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1 Empreendedorismo social no turismo de base comunitária - Casos de sucesso no Brasil e Chile Dr. Carlos Alberto Sampaio. Empreendedorismo e Inovação em Cultura e Turismo

Empreendedorismo social no turismo de base comunitária ... · Pela discussão sobre realidades do Turismo ... Trabalho distante do conceito ... através de encadeamentos socioprodutivos

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Empreendedorismo social no turismo de base comunitária - Casos de sucesso no Brasil e

Chile

Dr. Carlos Alberto Sampaio.

Empreendedorismo e Inovação em Cultura e Turismo

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Prof. Dr. Carlos A. C. SampaioUniversidade Federal do Paraná, Setor Litoral,

Programa de Pós-Graduação em Meio Ambiente e Desenvolvimento

Pesquisador CNPq

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Sumário

1. Problemática2. Conceitos Chaves: Comunidade,

Turismo Comunitário, Sustentável e Solidário, Arranjo Socioprodutivo e Político de Base Comunitária e Comércio Justo

3. Experiências Brasileiras e Chilenas4. Considerações Finais

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1. Problemática

O modo de vida, bem como seu modo de produção, atualmente predominante, o

urbano-industrial–consumista se mostra insustentável.

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1. Problemática

Sugere-se aprender com modos de vida ou modos de produção que se mostram

mais sustentáveis.

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1. Problemática

Contudo, as comunidades que compartilham modos de vida não-urbanos possuem

desvantagens históricas, como os pescadores artesanais, jangadeiros, ribeirinhos, pequenos

agricultores familiares, pantaneiros, extrativistas, faxinalenses, indígenas, quilombolas, caiçaras e tantos outros.

Presenter
Presentation Notes
Comunidade é um grupo social residente em pequeno espaço geográfico, cuja integração de pessoas entre si e com o lugar cria uma identidade muito forte em que habitantes e lugar são identificados como comunidades.

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Portanto, há necessidade de se valorizar essas comunidades, seus modos de vida, de produção e de conhecimento. E como fazê-lo?

Neste trabalho, sugere-se: Turismo Comunitário, Sustentável e Solidário

1. Problemática

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2. Conceitos Chaves

Comunidade (antropologia) e lugar (geografia) tem o mesmo significado. Para Milton Santos (2002: 314) “cada

lugar é, a sua maneira, o mundo”.

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2. Conceitos Chaves

Pela discussão sobre realidades do Turismo Comunitário, Sustentável e Solidário tem-se esta atividade como resistência ao turismo convencional

consumista e que o associa à estratégia de trabalho, de vida e de comunicação social para conservar modos de vida próprios de populações tradicionais

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2. Conceitos Chaves

São práticas de lugares onde vivem comunidades carentes e territórios

encravados em Unidades de Conservação que servem de contraponto ao modelo de

desenvolvimento consumista, e fazem repensar o turismo cultural,

etnoturismo, ecoturismo e agroturismo

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2. Conceitos Chaves

Enquanto o turismo comunitário, sustentável e solidário potencializa modos de vida tradicionais, Arranjo Socioprodutivo de Base Comunitária

(APL.Com) oportuniza modos de produção artesanais

Comércio Justo e Solidário é um diálogo entre economias, aproximando produtores e consumidores.

14Base de Pesquisa: Lagoa de ibiraquera – praia do Rosa, Imbituba/Garopaba, SC. Rancho de Pesca Sr. Anastacio, o mais velho pescador do local.

Reunião com Maria Aparecida sobre as atuações do Forum da Agenda 21.3. Experiências Brasileiras

e Internacionais:

(3.1) Lagoa de Ibiraquera (Garopaba e Imbituba,

SC)

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(3.2) Prainha de Canto Verde

(Beberibe, CE)

Centro anexo a Escola, com acesso gratuitoa internet para alunos e comunidade local.

Merenda na escola. Professores – nativos locais formados pelo projeto.

Pesca artesanal da lagosta

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(3.3) Acolhida na Colônia (Santa Rosa de

Lima, SC)

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(3.4) Zona de Educação para o

Ecodesenvolvimento (Rio Sagrado, Morretes, PR)

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(3.5) Red Turismo Rural de Chiloé (Chile)

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(3.6) Red Parques Comunitários Mapu-Lahual (San Juan de la Costa,

Chile)

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(3.7) Red Turismo Rural Licanhuasi (San Pedro de Atacama, Chile)

4. Conclusões: O que aproxima as experiências?

Políticas compensatórias; Consumo solidário Trabalho distante do conceito industrial; Capacidade sinérgica nas redes de pessoas ou

organizações (Arranjo Socioprodutivo de Base Comunitária); Respeito a diversidade de modos de vida; A qualidade de vida não depende apenas da condição

econômica na quais as pessoas se encontram;

Presenter
Presentation Notes
(1) Consumo solidário: baseado na fidelização (quando consumidores têm a garantia que estão contribuindo para a diminuição da desigualdade e da melhoria no trato com a biodiversidade); (2) Como as políticas compensatórias de educação, implantadas por muitas universidades brasileiras, na implementação de cotas de vagas nos exames vestibulares de ingresso nos cursos de graduação para estudantes negros, pardos e índios; (3) padronizado e enfadonho, realizado para a esfera doméstica, isto é, limitando-se ao espaço público de seu território. Ela, por sua vez, pode resgatar o significado de trabalho como ensejo de lazer, no sentido de busca de satisfação, de felicidade; isto é: não é necessário trabalhar uma vida toda para depois libertar-se; trabalho não é apenas produzir riquezas econômicas, pode ser também uma maneira de produzir a si próprio; (4) de viabilizar economicamente empreendimentos, através de encadeamentos socioprodutivos à economia de mercado, respeitaram também princípios que lhe são próprios, ou seja, de uma outra economia; (5) embora pareça que a finalidade da troca solidária seja satisfazer meramente uma necessidade econômica que não se consegue comprá-la, mas sim da intensidade das trocas afetivas e culturais, isto é, da convivência solidária que essas novas dinâmicas socioeconômicas e sociopolíticas acabam desencadeando; (6) trata da geração de créditos de carbono por meio de projetos que seqüestram ou reduzam os gases-estufa. Entre os mecanismos que vêm surgindo, o Carbono Social se baseia no sistema agroecosistemas, típico de pequenas propriedades rurais, que consiste em relacionar à área agrícola bosques nativos, beneficiando comunidades ao invés de grandes grupos econômicos (CUOCO et al., 2006);

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4. Conclusões: O quê aproxima as experiências

Potencialidade de Mecanismos de Desenvolvimento Limpo;

Risco da responsabilidade empresarial estar posto no nível micro social;

Superar a dicotomia economia formal e informal; Voluntarismo como regra; Dependência de financiamento externo; Dificuldade de diálogo com instâncias governamentais;

Presenter
Presentation Notes
(7) Reduzido ao plano das ações dos agentes econômicos individuais, configurando uma armadilha se ficarem restrito a esta dimensão (LISBOA In: CATTANI, 3002, p. 146); (8) Não traduz a complexidade da economia real, e, ainda, incorporar no debate princípios da economia doméstica (subsistência) e solidária. Essas experiências por serem inovadoras, ou seja, por estarem desafiando o status quo do paradigma vigente, são de difícil compreensão científica e, conseqüentemente, não são estudadas. Elas simplesmente ficam relegadas ao mundo da vida; (9) (a) indivíduos que ocupam funções de liderança ou de fomento comunitário, de administração ou de técnico organizacional que vêm conseguindo com dificuldade transformar boa vontade em gestão compartilhada (ou seja, um arranjo socioprodutivo) e gestão extra-organizacional (isto é, considerar o entorno na gestão da organização) e ainda relevar a potencialidade tanto do conhecimento tradicional nos processos de produção (através de tecnologias apropriadas que podem agregar valor) quanto de produtos comunitários nos mercados verdes ou justos, acabam abandonando suas atividades por questão de sobrevivência, pois na maioria das vezes são militantes não remunerados e ou pesquisadores com bolsas temporárias;.

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Fim

Muito obrigado!

[email protected]

Presenter
Presentation Notes
(7) Reduzido ao plano das ações dos agentes econômicos individuais, configurando uma armadilha se ficarem restrito a esta dimensão (LISBOA In: CATTANI, 3002, p. 146); (8) Não traduz a complexidade da economia real, e, ainda, incorporar no debate princípios da economia doméstica (subsistência) e solidária. Essas experiências por serem inovadoras, ou seja, por estarem desafiando o status quo do paradigma vigente, são de difícil compreensão científica e, conseqüentemente, não são estudadas. Elas simplesmente ficam relegadas ao mundo da vida; (9) (a) indivíduos que ocupam funções de liderança ou de fomento comunitário, de administração ou de técnico organizacional que vêm conseguindo com dificuldade transformar boa vontade em gestão compartilhada (ou seja, um arranjo socioprodutivo) e gestão extra-organizacional (isto é, considerar o entorno na gestão da organização) e ainda relevar a potencialidade tanto do conhecimento tradicional nos processos de produção (através de tecnologias apropriadas que podem agregar valor) quanto de produtos comunitários nos mercados verdes ou justos, acabam abandonando suas atividades por questão de sobrevivência, pois na maioria das vezes são militantes não remunerados e ou pesquisadores com bolsas temporárias;.