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Colecção Formação Modular Automóvel SISTEMAS DE AVISO ACÚSTICOS E LUMINOSOS SISTEMAS DE AVISO ACÚSTICOS E LUMINOSOS COMUNIDADE EUROPEIA Fundo Social Europeu

Eletricidade de AUTOS_BUZINAS.jsp

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Eletricidade aplicada à automóveis.

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  • Coleco

    Formao Modular Automvel

    SISTEMAS DE AVISO ACSTICOS ELUMINOSOS

    SISTEMAS DE AVISO ACSTICOS ELUMINOSOS

    COMUNIDADE EUROPEIAFundo Social Europeu

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Referncias

    Coleco Formao Modular Automvel

    Ttulo do Mdulo Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    Coordenao Tcnico-Pedaggica CEPRA Centro de Formao Profissional da Reparao Automvel Departamento Tcnico Pedaggico

    Direco Editorial CEPRA Direco

    Autor CEPRA Desenvolvimento Curricular

    Maquetagem CEPRA Ncleo de Apoio Grfico

    Propriedade Instituto de Emprego e Formao Profissional Av. Jos Malhoa, 11 - 1000 Lisboa

    1 Edio Portugal, Lisboa, Fevereiro de 2000

    Depsito Legal 148197/00

    Produo apoiada pelo Programa Operacional Formao Profissional e Emprego, cofinanciado peloEstado Portugus, e pela Unio Europeia, atravs do FSE

    Ministrio de Trabalho e da Solidariedade Secretaria de Estado do Emprego e Formao

    Copyright, 2000 Todos os direitos reservados

    IEFP

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    ndice

    NDICE

    DOCUMENTOS DE ENTRADA

    OBJECTIVOS GERAIS ................................................................................ E.1

    OBJECTIVOS ESPECFICOS ...................................................................... E.2

    PR - REQUISITOS...................................................................................... E.4

    CORPO DO MDULO

    0 INTRODUO .........................................................................................0.1

    1 - BUZINAS ..................................................................................................1.1

    1.1 GRANDEZAS ACSTICAS..................................................................................... 1.1

    1.2 - CARACTERSTICAS; LEGISLAO .................................................................... 1.3

    1.3 - TIPOS DE BUZINAS; MONTAGEM ................................................................................. 1.4

    1.4 - BUZINAS DE MEMBRANA VIBRATRIA (ELECTROMAGNTICOS) ................ 1.5

    1.4.1 - PRINCPIO DE FUNCIONAMENTO ....................................................... 1.5

    1.4.2 - MANUTENO E AFINAO .............................................................. 1.10

    1.4.3 - AVARIAS............................................................................................... 1.10

    1.5 - BUZINAS PNEUMTICAS .................................................................................. 1.12

    1.6 - BUZINAS MLTIPLAS ........................................................................................ 1.13

    1.7 - ESQUEMAS DE LIGAO ................................................................................. 1.14

    2 - INDICADORES DE DIRECO - PISCAS ..............................................2.1

    2.1 - CARACTERSTICAS; LEGISLAO .................................................................... 2.1

    2.2 - COMUTADOR DE PISCAS................................................................................... 2.4

    2.3 - AUTOMTICO DE PISCAS................................................................................... 2.5

    2.3.1 - AUTOMTICO DE PISCAS ELECTROMAGNTICO E TRMICO........ 2.6

    2.3.2 - AUTOMTICO DE PISCAS ELECTRNICO ......................................... 2.7

    2.4 - LUZES AVISADORAS DE PERIGO/EMERGNCIA .......................................... 2.10

    2.4.1 - CARACTERSTICAS; LEGISLAO .................................................... 2.10

    2.4.2 - FUNCIONAMENTO............................................................................... 2.11

    2.5 - ESQUEMAS ELCTRICOS ................................................................................ 2.12

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    ndice

    3 - LUZES DE TRAVAGEM .......................................................................... 3.1

    3.1 - LEGISLAO ........................................................................................................3.1

    3.2 - CARACTERSTICAS E TIPOS ..............................................................................3.4

    3.3 - MODOS DE ACCIONAMENTO DAS LUZES DE TRAVAGEM .............................3.6

    3.4 - SINALIZADORES ..................................................................................................3.8

    3.5 - ESQUEMAS ELCTRICOS...................................................................................3.9

    4 - LUZES DE MARCHA ATRS ................................................................. 4.1

    4.1 - LEGISLAO ........................................................................................................4.1

    4.2 - CARACTERSTICAS E FUNCIONAMENTO .........................................................4.2

    4.3 - ESQUEMAS ELCTRICOS...................................................................................4.4

    5 - LUZES DE NEVOEIRO RECTAGUARDA........................................... 5.1

    5.1 - CARACTERSTICAS .............................................................................................5.1

    5.2 - CONSTITUIO....................................................................................................5.2

    5.3 - ESQUEMAS ELCTRICOS...................................................................................5.3

    6 - LUZES DE PRESENA.......................................................................... 6.1

    6.1 - LEGISLAO .......................................................................................................6.1

    6.2 - LUZES DE PRESENA FRENTE...................................................................6.4

    6.3 - LUZES DE PRESENA RETAGUARDA ..........................................................6.6

    6.4 - ACCIONAMENTO AUTOMTICO DAS LUZES DE PRESENA .........................6.8

    6.5 - AVISADOR ACSTICO DE LUZES ACESAS.......................................................6.9

    6.6 - ESQUEMAS ELCTRICOS...................................................................................6.9

    7 - LUZES ROTATIVAS E INTERMITENTES.............................................. 7.1

    7.1 - LEGISLAO - APLICAO, CARACTERSTICAS.............................................7.1

    7.2 - CONSTITUIO; FUNCIONAMENTO ..................................................................7.2

    7.3 - SIRENES...............................................................................................................7.3

    7.4 - ESQUEMAS ELCTRICOS...................................................................................7.5

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos

    ndice

    8 - INDICADORES E AVISOS NO PAINEL DE INSTRUMENTOS...............8.1

    8.1 - INDICADORES OBRIGATRIOS......................................................................... 8.3

    8.2 - OUTROS INDICADORES - SIMBOLOGIA............................................................ 8.6

    9 - MONTAGEM DE FICHAS PARA ATRELADOS......................................9.1

    10 - LMPADAS..........................................................................................10.1

    BIBLIOGRAFIA ............................................................................................ C.1

    DOCUMENTO DE SADA

    PS-TESTE.................................................................................................. S.1

    CORRIGENDA DO PS-TESTE.................................................................. S.9

    ANEXOS

    EXERCCIOS PRTICOS............................................................................. A.1

    GUIA DE AVALIAO DOS EXERCCIOS PRTICOS ............................. A.5

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos E.1

    Objectivos Gerais e Especficos do Mdulo

    OBJECTIVOS GERAIS E ESPECFICOS

    No final do estudo deste mdulo, deve o formando ser capaz de:

    OBJECTIVOS GERAIS DO MDULO

    No final deste mdulo os formandos devero ser capazes de identificar e descre-

    ver os diversos avisadores e sinalizadores acsticos e luminosos, bem como

    conhecer as caractersticas e particularidades dos mesmos. Devero ainda ser

    capazes de proceder sua instalao e manuteno.

    OBJECTIVOS ESPECFICOS

    Descrever o princpio de funcionamento dos diferentes tipos de avisa-

    dores electro-acsticos.

    Identificar as grandezas que caracterizam um avisador acstico, de

    acordo com as suas funes:

    Intensidade do som

    Frequncia do som

    Tenso de alimentao

    Corrente consumida

    Instalar correctamente uma buzina, a partir de um esquema.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos E.2

    Objectivos Gerais e Especficos do Mdulo

    Conhecer a Regulamentao Nacional relativa aos diversos avisado-res e sinalizadores elctricos.

    Descrever os diferentes tipos de luzes de piscas e referir as suas caractersticas. Ler e interpretar um esquema de piscas. Identificar as funes das luzes de travagem e de marcha atrs Descrever o principio de funcionamento das luzes de travagem e marcha atrs. Definir as caractersticas e funes das luzes de presena. Identificar os locais de montagem dos faris de nevoeiro. Descrever o funcionamento das luzes rotativas. Referir as caractersticas e as aplicaes das luzes rotativas.

    Efectuar a montagem de luzes rotativas, a partir dos respectivos esquemas elctricos.

    Identificar e descrever os diversos Indicadores e Avisadores do pai-

    nel de instrumentos.

    Ler e interpretar esquemas dos diversos sistemas de aviso lumino-sos.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos E.3

    Objectivos Gerais e Especficos do Mdulo

    Descrever e identificar os vrios tipos de lmpadas utilizadas nos sis-temas luminosos. Garantir a manuteno e reparao dos sistemas, com base nos res-pectivos esquemas e dados tcnicos dos fabricantes.

  • Sistemas de aviso acsticos e luminosos E.4

    Pr-Requisitos

    Introdu o a o Automve l

    De se nho T c nic o Ma te m tic a (c lc ulo)

    Fsic a , Qumic a e Ma te ria is

    Orga niza o O fic ina l

    LEG ENDA

    Mdulo em estudo Pr-Requisito

    S iste ma s de Aviso Ac stic os e Luminosos

    S iste ma s de Igni o

    S iste ma s de Comunic a o

    Te c nologia dos S e mi- Condutore s -

    Compone nte s

    C lc ulos e Curva s Ca ra c te rstic a s do

    Motor

    S iste ma s de Admiss o e de

    Esc a pe

    Tipos de Ba te ria s e sua Ma nute n o

    Ma gne tismo e Ele c troma gne tismo

    - Motore s e G e ra dore s

    S iste ma s de Ca rga e Arra nque

    Constru o da Insta la o El c tric a

    Lubrific a o de Motore s e

    Tra nsmiss oAlime nta o Die se l

    S iste ma s de Alime nta o por

    Ca rbura dor

    Le itura e Inte rpre ta o de

    Esque ma s El c tric os Auto

    Distribui o

    Compone nte s do S iste ma El c tric o e

    sua S imbologia

    Ele c tric ida de B sic a

    Emisse s P olue nte s e

    Dispositivos de Controlo de

    Emisse s

    S iste ma s de S e gura n a Ac tiva

    S iste ma s de Tra va ge m

    Antibloque io

    S iste ma s de Inje c o

    Ele c trnic a

    V e ntila o For a da e Ar

    Condic iona do

    S iste ma s de Tra va ge m

    Hidr ulic os

    Fe rra me nta s Ma nua is

    Te rmodin mic aMa nute n o P rogra ma da

    P roc e ssos de Tra a ge m e

    P unc iona me nto

    P roc e ssos de Corte e De sba ste

    OUTROS MDULOS A ESTUDAR

    An lise de G a se s de Esc a pe e Opa c ida de

    P roc e ssos de Fura o,

    Ma ndrila ge m e Rosc a ge m

    G a se s Ca rbura nte s e Combust o

    No e s de Me c nic a

    Automve l pa ra GP L

    Constitui o e Func iona me nto do Equipa me nto Con-

    ve rsor pa ra G P L

    Le gisla o Espe c fic a sobre

    G P L

    Dia gnstic o e Re pa ra o e m S iste ma s c om

    Ge st o Ele c trnic a

    Dia gnsic o e Re pa ra o e m

    S iste ma s El c tric os

    Conve nc iona is

    Roda s e P ne us

    No e s B sic a s de S olda dura Me trologia

    rg os da S uspe ns o e se u Func iona me nto

    Ge ome tria de Dire c o

    S iste ma s de Inje c o Me c nic a

    Dia gnstic o e Re pa ra o e m

    S iste ma s Me c nic os

    Dia gnstic o e Re p. de Ava ria s no

    S iste ma de S uspe ns o

    Unida de s Ele c trnic a s de

    Coma ndo, S e nsore s e Ac tua dore s

    S iste ma s de Informa o

    S iste ma s de S e gura n a

    P a ssiva

    S iste ma s de Dire c o

    Me c nic a e Assistida

    S iste ma s de Tra nsmiss o

    S iste ma s de Conforto e S e gura n a

    Embra ia ge m e Ca ixa s de

    V e loc ida de s

    COLECO FORMAO MODULAR AUTOMVEL

    Circ . Inte gra dos, Mic roc ontrola dore

    s e Mic roproc e ssa dore

    s

    Re de de Ar Comp. e Ma nute n o de

    Fe rra me nta s P ne um tic a s

    S iste ma s Ele c trnic os Die se l

    Ca ra c te rstic a s e Func iona me nto

    dos Motore s

    Foc a ge m de Fa risL mpa da s, Fa ris e Fa rolins

    S iste ma s de Arre fe c ime nto

    S obre a lime nta o

    Re de El c tric a e Ma nute n o de

    Fe rra me nta s El c tric a s

    PR-REQUISITOS

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 0.1

    Introduo

    0 INTRODUO Nos automveis actuais os Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos assumem uma

    importncia fundamental. imprescindvel que durante a marcha de um veculo o seu

    condutor possa informar os outros das manobras que esteja ou pretenda vir a efectuar.

    Essa importncia reconhecida na legislao internacional (nomeadamente a euro-

    peia), que define em pormenor as caractersticas que estes sistemas devem possuir, e

    os torna obrigatrios em todos os veculos.

    Embora todos os sistemas tratados neste mdulo devam existir de origem em todos os

    veculos, o tcnico deve estar devidamente habilitado para proceder sua manuteno,

    bem como efectuar eventuais modificaes, sempre de acordo com a legislao.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 1.1

    Buzinas

    1 - BUZINAS

    1.1 - GRANDEZAS ACSTICAS

    Quando um corpo vibra, produz um som. A energia ou fora das vibraes transmite-se

    s molculas do ar circundante e pe-nas em movimento. Por sua vez, as molculas

    de ar ao moverem-se, chocam com outras molculas vizinhas, e estas com as seguin-

    tes. Isto significa que as molculas juntam-se e voltam a separar-se. Este movimento

    provoca uma variao na presso do ar a que se d o nome de onda sonora. A onda

    sonora propaga-se sob a forma de uma onda longitudinal, com uma velocidade de 340

    m/s (na gua com 1430 m/s e no ao com 5000 m/s).

    Intensidade ou volume de som

    A intensidade do som, que normalmente se mede em dB(A), est relacionada com a

    amplitude da presso da vibrao e com a presso gerada. Para ser perceptvel ao

    ouvido humano, a presso sonora deve ser superior a cerca de 2.10-4 bar (20Pascal ou 0 dB(A));a este valor chama-se limite inferior de audibilidade.

    Fig. 1. 1 Mecanismo de propagao de uma onda sonora

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 1.2

    Buzinas

    O limite superior de audibilidade corresponde presso a partir da qual o ser humano

    sente dor, podendo mesmo sofrer danos irreversveis no aparelho auditivo. Este valor

    situa-se volta dos 120 dB(A).

    A frequncia ou tonalidade do som depende da velocidade com que as molculas

    vibram e mede-se em Hz. A banda de frequncias perceptvel para o ouvido humano

    situa-se entre os 16 Hz (sons graves) e os 20 kHz (sons agudos).

    Fig.1.2 Relao entre a intensidade e frequncia de som

    Fig. 1.3 Intensidade de som; exemplos

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 1.3

    Buzinas

    1.2. CARACTERSTICAS - LEGISLAO

    Os avisadores sonoros (buzinas) instalados nos automveis devem estar homolo-

    gados. No espao comunitrio Europeu, as buzinas devem cumprir as prescries

    tcnicas regulamentadas pela Directiva 70/388/CEE.

    As caractersticas principais so:

    a) A banda de frequncia do som emitido pela buzina deve situar-se

    entre 1800 e 3550 Hz, e no pode variar durante o perodo de funcio-

    namento.

    b) A buzina, quando instalada no veculo, deve emitir um som com uma

    intensidade (presso sonora) igual ou superior a 93 d(A). Este valor

    deve ser obtido a 7 m frente do veculo, estando este em terreno livre

    e solo regular, com o motor parado e alimentado com a sua tenso

    nominal.

    A presso deve manter-se constante durante o funcionamento.

    c) O atraso que decorre entre o momento de entrada em aco e o

    momento em que o som atinge o valor prescrito, no deve ser superior

    a 0,2 segundos.

    d) A utilizao de sirenes ou buzinas com sons variveis, melodias ou res-

    sonantes, est proibida com excepo para alguns veculos de servios

    oficiais. As buzinas de funcionamento pneumtico ou electropneumti-

    co devem ter, nas condies de alimentao fixadas para os aparelhos

    pelos fabricantes, as mesmas caractersticas requeridas para os avisa-

    dores sonoros alimentados electricamente.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 1.4

    Buzinas

    1.3. TIPOS DE BUZINAS; MONTAGEM

    As buzinas podem ser de dois tipos bsicos:

    Ou se transforma a energia elctrica em energia sonora

    (electromagntica).

    Ou utiliza-se uma corrente de ar comprimido para gerar o som.

    As buzinas do primeiro tipo so as mais utilizadas enquanto que as do segundo

    tipo s se utilizam em casos especficos (por exemplo camies), j que geram sons

    de maior intensidade.

    Em qualquer um dos casos, as buzinas so montadas na parte dianteira do veculo

    e orientadas no sentido da marcha.

    Na figura 1.4 temos representadas as posies que as buzinas dos dois tipos ocu-

    pam normalmente nos camies.

    Fig.1.4 Posio das buzinas num camio

    1 Buzina de som baixo 2 Buzina pneumtica de som forte

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 1.5

    Buzinas

    A fixao estrutura do veculo deve ser feita atravs de um dispositivo flexvel, de

    modo a evitar que as vibraes da buzina se transmitam estrutura e interfira com

    a frequncia e com o volume do som.

    O funcionamento das buzinas sensvel tenso que chega aos seus terminais.

    Por isso normalmente so alimentadas a partir de um rel, principalmente quando

    so instaladas duas buzinas em paralelo.

    1.4. - BUZINAS DE MEMBRANA VIBRATRIA/ELECTROMAGNTICAS

    As buzinas mais utilizadas so as electromagnticas. Para entender o funciona-

    mento destes dispositivos, vamos comear por descrever a forma de produzir som

    a partir de uma corrente elctrica.

    1.4.1. PRINCPIO DE FUNCIONAMENTO

    A figura 1.5 apresenta-nos, de uma forma simplificada, o esquema de funciona-

    mento de uma buzina electromagntica.

    Fig. 1.5 - Esquema de funcionamento de uma buzina electromagntica

    A placa mvel

    B condensador

    C contactos

    L enrolamento

    M membrana vibratria

    N - ncleo

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 1.6

    Buzinas

    Como se pode ver, constituda por um ncleo magntico laminado (N) que

    constitui o ncleo de um electroman. Sobre este ncleo existe uma bobine elc-

    trica (L), que ao ser percorrida por uma corrente elctrica ir criar uma fora que

    atrai a placa mvel (A), a qual est acoplada membrana vibratria (M). Quando

    o man atrai a placa mvel (A), separam-se os contactos (C) e na bobina (L) a

    corrente interrompida. No havendo circulao de corrente, o electroman deixa

    de actuar, e a placa mvel (A) volta posio inicial de repouso, por aco da

    membrana. Nessa posio, os contactos (C) voltam a fechar-se, ligando o circui-

    to. Assim o electroman volta a atrair a membrana, a qual separa novamente os

    contactos, e assim sucessivamente. Este ciclo repete-se enquanto a buzina for

    alimentada.

    Em paralelo com os contactos (C) existe um condensador (B), atravs do qual os

    contactos so protegidos. Se o condensador no existisse, no momento em que

    os contactos se separassem, interrompendo a corrente elctrica, saltaria uma

    fasca entre eles, que levaria sua rpida destruio. Com o condensador em

    paralelo, a corrente tende a desviar-se para ele no momento em que se abrem os

    contactos.

    A distncia do entreferro entre a placa mvel e o ncleo magntico pode variar

    atravs de um parafuso de afinao. Atravs dele a vibrao da membrana (M)

    pode ser mais rpida ou mais lenta, o que faz com que o maior ou menor nmero

    de vibraes por minuto tome o som mais agudo ou mais grave.

    Diminuindo o entreferro, pode-se aumentar a intensidade da corrente e desta for-

    ma aumentar a frequncia do som (mais agudo).

    Como se conclui, desta explicao, o som resulta da vibrao da membrana. Ao

    vibrar, a membrana faz mover o ar circundante. O ar forma uma onda que se pro-

    paga para o exterior, e que, pela frequncia com que vibra, uma onda sonora.

    Depois desta descrio do principio de funcionamento das buzinas, iremos anali-

    sar a constituio de uma buzina real (figura 1.6), identificando e descrevendo os

    principais elementos que a constituem.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 1.7

    Buzinas

    Sobre um corpo com a forma de trompa em espiral (1), est fixada a placa de

    suporte (2). Em ambos os lados encontra-se a membrana (3), qual est fixado o

    perno central (4). No centro da placa de suporte (2) est colocado o ncleo (5), no

    qual se encontra a bobine (6), responsvel pela fora magntica que faz funcionar

    a buzina. O perno central (4), que atravessa o ncleo, fixado armadura (7)

    atravs da porca (8). A membrana (3), com o perno central (4) e a armadura (7),

    formam a parte mvel da buzina. No suporte (9) esto fixados os componentes do

    ruptor (10): o contacto fixo (11) e o contacto mvel (12), montado num brao flex-

    vel.

    Como se pode ver na figura, os contactos esto fechados enquanto a buzina est

    em repouso.

    O circuito elctrico semelhante ao descrito anteriormente. A figura 1.7 representa

    o esquema elctrico deste tipo de buzina.

    Fig. 1.6 - Vista em corte de uma buzina electromagntica

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 1.8

    Buzinas

    O interruptor de comando (1), que normalmente se encontra no volante do veculo, esta-

    belece a ligao da corrente elctrica entre a bateria e enrolamento do electroman (2). A

    corrente circula atravs dos contactos (5) para a massa.

    Ao passar pelo enrolamento (2) a corrente magnetiza o ncleo (3), e este atrai a armadu-

    ra (8), como mostra a figura 1.8.

    Entretanto os contactos (5) abrem, por aco da armadura (8), interrompendo novamente

    a corrente. Ento o ncleo volta a ficar desmagnetizado, e a mola faz com que ele volte

    sua posio de repouso (novamente figura 4). Os contactos (5) voltam a fechar-se, a

    corrente circula e o ciclo repete-se.

    Fig. 1.7 - Esquema elctrico de uma buzina electromagntica

    Fig. 1.8 - Esquema elctrico de uma buzina electromag-ntica na posio de desligado

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 1.9

    Buzinas

    Este processo repete-se um elevado nmero de vezes por minuto, o que d origem ao

    som. A frequncia do som igual ao nmero de vibraes que a membrana sofre por

    segundo.

    Embora o aspecto das buzinas possa variar de fabricante para fabricante, a sua configu-

    rao bsica sempre semelhante. Na figura 1.9 apresenta-se uma buzina electromag-

    ntica tpica sem a tampa que a protege e aos seus elementos mecnicos contra o p.

    Na figura esto assinalados, atravs

    dos nmeros 1 e 2, a porca e a con-

    traporca de segurana, atravs dos

    quais se pode afinar a qualidade do

    som emitido. Atravs destes elemen-

    tos podemos ajustar o nmero de

    vibraes por segundo da membrana,

    o nmero 3 assinala o terminal para a

    ligao elctrica.

    1 e 2 - Porca e contraporca de ajuste; 3 - Terminal de ligao

    Fig. 1.9 Buzina electromagntica sem tampa

    Figura 1.10 Vista posterior duma buzina

    1 - Parafuso de ajuste

    2 - Parafusos de fixao da bobine

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 1.10

    Buzinas

    1.4.2. MANUTENO E AFINAO

    Hoje em dia, as buzinas so constitudas de tal forma que a sua reparao quase no

    necessrio. Optando-se quase sempre pela sua substituio quando acontece qualquer

    avaria.

    Mesmo as mais antigas buzinas no exigem grandes trabalhos de afinao e manuten-

    o. A nica excepo ocorre quando os contactos se desgastam ao fim de muitas horas

    de servio.

    As vibraes excessivas podem diminuir a vida destes equipamentos pelo que se deve

    garantir que as buzinas se encontrem sempre bem fixas, atravs de um suporte flexvel

    que a isole das vibraes prprias do motor e das irregularidades do solo por onde circu-

    la o veculo. Nestas condies, a buzina poder durar toda a vida til do veculo. Os con-

    tactos, no entanto, sofrem um desgaste natural, embora sejam protegidos pelo condensa-

    dor.

    Podem, por isso, necessitar de um ajuste pontual, para o que existe um parafuso, acess-

    vel do exterior, para afinao.

    Na figura 1.10, pode-se ver esse parafuso (1). Os parafusos (2) servem para fixar a bobi-

    na elctrica. Na mesma figura, podemos tambm ver umas porcas que tem o mesmo

    objectivo. A afinao com os referidos parafusos pouco frequente e, normalmente, bas-

    ta rodar 15 a 30 para conseguir um som semelhante ao original. Deste modo, compen-

    sa-se o desgaste produzido nos contactos devido ao uso.

    1.4.3. AVARIAS

    As buzinas electromagnticas podem apresentar dois sintomas de mau funcionamento:

    ou no produz som, ou produz um som com defeito.

    Sintoma: A buzina no produz som

    A primeira coisa a verificar a alimentao elctrica. Para isso basta desligar o cabo de

    alimentao da buzina e verificar com um voltmetro se chega corrente a esse ponto,

    quando se acciona o boto de comando. Se nestas condies no chegar corrente, deve

    verificar-se o estado do fusvel, do interruptor de comando e do prprio cabo. No entanto,

    se chegar uma tenso aproximadamente igual da bateria, a avaria estar na buzina.

    Verificar ento se existe uma boa massa e se a fixao est correcta. Se isso acontecer,

    o defeito poder estar num de dois pontos possveis:

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 1.11

    Buzinas

    a) Analisar o estado dos contactos. Verificar se no existem ves-

    tgios de carvo sua volta e se a superfcie de contacto no

    se apresenta queimada ou com sinais de evidentes desgas-

    te.Se os contactos no estiverem muito danificados, poder

    ser um problema de afinao, e ser ultrapassado sem exigir a

    substituio dos mesmos. Se os contactos estiverem muito

    queimados, a soluo poder consistir na sua substituio.

    No entanto, este caso s acontece quando a buzina, antes de

    deixar de tocar, j tocava mal.

    b) Verificar se a bobine tem continuidade. Poder estar interrom-

    pida ou em curto circuito, o que levaria a que no houvesse

    corrente, ou ento essa corrente no gerasse uma fora mag-

    ntica com fora suficiente para mover a armadura.

    Sintoma: A buzina produz um som com defeito

    Quando a buzina deixa de emitir um som claro e afinado, sinal que existe uma

    avaria. Deve-se, antes de tudo, ajustar-se o entreferro.

    As avarias que provocam este defeito so as seguintes:

    a) Os contacto esto desafinados, sujos ou defeituosos. Neste

    caso, deve proceder-se como j foi descrito.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 1.12

    Buzinas

    b) A bobine est em curto-circuito. Isto significa que dois ou mais

    espirais da bobine perderam o isolamento e fazem curto-

    circuito. Neste caso, e dependendo do local do curto-circuito, a

    fora magntica criada pela corrente poder ser praticamente a

    mesma ou muito inferior. Consoante o caso, o som produzido

    poder no ser muito diferente do normal ou chegar mesmo a

    no produzir som.

    Neste caso, ser necessrio substituir a bobine.

    c) Membrana avariada. Para alm dos problemas elctricos,

    poder acontecer que a membrana esteja danificada ou

    mala montada. Tambm a existncia de vibraes excessi-

    vas, devidas a uma fixao deficiente da buzina, poder ser

    a causa destas avarias.

    1.5. BUZINAS PNEUMTICAS

    As buzinas pneumticas so utilizadas principalmente na circulao em estrada, devido

    ao seu som forte e de longo alcance. Elas so constitudas tambm, por uma membrana

    que vibra na presena de um corrente de ar.

    A corrente de ar pode ser gerada por um motor elctrico ou por uma instalao pneumti-

    ca. Em qualquer dos casos, o comando da buzina poder ser elctrico.

    Na figura 1.11 apresentado um esquema elctrico de comando destas buzinas.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 1.13

    Buzinas

    1.6. BUZINAS MLTIPLAS

    As buzinas mltiplas tambm so designadas como buzinas de dois ou mais sons ou

    buzinas associadas.

    Como se disse no captulo 1.2, a largura de banda de uma buzina devem situar-se entre

    1800 e 3550 KHz. Atendendo ao mecanismo de propagao do som no ar, a buzina ideal

    deveria emitir um som que cobrisse toda essa banda de frequncias, de forma a que o

    mesmo fosse audvel a longas distncias e em situaes de rudo ambiente intenso. No

    entanto, como foi dito nos captulos anteriores, quer a intensidade, quer a frequncia do

    som emitido, dependem das caractersticas fsicas da buzina, e torna-se quase imposs-

    vel cobrir toda a banda de frequncias (1800kHz 3550kHz) com uma nica buzina.

    Fig. 1.11 - Esquema elctrico de comando de uma buzina elctro pneumtica

    1 Fusvel de proteco

    2 Unidades de ar comprimido

    3 Unidades de comando

    4 Interruptor de buzina

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 1.14

    Buzinas

    Para se conseguir, ento, um som simultaneamente intenso e com boa banda de fre-

    quncias, utilizam-se duas (nalguns casos trs) buzinas com caractersticas acsticas

    diferentes montadas em paralelo, s quais se chama buzinas mltiplas. Este tipo de

    montagem pode ser feito quer com buzinas electromagnticas quer com buzinas pneu-

    mticas.

    O esquema elctrico da figura 1.13 inclui uma buzina deste tipo (B2 e B3), que ali-

    mentada atravs dum rel (K1).

    1.7. ESQUEMAS DE LIGAO

    Na figura 1.12 representado o esquema elctrico de comando duma buzina electro-

    magntica.

    Fig. 1.12 Esquema de uma buzina electromagntica

    S1 Comutador de chave

    S2 Interruptor de coman-do

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 1.15

    Buzinas

    A linha B+/30 representa a alimentao directa da bateria. Neste exemplo a buzina s

    funciona se o comutador principal de chave (S1) estiver accionado. O interruptor S2, do

    tipo normalmente aberto, ao ser accionado permite que a buzina fique ligada massa,

    fechando desta forma o circuito.

    Na figura 1.13 representa-se o esquema elctrico de um sistema de trs buzinas, vulgar-

    mente utilizado nos veculos pesados: a buzina B1 emite um som de baixa intensidade e

    destina-se a ser utilizada dentro das localidades; as buzinas B2 e B3, que emitem sons

    diferentes e de elevada intensidade, constituem uma buzina mltipla e destinam-se a

    serem utilizadas fora das localidades.

    Este tipo de buzinas mltiplas bastante utilizada em veculos pesados

    Fig. 1.12 Esquema elctrico de um sistema de trs buzinas

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 1.16

    Buzinas

    O comutador/inversor S2 possui encravamento e atravs dele possvel seleccionar a

    B1 ou as buzinas B2 e B3. Se estiver na posio representada (posio 1) ao ser accio-

    nado S3 a buzina B1 ser alimentada; se S3 estiver na posio 2 ao ser accionado S3 o

    rel K1 ser activado e atravs do seu contacto sero alimentadas as buzinas B2 e B3.

    Desta forma consegue-se atravs do mesmo interruptor comandar a buzina B1, ou em

    alternativa as buzinas B2 e B3, dependendo da posio do comutador S2.

    Note-se que nos esquemas das figuras 1.12 e 1.13 as buzinas s funcionam se o comu-

    tador principal de chave estiver accionado. Na prtica isto nem sempre acontece. vul-

    gar as buzinas funcionarem independentemente de o interruptor de ignio estar accio-

    nado ou no. Nestes casos a buzina alimentada directamente a partir da bateria.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 2.1

    Indicadores de mudana de direco Piscas

    2. INDICADORES DE MUDANA DE DIRECO - PISCAS

    2.1. CARACTERSTICAS; LEGISLAO

    Os veculos automveis ligeiros e pesados e seus reboques devem possuir luzes indica-

    doras de mudana de direco, com as seguintes caractersticas:

    a) Nmero:

    Automveis ligeiros e pesados quatro luzes;

    Reboques duas luzes;

    b) Para alm das luzes referidas na alnea anterior, permitida a monta-gem nos veculos automveis ligeiros e pesados de luzes indicadoras de mudana de direco laterais;

    c) Cor da luz emitida:

    Para a frente branca ou laranja;

    Para a retaguarda vermelha ou laranja;

    Para o lado laranja;

    Luz elevada dos traves

    Luzes dianteira de presena

    Farois Luz dianteira do pis-ca de direco

    Luz traseira do pis-ca de direco

    Luzes dos traves/luzes traseiras

    Luz traseira de nevoeiro

    Luz de mar-cha-trs

    Luz de cha-pa de matrcula

    Fig. 2.1 Luzes indicadoras de mudana de direco

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 2.2

    Indicadores de mudana de direco Piscas

    d) Deve ser respeitado o seguinte posicionamento:

    Em largura:

    Devem estar situadas a uma distncia mxima dos extremos que

    delimitam as dimenses do veculo de 400 mm;

    Devem estar situadas a uma distncia mnima de 600 mm uma da

    outra; quando a largura do veculo for inferior a 1300 mm, aquela dis-

    tncia pode ser reduzida para 400 mm

    Em altura:

    Devem ser colocadas a uma altura do solo compreendida entre 350

    mm e 1500mm;

    Se a forma da carroceria no permitir respeitar a altura mxima de

    1500 mm, aquele valor ser elevado para 2100 mm;

    No caso das luzes laterais, a altura ao solo deve estar compreendida

    entre 500 mm e 1500 mm;

    Se a forma do veculo no permitir respeitar a altura mxima de 1500

    mm, aquele valor deve ser elevado para 2300 mm;

    e) A luz emitida deve ser intermitente;

    f) A ligao das luzes indicadoras de mudana de direco ser inde-

    pendente de qualquer outra luz. Todas as luzes indicadoras de

    mudana de direco situadas no mesmo lado do veculo sero liga-

    das e desligadas pelo mesmo comando e devem apresentar uma

    intermitncia sncrona;

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 2.3

    Indicadores de mudana de direco Piscas

    g) Deve existir um avisador de accionamento ptico ou

    acstico;

    Se os avisadores das luzes indicadoras de direco a esquerda e direita forem

    separados, as duas setas tambm podero ser utilizadas separadamente. Nesse

    caso, podero ser utilizadas em simultneo como avisador do sinal de perigo, jun-

    tamente com o avisador respectivo.

    h) Nos veculos automveis adaptados para atrelar um reboque, o coman-

    do das luzes indicadoras de mudana de direco do veculo tractor

    deve poder igualmente accionar as luzes indicadoras de mudana de

    direco do reboque;

    i) Em veculos antigos (histricos), os indicadores de mudana de direc-

    o podero ser constitudos por dois braos mveis com o compri-

    mento mnimo de 15 cm, dotados de luz contnua de cor laranja, colo-

    cados um de cada lado do veculo;

    j) Nos motociclos que possuam luzes de mudana de direco, estas

    devero respeitar as disposies anteriores, com excepo do que se

    refere ao posicionamento em largura.

    ISSO 2575 n 4.3 Cor da luz do avisador: verde

    O smbolo pode ser representado a cheio

    Fig. 2.2 Avisadores das luzes indicadoras de mudana de direco

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 2.4

    Indicadores de mudana de direco Piscas

    k) As luzes indicadoras de mudana de direco devem manter a sua

    cor original, no podendo ser cobertas ou a sua luz filtrada por qual-

    quer processo. A utilizao de pelculas ou tintas que alterem a cor

    destas luzes no permitida.

    2.2. COMUTADOR DE PISCAS

    O comutador das luzes indicadoras de mudana de direco localiza-se necessariamen-

    te perto do volante de direco, de modo a que o condutor o possa accionar sem libertar

    o volante. Na figura 2.3 pode ver-se este comutador montado na coluna de direco, ao

    lado do comando das luzes.

    A alavanca de comando pode ocupar duas posies para alm da de repouso, quando

    accionada pelo condutor. O retorno sua posio de retorno feito de forma automti-

    ca, atravs de um dispositivo accionado pelo eixo da direco, que movido pelo volan-

    te. Quando este volta sua posio normal, o eixo desloca consigo o dispositivo que faz

    com que a alavanca de comando do comutador volte posio de repouso.

    Fig. 2.3 Comutador de piscas

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 2.5

    Indicadores de mudana de direco Piscas

    Nalguns casos o comutador de comando das luzes de presena, faris de mdios e

    mximos est montado na mesma alavanca que comanda as luzes indicadoras de

    mudana de direco. Na figura 2.6 pode ver-se uma alavanca de comando dos piscas,

    na extremidade da qual existe um comutador rotativo atravs do qual se pode comandar

    as luzes de presena e os faris. A mesma alavanca permite ainda a comutao entre

    mdios e mximos puxando ou empurrando a alavanca na direco do condutor.

    2.3. AUTOMTICO DE PISCAS

    Quando se acciona o comutador de piscas, as lmpadas de um dos lados do veculo

    acendem de forma intermitente. Isto conseguido atravs de um circuito a que se chama

    automtico de piscas, que capaz de produzir um sinal intermitente com uma frequn-cia da ordem dos 90 ciclos por minuto. Os automticos mais antigos funcionam atravs

    de um ruptor automtico de funcionamento electromagntico e trmico, que activado

    quando se acciona o comutador de comando. Actualmente utilizam-se automticos elec-

    trnicos.

    Fig. 2.4 Comutador de piscas / mnimos / mdios / mximos

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 2.6

    Indicadores de mudana de direco Piscas

    2.3.1. AUTOMTICO DE PISCAS ELECTROMAGNTICO E TR-MICO

    Na figura 2.7 representa-se o esquema de um circuito de piscas, em que o comutador A

    pode ocupar as trs posies habituais: uma de repouso e duas de funcionamento

    (esquerda e direita).

    Se o comutador de comando estiver numa das posies assinaladas a tracejado, por ele

    passar corrente que alimentar todas as lmpadas de um dos lados (esquerdo ou direi-

    to, conforme a posio do comutador).

    O comutador recebe a corrente atravs do automtico de piscas que, como mostra a figu-

    ra, tem trs terminais, dos quais o que est assinalado com o sinal + o que recebe cor-

    rente directa da chave de ignio. A sada para o comutador feita por L e atravs de P

    alimentada a lmpada sinalizadora existente no painel de instrumentos.

    Quando o comutador deslocado para uma posio de funcionamento, a corrente de ali-

    mentao passa para a armadura B e contactos C e D. Como estes esto abertos, de D

    passa uma corrente atravs de E e da resistncia F para o contacto G, e deste para a

    bobine H, chegando ao comutador atravs de L. Daqui alimentar as luzes indicadoras

    esquerdas ou direitas.

    Fig. 2.5 Automtico de piscas electromagntico e trmico

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 2.7

    Indicadores de mudana de direco Piscas

    A queda de tenso provocada pela resistncia F tal que a corrente que chega s lm-

    padas to pequena, que as mesmas no chegam a acender.

    A corrente ao passar pela resistncia F faz com que aquea por efeito de Joule, provo-

    cando a dilatao do fio E, e o consequente fecho dos contactos D e G. Neste caso, a

    corrente que chega a D passa directamente para o contacto G e daqui para a bobine H,

    terminal L, comutador e lmpadas.

    A tenso que chega agora s lmpadas no sofreu nenhuma queda significativa, pelo

    que as mesmas vo acender. A corrente que passa pela bobine H cria um campo magn-

    tico suficiente para atrair o contacto C que toca em K. Nesta altura a lmpada sinalizado-

    ra, ligada a P, acende.

    Ao fim de algum tempo sem corrente, a resistncia F e o fio E arrefecem e os contactos

    G e D separam-se outra vez. A corrente volta ento a passar por E e F e o ciclo anterior

    repete-se. O movimento dos contactos G e D interrompe periodicamente a corrente que

    chega ao comutador, fazendo com que as lmpadas acendam intermitentemente.

    A frequncia com que as lmpadas acendem e apagam poder ser alterada atravs do

    fio E. Se este estiver muito esticado ser necessrio mais tempo para que a corrente que

    passa por ele faa com que os contactos se fechem. Esta frequncia ajustada pelo

    fabricante.

    Para garantir uma boa visibilidade das luzes indicadoras de mudana de direco em

    qualquer situao, utilizam-se lmpadas de 15 a 20 W de potncia.

    2.3.2. AUTOMTICO DE PISCAS ELECTRNICO

    Actualmente os automticos de piscas so electrnicos, utilizando circuitos integrados do

    tipo multivibrador (NE 555 e outros). Este tipo de circuito bastante eficaz, ainda que,

    devido ao facto da corrente a comandar pelos transstores de sada ser elevada, seja

    necessrio recorrer a rels.

    Na figura 2.6 representa-se esquematicamente um circuito multivibrador utilizado num

    automtico de piscas. Quando o comutador A se encontra na posio de repouso, T1 no

    conduz e, como consequncia, T2 tambm no. Quando o comutador se encontra numa

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 2.8

    Indicadores de mudana de direco Piscas

    das posies de funcionamento, a base de T1 ligada massa atravs de R1, comutador

    A e lmpadas de um dos lados do veculo. Nesta situao o T1 conduz e a sua tenso de

    sada aplicada base de T2, colocando-o tambm em conduo. Nesta situao a

    bobine do rel B ser alimentada atravs do transstor T2, fazendo com que o contacto D

    feche, atravs do qual passa corrente at ao terminal C, e deste para as lmpadas,

    fazendo com que as mesmas acendam.

    Entretanto, com T1 em conduo, o condensador C1 vai carregando. Ao fim de alguns

    instantes o condensador fica carregado aplicando uma tenso positiva base de T1,

    fazendo com que o T1 passe do estado de conduo ao corte. O transstor T2 continuar

    em conduo at que o condensador C2 se descarregue (havia carregado durante o

    tempo de conduo de T1). Quando terminar a descarga, T2 muda de estado, passando

    de conduo ao corte, interrompendo a corrente no rel B e fazendo com que as lmpa-

    das apaguem (o contacto D abre). Nesta altura os transstores T1 e T2 esto ao corte.

    Fig. 2.8 Automtico de piscas electrnico

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 2.9

    Indicadores de mudana de direco Piscas

    Estando T1 e T2 ao corte, o condensador C1 descarrega. Terminando a sua descarga a

    base de T1 novamente colocada massa, recomeando um novo ciclo. Por outro

    lado, com o comutador A em qualquer das posies de funcionamento, o transstor T4

    conduz, tendo a base polarizada atravs de R2 e o emissor ligado massa atravs do

    comutador A e das lmpadas. Neste caso tambm o transstor T3 conduz, j que a sua

    base ligada massa atravs do circuito colector-emissor de T4, fazendo com que a

    lmpada sinalizadora L acenda.

    A lmpada mantm-se acesa enquanto o contacto D do rel estiver aberto, j que quan-

    do ele fechar, haver uma tenso positiva no ponto H, que impede a conduo de T4,

    passando ao estado de corte, levando por sua vez o transstor T3 tambm ao corte e,

    consequentemente, faz com que a lmpada sinalizadora apague. A lmpada s acende

    quando o transstor T3 estiver em conduo.

    Com este circuito electrnico obtm-se, portanto, um funcionamento intermitente das

    lmpadas indicadoras de mudana de direco, bem como do sinalizador L instalado no

    painel de instrumentos.

    Quando funde uma lmpada a resistncia do circuito aumenta, pelo que o divisor de

    tenso formado pela resistncia R3 e pelas prprias lmpadas, faz com que aumente a

    tenso positiva aplicada ao colector do transstor T4 e ele deixe de conduzir. Como con-

    sequncia tambm o transstor T3 deixa de conduzir e a lmpada sinalizadora L perma-

    nece constantemente apagada, avisando assim o condutor de que existe uma avaria.

    A figura 2.6 representa o esquema de um automtico de piscas em que a funo do

    multivibrador desempenhada por um circuito integrado. Os elementos que compem

    este circuito so: um circuito integrado do tipo NE 555, um dodo zner do tipo BZY 88

    C5V1, um transstor SC 108, um rel, seis resistncias e um condensador electroltico

    de 32 F e 10 V.

    O transstor T1 funciona como transstor de potncia que alimenta o rel. O circuito inte-

    grado actua como um oscilador, que tem uma frequncia de 1,3 Hz definida pelas resis-

    tncias R3 e R4 e pelo condensador.

    A resistncia R7 e o dodo zner tm a funo de estabilizar a alimentao do cir-

    cuito. A tenso de trabalho aproximadamente 5V.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 2.10

    Indicadores de mudana de direco Piscas

    2.4. LUZES AVISADORAS DE PERIGO / EMERGNCIA

    2.4.1. CARACTERSTICAS; LEGISLAO

    Os sinais luminosos destinados a assinalar a mudana de direco podero ser utilizados

    em simultneo como luzes avisadoras de perigo ou emergncia, devendo apresentar as

    seguintes caractersticas:

    a) O nmero, cor da luz emitida, posicionamento e orientao devem obe-

    decer ao especificado para as luzes indicadoras de mudana de direc-

    o;

    b) Devem emitir uma luz intermitente com uma frequncia de aproximada-

    mente 90 ciclos por minuto;

    c) O accionamento destas luzes deve ser obtido atravs de um comando

    distinto que permita a intermitncia sncrona de todas as luzes indica-

    doras de mudana de direco;

    d) O avisador de accionamento obrigatrio e de cor vermelha e intermi-

    tente, podendo funcionar em grupo com os avisadores das luzes indi-

    cadoras de mudana de direco;

    ISSO 2575 n 4.4 Cor da luz do avisador: vermelho

    O smbolo pode ser representado a cheio

    Fig.2.9 Avisador de accionamento das luzes avisadoras de perigo

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 2.11

    Indicadores de mudana de direco Piscas

    e) Quando o veculo automvel estiver equipado para atrelar um rebo-

    que, o comando das luzes avisadoras de perigo deve igualmente

    accionar as luzes avisadoras de perigo do reboque;

    f) As luzes avisadoras de perigo devem poder funcionar mesmo se o dis-

    positivo que comanda a marcha ou a paragem do motor (interruptor de

    ignio) se encontrar numa posio tal que a marcha do motor seja

    impossvel.

    g) Quando o veculo automvel estiver equipado para atrelar um rebo-

    que, o comando das luzes avisadoras de perigo deve igualmente

    accionar as luzes avisadoras de perigo do reboque;

    h) As luzes avisadoras de perigo devem poder funcionar mesmo se o dis-

    positivo que comanda a marcha ou a paragem do motor (interruptor de

    ignio) se encontrar numa posio tal que a marcha do motor seja

    impossvel.

    2.4.2. FUNCIONAMENTO

    Para esta funo utilizado o mesmo automtico das luzes indicadoras de mudana de

    direco, utilizando-se um circuito como o representado na figura 2.11. Quando o inter-

    ruptor de comando est desligado circuito funciona normalmente, tal como descrito no

    ponto anterior; quando est na posio de ligado faz com que as lmpadas de ambos os

    lados do veculo sejam alimentadas.

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 2.12

    Indicadores de mudana de direco Piscas

    2.5. ESQUEMAS ELCTRICOS

    Nas figuras seguintes so

    apresentados alguns esque-

    mas elctricos de diferentes

    circuitos de luzes indicadoras

    de mudana de direco.

    Fig.2.10 Esquema elctrico das luzes avisadoras de perigo / emergncia

    Fig. 2.11 Circuito de piscas com lmpada sinali-zadora dessincronizada

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 2.13

    Indicadores de mudana de direco Piscas

    No exemplo da figura 2.12 a lmpada sinalizadora H1 alimentada a partir do automtico

    de piscas K1. Quando o comutador S2 est na posio L ou R (esquerda ou direita) a

    lmpada H1 acende nos perodos em que as lmpadas E1 e E2 (luzes sinalizadoras do

    lado esquerdo) ou E3 e E4 (luzes sinalizadoras do lado direito) apagam sinalizador des-

    sincronizado. Se o comutador S2 estiver na posio O todas as lmpadas permanecem

    apagadas.

    No exemplo da figura 2.13 a lmpada sinalizadora est ligada aos terminais de sada do

    comutador S2. Deste modo, quando o comutador est na posio L, por exemplo, acen-

    dem normalmente as lmpadas E1 e E2 bem como a lmpada H1. Nesta situao as

    lmpadas E3 e E4 so percorridas pela mesma corrente que percorre H1. No entanto,

    como a potncia da lmpada H1 muito menor que a das lmpadas E3 e E4, a corrente

    no suficiente para acender estas ltimas.

    Fig. 2.12 Circuito de piscas com lmpada sinalizadora sincronizada

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 2.14

    Indicadores de mudana de direco Piscas

    O circuito da figura 2.14 possui duas lmpadas sinalizadoras, ligadas em paralelo com as

    lmpadas esquerdas e direitas, respectivamente. Desta forma, quando o comutador S2

    est na posio L acende o avisador H1, quando est na posio R acende o avisador

    H2.

    Na figura 2.15 representa-se um circuito de luzes indicadoras de mudana de direco

    com sinalizao de emergncia ou perigo. Com o comutador S3 na posio representa-

    da, os piscas so comandados normalmente pelo comutador S2. Quando S3 comuta-

    do, o automtico de piscas alimentado directamente a partir da bateria, e as quatro

    luzes de piscas so activadas. Simultaneamente acender o avisador de luzes de perigo

    H2, existente no painel de instrumentos (figura 2.10).

    Fig.2.14 Circuito sinalizador de piscas com duas lmpadas piloto sincronizadas

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 2.15

    Indicadores de mudana de direco Piscas

    SINTOMAS CAUSAS TESTES A

    EFECTUAR REPARAO

    Uma das lmpadas no acende

    Condutor interrompido Verificar com lmpada de provas se chega tenso

    Reparar instalao

    Lmpada fundida Testar na bateria Substituir lmpada

    Suporte de lmpada defeituoso Verificar contacto das lmi-nas com lmpada

    Substituir suporte

    Ligao massa com defeito Medir com voltmetro Reparar ligao

    No acende nenhuma lmpada de um dos lados

    Comutador defeituoso Testar trocando a sada com o terminal do lado que funcio-

    na

    Substituir comutador

    Condutor de alimentao corta-do entre comutador e lmpadas

    Verificar com lmpada de provas

    Reparar instalao

    No acende nenhuma lmpada

    Fusvel fundido Verificar fusvel Substituir fusvel

    Comutador defeituoso Verificar se chega e sai ten-so do comutador

    Substituir comutador

    Condutor de alimentao do comutador interrompido

    Verificar com lmpada de provas

    Reparar instalao

    Automtico de piscas defeituo-so

    Fazer shunt entre terminal de entrada e de sada para o

    comutador

    Substituir automtico de piscas

    Condutor de alimentao do automtico de piscas avariado

    Verificar se chega tenso central

    Reparar instalao

    As lmpadas acendem, mas no piscam

    Automtico de piscas avariado Verificar com uma central nova

    Substitui central

    O perodo de intermitn-cia muito longo ou mui-

    to curto

    Lmpadas com potncia dife-rente da indicada (maior ou

    menor)

    Verificar a potncia das lm-padas

    Substituir lmpadas

    Quedas de tenso devido a ligaes defeituosas

    Verificar quedas de tenso com voltmetro

    Reparar instalao

    Automtico de piscas avariado Verificar com umas central nova

    Substitui central

    Lmpada sinalizadora fundida Verificar com bateria Substituir lmpada

    Automtico de piscas avariado Verificar com uma central nova

    Substitui central Luz sinalizadora de pis-cas no funciona

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 3.1

    Luzes de Travagem

    3. LUZES DE TRAVAGEM

    3.1. LEGISLAO

    Os veculos automveis ligeiros e pesados e seus reboques devem possuir retaguarda

    luzes de travagem, que acendem quando o condutor acciona o pedal do travo, infor-

    mando desta forma os restantes condutores que ir reduzir a velocidade do veculo ou

    mesmo parar. Estas luzes sinalizadoras devem, obrigatoriamente, possuir as seguintes

    caractersticas:

    a) Nmero:

    Automveis ligeiros e pesados duas luzes;

    Motociclos uma luz;

    Reboques duas luzes.

    Os reboques ficam dispensados das luzes de travagem, sempre

    que forem claramente visveis as do veculo a que vo atrelados;

    b) Cor da luz emitida vermelha ou laranja.

    c) Deve ser respeitado o seguinte posicionamento;

    Em largura (com excepo dos motociclos ou quando exista luz de

    travagem suplementar):

    Devem estar situadas a uma distncia mnima do plano longitudinal

    de simetria do veculo de 300 mm;

    Quando a largura total do veculo for inferior a 1300 mm, aquela

    distncia pode ser reduzida para 200 mm;

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 3.2

    Luzes de Travagem

    Em comprimento:

    Devem estar colocadas na retaguarda do veculo;

    Em altura:

    Devem estar colocadas a uma altura ao solo compreendida entre

    350 mm e 1500 mm;

    Se a forma do veculo no permitir respeitar a altura mxima de

    1500 mm, aquele valor ser elevado para 2100 mm;

    d) Devem estar orientadas para a retaguarda, acendendo sempre que

    seja utilizado o travo de servio dos veculos automveis ou moto-

    ciclos e, quando de cor vermelha, a sua intensidade deve ser supe-

    rior luz vermelha de presena, se com esta estiver agrupada ou

    incorporada.

    Fig. 3.1 - Luzes de travagem num automvel ligeiro

    Fig. 3.2 - Luzes de travagem num tractor

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 3.3

    Luzes de Travagem

    Para que estas luzes sejam facilmente identificadas e visveis ao acenderem, mesmo

    quando esto acesas as luzes de presena existentes na traseira do veculo, utilizam-se

    lmpadas de 18 W a 25 W. Estas lmpadas devem, portanto, emitir uma intensidade

    luminosa muito superior das lmpadas de presena, de forma a no serem confundidas

    e a serem visveis a longas distncias, mesmo quando sobre elas incida luz solar.

    Para garantir esta condio, na maioria dos veculos automveis ligeiros actuais existe

    uma terceira luz de travagem, instalada a meio das duas luzes obrigatrias e num plano

    mais elevado, como se pode ver na figura 3.3. Esta terceira luz acende sempre que acen-

    dem as outras duas. De salientar que a nica luz indicadora existente na traseira que

    poder ser instalada isoladamente e a meio da largura do veculo.

    Quando a luz de presena e luz

    de travagem esto incorporadas

    no mesmo dispositivo, utilizam-

    se lmpadas de duplo filamento

    (bifilares), com potncias dife-

    rentes nos dois filamentos (por

    exemplo 5 W para presena e

    21 W para travagem).

    Luzes dos traves/luzes traseiras Luz elevada dos traves

    Luz traseira de nevoeiro

    Luz da chapa de matrcula

    Luz de marcha-atrs

    Luz traseira do pisca de direco

    Fig. 3.3 Terceira luz de travagem

    Fig. 3.4 lmpada bifilar

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 3.4

    Luzes de Travagem

    3.2 MODOS DE ACCIONAMENTO DAS LUZES DE TRAVAGEM

    O accionamento das luzes de travagem realizado atravs de um interruptor especial,

    comandado pela presso (pressostato) existente no circuito hidrulico ou pneumtico

    dos traves. A figura 3.5 representa um destes interruptores, no qual o casquilho A

    fixado por roscagem bomba dos traves. No seu interior existem os contactos B e C,

    que na posio de repouso se encontram separados por aco de uma mola no repre-

    sentada na figura. Existe ainda uma membrana que separa o leo dos contactos elctri-

    cos. O terminal E recebe corrente atravs de um fusvel, e o terminal F liga s luzes de

    travagem.

    Quando se pressiona o pedal do tra-

    vo, cria-se uma presso no circuito

    hidrulico que faz com que os contac-

    tos B e C se fechem. Nesse momento

    acendem-se as luzes de travagem.

    Ao libertar o pedal do travo diminui a

    presso e os contactos B e C voltam

    a separar-se, interrompendo o circuito

    elctrico.

    Na figura 3.6 so apresentados alguns interruptores deste tipo. Os interruptores

    1, 2 e 3 destinam-se a sistemas pneumticos (veculos pesados) e os restantes

    so utilizados em sistemas de travagem hidrulicos, mais comuns em veculos

    automveis ligeiros.

    Fig. 3.5 Interruptor de presso

    1 2 3

    4 5 6 Fig. 3.6 Interruptores de travagem

    1,2,3 Comando pneumtico

    4, 5, 6 comando hidrulico

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 3.5

    Luzes de Travagem

    Nalguns casos utiliza-se um interruptor completamente mecnico, do tipo fim de curso,

    como o que se representa na figura 3.7.

    Neste caso, quando o pedal do

    travo no est accionado, o

    veio V mantm-se pressionado

    pelo prprio pedal, e os contac-

    tos A e B esto separados. Ao

    pressionar o pedal do travo, o

    veio do interruptor libertado e

    os contactos fecham-se por

    aco da mola M. Nesta situa-

    o o circuito elctrico fecha-

    do e as lmpadas acendem.

    A figura 3.8 representa a localizao deste interruptor junto do pedal do travo, fixado a

    B de modo a que o seu veio mvel se apoie sobre o prprio pedal. Desta forma, ao pisar

    o pedal do travo o veio do interruptor libertado e o circuito elctrico fechado.

    Um dos condutores A traz corrente atravs de um fusvel e o outro leva para as lmpa-

    das, quando o pedal accionado e o circuito fechado.

    Fig. 3.7 Interruptor mecnico

    Fig. 3.8 Localizao do interruptor mecnico de comando das luzes de travagem

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 3.6

    Luzes de Travagem

    3.3. SINALIZADORES

    O circuito elctrico do sistema de travagem inclui ainda um avisador no painel de

    instrumentos (figura 3.9) que se acende quando o comando do travo de estacio-

    namento no totalmente libertado. Este sinalizador comandado por um inter-

    ruptor mecnico (figura 3.10), montado junto alavanca do travo de estaciona-

    mento.

    Para alm do sinalizador de accionamento do travo de mo, existe normalmente

    outro sinalizador (figura 3.11) que avisa o condutor da existncia de uma avaria no

    sistema de travagem.

    Este sinalizador poder acen-

    der, conforme os casos, nas

    seguintes situaes: baixo

    nvel de leo no reservatrio da

    bomba de travagem, fuga de

    leo (baixa presso) num dos

    circuitos de travagem ou ainda

    desgaste acentuado nas pasti-

    lhas ou cintas de travagem.

    Fig. 3.10 Interruptor mecnico para alavanca do travo de estacionamento

    Fig. 3.9 Sinalizador de accio-namento do travo

    Travo de estacionamento ISO 2575 n 4.32

    Cor da luz do avisador: vermelho

    Avaria dos traves ISO 2575 n 4.31

    Cor da luz do avisador: vermelho

    Fig. 3.11 Sinalizador de avaria no sistema de travagem

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 3.7

    Luzes de Travagem

    Neste ltimo caso, as pastilhas ou cintas utilizadas nestes sistemas possuem um condu-

    tor elctrico inserido no seu interior, que entra em contacto com o disco ou tambor quan-

    do a pastilha atinge um determinado desgaste, fechando massa o circuito que alimenta

    o sinalizador de avaria no sistema de travagem (figura 3.13). Este tipo de pastilhas est

    representado na figura 3.12.

    Na maior parte dos casos o sinalizador de avaria no sistema de travagem e o sinalizador

    de accionamento do travo de mo so o mesmo. Neste caso utilizado o sinalizador da

    figura 3.11.

    Fig. 3.12 Pastilha com sensor de desgaste

    Fig.3.13 Esquema de um circuito indicador de desgaste das pasti-lhas de travagem. P lmpada sinalizadora

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 3.8

    Luzes de Travagem

    3.4 ESQUEMAS ELCTRICOS

    Na figura 3.14 apresentado o esquema elctrico de um circuito de luzes de trava-

    gem. Neste exemplo, como vulgar, as luzes de travagem esto agrupadas com

    outras luzes da traseira do veculo.

    A figura 3.15 apresenta um esquema ligeiramente diferente, em que o interruptor

    de travagem accionado pela presso criada no circuito hidrulico, ao contrrio do

    anterior que accionado por aco do pedal do travo.

    Fig. 3.14 Esquema elctrico de um circuito de luzes de travagem

    1 Fusvel 2 Caixa de fusveis do habitculo 3 Interruptor de travagem 4 Lmpadas de travagem 5 Conector 6 Massa

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 3.9

    Luzes de Travagem

    3.5 AVARIAS

    No quadro seguinte so apresentadas as causas para algumas avarias tpicas

    dos circuitos das luzes indicadoras de travagem.

    Fig. 3.15 - Esquema elctrico de um circuito de luzes de trava-gem. P interruptor de presso

    SINTOMAS CAUSAS TESTES A EFEC-TUAR

    REPARAO

    As luzes no acendem quando se pressiona o

    pedal do travo

    Interruptor avariado ou desajustado

    Verificar com lmpada de provas

    Substituir ou ajustar interruptor

    Condutor de alimentao interrompido

    Verificar com lmpada de provas ou voltmetro

    Reparar a instalao

    Uma das luzes no acende quando se pres-siona o pedal do travo

    Condutor de alimentao da lmpada interrompido

    Verificar com lmpada de provas

    Reparar a instalao

    Lmpada fundida Testar a lmpada Substituir a lmpada

    Tab.3.1

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 4.1

    Luzes de Marcha-Atrs

    4. LUZES DE MARCHA-ATRS

    4.1. LEGISLAO

    Os veculos automveis ligeiros e pesados e seus reboques podem possuir retaguar-

    da luzes de marcha-atrs, que acendem quando o condutor engrena esta mudana,

    informando desta forma os restantes condutores que ir realizar uma manobra deste

    tipo. Estas luzes sinalizadoras devem, obrigatoriamente, obedecer s seguintes caracte-

    rsticas:

    a) Nmero:

    Em todos os casos uma ou duas luzes;

    b) Cor da luz emitida branca;

    c) Deve ser respeitado o seguinte posicionamento;

    Em largura:

    Nenhuma especificao especial;

    Em comprimento:

    Devem estar colocadas na retaguarda do veculo;

    Em altura:

    Devem estar colocadas a

    uma altura ao solo com-

    preendida entre 250 mm e

    1200 mm;

    Fig. 4.1 Localizao das luzes de mar-cha-atrs

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 4.2

    Luzes de Marcha-Atrs

    d) Devem ser fixas e insusceptveis de provocar encandeamento, apresentando um alcance no superior a 10 m;

    e) Devem estar orientadas para a retaguarda, s podendo acender se a marcha-atrs estiver engatada e se o dispositivo que comanda a marcha ou a paragem do motor se encontrar em posio tal que o funcionamento do motor seja possvel. No deve acender-se ou ficar acesa se uma ou outra das condies acima referidas no for cumprida.

    4.2. CARACTERSTICAS E FUNCIONAMENTO As luzes de marcha-atrs so

    comandadas por um interruptor

    mecnico, instalado na caixa de

    velocidades, ou junto da alavanca,

    de forma a ser accionado quando

    se engrena a marcha-atrs.

    Na figura 4.2 so apresentados

    alguns interruptores utilizados para

    este fim.

    So interruptores do tipo normalmente aberto, que fecham o circuito elctrico quando a

    marcha-atrs engrenada, fazendo com que as luzes de sinalizao desta manobra

    acendam.

    As luzes de marcha-atrs situam-se normalmente junto das de travagem, no mesmo

    farol, e utilizam lmpadas de potncia compreendida entre 18 e 25 W (normalmente de

    21 W). Quando existe apenas uma luz ela situa-se do lado direito. Nesses casos, no

    mesmo espao do lado esquerdo situa-se a luz de nevoeiro.

    A figura 4.3 mostra a localizao das luzes de marcha-atrs num veculo pesado e a

    4.4 num ligeiro.

    Fig. 4.2 Interruptores para luzes de marcha-atrs

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 4.3

    Luzes de Marcha-Atrs

    Fig. 4.3 Luzes de marcha-atrs num veculo pesado

    Luzes dos traves/luzes traseiras Luz elevada dos traves

    Luz traseira de nevoeiro

    Luz traseira do pisca de direco

    Luz de marcha-atrs

    Luz da chapa de matrcula

    Fig.4.4 Luzes de marcha-trs num veculo ligeiro

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 4.4

    Luzes de Marcha-Atrs

    4.3 - ESQUEMAS ELCTRICOS

    Podemos ver a integrao de um circuito de luzes de marcha-atrs na instalao

    de um automvel na figura 4.5. Quando a marcha-atrs engrenada o interruptor

    1 accionado, fazendo com que as lmpadas 5 acendam.

    1 Interruptor de marcha-atrs

    2 Caixa de fusveis do habitculo

    3 Fusvel

    4 Conector

    5 Lmpadas de marcha-atrs

    6 - Massa

    Fig. 4.5 Esquema elctrico de um circuito de luzes de marcha-atrs

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 5.1

    Luzes de Nevoeiro Retaguarda

    5. LUZES DE NEVOEIRO RETAGUARDA

    5.1. CARACTERSTICAS

    Com excepo dos motociclos, tractores e reboques agrcolas, os veculos auto-

    mveis e reboques devem possuir luzes de nevoeiro retaguarda, com as

    seguintes caractersticas:

    a) Nmero uma ou duas luzes;

    b) Cor da luz emitida vermelha;

    c) Deve ser respeitado o seguinte posicionamento;

    Em largura:

    Quando a luz de nevoeiro for nica, deve estar situada do lado

    esquerdo do plano longitudinal mdio do veculo;

    A distncia entre qualquer luz de nevoeiro retaguarda e a luz de

    travagem mais prxima deve ser superior a 100 mm;

    Em comprimento:

    Deve estar colocada na retaguarda;

    Em altura:

    Devem estar colocadas a uma distncia do solo compreendida entre

    250 mm e 1000 mm;

    1 - Luz de travagem

    2 - Luzes de nevoei-ro retaguarda

    (duas unidades)

    3 Luz de nevoeiro retaguarda (uma unidade)

    Fig. 5.1 Luzes de nevoeiro retaguarda (medidas em mm)

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 5.2

    Luzes de Nevoeiro Retaguarda

    d) Devem estar orientadas para a retaguarda;

    e) S devem poder ligar-se quando as luzes de mdios, ou de mxi-mos ou de nevoeiro frente, ou ainda a uma combinao dessas luzes, estiverem em servio, devendo poder ligar-se ao mesmo tempo que as luzes de mximos, mdios e de nevoeiro frente;

    f) Deve existir um avisador de accionamento da luz, sob a forma de um indicador de cor amarelo, independente e no intermitente (figura 5.2);

    5.2. CONSTITUIO

    As luzes de nevoeiro retaguarda possuem um circuito elctrico que depende das luzes

    de presena. Embora sejam comandadas a partir de um interruptor prprio, estas luzes s

    acendem se as luzes de mdios estiverem ligadas. Ao desligar as luzes de mdios as

    luzes de nevoeiro retaguarda tambm desligam.

    Nalguns casos a luz de nevoeiro est separada do sistema ptico traseiro. A figura 5.3

    representa um destes casos, podendo ver-se o reflector 3, que permite uma radiao

    luminosa uniforme e muito mais potente que outra luz qualquer existente na traseira do

    veculo. A carcaa 2 onde fixado o reflector e o vidro 1 que facilita a concentrao do fei-

    Cor da luz do avisador; amarelo

    O smbolo pode ser representado a cheio

    Fig. 5.2 Indicador das luzes de nevoeiro retaguarda

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 5.3

    Luzes de Nevoeiro Retaguarda

    xe luminoso, completam o grupo, que fixado na parte traseira do veculo, do lado

    esquerdo.

    5.3. ESQUEMAS ELCTRICOS

    Na figura 5.4 podemos ver a integrao de um circuito de luzes de nevoeiro retaguarda

    na instalao de um automvel. O comutador de comando accionado atravs da mane-

    te que controla todo o sistema de luzes (1), existente junto do volante.

    Quando o comutador accionado, a corrente fecha-se massa atravs do conector A3,

    passando pelo fusvel (3). Nesta situao, alm das luzes de nevoeiro (7), tambm o

    indicador (4) instalado no painel de instrumentos acender. Repare-se que logo depois

    do fusvel a corrente deriva para o indicador (4), e para as luzes de nevoeiro (7), atravs

    do conector (6).

    Fig. 5.3 Luz de nevoeiro retaguarda

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 5.4

    Luzes de Nevoeiro Retaguarda

    1 Manete de luzes no volante 2 Caixa de fusveis 3 Fusvel 4 Luz indicadora 5 Smbolo das luzes de nevoeiro 6 Conector 7 Luzes de nevoeiro retaguarda 8 Condutor de massa

    Fig. 5.4 Esquema elctrico do circuito das luzes de nevoeiro retaguarda

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 6.1

    Luzes de Presena

    6. LUZES DE PRESENA

    6.1. LEGISLAO

    Os veculos automveis e reboques devem possuir frente e retaguarda luzes de pre-

    sena com as seguintes caractersticas:

    FRENTE

    a) As luzes de presena (tambm conhecidas por mnimos) devero apresentar uma intensidade tal que sejam visveis de noite e com tempo claro a uma distncia mnima de 150 m;

    b) Nmero:

    Automveis ligeiros e pesados duas luzes;

    Motociclos uma luz;

    Reboques de largura superior a 1600 mm ou sempre que a sua

    largura seja superior do veculo tractor duas luzes;

    c) Cor da luz emitida branca;

    d) Deve ser respeitado o seguinte posicionamento;

    Em largura (com excepo dos motociclos):

    O ponto da superfcie iluminante mais afastado do plano longitudinal

    mdio do veculo no se deve encontrar a mais de 400 mm das extre-

    midades que delimitam as dimenses mximas do veculo;

    Nos reboques, devem estar situadas a uma distncia mxima s extre-

    midades que limitam as dimenses mximas do veculo de 150 mm;

    Devem estar situadas a uma distncia mnima do plano longitudinal de

    simetria do veculo de 300 mm;

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 6.2

    Luzes de Presena

    Esta distncia pode reduzir-se a 200 mm, quando a largura total do ve-

    culo for inferior a 1300 mm.

    Em comprimento:

    Devem estar colocadas na frente

    do veculo;

    Em altura:

    Devem estar colocadas a uma altura ao solo superior a 350 mm e infe-

    rior a 1500 mm;

    Se a forma do veculo no permitir respeitar a altura mxima de 1500

    mm, aquele valor ser elevado para 2100 mm;

    e) Devem estar orientadas para a frente;

    f) Deve existir avisador de accionamento, no intermitente, que poder no entanto ser dispensado se estas luzes acenderem simultaneamente com as do painel de instrumentos.

    Fig. 6.1 Posio de montagem das luzes de presena frente

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 6.3

    Luzes de Presena

    RETAGUARDA

    a) Nmero:

    Automveis ligeiros e pesados

    duas luzes;

    Reboques duas luzes;

    Motociclos uma luz;

    b) Cor da luz emitida vermelha;

    c) Deve ser respeitado o seguinte posicionamento;

    Em largura (com excepo dos motociclos):

    Devem estar situadas a uma distncia mxima aos bordos que limitam

    as dimenses mximas do veculo de 400 mm;

    Devem estar situadas a uma distncia mnima do plano longitudinal de

    simetria do veculo de 300 mm;

    Fig. 6.2 Posio de montagem das luzes de presena retaguarda

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 6.4

    Luzes de Presena

    Quando a largura total do veculo for inferior a 1300 mm, aquela dis-

    tncia pode ser reduzida para 200 mm;

    Em comprimento:

    Devem estar colocadas na retaguarda do veculo;

    Em altura:

    Devem estar colocadas a uma altura ao solo compreendida entre 350

    mm e 1500 mm;

    Se a forma do veculo no permitir respeitar a altura mxima de 1500

    mm, aquele valor ser elevado para 2100 mm;

    d) Devem estar orientadas para a retaguarda;

    e) Deve existir avisador de accionamento, comum ao das luzes de presena frente.

    6.2. LUZES DE PRESENA FRENTE

    As luzes de presena frente podem

    ser agrupadas ou incorporadas com

    qualquer outra luz da frente. O

    esquema elctrico deve garantir que

    as luzes de presena da frente e da

    retaguarda, as luzes delimitadoras,

    quando existirem, e o dispositivo de

    iluminao da chapa de matrcula da

    retaguarda s possam ser ligados e

    desligados simultaneamente. Esta

    condio no se aplica quando se

    utilizarem como luzes de estaciona-

    mento as luzes de presena da fren-

    te e da retaguarda.

    Farois Luz dianteira do pisca de direco

    Luz dianteira de presena

    Fig. 6.3 Luzes de presena frente

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 6.5

    Luzes de Presena

    Nalguns casos as luzes de presena da frente esto embutidas no pra-choques. Noutros

    casos fazem parte do prprio farol (figura 6.5).

    Na figura 6.6 pode ver-se um dispositivo que agrupa as luzes indicadoras de direco

    (piscas) com as luzes de presena. Embora neste caso sejam utilizadas lmpadas distin-

    tas, h casos em que utilizado um nico suporte de lmpada onde se instala uma lmpa-

    da de duplo filamento: um para a luz de presena e outro para o pisca.

    A Ficha de ligao B Casquilho de fixao C Lmpada de halogneo de

    duplo filamento

    D Encaixe da lmpada de presena E Luz de presena F Suporte da lmpada de presena

    Fig. 6.5 Luz de presena frente, incorporada no farol

    Fig. 6.4 Luzes de presena frente num camio

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 6.6

    Luzes de Presena

    A potncia elctrica das lmpadas utilizadas situa-se entre os 4 e os 5 W. A figura 6.7

    representa vrios tipos de lmpadas utilizadas nas luzes de presena.

    6.3. LUZES DE PRESENA RETAGUARDA

    As luzes de presena retaguarda

    situam-se, normalmente, por cima do

    pra-choques, fixando-se directamente

    carroceria, como mostra a figura 6.8. No

    exemplo da figura a luz de presena (4)

    est junto da luz de marcha atrs (5) e da

    luz indicadora de direco (3).

    Fig. 6.6 Luz de presena combinada com a luz indicadora de mudana de direco

    Fig. 6.7 Lmpadas utilizadas nas luzes de presena

    Fig. 6.8 Luzes de presena retaguarda

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 6.7

    Luzes de Presena

    A luz de presena incorpora tambm a luz de travagem, utilizando uma lmpada de duplo

    filamento. A tampa transparente que cobre as lmpadas tem uma cor diferente para cada

    uma das luzes: branca para a luz de marcha atrs, laranja para os piscas e vermelha

    para a luz de travagem e presena. A legislao no permite que o veculo circule, em

    situao alguma, coma as luzes da retaguarda tapadas ou encobertas. Por este motivo, a

    fixao de pelculas ou filtros coloridos, com objectivos estticos, decorativos ou outros,

    est completamente proibida por lei.

    Actualmente vulgar as diver-

    sas lmpadas da retaguarda

    serem todas montadas sobre

    uma nica placa de circuito

    impresso, que se fixa carro-

    ceria pelo interior da bagagei-

    ra, de tal modo que cada lm-

    pada fica inserida num peque-

    no reflector. A figura 6.10

    mostra este tipo de disposi-

    o, em que a ligao da

    cablagem placa se faz atra-

    vs de uma nica ficha.

    Fig. 6.10 Luzes da retaguarda montadas sobre circuito

    impresso

    Fig. 6.9 Luzes de presena retaguarda num veculo pesado

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 6.8

    Luzes de Presena

    A legislao obriga a que tambm a chapa de matrcula da retaguarda seja iluminada. Para

    isso utilizada uma ou duas luzes, que devem estar dispostas de modo a que nenhum raio

    luminoso seja dirigido para trs. Estas luzes acendem em simultneo com as luzes de pre-

    sena.

    Tal como para as luzes da frente, a potncia das lmpadas utilizadas na retaguarda situa-se

    entre os 4 e os 5 W. Quando se utiliza a mesma lmpada para presena e travagem (figura

    3.4) os pinos de fixao existentes no casquilho so assimtricos, de modo a garantir que a

    lmpada s possa ser montada numa posio. As luzes de travagem (captulo 3) utilizam

    lmpadas com potncia de 21W, pelo que no podem ser confundidas com as luzes de pre-

    sena.

    6.4. AVISADOR ACSTICO DE LUZES ACESAS

    Para evitar que o condutor do veculo se esquea de desligar as luzes de presena quando

    desliga e abandona a viatura, podem ser utilizados diferentes sistemas.

    Nalguns casos as luzes de presena desligam sempre que se desliga o motor do veculo e

    se desliga completamente o interruptor de ignio. Noutros casos utiliza-se um sistema avi-

    sador que informa o condutor sempre que ele abre a porta do veculo com o motor desliga-

    do, atravs de um sinal acstico.

    Na figura 6.12 est representado

    o esquema de um dispositivo des-

    te tipo. O besouro Z recebe cor-

    rente do interruptor de iluminao

    I, na sada para as luzes de pre-

    sena S. O circuito fecha-se

    massa atravs do interruptor P,

    que o interruptor da porta do

    lado do condutor (o mesmo que

    comanda a luz do habitculo). O

    dodo D impede que a luz interior

    L acenda atravs das luzes de

    presena S.

    Fig. 6.11 Avisador acstico de luzes acesas

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 6.9

    Luzes de Presena

    6.6 ESQUEMAS ELCTRICOS

    As figuras seguintes representam alguns esquemas de luzes de presena. Na figura 6.13

    pode ver-se um circuito em que as luzes de presena so alimentadas atravs do inter-

    ruptor de chave (ignio). Isto significa que ao ser retirada a chave da ignio as luzes de

    presena apagam.

    Na figura 6.14 apresentado um esquema em que a alimentao feita a partir da bate-

    ria. Deste modo, mesmo sem a chave na ignio, as luzes de presena podem estar liga-

    das.

    1 Luzes dianteiras

    2 Luzes traseiras

    3 Interruptor de chave

    4 Interruptor de comando

    5 Caixa de fusveis

    6 Lmpada sinalizadora

    7 Bateria

    8 Luz de matrcula

    Fig. 6.12 Esquema elctrico das luzes de presena

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 6.10

    Luzes de Presena

    S1 Interruptor de comando F1, F2 Fusveis E1, E2 Luzes dianteiras E3, E4 Luzes traseiras E5 Luz de matrcula

    Fig. 6.143 Esquema elctrico das luzes de presena

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 7.1

    Luzes Rotativas e Intermitentes

    7. LUZES ROTATIVAS E INTERMITENTES

    7.1. LEGISLAO APLICAO, CARACTERSTICAS

    Os tractores agrcolas, as mquinas agrcolas e industriais automotrizes, gruas auto

    portantes, veculos para transportes especiais de grandes dimenses, etc., devem pos-

    suir, na sua parte superior, uma luz com as seguintes caractersticas:

    a) Nmero uma luz;

    b) Cor da luz emitida amarela;

    c) Deve ser respeitado o seguinte posicionamento;

    Em largura:

    Deve estar colocada no plano longitudinal mdio do veculo. Caso tal

    colocao seja impossvel, dever ser colocada no lado esquerdo do

    veculo;

    Em comprimento:

    Deve estar colocada sobre a estrutura de segurana, se existir, ou,

    em caso contrrio, colocada atrs da posio do condutor;

    Em altura:

    Deve estar colocada sobre a estrutura de segurana. Caso esta no

    exista, ser colocada na extremidade de um suporte vertical, a uma

    altura mnima de 1000 mm, medida a partir da parte superior do guar-

    da lamas da retaguarda ou, quando este no exista, do ponto mais

    elevado da estrutura do veculo;

    d) A luz ser do tipo rotativo ou intermitente, e dever ser visvel distncia de, pelo menos, 100 m;

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 7.2

    Luzes Rotativas e Intermitentes

    e) Ficam dispensados da instalao da luz referida os veculos que, por construo, no possuam qualquer sistema elctrico que permita alimentar esta luz.

    Os veculos prioritrios ou de emergncia, como veculos da polcia ou ambulncias,

    devem possuir luzes do tipo rotativo ou intermitente de cor azul. As restantes caracters-

    ticas sero idnticas s anteriormente descritas.

    Podemos dizer que as luzes amarelas sinalizam situaes de perigo e as azuis sinali-

    zam situaes de urgncia.

    7.2. CONSTITUIO; FUNCIONAMENTO

    Estes dispositivos devem cumprir elevados padres de exigncia, no que respeita ao

    efeito sinalizador e de visibilidade, facilidade de manuseamento e montagem, bem como

    na ausncia de interferncias nos telemveis ou radiotelefones.

    No caso das luzes rotativas, o efeito sinalizador conseguido custa de um espelho

    revestido de alumnio, de alta qualidade, que origina um foco de luz intenso (figura 7.1).

    A luz muito brilhante, que produzida por uma lmpada de halogneo de 55 W (ou

    mais), e o contraste bastante pronunciado (passagem rpida de luz para a falta dela),

    asseguram uma visibilidade muito boa e um efeito sinalizador mximo.

    Fig. 7.1 Luzes rotativas com lmpadas de halogneo

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 7.3

    Luzes Rotativas e Intermitentes

    No caso dos sinalizadores intermitentes no existem partes mveis (figura 7.2). Isto sig-

    nifica que no tm dificuldade em arrancar em condies extremas de temperatura, nem

    so sensveis sujidade. Por outro lado, o circuito electrnico deve ser resistente s

    vibraes e corroso. O calor gerado pelo circuito pode ser dissipado custa de um

    suporte metlico dissipador. A intensidade luminosa deve ser constante, independente-

    mente da temperatura ambiente ou do tempo de utilizao.

    O sistema ptico de lentes garante um eficaz distribuio da luz num raio de 360,

    mesmo quando o veculo se encontra num plano inclinado.

    7.3. SIRENES

    Os veculos de emergncia utilizados pela polcia, bombeiros ou hospitais, para alm dos

    sinalizadores rotativos ou intermitentes, devem possuir um sinalizador acstico que emita

    um sinal alternado entre um tom alto e baixo. A este sinalizador ou alarme acstico cha-

    mamos sirene.

    As sirenes de dois sons so alimentadas com um sinal constitudo por uma sequncia de

    impulsos temporizados. Este sinal gerado por um dispositivo electrnico, que controla a

    frequncia e a intensidade dos impulsos, e enviado alternadamente para duas buzinas

    de elevada potncia e diferentes tonalidades.

    Fig. 7.2 Sinalizador intermitente

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 7.4

    Luzes Rotativas e Intermitentes

    A frequncia da sequncia sonora determinada por um multivibrador astvel, como se

    pode ver no esquema apresentado na figura 7.3. O tempo de um tom (T1) cerca de 0,75

    s. O tempo de uma sequncia completa de 4 tons (T2) determinado por um multivibra-

    dor monostvel. Este multivibrador disparado pelo interruptor da sirene. Como resulta-

    do, o multivibrador monostvel mantm o multivibrador astvel ligado por um perodo de

    cerca de 4 x 0,75 s = 3 s. Os impulsos de corrente so enviados para as buzinas atravs

    de rels, j que os multivibradores no fornecem corrente suficiente para as alimentar.

    1 Buzinas;

    2 Sinalizador rotativo;

    3 Lmpada avisadora;

    4 Multivibrador astvel

    5 Multivibrador Monostvel;

    6 Circuito de controlo

    Fig. 7.3 Dispositivo de controlo de frequncia sonora

    Fig. 7.4 Sequncia de impulsos gerada pelo dispositivo de controlo de frequncia

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 7.5

    Luzes Rotativas e Intermitentes

    Os rels so dimensionados de acordo com a corrente que as buzinas de tons diferentes

    consomem. Existe um rel de comutao para cada buzina.

    Para alm dos dois multivibradores o dispositivo possui dois andares de controlo. Estes

    dois andares tm uma funo semelhante utilizada nos automticos de pisca, destinam-

    se a verificar e controlar o funcionamento das luzes rotativas. A avaria numa das luzes

    rotativas sinalizada pelas luzes indicadoras (3), instaladas no painel de instrumentos.

    7.4 ESQUEMAS ELCTRICOS

    Na figura 7.6 representa-se o esquema elctrico de um sistema que inclui 2 buzinas

    (sirenes) e duas lmpada rotativas, semelhante ao descrito no ponto anterior.

    1 - Luzes rotativas

    2 - Buzinas de elevada potncia

    3 - Dispositivo de controlo de frequncia sonora

    4 - Interruptor de comando da sirene

    Fig. 7.5 Elementos que constituem o sistema utilizado pelos veculos prioritrios

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 7.6

    Luzes Rotativas e Intermitentes

    1 - Buzinas de elevada potncia; 2 - Buzina normal; 3 - Dispositivo de controlo de fre-quncia sonora; 4 - Interruptor de alarme de emergncia; 5 - Lmpada indicadora; 6 - Luzes rotativas; 7 Fusveis; 8 - Interruptor da buzina.

    Fig. 7.6 - esquema elctrico de um sistema de alarme de emergncia sirene

  • Sistemas de Aviso Acsticos e Luminosos 8.1

    Indicadores e Avisos no Painel de Instrumentos

    8 INDICADORES E AVISOS NO PAINEL DE INS-TRUMENTOS

    No poderamos falar de sistemas de aviso acstico e luminosos, sem falar dos indicado-

    res que existem no painel de instrumentos de qualquer automvel. Estes indicadores con-

    sistem em smbolos que se iluminam com o objectivo de informar permanentemente o

    condutor do estado em que se encontram os vrios circuitos, t