Eliot - Tradição e Talento Individual

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  • 8/4/2019 Eliot - Tradio e Talento Individual

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    I oIJ'

    O1p~:Telba]do A , Simiol l3JH)Eriiytio fit! U:XI 'O e teil~io:V~-r()jS ilvia dt 0. !E ro selli ' eM i!J!ia C aro lin :i! c le' Ar.

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    T R 'A D.~IC A 0 ETAL EN T'0, IN DIVlnUAL1I

    NOS textos lngleses erarofalarmos de tr,adi(:ao" em b o . .. ra 'lXasi'~ nalm en 'teutU izem as essapUavra.par.a. lam,en~tar IIsua au$@ n ,c ia. N io sab em os nos re ferlr a "tradf'iot'au a "um a tradj.~ao~t;qn andom uito , ,e :m pre,gamO ,se ,adj:e ..tiyO para. dizer que a poesla defulsno e ~'tFadici .onaJ" aum esm o "m un o trad ie ien al' ' ..A. pa.1lavra s6 ooo'netalvezta~:r,am ,en te, exceto n um .a frass de eensura ...Ao l c o,n trir.io , ela,15agamen te apro b ato .ria. se envolver , comene ease de umtrabalho n~ooD.hecitlo:, allguma.,delei-\o&arecons!tru~o ar-. q ueoI 6gi.c a,E d iU .til to e aa rmosa paiavra .gradavelao.5 OU~~dO.S1 ingles;~: sent e~s8l loomoda. referencia: i t . ttancriillizado-,ra c ien ci;a da arqueologia ..C om .to da c ertez a, a palavra :nio eo stum a apareeer em .ftQ$sas:ap.reala;o es de escritores v.i.vl)S,oumortos, Cada na-. ; 1 0 " eade raea, r e m . do apeaassua telldSncia edadora.,mas- . m b e m sua. ten de.n c lacdtic a de ' pen sar,;e est! tam bem :m aisalbeia a s , fa lhas e lim it~o es de . sen s h-abi tos conws do qu.els: de seu g!mocdadar. C o nhecem o s, o u s.upom.OS oon .b . e~w., a partir da volumosamassa dete'~tos cnticos que sur-_ ram " em lin gua fran eesa , to metoda 0 1 l J . babio c rf tieo d os. ' . . . . . . . _ . - -f.--'ce~e5,'"eonclufmo5 a--enas (SOiDOS- ortant :. .... -', . ..'-aD - ~ _ - _. _. _p _ _ __ _ " p __ ~ o~pcssoas JDo on sc len res) q ue o s france.sesslo "~ma i s cr, i t icos" do q uen .o 's; e a s vezes a te n o s en vaid eeem .o s: ,dcsB:efmto, com o se

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    os f rance: se s fQ~~ ffi.enoSo ~PQntfule~. , Truv~ Q s~am ; '~aseabe l em .bnu que a 'C idtica e tio in ev itavel gu ,an to 0ate deresp irar, e "ID u.el a a e!lil:arfamos em p i . o . r e s c o n d r u 9 5 e - s pe]o f a : ' "to de attim ilatmo o 0 que se engendra em no ssas mentes qtwP.-do lemos u r n . livroe ele no s emoeiena, porn 'cdtic ,:armo8 as,ossa pi"6p, r ias mel1Ji~e5msua m refa de eritiear, Um desfates capazes de vb a lus n esse pro oesso 6 lil!o ssa.~end8nciaem ins.i.5it~r,uando elogiamos urn poeta. sebee os aspectosde sua o ib ra [1 08 quM S ele m eno s se assemesha a qua~qu .e ID 'QutfQ, Em tm s aspec to s O'U treehes de Sll!R ebra p!1et~d!e-m.oS enOO lltrar 0 que e lindividual,o que e a . es:[email protected] do numem. Salien rtamos c om . slu~sf9\;ao a diferen ~a 'Q ~eo ;~e :pa!Fa .oetkamente de seu1!mtete~o:res, . em ~pecia1 esn uus P!fo :xim os; em flen ham~n os em .desco 'b rir also q , u e po~sa SM i~o;]adopara.~sim nos d~lei , ta:J .Moon:trano~ se nQBaproxin1larmos d e umpoeta selm e ss e p reeonee lte , podere-m :osam~ !il idedescQ lb r~rque n io apenas 0melher mas t am~b em aspassagen s m ais in d:iv ]du :a~sde sua o !b ra podem sera i ( ! ju @ 1 a s .:m ~ u e o s p o c l a s mot tos , s e w aneestrais ; reye1Q1maisvigoros2 lmenre sua HnOl 'ta tidade . Enio me refirc a ~.PG-ealn fluen c lavel da adoIDescencla~m as ao per:lo do de p]en a'm a:truid.ade.. ., T odavla, se a r u ' l i n ' i .C I l I . fo rm a. de tradi~io.de l~S:ad!oa g e " ,raQ a.o seg umte, eeasiste em seg l!a!!iiros C < U l I t ~ H h o : s dager:IJ9~o. imedim:ame~~eanteriOII' ilnossa gr~s a UIDQ timidae c~ga,aderinci.a a seus wtQS.~a !~ t ! : ' ad f~Q' "~~ S~ ~it ivam~t~deses tim llkd la : .. J ; '.vbn os muitas eerren res semeD\ian tes S C i per-derem aasareias; e a fl :ovld.ade: em.elhor do que a repeti-Cio. A tra~ao implieaum 8~gnificado IlLuitomaisamp1o.E l : a :nio. p odoser lIlerdada. (l ! se alguem a desell., d,eve,conqu15t:S.,.laatra:va d e , U D l !!IrM1ld!.eesfor90.Elit envolveJeni .primeiro lUgar , o sem Jltido h is'l:6 d o o . quc -pod.em.os co:nside-ear quase im: J i spemavel aalguem. que preteada condnuar

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    TALENTO INDJVIDUA.Lpoet a depots dos vlnte e cince an,os; e 0 5!e:ndd.Qhist6rioo. ' i J n p I . c a . . a . . .percep~o. n.io apeaas da cadueidade do passa-do. mas de sua. presenea: 0 sentido histerico bwa urn he-m em a eSicleVf nao somen te COin a propria. g e r a , C ; - i o , : a q ueperten eeem seus 0 ( 8 - 8 . 0 , 8 , . m as com um &entim.ento de q ue to-c ia a . literatu ra el!U '.o p6 iauesde Homero e. n.eb in c luida, to -da a literaturade sen propri.ol pais t~ -urna existenci.a s i I -m.rutim~a e eo n stituem um a o rdern s,imultinea.Esse 5e:nt~-do b hi,t6 rlo o , q uee o sentldotanto d . o . a t e O l lJ p : ( u : , a i ,q l a a n t o ' dQtemperale do a!t.empo ral e d o !tempo ral reu nid es, e q ue to rn a) um esc r ltO ortrad lc ioaa l, E e isso q ue , ao m esm e tem po , fazcom . queum e.scritm : se tome mals agud.aM en ,te; cQ ,nsc ien ll:ede seu :Iugar no tempo" de sua propda contc.m:poraneidad.e.Nen hum peeta , n en hum ,a .rt~ sta t tern so . ~,lgnificaao: .'C om p le taso z in n o .. S en sig n if ic ad o e a . ap ree iac io que dele

    : faze-moo ccnstituem a a .p : redaij j. o, diesua re la~ com os 'poe-:as e os anist,as mortQs. Nao se pode est ima~l 'o em si; e pre-.' ~sOi ~tua,=lo. para enatraste e-comparaeao, e'JlJt.re os mOI->il:Os-"Elt~erlldoisso c ome urn J,lrincipio d.e estetk ;a" n an ape=

    . ' ; h a s bist6rica. mas no sentidecritico. E neeessarie que ele .wja h R m i l O o l O O j, coeso ;e n o o ' unilateral; 0 - que o co rre quan ,d)o

    .um,a- nova. obra de aneaparece i ! " as veaes, 0que oeorre, , - ,~im,ultanea.rnelrteCOIll rela~io a todas as o b eas de arte que. 0 , . preceden t. O s m enum en to s exiisten tes fo rm am : um a o rdem."idaL~wure.~I. I; esta : s o , se modilfi-ca,pelQiip;;Uecimento de- . ' : :U~ nova (realmeme nova) obra entre eles, A erdem exis-

    I i ! : completa antes que a nova obra apa'~a;para qiUea; , i ( J , r d e m persista a p 6 s , a , . jntrodu~.io- d o l l novidade. a totai tdQ-.,da old-em ex isten te d ev e ser, se jamai s 0' fo i s e q u e rW e v e , -

    lreradai e desse rnodoas rela~!, pro,po:n;l5es",V8'-)lQres,de cada obra de arte rumo ao todo sio r ,eajU8tados~. ~[\eslde a ha:rMomria entre 0 ,ant~gce 0 , novo ..Quem. Q U5

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    TR.A.D]!,;AQ IBeurope la o-u indesa . oao ju1gar : i . .absmdo q ue I)passado devasc r IDod!ifrn cado pe lc presente tanto quanto 0pre.';ent.e este-ja erlenrado pelopassado. Eo poeta que disso e s t 4 e~e:nteteni cO!llSicieli1:(:~a de grandes di:f' lculdades , e responsabmda-d~s" N~ ~n tid .o pecu lia r. tra ele tam b em a ..c o nsc 1 & ldade que deve illl!!fVitavelm .eru:e' ser jwga.d!o pelos padif\6 es 00'passado , E iI!tdisse julgado , nita, wn.putado. , POl' lIes; j~do nao paJ l:a se r tao b o rn quanta, 0\1piOl o u m elho r-do ~ue 'o .morto; e decerto n a o Julgado pe:lo!lclinones de c;rf t icosm o rto s, 'T ra ta-o o de um Jul,gamento.umlli.,oompar~, n a. q ual duas 'co isas :sftO medidas pol ~da 'uma delas, Estar ape--nm : em f I D ~ o n : i a po deda si.go ific8Jl'q ue a .no va c b ra n.i0esdvesse d i e modo ,algum re~m en te 'em han n .o n i.a ; e]a nklseria nova. e, POl' .iSS!), : n A o ser.ilia.UIIla ebra de arte,.E nlclque r emos '~D1b so hJ :to d iz er q ue 000\l'0 e m ais vallo so par-q ue se ajustEJI a essa harm on ia ; mas e ss e a ju s,te e um ~est.ede sec va lO r - um teste , e ve!l 'dad.e,.que 86 pode ser Ien tae c an telesamense .ap lieado , po l s neul!lm de no s. e juia j~fa-lrvel em n tatm -ia do q ue esti OD nA o ,e m cQnfQrmidade. Ui.-z emos : [ s s : o < p_ece e~statde a,cotdg't e e ta lv e~ in d iv id ua lto u pareo e in d iv idual, e pede estar de acMdo,; ; ma s p ro va .-ve;Iinen~c:GOB sera. diffc.:i]se se ~rn ta d~ uma co isa, e n io deeutra, .P T o o e d ! a :m c s a u:rna expO!jj~, mais :~nteJigivelsabre arcla.ca.oentre {Ii po etae o passado : ,cle n in deve to rn ar 0pas-sado par uma m fl\SSa. mil m i n . s a . u ,in d.isc rim in ac io . n em C(J:J1I~c eb @ ~lo iin t:e ir~n te a partir de um a .eu ,d ua s a dm ira ~Oe s:pmtlculares:~liie:m ' (! !Ig8!Diza-!O OO ta:Jm.I3~~ rom base nurn : pe-do do de: sua p[efer~n cia ; 0 primm,1) cam. inho e in.a.d!miss:i~vel; (Isegumllo~~ma.import ute ex~ii3.nda da juveotlll!d!e;~ 0 terceiro, U1! i !Ul pr~osa ealtamentce d,csej,avel oompf~-m e D t a - ! t ' B : o . 0 < poeI :a d e y e estare~re.tiltam eE lte c 6n sc io l da

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    p rin c ipal cO i!" re n~e~ue de mod:oa lgum~~m hlvarl~\i'enen-te atr:a:y,ell das mals altas I1 l~ ]JIU tacOOS+Deve estarabsoluta-mente.atento para o6bv io f~o de que em arte nunea se aper- .f ci90a .m . :a :s de que 0mitter~ al da arte jam a i:s , in telram 6 II teo.ll1es~o, Deve eSiM oonsdo- de que a t me~~alidi i!dleeillfQ~peia.-a. mentalelade de 0:0&50 palS -t uma m:entalrdadeque de -ap.rende' OQJm .0 tempo ser ml!l!~nmais importante

    l r , . ' dQ ql!tesua pr~~a mente particu.lar, e ! ! . ! m a mcm.ta1idad.e queM lIl!da.a de q ue ana. mud;an~e um d iesmvo lv ime n to quenada abaadona en route, que f i~.oarpoiSenta- ne:llllI.Shak.es-r peM'e:nem Homero~ nem es desenbos rupestres do artista '~, m agdalem ano . E. q ue esse d :esemrob imenrtic r - talve:ll:{VOl re-f inamento t d ec erto um .a cOM p lex~d ad e ..,_ .n ao o o n sd fu i, dopon'm de vista do artisea, nenhum aperfe190ame~o ..Tal-

    ve~ ~em mesmo !W in , a .per fe~~OO1enCQ do inguk~1oopsioo-1 0 0 g o oa no imrtdto 'q ue im .a,g iin amos;itru 'l1 'e z apenasn:u .ma .fasetD dia~ devido . a . cornplic6LgOOS ern ecOllomia e ma.qui~nmOl.Mas a di f eW 1e 'D~aentre (} pre.sente~eo passado , e que(I, pre sen te oon sc jjmU: :oons t imi l de eer tomedo umaecaseien-'o ia de pas:sado , n um :sen dd!o e n uma exlensia q ruea con s -cimda iq ue o paJ ss;ad io tem diesimesme nio pooe revelar,Ailg~uemd ls se : uOsesc : rito : re s mottos estio d i!stan tes den .os ~rque conneeemos multo mais do q ue eles een hece-:ta:~" . E.xatam en :t.e, e sao eles aq uU o que cenheeemes,

    :B s ~o u.c6 n sc io de um a o b jeo a.o babitu~ aguia q ue c ia-tMliilenrtefaz parte de meu pFogl!ama.p~a ()I .metier da poe-sia. A ,obj lecao e que a dout:r~!Ilarequer um a r.idiClil~asomade erud~~o (pedianteria). alegacao 'qjuepade ser rejeJ~ada!l 'r~or.r ,e.r.mos . a s vldas de poetas. em quaJQjue:rpant.ei.o,. I S mso o qu ly ,a :]e rlaa aJ 'iirma r q lll.emila. grande eultura debilimouperverte a sensibiiidade poetka. Enq:uanto, porem, persis-rumos em acredi~ar que ' lUli"ilpoota deve saloer tanool quantoo exijam os limi~es de sua n~ess.aria Eece~~ividadeOIl ne-

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    c e s:u itia ]~d !o 1 i [lc l~ ~ i\lio; s ! M ' a d ~ ~ a v e r n . restrin.gir 0 0 cQn lu~c l -men te a rudo q _ uan ta po .ssa. ser po sto :so rb ~o rmap:ro vefut:o sadepesql!.l!isa:s~~5e~ Oll sob (lsam.da m a : i s pJlete.tl.Sruoms.mcdelcs ~bijcitariQS, Shal:espea.re ~\W'in :maisn~bi-skas d~ bist6ria nostutos de PbliW-COdo qu@a :!I!.aim~a,das homem poderia ter .adqujdd:o,em , 1 ) 0 0 . 0 (IMu s t ' : ! l ! ! J Brita-IDe .o ..0 fU!l! ldame ilta ltf iliJ .~s i:S teem ins1stir Q ue (Ipoeta deva.d.esen"'oiwr IOU busear a oon:sc i fnda do.passado e que 'pos-'sa coniliIulU'3i deseuvo~ve.ruaao Jongo!de toda H . sua,esrreira,o que eeorre e uma eentinua entr-e~a de S l Olesnm;'taloom.o S E l I . ! : O . 1 1 M dado m om en tc , a a]go ,que s e , r e l l , e r n a maisVal iOSQI . A. evolu~io dleum . a n i s ~ , l 1 !e ~ m cont inuo l ,auto-!ia:criffdo~,uma coatjnua extin~1 da p;ersonal jdade.Res ta aqei def in ir , esse !P1 'ocesso de desillOl'sonUizdoe ' sua : l t e l ~ r om . 0 s e : t : l . t i d Q da t :rad]~, . e nessa despe rso -naI~ , q r u . e lit me p o d ~ :S~ vj_s.taoomoproxim.8!. daeondi-' o a o de ciiDda. Convidi(F(),portmto,a. eensiderar, atravesde uma s~gestiva analogiia" a r~q~e se desen .ca:d.effia.q lW ll~do umapmtkula de plauftl!af'mament:e inco,rporadiaemtm-d : u i : i d a ID um a ,~ oon.tndp ~ e dili.Qx ido de eifil.offe .

    nA crill'tic!J!bo~t:a ~aavMj~tlCl . I l M s i v ! C : ! l di.:r~ge~.s~,~ioao po eta. : m a s a po esia. S e' f iOS ( U S p U o o n n C 8 a ouvir os c o n . -

    ru80S c 1a:mo f. vjn do s dlo .sedtic os de jomais e o s c eehiehesde Ie~te:ra.;f~lpopt!.~ar que se seji;uem, 'euvlrem es o .s nam.esdeume gumde q u a , n ; t i d a . d J e de poetas: j :seprocurarm,05:~ nitao o o nhec imm fo do s, .m an a'Q 'ues t mas o p,razer, da. poesia.,@ PtM.gWltamlO~.:p0I~ p o e m . a . raraMmte 0 'e:ncontr.eJrI.os.Ten.tcw. r-C!l;!lMW a im.p~) l ~anc : iadarela,cia entre dete:rrn[na-do po em s eeutros de wtllres diferen.~e'S~ sugcrl a o l)n o ep -

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    "fALENTO r x n rvt n u At,~o dla pcesia como um 'Conjul1Ito vivido de toda a poes.iaja ~se.ritaJ.ate ho j ,e :. 0 outre aspeete dessa teorla impess,omda p oesia e:!d. na reW3 J~Qdo :poemacom. IOs:eU, aator. E ; in-sifl'uei~ po :r um aan alo gia, q !i.1 l.e.m en te de poeta m adurodifiere da mente do imaJturo nao ex:atamenlt:e em nenhema'vaJo:~1o da ( jpersonalidade" ' . n.ao por ser necessarlamen-te mais ~nteressan:te. , au per tei!' ~~maUJa " dizer'\,mas antes.pur OOllsutUi:!:um m eio m als fin am en tte aperr~o em quesen . t.i!m.e i1! tosspeelais , ou muir!Q,v,adados. , ~t.io livres para.parti 'Cipar de novas lco.mbioai ;Qes.

    AmMogia fo.ila db catalisado:r. Quando os dais gasesm t e :r i - o . [ ,M e n t e r e i 'e : r i d ,O ; s Si.o mis,tm:adolll e m ptesm!tl d e um,ftlame:nto de platina. eles fo rm ,am ,ac ldo sulfW ico .. wsa com -bina~il io s o ' ocorrese . a plat ina es ti i\i 'e : rp resease; todavla, 0n ,ovo~ :ac ido t : o rmado naG eo ntem q ualq uer .in di(;io de pIati-~ .nat e ela mesma QlaJ'eDltemmte: MO 1 6af~, p e rm ,M e C e n . ~ O. iDe rte . n eutra e iinaJJter,ada. A men te do poeta e .0 fragmen-. tc.de p1a~lna.E la p ode, parcial ou exc1 li. lis iivamen te~mUM. s ob r-e a ,ex;perii~nc .iado pr6prio hornem, mas, qUaTlto rows'~feito for 0artistm,. mms int~ramente separado estara ne.lie< th .o me:m q ue so fre ,e a mente que ' 'ct'm~ e ,com maio r perfei-

    ' . ~ s : a b e i f o 1 a mente digerir e transfigu:rar as paix6es que l I ! h e -~rve:m de m8Jte,ria-prima.Na ,experi~ncia. percebtn:-Se4.os elementos que at~em ~en~a. do catalisador ~r ,aJ l :5 f jgulante ski de duases-pedes: emo~es"e sent.mentos. 0 efeito dtnuna obra de ar-te soibl[~ Q , pessoa que' dell diesr-ru,ta e uma exJ )e :ri:ie n cia .d i i s -tinta. em ~e de ,q ualquer outr,a q ue n ilo pmeD.~ ao cam .-

    .. pc d i a arte, E18 pode s e r formada a partir de uma erno;:ioJ.; :. 'g uo re :su lta r de com :b i~ io de: :mui tas ; e vadas & e < l l i t im e n lO S ~f jn .ercn tcs ,para um escriro r a. ]Jiidavras, frases Qiumagenstt, pod.em set a elle sc en ta do s para e ompo r e remka:do final. Ou.i..._a g :nm depo e;sia .!po -de ser esc rfta sem 0em prego dlrete de

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    TRAD'H;Ao Eem~i5es; sejianl elas quais foreml isto e, compoota sem qual-q uer reeu ese B OS sentiment1ls. 0 Cant ,o XV do l 'if 'el'no' (B.ru~n etiO Latin i):!' ,eo nsu tu i nm agradual asc en sio da emoc l o ,eviden re n o ooo tex to ; mas .0 efeito, embo r a ' O m . o o , c omo ,o de qualquer obra de arte, , e obtid!o por considenivel com-ptexidade de:detalhe. A lililina. quadra dil.uma imagem, umsen t imen to inco . rpo : rado a um ain l~ gem , q ue : " vem " , q uenio se desenvolve simplesmente ,8 p.artir da sltua~io que a.precede , DlIlS, q1 i Je .p rovave lmen t~ s e enoont rava. ,s:m.pensa n amente dopoeta a t e que a pr6priia combina~io surglsse pa~raa ela set aereseem ada tam .W ro po r sl mesma , A mentedo poeta e de fat.o um receptaculo destinado a capturar earmazena:r urn s:em-o .n limero de semtim,entos t fi" _ s\J jjma.gens~,qu.e ali permaneocm at6 que tedas .asp artic .lrla !!i c apaz es deSf unir para. fonnar urn novo eomposto es.tejiatn presentesjun~as.Se a lguem eemparar varias imagens repr'esem!bll:ivas dapoesia maiselevada, vera OO ' J l 1 I . C I e grande avariedade destipo s de com b in aQ ao t e tam ib 6m com o se apaga, po r com -p.~ eto .a maxes die IquaJ quer c.d.terl0 semi~co de: " jsubUm i .... dade" . POI Isso , 0' ,q ue c on ta n io , e a " g ra nd lez a':" ~ a in ten -s.idld.e" das eIi!lO~s. dos cmnponen.tes.mas a ..intensidadede proeessc miStico. a.presso, POl 888im dizer, sob a qualo co rre a fusio ., -0 epiisOdio de P ao lo e Praneesea utiiza um aem oc io d .efim :da~m as a intCJlS' idade da poesiate :p o r v ese sabsolutament:e distinta de qualCJ!lillrr lntensidadena SU,pOst3.e:xpen en cia q -ue ela pede dar . w im :p!ressio de ser, A16m.d i s - -so, lelanj,o , 6 mais mtensa do,Que no Canto XXVl~ a via-gem , de Ulisses, true dOdepende diiretamen:te de uma emo-~ . : E p assiv el uma grandevar iedaae no pro eesso de tram :~m.ut~a.o da em09io:: 0 W lsass, inat.o die Agam.&ml.on.1 ou aa,gonia de Otelo, pv01porc iona om etelto artlst.iico aparente-mente mais pnlxim,Q de urn. pos&ivd 'original do que as ce-

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    TAL IiN T .0 I N D o I V 1 D U A Ln 3!S de Dante. NO, Agammnond a em.~Oaffstjca emverd. ta .dietangencia.aJ , do especmd!O.l i ' de nosses dillS ,; ern') Othe/~10 , a J em o ~a.o do 'pro pdo J lro ~go n!ista . M as a di:feren,!;f ten-tre a . arte e 0 aeonteeimente e ~!iemp.li~abso]uta;, ; 3 1 ,eembina-9io que embasa e aesassinate de Agamemno,D. 6 talvez tiocOomp~ ex a'q ju ~n 1 !~ od aviag em d e UU .s:liiell.m ambo s 08 ca-ws heuve uma [usao de elementos. A ode de:Keats conaemtim numeee desentimentes que nada t!m? em. paiI'ticubr.que Viercom Q do rouxinnl, mas, que '! J rOl!lxino~ - talveze m pH tJe gt.tw as. a. s eu n om e atraen re, w.[ve.z;, em pane :lPorcausa de sua reputacao - seretu para-juntar.o po nte de vista ,q u.em e ,em pen nQ em ataearrelac io na-se tW wz . a twr.iJa Dletafisica 00, un idade s,ub stan oial 'd.a ..al~rna: segWldo en:tendo~ '0 que 0 0 ' poeta temnao e~ma ~p ( n - ' -s.ooa lid ade ~ a stlf expressa., masum mediUM pmi.cu]ar. que6 'apmasmll medii,urn ~ e nao ' l ! 1 m a per~onal idade. no qual!fm pw sso es e experi!n ~ia!) se associam em pec uliia :re s e in es-pm ado s cam inho s. Im preu5es; e exped@ n ciao s ,q ~ ,e sao : i I m , -

    , 'P o r tan rte s: pa ra . 0b om empodem .llio OC Upafnenbum. l agar.na.pl)Csia. ' I : : a,s que setornam ~Jm portam :tes na poesJa pode.m .t t ' !O representar quase marla para. 0homem, para a persa-ifaHdade. '

    _ H~Ci.ta!rei uma passagem p01J.lcofamiliar (!I, b astaate para., ,:- :_ o lhada com 'V iva aten c i!o ,8 lw ::-, o u em melo a s tresas(. ~'dtssas observa~e.s:/" . - , .~', .~: C A.ud .now metkinks I could eJen chid e m Y5elf, . . ' F ( t 1 ' , d 'o a t i I 'J 'g on . h e r b e a ' U 1 Y ~ 1 though herd~a.th

    Shol l be revenged a fter 11 :0 common a ctio n.no e.s the 5i~kWQnn expen.d her-yellow laoo,W$l - I . . . Po., .thee? Rot' thee ( / (M .fJ slw undo hetselfi'~r:'0~ A . re ' lo rd sh i u'I iIJS {J ld to m a in ta in ladyships:t~ ; _ - : - v ;,r-:~.: For ,thepoor benefit oj t1 bewildering minute?~:::, 45I~~-

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    Why does y,on fellow falSify highways.And put his ,life between ,the judge's lips,To f~JiTre'such a th ing - keeps h orse a nd m enTo, beat theirv,alours jor ber? ..,' * '

    N esta passagem . (c om e e 6 b 'liio se for tom adaem seu co n -sexro) hi uma eom b in acao de ,em o ij:O es posltivas e a eg ati-vas; uma fo rte a tr,I l'!riiQin te n samen te dirigida. ii i beleza e umau U n b e m . in ten sa fasc in a'i'iO :pela fei'w a! q \:l.e'co m !31 aco n-trasta e que a desu6.i. Bssebalanco de e:m,o~e8 ,c;ouflitan-tesan im a a sib l~ iio dramatiea adequada a ]]n gu :ag 'em , m asessa situacso e apenas insuficiente. Essa e , porasslm dizer,a emocao estrutural, fomeeida pelo drama. M ,a ; s 0 efeitogloba l , 0 tom d o:m in an te~ e dev.ido ao fato de q ue urn n u , -mero de sentjm,e.l'l'['OS flutuantes~ ~endo uma dim.dade por 'essaem09ao 'q jlle 'n io se expressaa:traves' de quaisquer meiosS'uperfic lalni lente ,ev[den~es,a eta se ccmbineu para nos pro-porcionar uma nova emocsoarnstiea.

    Nan e em :suasem o !itO espe 'jso ais. as en JI090es indu:d-d as po r e pjjsO diffio .s artie ula re s e m . sua v ida , q ue 0poeta setqmat de algum , modo , no tavel o n in te re ssa n te . Suas em o- 0 '~O es partic u lares pedem sec sim ples, o u ro des, o u rasas, Em .sua poesia, a .ano~i io s e r a algo de multo complexo, ma s . DA ocom a complexidade das emo9fies de pessoas ,que revelarnem vida emo9&smuito l;ompIexl1s e innsuais, Na v(!!&\de.l i l a um erro de e x o c e n u i c i d a d i i ; l ' e m poesla que deve s e r eredi-tado a b usca d .iI l'n ova s emoooes hum an as a. s er'~ expres- ..","Ii pm'eceme ~ '1I.lUl:lui pOOenl li lluM r . me j Por louvarl~ a bde z a , em b o -raa :si.lamQ:l'l~!Vf :nha . a ser vins~a, de IliI!8Iltilr,a incomnm. / 1reee (Ib i cho -da-!lMaa sua U!ia de oo ro l.PO til S e r a par ti i)tIe , e I e p rOp rio se I I : I T I I i n a ' ? IVtru : lcmSI ; 'Q s f.em lo o c m .~ -iC I ! S Rnhor i lu IP'ei.o lm fim Q p lID 'liiito de gm , ,~~ in stan te? / P or l;Iu c,0 < fO : i 'M~O tumuUua a emm Ii i pO e a 9Uilvi ida ,m.l:re O~ L1biosd~ j u . ' l l : ? !a ra e lt ll l. ta !rta'lcoi!f;!!.,. hom ~ e ~V~ j I rio , c h.e io 5 d !:!brico. ~je;r_: po r 1 )1a1 ., ,' '

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    TALENTO IND I VIDd!JA.L.& a s ; enessa husea da novldade em lugME:fierradas aflora. eperverso , 0 objetll ;"rndopoota naG e descebrlrnoves emo-" O ~ ~ m as utilizar as OO:U~I!I'ue:itase , tra b a lhando - as .00 ele-

    V; :tdonivel poetico, ~rin tir sen t lm en to s que n ao se en con -.,. '" em ..ab so lu to nas em oeees com o tais, E 'Wl0.;'10e;s q ue ~ . jam ais experim en teu serv~JJ 'iopar sua V~~ ranto qUJl!n~ .~,$ qu lhe sae fami1iares. C o n s . e q u e n ' O O m e : l l ! w , . devemos: ~i~at q ue '" e:rtlJOQ iorec olh ida em tC 'a~tiiH dade~ N! ew m a formula mexaita . .IS80 porque n a c , setratanem de emo -. nem d.e reoolhi :mentn. CO.rIlO tampol! l !oo. &eM di.stoi(l:OO@O::sl~J!~ni:ttc~oo.(} j"e: t:r.!B lqUiUdade. Trara-se de uma concen-

    bfmciJ.l. e 0novo l'f od lf t'0 riesmtante da o om :e~o expressaimenso n.lUneF,() de expetiihtcias q ue, [pelm a pess rn l.!i p rrA -.~ atJ iv as. p od erlam n .a.o ser entendidas deQ1JQooallsum. 'eKperljnc~as!; e : u m a .QOficent.r~[to que:l1iiloooo:r.recQIl:!Y-

    ' t iEllte:metnte nem~eStd lta . de de1ibem~iQ. Taisexperian~... sll: oHlecoll i idas;~~ e .ann:!} sIHeUne:M. numa.~tmosfera.:Bo:mente e "~traDq iii li lJ! ~ na m edida em . Q !u.eceastituf a

    ~~~a,I'~ :si..ica',del!illm aoontecill lento. N a r t U i r . a h n e n l D e , essa n!~1 ' 1 I . . . . . . 'i;H{'I'{1{'1" algum todaa bisl:oria. m ilJiM punllado. de 00,-n us tex to s poeUoos~qlK devem ser co n so ien tes e deli-. N a ve:l'dade~ a.maiu!poeta e habimalmefiltt i ncons -onde deN:Set conscieme, e com elen te o nde deve & eroru~G1~mte .mbos o s errosteadem a tO l'M -~O~'pessQ a.l~~. ~, :. n io e um 3J.m iher~c lio da emo~to. mm uma fuga'i:,moi;Ao;nial ~:a ~pre$sio da per~dadei :masuma. dapersopaUdade. Nat~r,almente, porem, apenasaque-, q _ue tem persQ 0aJ id :adee e:n l!o~es sa ib e:m 0qllil.eisigniftca. e sc ap ar d ess tlJSc eisa s,

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    TRADH;A.O E TALENTO IN : ID IV1DUALHI

    B ite en sa io se :p ro po o a deter-sa ua fromteim da m eta-fkica QUdo, mistic iE .m