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Encontro Bilateral Brasil – Haiti no marco do Projeto “Estudos sobre a Migração Haitiana ao Brasil e Diálogo Bilateral” Brasília, 8 a 10 de dezembro de 2013

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Encontro Bilateral Brasil – Haiti no marco do Projeto “Estudos sobre a Migração Haitiana ao Brasil e Diálogo Bilateral”

Brasília, 8 a 10 de dezembro de 2013

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EQUIPE

PROFESSORES PESQUISADORESDuval Fernandes (Coordenador)

Maria da Consolação G. de Castro

BOLSISTAS DE INICIAÇÃO CIENTÍFICABruna Pimenta

Taís XavierVanessa do Carmo

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Dados coletados junto aos processos para a obtenção dos vistos, encaminhados ao CNIg

pelo Comitê Nacional para Refugiados – CONARE/MJPERÍODO: 2011 / 2012

Número de vistos concedidos aos haitianos 2011 e 2012

Ano Masculino Feminino Total

2011 597 123 720

2012 4017 843 4860

Fonte: MTe / CNIg

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Valor % Valor %

Acre 246 34,3 1.232 25,3

Amazonas 434 60,2 3.482 71,8

São Paulo 24 3,3 108 2,2

Outros 8 1,1 34 0,6

Não Inf. 8 1,1 4 0,1

Total 720 100 4.860 100

Estado2011 2012

Estados onde a solicitação de refúgio foi apresentada 2011 e 2012

Fonte: MTe / CNIg

Na quase totalidade dos casos, as autorizações de residência,

tanto em 2011 e parte em 2012, foram concedidas com base na

Resolução Normativa 27 que disciplina estas concessões de

visto em situações especiais ou casos omissos e,

posteriormente (2012), a referência foi a Resolução Normativa

97.

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Em relação ao nível de instrução, observa-se que para o ano 2011, a maioria dos imigrantes declarou ter o primeiro grau incompleto, fato que não se repete em 2012, no qual o nível de instrução com maior prevalência foi o segundo grau incompleto.

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SexoN. Inform*

V. abs % V. abs %Visto Trabalho 1560 92,2 401 58,2 235Reunião Familiar 131 7,8 288 41,8Total 1691 100 689 100

Masculino FemininoTipos de Visto

Tipo de vistos concedidos no Haiti e em outros países por sexo 2013**

Fonte: MRE, 2013

* Vistos concedidos no Equador, República Dominicana e Peru** Dados coletados até 29/08/13

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Mais de 25,0% da população está concentrada na faixa etária de 25 a 29

anos, seguida daqueles no grupo etário 30 a 34 anos, que representam,

aproximadamente, 25,0% da população em estudo. Na pirâmide pode-se

observar que a quase totalidade dos haitianos que obtiveram a permissão

de estadia no país estão em idade ativa.

Pirâmide Etária haitiana demandantes de visto nas representações consulares do Brasil

Fonte: MRE. Dados coletados até 29/08/13

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5 2,13 72 4,26 19 2,7636 15,32 363 21,47 236 34,25

Ocupação técnica Construção Civil 70 29,79 895 52,93 21 3,05Ocupação setor alimentação e hotelaria 12 5,11 6 0,35 59 8,56

9 3,83 15 0,89 99 14,37Outras ocupações no setor serviços 59 25,11 179 10,59 129 18,72

1 0,43 13 0,77 4 0,5814 5,96 143 8,46 120 17,4229 12,34 5 0,30 2 0,29

235 100 1691 100 689 100Total

Ocupação no comércio

Ocupação nivel superiorOcupação nível técnico

v.abs %

Ocupação

Sexo

FemininoNão Inf.**

AgriculturaNão ocupadosOcupação não declarada

V. Abs % V.Abs %

Masculino

Ocupação declarada pelos haitianos demandantes de vistos – 2013*

Fonte: MRE, 2013* Dados coletados até 29/08/13** Vistos concedidos no Equador, República Dominicana e Peru

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Período da pesquisa de campo/coleta de dados: Junho a Outubro de 2012

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• Foram realizadas entrevistas e grupos focais masculinos e femininos em 4 estados brasileiros, a saber: Minas Gerais, Paraná, Rondônia e São Paulo.

• Em cada estado foram contatados e capacitados parceiros que cuidaram do levantamento local das informações.

• A equipe de coordenação realizou a capacitação das equipes locais.

• Em alguns estados foram os próprios haitianos que fizeram o levantamento, auxiliados pelos coordenadores locais. Em outros estados foi possível contar com a participação de estudantes brasileiros para os levantamentos.

• A experiência demonstrou que, apesar dos avanços que significam contar com a colaboração dos próprios sujeitos das pesquisa (haitianos) nos levantamentos, houve dificuldades na sua capacitação.

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Foram entrevistados até o momento:

87 Homens13 Mulheres

Distribuição etária dos entrevistados (%)

Faixa etária

Sexo

Masculino Feminino

20 < 0,0 7,720 - 24 13,8 7,725 - 29 36,3 38,530 - 34 25,8 30,735 - 39 10,3 7,740 e + 13,8 7,7

Fonte: Pesquisa

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Os entrevistados que gastaram mais tempo para chegar ao Brasil são aqueles que já residiam fora do Haiti e fizeram uma nova migração em direção ao Brasil

Tempo da viagem do Haiti até a entrada no Brasil (dias)

Tempo N. Entr. %1 dia 27 27,02 a 7 dias 16 16,08 a 15 dias 13 13,016 a 30 dias 11 11,031 a 60 dias 5 5,060 dias e + 23 23,0Não Resp. 5 5,0Total 100 100,0Fonte: Pesquisa

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Ajuda para Viajar:

53,0% dos entrevistados recebeu alguma ajuda para fazer a viagem ao Brasil. Destes, 56,6% foram auxiliados por parentes próximos (pais, irmãos). 92,0% desta ajuda foi em auxílio financeiro. 33,0% dos entrevistados disseram que ainda estão devendo parte dos gastos com a viagem.

Montante gasto na viagem ao BrasilValor USD N. Entr. %

1000 < 3 3,01000 a 2000 7 7,02001 a 3000 19 19,03001 a 4000 10 10,0

4000 e + 13 13,0N. Resp. 48 48,0

Total 100 100Fonte: Pesquisa

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O trajeto e razões da migração

• 40,0% dos entrevistados declaram ter encontrado algum tipo de problema para chegar ao Brasil;

• Destes, 62,5% informaram situação de roubo, em alguns casos envolvendo policiais no Peru; 20,0% tiveram problemas com a documentação e o restante dos entrevistados relataram problemas com coiotes, passar fome ou outras dificuldades;

• Ao serem peguntados se antes de sair do Haiti buscaram informações sobre o Brasil, 64,0% dos entrevisados responderam afirmativamente. Para 58,0% dos que buscaram informações, as fontes foram os amigos e a internet;

• 51,0% dos entrevistados afirmaram conhecer alguém no Brasil antes de sua saída do Haiti;

• Razões para migrar para o Brasil: trabalho (39,0%), trabalho e estudo (13,0%), melhorar de vida (16,0%).

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Trabalho

Ocupações exercidas pelos entrevistados no HaitiOcupações     N. Entrv. %

Ocupação nivel superior   12 12,0Ocupação nível técnico   11 11,0Ocupação técnica construção civil 24 24,0Ocupação setor alimentação e hotelaria 2 2,0Ocupação no comércio   13 13,0Outras ocupações no setor serviços 19 19,0Agricultura     3 3,0Não ocupados   14 14,0Ocupação não declarada   2 2,0Total     100 100,0

Fonte: Pesquisa

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93,0% dos entrevistados que declararam estar trabalhando e têm carteira assinada.

57,9% dos que trabalham relataram exercer atividade não compatível com a sua formação.

Setor de ocupação dos entrevistados no BrasilSetor de ocupação N. Entr. %

Construção Civil 39 38,0Indústria de Alimentos 5 5,0Doméstico 2 2,0Serviços gerais 7 7,0Comércio 5 5,0Confecção de roupa 1 1,0Não trabalha 41 41,0Total 100 100,0Fonte: Pesquisa

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A Vida no Brasil

Dificuldades apresentadas:

• Em conseguir emprego – 41,0%• Em conseguir moradia – 52,0%• Com o idioma – 55,0%• Se sentiram discriminados – 18,0%

•78,0% dos entrevistados não tiveram problemas para regularizar a sua situação migratória;

•96,0% dos entrevistados pensam em retornar ao Haiti. Destes, somente 12,0% consideram que seria um retorno definitivo.

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Avaliação do projeto migratório

• O que significa estar no Brasil• 28,0% oportunidades de trabalho• 18,0% mudar de vida

• 90,0% dos entrevistados estão satisfeitos de ter imigrado para o Brasil• Razões apresentadas:

Qualidade de vida melhor - 19,0% Ter trabalho – 13,0% Bem acolhido – 12,0%

• Para os 10,0% que não estão satisfeitos em viver no Brasil, as razões mais alegadas são: esperava encontrar uma melhor situação de trabalho, de moradia e de renda.

• Apesar da visão positiva de muitos, para 45,0% dos entrevistados o processo migratório não aconteceu como o esperado. As maiores dificuldades relatadas indicam a precariedade no trajeto, dificuldades em conseguir moradia e de estudar.

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Projeto migratórioa)Motivos para ter deixado o Haiti •Saiu do Haiti para o Brasil sem informações. Soube de acordo entre Brasil e Haiti.•Trabalhar e estudar;•Para ajudar a família que ficou no Haiti;•Em busca de uma vida melhor nos outros países; •Deixaram o Haiti para buscar novas oportunidades;•Haiti não tem trabalho; desemprego é problema sério no Haiti;•Por causa do terremoto (perderam tudo);•Violência. Falta de segurança;•Ouviram dizer que o porto do Brasil estava aberto.

“A vida lá no Haiti, não está boa; não se pode viver em paz, não se tem possibilidade de ir ao hospital e não se tem seguranças nas atividades; somos roubadas em nossos pequenos comércios” (Migrante Feminina. Curitiba).

“No meu país tem pouco emprego, eu tinha que deixar o país, atrás de oportunidades – quem aqui que é mãe e ver seus filhos sofrem, passam fome, não tem condições de estudar. Isto foi a minha decisão: deixar o Haiti” (Migrante Feminina. Rondônia).

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b) Trajeto feito até chegar ao Brasil •República Dominicana / Equador •Peru ou Bolívia•Pensei que entre o Brasil, Peru e Equador tinha um acordo•Saíram de Porto Príncipe, passando pelo Panamá, Equador, Peru e, finalmente, de lá entraram em Tabatinga, no Brasil.•Cada lugar por onde passamos, gastamos o nosso dinheiro. •Relatos de violência por parte da policia, pedindo dinheiro. Roubo, estrupo etc.•Alguns gastaram três meses para chegar ao Brasil

“Eu vim igual a todo mundo como refugiado, eu consegui um visto em República Dominicana, fui para o Equador. Para entrar no Brasil, nós temos que cruzar a fronteira do Peru ou Bolívia, o povo peruano foi mais generoso conosco” (Migrante Masculino. Rondônia).

“Eu estava no Haiti, ouvi falar de um país que abriu as suas portas para todo mundo, eu arrumei dinheiro, eu consegui o visto em República Dominicana, entrei no Equador, de lá fui no Peru e fronteira com Brasil, em Iñampari. De lá, tem algumas que cruzaram a fronteira peruana e outras a fronteira Boliviana” (Migrante Feminina. Rondônia)

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c) Custos com a viagem até o Brasil •Comprou o visto por USD 2.000 e pagou USD 1.200 pela passagem de avião;•Entrada no Brasil com visto humanitário;•Gastos variando entre USD2.000 à USD12.000;•Coiotes sempre exigem dinheiro;•Sofreram ameaças em alguns países caso não pagassem.•Os homens não relataram dificuldades a não ser a questão financeira.

“Muitas, muitas dificuldades! Os coiotes nos tomaram muito dinheiro. No início pediram 2 mil dólares, logo após mais 500, mais 50 para a Polícia, mas ainda [...] dormimos mal, má alimentação, muita aflição” (Migrante Feminina. Manaus).

“Eu não sei na verdade quanto eu gastei, depois que eu cheguei Peru já eu não estava como nada por que cada pessoa no caminho pegou um pouco de dinheiro, os agentes, os coiotes também. Até roupas eles roubam de mim, em Peru os agentes falam se vocês não pagam vamos chamar a policia, então a gente da tudo que tínhamos. É muito dinheiro, sorte minha foi meu pai que pagou a viagem”. (Migrante Feminina. Curitiba).

“Pra mim é muito difícil por que o coiote pegou minha casa no Haiti, e deixou meu filhos na rua, eu me arrependi muito. O coiote falou que eu conseguirei este dinheiro num ano, mas eu tenho já 2 anos aqui eu não tenho nem a metade deste dinheiro”. (Migrante Feminina. Belo Horizonte/MG).

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A vivência do trabalho

• Patrões não querem ajudar haitianos. Salário mínimo muito baixo/insuficiente para as despesas. Não compreendem os descontos;• Trabalho pesado - carregar caminhões “esse tipo de serviço, eu nunca fiz no meu país, eu carrego até 50 kg pra jogar dentro do caminhão”;• Relatos de exploração no trabalho; • Aqueles que têm profissão, não encontram trabalho na área para a qual tem habilidade, como costureira, enfermeira (cursos técnicos);• Dificuldade para encontrar trabalho. Em Rondônia, mais oportunidades de trabalho.• Quando encontram trabalho, alguns patrões não querem assinar a carteira;• O fato de não falarem português dificulta arrumar trabalho;• A rede de amigos ajuda a conseguir trabalho;• Em Curitiba, as mulheres têm menos dificuldades para conseguir emprego e manifestaram que o relacionamento com os patrões é bom;• Aqueles que conseguem juntar algum dinheiro enviam para o Haiti e ficam sem nada no Brasil;• Muitas queixas em relação ao salário pago no Brasil (insatisfação).

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“Eu encontrei um emprego. O problema que eu tenho é o salário. É muito pouco. Você recebe 687 reais por mês. Eu estou com 2 anos com carteira assinada no Brasil por 687 reais. Depois tem desconto”. (Migrante Masculino. Curitiba)

O primeiro trabalho era um trabalho num restaurante. Como não falava bem português uma pessoa me levou até o trabalho. Se não deixasse esse trabalho os familiares encontrariam somente meus ossos! Eram 13 horas sem parar! (Migrante Feminina. São Paulo)

É complicado achar trabalho aqui por que cada trabalho tem que falar o português achei um primeiro trabalho num supermercado, mas foi muito pesado não fiquei por muito tempo , e passou um bom tempo sem trabalho até que agora eu consegui um trabalho, sem os descontos da 1000 reais, estou neste por enquanto. (Migrante Feminina. Curitiba).

Carregar caminhões e esse tipo de serviço, eu nunca fiz no meu país, eu carrego até 50 kg pra jogar dentro do caminhão (Migrante Masculino. Belo Horizonte/MG)

Estou livre no momento, acabei de chegar no país, eu não sei falar português parece um pouco mais difícil para mim. Até para arrumar algo para ajudar a minha família. (Migrante Masculino. Rondônia)

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A vivência da moradia • Pagam aluguel (R$350,00)/ conta de luz, de água;• Para alugar casa ou quarto precisa de avalista brasileiro, se não tiver faz-se exigência de depósito por garantia;• Muitos moradores por casa – não tem privacidade;• Um quarto com 90 haitianos quando chegaram em Brasileia;• Alguns moram em Pensão (Curitiba);• A Empresa paga aluguel para 7 pessoas que trabalham lá; • Salário no Brasil é baixo: R$600,00; R$700,00; R$800;00 e o aluguel é R$600,00; R$800;00. • Moram em casas de acolhida (ligadas a Igreja Católica/Scalabrinianos).

“Eu tenho muita dificuldade na casa por que tem muita gente numa mesma casa, eu não tenho privacidade, isso me da muito problema ainda não posso alugar sozinha uma casa”. (Migrante Feminina. Curitiba)

“É a empresa que aluga uma casa para nós. Somos 7 pessoas trabalhando lá, e ela fez um contrato de 1 ano e falou até que vai renovar o contrato. Cada lugar é diferente. (Migrante Feminina”. Belo Horizonte/MG)

“Mas lá, eles não aceitam mais que 4 pessoas na casa. E depois de pouco tempo, aumentaram o aluguel. E temos que fazer um depósito antes. Ele será devolvido quando a gente sair. É muito difícil”. (Migrante Masculino. Belo Horizonte/MG)

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Acesso à educação•O filho estuda em uma escola publica, não foi difícil, uma amiga ajudou/Todo material escolar é fornecido pela escola;•Manifestam gostar do sistema educacional brasileiro, por ser gratuito e de boa qualidade, especialmente as creches;•Eu tenho um curso técnico em costura;•Única dificuldade é não falar o português;•Frequentam aulas de português oferecidas pela Universidade (no caso de Porto Velho) e por instituições religiosas locais, nos outros estados pesquisados;•Alguns que conseguiram entrar para a Faculdade dizem estar satisfeitos e possuem o financiamento pelo FIES, são estudantes.

Pelo que eu vejo a educação aqui no Brasil é muito boa, eu tenho meu filho agora que esta na creche eu não pago nada. É muito bom. (Migrante Feminina. Curitiba).

“Sim, tem vários que tem vontade de conquistar algumas coisas e estão estudando o português, a primeira coisa que nós devemos fazer é estudar ou saber a língua, conhecer a cultura do povo depois as conquistas”. (Migrante Masculino. Rondônia)

“O Brasil tem vantagens. Tem cursos profissionais que são pagos, porém tem também cursos que são gratuitos. Alguns demoram mais, outros demoram menos, dependendo do que você vai estudar. Aqui tem o SENAC o SENAI e outros. Essas escolas têm muitos cursos. Eu já fiz um curso de três meses. É só você trazer os documentos para fazer a matrícula. (Migrante Feminina. Belo Horizonte/MG).

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Acesso à saúde •Saúde ruim. Atendem, mas tratam haitiano com indiferença, nos hospitais;•Alegam que são atendidas pelo SUS apesar da demora no atendimento;•Apontam como coisa boa na área da saúde são os medicamentos de graça (Programa de Assistência Farmacêutica) e os atendimentos para as mulheres nas Unidades Básicas de Saúde;•Facilidade para fazer exames, apesar de demorar;•Os hospitais são muito ruins, mas os postos de saúde são muito bons (Atenção básica – foco na prevenção)

Muito boa, na primeira cidade que eu estava, eu fui no hospital saindo eu já peguei meus medicamentos grátis, e também aqui no Curitiba apesar eu comprei meus medicamentos o preço esta razoável. (Migrante Feminina. Curitiba).

O atendimento demorou muito, só eu fui atendido, eu fiz todos os exames de graça só eu comprei os remédios, hoje eu estou sadio. (Migrante Masculino. Rondônia).

“Para pré-natal é mais fácil. Tem interesses pelos nenês, pelas crianças e pelas mulheres grávidas, mas vai ser muito difícil se não tiver agendado”. (Migrante Feminina. Belo Horizonte/MG).

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FamíliaDeixaram filhos no Haiti – tem que mandar dinheiro para eles estudarem e viverem, mas não ganham o suficiente para isso;Marido que ficou no Haiti manda dinheiro para a esposa no Brasil;Alguns deixaram toda família no Haiti;Outros perderam toda a família no terremoto de 2010;Aqueles que são responsáveis por alguém da família no Haiti tem mandado dinheiro quando pode, mas se queixam das altas taxas.

“Toda minha família esta no Haiti estou sozinho aqui só com alguns amigos. E estou responsável minha família, tudo esta sobre minha responsável”. (Migrante Masculino. Curitiba)

“Tenho uma criança no Haiti, meu pai está paralisado. Ele não pode trabalhar, sou a primeira de minha família e minha mãe está sempre doente, e não tenho dinheiro para mandar”. (Migrante Feminina. Belo Horizonte/MG).

Nós temos responsabilidade de ajudar a nossa família no Haiti, para nós é mais que uma obrigação de ajudar o próximo. No Haiti é cultural quem for para outro país, todo mundo está esperando por você, não quer dizer a responsabilidade de todo mundo vai cair nas costas da gente, isto é mais do que um dever. (Migrante Feminina. Rondônia).

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Acesso a benefícios e equipamentos sociaisEm Porto Velho tiveram acompanhamento da Secretaria Estadual de Assistência Social;

Desconhecem os programas e benefícios que as politicas sociais brasileiras disponibilizam para a população;

Uma haitiana recebe o bolsa-família (Programa do Governo Federal).

“Aqui Porto Velho, nós fomos acolhidas nos primeiros tempos por pessoal da Assistência Social do Estado. O governo arrumou uma casa de apoio para nós, lá não existia mulheres e homens, nós fomos desrespeitadas pelos homens, às vezes cortaram água por falta de pagamento. Foi difícil”. (Migrante Feminina. Rondônia).

“A nossa chegada a gente foi recebido pelas pessoas da assistente social do Estado de Rondônia e uma associação dos haitianos aqui de Porto Velho, eles ajudam a conseguir emprego, ajudam na comida, e outros, agora não tem esse tipo de programa do Estado aquele que vem para Porto Velho tem que procura a casa de um parente ou um amigo para ficar ou vai direto para outro Estado”. (Migrante Masculino. Rondônia)

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Sociabilidade no Brasil

Convivência propiciada pelas Igrejas;

Dificuldade de participar de atividades culturais por falta de recursos

financeiros e de tempo.

“Não tenho tempo, eu tenho só os domingos, pra limpar a casa e fazer outras atividades”. (Migrante Feminina. Curitiba).

“Já tenho amigos, sim, na Igreja e no trabalho”. (Migrante Feminina. Manaus).

“Ao sábado cuido da roupa, preparo a comida e ao domingo compro o que gosto para comer, vou à Igreja descanso e às vezes vou ao cinema”. (Migrante Feminina. Belo Horizonte/MG).

“Os colegas do serviço, muitos não são egoístas. Gostam de estrangeiros. Com as relações com as pessoas, às vezes elas são boas, às vezes não. Muitos deles toleram os estrangeiros, também muitos deles, não sei, se pela cor da pele, quando falam de “Haitianos” confundem com os Africanos”. (Migrante Masculino. Belo Horizonte/MG).

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Avaliação processo migratório • “Mas no consulado tem pessoas inteligentes que pegam o dinheiro da gente. Para cada pedido de visto, precisa USD 2030”.• Apesar das dificuldades encontradas, alguns afirmam gostar do Brasil;• Outros se arrependem de terem vindo;• Reclamam de discriminação/racismo dos brasileiros;• Dificuldades enfrentadas por causa do idioma, alguns afirmaram que “o português é o idioma mais difícil do mundo”;• O estilo da alimentação brasileira é muito diferente do Haiti;• Queixam das taxas para o envio de remessas para o Haiti;•Idioma é o maior problema, dificulta a comunicação;•Precisa saber o português para arrumar emprego.

“Eu estou no Brasil agora e eu estou muito feliz mesmo que eu não trabalhe ainda. Às vezes, eu acordo chorando porque eu não vejo a minha família [...]. Eu estava chorando hoje de manhã, mas eu gosto muito daqui porque as pessoas daqui têm respeito para com a gente”. (Migrante Feminina. Belo Horizonte/MG)

“[...] mesmo que você não sabe falar o Português, você sente que eles têm vontade de conversar com você, e por isso que eu gosto do Brasil”. (Migrante Feminina. Belo Horizonte/MG).

A língua portuguesa foi um desafio para todos nós, todo mundo sabe disto que não é um mistério para ninguém. Quando alguém vem de outro país, com certeza haverá muita dificuldade, a primeira será a língua. Estamos estudando cada dia para superar as dificuldades”. (Migrante Feminina. Rondônia).

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Governo brasileiro (o que o governo brasileiro pode fazer para ajudar os haitianos)

•Ajudar a conseguir os documentos mais rápido;•Governo brasileiro deveria ajudar haitianos/reduzir valor do visto;•Cuidar dos vistos falsos – como resolver essa questão?;• Queixas em relação ao tratamento no Consulado Brasileiro; •Alegam que o Brasil não está preparado para receber estrangeiro. Entendem que o Brasil “convidou” haitianos para vir para cá; •Pedem para governo brasileiro ajudar a conseguir trabalho;•Ajudar no problema da moradia.

“O que necessitamos, aqui no Brasil, é regularizar a documentação; para mim é difícil trabalhar na minha profissão por falta da legalização dos documentos. Espero poder trabalhar na minha profissão; prometeram-me ajuda neste sentido”. (Migrante Feminina. Manaus).

“Criar condições para facilitar nossa vida como imigrantes, nós sabemos desta história até hoje, a vida de um migrante nunca foi fácil, a gente tem que lutar, trabalhar acreditar na nossa capacidade, na nossa inteligência para conseguir algo”. (Migrante Masculino. Rondônia).

“Que ajude na transferência do dinheiro ao Haiti; as taxas são muito altas; precisa-se muito dinheiro para que pouco chegue lá”. (Migrante Feminina. Manaus).

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Governo haitiano (o que o governo haitiano pode fazer para ajudar os haitianos que emigraram)

•Manifestaram desejo de que esta pesquisa chegue ao ouvido do Presidente do Haiti – “Ele precisa saber o que está acontecendo com os haitianos que emigraram”. •Pedem proteção para haitianos que estão em perigo, especialmente nas fronteiras.•Preocupação com a imagem do Haiti no mundo.

“Se eu sabia que seria assim aqui eu não viria. O governo do Haiti poderia nos ajudar, colocando mais trabalhos, afim de que os Haitianos não precisariam de deixar o pais. (Migrante Masculino. Rondônia).

“Eu queria que o presidente pegasse uma medida pra procurar o que está acontecendo com os Haitianos que vieram aqui pra evitar esse drama por que nós não estamos bem no Brasil. Os homens falam que eles podem ganhar dinheiro, as mulheres têm que casar com eles pra aproveitar, algumas aceitaram sem querer de verdade, elas casaram com os homens que trabalham para poder ter uma cesta básica por que elas não trabalham. Estou achando que o presidente deve tomar decisões pois o que está acontecendo dá uma imagem do Haiti que não é boa”. (Migrante Feminina. Belo Horizonte/MG).

“Não acredito que possa ajudar, pois do dinheiro que enviamos para ajudar nossas famílias ele retira uma parte como taxas; isso é injusto”. (Migrante Feminina. Manaus).

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A visão dos empresários, autoridades locais e representantes de ONG´s

• No processo de levantamentos de dados foram ouvidas empresas que contrataram haitianos. Os contatos eram com os setores de Recursos Humanos.

• Foram ouvidos representantes de empresas de pequeno, médio e grande porte nas áreas industrial, serviços e construção civil.

• Na área governamental foram ouvidas autoridades municipais de cidades onde há presença de haitianos e representantes de governos estaduais onde há serviços de atendimento a imigrantes.

• Importante notar que em alguns estados, como o Rio Grande do Sul, o governo criou mecanismos para atendimento aos imigrantes (Comitê de Atenção para Migrantes, Refugiados, Apátridas e Vítimas de Tráfico de Pessoas), o mesmo aconteceu em algumas cidades, como São Paulo (Coordenação de Políticas para Migrantes). Estes órgãos estão ligados às secretarias de direitos humanos.

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Empresa da Área de Construção Civil em Curitiba

• Contato com os primeiros haitianos por meio de um intermediário.

• Inicialmente contrataram 7 haitianos (5 homens e 2 mulheres). No momento da pesquisa eram 15 os contratados (18,0% do pessoal da empresa).

• Perfil – metade já tinha um contato com a área e o restante teve de ser capacitado (incluía um estudante universitário)

• Avaliação• “Os brasileiros estão perdendo feio para os haitianos, eles

possuem melhor conduta e não tem vícios” (Relato de Analista de RH).

• Dificuldades no entendimento do sistema de pagamento e descontos no salário.

• A empresa alugou uma moradia para os haitianos, mas eles tiveram que mudar do bairro por conta do preconceito de vizinhos (racismo e medo de doenças).

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Indústria na área de embalagens

• O contato para as contratações acontece via a Pastoral do Migrante;

• A empresa contratou 16 haitianos. São 1.500 funcionários na área fabril.

• Avaliação• Os funcionários haitianos são melhores que os funcionários

brasileiros quanto à higiene, facilidade de relacionamento, informação e domínio da tecnologia.

• O perfil operacional é importante para o desempenho das funções (há funcionários haitianos com nível de qualificação mais elevado do que o exigido para a função, o que redunda em dificuldades no trabalho).

• Não há problemas maiores (pagamentos, horários etc), a empresa contratou uma estagiária haitiana para o RH visando atender melhor estes trabalhadores.

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Empresa de serviço de limpeza urbana

• A empresa iniciou a contratação por necessidade de mão de obra.

• No momento da pesquisa não havia possibilidade de novas contratações, mas se fazia, por indicação dos funcionários haitianos contratados um cadastro de reserva.

• 66,0% dos funcionários que fazem a coleta de lixo são haitianos.

• Avaliação• Os haitianos são melhores trabalhadores que os brasileiros (o nível

de reclamações da população reduziu muito), não há problema de quanto a assiduidade, drogas ou bebida durante o trabalho. (“se pudesse teria 100% dos funcionários haitianos”)

• Os haitianos são mais lentos e se acidentam mais que os brasileiros o que dificulta a operacionalização de equipes mistas.

• Muita dificuldade dos haitianos em compreender o sistema de pagamento de salários e os descontos (houve uma paralisação do trabalho por conta disso). Mas as dificuldades foram contornadas.

• Para incentivar a produtividade dos haitianos a empresa pretende introduzir prêmios por meta alcançada.

• Nos treinamentos e informações são contemplados os dois idiomas: português e creole.

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Órgãos governamentais• Prefeitura de São José dos Pinhais – Paraná

• Situação emergencial dos haitianos em julho de 2013. Muitos desempregados na cidade.

• Ações• Resolver a situação emergencial (Assistência

Social).• Voluntários vão dar aula de português em escolas

da rede municipal.• Cerca de 5 a 10 haitianos por dia estão procurando

o setor do SINE (Sistema Nacional de Emprego).• Criar um atendimento em separado para evitar

uma longa espera.

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Secretaria Estadual de Assistência Social (SEAS) – Estado de Rondônia.

Ações:• Política de Acolhimento e encaminhamento (melhoria da

qualidade de atendimentos a migrantes; parcerias com a UNIR (Aulas de Português), SENAI (Oferta de Cursos Profissionalizantes), Setor Privado e Rede de Serviços Socioassistenciais.

• Inserção no Mercado de Trabalho (Intermedia ações entre os haitianos e as empresas demandantes de mão de obras)/Parceria com o SINE:

Encaminhamento para o mercado de trabalho local e para outros Estados do Brasil;

Acompanhamento continuo dos haitianos inseridos no mercado trabalho interno e externo.

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CONSÓRCIOS:

1. SANTO ANTONIO ENERGIA E EMPRESAS SUBCONTRATADAS CONTRATARAM MÉDIA DE 650 (Seiscentos e cinquenta Haitianos);

2. JIRAU ENERGIA SUSTENTÁVEL E SUBCONTRADAS CONTRATARAM MÉDIA DE 620 (seiscentos e vinte Haitianos)

- Média de contratação pelas Usinas: 1.270 HAITIANOS (parceria com o SINE ESTADUAL)

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2011 2012 2013 TOTAL

Janeiro 0 194 163 357

Fevereiro 0 176 88 264

Março 109 157 42 308

Abril 19 136 126 281

Maio 16 166 132 314

Junho 5 188 328

Julho 18 122 140

Agosto 18 171 189

Setembro 17 85 102

Outubro 96 17 113

Novembro 92 194 286

Dezembro 88 232 320

TOTAL IMIGRANTES

ANO 2011

478ANO 2012

1.8582013 492

3.013HAITIANOS

Fonte: SEAS – Rondônia

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