes

de almoçar no macdonals para

se deliciarem com um

hambúrguer. A tarde não podia

ter acabado melhor com um ge-

lado à hora do lanche.

“Gostamos de tudo, obrigado

por tudo o que vimos. Adora-

mos ver os golfinhos a saltar e a

fazer piruetas e um deles ainda

saiu da água e disse adeus com

a barbatana” Flávia

A Unidade 5 (Psiquiatria) visitou

a cidade de Coimbra. Eis as opi-

niões das utentes:

“O nosso passeio foi à bela cida-

de de Coimbra, onde fomos visi-

tar o maravilhoso Portugal dos

Pequeninos. Todas o adoramos

e principalmente ficamos encan-

tadas com a igreja que lá existe.

Fomos almoçar a um restaurante

que fica situado mesmo em

frente, onde nos serviram Bito-

que com ovo estrelado que

tínhamos tantas saudades.

Grupo da unidade 5

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17

Depois do almoço, debaixo

de uma grande sombra,

repousamos, convivemos e

desfrutamos da música que

lá se ouvia. Foi muito agra-

dável estar à beira rio e ver

as crianças a brincar e a fa-

zer outras atividades. Não

esquecendo o geladinho

antes da hora do regresso.

Grupo da unidade 4

Grupo da unidade 6

Grupo

da

unidade

7

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Acontece brevemente…

Dia 25 e 26 de setembro

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E ainda, a não perder…

Dia 27 de setembro

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