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EDITORIAL Revista Online quadrimestral da Sociedade Brasileira de Eubiose - Ano I – Nº 2 – junho a setembro de 2012 A Sociedade Brasileira de Eubiose – SBE - é uma Instituição Iniciática. Quer dizer que sua filosofia e sua prática conduz os seus participantes a um processo de transformação interna, de superação das adversidades naturais, culturais e cármicas, até sua completa integração com o Sagrado, com o que denominamos de Pramantha, o projeto divino de evolução humana. Esse caminho possui muitas voltas, atalhos, avanços e retrocessos, demandando, na maioria das vezes, um grande número de reencarnações. As experiências adquiridas passam, então, a ser um fermentador da evolução, que possibilita ao discípulo enfrentar as novas situações, propostas a ele a longo da vida. Mas a evolução não é sucessiva, linear ou mesmo cumulativa. O que é importante e imprescindível numa determinada fase, torna-se superado em outra. Evoluir é, também, passar por uma longa trajetória de “mayas” – verdades aparentes, mas necessárias – para que se atinja novos patamares. O ser humano, na fase inicial de sua existência de lactente, nem se percebe como um ente separado da mãe. Os seus corpos formam para ele uma única coisa, numa simbiose perfeita. Mas o preço inicial, que paga para descobrir o mundo e a si mesmo, é o da separação. Assim, o processo de evolução é, também, uma sequência de identificações, que vão sendo abandonadas em favor de novas mais maduras, completas e sábias. Ocorre na infância, quando é rompido o primeiro círculo parental, e, assim, sucessivamente, até o mais doloroso dos rompimentos, que antecede à iluminação, quando o discípulo tem que se separar de todas as “mayas” que o ligavam ao mundo do ilusório. Nesse momento glorioso da evolução, as três perguntas célebres dos colégios iniciáticos da antiguidade e mesmo da atualidade – Quem sou? De onde vim? Para onde vou? Já estão inteiramente respondidas. E, também, já se consideram como dados e incorporados à existência do “mais além de discípulo”, ou melhor, “quase Adepto”, os grandes valores do humanismo e das religiões, tais como a humildade, o perdão, a misericórdia, a compaixão, a fraternidade, a paz, como fruto da justiça, o amor aos adversários e inimigos, a convivência fraterna com a natureza, também, chamado de ecocentrismo. Nesse estágio, a pergunta crucial: que quero? Ou melhor, que fazer? A resposta é única: a opção singular de cada um em incorporar-se ao trabalho consciente do Pramantha. “Peregrino” Helena Jefferson de Souza

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EDITORIAL

Revista Online quadrimestral da Sociedade Brasileira de Eubiose - Ano I – Nº 2 – junho a setembro de 2012

A Sociedade Brasileira de Eubiose – SBE - é uma Instituição Iniciática. Quer dizer que sua filosofia e sua prática conduz os seus participantes a um processo de transformação interna, de superação das adversidades naturais, culturais e cármicas, até sua completa integração com o Sagrado, com o que denominamos de Pramantha, o projeto divino de evolução humana.

Esse caminho possui muitas voltas, atalhos, avanços e retrocessos, demandando, na maioria das vezes, um grande número de reencarnações. As experiências adquiridas passam, então, a ser um fermentador da evolução, que possibilita ao discípulo enfrentar as novas situações, propostas a ele a longo da vida.

Mas a evolução não é sucessiva, linear ou mesmo cumulativa. O que é importante e imprescindível numa determinada fase, torna-se superado em outra. Evoluir é, também, passar por uma longa trajetória de “mayas” – verdades aparentes, mas necessárias – para que se atinja novos patamares.

O ser humano, na fase inicial de sua existência de lactente, nem se percebe como um ente separado da mãe. Os seus corpos formam para ele uma única coisa, numa simbiose perfeita. Mas o preço inicial, que paga para descobrir o mundo e a si mesmo, é o da separação.

Assim, o processo de evolução é, também, uma sequência de identificações, que vão sendo abandonadas em favor de novas mais maduras, completas e sábias. Ocorre na infância, quando é rompido o primeiro círculo parental, e, assim, sucessivamente, até o mais doloroso dos rompimentos, que antecede à iluminação, quando o discípulo tem que se separar de todas as “mayas” que o ligavam ao mundo do ilusório.

Nesse momento glorioso da evolução,

as três perguntas célebres dos colégios iniciáticos da antiguidade e mesmo da atualidade – Quem sou? De onde vim? Para onde vou? Já estão inteiramente respondidas. E, também, já se consideram como dados e incorporados à existência do “mais além de discípulo”, ou melhor, “quase Adepto”, os grandes valores do humanismo e das religiões, tais como a humildade, o perdão, a misericórdia, a compaixão, a fraternidade, a paz, como fruto da justiça, o amor aos adversários e inimigos, a convivência fraterna com a natureza, também, chamado de ecocentrismo.

Nesse estágio, a pergunta crucial: que quero? Ou melhor, que fazer?

A resposta é única: a opção singular de cada um em incorporar-se ao trabalho consciente do Pramantha.

“Peregrino”Helena Jefferson de Souza

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SUMÁRIO

3UM ESTUDO MISTERIOSO

SOBRE VAYÚHenrique José de Souza

A alimentação deve estar emharmonia com as diferentes estaçõese constituições: Mentais e Físicas. Oalimento para uma época ou pessoa,

não é para outra pessoa e tempo.

6OS CHACRAS E O SISTEMA

ENDÓCRINOMarcelo Rodrigues Bacci

“Eubiose é a ciência do bem-viver, da relação do homem com a sua parcela espiritual e material.

Desta forma, auxilia , dentre outras coisas , a compreensão humana a respeito da constituição de

seus corpos, desde o mais denso até o mais sutil.”

09A LIDERANÇA NO TERCEIRO

MILÊNIOSílvio Piantino

”A liderança é uma poderosa combinação de estratégia e caráter. Mas se tiver de passar sem

um, que seja estratégia.”

20TRABALHO DE ARAUTO

um depoimentoFrancisco Feitosa

Tivemos a oportunidade de citar, em matéria publicada no Informativo Hermés Eletrônico,

que nosso primeiro contato com a Eubiose se deu em 1995, quando fomos assistir a uma palestra

na Maçonaria, intitulada “A Influência da Maçonaria na Independência do Brasil”. O que

me causou espécie, na época, foi que o palestrante não era Maçom! Conversando com o mesmo,

descobrimos que pertencia às fileiras da Eubiose.

11A MULHER NO TERCEIRO

MILÊNIOIramar Rodrigues

As questões relacionadas ao feminino, à mulher, de muito ultrapassam as noções de gênero, de sexo.

Todos os mitos de criação do mundo, de criação da humanidade, apontam, de uma maneira mais

velada ou não, o sentido universal do feminino como polaridade em todos os níveis em que se

expressa o sagrado.

16ESCRAVOS DO TEMPO E DO

ESPAÇOEliseu Mocitaíba da CostaPerde-se, nas noites dos tempos genesíacos, a presença efetiva do ser humano, primeira

manifestação de consciência na face da Terra, e das forças ocultas do universo, que atuam

impulsionando a evolução e interagindo com e pela forma humana, como força ainda inconsciente,

dentro das limitações do espaço, sustentada pela necessidade de conhecer e sobreviver.

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Vayú sustém os constituintes do corpo: sangue, músculos, gordura etc. e corre através do corpo.

É de forma quíntupla. É a causa determinante dos movimentos de diferentes classes. Afasta a mente do não desejável e concentra-se sobre o desejável. Concorre para que os DEZ SENTIDOS de conhecimento e de ação cumpram suas funções próprias. Leva à mente os objetos que entraram em contato com os sentidos. Mantém unidos os elementos do corpo e é a força coerente de suas partículas. É a causa da VOZ. É primária do TATO e do SOM ( audição) e a raiz do OLFATO. É a origem da ALEGRIA ou contentamento. Excita o calor. Arrasta todos os humores e impurezas. Penetra através de todos os condutos do corpo: grossos e finos. Dá forma ao embrião na matriz. Dá evidência à existência da vida. O Vayú não excitado, realiza todas essas funções. Quando excitado no corpo, aflige-o com diversas moléstias. Destrói a força, a complexão, a felicidade e os períodos da vida. Agita a mente. Destrói todos os sentidos.

Os humores do sistema (VAYÚ, BILE e FLEUMA) tem três classes de coisas:

1a - podem ser atenuados, normais ou excitados;

2a - correr para cima, para baixo ou diagonalmente;

3a - viajar pelo estômago e condutos referentes, ou pelas partes vitais e articulações.

Se se encontram normais, não existe enfermidade; porém, se anormais, manifesta-se a enfermidade. Geralmente, é o ALIMENTO USADO EM EXCESSO, que gera a doença. “Quem muito come, diz o velho provérbio, pouco vive.”

A alimentação deve estar em harmonia com as diferentes estações e constituições: Mentais e Físicas. O alimento para uma época ou pessoa, não é para outra pessoa e tempo.

UM ESTUDO MISTERIOSO SOBRE VAYÚ

Um linfático necessita de carne; o mesmo não acontece com um sanguíneo. No verão, abusar da carne é suicidar-se lentamente. No inverno ela aumenta as calorias. O regime frugal é o melhor, isto é, comer pouco, mas coisa que de fato alimente o organismo.

Para crianças, logo acabado o período da amamentação, o regime frugívoro, que é o puramente humano. O próprio animal, que é a “degenerescência do homem no final da 3a Raça-Mãe: O SÍMIO - só se alimenta de frutas. O mesmo não pode mais fazer a criança que já

passou de 7 anos alimentando-se de carne, a menos que o faça vagarosamente, passando de um regime para outro paulatinamente. Um linfático, este não mais pode alimentar-se pelo regime vegetariano, quanto mais, o frugívoro! O sanguíneo, pode fazê-lo imediatamente, pois só terá a lucrar com isso, principalmente se for um hipertenso.

Quando o fleuma muda de condição normal, converte-se nas impurezas que se evacuam pelo sistema: feridas etc. Quando se altera a condição normal, converte-se em várias fontes de doenças. Todos os atos e funções são devidos a Vayú, que foi chamado à vida das criaturas. Através do mesmo, todas as enfermidades tem sua origem e as criaturas se destroem ou aniquilam.

A digestão produz-se pelo calor da bílis; quando esta se excita, produz toda classe de desordem.

Um organismo fraco ou anemiado começa desde logo a dar indícios pela frialdade dos pés e das mãos (as extremidades do corpo). O corpo é como uma caldeira. Sem calor não funciona. No entanto - pés quentes... cabeça fria... - Daí a exigência: DORMIR COM A CABEÇA PARA O NORTE, que é a região fria ou polar. E os pés (já se vê) para o Sul, como região quente (embora fria por ser polar). O primeiro alimenta o segundo. Vayú corre no corpo para que este se mantenha vivo ou aquecido. É comum dizer-se: o Fogo está VIVO; brasas vivas ou acesas etc.

Vemos, portanto, que dos três, a causa primária é o

Por HENRIQUE JOSÉ DE SOUZA(Fundador da atual Sociedade Brasileira de Eubiose)

A alimentação deve estar em harmonia com as diferentes estações e constituições: Mentais e Físicas. O alimento para uma época ou pessoa,

não é para outra pessoa e tempo.

Um linfático necessita de carne; o mesmo não acontece com um sanguíneo. No verão, abusar da

carne é suicidar-se lentamente. No inverno ela aumenta as calorias.

O regime frugal é o melhor, isto é, comer pouco, mas coisa que de fato

alimente o organismo.

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humor chamado VAYÚ. Como tornar à normalidade o estado anormal desses 3 humores? Administrando alimentos e medicamentos de condições opostas à causa que produziu tais anormalidades, ou antes, anomalias! Vayú, que pode ser seco, frio, ligeiro, sutil, instável, claro e azedo, se normaliza por meio de coisas que possuam qualidades contrárias. A bílis, que pode ser quente, fria, fina, ácida, líquida e AMARGA, normaliza-se por meio de coisas contrárias. Peso, frieza, ligeireza, aquosidade, estabilidade, debilidade e doçura, qualidades de FLEUMA, normalizam-se com substâncias contrárias. O doce, o acre e o salgado reprimem a Vayú. O adstringente, o doce e o amargo, à FLEUMA. Sendo as enfermidades geradas por esses três elementos, individualmente ou em combinação, prescrevem de medicinas e dietas apropriadas para criar atributos contrários à anormalidade gerada.

Existe outro processo de cura. Cada enfermidade possui seu DEVATA próprio... ou inteligência. Daí, o que se tem como charlatanismo: rezar a erisipela, por exemplo; do mesmo modo, o cobreiro e assim por diante. Não é propriamente o valor da prece... mas, o magnetismo do operador e a fé ou confiança do paciente (sugestão, diriam outros).

No Tibete e na Mongólia, tal tratamento é feito por meio de “mantrans” ou “dharanis” apropriados a cada moléstia, senão, vibrações desarmônicas com tais Devatas; por isso mesmo, obrigando-lhes... a deixar o lugar e muitas vezes, a irem morrendo aos poucos, por falta de “vitalidade”, tal como acontece em os sertões brasileiros, com a “reza das bicheiras do gado” etc...

Segundo o Induísmo, não há vida sem forma, nem forma sem vida; não há espírito sem matéria, nem matéria sem espírito. Cada humor, portanto, tem seu próprio Devata... e para curá-lo, ou melhor, seus desarranjos... basta que se lhes cure por sistemas terapêuticos fundados sobre atos relativos às deidades e à razão. Esta era a Medicina do grande PARACELSO!

Quando o elemento OJAS (FORÇA) atenua, o paciente apresenta febres inexplicáveis, debilidade, tendência a pensamentos de ansiedade e desânimo. Sente grande secura e a languidez que experimenta é tal, que o menor exercício lhes causa fadiga.

Reside no coração certa quantidade de sangue puro,

ligeiramente amarelado. Tal sangue no corpo se chama OJAS. Sua atenuação ou perda pode chegar a produzir a morte.

O que se chama OJAS aparece a princípio nos corpos das crianças, dotado de cor de manteiga clarificada. Seu gosto é parecido ao mel. Seu cheiro, ao de arroz fermentado. Assim como o mel é feito pelas abelhas, extraindo-o de diversas espécies de flores e frutos, assim o OJAS dos homens, é reunido por VAYÚ, BILE e FLEUMA dos vários elementos referidos.

Com o coração, se relacionam dez grandes CONDUTOS, que produzem poderosos resultados. MAHAT e ARTHA dizem ser sinônimos de coração para o SÁBIO. O corpo, com seus seis membros, a inteligência, sentidos, cinco objetos dos sentidos, a alma com seus atributos, a mente e

os pensamentos, tudo se acha estabelecido no coração. Sendo o coração o escrínio desses objetos aí existentes, logo é ele considerado pelas pessoas que especulam a respeito do sentido das coisas, como o ápice do organismo humano.

O coração é a sede do OJAS mais perfeito, como é a Sede do Supremo Brahmâ. Por tais razões o coração é chamado de MAHAT e ARTHA. Sendo o coração a raiz dos dez grandes condutos ou canais, estes são considerados como as DEZ GRANDES RAIZES. Elas tomam o OJAS e o fazem correr por todo o corpo. Todas as pessoas vivificadas pôr OJAS são ativas. Sem ele a vida se extingue.

Pelo que se vê, OJAS é um fluido tal como o sangue. A questão está em discernir se se trata de um fluido físico ou etérico. Eu me inclino pelo último - abusando do termo e da forma dual das coisas - como o Espírito do sangue. Si se tratasse de sangue físico, haveria algo na moderna fisiologia, semelhante... e tal não acontece. Ele se acha localizado no coração e é quem alimenta e destrói a vida: alimenta com a presença e destrói com a ausência. As lesões cardíacas de natureza simples... produzem perda de consciência e as graves a morte. OJAS joga um papel importante na constituição humana. Se uma pessoa quer preservá-lo, PRECISA LIBERTAR-SE DOS TORMENTOS MENTAIS, que acumulam OJAS no coração. Daí, a necessidade de homem ser calmo!

Tal OJAS, que é a fonte de tudo quanto é facultado ao coração por VAYÚ, BILE e FLEUMA - através do sangue - passa do coração a todos os outros lugares,

O coração é a sede do OJAS mais perfeito, como é a Sede do Supremo Brahmâ. Por tais razões o coração é

chamado de MAHAT e ARTHA. Sendo o coração a raiz dos dez grandes

condutos ou canais, estes são considerados como as DEZ GRANDES

RAIZES.

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pelos condutos (nadis) de que o corpo se compõe, em todas as direções e desempenhando diversos papeis. Tais condutos ou nadis, são os que conduzem os ingredientes do corpo de um lado para outro, durante o processo de seu desenvolvimento ou transformação.

A mente, os sentidos etc. localizam-se no coração. Como vem a ser tal coisa? Para compreendê-lo temos que nos aprofundar na Constituição do homem. Sabemos que este possui 3 corpos: grosseiro ou físico, sutil ou psíquico e Causal ou espiritual. Isto é, CAUSADO ou tecido pelo ESPÍRITO UNIVERSAL, o que implica em ser tal CORPO, uma sombra espiritual da verdadeira LUZ ESPIRITUAL: uma partícula (ou mônada) do GRANDE TODO!

E é por isso que nos dois primeiros corpos, se acham os sentidos e estes, quando continuam sempre da mesma natureza, o 3o corpo não se manifesta, isto é, o homem não se apercebe dele, necessitando de várias encarnações até descobri-lo. É o fato do equilíbrio das 3 GUNAS: SATTWA - RAJAS e TAMAS.

Como essas três qualidades de matéria estejam ligadas entre si, assim o estão os 3 corpos no homem! Pô-los em equilíbrio... é formar o Homem Perfeito. É por isso, que o corpo CAUSAL tem esse nome, por ser “a causa dos outros corpos... e em si mesmo... o reflexo da “CAUSA DAS CAUSAS”. É necessário que na “Causa se encontre o efeito”, embora em forma latente.

As obras esotéricas assinalam o CORPO CAUSAL NA FORMA DE OVO ÁURICO. Nos livros hindus, diz-se que é ele um corpo de inconsciência, que funciona no alto transe. O que até certo ponto é lógico, porque ele só pode ter consciência, ligado aos dois outros que lhe ficam imediatamente abaixo. Isolado, impossível possuir consciência.

Nos Upanishads encontramos o corpo causal localizado no coração, com diferentes pórticos, que é o próprio Homem quem lh’os dá... e onde se acham colocados os elementos restantes dos corpos menos elevados...

Por conseguinte, nos centros do coração, é onde se concentram todas as energias do alto transe. É nele onde residem os “Oito poderes do Yogui” e quando o homem tem que despertar tal estado, o OJAS do coração é obrigado a correr pelos diferentes condutos, para dar

forças ao corpo sutil e depois ao físico. Fato esse, legado ao dos CHAKRAS, que recebem de cada plano e até corpo, a vitalidade necessária, o que implica em que a matéria mais sutil é que vasa, ou antes, anima a matéria imediatamente menos sutil.

Tudo isso confirma nossa revelação dos ADORMECIDOS, principalmente, quando se diz: “E quando o homem tem que despertar de tal estado, o OJAS do coração é forçado a correr pelos diferentes condutos”. Tal estado de transe, ou o que adormece o homem, deixando-lhe apenas a vida no “coração”... se assemelha com o que se passa do Seio da Terra... onde é possível dormir-se o “SONO DAS 7 ETERNIDADES”. Porém, com

muito mais propriedade, onde a morte é apenas aparente: igual à da construção cósmica, que desperta nos grandes movimentos sísmicos... porquanto dizer-se “ônfalos” ou Umbigo da Terra, também poderia ser o seu CORAÇÃO, pois é onde pulsa o de todo o Universo... o do “transe de Brahmâ” no seu 8o dia de criação afora o ÚLTIMO (o 9o) que é o da Ressurreição. Os faquires indianos enterram-se em estado cataléptico, porém, não o fazem fora da terra. O mistério está no próprio calor do “coração do mundo”.

Contam-se vários casos dos que habitam nas entranhas da terra, sob uma pressão calorífica impossível de ser suportada por outros seres. No Tibete o fato é mais do que clássico. Em o norte brasileiro, há uma tribo misteriosa de índios que entram e saem de verdadeiras “Crateras vulcânicas”...

F i n i s

Referência BibliográficaSOUZA, Henrique José. Lívro Síntese. páginas 228, 229 e 230.

Sabemos que este (o homem) possui 3 corpos: grosseiro ou

físico, sutil ou psíquico e Causal ou espiritual. Isto é, CAUSADO ou

tecido pelo ESPÍRITO UNIVERSAL, o que implica em ser tal CORPO, uma

sombra espiritual da verdadeira LUZ ESPIRITUAL: uma partícula (ou

mônada) do GRANDE TODO!

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OS CHAKRAS E O SISTEMA ENDÓCRINOPor: MARCELO RODRIGUES BACCI

“Eubiose é a ciência do bem-viver, da relação do homem com a sua parcela espiritual e material. Desta forma, auxilia , dentre outras coisas , a compreensão humana a respeito da constituição de seus corpos, desde o mais

denso até o mais sutil.”

Constituição Oculta do Homem É composto por 7 corpos ou veículos. Podemos defini-los de acordo com sua composição energética ou vibracional.

O mais denso é o Corpo Físico. Todos o conhecemos pelo fato de estar em frente a nossos olhos, de podermos tocá-• lo e senti-lo em nossas mãos.

O segundo chama-se Duplo Etérico, contornando o veículo físico. •

O terceiro, o Corpo Astral, relaciona-se intimamente com as emoções. •

A seguir, o Mental Concreto, responsável pela definição racional, raciocínio lógico, pela classificação sistemática • de tudo o que vemos nesse mundo manifestado.

O quinto veículo, o Mental abstrato, faz parte da Tríade Superior de corpos, juntando-se com os seguintes: Búdico • e Atmã. Ao Mental Abstrato cabe a inspiração, as ideias dos ditos gênios da humanidade, aquilo que, ainda, não tem forma, o saber sem conseguir explicar o motivo. Todo conceito inovador, que modifica a vida de alguma maneira, tem origem nesse Corpo, mais desenvolvido em uns e menos em outros.

Os dois finais, Búdico e Atmã ou Crístico, são abstratos e se relacionam, respectivamente, com o Intuitivo • Superior, ou seja, a Supra Emoção, bem diferente da paixão e apego, causado pela emoção mais grosseira. É o amor pela humanidade, o respeito aos reinos que compõem o planeta, o profundo compromisso com o doar-se. O Crístico é a supra essência divina manifestada no ser humano. Apenas os Adeptos podem ter acesso a essa consciência. É a síntese do desenvolvimento de todos os outros corpos. Tão abstrato que uma definição, por si só, torna-se difícil.

São regiões localizadas nos corpos menos densos, próximos ao físico, que funcionam como vórtices de energia. Tanto podem receber como ceder. Possuem cores, e sua forma assemelha-se a uma flor, com suas pétalas. Existem em diversas regiões do corpo e se relacionam, intimamente, com os órgãos e glândulas nos locais onde se encontram.

Os principais, estudados na Sociedade Brasileira de Eubiose, são em número de 7.

São eles:

1- RAIZ - na base do púbis, com 4 pétalas, e sua cor, quando em movimento, assemelha-se a um tom de terracota, cor de tijolo; relaciona-se com os órgãos da região sexual;

2- ESPLÊNICO - lateralmente à esquerda, no abdome, próximo ao órgão que leva o seu nome, o baço; possui 6 pétalas, cada uma com uma cor do espectro (amarelo, verde, vermelho, violeta, verde e púrpura); capta a energia prânica e a distribui para o organismo;

OS CHACRAS

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3- UMBILICAL - sobre o umbigo; possui 8 pétalas com duas cores apenas (verde e vermelha); possui influência sobre o sistema esplâncnico (vísceras abdominais); está, totalmente, ligado ao campo das emoções e quando, em atividade, assume uma coloração purpúrea;

4- CARDÍACO - na região torácica, chacra equilibrante, com 12 pétalas de cor amarela; o seu pleno desenvolvimento faculta ao indivíduo melhor compreensão sobre suas qualidades (Skandas) e suas tendências inferiores (Nidanas); com todas as nidanas superadas, consoante o pleno desenvolvimento das skandas, surgem mais duas pétalas, perfazendo um total de 14;

5- LARÍNGEO - na região cervical, sobre a glândula tireóide, com 16 pétalas em tom azul prateado; tem grande influência sobre a comunicação, por se relacionar com as cordas vocais, e sobre o temperamento, pela interface com a glândula tireóide;

6- FRONTAL - sobre a testa, apresentando, pela sua intensidade de vibração, dois tons apenas: um azul-purpúreo e um rosa com tons de amarelo; com 96 pétalas e faculdades que, ainda, precisam de estudo para sua real compreensão; relaciona-se com as glândulas localizadas no encéfalo, hipófise e pineal;

7- CORONAL - a flor de mil pétalas, na região superior da cabeça, com infinitos tons cromáticos, onde predomina,contudo, o violeta; desenvolve-se de acordo com a evolução espiritual do indivíduo, podendo cobrir toda a cabeça; centralmente, possui, ainda, em tom de um branco ao dourado, 12 pétalas centrais, que vibram menos que as 960 em seu entorno.

NADISNadis ou condutos são canais por onde flui a energia

vital que possuímos. Podemos chamá-la de Prana. Trata-se de uma energia neutra, presente em todo o nosso entorno em maior concentração de acordo com a luminosidade solar vigente, ou seja, maior no início do dia e menor no final dele. Os principais são os 3 centrais: Ida, Píngala e Suschumna. Ida sai à esquerda da espinha dorsal e assume um aspecto feminino; Píngala, à direita da espinha dorsal, representando um aspecto masculino; centralmente, Suschumna de característica neutra. Terminam na medula oblongada ou bulbo.

GLÂNDULAS E ÓRGÃOSO conceito de glândula envolve qualquer tecido ou

grupo celular que desempenhe a função de produzir

substância que atue em outra região. Tal região pode ser o próprio tecido (função autócrina), localmente (ação parácrina) ou à distância ( ação endócrina ). Todas possuem essas 3 características descritas, dependendo da função que precisam desempenhar em cada momento.

Principais GlândulasHipófise ou PituitáriaEstá localizada numa região do encéfalo, chamada

sela túrcica. Está abaixo do hipotálamo e encontra-se, espacialmente, entre os olhos e na raiz do nariz. Desempenha diversas funções de coordenação entre as glândulas do corpo. Essa coordenação ocorre através da liberação de fatores estimuladores ou inibidores da função glandular respectiva.

Alguns exemplos de substâncias produzidas ou armazenadas pela hipófise:

-Hormônio Estimulante da Tireotropina;

-Adrenocorticotropina;

-Ocitocina;

-Hormônio antidiurético.

Pineal ou EpífiseEsotericamente, conhecida por ser a glândula

mestra, ainda, possui suas funções pouco conhecidas pela medicina ocidental. Produz um hormônio, a melatonina, que controla o ciclo circadiano do indivíduo, bastante afetado, quando passamos os fusos magnéticos do planeta em longas viagens internacionais. Está exatamente no centro do cérebro em local de difícil acesso.

TireoideLocaliza-se no pescoço em sua região frontal. É

constituída de dois lobos e um istmo que os conecta.

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Altamente rica em iodo, molécula, que constitui o núcleo central dos hormônios que produz T3 e T4. Dentre suas inúmeras funções, reforçamos a importância do controle metabólico geral, por influenciar diversas outras glândulas em seu funcionamento, além do processamento de substâncias, como o colesterol, proteínas e carboidratos.

FígadoÉ a maior glândula do corpo e ocupa boa parte do

abdome superior. É o verdadeiro centro nervoso do organismo quando se fala em metabolismo. Tudo passa pelo fígado que, com suas milhares de enzimas, quebra e processa todo alimento que ingerimos. Possui função exócrina, pois produz a bile, que auxilia a digestão de gorduras, e endócrina, produzindo o glucagon, que regula, juntamente, com a insulina a glicemia.

PâncreasLocaliza-se em uma região do abdome de difícil

acesso, chamada de retroperitônio. Está, intimamente, ligado com o tubo digestivo, duodeno, por atuar , assim como o fígado, de maneira exócrina com suas inúmeras enzimas digestivas e, endocrinamente, produzindo a insulina, tão conhecida de todos. Sofre muito com os abusos, que cometemos ao longo de nossas vidas, pelo consumo do álcool em demasia, excesso de gorduras e açúcares.

SISTEMA NERVOSO CENTRALÉ composto pelo encéfalo e pelo tronco cerebral. O

encéfalo fica dentro da calota craniana, constituindo o cérebro e o cerebelo. O tronco cerebral, formado pelo bulbo, ponte e mesencéfalo, controla, dentre outras coisas, as funções vegetativas do organismo. Comunica-se com o resto do corpo através de nervos, que emergem de suas região interna, e da medula espinhal. Divagar sobre o sistema nervoso, por si só, é um grande desafio

e não está no objetivo deste artigo, contudo é importante conhecer a sua estrutura para a correta compreensão de como se faz a transmissão do sinal glandular para as células.

SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO Como o próprio nome diz, é autônomo, ou seja,

independe de nossa vontade. Está estruturado através de nervos, gânglios e receptores, que captam alterações bioquímicas, geradas através dos estímulos, que recebemos de nossos sentidos.

Subdivide-se em Simpático e Parassimpático. O que um estimula, o outro inibe e vice-versa. Estão em todos os órgãos e porções do organismo em um emaranhado de fibras nervosas, atentas a todas os estímulos, que recebemos. Toda esta estrutura, apresentada neste texto, serve para ter-se uma ideia de como funciona a transmissão de energia vital que captamos no ambiente em que estamos inseridos até a ação final, desencadeada por uma glândula em sua estrutura física.

Todas as estruturas de nosso organismo possuem uma correspondência etérica e astral,logo, ao ficarmos doentes, antes, ficamos no campo energético. O pleno conhecimento dessas características possibilita ao indivíduo maior chance de prevenção de alterações psíquicas e físicas que facilitem o aparecimento de doenças.

Os hábitos contemporâneos, impostos pela sociedade, como a comida rápida, o trabalho excessivo, os vícios e a obesidade, em muito, contribuem para essas lesões.

Cabe a nós, portanto, lutar para mantermos nossa saúde em bom estado e disseminar o conhecimento, deixado por Henrique José de Souza.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASLEADBEATER, Charles Webster. Os Chakras. 24ª ed. São Paulo: Ed.Pensamento, 2010.

MOORE, Keith L. Anatomia Orientada para a Clínica. 5ª ed. São Paulo: Ed. Guanabara Koogan, 2007.

SOUZA, Henrique José. O Verdadeiro Caminho da Iniciação. 6ª ed. São Lourenço: Ed. CEP, 2001.

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A LIDERANÇA NO TERCEIRO MILÊNIO (Parte II)

”A liderança é uma poderosa combinação de estratégia e caráter. Mas se tiver de passar sem um, que seja estratégia.” Norma Schwarzkoph

Damos, hoje, continuidade ao trabalho iniciado, no numero anterior dessa Revista, quando introduzimos o tema da Liderança e justificamos a escolha dele. No entanto, antes de nos aprofundarmos neste objeto,

BASES E PRINCÍPIOS DA LIDERANÇA Nunes (2009) afirma que as múltiplas definições para

a liderança encontram dois elementos comuns:

fenômeno de grupo, portanto, apresentando-se na I. presença de dois ou mais atores;

conjunto de influências interpessoais e recíprocas, II. presentes num determinado contexto através de um processo de comunicação humana.

Já vimos que a liderança é uma necessidade em todas as associações humanas, tratando-se de uma relação entre indivíduo e grupo. A afinidade existirá se o grupo vislumbrar, neste indivíduo-líder, um mediador capaz de satisfazer suas necessidades, prover resultados e atingir as metas almejadas.

Para a abordagem de tão vasto assunto, é imperativo que nos detenhamos um momento para avaliarmos o que já existe em termos de literatura, aceita como autoridade e referência no mundo acadêmico.

A LIDERANÇA ATRAVÉS DOS TEMPOSConforme Bergamini (1994) e Abreu (1982), desde

que se principiou o estudo do fenômeno da Liderança de uma forma mais sistêmica e cientifica, passamos por três períodos, caracterizados pelo foco de pesquisa aplicada. De uma forma esquemática, podemos relacioná-los:

1920 - Teoria dos Traços (o Líder já nasce com as I. características físicas e traços de personalidade definidos, é nato; foco no que o Líder é);

1930 - Teoria dos Estilos (O Líder pode ser II. formado; sua eficiência depende do seu modo de liderança; foco no que o Líder faz);

1960 - Teoria dos Contextos (a eficiência do Líder III. depende do grupo, do seu estilo gerencial e do ambiente; (foco nos tipos de ambientes).

Ao término da Primeira Guerra Mundial, ao se ter observado que alguns homens faziam diferença, principalmente, em situações adversas, os interesses se voltaram, de forma mais contundente, para a questão da liderança.

Como era de se esperar, a primeira visão, que se teve deste fenômeno, foi a fatalista. Nessa conhecida Teoria dos Traços, ou se nascia para líder, ou para liderado, ou se vinha ao mundo como um nobre, ou se conformaria como plebeu. Era uma questão de possuir, ou não, o dom, ou melhor, de se nascer, ou não, privilegiado em relação aos demais.

Warren Bennis (2001) comenta que, no início, pensou-se que as habilidades da liderança eram inatas. Ninguém poderia se tornar um líder, mas sim nasceria, ou não, com essa condição. A esse entendimento do processo de liderança, se poderia denominar de Teoria do “Grande Homem”. Aqui, o poder se encarnava em um reduzido universo de pessoas, cuja herança e destino as convertiam em líderes. Somente esses poderiam liderar, os demais deveriam se resignar a serem liderados. Ou se possuíam características de líder, ou, simplesmente, não. Nem o aprendizado nem o desejo, por maiores que fossem, poderiam alterar esse destino. No entanto, pouco durou essa visão, pois a mesma não conseguia suprir as necessidades daqueles que buscavam o caminho para a liderança, e não, apenas, uma rasa explicação.

Quando esse ponto de vista falhou em explicar liderança, foi substituído pela noção de que os grandes eventos transformavam pessoas comuns em líderes. [...] Assim como o amor, a liderança continuou a ser algo que todos sabiam que existia, mas ninguém podia definir. Muitas outras teorias da liderança vieram e se foram. Algumas enfocavam o líder. Outras , a situação. Nenhuma resistiu ao teste do tempo (BENNIS; NANUS, 2003, p.5).

Chegamos, então, ao que se poderia denominar de

Por SILVIO PIANTINO

é necessário estabelecermos uma base comum, onde definiremos um vocabulário padrão e percorreremos alguns conceitos e modelos básicos de liderança, alicerce para o desenvolvimento posterior.

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“Grande Estouro”. Aqui se assumia que grandes eventos geravam grandes líderes. Presumivelmente, Jorge Washington estava, tranquilamente, passeando de barco quando, simplesmente, resolveram convidá-lo para uma Independência. Tiradentes perambulava, em seu ofício, pelas fazendas mineiras quando lhe caiu ao colo a posição de líder e, junto desta, a de mártir. Lênin vagava tranquilamente quando a Revolução estourou bem à sua frente. Estes, entre inúmeros mais, apenas, estavam no local certo na hora certa.

Torna-se, assim, evidente que, apesar de representar um avanço em relação ao modelo anterior, ainda, falhávamos no quesito de explicar por que uns eram “escolhidos” e outros não. Estava, então, preparado o terreno para a teoria dos estilos.

Com ela começamos a aceitar que o líder pode ser formado. Entendemos ser ela a meta principal de todo o interesse inicial pelo tema, ou seja, reproduzir ou gerar novos líderes. A questão aqui passa do que o líder é, para o que o líder faz. Logicamente, com o intuito de uma repetição sistemática de ações, comportamentos e, principalmente, do alcance de resultados desejáveis.

Sabemos que, em um ambiente organizacional, podemos identificar duas áreas principais de foco que se caracterizam por tarefas e relacionamentos. Assim, podemos, em uma atitude mais superficial e imediata, reconhecer três estilos de liderança.

Primeiramente, encontramos os líderes autoritários, ou aqueles que se prendem às tarefas, definindo aos seus seguidores como e o que devem fazer. No extremo oposto, localizam-se os líderes democráticos e os liberais, ou aqueles que demonstram interesse acentuado pelas relações humanas. Estes compartilham o porquê dos propósitos.

Entre esses dois extremos, há uma grande diversidade de estilos de liderança, relacionada nos trabalhos de Tannenbaun e Schmidt. Mas a questão, que se coloca agora é: Mesmo assumindo-se um estilo de liderança ideal, seria este,, rígido e imutável frente a todos os elementos dentro de um grupo? Seria, ainda, este modelo replicável a qualquer situação em apreço? Estas questões nos levam diretamente à Teoria dos Contextos.

Segundo Fiedler (1967), volumosa pesquisa, realizada, em sua maioria, sob condições reais, tem mostrado, bem consistentemente, que a personalidade do líder é, somente, um dos fatores que determinam o desempenho do grupo. Baseado neste fato, compreende-se que, não sendo o líder fator absoluto, o mesmo pode sair-se bem sob determinados contextos e fracassar

ruidosamente em outros. O oposto também se verifica, ou seja, lideranças desastrosas podem se ver vitoriosas, se deslocadas para outras situações. Brotava, assim, a Liderança Situacional ou Liderança

dos Contextos.

A Teoria dos Contextos atenta, assim, pela primeira vez, que situações diversas requerem líderes e atitudes distintas. Ou seja, não existe um modelo ideal de liderança que se aplique indistintamente no domínio Espaço/Tempo. A rigidez dos líderes é, assim, derrubada, seu pedestal é destruído. Alguém, altamente qualificado para liderar uma situação, pode ser, também, a pior escolha para outro grupo ou condição. Em síntese, não podemos pegar um grande líder, por melhor que se apresente, e transpô-lo para outros contextos, esperando a mesma excelência de resposta. A liderança foi assim, finalmente, identificada como sendo dinâmica e mutável, e não fixa e imóvel.

Bem, aqui, finalizamos mais esta etapa. Estaremos, no próximo número, delineando o universo de atuação do Líder e o do Gestor, termos estes, muitas vezes, utilizados como equivalentes. Estaremos, ainda, caracterizando a Liderança Formal e a Liderança Informal.

Até Breve!

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASABREU, A. B. Novas Reflexões sobre a Evolução da Teoria Administrativa: os quatro momentos cruciais no desenvolvimento da teoria organizacional. Revista de Administração Pública, Outubro/Dezembro, Vol. 16, nº 4, 1982.

BENNIS, W.;NANUS,Burt. Líderes: estratégias para assumir a verdadeira liderança. São Paulo: Habra, 2003.

______ Líderes. Estratégias para uma liderança eficaz, 2001.

BERGAMINI, Cecília W. Liderança: administração do sentido. São Paulo: Atlas, 1994.

FIEDLER, F. A theory of leadership effectiveness. New York: McGraw-Hill, 1967

NUNES, Paulo. Conceito de Liderança. 2009. Disponível em <http://www.knoow.net/cienceconempr/gestao/lideranca.htm#vermais>. Acesso em 06 de setembro de 2010.

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A MULHER NO TERCEIRO MILÊNIOPor IRAMAR GOMES RODRIGUES

As questões, relacionadas ao feminino, à mulher, de muito ultrapassam as noções de gênero, de sexo. Todos os mitos de criação do mundo, de criação da humanidade, apontam, de uma maneira mais velada ou não, o sentido universal

do feminino como polaridade em todos os níveis em que se expressa o sagrado.

A semente germina; começa uma expansão na horizontal, e o elemento geométrico do circulo transforma-se em duas meias-luas.É a segunda manifestação do Logos Único, é a Polaridade Plena, a Mãe, o Mundo das Leis, o 2º Trono.

Em Cosmogênese, a primeira manifestação do Logos Único ocorre com a fertilização do Espírito na Matéria, é o Germe no Ovo, o Pai, o Mundo das Causas, o 1º. Trono.

Essa semente, após a expansão horizontal, cresce na vertical, formando uma cruz no círculo, ou seja a Cruz Mundanal, o Filho, o Mundo dos Efeitos, o 3º. Trono.

Assumindo uma tendência feminina, vamos ao 2º. Trono: uma meia-lua olha para cima e vê Deus; outra, para baixo e vê a Humanidade. Assim é o mundo das mulheres, um olho para o Céu e o outro para a Terra.

Para chegar ao papel da mulher nos dias de hoje, seria interessante fazer um passeio pelos mitos femininos e enxergar o paralelo com a mulher atual.

Mitos são histórias baseadas em tradições e lendas feitas para explicar o universo, a criação do mundo, fenômenos naturais e qualquer outra coisa a que explicações simples não são atribuíveis.

Mito é uma narrativa que descreve e retrata, em linguagem simbólica, uma força sobrenatural ou uma divindade.

Conversemos sobre alguns mitos femininos.

HERA OU JUNO - esposa de Zeus, protetora do casamento, das mulheres casadas, das crianças e dos lares. Ciúmes, marcação cerrada a Zeus. Equilibrio no casamento.

Hera representa a parceira, a companheira, aquela que ombreia, com o homem, as situações do casamento.

Mas pode ser a mulher participativa em qualquer área de atuação; o símbolo de Hera; a mulher que mantém o conjunto, a própria sociedade.

AFRODITE OU VÊNUS – nasceu da espuma do mar, esperma do pai Urano, quando seu membro foi cortado por Saturno; deusa do amor e da beleza, era esposa de Hefestos.

É o símbolo da mulher bela, bonita por dentro e por fora, a “mulher cheirosinha”.

Prima pela estética de modos, costumes. Beleza nos atos, nas palavras e nos pensamentos.

ATENA OU MINERVA - antes de nascer, Zeus engoliu a măe, medo de ser destronado pelo filho. Sentiu uma dor de cabeça, que foi aberta por Hefestos e de lá saiu minerva. Deusa virgem, padroeira das artes domésticas, da sabedoria e da arte bélica. A espada é uma representaçăo dos raios do pai.

É a mulher a procura de estudos, a pesquisadora, a mulher que usa o mental como forma de evoluçăo.

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ÁRTEMIS OU DIANA – filha de Zeus, era a deusa

virgem da lua, irmã gêmea de Apolo, poderosa caçadora

e protetora das cidades, dos animais e das mulheres. Deusa da caça, mas não

predatória, apenas, para buscar o alimento.

A mulher contemporânea traz essa deusa, quando sai

à procura de alimento para a casa.

É a mulher no mercado profissional de trabalho, que sai para a luta no mundo e, através do trabalho, ganha o

pão ou a caça para a família.

DEMÉTER OU CERES - deusa das colheitas,

dispensadora dos cereais e dos frutos. Quando Hades, deus do inferno, levou sua

filha Perséfone como sua esposa, negou seus poderes

à Terra, e esta parou de produzir alimentos; a solução

de Zeus foi que Perséfone passaria um terço do ano no

inferno, com seu marido, e o restante do tempo com sua mãe, no Olimpo.

Dessa forma, Deméter abrandou sua ira e tornou a florescer nas colheitas. Ela representa a mãe, que larga

tudo em prol dos filhos, que dá a vida por eles, aquela que cuida da continuidade da hierarquia.

VESTA OU HÉSTIA – deusa dos laços familiares,

simbolizada pelo fogo da lareira.

Zeus deu a honra de ser venerada em todos os lares.

Sua chama brilhava nos lares e templos. Fogo direto do Sol.

Ligação da Terra com o Céu.É a mulher que liga o Céu à

Terra, aquela que ilumina e dá o calor à família, à sociedade,

à Humanidade.

Hoje, a mulher deve transformar esses mitos em realidade, ela é mãe e esposa – Hera e Deméter. É Atena, quando estuda, sai à procura do conhecimento. É Diana, quando vai à caça, ao alimento para a casa; ela trabalha. Ela cuida da casa, do calor, da luz no lar, é Héstia; deve ser pura, pois modelará o caráter dos filhos. É a mulher perfumosa, Afrodite, que se cuida, que é bonita e espalha amor.

Podemos encontrar mulheres no mundo contemprâneo, que são esses arquétipos, exemplos de mitos em realidade: espalhar amor – Afrodite.

Uma mulher chamada LORRETA PLESANT, conhecida, mais tarde, como Lorreta Pleasant, descendente de escravos americanos, nasceu em 1920 , na Virginia. Casou, mudou para Baltimore; com 30 anos e mãe de 5 filhos, descobriu ter câncer no colo do útero, que, pouco tempo, espalhou por todo o corpo. Fez tratamento no Hospital John Hoplins e faleceu em 1951.

Sem consentimento, foram retiradas células-amostra do útero e fornecidas a equipe de pesquisa do hospital. Foi descoberto que essas células, num meio de cultura adequado, mesmo fora do corpo, multiplicavam-se, tornando-se imortais. E as células HeLa (iniciais da involuntária doadora) foram utilizadas em várias pesquisas nos USA e no exterior.

A vacina contra a poliomielite e contra o vírus HPV, vários medicamentos para o tratamento de câncer, de aids e do mal de Parkinson, por exemplo, foram obtidos com a linhagem HeLa. São cultivadas até hoje em vários laboratórios em frascos de plástico, contendo soro bovino. Portanto, milhares de trabalhos científicos foram realizados com essas células. Foram enviadas ao espaço para experiências sob gravidade zero.

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Calcula-se que a quantidade de células existentes nos laboratórios de todo o mundo supere o número de células da senhora Lacks em vida.

Células HeLa coloridas artificialmente em laboratório.

As células HeLa são chamadas de imortais por se dividirem num número ilimitado de vezes, desde que mantidas em condições ideais de laboratório. Atribui-se isso ao fato de essas células terem uma versão ativa, a enzima Telomerase, implicada no processo de morte das células e no número de vezes que uma célula pode se dividir. Talvez algumas linhagens tenham sido contaminadas por outras células, mas todas provêm da amostra retirada do tumor da senhora Lacks.

Onde está o aspecto de espalhar amor? O amor é doado sem retribuição; você, realmente, ama quando não necessita de um retorno. Apesar disso, os responsáveis, jamais, deram informações adequadas à família da doadora, tampouco ofereceram qualquer compensação moral ou financeira pela massiva utilização das células.

A mulher deixa como legado, após sua morte física, o Amor, uma característica do 2º Trono.

Vamos seguir os exemplos. Em 2011, o Prêmio Nobel da Paz foi direcionado a três mulheres africanas, recompensadas por sua luta não-violenta pela segurança das mulheres e pelos seus direitos a participar dos processos de paz:

ELLEN JOHNSON SIRLEAF, de 72 anos, foi a primeira mulher a ser, livremente, eleita presidente de um país africano, em 2005.

Economista e mãe de quatro filhos, a “Dama de Ferro” . “Desde sua posse em 2006, contribuiu para garantir a paz na Libéria, para promover o desenvolvimento econômico e social e reforçar o

lugar das mulheres”, disse Jaglan, ao justificar a premiação.Ellen afirmou que aceitava o prêmio em nome do

povo liberiano

PRIMEIRA PRESIDENTE MULHER

GREVE DE SEXO

Sua compatriota LEYMAH GBOWEE teve um papel importante como ativista durante a segunda guerra civil liberiana, em 2003. Mobilizou as mulheres no país pelo fim da guerra, organizando, inclusive, uma “greve de sexo” em 2002. Também, organizou as mulheres acima de suas divisões étnicas e tribais no país, ajudando a garantir direitos políticos para elas.

Leymah Gbowee, mãe de seis filhos e terapeuta.

PRIMAVERA ÁRABETAWAKKUL KARMAN,

ativista iemenita pró-direitos das mulheres, tem importante participação na chamada Primavera Árabe, movimento pró-abertura democrática, que vem sacudindo, politicamente, vários países do mundo árabe desde o início de 2011.

Em entrevista à TV Al Jazeera, disse que o prêmio é “uma vitória para todos os ativistas iemenitas”, mas que a luta pelos direitos continua no país.

“Nas mais difíceis circunstâncias, tanto antes como depois da Primavera Árabe, Tawakkul Karman teve um papel importante na luta pelos direitos das mulheres, pela democracia e pela paz no Iêmen”, segundo o omitê.

“Sou uma cidadã do mundo, a Terra é minha pátria e a humanidade é minha nação”, escreveu perfil do Facebook, que utiliza, da mesma forma que outros sites, para divulgar sua luta pelas liberdades e pelos direitos humanos.

Três exemplos de arquétipos míticos em ação, todas mães(Demeter), esposas(Hera), cursos universitários (Atena), trabalhadoras (Diana), mulheres bonitas (Afrodite) e trazendo luz para a sociedade (Héstia).

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Para nós, eubiotas, o padrão arquetipal a ser alcançado são os Gêmeos Espirituais. Para alçar voos em direção ao Novo Pramantha, o objetivo é ser igual a Akbel/Allamirah. Seguir e alcançar a consciência cósmica do casal Divino.

Em 1978, D.Helena Jefferson de Souza, esposa do Professor Henrique José de Souza, fundadores de Dhâranâ – Sociedade Mental Espiritualista, em 10 de agosto de 1924, depois Sociedade Teosófica Brasileira e atualmente, Sociedade Brasileira de Eubiose, demonstrou sua preocupação com o papel da mulher para lastrear uma nova sociedade, na construção de uma nova Humanidade.

Para melhor compreensão, transcreveremos trechos desta fala primorosa.

FALA DE D. HELENA JEFFERSON DE SOUZA – agosto/1978

“Sim, grande e imenso é o papel das mulheres como coletividade humana no momento presente. Pela própria condição biológica, é dever da mulher auxiliar seus filhos, esposo e irmãos”.

D. Helena coloca sob a responsabilidade da mulher o auxílio à família e, em projeção macro, a própria sociedade humana. Ao moldar uma família harmônica e equilibrada, é construída uma sociedade justa.

“Usando a inteligência e o amor, transformaremos as incertezas atuais e a angústia, que assolam a humanidade, na firme convicção de um mundo melhor, onde o Bem, o Bom e o Belo sejam uma realidade”.

Aqui, ela nos fornece as ferramentas para essa tarefa de reconstrução: Inteligência e Amor – Mente e Coração, a polaridade com as duas partes em igual importância. Qualquer problema será sanado com o uso desses instrumentos; quem pensa não age intempestivamente e quem ama não causa dano ao outro. O objetivo é o Bem, o Bom e o Belo.

“Jamais esqueçamos que, no recesso de nossos lares e de nossas salas de aula, que é moldado o homem de amanhã”.

Não é necessário ter grandes meios de comunicação, é em casa, é em grupos pequenos que as mudanças

MULHER NA ONU

Como é praxe, o Brasil abre os debates da Assembleia Geral das Nações Unidas. Essa tradição começou em 1947, quando o diplomata brasileiro Oswaldo Aranha foi o primeiro orador da primeira Sessão Especial da Assembleia Geral das Nações Unidas, dando início a uma tradição que perdura até os dias atuais (a de ser um brasileiro o primeiro orador).

Em 2011, pela primeira vez, uma mulher abriu a Assembleia da ONU, o discurso foi feito pela PRESIDENTE SRª. DILMA ROUSEEFF, e a mensagem trouxe alguns alertas e a proposta para uma nova postura, sugestão de uma nova conduta para a Humanidade, alguns trechos significativos.

Sobre uma Nova Ordem: “O desafio colocado pela crise é substituir teorias defasadas de um mundo velho, por novas formulações para um mundo novo”.

Professor Henrique José de Souza escreveu sobre uma conduta diferente, determinou as Regras do Novo Pramantha, e caberá ao Brasil, “berço da nova civilização”, a responsabilidade de mostrar aos outros povos uma nova forma de viver, ou uma forma de bem viver.

Crise Econômica: “Queremos e podemos ajudar, enquanto há tempo, os países onde a crise já é aguda”.

Conceito de união na resolução dos problemas, tomando como entendimento que, se um país estiver mal, os demais sofrem consequências. Um só idioma, um só padrão monetário, uma só bandeira.

Expressão humana: “Os brasileiros se solidarizam com a busca de um ideal que não pertence a nenhuma cultura, porque é universal: a liberdade”. Uma liberdade, onde haja respeito e os livres pensadores ajam com responsabilidade e objetivos universais.

Direitos Humanos: “Queremos para os outros países o que queremos para nós mesmos”.

Um por Todos e Todos por Um, uma só célula. A humanidade precisa atentar para a sua unicidade em Deus. Parcelas de Deus caminhando pelo planeta.

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acontecem. Um foco iluminado é capaz de aclarar todos os ambientes. Cada um, realizando sua parte, será farol a direcionar novos caminhos e novas posturas.

“À mulher cabe o dever da formação moral e intelectual da infância e da adolescência, que não deverão ser desviadas do caminho que as conduza ao aperfeiçoamento evolucional, para que, como consequência, o mundo se transforme e a paz volte a reinar na face da Terra apoiada nos princípios do AMOR, da VERDADE, e da JUSTIÇA”.

A esperança da colheita se acha na semente, o caráter do ser humando é moldado pela mãe, pela mulher . A mesma mulher que se enfeita, que cuida da casa, que estuda, que trabalha, que nutre, que liga o fogo sagrado do lar ao fogo sagrado do Sol. A mulher que faz a ligação da Terra com o Céu, o trabalho em deixar a Terra com a serenidade do Céu.

“Esse é o meu apelo, que, como mãe, faço às mulheres do mundo inteiro nessa hora angustiante, que atravessamos”.

“Que os nossos corações pulsem no ritmo do Amor Universal, cheios de fé e de esperança na Humanidade”.

A responsabilidade de transformar o “status quo” é da mulher, mas não é o seu privilégio. O homem é participante desse processo. Homem e mulher, caminhando ombro a ombro, para transmutar esse momento podre e gasto em uma nova Era, onde a fraternidade seja o apanágio da Humanidade; é dever do par retornar à Unidade.

O homem deve encontrar, em seu interior, os aspectos arquetipais da parceria, da inteligência, da procura, da beleza, dos laços familiares.

Finalizando o artigo, segue mais um trecho de esperança de D.Helena Jefferson de Souza.

“Tenhamos, sempre, em mente, que não há fatalismos inexoráveis. Usando nosso livre arbítrio com sabedoria, poderemos alterar o rumo de nossos destinos, modificando o carma, desmentindo, assim, a inflexibilidade do cego determinismo, desde que tenhamos “olhos de ver e ouvidos de ouvir”.

Não nos esqueçamos de que, quando agimos com o firme propósito de praticar o bem, jamais somos desamparados. Dizia meu inesquecível esposo e companheiro de missão, Henrique José de Souza: “A Fraternidade Branca (os seres que se libertaram das paixões humanas e que vivem, digamos, num plano superior ao dos homens vulgares) ampara, inspira e guia a ”grande órfã”, a humanidade, sem embargo de deixá-la responsável pelos próprios passos na livre escolha dos caminhos; apta a redimir-se por si mesma, por suas sofridas experiências, a superar-se pela conquista gradativa do real conhecimento da verdade”.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICASFERREIRA, Antônio Castanho. São Lourenço: Ed. CEP, Aulas 1942.

SOUZA, Helena Jefferson de. Texto de Posse da Autora. São Lourenço: Agosto/1978.

Vários autores. Mitologia. São Paulo: Ed. Abril Cultural, 1974.

ROUSSEFF, Dilma. Discurso na ONU. Nova Iorque: 21/09/2011. http://www2.planalto.gov.br/multimidia/galeria-de-audios/audio-do-discurso-da-presidenta-da-republica-dilma-rousseff-na-abertura-do-debate-geral-da-66a-assembleia-geral-das-nacoes-unidas-nova-iorque-eua--23min49

www.wikepedia.com – Enciclopédia Livre

LACKS , Henrietta- http://pt.wikipedia.org/wiki/Henrietta_Lacks

www.estadao.com – 07/10/2010

KARMAN, Tawakkul - http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,tawakul-karman-a-ativista-que-ousou-enfrentar-o-presidente-do-iemen,782468,0.htm

GBOWEE, Leymah - http://www.estadao.com.br/noticias/internacional,leymah-gbowee-a-mulher-que-tornou-realidade-o-sonho-de-paz-na-liberia,782457,0.htm

SIRLEAF, Ellen Johnson - http://www.estadao.com.br/noticias/geral,nobel-da-paz-e-homenagem-a-luta-da-liberia-diz-presidente,782428,0.htm

Helena Jefferson de Souza, esposa de Henrique José de Souza - Fundadores da Sociedade Brasileira de Eubiose.

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ESCRAVOS DO TEMPO E DO ESPAÇO

Prisioneiro no tempo e no espaço, dentro de si mesmo, em busca de experiência, o homem fica deslumbrado pelo pincel do Grande Artista do Universo e volta-se para o lado de fora de sua personalidade, tornando-se marionete das forças da natureza. Assim, prossegue através dos tempos, caminhando sem destino, olhando para o céu, correndo atrás de um meio de acesso à sua origem. Na realidade, um estranho nessa Terra de todos e de ninguém. Caindo e levantando, esse impulso de vida inconsciente se apresenta em toda a parte, conhecendo, assimilando tudo que lhe passa pela frente, durante eras sem conta, numa necessidade incontida de conquista. Na realidade, não deixa de estar sempre correndo atrás de si mesmo. O tempo passa, as distâncias diminuem nesse teatro de operações, entretanto, fica, cada vez mais difícil, encontrar, pelo acúmulo de coisas inúteis, o primeiro degrau que o levará ao portal para o Divino encontro.

O progresso da humanidade se expande, cresce a passos largos, mas não lhe é ensinado onde está a verdadeira chave para sanar semelhante mistério, o Metabolismo da Obra do Eterno.

Muitos se arvoram em donos de tudo e de todos, mas esquecem a si mesmos. Forças inconscientes, querendo domar o que não conhecem, sem assumir que, ainda, não passam de turistas no cenário da natureza dos direitos e deveres. Buscadores das coisas exteriores!

Mesmo assim, a vida continua, com a prepotência de alguns, a negligência de muitos e a humildade inerte de outros. Cada um tentando, a seu modo, ser dono do pedaço. Se a maioria das pessoas, no fim da vida, pudesse visualizar o que lhe foi planejado, ao nascer, e o que foi realizado, ficaria consternada com a diferença pela falta de melhor perspectiva em sua vida. O Supremo Escriba vai traçando o destino “certo” de todos, sob suas linhas de vidas “tortas”. Foi assim que nasceu o jeitinho brasileiro?

Então, uma pergunta fica no ar: será que não existe mais escravidão? Enquanto o homem viver exilado de sua origem superior, aguardando, ou fazendo de conta que espera melhores dias para o seu mundo, viverá numa pretensa gaiola de ouro, cuja armação é feita pelas limitações físicas, psíquicas e mentais que lhe dizem respeito, tornando-se, pois, escravo de si mesmo.

Se o ser humano não conhece a si mesmo, como pretende conhecer, dominar o que está fora de seu universo? Uma lei há muito lhe acompanha os passos (“toda ação resulta numa reação igual e em sentido contrário”), para que ele possa, sempre, avaliar sua maneira de ser e de aprender.

Os Mestres sempre dizem que a chave do grande mistério está “diante do nariz”, mas, pela falta de consciência, não é percebida.

Depois de longa vida errante, sem tempo para si mesmo, um dia começará acordar e a procurar a resposta às enigmáticas perguntas: quem somos? de onde viemos? e para onde vamos? Começa, então, a busca por sua verdadeira origem.

A Grande Meta é a formação de uma estrutura forte capaz de desenvolver ou reconhecer dentro de si os Pilares da Sabedoria, sustentando a Árvore da Vida ornada pelo Amor-sabedoria, Verdade e Justiça, virtudes que devem ser conquistadas pelo Peregrino da Vida; do eterno Aprendiz para deixar de ser mais um exilado e prisioneiro dentro de sua Casa, de seu Lar, o Grande Templo de Luz e Poder, o Cosmo!

Na realidade somos vida-energia, inconsciente em busca da Consciência do Ter e do Ser para libertar-se e compor, como mais um tijolinho, nesta grande escadaria do Grande Setenário do Universo; para que um dia possamos dizer, “Eu e o Pai somos um só”.

Por ELISEU MOCITAÍBA DA COSTA

Perde-se, nas noites dos tempos genesíacos, a presença efetiva do ser humano, primeira manifestação de consciência na face da Terra, e das forças ocultas do universo, que atuam impulsionando a evolução e interagindo com e pela forma humana, como força ainda inconsciente, dentro das limitações do espaço, sustentada pela necessidade de

conhecer e sobreviver.

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TRABALHO DE ARAUTOUM DEPOIMENTO

Tivemos a oportunidade de citar, em matéria publicada no Informativo Hermés Eletrônico, que nosso primeiro contato com a Eubiose se deu em 1995, quando fomos assistir a uma palestra na Maçonaria, intitulada “A

Influência da Maçonaria na Independência do Brasil”. O que me causou espécie, na época, foi que o palestrante não era Maçom! Conversando com o mesmo, descobrimos que pertencia às fileiras da Eubiose. Nosso interesse pela Eubiose passou a ser muito grande, dado o volume de ensinamentos, que foram transmitidos em tão breve

espaço de tempo, durante a palestra ministrada.

Resumindo: como já pertencíamos à Maçonaria, de imediato, entramos para a SBE, através do Departamento do RJ, e o eloquente palestrante, para Ordem Maçônica, hoje, ostenta o Grau 33º do Rito Escocês Antigo e Aceito.

Tal episódio nos mostra que é imprescindível o trabalho de Arauto, de espargir, no mundo, os ensinamentos deixados pelo nosso Excelso Mestre. Vimos aproveitando oportunidades certas para divulgar nossa Instituição e seus Ensinamentos, sempre, que se apresentar uma oportunidade.

A exemplo deste ano, em que atendemos ao convite da Maçonaria de Mato Grosso, através da Loja Maçônica Henrique José de Souza nº 49, de Cuiabá, MT, jurisdicionada à Grande Loja do Estado de Mato Grosso, GLEMT, para, no dia 15 de fevereiro de 2012, na cidade de Cuiabá, proferir uma palestra sobre a “Vida e a Obra de JHS”.

Embora o convite nos tenha chegado em um momento um tanto delicado, às vésperas da Convenção de São Lourenço, não houve como recusá-lo, por entendermos ser uma excelente oportunidade para falar ao público de Mato Grosso e, em especial, aos Irmãos Maçons e seus familiares, sobre o Manu do Século XX e sua prodigiosa Missão.

O convite nos chegou através do nosso V. I. Márcio Cambahuba, responsável pela Representação da SBE naquela cidade e Irmão Maçom, sendo um dos fundadores da Loja Maçônica que ostenta, orgulhosamente, o nome de nosso Mestre como patrono. Vale ressaltar o belíssimo trabalho desse Irmão na difusão da SBE e seus avançados ensinamentos.

Tratou-se de uma Sessão Conjunta, organizada pela

Loja Henrique José de Souza, com a participação das Lojas Templo Íntimo nº 29 e Phoênix do Oriente nº 46, todas com sede no Condomínio Maçônico da GLEMT, além da presença de vários Irmãos das Lojas da capital matogrossense.

O público, cerca de 90 pessoas, mostrou-se muitíssimo atento a cada slide apresentado, com perguntas oportunas e inteligentes, demonstrando enorme interesse pelo tema, destacando-se as singulares presenças: Sereníssimo Grão-Mestre Adjunto da GLEMT, o

Irmão Haroldo Moraes; Grande Inspetor Litúrgico para o Estado de Mato Grosso, o Poderoso Irmão Rubens Carlos de Oliveira; Ilustre Delegado Maçônico Distrital, O Irmão Isac Nepomuceno Filho; Secretário de Justiça Adjunto do Estado de MT, o Irmão Eubiota-Maçom Genilto Nogueira; Superintendente de Inteligência da Polícia Civil do estado de MT, o Irmão Eubiota-Maçom Romel Luiz dos Santos; Presidente da Ordem Paramaçônica Shriner – Brasil Central, o Irmão Cláudio Eduardo; Representante da SBE, em Cuiabá, Irmão Eubiota-Maçom Márcio Cambahuba.

O evento teve início com um belíssimo cerimonial, com a entrada da Bandeira da Obra, ao som de “Ladack Sherin”, entoado pelos eubiotas. Posteriormente, foi dada entrada à Bandeira do Brasil e executou-se o Hino Nacional.

Devido ao público ser, em sua maioria, constituído de Maçons e Eubiotas, aproveitamos a singular oportunidade para falar, além da Vida e da Obra de nosso Mestre, sobre Instituição SBE, a Iniciação Eubiótica e, em especial, complementando o tema, abordar a estreita ligação entre a Eubiose e a Maçonaria. Com relação a esse especial aspecto, transcrevemos alguns trechos abaixo, enfatizando tal ligação e corroborando-a com alguns pronunciamentos do nosso Excelso Mestre.

Momento da Entrada da Bandeira da Obra e entoação do Hino Ladack Sherin

Por FRANCISCO FEITOSA

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Francisco Feitosa proferindo a palestra

Genilto Nogueira (Maçom/Manu Cuiabá - MT) entrega o diploma ao palestrante

Outorga do diploma à Eubiose

Ana Paula Cambahuba (Astaroth - Cuiabá - MT) e a Ban-deira da Obra

Após essa abordagem, ser-nos-á possível observar, de forma bem mais cristalina, a estreita relação entre essas Ordens. Já, no final do século XIX e início do século XX, a Maçonaria teve um papel importantíssimo na vida de nosso Mestre, quando os Irmãos do Grande Oriente do Brasil e do Grande Oriente Lusitano deram ampla cobertura ao Barão Henrique Antunes da Silva Neves e esposa, e ao, então, jovem Henrique José de Souza, por ocasião dos acontecimentos em Portugal (no episódio da Rua Augusta), que culminaram com a Fundação Espiritual da Obra, levada a efeito em 28 de setembro de 1921, em São Lourenço, Minas Gerais (Revista Dhârana 231 – 1996).

No dia 11 de junho de 1949, o Professor Henrique recebeu, no Rio de Janeiro, na, então sede da instituição, uma delegação de maçons americanos, do Rito de York, a qual o saudou como seu Chefe Secreto.

Mais tarde, três Mestres Maçons, integrantes da, então, STB, orientados pelo Professor Henrique, desejosos do engrandecimento espiritual da humanidade e conhecedores dos Mistérios da Obra de JHS, foram incumbidos de criar uma Loja Maçônica, a Loja Estrela do Ocidente, com o propósito de espargir, maçonicamente, os excelsos ensinamentos do Mestre JHS.

Sua intenção com a criação da Loja Estrela do Ocidente, em São Paulo, em 28 de setembro de 1962, e das demais Instituições que vieram a se formar, a partir de então, era a de criar círculos de atividades por onde fluísse o conhecimento de sua Missão, a Missão “Y”. Essa Loja mantém, desde sua criação, em homenagem ao seu Mentor Espiritual, um “Trono Vazio”, além de um quadro com sua fotografia, em uma sala chamada “Templo do Ocidente”, que antecede à entrada do Templo Maçônico.

Posteriormente, com a “descida” do nosso Mestre, para dar mais eficácia ao trabalho da Loja Estrela do Ocidente, foi criada uma Instituição Paramaçônica, com fins espiritualistas, chamada LPD – Liga Progressista Democrática, fundada em 21 de abril de 1964, na cidade de São João del Rey. Na época, a LPD foi convidada pelo Grande Oriente do Brasil, SP, para ser a porta-voz do mundo maçônico para os profanos. Servia como um elo da Maçonaria com a, então STB, hoje, SBE.

Em 21 de abril de 1967 foi fundada a Loja Maçônica Graal do Ocidente, no Oriente de São João del Rey, MG, subordinada ao GOB-SP. Transcrevemos parte da Ata de Fundação:

“Pela Graça de Deus e do nosso Mentor, Professor Henrique José de Souza, os Irmãos que assinam o presente termo, todos subordinados ao GOB, SP, desejosos de trabalhar para o engrandecimento do Brasil e para o Advento Cíclico da Nova Civilização, através dos princípios eubióticos de Liberdade, Igualdade e Fraternidade, a fim

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de render preito de homenagem e manter, constantemente, lembrado o nome do patrono nacional – Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes – Mártir e Herói da Independência do Brasil, vêm ao Oriente de São João Del Rey, MG, incorporados em comissão em visita ao Oriente, onde nasceu esse nosso Irmão, comprometendo-se, nesta Sessão Especial da Aug Ben Benf Resp Subl Loja Capitular “Charitas”, a fundar, no Oriente de São Paulo, Capital, uma Loja Maç com o título distintivo de “Graal do Ocidente”, que funcionará no R E A A , no Templo Estrela do Ocidente, sob a égide “Ex-Ocidente Lux”, fundamentada na “Lux Populi Dei”, e Missão denominada “Y”, na comunhão de Paz e Amor Universal, subordinada ao GOB, SP” (Assinam 40 Irmãos).

Foi criada, também, a Loja Maçônica Cavaleiros do Ocidente nº 1834, Oriente de São Paulo, GOB, SP, 07 de setembro de 1971. Com isso, formava-se uma tríade: Loja Estrela do Ocidente, ligada ao Pilar da Sabedoria, representando a parte filosófica do conhecimento eubiótico; Loja Cavaleiros do Ocidente, ao Pilar da Força, representando os protetores da doutrina eubiótica; Loja Graal do Ocidente, ao Pilar da Beleza, empenhando-se na comunhão espiritual da comunidade maçônica.

Reerguida em 21 de abril de 1977, retoma suas atividades a Loja Simbólica Ypiranga nº 83, Oriente de São Paulo, SP, fundada em 15 de junho de 1847, que teve o papel de salvaguardar e proteger o trabalho, a tradição e o vínculo entre a Ordem Maçônica e a Loja LPD.

Existem documentos que comprovam, anterior à Loja Ypiranga, existir um clube político, de nome “Pátria”, visitado por D. Pedro I, atualmente, substituído pela Liga Progressista Democrática – LPD, mantida pela Loja Ypiranga. Consta, também, em seus anais, que a Marquesa de Santos presidiu, honorariamente, essa Loja.

No Rio de Janeiro, foi fundada a Loja de Estudos e Pesquisas Professor Henrique José de Souza, 09 de setembro de 1985, que funciona no primeiro domingo de cada mês e, sempre, em Loja de Estudos, com palestras e seminários.

Nessa Loja, tivemos a oportunidade de receber a visita do V. Grão-Mestre da OSG, Helio Jefferson de Souza, por ocasião das comemorações de aniversário da mesma. Um fato marcante aconteceu quando nosso Grão-Mestre e sua digníssima esposa, Dona Nízia, deram entrada sob a abóbada de aço, formada pelas espadas dos Maçons, ao som de Ladack Sherin, cantado por todos, já que a Loja é formada, em sua maioria, por Maçons-Eubiotas.

Em 02 de maio de 1995, na III Convenção Internacional de Eubiose, no Porto, em Portugal, uma delegação do Grande Oriente de Santa Catarina e do

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Supremo Conselho do Grau 33º (RS) prestou uma homenagem ao Presidente da SBE e Grão-Mestre da OSG, Hélio Jefferson de Souza, e reconheceu o Professor Henrique José de Souza como Avatara Integral e preparador da humanidade para a vinda do Avatara da Era de Aquarius.

Foi criada, em 10 de agosto de 1995, a Loja Maçônica Peregrinos do Graal nº 468, Oriente de São Paulo, jurisdicionada à Grande Loja do Estado de São Paulo. Já na cidade de Tubarão, em Santa Catarina, foi criado o Conselho de Cavaleiros Kadosch Henrique José de Souza.

A Loja Simbólica Henrique José de Souza nº 49, palco de nossa palestra, na cidade de Cuiabá, foi fundada em 09 de setembro de 2003. Idealizada pelo nosso V.I. Ronan Gomes Vilar, fundada por 11 Irmãos, Maçons e Eubiotas, dentre eles, destacamos, também, a presença do V.I. Márcio Cambahuba, atual Representante da SBE na cidade de Cuiabá.

Em 17 de julho de 2010, coube-nos a honra de fundar o Consistório de Príncipes do Real Segredo Cavaleiros do Santo Graal, na Sacrossanta Cidade de São Lourenço-MG, Capital Espiritual do Mundo. Esta Loja filosófica, responsável por iniciar os Irmãos nos Graus 31º e 32º do Rito Escocês Antigo e Aceito, está subordinada à 14ª Inspetoria Litúrgica de MG, em cuja frente temos a subida honra de estar como Grande Inspetor Litúrgico, sob a jurisdição do Supremo Conselho do Grau 33º do R E A A da Maçonaria para a República Federativa do Brasil. Em nossa Inspetoria Litúrgica contamos, também, com a prestimosa participação do Irmão Eubiota-Maçom

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Márcio Cambahuba (Maçom/ Representante da SBE Cuiabá-MT/organizador do evento) foi home-nageado

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João Geraldo de Freitas Camanho, Delegado Litúrgico e um dos revisores desta Revista.

O V. Grão-Mestre da OSG, ao longo de sua presidência, procurou manutenir esse harmonioso relacionamento entre as duas Ordens, em diversos momentos. A exemplo de 1995, quando foi recebido pelo Grão-Mestre Geral do Grande Oriente do Brasil, em Brasília, o então, Eminente Irmão Francisco Murilo Pinto. Tal visita foi retribuída no Templo de São Lourenço, quando o Eminente Grão-Mestre e sua Comitiva participaram de um Ritual Eubiótico, um momento memorável, de que tivemos o privilégio de participar.

Outro marcante acontecimento se deu em Londres, quando o V. Helio foi recebido pelo Grão-Mestre da Grande Loja Unida da Inglaterra, considerada a Grande Loja Maçônica Mãe do Mundo.

A Eubiose e a Maçonaria são as duas colunas que mantêm firme e resistente o majestoso Templo da Verdade, como nos esclarece o trecho abaixo, nas palavras do Professor Henrique José de Souza, publicadas na Revista Dhâranâ nº 231, Ano 72, 1996, página 5:

“A Teosofia (Eubiose) é a Sabedoria dos Deuses, no seu duplo aspecto de Amor e de Verdade. A Maçonaria, por sua vez, é a gloriosa mensageira da Verdade e do Bem, que, através dos séculos, vem abrindo largo sulco de caridade e de justiça. Ambas se fundem numa só Força e Poder, porquanto representam as mais valiosas correntes para organização do edifício social, os meios mais eficientes para a realização do sublime ideal da Hierarquia Oculta, a fraternidade humana, e, ainda, o poder mágico e infalível de cada homem poder decifrar o misterioso enigma de Esfinge Interna”.

Ainda, fazendo alusão à Maçonaria, transcrevemos mais um trecho com as palavras do nosso Mestre JHS, Revista Dhâranâ nº 231, Ano 72, 1996, página 17:

“Os grandes Seres que dirigem o destino da humanidade, principalmente, Aquele que se acha à frente da grande Obra da América Latina, servem-se de todos os grandes centros de atividades espiritualistas. A Maçonaria será, talvez, a que maiores serviços prestará à causa que nos empolga, porém já está entendido, passando pela grande reforma de que se vem ressentindo há tempo. Mister se faz que o “Ramo da Acácia” de todos os tempos não venha a secar sobre o túmulo glorioso dos seus antepassados!

Os tempos são chegados, e Hiram vai ressuscitar dentro de cada um daqueles que quiserem imitar o eterno gesto do Supremo Arquiteto: construir, edificar cousas belas e perfeitas para a Grande Obra da humanidade. Maçons e Teósofos (eubiotas), uni-vos! Uni-vos na verdadeira fraternidade, para construirmos um Brasil

digno de ser o Berço da Nova Civilização, a nação portadora da espiritualidade para a Nova Era!”

Portanto, torna-se mais do que notória a estreita ligação entre essas duas nobres Instituições: a Ordem Maçônica, possuindo uma estrutura organizacional fantástica, sendo inegável sua facilidade de comunicação e representatividade em todos os quadrantes do planeta; a Sociedade Brasileira de Eubiose, detentora dos mais excelsos ensinamentos na atualidade, deixados por nosso Mestre, em sua prístina pureza, a fim de reconstruir e preparar o mundo para o Grande Advento da Era de Aquarius.

Coube-nos a honra de, eubioticamente, como um humilde arauto da Obra de nosso Mestre e, maçonicamente, como um (re) construtor do edifício humano, atender ao convite da Maçonaria Matogrossense, saciando-lhes a sede do saber sobre a Vida e a Obra de nosso Augusto Mestre, o que nos possibilitou espargir seus excelsos ensinamentos, despertando-os para o verdadeiro Caminho da Iniciação.

Permita-nos encerrar com as palavras do Mestre JHS:

“Reconstruir é o brado que nos compete! Sim, reconstruir o homem, o pensamento, a moral, os costumes; reconstruir o Lar, a Escola, o Caráter, para que o cérebro se transmude ao lado do coração. Só assim, a humanidade se tornará digna do estado de consciência que é exigido pela Nova Civilização”.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICASOUZA, Henrique José de. Revista Dhâranâ nº 231, Ano 72, 1996, páginas 5 e 17. São Lourenço: Ed. CEP, 1996.

Árvore Acácia

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