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Energisa S/A
Energisa S/A Release dos Resultados de 2017
Resultados de 2017
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Energisa S/A
Mensagem da Administração
A capacidade de entregar resultados, mesmo em um ambiente desafiador que persistiu em 2017, só reafirma a cultura e o Jeito de Ser Energisa, que é focado na eficiência, na simplicidade e na condução sustentável de nosso negócio nos últimos 113 anos. O cenário macroeconômico, ainda influenciado pela instabilidade política brasileira, esboçou uma lenta recuperação em 2017. O Produto Interno Bruno teve aumento de 1,0% após duas quedas consecutivas, ambas de 3,5%, em 2015 e 2016. Apesar da leve recuperação, a renda per capita fechou o ano em patamar próximo a 2013. Os segmentos de serviços e industrial, que possuem maior peso na economia, mostraram estabilidade, mas ainda não recuperaram as perdas da maior recessão da história recente. Por outro lado, o forte crescimento da agropecuária, que chegou a 13%, puxado pela safra recorde de grãos, representou a principal contribuição para o resultado positivo do PIB em 2017. Para os brasileiros, um respiro. Ainda que de maneira moderada, as famílias voltaram a consumir, auxiliadas pela redução da taxa básica de juros e da inflação. Neste contexto, a tímida recuperação ajudou a desanuviar as perspectivas futuras em um ambiente ainda incerto no país. Encerramos o ano com crescimento de 3,7% nas vendas de energia, índice superior à média de 0,8% registrada no Brasil. Os 29,6 TWh de energia faturada em nossas concessões representam o maior volume no histórico do Grupo Energisa, mas ainda crescemos em uma taxa inferior ao cenário pré-crise econômica. Nos aspectos legal e regulatório, 2017 foi um ano de intensas discussões sobre reformas no modelo setorial. A consulta pública nº 33 colheu diversos subsídios dos agentes e da sociedade para proposta de projeto de lei que o governo pretende encaminhar ao Congresso. As reformas em estudo são bastantes ambiciosas pois pretendem ampliar as escolhas do consumidor, solucionar os entraves que impedem o pleno funcionamento do mercado livre, reduzir subsídios e promover a introdução de novas tecnologias. A despeito do baixo crescimento do país, os resultados do Grupo Energisa continuaram em expansão em 2017. Atingimos receita líquida consolidada de R$ 13,6 bilhões, crescimento de 15,5% em relação a registrada no ano anterior, EBITDA Ajustado consolidado de R$ 2,4 bilhões, 15,7% superior a 2016 e lucro líquido consolidado recorde, totalizando R$ 572,6 milhões, 192,4% maior na mesma base de comparação, o que possibilitou a distribuição de R$ 269,8 milhões em dividendos. Conseguimos concluir investimentos relevantes, que totalizaram R$ 2,0 bilhões no ano e somam R$ 7,4 bilhões, em termos nominais, no acumulado em cinco anos. Seguimos investindo no futuro de nossas distribuidoras, prioritariamente na melhoria de qualidade e na preparação para encerrar mais um ciclo de revisões tarifárias. Já colhemos em 2017, avanços importantes nos indicadores de frequência e duração de interrupção no fornecimento de energia. Em abril de 2018 ocorrerão as revisões tarifárias de três importantes distribuidoras: Energisa Mato Grosso, Energisa Mato Grosso do Sul e Energisa Sergipe. Com os investimentos reconhecidos na base dos ativos regulatórios, a expectativa é de contínua melhoria do desempenho operacional em todas as distribuidoras. Em 2017 também iniciamos as atividades do centro de serviços compartilhados, denominado Central de Serviços Energisa (CSE), marco importante para a continuidade da integração das empresas adquiridas do Grupo Rede. A CSE, que já nasceu como um dos maiores centros de serviços compartilhados do país foi destinada para executar os serviços administrativos, assegurando a padronização dos processos, ganhos de tempo e a eficiência, e amparando o crescimento do Grupo Energisa. Avançamos na expansão e diversificação dos negócios do Grupo, ingressando no segmento de transmissão de energia elétrica. Vencemos o leilão para a construção de duas linhas de transmissão de energia, nos estados de Goiás e Pará, que trarão também sinergias para as atividades de distribuição. Essas linhas estarão concluídas até 2021 e 2022, respectivamente, e ampliarão a qualidade do fornecimento de energia e a segurança do sistema, especialmente em Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Inauguramos também dois novos prédios em Cataguases, em Minas Gerais, berço do Grupo Energisa desde 1905. Os prédios, modernos, sustentáveis e construídos com base no uso eficiente de energia e de água, passaram a abrigar a sede da Energisa Minas Gerais, da Energisa Soluções e a Central de Serviços Energisa, proporcionando conforto e excelentes condições de trabalho para os nossos colaboradores. Tivemos ainda a conclusão da fusão de cinco distribuidoras dos estados de São Paulo e do Paraná, com a constituição da Energisa Sul-Sudeste. Foi um processo pioneiro autorizado pela Aneel e que traz ganhos de
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Energisa S/A
eficiência relevantes para a empresa e para os clientes. Ao mesmo tempo, seguimos no processo iniciado em 2015 de migração de sistemas de informação, unificando essas distribuidoras na mesma plataforma. Continuamos envolvidos e avançando em uma jornada de digitalização. Com esse propósito, lançamos o “+Simples, +Ágil, +Energisa”, um programa de transformação que será capaz de nos levar mais rapidamente e com menos complexidade ao patamar de liderança e eficiência que procuramos alcançar em um mundo de grandes e aceleradas mudanças. Mantemos a busca incansável pelo sonho de sermos um grupo líder no setor elétrico. Queremos crescer e ser referência em quatro aspectos: satisfação do cliente, segurança, clima no ambiente de trabalho e rentabilidade. Nesses quatro grandes objetivos, somamos grandes conquistas em 2017: o reconhecimento em segurança com a medalha Eloy Chaves para sete das nossas distribuidoras, com destaque para a Energisa Nova Friburgo, que está até esta data, com mais de 590 dias sem acidentes de trabalho com afastamento, o selo Great Place to Work para a Energisa Paraíba, a liderança em satisfação do cliente, com o melhor desempenho entre os grupos econômicos de distribuição no Índice de Satisfação da Qualidade Percebida (ISQP) e a Energisa Paraíba reconhecida como a melhor distribuidora do Brasil na categoria de empresas acima de 500 mil consumidores pela Associação Brasileira de Distribuidoras de Energia Elétrica (ABRADEE) no benchmarking anual do setor. Juntos, esses reconhecimentos nos colocam cada vez mais perto do sonho que projetamos até 2020. Essa busca de excelência também foi reconhecida por nossos investidores. As ações da Energisa apresentaram alta de 50,5% em 2017, a maior valorização entre as empresas do setor elétrico, expressivamente acima do IEE (10,0%) e do índice B3 (26,9%). Estamos colhendo frutos por desenvolver e reter pessoas de talento, pela disciplina na gestão de custos, por antecipar cenários e por sermos protagonistas no setor em que atuamos. E é com esse espírito insurgente que estamos preparados para um novo ciclo de crescimento, certos de estarmos na direção correta e na velocidade adequada. Seguimos apoiados por um sistema sólido de governança, conformidade e valores de ética e integridade que refletem nosso compromisso com o hoje e com o futuro. Cabe-nos reconhecer o papel de nossos empregados, clientes, fornecedores, credores e acionistas, que seguem conosco nessa trajetória. Nossos sinceros agradecimentos pela confiança.
Cataguases, 14 de março de 2018.
Ricardo Perez Botelho Ivan Müller Botelho
Diretor Presidente Presidente do Conselho de Administração
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Energisa S/A
Resultados de 2017
Cataguases, 14 de março de 2018 – A administração da Energisa S/A (“Energisa” ou “Companhia”) apresenta os resultados do quarto trimestre (4T17) e de 2017 (12M17). As informações financeiras e operacionais a seguir, exceto quando indicado o contrário, são apresentadas em base consolidada de acordo com os Padrões Internacionais de Demonstrações Financeiras (International Financial Reporting Standards – IFRS).
Destaques
Lucro líquido consolidado cresce 560,8% no 4T17 e totaliza R$ 572,6 milhões em 2017
Lucro líquido consolidado de R$ 232,6 milhões no 4T17, ante o lucro de R$ 35,2 milhões no 4T16, crescimento de 560,8%. Em 2017, o lucro líquido consolidado atingiu R$ 572,6 milhões, aumento de 192,4%
em relação a 2016;
EBITDA ajustado consolidado totalizou R$ 806,6 milhões no 4T17, aumento de 40,2% em relação aos R$ 575,2 milhões reportados no 4T16. Em 2017, o EBITDA Ajustado atingiu R$ 2.372,8 milhões, aumento de 15,7% em
relação aos R$ 2.051,6 milhões registrados em 2016, desconsiderando as vendas de ativos;
Despesas com PMSO consolidadas sobem 34,5% (R$ 184,3 milhões) no 4T17 e 9,1% em 2017 (R$ 175,8
milhões);
Caixa, equivalentes de caixa, aplicações financeiras e créditos setoriais consolidados atingiram R$ 3.171,6 milhões em dezembro de 2017, contra os R$ 2.814,9 milhões em setembro de 2017 e R$ 2.768,2 milhões
registrados em dezembro de 2016;
Dívida líquida consolidada totalizou R$ 7.202,0 milhões em dezembro de 2017, contra R$ 6.021,5 milhões em
dezembro de 2016. A relação dívida líquida por EBITDA Ajustado ficou em 3,0 vezes, ante 2,9 vezes em 2016;
Investimentos consolidados de R$ 456,6 milhões no 4T17, dos quais R$ 285,3 milhões se referem a ativos elétricos. Em 2017, os investimentos somaram R$ 2.002,9 milhões (R$ 1.197,9 milhões em ativos elétricos).
Descrição
Trimestre Exercício
4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
Indicadores Financeiros – R$ milhões
Receita Operacional Bruta 5.550,6 4.914,2 + 13,0 20.347,6 18.234,4 + 11,6
Receita líquida 3.767,1 3.264,5 + 15,4 13.637,2 11.810,7 + 15,5
Receita líquida, sem receitas de construção 3.423,9 2.874,1 + 19,1 12.245,1 10.383,7 + 17,9
PMSO 719,1 534,8 + 34,5 2.107,0 1.931,2 + 9,1
EBITDA (1) 649,0 522,4 + 24,2 2.052,6 1.820,2 + 12,8
EBITDA Ajustado, sem venda de ativos 806,6 575,2 + 40,2 2.372,8 2.051,6 + 15,7
EBITDA Ajustado, com venda de ativos 806,6 523,7 + 54,0 2.372,8 2.000,1 + 18,6
Lucro Líquido 232,6 35,2 + 560,8 572,6 195,8 + 192,4
Endividamento Líquido (2) 7.202,0 6.021,5 + 19,6 7.202,0 6.021,5 + 19,6
Investimentos 456,6 399,0 + 14,4 2.002,9 1.642,9 + 21,9
Indicadores Operacionais Consolidados
Energia vendida mercado cativo faturado (GWh) 6.363,0 6.154,9 + 3,4 24.768,5 24.787,7 - 0,1
Mercado cativo + TUSD faturado (GWh) 7.644,9 7.191,9 + 6,3 29.604,9 28.549,1 + 3,7
Mercado cativo + TUSD + não faturado (GWh) 7.746,0 7.376,8 + 5,0 29.620,4 28.493,1 + 4,0
Número de Consumidores Totais 6.650.613 6.520.041 + 2,0 6.650.613 6.520.041 + 2,0
Número de Colaboradores Próprios 12.491 11.932 + 4,7 12.491 11.932 + 4,7
Força de Trabalho (colaboradores próprios + terceirizados (3)) 16.328 15.134 + 7,9 16.328 15.134 + 7,9
(1) EBITDA é a soma do lucro líquido, impostos, resultado financeiro e depreciação/amortização, conforme Instrução CVM 527/12. EBITDA Ajustado = EBITDA + Receitas de acréscimos moratórios. (2) Inclui créditos setoriais (CDE, CCC, CVA). (3) Não incluem terceirizados em obras. (4) Para conciliação dos dados reapresentados, ver Anexo A.6.
Teleconferência dos Resultados do 4º trimestre de 2017
Data: 15 de março de 2018 16:00 horas (horário de Brasília) Telefone: + 55 (11) 2188-0155 Código de acesso: Energisa
Relações com Investidores Para informações adicionais e tabelas em excel, acesse o site de RI da Energisa: ri.energisa.com.br Área de RI da Energisa S/A - E-mail: [email protected]
Resultados de 2017
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Energisa S/A
Sumário
1 Perfil e estrutura societária .................................................................................................... 6
1.1 Estrutura societária do Grupo Energisa 7
2 Desempenho operacional ........................................................................................................ 8
2.1 Mercado de energia 8
2.2 Consumo por Classe 9
2.3 Consumo por região 10
2.4 Clientes por concessionária 11
2.5 Balanço de Energia 11
2.6 Portfólio de Contratos 12
2.7 Perdas de energia elétrica 13
2.8 Gestão da Inadimplência 14
2.8.1 Taxa de Inadimplência 14
2.8.2 Taxa de Arrecadação 14
2.9 Indicadores de qualidade dos serviços – DEC e FEC 15
2.10 Comercialização de energia 15
3 Desempenho financeiro ......................................................................................................... 16
3.1 Receita operacional líquida 16
3.2 Ambiente Regulatório 17
3.3 Custos e Despesas Operacionais 21
3.4 EBITDA 24
3.5 Resultado financeiro 26
3.6 Lucro Líquido 27
4 Estrutura de capital ............................................................................................................. 29
4.1 Operações financeiras em 2017 29
4.2 Caixa e endividamento 29
4.3 Custo e prazo médio do endividamento 31
4.4 Ratings 31
4.5 Cronograma de amortização das dívidas 32
5 Investimentos..................................................................................................................... 33
6 Fluxo de Caixa .................................................................................................................... 34
7 Mercado de capitais ............................................................................................................. 35
7.1 Desempenho das ações 35
7.2 Distribuição de dividendos 35
8 Eventos Subsequentes .......................................................................................................... 36
8.1 Energisa aumenta participação societária na EMT 36
8.2 Emissão de debêntures pelas controladas EMT, EPB e EMS 36
9 Serviços prestados pelo auditor independente ............................................................................. 36
Anexo I – Informações Complementares ......................................................................................... 37
A.1 Vendas de Energia por Área de Concessão 37
A.2 Informações Financeiras Selecionadas da Energisa Consolidada 41
A.3 Informações Financeiras Selecionadas por distribuidora 42
A.4 Receitas Líquidas por Classe de Consumo por Distribuidora 43
A.5 Custos e Despesas Operacionais por Distribuidora 44
A.6 Conciliação lucro líquido e EBITDA e Reapresentações 45
A.7 Endividamento líquido por distribuidora 46
Anexo II - Demonstrações Financeiras ........................................................................................... 47
Notas Explicativas ................................................................................ Erro! Indicador não definido.
Conselho de Administração ..................................................................... Erro! Indicador não definido.
Diretoria Executiva ............................................................................... Erro! Indicador não definido.
Relatório do Auditor Independente sobre as demonstrações financeiras individuais e consolidadas Erro! Indicador
não definido.
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Energisa S/A
1 Perfil e estrutura societária
O Grupo Energisa tem 113 anos de história e é o sexto maior grupo distribuidor de energia do país em consumo de energia, atendendo nesse segmento de atuação a aproximadamente 6,7 milhões de consumidores em nove estados brasileiros - o equivalente a 8,1% do total de consumidores do Brasil. A Companhia controla, atualmente, nove distribuidoras localizadas nos Estados de Minas Gerais, Sergipe, Paraíba, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, São Paulo e Paraná, que mantêm contratos de concessão que vencem entre 2020 e 2045. As atividades do Grupo Energisa também incluem ativos em transmissão de energia (decorrente da aquisição de dois lotes no Leilão de Transmissão nº 5/2016, realizado dia 24/04/2017), a prestação de serviços e o desenvolvimento de estudos de geração de energia.
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Energisa S/A
1.1 Estrutura societária do Grupo Energisa
O controle acionário do Grupo Energisa é exercido pela Gipar S.A., cujo controlador direto e indireto é a Família Botelho. A Companhia tem ações negociadas na Brasil, Bolsa, Balcão S.A. (B3), em São Paulo, sob os códigos ENGI3 (ações ordinárias), ENGI4 (ações preferenciais) e ENGI11 (Units, certificados compostos por uma ação ordinária e quatro ações preferenciais). Faz parte do Nível 2 de Governança Corporativa da B3.
Em 8 de dezembro de 2017, a Energisa S.A. anunciou a Oferta Pública de Ações para aquisição da participação acionária de minoritários na Energisa Mato Grosso (EMT). Após a realização dos leilões de 16 de janeiro e 2 de fevereiro de 2018, a Energisa, em conjunto com a Rede Energia, passou a deter, 95,6% (ante os 66,6% anteriores à Oferta) do capital social total da Energisa Mato Grosso (ver item 8.1 – Eventos Subsequentes).
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Energisa S/A
2 Desempenho operacional
2.1 Mercado de energia O consumo de energia no mercado cativo e livre do Grupo Energisa no 4T17 mostrou crescimento de 6,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, totalizando 7.644,9 GWh. Considerando o fornecimento não faturado, o consumo foi de 7.746,0 GWh, aumento de 5,0% na mesma base de comparação. Todas as classes registraram aumento no consumo. A classe residencial, com crescimento de 6,0%, mostrou os melhores aumentos na EMT (+10,0%), ETO (+8,9%), EMS (+8,7%) e ESS (+6,0%). A classe industrial registrou crescimento de 7,7%, favorecida pelas vendas da ETO (+22,3%), EMT (+12,0%) e EMS (+7,9%). Entre as concessões, merece destaque o consumo nas regiões Centro-Oeste e Norte. Na EMT, o consumo, cativo e livre, aumentou 12,0%, puxado pelas classes residencial, industrial e rural, influenciadas pelas temperaturas elevadas e retomada da indústria e pela baixa base de comparação no mesmo trimestre de 2016. O consumo na EMS cresceu 6,9%, sobretudo, em função da classe industrial, principalmente pelo forte aumento no segmento de metalurgia (+133,6%), com a retomada do consumo de um cliente que estava desligado por aproximadamente cinco anos. Já o consumo na ETO apresentou aumento de 8,6%, também com significativo crescimento da classe industrial como resultado do melhor desempenho do setor químico. Após registrar estabilidade em 2015 e pequeno recuo em 2016, o consumo de energia elétrica no mercado cativo e livre do Grupo Energisa apresentou aumento de 3,7% em 2017. O volume consumido (29.604,9 GWh) foi recorde histórico, sinalizando a recuperação gradual do mercado de energia. Considerando o fornecimento não faturado, o volume se situa em 29.620,4 GWh (+4,0%). Todas as classes apresentaram variação positiva no ano, com destaque para as classes residencial e industrial. Após seguidos recuos desde 2015, a classe industrial apresentou crescimento de 2,3% (+118,2 GWh), com destaque para o ramo de alimentos, com representatividade de 40% da classe, que apresentou a maior variação (+5,3%), principalmente nas regiões das distribuidoras situadas no Centro-Oeste. Também se destacou em 2017, o consumo nas concessões da EMT (+6,6%) e EMS (+5,4%), que juntas representam 46,0% do mercado total consolidado. Na EMT, todas as classes apresentaram variações positivas, com crescimento na maioria dos meses do ano, exceto em fevereiro e em abril. Na EMS, o consumo também apresentou crescimento em todos os meses, com recuo apenas em abril. A única distribuidora a apresentar recuo no consumo em 2017 foi a ESE (-1,3%), influenciado pelos elevados índices pluviométricos e redução de atividades de clientes industriais do ramo de cimento e óleo e gás.
Mercado de Energia das Distribuidoras
Descrição Valores em GWh
Trimestre Exercício
4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
Energia vendida mercado cativo faturado 6.363,0 6.154,9 + 3,4 24.768,5 24.787,7 - 0,1
Transporte de energia clientes livres (TUSD) 1.281,9 1.037,0 + 23,6 4.836,4 3.761,4 + 28,6
Subtotal (Mercado Cativo + TUSD faturado) 7.644,9 7.191,9 + 6,3 29.604,9 28.549,1 + 3,7
Consumo não faturado 101,1 184,9 - 45,3 15,5 (56,0) -
Subtotal (Mercado Cativo + TUSD + não faturado) 7.746,0 7.376,8 + 5,0 29.620,4 28.493,1 + 4,0
Segundo a Empresa de Pesquisa Energética (EPE), o consumo no Brasil em 2017 foi 0,8% superior em relação a 2016. Por conta da diversidade geográfica e por estar em regiões de maior crescimento no país, o mercado das distribuidoras do Grupo Energisa apresenta uma variação de 2,9 pontos percentuais acima do consumo médio nacional. Nos últimos 15 anos, o consumo nas áreas de concessão das distribuidoras do Grupo Energisa apresentou taxa composta de crescimento anual (“CAGR”), de 4,8%, enquanto o consumo nacional apresentou taxa de 3,1%. Neste período, em apenas duas ocasiões, o Grupo Energisa apresentou taxa de crescimento menor que a média do país.
Resultados de 2017
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Energisa S/A
Histórico de Consumo (Mercado Cativo + TUSD Faturado) versus Média Brasil
Em GWh (Grupo Energisa) e % em relação ao ano anterior
2.2 Consumo por Classe No 4T17, as principais classes de consumo apresentaram os seguintes comportamentos:
Classe residencial (35,7% do mercado total cativo + livre): aumento de 6,0% (ou 154,1 GWh). As áreas de concessão no Centro-Oeste e Norte registraram temperaturas elevadas, escassez de chuva e baixa umidade do ar, impulsionando o uso de equipamentos de ar condicionado e umidificadores de ar. Os aumentos no consumo na EMT (+10,0%), ETO (+8,9%) e EMS (+8,7%) refletem, ainda, as bases baixas de comparação causadas por temperaturas amenas atípicas no mesmo período do ano passado. Por outro lado, apenas a ESE apresentou leve retração (-0,1%) na classe, afetada pelo aumento dos índices pluviométricos e pela queda das temperaturas;
Classe industrial (21,6% do mercado total cativo + livre): crescimento de 7,7% (ou 118,2 GWh), dos quais 49,8 GWh são provenientes da EMT (+12,0%), influenciada pelo ramo de alimentos e de produtos minerais não metálicos, como cimento. Também refletindo a melhoria no cenário econômico, as indústrias atendidas pela ESS mostraram aumento de 7,5% (+20,4 GWh) no consumo, impulsionadas pela fabricação de produtos de madeira. Exceto na EPB (queda de 0,6%, em decorrência da retração das atividades no setor de bebidas e de minerais não metálicos), todas as demais concessões do Grupo também apresentaram crescimento no trimestre: na ETO (+22,3% ou 14,2 GWh), o consumo foi impulsionado pelo segmento de produtos químicos; EMS (+7,9% ou 19,0 GWh), principalmente pela atuação de clientes do setor de alimentos; ENF (+8,9%); EBO (+7,9%); ESE (+5,6%) e EMG (+1,0%);
Classe comercial (19,7% do mercado total cativo + livre): crescimento de 4,0% (ou 58,1 GWh). Pelo quarto trimestre consecutivo, essa classe apresenta aumento de consumo. Destaque para as áreas de concessão da EMT (+7,1% ou +28,9 GWh) e EMS (+6,6% ou +18,1 GWh), em função das temperaturas mais altas e da retomada da economia local;
Classe rural (9,6% do mercado total cativo + livre): acréscimo de 11,4% (ou 74,9 GWh), impulsionado pelas concessões localizadas no Centro-Oeste e Norte. Na EMT (+28,0%) e EMS (+3,5%), em função da baixa comparação com ano anterior que foi mais chuvoso. Na ETO, o aumento do consumo desta classe foi de 12,6%. Em contrapartida, as distribuidoras do Nordeste (EPB e ESE) apresentaram queda no consumo da classe devido às chuvas intensas no período, provocando retração do consumo para irrigação;
Demais classes (13,4% do mercado total cativo + livre): aumento de 4,9% (ou 47,7 GWh), especialmente sob influência do crescimento do consumo do poder público: na EMT (+9,7%), EPB (+6,5%) e EMS (+3,9%). Na ETO, o aumento de 4,9%, teve influência da recontagem das lâmpadas de iluminação pública.
Resultados de 2017
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Energisa S/A
O quadro, a seguir, mostra o comportamento consolidado das classes de consumo em 2017 e 2016:
Mercado Cativo Faturado por Classe de Consumo + TUSD (Consolidado)
Descrição Valores em GWh
Trimestre Exercício
4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
Residencial 2.727,9 2.573,8 + 6,0 10.475,4 10.085,1 + 3,9
Industrial 1.651,5 1.533,3 + 7,7 6.486,4 6.339,1 + 2,3
Cativo 558,6 640,5 - 12,8 2.321,5 2.967,5 - 21,8
Livre 1.092,9 892,8 + 22,4 4.164,9 3.371,6 + 23,5
Comercial 1.506,3 1.448,1 + 4,0 5.880,0 5.725,6 + 2,7
Cativo 1.348,2 1.324,4 + 1,8 5.313,0 5.365,1 - 1,0
Livre 158,1 123,7 + 27,8 567,0 360,5 + 57,3
Rural 733,2 658,3 + 11,4 2.820,3 2.613,4 + 7,9
Cativo 715,5 646,3 + 10,7 2.765,9 2.592,1 + 6,7
Livre 17,7 12,0 + 47,5 54,4 21,3 + 155,4
Outras classes 1.026,0 978,2 + 4,9 3.942,7 3.786,1 + 4,1
Cativo 1.012,8 969,9 + 4,4 3.892,7 3.777,9 + 3,0
Livre 13,2 8,3 + 59,0 50,1 8,2 + 511,0
Vendas de energia a consumidores (Mercado Cativo Faturado) 6.363,0 6.154,9 + 3,4 24.768,5 24.787,7 - 0,1
Energia associada a consumidores livres (TUSD) 1.281,9 1.037,0 + 23,6 4.836,4 3.761,4 + 28,6
Mercado Cativo Faturado + TUSD 7.644,9 7.191,9 + 6,3 29.604,9 28.549,1 + 3,7
Consumo não faturado 101,1 184,9 - 45,3 15,5 (56,0) -
Mercado Cativo Faturado + TUSD + Não faturado 7.746,0 7.376,8 + 5,0 29.620,4 28.493,1 + 4,0
2.3 Consumo por região Do total das vendas de energia no mercado cativo e livre no 4T17, 46,3% foram vendidos na região Centro-Oeste, 26,2% na região Nordeste, 19,8% nas regiões Sudeste e Sul e 7,7% na região Norte, esta última atendida pela ETO.
Mercado Cativo + TUSD (faturado) por Distribuidora e Região
Descrição Valores em GWh
Trimestre Exercício
4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
Região Norte 586,7 540,2 + 8,6 2.245,2 2.187,1 + 2,7
Energisa Tocantins (ETO) 586,7 540,2 + 8,6 2.245,2 2.187,1 + 2,7
Região Nordeste 2.006,2 1.990,3 + 0,8 7.830,9 7.783,1 + 0,6
Energisa Paraíba (EPB) 1.076,4 1.061,2 + 1,4 4.181,4 4.107,9 + 1,8
Energisa Sergipe (ESE) 769,2 770,0 - 0,1 3.015,3 3.054,4 - 1,3
Energisa Borborema (EBO) 160,6 159,1 + 0,9 634,2 620,8 + 2,2
Região Centro-Oeste 3.536,8 3.215,6 +10,0 13.629,9 12.843,6 + 6,1
Energisa Mato Grosso (EMT) 2.195,0 1.960,3 + 12,0 8.464,0 7.940,4 + 6,6
Energisa Mato Grosso do Sul (EMS) 1.341,8 1.255,3 + 6,9 5.165,9 4.903,2 + 5,4
Região Sul/Sudeste 1.515,2 1.445,8 + 4,8 5.898,9 5.735,5 + 2,8
Energisa Minas Gerais (EMG) 376,3 362,0 + 4,0 1.482,6 1.459,6 + 1,6
Energisa Nova Friburgo (ENF) 81,2 78,9 + 2,9 323,7 323,3 + 0,1
Energisa Sul Sudeste 1.057,7 1.004,9 + 5,3 4.092,6 3.952,6 + 3,5
Total Energisa 7.644,9 7.191,9 + 6,3 29.604,9 28.549,1 + 3,7
Resultados de 2017
11
Energisa S/A
2.4 Clientes por concessionária A Energisa encerrou o ano de 2017 com 6.649.966 unidades consumidoras cativas, número 2,0% superior ao registrado no fim de 2016. A carteira de consumidores livres atingiu 647 clientes em 2017, contra 476 em 2016.
Número de consumidores Cativos e Livres por Região
Distribuidoras
Número de Consumidores
Cativos Livres Total
Região Norte 573.855 21 573.8766
ETO 573.855 21 573.876
Região Nordeste 2.376.203 98 2.376.301
EPB 1.404.298 44 1.404.342
ESE 761.924 42 761.966
EBO 209.981 12 209.993
Região Centro-Oeste 2.381.185 339 2.381.524
EMT 1.365.659 200 1.365.859
EMS 1.015.526 139 1.015.665
Região Sul/Sudeste 1.318.723 189 1.318.912
EMG 445.557 51 445.608
ENF 105.555 8 105.563
ESS 767.611 130 767.741
Total 6.649.966 647 6.650.613
2.5 Balanço de Energia
Balanço de Energia - Distribuidoras da Energisa
Descrição Valores em GWh
2017
EMG ENF ESE EBO EPB
(a) Energia Total Vendida (a=b+c+d) 1.206,3 307,8 2.746,5 549,9 3.647,6
(b) Energia vendida mercado cativo 1.204,4 307,6 2.357,7 549,3 3.645,0
Residencial 503,5 161,1 1.010,9 240,4 1.662,5
Industrial 130,9 39,6 213,8 64,8 335,6
Comercial 226,9 65,3 489,7 140,3 695,7
Rural 183,6 5,6 108,8 23,8 266,9
Setor público e consumo próprio 159,4 36,0 534,5 80,0 684,2
(c) Consumo não faturado 2,0 0,1 (0,4) 0,6 2,6
(d) Suprimento a concessionárias - - 389,2 - -
(e) Energia injetada (e=a+f+g+h) 1.680,6 373,6 3.803,8 710,2 5.005,9
(f) Transporte energia clientes livres (TUSD) 278,2 16,1 657,6 84,9 536,4
(g) Intercâmbio de energia 20,8 33,7 65,6 33,8 181,1
(h) Perdas na distribuição 175,3 16,0 334,1 41,7 640,9
(i) Energia Recebida Total (i=a+h+j+k) 1.475,4 323,8 3.358,1 717,4 4.602,9
(j) Perdas na Rede Básica 12,2 - 74,3 11,3 101,9
(K) Venda de Energia CCEE 81,6 - 203,2 114,5 212,5
Resultados de 2017
12
Energisa S/A
Balanço de Energia - Distribuidoras da Energisa (continuação)
Descrição
Valores em GWh
2017
EMT EMS ETO ESS Consolidada
(a) Energia Total Vendida (a=b+c+d) 7.040,9 4.316,3 2.092,0 3.298,1 25.205,4
(b) Energia vendida mercado cativo 7.027,6 4.320,3 2.093,0 3.263,6 24.768,5
Residencial 2.771,6 1.792,6 949,3 1.383,5 10.475,4
Industrial 656,0 324,2 173,1 383,3 2.321,5
Comercial 1.524,2 1.040,9 402,6 727,5 5.313,0
Rural 1.130,8 530,0 221,3 295,1 2.765,9
Setor público e consumo próprio 945,0 632,6 346,7 474,3 3.892,7
(c) Consumo não faturado 13,4 (4,0) (1,0) 2,3 15,5
(d) Suprimento a concessionárias - - - 32,2 421,4
(e) Energia injetada (e=a+f+g+h) 9.928,6 5.989,2 2.582,8 4.480,9 34.555,7
(f) Transporte energia clientes livres (TUSD) 1.436,4 845,6 152,2 829,0 4.836,3
(g) Intercâmbio de energia 2,9 22,3 3,1 70,4 433,7
(h) Perdas na distribuição 1.448,4 805,0 335,6 283,4 4.080,3
(i) Energia Recebida Total (i=a+h+j+k) 9.075,9 5.426,3 2.600,8 4.189,6 31.770,1
(j) Perdas na Rede Básica 110,3 62,5 42,9 123,1 538,6
(k) Venda de Energia CCEE 476,3 242,5 130,3 485,0 1.945,8
2.6 Portfólio de Contratos
Portfólio de Contratos - Distribuidoras do Grupo Energia
Descrição Valores em GWh
2017
EMG ENF ESE EBO EPB
(a) Energia comprada 1.473,4 323,8 3.338,9 717,4 4.576,3
Bilateral 578,2 - 128,9 89,2 439,0
Leilões de Energia 194,6 - 1.944,9 349,6 2.370,9
Quota de Itaipu 281,7 - - - -
Quota do PROINFA 30,0 8,1 67,7 13,6 90,1
Quota de ANGRA 47,7 - 110,1 27,7 148,1
Quota de Garantia Física (95%) 341,2 - 1.087,4 237,3 1.528,2
Contrato Suprimento - 315,6 - - -
Geração distribuída - - - - -
(b) Geração Própria / Embutida / Desverticalizada - - - - -
(c) Liquidação na CCEE 2,0 - 19,2 - 26,6
(d) Energia Recebida Total (d=a+b+c) 1.475,4 323,8 3.358,1 717,4 4.602,9
Portfólio de Contratos - Distribuidoras do Grupo Energisa (continuação)
Descrição Valores em GWh
2017
EMT EMS ETO ESS Consolidada
(a) Energia comprada 7.422,5 5.246,9 2.342,7 4.182,1 29.624,1
Bilateral 1.973,1 - 195,8 587,3 3.991,3
Leilões de Energia 2.223,1 2.323,3 1.361,4 1.456,8 12.225,1
Quota de Itaipu 1.311,4 907,3 - 746,8 3.247,2
Quota do PROINFA 170,8 105,8 53,3 81,8 621,3
Quota de ANGRA 239,8 164,6 67,7 133,3 938,9
Quota de Garantia Física (95%) 1.498,2 1.434,7 613,6 914,4 7.655,1
Contrato Suprimento - - - 261,7 577,0
Geração distribuída 6,1 311,2 50,8 - 368,1
(b) Geração Própria / Embutida / Desverticalizada 1.400,5 4,1 177,0 0,1 1.581,7
(c) Liquidação na CCEE 252,9 175,2 81,1 7,5 564,4
(d) Energia Recebida Total (d=a+b+c) 9.075,9 5.426,3 2.600,8 4.189,6 31.770,1
Resultados de 2017
13
Energisa S/A
2.7 Perdas de energia elétrica As perdas totais consolidadas do Grupo Energisa em 2017 somaram 4.080,3 GWh, representando 11,81% da energia injetada, queda de 0,04 ponto percentual em relação ao resultado de setembro de 2017 e de 0,57 ponto percentual em relação a dezembro de 2016. Pelo quinto trimestre consecutivo, a trajetória das perdas de energia consolidadas do Grupo Energisa apresentou declínio e encerra o ano abaixo do limite regulatório. Em relação às perdas não técnicas consolidadas houve aumento 27,0 GWh, em função do forte consumo no último trimestre de 2017, mas continua apresentando decréscimo de 169 GWh, em relação a dezembro de 2016.
As concessões que mais contribuíram para a boa redução das perdas consolidadas em 2017 foram a EPB, EMT, EMS e ETO. A EMT, que apresentou consistentes reduções ao longo de 2017, caminha para a meta regulatória. Esse desempenho decorre, principalmente, do aumento de 83 equipes de fiscalização, representadas por 166 profissionais que foram efetivados ao longo dos primeiros quatro meses do ano. A EMS também apresentou contínuas reduções nas perdas totais, apesar da elevação das perdas técnicas, em função da queda na geração das térmicas movidas a biomassa e em decorrência, a ampliação do recebimento de energia através de uma linha de transmissão mais distante do centro de carga. Ainda assim, essa concessão encerrou o ano 0,28 ponto percentual abaixo de 2016, mostrando a efetividade na redução das perdas não técnicas. O índice de perdas na ETO, que desde o 2T17 se encontra abaixo do limite regulatório, reflete o aprimoramento das ações de combate a perdas não técnicas, como a internalização das equipes de leitura, especialmente rural, o que permitiu a redução dos casos de faturamento pela média, devido a impedimento de acesso. Nessa concessão as perdas encerraram o ano em 1,0 ponto percentual abaixo do limite regulatório. Vale mencionar que a EMG está acima do nível regulatório em função do aumento da perda técnica e fatores não gerenciáveis pela distribuidora.
Perdas de Energia (% últimos 12 meses)
Nota: Para cálculo dos percentuais apresentados acima, foram considerados os valores de energia não faturada. Os percentuais regulatórios referem-se aos últimos dozes meses findos em dezembro de 2017.
Perdas de Energia (Em GWh nos últimos 12 meses)
Perdas em 12 meses Em GWh
Perdas Técnicas Perdas Não-Técnicas Perdas Totais
dez/16 set/17 dez/17 dez/16 set/17 dez/17 dez/16 set/17 dez/17 Var.(%)(1)
EMG 158,9 171,3 171,2 11,7 0,0 4,1 170,6 171,3 175,3 + 2,3
ENF 19,0 19,3 18,8 -2,0 -2,8 -2,8 17,0 16,5 16,0 - 3,1
ESE 267,5 270,4 260,6 82,1 61,5 73,5 349,6 331,9 334,1 + 0,7
EBO 52,8 56,2 54,3 -4,2 -17,8 -12,6 48,6 38,4 41,7 + 8,5
EPB 503,5 526,4 512,3 159,8 103,3 128,6 663,3 629,7 640,9 + 1,8
EMT 920,0 937,4 943,9 526,2 483,3 504,5 1.446,2 1.420,7 1.448,4 + 1,9
EMS 559,1 582,8 599,1 221,4 209,5 206,0 780,5 792,4 805,0 + 1,6
ETO 295,7 291,4 294,7 85,7 56,5 40,8 381,4 348,0 335,6 - 3,6
ESS 271,5 287,4 292,6 21,2 12,2 -9,2 292,7 299,6 283,4 - 5,4
Energisa Consolidada 3.047,9 3.142,5 3.147,4 1.101,9 905,9 932,9 4.149,8 4.048,3 4.080,3 + 0,8
(1) Variação dezembro/setembro de 2017. Nota: Os dados são passíveis de recontabilizações de energia realizadas pela CCEE.
Distribuidoras
% Energia Injetada (12 meses) dez/16 set/17 dez/17 dez/16 set/17 dez/17 dez/16 set/17 dez/17
EMG 9,41 10,18 10,19 0,69 0,00 0,24 10,10 10,18 10,43 9,63
ENF 5,15 5,20 5,02 -0,55 -0,75 -0,75 4,60 4,45 4,28 5,84
ESE 6,90 7,09 6,85 2,12 1,61 1,93 9,02 8,71 8,78 10,51
EBO 7,50 7,97 7,64 -0,60 -2,52 -1,77 6,90 5,45 5,87 7,54
EPB 10,26 10,57 10,23 3,26 2,07 2,57 13,52 12,64 12,80 13,53
EMT 9,82 9,65 9,51 5,62 4,98 5,08 15,44 14,63 14,59 13,68
EMS 9,83 9,85 10,00 3,89 3,54 3,44 13,72 13,40 13,44 14,91
ETO 11,52 11,44 11,41 3,34 2,22 1,58 14,86 13,66 12,99 13,99
ESS 6,25 6,46 6,53 0,49 0,28 -0,20 6,74 6,73 6,32 6,73
Energisa Consolidada 9,10 9,20 9,11 3,28 2,65 2,70 12,38 11,85 11,81 12,23
Perdas Técnicas (%) Perdas Não-Técnicas (%) Perdas Totais (%)ANEEL
Resultados de 2017
14
Energisa S/A
2.8 Gestão da Inadimplência 2.8.1 Taxa de Inadimplência
Em 2017, a inadimplência (calculada pela relação percentual entre a provisão para créditos de liquidação duvidosa (PCLD) e o fornecimento faturado, no período de 12 meses) foi de 0,67%, 0,42 ponto percentual acima da registrada em 2016 (0,26%). Esse aumento deve-se, principalmente, a fatores não recorrentes na EMT em junho e setembro de 2016, devido a renegociações com a prefeitura de Cuiabá e com a SANECAP, no valor de R$ 99 milhões. Compensando parcialmente esse efeito, no 4T17 houve reversão de provisão na ESE referente ao acordo com a CODEVASF. Desconsiderando esses fatores não recorrentes, o indicador de inadimplência na EMT em 2017 estaria 0,42 ponto percentual abaixo do verificado em 2016 (1,85%) e, no caso da ESE, esse indicador seria de 0,67%, 0,19 ponto percentual acima de 2016. Em base consolidada, excluindo os mencionados eventos não recorrentes, o indicador estaria em 0,76%, 0,29 ponto percentual abaixo do valor de 2016 (1,05%).
PCLD (% do Fornecimento faturado)
Em 12 meses (%)
2017 2016 Variação em p.p.
EMG 0,13 0,34 - 0,21
ENF 0,19 0,28 - 0,09
ESE (0,35) 0,48 -
EBO 0,28 0,50 - 0,22
EPB 0,58 0,79 - 0,21
EMT 1,42 (0,77) -
EMS 0,75 1,27 - 0,52
ETO 0,41 0,97 - 0,57
ESS 0,01 0,06 - 0,05
Total 0,67 0,26 + 0,42
2.8.2 Taxa de Arrecadação
A taxa de arrecadação consolidada do Grupo Energisa (representada pela arrecadação dos últimos 12 meses sobre ao faturamento acumulado do mesmo período) apresentou ligeira queda, de 0,24 ponto percentual em 2017. No entanto, a taxa ainda se mantém em patamares elevados, mesmo com consistentes reduções nos indicadores de perdas, fechando o ano em 97,45%. Além das iniciativas tradicionais de cobrança, novas ações na gestão de recebíveis tiveram início na EMT e na EPB. Em outubro de 2017, com o objetivo de obter uma abordagem ainda mais integrada na EMT, um núcleo multidisciplinar passou a conjugar a coordenação das atividades de cobrança em campo e back office resultando em agilização da retomada das negociações para equacionamento dos débitos. Visando aportar tecnologia e inteligência às medidas de melhoria da carteira de recebíveis, também está em curso a implantação de projeto piloto na EPB, que contempla o uso de Advanced Analytics para definição das medidas de cobrança em função do perfil do cliente. Através do uso de algoritmos, a escolha das ações de cobrança mais adequadas para o tipo de cliente permitirá aumentar a efetividade da cobrança com menores custos. Após a medição de resultados do projeto piloto na EPB, o objetivo é expandir a utilização para as demais empresas.
Taxa de Arrecadação (%)
Em 12 meses (%)
2017 2016 Variação em p.p.
EMG 98,53 98,74 - 0,21
ENF 98,61 98,81 - 0,21
ESE 98,48 98,56 - 0,08
EBO 98,74 98,88 - 0,14
EPB 97,67 98,16 - 0,50
EMT 96,54 97,08 - 0,56
EMS 97,06 96,98 + 0,08
ETO 96,74 96,35 + 0,40
ESS 99,04 99,03 + 0,01
Total 97,45 97,68 - 0,24
Resultados de 2017
15
Energisa S/A
2.9 Indicadores de qualidade dos serviços – DEC e FEC Todas as distribuidoras do Grupo apresentaram redução do FEC em 2017 e continuam abaixo dos limites regulatórios. Em relação ao DEC, os melhores desempenhos ocorreram nas distribuidoras do Sudeste e Nordeste, cujos resultados se encontram abaixo do limite regulatório. O ambiente climático nas áreas de concessão das distribuidoras do Centro-Oeste e Norte em 2017 foi bastante desafiador se comparado com o ano de 2016. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais – INPE, no Mato Grosso do Sul, o índice de descargas atmosféricas em 2017 foi 65% maior do que em 2016. Ainda assim, a EMS encerrou o ano dentro da meta regulatória. No Mato Grosso, as descargas atmosféricas em 2017 foram 42% superiores em relação a 2016. Chuvas e ventos fortes, piores que a média, também impediram a continuidade na melhoria do DEC na EMT, especialmente nos meses de outubro e novembro. No entanto, medidas adicionais em curso desde meados de 2017, já atestam a melhoria do indicador no último mês do ano. O estado do Tocantins também vivenciou situação climática similar e observou-se elevação de 173% nas descargas atmosféricas em 2017. A maior concentração ocorreu nos meses de novembro e dezembro, quando esses índices foram 263% e 277% superiores a 2016, respectivamente. No entanto, a execução do plano de recuperação da qualidade na ETO que envolveu aumento no número de equipes e investimentos em redes pode ser considerada bem-sucedida, dada a redução de 4,26 horas no DEC da concessão no ano e a proximidade com a meta regulatória (menos de 1 hora). Cabe observar também, que as empresas EMG, ENF e ESS, que assinaram em 2015 a renovação dos contratos de concessão, atenderam pelo segundo ano consecutivo os padrões mínimos de qualidade exigidos no novo contrato. Os indicadores de qualidade tiveram os seguintes desempenhos em 2017:
Nota: Para apresentação da Energisa Sul/Sudeste foram realizadas ponderações pelo número de clientes. Os dados apresentados são obtidos a partir das bases de dados da ANEEL e são passíveis de alterações solicitadas pelo regulador.
2.10 Comercialização de energia
Além da venda de energia no mercado regulado, a Energisa S/A, através da sua empresa de comercialização de energia elétrica, Energisa Comercializadora (ECOM), realizou no 4T17 vendas 52,4% maiores em relação ao 4T16. No exercício de 2017, as vendas de energia aos seus 299 clientes (acréscimo de 74,9% em relação aos 171 clientes em 2016) mostraram aumento de 60,4% em relação ao ano anterior, conforme quadro a seguir:
Descrição Valores em GWh
Trimestre Exercício
4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
Vendas a consumidores livres 1.121,1 735,4 + 52,4 3.951,6 2.458,3 + 60,4
Distribuidoras
Média móvel 12 meses dez/17 dez/16 Var.(%) dez/17 dez/16 Var.(%)
EMG 8,44 10,35 - 18,5 5,05 7,16 - 29,5 11,52 9,36
ENF 5,78 7,25 - 20,3 3,82 7,42 - 48,5 11,12 9,84
ESE 12,09 12,27 - 1,5 6,99 7,21 - 3,1 12,80 9,30
EBO 4,03 4,94 - 18,5 2,46 3,22 - 23,5 13,13 9,91
EPB 14,60 16,44 - 11,2 6,30 6,81 - 7,5 17,62 11,16
EMT 25,35 23,57 + 7,6 12,49 14,27 - 12,5 23,94 19,85
EMS 11,92 11,81 + 0,9 5,72 5,93 - 3,5 12,26 9,22
ETO 27,98 32,24 - 13,2 12,72 14,47 - 12,1 27,19 19,33
ESS 6,60 7,91 - 16,6 4,97 6,54 - 23,9 8,55 8,77
DEC (horas) FEC (vezes) Limite DEC Limite FEC
dez/17 dez/17
Resultados de 2017
16
Energisa S/A
3 Desempenho financeiro
3.1 Receita operacional líquida No 4T17, a receita operacional líquida consolidada, sem a receita de construção, totalizou R$ 3.425,2 milhões, representando aumento de 19,2% em relação ao 4T16. No acumulado em 2017, a receita operacional líquida, sem construção, foi de R$ 12.246,4 milhões, acréscimo de 17,9%, quando comparada ao valor apurado em 2016. A seguir, as receitas operacionais líquidas por classe de consumo:
Receita líquida por classe de consumo
Descrição (R$ milhões)
Período Exercício
4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
(+) Receita de energia elétrica (mercado cativo) 4.119,7 3.636,8 + 13,3 15.136,2 14.449,7 + 4,8
Residencial 1.909,3 1.648,5 + 15,8 6.909,4 6.387,7 + 8,2
Industrial 372,1 386,1 - 3,6 1.469,4 1.721,0 - 14,6
Comercial 971,0 873,6 + 11,1 3.614,7 3.492,8 + 3,5
Rural 358,2 291,6 + 22,8 1.312,3 1.161,9 + 12,9
Outras classes 509,1 437,0 + 16,5 1.830,4 1.686,3 + 8,5
(+) Suprimento de energia elétrica 32,2 195,8 - 83,6 525,1 621,1 - 15,5
(+) Fornecimento não faturado líquido 61,4 103,1 - 40,4 28,1 (37,8) -
(+) Energia comercializada 246,4 145,4 + 69,5 828,3 488,6 + 69,5
(+) Disponibilidade do sistema elétrico 245,8 191,9 + 28,1 905,5 703,7 + 28,7
(+) Receitas de construção 343,2 390,4 - 12,1 1.392,1 1.427,0 - 2,4
(+) Constituição e amortização - CVA 47,2 (47,0) - 230,8 (513,5) -
(+) Subvenções vinculadas aos serviços concedidos 257,0 236,9 + 8,5 949,3 832,5 + 14,0
(+) Ativo financeiro indenizável da concessão 179,3 25,2 + 611,5 211,4 125,1 + 69,0
(+) Outras receitas 18,4 35,7 - 48,5 140,8 138,0 + 2,0
(=) Receita bruta 5.550,6 4.914,2 + 13,0 20.347,6 18.234,4 + 11,6
(-) Impostos sobre vendas 1.455,8 1.259,0 + 15,6 5.327,6 4.887,9 + 9,0
(-) Deduções Bandeiras Tarifárias (2,5) 10,8 - 46,1 9,6 + 380,2
(-) Encargos setoriais 330,2 379,9 - 13,1 1.336,7 1.526,2 - 12,4
(=) Receita líquida 3.767,1 3.264,5 + 15,4 13.637,2 11.810,7 + 15,5
(-) Receitas de construção 343,2 390,4 - 12,1 1.392,1 1.427,0 - 2,4
(=) Receita líquida, sem receitas de construção 3.423,9 2.874,1 + 19,1 12.245,1 10.383,7 + 17,9
Resultados de 2017
17
Energisa S/A
A seguir, as receitas operacionais líquidas por empresa:
Receita líquida por empresa Valores em R$ milhões
Período Exercício
4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
Distribuição de energia elétrica 3.532,0 3.132,3 + 12,8 12.848,5 11.314,8 + 13,6
EMG 173,6 158,5 + 9,5 669,5 567,4 + 18,0
ENF 36,3 37,8 - 4,0 137,7 148,2 - 7,1
ESE 308,0 286,3 + 7,6 1.161,9 1.049,4 + 10,7
EBO 64,7 60,0 + 7,8 253,0 224,7 + 12,6
EPB 466,7 446,6 + 4,5 1.650,8 1.580,6 + 4,4
EMT 1.014,7 931,9 + 8,9 3.897,6 3.331,1 + 17,0
EMS 646,6 546,4 + 18,3 2.260,4 1.963,6 + 15,1
ETO 391,6 313,1 + 25,1 1.298,2 1.188,4 + 9,2
ESS 429,8 351,7 + 22,2 1.519,4 1.261,4 + 20,5
Comercialização e serviços de energia 336,2 192,4 + 74,7 1.117,7 727,5 + 53,6
ECOM 223,1 130,9 + 70,4 747,5 440,4 + 69,7
Energisa Soluções Consolidada 50,6 34,2 + 48,0 186,5 173,7 + 7,4
Energisa S/A (ESA) 36,8 16,7 + 120,4 126,8 67,1 + 89,0
Multi Energisa 8,1 8,8 - 8,0 35,9 41,2 - 12,9
Outras (*) 17,6 1,8 + 877,8 21,0 5,1 + 311,8
Total 3.868,2 3.324,7 + 16,3 13.966,2 12.042,3 + 16,0
Energisa Consolidada 3.767,1 3.264,5 + 15,4 13.637,2 11.810,7 + 15,5
Receita de construção 343,2 390,4 - 12,1 1.392,1 1.427,0 - 2,4
Energisa Consolidada, sem receita de construção 3.423,9 2.874,1 + 19,1 12.245,1 10.383,7 + 17,9
(*) Energisa Planejamento e Corretagem de Seguros Ltda., Energisa Serviços Aéreos de Aeroinspeção S/A, Energisa Goiás Transmissora de Energia I S/A e Energisa Pará Transmissora de Energia I S/A Nota: As receitas líquidas por classe de consumo e por distribuidora podem ser encontradas no Anexo I.
3.2 Ambiente Regulatório 3.2.1 Conta de Compensação dos Valores da Parcela A (CVA) No 4T17, foi possível observar um aumento de R$ 94,2 milhões na constituição (líquida da amortização) da Conta de Compensação de Variação de Valores de Itens da Parcela A (CVA) em relação ao 4T16. Em 2017, esse aumento foi de R$ 744,3 milhões quando comparado com o ano anterior. Em dezembro de 2017, a CVA apresentava saldo ativo de R$ 85,0 milhões, contra um saldo passivo de R$ 112,4 milhões em dezembro de 2016. A CVA é o mecanismo regulatório instituído pela Portaria Interministerial nº 25/02, destinado a registrar as variações de custos relacionados à compra de energia, transporte de energia e encargos setoriais, ocorridas no período entre os eventos tarifários da distribuidora. O objetivo deste mecanismo é neutralizar os efeitos desses custos, ditos de “Parcela A” e de repasse tarifário integral assegurado, sobre o resultado da distribuidora. 3.2.2 Sobrecontratação As distribuidoras do Grupo Energisa encerraram o ano de 2016 com os montantes de energia superiores ao nível regulatório de repasse (>105%). Neste ano a sobrecontratação de energia deveu-se, principalmente, à obrigatoriedade imposta às concessionárias de energia elétrica de adquirir energia no último leilão do ano de 2015, mesmo sendo essa aquisição desnecessária, em razão do cenário de queda de demanda decorrente da retração da economia e da migração de clientes especiais para o Ambiente de Contratação Livre (ACL). Neste sentido, foi aberto processo para que essa sobrecontratação seja reconhecida como involuntária. Em reunião da Diretoria da Aneel, realizada em 25 de abril de 2017, o regulador definiu que a aprovação da involuntariedade de cada distribuidora será avaliada individualmente, considerando o máximo esforço para atingimento do nível de cobertura contratual, conforme previsto na Resolução Normativa 453/2011. Cabe destacar que os processos administrativos abertos pelas empresas do setor de energia elétrica ainda não foram deliberados pela referida Agência Reguladora.
Resultados de 2017
18
Energisa S/A
Nas Demonstrações Financeiras de 2016, conservadoramente, foram provisionadas despesas incorridas com as sobras de energia não repassáveis na tarifa, no valor de R$ 45,0 milhões. Em 2017 as distribuidoras revisaram os níveis de contratação de 2016, em função da atualização de parâmetros regulatórios e acordos bilaterais retroativos. No exercício de 2017 foram revertidas as provisões de sobrecontratação relativas ao exercício de 2016, sendo refletidas na demonstração dos resultados R$ 4,3 milhões no 2T17 e R$ 36,9 milhões no 4T17. Neste sentido ocorreu redução dos valores anteriormente provisionados em R$ 41,2 milhões. Adicionalmente, a Companhia calculou os efeitos da sobrecontratação para o exercício de 2017, tendo apurado o montante positivo de R$ 8,4 milhões, contabilizado na demonstração do resultado do exercício e que será reconhecido nas tarifas a partir do próximo reajuste tarifário. Dessa forma, quando somados, os efeitos da reversão da provisão de 2016 e da apuração da sobrecontratação de 2017 representam R$ 49,5 milhões, não recorrentes na demonstração do resultado deste exercício.
3.2.3 Bandeiras tarifárias Em janeiro de 2015 entrou em vigor o “Sistema de Bandeiras Tarifárias”, que repassa automaticamente ao consumidor final o custo incorrido pela distribuidora sempre que a compra de energia for afetada pelo despacho termelétrico de maior custo, diminuindo o carregamento financeiro entre os reajustes tarifários. O funcionamento das bandeiras tarifárias é representado pelas cores verde, amarela ou vermelha, que indicam se a energia custará mais ou menos em função das condições de geração de eletricidade. Em 24 de outubro de 2017, foi aprovada, durante Reunião Pública da Diretoria da Aneel, audiência pública para discutir a revisão da metodologia das bandeiras tarifárias e dos valores de suas faixas de acionamento. As tarifas adicionais, vigentes a partir de novembro de 2017, são:
Bandeira Tarifária Verde: sem cobrança adicional (condições favoráveis de geração)
Bandeira Tarifária Amarela: R$ 2,00 a cada 100 (kWh)
Bandeira Tarifária Vermelha - Patamar 1: R$ 3,00 a cada 100 (kWh)
Bandeira Tarifária Vermelha - Patamar 2: R$ 5,00 a cada 100 (kWh)
Em 2017, as receitas consolidadas auferidas pela Energisa provenientes das bandeiras tarifárias foram de R$ 449,2 milhões (R$ 215,2 milhões no 4T17), ante os R$ 246,4 milhões registrados em 2016 (R$ 19,6 milhões no 4T16).
Resultados de 2017
19
Energisa S/A
3.2.4 Revisões e reajustes tarifários Entre 2016 e 2017, a Agência Nacional de Energia Elétrica ("Aneel") homologou o 4º Ciclo de Revisões Tarifárias Periódicas ("4CRTP") de seis das nove subsidiárias da Energisa S/A. As demais distribuidoras concluirão os seus processos de revisão tarifária em abril de 2018 (EMT, EMS e ESE). Os efeitos para os consumidores decorrentes do último processo de reajuste e revisão tarifária de cada distribuidora do Grupo Energisa ocorridos em 2017 e 2018 foram os seguintes:
Distribuidoras
Efeito para o Consumidor (%)
Início da Vigência Processo Revisional Baixa
Tensão Alta e Média
Tensão Médio
ECI Caiuá + 0,64 + 6,35 + 2,13 12/07/2017 Reajuste Anual
EEB - 11,0 - 9,19 -10,32 12/07/2017 Reajuste Anual
EDEVP - 2,37 - 0,70 -1,46 12/07/2017 Reajuste Anual
CNEE + 4,77 + 7,85 + 5,52 12/07/2017 Reajuste Anual
CFLO - 7,54 + 13,01 -0,60 12/07/2017 Reajuste Anual
EPB + 13,94 + 16,38 + 14,55 28/08/2017 4CRTP
EBO + 16,83 + 21,54 + 18,21 04/02/2018 Reajuste Anual
EMT - 1,99 - 2,35 - 2,10 08/04/2017 Reajuste Anual
EMS - 1,58 - 2,68 - 1,92 08/04/2017 Reajuste Anual
ESE + 8,14 + 11,33 + 9,29 22/04/2017 Reajuste Anual
EMG + 1,46 - 1,80 + 0,76 22/06/2017 Reajuste Anual
ENF - 4,38 - 4,10 - 4,32 22/06/2017 Reajuste Anual
ETO + 5,50 + 7,72 + 6,02 04/07/2017 Reajuste Anual
Em 25 de abril de 2017, através da Resolução Autorizativa nº 6.318, a Agência Nacional de Energia Elétrica (“Aneel”) aprovou o agrupamento das áreas de concessão da CFLO, CNEE, EDEVP, EEB e CAIUA em uma única concessão. Esse processo de grupamento das concessões foi concluído em 30 de junho de 2017, quando a CAIUA teve sua denominação alterada para da Energisa Sul-Sudeste – Distribuidora de Energia S/A (“ESS”) e incorporou as distribuidoras CFLO, CNEE, EDVEP e EEB. 3.2.5 Base de remuneração regulatória O processo de valoração dos ativos da “Base de Remuneração Regulatória” utiliza o método do “Valor Novo de Reposição – VNR”, que corresponde ao valor, a preços atuais de mercado, de um ativo idêntico, similar ou equivalente, sujeito a reposição, que efetue os mesmos serviços e tenha a mesma capacidade do ativo existente, considerando todos os gastos necessários para a sua instalação. A evolução das “Bases de Remunerações Líquidas” (BRL) das distribuidoras do Grupo Energisa e as datas das Revisões Tarifárias (RT) são as seguintes:
Distribuidora
Base de Remuneração Líquida (BRL)
(Em R$ milhões) (1)
Data revisão tarifária
3º Ciclo 4º Ciclo 3º Ciclo 4º Ciclo 5º Ciclo
ESS 320,3 491,5 mai/12 mai/16 jul/21
EMG 218,3 308,0 jun/12 jun/16 jun/21
ENF 69,2 95,0 jun/12 jun/16 jun/21
ETO 257,1 596,2 jul/12 jul/16 jul/20
EBO 67,0 117,7 fev/13 fev/17 fev/21
EPB 827,3 1.318,4 ago/13 ago/17 ago/21
Subtotal 1.759,2 2.926,8
ESE 497,6 - (2) abr/13 abr/18 abr/23
EMT 1.693,5 - (2) abr/13 abr/18 abr/23
EMS 1.152,6 - (2) abr/13 abr/18 abr/23
Total 5.102,9 2.926,8
WACC (antes de impostos) 11,36% 12,26%
Preços da data de RT. | (2) BRL não homologada pela ANEEL, distribuidoras ainda não realizaram a revisão tarifária no ciclo.
Resultados de 2017
20
Energisa S/A
3.2.6 Parcela B Os processos revisionais realizados em 2016 e em 2017 resultaram em um aumento na Parcela B de 4,1%, em relação à data anterior (D-1) da aplicação da revisão tarifária, chegando a R$ 3.836,0 milhões. O crescimento da Parcela B nas empresas que entraram no 4CRTP foi influenciado, principalmente, pela intensificação e reconhecimento tarifário dos investimentos realizados.
Distribuidora
Parcela B
DRA (1) DRP (2) Variação
(R$ milhões) Variação % Processo Revisional
EMG 210,1 212,2 2,1 + 1,0 Reajuste Anual
ENF 45,4 45,7 0,3 + 0,7 Reajuste Anual
ESE 361,3 371,9 10,6 + 2,9 Reajuste Anual
EBO 75,9 74,8 - 1,1 - 1,4 Reajuste Anual
EPB 566,8 633,5 66,7 + 11,7 4CRTP
EMT 965,7 1.012,3 46,6 + 4,8 Reajuste Anual
EMS 641,3 667,6 26,3 + 4,1 Reajuste Anual
ETO 459,5 456,3 - 3,2 - 0,7 Reajuste Anual
ESS 359,4 361,7 2,3 + 0,6 Reajuste Anual
Total 3.685,4 3.836,0 150,6 + 4,1 -
(1) DRA – Data de Referência Anterior: é definida como sendo a data de vigência do último processo tarifário homologado pela Aneel, seja reajuste ou revisão
tarifária, que contempla os custos incorridos e receitas auferidas nos doze meses relativos ao processo tarifário. (2) DRP – Data de Referência em Processamento: a DRP é definida como sendo a data de vigência do processo tarifário em análise a ser homologado pela
Aneel, quer seja reajuste ou revisão tarifária, que contempla os custos e receitas previstas para os doze meses relativos ao processo tarifário.
3.2.7 Créditos de subvenção tarifária, baixa renda e sub-rogação CCC A Aneel também autorizou o repasse no montante de R$ 949,3 milhões em 2017 (R$ 256,9 milhões no 4T17), contra R$ 832,5 milhões em 2016 (R$ 236,9 milhões no 4T16), referentes a subsídios tarifários concedidos aos consumidores de baixa renda, rurais irrigantes e serviços públicos, através da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), em cumprimento ao disposto no Decreto nº 7.891 de 2013. Esses recursos, por sua vez, foram registrados como receita operacional. Os valores por distribuidora são os seguintes:
Recursos Decreto 7.891 e Baixa Renda (R$ milhões)
Trimestre Exercício
4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
EMG 18,3 17,3 + 5,5 74,0 68,2 + 8,5
ENF 1,3 0,8 + 62,5 4,4 3,4 + 28,1
ESE 21,0 18,8 + 11,7 80,1 74,4 + 7,7
EBO 4,2 3,6 + 16,8 16,1 13,2 + 21,8
EPB 42,5 38,7 + 9,8 140,3 129,4 + 8,4
EMT 75,6 70,4 + 7,4 281,1 254,2 + 10,6
EMS 44,3 40,7 + 8,8 168,5 129,8 + 29,8
ETO 22,9 22,4 + 2,3 87,4 74,2 + 17,8
ESS (1) 26,8 24,1 + 11,1 97,4 85,7 + 13,6
Total 256,9 236,9 + 8,5 949,3 832,5 + 14,0
(1) Em 30 de junho de 2017, a Caiuá - Distribuição de Energia S/A incorporou as distribuidoras: Empresa de Distribuição de Energia Vale Paranapanema S/A, Empresa Elétrica Bragantina S/A, Companhia Nacional de Energia Elétrica e Companhia Força e Luz do Oeste. Para fins de acompanhamento gerencial, os valores mencionados no quadro acima se referem ao somatório das cinco distribuidoras.
Além desse saldo, o Grupo Energisa detém créditos de sub-rogação de CCC (Conta de Consumo de Combustíveis Fósseis) no montante de R$ 30,4 milhões, em contrapartida à implantação de projetos elétricos, que proporcionaram a redução do dispêndio da CCC.
Resultados de 2017
21
Energisa S/A
3.3 Custos e Despesas Operacionais Os custos e despesas operacionais consolidadas, excluindo os custos de construção, totalizaram R$ 3.338,5 milhões no 4T17 e R$ 12.392,2 milhões em 2017, aumento de 14,0% (R$ 410,0 milhões) e de 15,9% (R$ 1.698,0 milhões), respectivamente, quando comparado com o mesmo período de 2016. A composição dos custos e despesas operacionais consolidadas pode ser assim demonstrada:
Composição dos custos e despesas operacionais Valores em R$ milhões
Trimestre Exercício
4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
1 Custos e Despesas não controláveis 2.066,4 1.816,1 + 13,8 7.955,4 6.659,4 + 19,5
1.1 Energia comprada 1.942,1 1.668,1 + 16,4 7.385,7 5.977,1 + 23,6
1.2 Transporte de potência elétrica 124,3 148,0 - 16,0 569,7 682,3 - 16,5
2 Custos e Despesas controláveis 673,5 493,5 + 36,5 2.188,6 1.851,9 + 18,2
2.1 PMSO 719,1 534,8 + 34,5 2.107,0 1.931,2 + 9,1
2.2 Provisões/Reversões (45,6) (41,3) + 10,4 81,6 (79,3) -
2.2.1 Contingências (66,2) (74,6) - 11,3 (28,6) (104,7) - 72,7
2.2.2 Devedores duvidosos 20,6 33,3 - 38,1 110,2 25,4 + 333,9
3 Demais receitas/despesas 256,7 228,5 + 12,3 857,5 755,9 + 13,4
3.1 Depreciação e amortização 220,4 186,3 + 18,3 807,7 703,6 + 14,8
3.2 Outras despesas/receitas 36,3 42,2 - 14,0 49,8 52,3 - 4,8
Total Custos e Despesas Operacionais (1+2+3, s/ construção) 2.996,6 2.538,1 + 18,1 11.001,5 9.267,2 + 18,7
Custo de construção (*) 341,9 390,4 - 12,4 1.390,7 1.427,0 - 2,5
Total Custos e Despesas Operacionais (1+2+3, c/ construção) 3.338,5 2.928,5 + 14,0 12.392,2 10.694,2 + 15,9
Nota: Os custos e despesas operacionais por distribuidoras se encontram no Anexo I. (*) Os custos de construção estão representados pelo mesmo montante em receita de construção. Tais valores são de reconhecimento obrigatório pela ICPC 01 –
Contratos de Concessão e correspondem aos custos de construção de obras de ativos da concessão de distribuição de energia elétrica, sendo o custo de construção igual à receita de construção.
3.3.1 Custos e Despesas operacionais não controláveis Os custos e despesas não controláveis (Parcela A) apresentaram aumento de 13,8% no 4T17 (aumento de 19,5% em 2017) totalizando R$ 2.066,4 milhões. Em 2017, esses custos somaram R$ 7.955,4 milhões.
Custos com Energia Elétrica Comprada para Revenda No 4T17, os custos com energia comprada para revenda subiram 16,4%, ou R$ 274,0 milhões, em comparação ao registrado no 4T16, totalizando R$ 1.942,1 milhões. Em 2017, os custos com energia comprada para revenda aumentaram 23,6%, ou R$ 1.408,6 milhões, em comparação ao verificado a 2016, totalizando R$ 7.385,7 milhões.
Encargos do Uso do Sistema de Transmissão No 4T17, os custos com encargos do uso do sistema de transmissão totalizaram R$ 124,3 milhões, queda de 16,0%. Em 2017, os encargos do uso do sistema de transmissão totalizaram R$ 569,7 milhões. 3.3.2 Custos e Despesas operacionais controláveis Os custos e despesas controláveis no 4T17 totalizaram R$ 673,5 milhões, aumento de 36,5% em relação ao 4T16. No ano, os custos e despesas controláveis totalizaram R$ 2.188,6 milhões, alta de 18,2% em relação a 2016 (R$ 1.851,9 milhões).
PMSO (Pessoal, Material, Serviços e Outros) As despesas com PMSO reportadas foram de R$ 719,1 milhões, aumento de 34,5% (R$ 184,3 milhões) em relação ao 4T16. No ano, o PMSO totalizou R$ 2.107,0 milhões, crescimento de 9,1% (R$ 175,8 milhões) em relação a 2016. Excluindo as indenizações trabalhistas e os eventos não-recorrentes do PERT e do benefício pós emprego, descritos a seguir, o incremento seria de 4,1%.
Resultados de 2017
22
Energisa S/A
PMSO Consolidado Valores em R$ milhões
Trimestre Exercício
4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
Pessoal 341,0 288,2 + 18,3 1.007,5 945,8 + 6,5
Custos indenizatórios 7,2 5,8 + 24,1 29,9 38,6 - 22,5
Fundo de pensão/benefício pós emprego 51,0 7,4 + 589,2 108,1 50,7 + 113,2
Material 40,0 31,9 + 25,4 138,9 134,8 + 3,0
Serviços de terceiros 209,2 164,5 + 27,2 645,6 619,7 + 4,2
Outras 77,9 42,8 + 82,0 206,9 180,2 + 14,8
Multas e compensações 28,4 5,1 + 457,2 64,2 46,7 + 37,6
Contingências (liquidação de ações cíveis) 22,0 27,2 - 19,1 61,5 77,0 - 20,1
Outros 27,5 10,5 + 161,9 81,2 56,5 + 43,7
Total PMSO Consolidado 719,1 534,8 + 34,5 2.107,0 1.931,2 + 9,1
IPCA / IBGE (últimos 12 meses)
2,95
2,95
IGP-M / FGV (últimos 12 meses)
-0,53
-0,53
As principais variações nas despesas de PMSO estão detalhadas a seguir:
Despesas com Pessoal e Fundo de Pensão/Benefício Pós Emprego
No 4T17, as despesas com pessoal, fundo de pensão e benefício pós emprego totalizaram R$ 392,0 milhões, 32,6% (R$ 96,4 milhões) acima do 4T16, decorrentes do:
(i) Acréscimo de R$ 52,8 milhões nas despesas com pessoal, sendo R$ 45,4 milhões em função principalmente da realização de indenizações trabalhistas na EMS (R$ 30,0 milhões), na EPB (R$ 12,9 milhões) e EBO (R$ 2,5 milhões), que possuem contrapartida na linha de reversão de contingências, dado que os processos já haviam sido provisionados em períodos anteriores. Além desses custos, a rubrica pessoal foi influenciada em R$ 5,5 milhões pela adesão ao Programa Especial de Regularização Tributária (PERT), na parcela dos encargos trabalhistas.
(ii) Aumento de R$ 43,6 milhões nas despesas com fundo de pensão/benefício pós emprego, devido ao reconhecimento de R$ 46,2 milhões de custeio do plano de saúde e da sinistralidade das apólices referentes aos planos (valor presente das obrigações futuras), sendo: ESE (R$ 23,2 milhões), EMT (R$ 15,7 milhões), ESS (R$ 5,5 milhões) e ETO (R$ 1,8 milhões). Esse valor foi parcialmente compensado pela redução de R$ 15,2 milhões em função de ajuste do saldo atuarial, que ocorre em dezembro de cada ano, superior ao realizado em 2016, especialmente na EPB (R$ 10,0 milhões), na ESE (R$ 2,1 milhões) e na EMT (R$ 1,8 milhão).
Em 2017, as despesas com pessoal, fundo de pensão e benefício pós emprego totalizaram R$ 1.115,6 milhões, ou seja, aumento de 12,0% (R$ 119,1 milhões) em relação a 2016. Esse aumento está concentrado no 4T17, em função dos motivos acima expostos.
Despesas com Materiais e Serviços de Terceiros
No 4T17, as despesas com materiais e serviços de terceiros totalizaram R$ 249,2 milhões, crescimento de 26,9% (R$ 52,8 milhões) em relação ao 4T16, devido ao:
(i) Acréscimo de R$ 44,7 milhões nos serviços terceirizados, principalmente devido a: R$ 16,0 milhões atrelados a execução do plano de recuperação dos indicadores de qualidade (DEC/FEC), com intensificação dos serviços de poda de árvores e limpeza de faixas na EMT (R$ 11,5 milhões), na EMS (R$ 4,5 milhões) e na ETO (R$ 3,2 milhões); R$ 14,2 milhões com serviços de TI para migração dos sistemas na ESS (já finalizado) e na EMS (a ser encerrado em 2018);
(ii) Incremento de R$ 8,1 milhões nas despesas com materiais, decorrentes do plano de recuperação dos indicadores de qualidade.
Em 2017, as despesas com materiais e serviços de terceiros totalizaram R$ 784,5 milhões, aumento de 4,0% (R$ 30,0 milhões) em relação a 2016, principalmente em função da maior realização no 4T17.
Resultados de 2017
23
Energisa S/A
Outras Despesas
No 4T17, as outras despesas totalizaram R$ 77,9 milhões, crescimento de 82,0% (R$ 35,1 milhões) em relação ao 4T16, devido, principalmente, pelo aumento de R$ 23,3 milhões em multas e compensações, em função da reversão de R$ 14,9 milhões na conta de compensações no 4T16 da EMT. Essa reversão ocorreu para aplicação da Resolução Autorizativa 4.463/2013 da Aneel, que prevê, para a EMT e ETO, que, a partir de 2014, caso os valores calculados das compensações referentes ao ano civil anterior sejam superiores aos valores das compensações calculados para o ano em curso, essa diferença é considerada como investimento remunerável pela distribuidora no momento de sua revisão tarifária, sendo o valor remanescente contabilizado como “Obrigações Especiais”. Caso os valores calculados das compensações referentes ao ano civil anterior sejam inferiores aos valores das compensações calculados para o ano em curso, esses valores somados ao dobro da diferença deverão ser investidos na concessão e contabilizados na referida conta de Obrigações Especiais. A Resolução está vigente até a data da realização do 4º ciclo de revisão tarifária das distribuidoras. Em 2017, as outras despesas totalizaram R$ 206,9 milhões, aumento de 14,8% (R$ 26,7 milhões) em relação a 2016. A seguir, é apresentada tabela com valores das despesas com PMSO por distribuidora.
Despesas com PMSO das distribuidoras Valores em R$ milhões
Trimestre Exercício
4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
EMG 33,6 34,5 - 2,6 120,7 125,0 - 3,4
ENF 6,5 9,2 - 29,3 24,6 34,6 - 28,9
ESE 81,2 45,7 + 77,7 208,2 161,5 + 28,9
EBO 12,1 12,3 - 1,6 39,4 37,6 + 4,8
EPB 86,2 81,9 + 5,3 286,0 271,2 + 5,5
EMT 179,4 133,1 + 34,8 521,4 494,3 + 5,5
EMS 157,9 98,1 + 61,0 417,3 356,9 + 16,9
ETO 78,8 65,9 + 19,6 250,2 222,0 + 12,7
ESS 68,0 65,4 + 4,0 211,1 211,8 - 0,3
Total 703,7 546,1 + 28,9 2.078,9 1.914,9 + 8,6
3.3.3 Demais despesas operacionais
O grupo das demais despesas operacionais contribuiu para melhoria do resultado em R$ 8,0 milhões no 4T17, em função, principalmente, da: (i) Reversão de contingências em função da realização de acordos trabalhistas na EMS (R$ 31,6 milhões), na
EPB (R$ 14,8 milhões) e na EBO (R$ 2,3 milhões). O 4T16 também foi impactado por reversões de provisões, sendo R$ 43,6 milhões na EMS (ação cível) e R$ 24,3 milhões na EMT (processos fiscais);
(ii) Reversão de provisão para devedores duvidosos no valor de R$ 13,4 milhões após acordo judicial entre a ESE e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (CODEVASF), referente a uma dívida anterior a 1997, ano em que a distribuidora foi privatizada. Nessa renegociação, foi reconhecida também a importância de R$ 87,8 milhões como receita de acréscimos moratórios e constituído ajuste a valor presente de R$ 19,5 milhões (despesa), ambos contabilizados no resultado financeiro.
Demais despesas operacionais Valores em R$ milhões
Trimestre Exercício
4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
Provisões/Reversões (45,6) (41,3) + 10,4 81,6 (79,3) -
Contingências (66,2) (74,6) - 11,3 (28,6) (104,7) - 72,7
Devedores duvidosos (PDD) 20,6 33,3 - 38,1 110,2 25,4 + 333,9
Outras despesas/receitas 36,3 42,2 - 14,0 49,8 52,3 - 4,8
Total das demais despesas operacionais (9,3) 0,9 - 131,4 (27,0) -
Resultados de 2017
24
Energisa S/A
3.4 EBITDA No 4T17, o EBITDA Ajustado atingiu R$ 806,6 milhões, 54,0% superior ao apurado no 4T16. Desconsiderando os acréscimos moratórios, o EBITDA totalizou R$ 649,0 milhões no 4T17, aumento de 24,2%, influenciado por efeitos não recorrentes:
(i) Custos indenizatórios no montante de R$ 7,2 milhões no 4T17 e R$ 5,8 milhões no 4T16 (vide item 3.3.2);
(ii) Reconhecimento das despesas de plano de saúde do benefício pós-emprego, no valor de R$ 46,2 milhões
(vide item 3.3.2);
(iii) Adesão ao PERT com efeito de R$ 5,5 milhões na rubrica de pessoal no 4T17;
(iv) Reversão de R$ 41,2 milhões referentes a sobrecontratação de 2016, sendo R$ 4,3 milhões no 2T17 e
R$ 36,9 milhões no 4T17 (conforme item 3.2.2);
(v) Atualização do ativo financeiro indenizável da concessão (VNR), sendo R$ 25,2 milhões contabilizados no 4T16 e R$ 179,3 milhões no 4T17, este último influenciado pela atualização monetária na parcela da
base de remuneração incremental da EBO, EPB, EMT, EMS e ESE;
(vi) Reversões de débitos de clientes em atraso na ESE (4T17) e na EMT (9M16) e também reversão de
contingências na EMT e EMS (4T16) (vide item 3.3.3).
Descrição (R$ mil) 4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
(=) EBITDA 649,0 522,4 + 24,2 2.052,6 1.820,2 + 12,8
(+) Custos indenizatórios 7,2 5,8 + 24,1 29,9 38,6 - 22,5
(+) Plano de saúde (benefício pós-emprego) 46,2 - - 46,2 - -
(+) Adesão ao PERT 5,5 - - 5,5
-
(+) Sobrecontratação de energia (2016 e 2017) (36,9) 45,0 - (41,2) 45,0 -
(-) Ativo financeiro indenizável da concessão (VNR) 179,3 25,2 + 611,3 211,4 125,1 + 69,0
(-) Reversões de PDD extraordinárias (EMT e ESE) 13,4 - - 13,4 99,1 - 86,5
(-) Reversão de contingências (EMT e EMS) - 67,9 - - 67,9 -
(-) Alienação aeronave (EMT) - - - 21,9 - -
(=) EBITDA (sem não recorrentes) 478,3 480,1 - 0,4 1.846,3 1.611,7 + 14,6
(*) EBITDA é a soma do lucro líquido, impostos, resultado financeiro e depreciação/amortização, conforme Instrução CVM 527/12 (para conciliação, ver Anexo) EBITDA Ajustado = EBITDA + Receitas de acréscimos moratórios.
Excluindo os efeitos extraordinários acima mencionados, o EBITDA no 4T17 seria de R$ 478,3 milhões, 0,4% inferior ao 4T16. Essa pequena redução é explicada pela elevação temporária das despesas com serviços terceirizados, materiais e compensações regulatórias. Em 2017, o EBITDA (sem não recorrentes) seria 14,6% maior em relação ao registrado em 2016, totalizando R$ 1.846,3 milhões.
Resultados de 2017
25
Energisa S/A
O EBITDA e EBITDA Ajustado por subsidiária são os seguintes:
EBITDA valores em R$ milhões
EBITDA EBITDA Ajustado
4T17 4T16 Var. % 4T17 4T16 Var. %
Distribuição de energia elétrica 635,4 506,6 + 25,4 793,0 559,4 + 41,8
EMG 24,9 24,4 + 2,0 27,4 26,6 + 3,0
ENF 6,2 1,8 + 244,4 6,9 2,4 + 187,5
ESE 57,9 63,6 - 9,0 152,2 68,0 + 123,8
EBO 10,5 8,5 + 23,5 11,6 9,6 + 20,8
EPB 113,6 100,9 + 12,6 123,3 110,2 + 11,9
EMT 152,1 128,1 + 18,7 169,6 144,3 + 17,5
EMS 124,6 131,9 - 5,5 135,4 141,6 - 4,4
ETO 80,2 24,0 + 234,2 96,3 28,9 + 233,2
ESS 65,4 23,4 + 179,5 70,3 27,8 + 152,9
Comercialização, serviços de energia e outros 13,9 (0,1) - 13,9 (0,1) -
ESA Controladora (1,7) 1,5 - (1,7) 1,5 -
ECOM 6,0 2,4 + 150,0 6,0 2,4 + 150,0
ESOL Consolidada 7,2 (5,4) - 7,2 (5,4) -
Multi Energisa 2,6 0,2 + 1.200,0 2,6 0,2 + 1.200,0
Outras operacionais (0,2) 1,2 - (0,2) 1,2 -
Combinação de negócios (ajustes “pro forma”)1 (0,3) 15,9 - (0,3) 15,9 -
Energisa Consolidada, sem venda de ativos 649,0 522,4 + 24,2 806,6 575,2 + 40,2
EBITDA Valores em R$ milhões
EBITDA EBITDA Ajustado
2017 2016 Var. % 2017 2016 Var. %
Valores em R$ milhões Distribuição de energia elétrica 1.981,6 1.702,3 + 16,4 2.301,9 1.933,7 + 19,0
EMG 92,2 63,1 + 46,1 103,0 72,9 + 41,3
ENF 15,7 13,3 + 18,0 18,1 15,7 + 15,3
ESE 206,3 217,4 - 5,1 314,3 236,3 + 33,0
EBO 43,8 27,2 + 61,0 47,8 31,7 + 50,8
EPB 317,7 315,2 + 0,8 352,2 349,7 + 0,7
EMT 548,8 513,4 + 6,9 613,8 591,6 + 3,8
EMS 323,5 299,1 + 8,2 364,9 341,2 + 6,9
ETO 228,3 134,8 + 69,4 264,0 154,4 + 71,0
ESS 205,3 118,8 + 72,8 223,8 140,2 + 59,6
Comercialização, serviços de energia e outros 78,2 42,6 + 83,6 78,2 42,6 + 83,6
ESA Controladora 23,0 19,6 + 17,3 23,0 19,6 + 17,3
ECOM 28,3 2,4 + 1.079,2 28,3 2,4 + 1.079,2
ESOL Consolidada 15,5 10,0 + 55,0 15,5 10,0 + 55,0
Multi Energisa 9,9 7,6 + 30,3 9,9 7,6 + 30,3
Outras operacionais 1,5 3,0 - 50,0 1,5 3,0 - 50,0
Combinação de negócios (ajustes "pro forma")1 (7,2) 75,3 - (7,3) 75,3 -
Energisa Consolidada, com venda de ativos 2.052,6 1.820,2 + 12,8 2.372,8 2.051,6 + 15,7
(*) Os EBITDAs da ESS se referem ao somatório dos EBITDAs das cinco distribuidoras de energia elétrica (Caiuá, CNEE, EDEVP, CFLO e EEB), não se caracterizando, portanto, no resultado efetivo da nova empresa constituída em 30 de junho de 2017.
1As participações acionárias adquiridas são avaliadas pelo valor justo dos ativos e passivos detidos pelas entidades objeto do negócio e as diferenças para o valor pago são classificados
como: (i) intangível (goodwill) quando o valor pago superar o valor justo dos ativos e passivos; (ii) resultado do exercício (compra vantajosa) quando o valor pago é inferior ao valor justo
dos ativos e passivos. O goodwill referente a entidades sob o regime de concessão e/ou autorização de exploração econômica por prazo determinado, são amortizados no prazo de
exploração. Para maiores informações, ver Notas Explicativas nº 3.2.i, nas Demonstrações Financeiras de 2016.
Resultados de 2017
26
Energisa S/A
3.5 Resultado financeiro
No 4T17, o resultado financeiro líquido representou despesas financeiras líquidas de R$ 264,7 milhões, contra despesas financeiras líquidas de R$ 260,8 milhões no 4T16, aumento de 1,5%.
Resultado Financeiro Consolidado Valores em R$ milhões
Trimestre Exercício
4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
Receitas financeiras 356,8 170,3 + 109,5 783,7 733,8 + 6,8
Receita de aplicações financeiras 44,0 95,2 - 53,8 237,6 307,3 - 22,7
Acréscimos moratórios sobre contas em atraso 157,6 52,8 + 198,5 320,2 231,4 + 38,4
Atualização financeira de ativos regulatórios (CVA) (1,6) (32,0) - 95,0 20,5 70,2 - 70,8
Atualização de créditos tributários a recuperar 20,8 26,0 - 20,0 44,1 52,0 - 15,2
Atualização monetária dos depósitos judiciais 4,2 4,7 - 10,6 9,4 7,4 + 27,0
(-) Pis/Cofins sobre receita financeira (21,1) (0,9) + 2.244,4 (49,7) (39,8) + 24,9
Outras receitas financeiras 152,9 24,5 + 524,1 201,6 105,3 + 91,5
Despesas financeiras (621,5) (431,1) + 44,2 (1.421,7) (1.506,3) - 5,6
Encargos de dívidas - Juros (136,5) (168,8) - 19,1 (588,2) (762,4) - 22,8
Encargos de dívidas - Variação monetária/cambial (117,3) (57,8) + 102,9 (177,7) 288,0 -
Instrumentos financeiros derivativos 57,8 (48,0) - (116,3) (665,0) - 82,5
Ajuste a valor presente (11,4) 2,5 - 10,0 (45,0) -
Marcação a mercado derivativos (133,9) 5,0 - (106,9) 209,2 -
Marcação a mercado da divida 19,1 7,8 + 144,9 14,1 (39,8) -
Atualização financeira de passivos regulatórios 2,4 28,5 - 91,6 (34,6) (76,4) - 54,7
Atualização monetária de P&D e eficiência energética (3,4) (6,5) - 47,7 (19,4) (27,8) - 30,2
(-) Transferência de juros capitalizados para ordens em curso (15,1) 1,7 - (12,2) 38,2 -
Despesas bancárias (19,5) (11,8) + 65,3 (30,6) (30,2) + 1,3
Incorporação de redes (81,0) (17,0) + 376,5 (55,4) (55,9) - 0,9
Despesa de Aval (2,7) (5,4) - 50,0 (11,4) (12,9) - 11,6
Outras despesas financeiras (180,0) (161,3) + 11,6 (293,3) (326,3) - 10,1
Resultado financeiro (264,7) (260,8) + 1,5 (638,0) (772,5) - 17,4
No 4T17, as receitas financeiras apresentaram aumento de R$ 186,5 milhões, devido principalmente aos
seguintes fatores:
(i) Aumento de R$ 104,8 milhões nas receitas de acréscimos moratórios, em função do efeito de R$ 87,8 milhões do acordo entre a ESE e a CODEVASF;
(ii) Acréscimo da atualização financeira de ativos regulatórios (CVA) montante de R$ 30,4 milhões; (iii) Variação positiva de R$ 128,4 milhões em outras receitas financeiras, dos quais:
a. R$ 75,4 milhões referem-se a adesão ao Programa Especial de Regularização Tributária (PERT) pelas empresas do Grupo Energisa; b. R$ 13,8 milhões devido a recomposição de saldos da CCC na EMT;
As despesas financeiras apresentaram acréscimo de R$ 190,4 milhões, influenciado pela: (i) Queda do CDI/Selic entre os períodos, o que afeta tanto a dívida em moeda nacional, quanto em moeda
estrangeira, uma vez que as dívidas em dólar são captadas através da operação 4131, expondo a Energisa ao CDI e eliminando o risco da variação cambial;
(ii) Aumento de R$ 138,9 milhões na marcação a mercado de derivativos, dos quais R$ 150 milhões referem-se ao registro contábil da opção de conversibilidade do bônus de subscrição atrelados à 7ª emissão da Energisa S.A. (1ª, 2ª e 3ª séries), sendo que não há efeito caixa para a Companhia;
(iii) Redução de R$ 26,1 milhões na atualização financeira de passivos regulatórios (CVA); (iv) Aumento de R$ 64,0 milhões em incorporação de redes em função da atualização financeira na EMT no
valor de R$ 17,3 milhões; (v) Incremento de R$ 13,9 milhões na linha de ajuste a valor presente referente ao acordo com a CODEVASF
na ESE, totalizando R$ 19,5 milhões; (vi) Acréscimo de R$ 18,7 milhões em outras despesas, principalmente em função de:
a. Reconhecimento de R$ 65,8 milhões da adesão ao PERT nas empresas do Grupo; b. Provisão de perdas com créditos de ICMS na EMT no valor de R$ 73,8 milhões; c. Atualização monetária do programa Refis estadual na EMT no montante de R$ 44,2 milhões; d. Constituição de provisão em função da desvalorização de direitos creditórios detidos pela Energisa
(R$ 78,9 no 4T16);
Resultados de 2017
27
Energisa S/A
Em 2017, o resultado financeiro melhorou em R$ 134,5 milhões, principalmente em função do aumento na
receita com acréscimos moratórios, e da queda do CDI, reduzindo o custo da dívida.
3.6 Lucro Líquido No 4T17, o lucro líquido consolidado foi de R$ 232,6 milhões, contra R$ 35,2 milhões registrado em 4T16, aumento de 560,8%. Além dos efeitos descritos no EBITDA, o lucro consolidado foi influenciado pelos seguintes efeitos não-recorrentes, líquidos de impostos:
(i) Refis estadual e provisão para perdas com crédito de ICMS na EMT (R$ 98,9 milhões), contabilizadas no
Resultado Financeiro (vide item 3.5);
(ii) Reversões referentes a contas a receber, após ajustes a valor presente e impostos, na ESE (R$ 68,3
milhões no 4T17) e EMT (R$ 46,6 milhões no 9M16);
(iii) Reversões de contingências na EMS (R$ 28,8 milhões no 4T16) e EMT (R$ 20,4 milhões);
(iv) Provisões de créditos a receber relativos à alienação de ativos de geração (R$ 78,9 milhões) e da desvalorização de direitos creditórios (R$ 51,5 milhões), ambos no 4T16;
(v) Registro contábil dos bônus de subscrição atrelados à 7ª emissão da Energisa S.A., em R$ 99 milhões
(vide item 3.5);
(vi) Parcela da atualização do VNR referente a base de remuneração incremental (R$ 120,9 milhões);
(vii) Adesão ao PERT com efeito de R$ 5,5 milhões (negativo) na rubrica de pessoal, R$ 9,6 milhões (positivo) no Resultado Financeiro (vide item 3.5) e R$ 16,7 milhões em tributos (positivo), com efeito líquido de
R$ 20,9 milhões no lucro;
(viii) Constituição de ativo na Energisa Controladora a partir avaliação para recuperabilidade de créditos de prejuízos fiscais de IR e base negativa de CSSL, no valor de R$ 138,9 milhões (conforme nota explicativa
nº 15).
Descrição (R$ mil) 4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
(=) Lucro Líquido Consolidado 232,6 35,2 + 560,8 572,6 195,8 + 192,4
(+) Custos indenizatórios 5,3 4,4 + 19,5 22,3 28,8 - 22,5
(+) Plano de saúde (benefício pós-emprego) 42,0 - - 42,0 - -
(+) Sobrecontratação de energia (2016 e 2017) (25,8) 30,8 - (29,1) 30,8 -
(+) Refis estadual e provisão perdas com crédito de ICMS (EMT) 98,9 - 98,9 - -
(+) Marcação a mercado debêntures 7ª emissão 99,0 - - 99,0 - -
(+) Provisão desvalorização de direitos creditórios - 78,9 - - 78,9 -
(+) Provisão de créditos da alienação de ativos de geração - 51,5 - - 51,5 -
(-) Ativo financeiro indenizável da concessão (VNR) 120,9 - 120,9 -
(-) Reversões de PDD extraordinárias (EMT e ESE) - após AVP 68,3 - - 68,3 46,6 + 46,8
(-) Reversão de contingências (EMT e EMS) - 49,1 - - 49,1 -
(-) Alienação aeronave (EMT) - - - 18,3 - -
(-) Adesão ao PERT 20,9 - - 20,9 - -
(-) Constituição de ativo fiscal (ESA controladora) 138,9 - - 138,9 - -
(=) Lucro Líquido (sem não recorrentes) 102,9 151,7 - 32,2 438,3 290,1 + 51,1
Excluindo esses efeitos extraordinários acima mencionados, o lucro líquido no 4T17 seria de R$ 102,9 milhões, 32,2% inferior ao 4T16. No acumulado em 2017, a Companhia apresentou lucro líquido consolidado de R$ 572,6 milhões, ante os R$ 195,8 milhões apurados em 2016. Excluindo os efeitos extraordinários acima mencionados, o lucro líquido no ano seria de R$ 438,3 milhões, 51,1% superior ao registrado em 2016.
Resultados de 2017
28
Energisa S/A
A seguir, o lucro líquido consolidado da Energisa e das suas subsidiárias por segmento:
Lucro Líquido (prejuízo) Valores em R$ milhões
Trimestre Exercício
4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
Distribuição de energia elétrica 218,8 175,5 + 24,7 738,7 577,2 + 28,0
EMG 9,1 7,7 + 18,2 29,2 4,4 + 563,6
ENF 6,7 (2,0) - 5,4 (3,3) -
ESE 86,6 20,9 + 314,4 139,0 98,4 + 41,3
EBO 8,7 3,0 + 190,0 30,7 16,9 + 81,7
EPB 123,4 51,0 + 142,0 232,6 163,9 + 41,9
EMT (130,5) 24,8 - 4,8 120,2 - 96,0
EMS 32,4 71,1 - 54,4 87,0 107,4 - 19,0
ETO 45,4 (3,5) - 107,9 38,4 + 181,0
ESS (*) 37,0 2,5 + 1.380,0 102,1 30,9 + 231,4
Comercialização e serviços de energia 6,7 (3,3) - 23,7 2,4 + 887,5
ECOM 3,5 1,7 + 105,9 17,5 (0,6) -
ESO Consolidada 2,1 (5,0) - 2,0 (1,3) -
Multi Energisa 1,3 (0,6) - 4,3 2,7 + 59,3
Outras operacionais (0,2) 0,6 - (0,1) 1,6 -
Energisa Consolidada 232,6 35,2 + 560,8 572,6 195,8 + 192,4
(*) Os resultados da ESS se referem ao somatório dos lucros das cinco distribuidoras de energia elétrica (Caiuá, CNEE, EDEVP, CFLO e EEB), não se caracterizando, portanto, no resultado efetivo da nova empresa constituída em 30 de junho de 2017.
Resultados de 2017
29
Energisa S/A
4 Estrutura de capital
4.1 Operações financeiras em 2017
A contratação de financiamento pelo Grupo Energisa em 2017 totalizou R$ 3.076,9 milhões, com custo médio de 112,0% do CDI e prazo médio de 3,9 anos.
Companhia Tipo de Emissão
Montante
Custo Médio (a.a.) Prazo Médio
(anos) Total (R$ milhões)
EMG, ENF, EBO, EPB, EMS, EMT e ESS Lei 4.131 949,0 122,6% CDI 3,6
EBO, EPB, ESE, EMT, ETO e ESS Notas Promissórias 603,0 111,9% CDI 1,2
ESA Debêntures de Infraestrutura 1.224,9 105,6% CDI 5,4
EMS Debêntures ICVM 476 300,0 107,5% CDI 5,0
3.076,9 112,0% CDI 3,9
Entre as quitações relevantes em 2017, vale mencionar o pré-pagamento dos empréstimos com a Eletrobrás, referentes aos recursos da Reserva Global de Reversão (“RGR”), cujo saldo devedor era de R$ 247,8 milhões, nas seguintes distribuidoras: EMT (R$ 219,7 milhões), EMS (R$ 24,7 milhões), ESE (R$ 1,9 milhão) e ESS (R$ 1,5 milhão). Além disso, em 2017, foi realizado o resgate antecipado facultativo da 1ª emissão de notas promissórias da Energisa Tocantins, no valor de R$ 111,9 milhões e da 7ª emissão de debêntures da EMS, no valor de R$ 295 milhões. 4.2 Caixa e endividamento
A posição consolidada de caixa, equivalentes de caixa e aplicações financeiras totalizou R$ 3.174,7 milhões no final de dezembro de 2017, frente aos R$ 2.768,2 milhões registrados em dezembro de 2016. Ressalte-se que os referidos saldos incluem os créditos referentes à Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), Conta de Consumo no montante de R$ 353,3 milhões em dezembro de 2017 e R$ 67,2 milhões em dezembro de 2016. Em 31 de dezembro de 2017, a dívida líquida, deduzida dos créditos setoriais, foi de R$ 7.202,0 milhões, contra R$ 6.021,5 milhões em dezembro de 2016 e R$ 6.137,4 milhões em setembro de 2017. Consequentemente, a relação dívida líquida por EBITDA Ajustado consolidados passou de 2,9 vezes em setembro de 2017 para 3,0 vezes em dezembro de 2017.
Evolução da Alavancagem Consolidada
- Dívida líquida (R$ milhões) e dívida líquida / EBITDA Ajustado 12 meses (vezes) –
Resultados de 2017
30
Energisa S/A
A seguir, as dívidas de curto e longo prazo, líquidas de disponibilidades financeiras (caixa, equivalentes de caixa, aplicações financeiras e créditos setoriais):
Descrição Valores em R$ milhões
Controladora Consolidado
31/12/2017 30/09/2017 31/12/2016 31/12/2017 30/09/2017 31/12/2016
Circulante 333,9 285,0 220,7 2.207,8 1.934,5 1.867,7
Empréstimos e financiamentos 82,9 79,0 81,1 1.609,5 1.273,5 1.260,1
Debêntures 241,9 191,1 110,8 326,1 356,7 274,6
Encargos de dívidas 0,6 0,7 0,6 64,0 67,6 57,8
Parcelamento de impostos e benefícios a empregados 1,2 1,3 0,6 56,7 58,4 62,4
Taxas regulamentares - - - 58,6 58,6 58,6
Parcelamento de débitos energia comprada Itaipu - - - 117,0 117,0 131,2
Instrumentos financeiros derivativos líquidos 7,3 12,9 27,6 (24,1) 2,7 23,0
Não Circulante 2.680,6 1.662,9 1.514,8 8.165,8 7.017,8 6.922,0
Empréstimos, financiamentos e arrendamentos - - 81,2 3.924,4 3.736,3 4.076,2
Debêntures 2.525,6 1.660,1 1.422,7 3.030,5 2.417,4 1.993,0
Parcelamento de impostos e benefícios a empregados 3,1 2,1 1,6 476,2 366,7 334,2
Taxas regulamentares - - - 38,3 52,6 95,7
Parcelamento de débitos energia comprada Itaipu - - - 78,0 107,3 195,1
Instrumentos financeiros derivativos líquidos 151,9 0,7 9,3 618,4 337,5 227,8
Total das dívidas 3.014,5 1.947,9 1.735,5 10.373,6 8.952,3 8.789,7
(-) Disponibilidades financeiras 2.045,3 1.121,0 839,4 2.818,3 2.518,2 2.701,0
Total das dívidas líquidas 969,2 826,9 896,1 7.555,3 6.434,1 6.088,7
(-) Créditos CDE - - - 237,9 210,8 155,0
(-) Créditos CCC - - - 30,4 31,7 24,6
(-) Créditos CVA - - - 85,0 54,2 (112,4)
Total das dívidas líquidas deduzidas de créditos setoriais 969,2 826,9 896,1 7.202,0 6.137,4 6.021,5
/ Indicador relativo
Divida líquida / EBITDA Ajustado 12 meses (1) - - - 3,0 2,9 2,9
(1) EBITDA Ajustado = EBITDA + Receitas de acréscimos moratórios (últimos 12 meses). As dívidas por distribuidoras estão no Anexo I.
O aumento nos empréstimos, financiamentos e debêntures reflete captações realizadas ao longo de 2017 para capital de giro e para o programa de investimentos do Grupo Energisa, principalmente nas empresas que entrarão no 4º ciclo de revisão tarifária em abril de 2018 (EMT, EMS e ESE). A elevação da rubrica de benefícios a empregados foi influenciada, especialmente, pelo reconhecimento atuarial de R$ 69,1 milhões do custeio do plano de saúde e da sinistralidade das apólices referentes a esses planos (vide Nota Explicativa 38). Adicionalmente, em dezembro de 2017, os instrumentos financeiros derivativos líquidos foram impactados pelo efeito da marcação a mercado da opção de conversão das debêntures da 7ª emissão da Energisa S/A, em R$ 150 milhões, e pela atualização financeira da put da EEVP contra o BNDESPar, em R$ 182 milhões.
Resultados de 2017
31
Energisa S/A
4.3 Custo e prazo médio do endividamento Ao fim de dezembro de 2017, o prazo médio da dívida diminuiu para 6,7 anos (ante 7,2 anos em dezembro de 2016) e o custo médio da dívida líquida caiu 0,95 ponto percentual no trimestre e 4,52 pontos percentuais em 2017, encerrando o ano em 9,32% (135,20% do CDI), ante 10,27% (126,18% do CDI) em setembro de 2017 e 13,84% (101,6% do CDI) em dezembro de 2016.
Dívida Bancária e de Emissão Consolidada por Indexador (R$ milhões)
Obs.: O endividamento em moeda estrangeira conta com swaps para taxa em CDI e outros instrumentos de proteção contra variação cambial adversa, cujo saldo em dezembro de 2017 representa um passivo líquido de R$ 265,4 milhões. (1) Dívida em dólar convertida para CDI, sem limitador de proteção.
4.4 Ratings Os ratings atuais emitidos pelas agências Standard & Poor’s, Moody’s e Fitch Ratings são:
Agência
Classificação Nacional/Perspectiva
Classificação Global/Perspectiva
Último Relatório
Standard & Poor’s brAA- (negativa) BB (negativa) Jan/2018
Moody’s Aa2.br (negativa) Ba2 (negativa) Jun/2017
Fitch Ratings AA (bra) (estável) BB- (negativa) Fev/2018
BRL115,4 (1,3%)
SELIC355,5 (4,0%)
TJLP570,6 (6,4%)TR
918,1 (10,3%)
IPCA/IPC/Atuarial
1.260,0 (14,1%)
CDI (1)
5.734,9 (64,0%)
Resultados de 2017
32
Energisa S/A
4.5 Cronograma de amortização das dívidas O cronograma de amortização dos empréstimos, financiamentos, encargos de dívidas e debêntures consolidados, em 31 de dezembro de 2016, vis-à-vis o caixa, está representado pelo gráfico abaixo:
Cronograma de amortização da dívida bancária e de emissão (R$ milhões)
3.171,6
1.999,6
1.173,6
1.594,9
1.180,9 1.229,4
75,2
1.700,9
Dezembro2017
2018 2019 2020 2021 2022 2023 Após2023
Caixa/Aplicações Financeiras/Créditos Setoriais Dívidas
Resultados de 2017
33
Energisa S/A
5 Investimentos
A Energisa e suas controladas realizaram investimentos no montante de R$ 456,6 milhões no 4T17 e R$ 2.002,9 milhões em 2017. Considerando apenas as distribuidoras, os investimentos totalizaram R$ 436,5 milhões no último trimestre e R$ 1.929,1 milhões em 2017. No 4T17, os investimentos em ativos elétricos próprios somaram R$ 285,3 milhões, 62,5% do total. A maior parte dos investimentos em ativos elétricos ocorreu nas concessionárias que passarão pelo 4CRTP em 2018: EMT (R$ 86,7 milhões) e EMS (R$ 31,2 milhões). Esses investimentos estão focados na expansão e reforço da rede elétrica, bem como na melhoria contínua da qualidade de energia fornecida. Os investimentos considerados como Obrigações Especiais totalizaram R$ 121,3 milhões no 4T17, dos quais R$ 82,8 milhões foram investidos na EMT, primordialmente atrelados ao programa de universalização (PLPT). Os investimentos em ativos não elétricos somaram R$ 50,0 milhões e são decorrentes, principalmente, da renovação da frota, aquisição de mobiliário e projetos de TI/Telecom. No ano, os investimentos em ativos elétricos próprios somaram R$ 1.197,9 milhões, 59,8% do total. Os investimentos realizados, por subsidiária, no 4T17 e em 2017 foram os seguintes:
Investimentos Ativos Elétricos Obrigações Especiais Ativos Não Elétricos Investimento Total
Valores em R$ milhões 4T17 4T16 Var. % 4T17 4T16 Var. % 4T17 4T16 Var. % 4T17 4T16 Var. %
EMG 6,4 10,4 - 38,5 3,3 2,9 + 13,8 12,1 7,7 + 57,1 21,8 21,0 + 3,8
ENF 0,6 0,9 - 33,3 0,4 0,1 + 300,0 0,4 0,4 - 1,4 1,4 -
ESE 11,0 13,4 - 17,9 9,3 7,9 + 17,7 1,6 1,8 - 11,1 21,9 23,1 - 5,2
EBO 2,8 2,1 + 33,3 1,2 0,1 + 1.100,0 0,5 0,5 - 4,5 2,7 + 66,7
EPB 26,2 30,3 - 13,5 10,4 2,9 + 258,6 3,3 4,9 - 32,7 39,9 38,1 + 4,7
EMT 86,7 91,2 - 4,9 82,8 23,3 + 255,4 6,3 15,5 - 59,4 175,8 130,0 + 35,2
EMS 31,2 45,5 - 31,4 6,8 15,0 - 54,7 7,7 8,2 - 6,1 45,7 68,7 - 33,5
ETO 75,9 (4,3) - 0,7 88,2 - 99,2 3,8 3,6 + 5,6 80,4 87,5 - 8,1
ESS 33,2 30,1 + 10,3 6,4 (17,2) - 5,5 2,2 + 150,0 45,1 15,1 + 198,7
Total Distribuidoras 274,0 219,6 + 24,8 121,3 123,2 - 1,5 41,2 44,8 - 8,0 436,5 387,6 + 12,6
Energisa Pará Transmissora 6,8 - - - - - 0,1 - - 6,9 - -
Energisa Goiás Transmissora 4,5 - - - - - - - - 4,5 - -
Energisa Soluções e Const. - - - - - - 2,5 1,3 + 92,3 2,5 1,3 + 92,3
Outras - - - - - - 6,2 10,1 - 38,6 6,2 10,1 - 38,6
Total 285,3 219,6 + 29,9 121,3 123,2 - 1,5 50,0 56,2 - 11,0 456,6 399,0 + 14,4
Investimentos Ativos Elétricos Obrigações Especiais Ativos Não Elétricos Investimento Total
Valores em R$ milhões 2017 2016 Var. % 2017 2016 Var. % 2017 2016 Var. % 2017 2016 Var. %
EMG 33,7 36,7 - 8,2 11,7 5,2 + 125,0 39,6 15,4 + 157,1 85,0 57,3 + 48,3
ENF 4,5 4,9 - 8,2 1,1 0,3 + 266,7 1,1 1,4 - 21,4 6,7 6,6 + 1,5
ESE 83,7 56,0 + 49,5 17,2 26,1 - 34,1 6,5 8,8 - 26,1 107,4 90,9 + 18,2
EBO 11,2 11,6 - 3,4 2,1 2,1 - 1,0 2,4 - 58,3 14,3 16,1 - 11,2
EPB 110,5 115,1 - 4,0 21,2 25,1 - 15,5 8,7 19,0 - 54,2 140,4 159,2 - 11,8
EMT 473,9 483,0 - 1,9 217,8 59,7 + 264,8 18,9 85,8 - 78,0 710,6 628,5 + 13,1
EMS 199,7 197,8 + 1,0 254,6 32,2 + 690,7 12,8 14,4 - 11,1 467,1 244,4 + 91,1
ETO 180,0 183,6 - 2,0 54,5 106,2 - 48,7 11,6 19,7 - 41,1 246,1 309,5 - 20,5
ESS 86,1 77,9 + 10,5 35,5 12,7 + 179,5 29,9 12,6 + 137,3 151,5 103,2 + 46,8
Total Distribuidoras 1.183,3 1.166,6 + 1,4 615,7 269,6 + 128,4 130,1 179,5 - 27,5 1.929,1 1.615,7 + 19,4
Energisa Pará Transmissora 8,6 - - - - - 0,1 - - 8,7 0,0 -
Energisa Goiás Transmissora 6,0 - - - - - - - - 6,0 0,0 -
Energisa Soluções e Const. - - - - - - 19,4 8,6 + 125,6 19,4 8,6 + 125,6
Outras - - - - - - 39,7 18,6 + 113,4 39,7 18,6 + 113,4
Total 1.197,9 1.166,6 + 2,7 615,7 269,6 + 128,4 189,3 206,7 - 8,4 2.002,9 1.642,9 + 21,9
Obs.: As “Obrigações Especiais” são recursos aportados pela União, Estados, Municípios e Consumidores para a concessão e não compõe a Base de Remuneração Regulatória da distribuidora.
Resultados de 2017
34
Energisa S/A
6 Fluxo de Caixa
Em 2017, a geração de caixa operacional da Energisa foi R$ 515,8 milhões inferior a 2016. As atividades de investimento em 2017 tiveram redução de R$ 1.147,4 milhões em relação a 2016, e as atividades de financiamento totalizaram um montante negativo de R$ 144,2 milhões, contra um valor positivo de R$ 76,8 milhões no ano anterior.
Fluxo de Caixa Consolidado Valores em R$ milhões
4T17 4T16 2017 2016
Saldo Inicial de Caixa e Equivalentes de Caixa 838,5 963,1 797,2 1.083,6
(a) Caixa Líquido Atividades Operacionais (a=i+ii) (83,3) 575,3 1.249,3 1.765,1
(i) Caixa Gerado nas Operações 533,4 514,7 2.154,4 1.782,5
(ii) Variações nos Ativos e Passivos (616,8) 60,6 (905,1) (17,5)
(b) Caixa Líquido das Atividades de Investimento (510,7) 113,9 (980,8) (2.128,2)
Aplicações no imobilizado / intangível (324,3) (240,8) (1.303,5) (1.321,3)
Aplicações no investimentos (25,5) - (25,5) -
Alienação de bens do imobilizado / intangível / ativos de geração 25,3 10,5 119,7 52,1
Aplicações em linhas de transmissão de energia (16,1) - (16,1) -
Aplicações financeiras (170,1) 344,2 244,6 (859,1)
(c) Caixa Líquido das Atividades de Financiamento 677,0 (855,0) (144,2) 76,8
Financiamentos obtidos 1.629,1 204,6 3.287,7 1.773,0
Pagamentos de empréstimos, financiamentos e debêntures - principal (673,0) (621,1) (2.092,0) (1.852,4)
Pagamentos de empréstimos, financiamentos e debêntures - juros (97,9) (148,2) (593,6) (691,2)
Liquidação de derivativos (30,7) (183,2) (88,4) (292,0)
Dividendos 2,5 (0,5) (203,4) (123,7)
Parcelamento de impostos, fornecedores e encargos setoriais (54,1) (65,3) (243,2) (129,8)
Pagamento de incorporação de redes (98,9) (50,3) (211,3) (87,0)
Aumento de capital com subscrição de ações - 9,5 - 1.545,5
Custos de transações incorridos nas operações com emissão de ações - (0,6) - (65,7)
(d) Aumento (Redução) de Caixa (d=a+b+c) 83,0 (165,9) 124,3 (286,4)
Saldo Final de Caixa e Equivalentes de Caixa 921,5 797,2 921,5 797,2
(+) Saldo aplicações financeiras e créditos setoriais 2.250,1 1.971,0 2.250,1 1.971,0
Saldo Final de Caixa, aplicações financeiras e créditos setoriais 3.171,6 2.768,2 3.171,6 2.768,2
Importante ressaltar que em dezembro de 2017, as aplicações financeiras somaram R$ 1.896,8 milhões e os créditos setoriais R$ 353,3 milhões, de forma que a posição consolidada de caixa totalizou R$ 2.250,1 milhões.
Resultados de 2017
35
Energisa S/A
7 Mercado de capitais
7.1 Desempenho das ações
Negociadas na B3, as ações de maior liquidez da Energisa, ENGI11 – Units, (compostas de 1 ação ordinária e 4 ações preferenciais) apresentaram valorização de 50,5% em 2017 e encerraram o exercício cotadas a R$ 27,30 por Unit. No mesmo período o principal índice da bolsa, o Ibovespa, apresentou alta de 26,9%, enquanto o IEE teve alta de 10,0%. A seguir, os indicadores de mercado das ações da Energisa no final do ano:
2017 2016 Variação %
Indicadores de mercado
Enterprise value (EV - R$ milhões) (1) 16.323,3 12.201,8 + 33,8%
Valor de mercado no final do exercício (R$ milhões) 9.301,8 6.180,3 + 50,5%
Volume médio diário negociado no exercício – Units (R$ milhões) 15,3 9,8 + 56,1
Cotação das ações
ENGI11 (Unit) no fechamento no final do exercício (R$/Unit) 27,30 18,58 + 46,9%
ENGI11 (Unit) no fechamento no final do exercício (R$/Unit) (2) 27,30 18,14 + 50,5%
ENGI3 (ON) no fechamento no final do exercício (R$/ação) 9,80 3,90 + 151,3%
ENGI4 (PN) no fechamento no final do exercício (R$/ação) 4,44 3,54 + 25,4%
Indicadores relativos
Dividendos já pagos no exercício (R$ / Unit) 0,566 0,401 + 41,1%
Dividend yield de ENGI11 (Units) - % (3) 2,5 1,8 + 38,9%
Retorno total ao acionista detentor de Units (TSR) - % 50,0 35,6 + 14,4 p.p.
Valor de Mercado / Patrimônio Líquido (vezes) 1,8 1,3 + 0,5
(1) EV = Valor de mercado (R$/ação x quantidade de ações) + dívida líquida consolidada; (2) Ajustado por proventos; e (3) Dividendos distribuídos nos últimos quatro trimestres / cotação de fechamento das Units; e.
Importante ressaltar o aumento na liquidez das Units negociadas na B3, fruto do bem-sucedido re-IPO, ocorrido em julho de 2016. O gráfico abaixo apresenta a rentabilidade real, descontada a inflação medida pelo IGP-DI, das ações de maior liquidez da Energisa ao longo dos últimos 10 anos vis-à-vis o Ibovespa.
Obs.: Os negócios com Units tiveram início em 6 de novembro de 2009. Por consequência, foram consideradas as ações preferencias da Energisa para refletir os períodos anteriores à criação das Units.
7.2 Distribuição de dividendos
Com base nos resultados alcançados em 2017, a Energisa destinou R$ 269,8 milhões para pagamento de dividendos (R$ 0,156 por ação ordinária e preferencial ou R$ 0,78 por Unit) à conta do exercício. Esses dividendos já foram totalmente pagos em duas parcelas: i) em 1º de setembro de 2017, o valor de R$ 96,9 milhões (R$ 0,056 por ação ou R$ 0,28 por Unit); e ii) em 8 de março de 2018, o montante de R$ 173,0 milhões (R$ 0,10 por ação ordinária e preferencial ou R$ 0,50 por Unit). Os dividendos totais do exercício representam 48,3% do lucro líquido da Controladora.
2017 2016 Variação %
Dividendos já pagos do exercício (R$ milhões) 269,8 138,7 + 94,5
Dividendos / Lucro líquido (payout) - % 48,3 89,7 - 41,4 p.p.
Resultados de 2017
36
Energisa S/A
8 Eventos Subsequentes
8.1 Energisa aumenta participação societária na EMT
A Energisa S/A, controladora indireta da Energisa Mato Grosso (“EMT”), realizou leilão de oferta pública voluntária para a aquisição de até a totalidade das ações ordinárias e preferenciais de emissão da EMT, conforme edital da oferta publicado em 8 de dezembro de 2017 e aditado em 27 de dezembro de 2017. Em decorrência, em 16 de janeiro e 2 de fevereiro de 2018, foram adquiridas pela Energisa 61.742.613 ações de emissão da EMT, pelo valor de R$ 531,3 milhões, elevando-se a sua participação, direta e indireta, nessa Companhia de 66,61% para 95,61%, conforme demonstrativos a seguir:
Energisa Mato Grosso - Distribuição do Capital Social - Antes da Oferta
Acionistas
Quantidade de Ações
Ordinárias % Preferenciais % Total %
Rede Energia Participações S/A 53.180.038 72,38 69.600.226 49,92 122.780.264 57,67
Energisa S/A 3.626.634 4,94 15.399.302 11,04 19.025.936 8,94
Outros acionistas 16.671.439 22,69 54.433.007 39,04 71.104.446 33,40
Total do capital social 73.478.111 100,00 139.432.535 100,00 212.910.646 100,00
Energisa Mato Grosso - Distribuição do Capital Social – Após leilões em 16/01/2018 e 02/02/2018
Acionistas
Quantidade de Ações
Ordinárias % Preferenciais % Total %
Rede Energia Participações S/A 53.180.038 72,38 69.600.226 49,92 122.780.264 57,67
Energisa S/A 15.670.265 21,33 65.098.284 46,69 80.768.549 37,94
Outros acionistas 4.627.808 6,29 4.734.025 3,39 9.361.833 4,39
Total do capital social 73.478.111 100,00 139.432.535 100,00 212.910.646 100,00
Os acionistas titulares das ações da EMT remanescentes em circulação terão o direito de, até 16 de abril de 2018, inclusive, venderem suas ações à Companhia, pelo preço por ação de R$ 8,60, atualizado pela variação da Taxa do Sistema Especial de Liquidação e Custódia do Banco Central do Brasil, publicada pelo Banco Central do Brasil (Taxa SELIC), desde a data de liquidação do leilão até a data do efetivo pagamento, e, eventualmente, ajustado pelos pagamentos ou direitos de dividendos ou juros sobre o capital próprio.
8.2 Emissão de debêntures pelas controladas EMT, EPB e EMS
As controladas Energisa Mato Grosso, Energisa Paraíba e a Energisa Mato Grosso do Sul concluíram, em 7 de março de 2018, a colocação de debêntures simples, não conversíveis em ações, da espécie quirografária, com garantia adicional fidejussória, em série única, no montante de R$ 800,0 milhões, as quais foram objeto de distribuição pública, com esforços restritos de colocação, nos termos da Instrução CVM nº 476/2009. Os recursos captados pelas Companhias destinar-se-ão à gestão dos negócios da Companhia. As características das referidas emissões são as seguintes:
Controlada Data da Emissão
Data de Vencimento
Quantidade de
Debêntures
Montante Total
(R$ milhões) Juros
Remuneratórios Periodicidade
dos Juros
EMT 15/02/2018 15/02/2021 47.000 470,0 CDI + 1,1% a.a. Semestral
EPB 15/02/2018 15/02/2021 18.000 180,0 CDI + 1,0% a.a. Semestral
EMS 15/02/2018 15/02/2021 15.000 150,0 CDI + 0,95% a.a. Semestral
Total - - 80.000 800,0 -
9 Serviços prestados pelo auditor independente
Em atendimento ao rodízio obrigatório previsto no artigo 31 da Instrução Normativa CVM nº 308, a Ernst & Young Auditores Independentes é auditor independente da Companhia desde 1T17. A remuneração total desses auditores pela revisão contábil das demonstrações financeiras da Companhia e de suas controladas em 2017 foi de R$ 5,3 milhões. A política de contratação adotada pela Companhia atende aos princípios que preservam a independência do auditor, de acordo com as normas vigentes, que determinam, principalmente, que o auditor não deve auditar seu próprio trabalho, nem exercer funções gerenciais para seu cliente ou promover os seus interesses.
A Administração.
Resultados de 2017
37
Energisa S/A
Anexo I – Informações Complementares
A.1 Vendas de Energia por Área de Concessão
Energisa Minas Gerais
Descrição
Trimestres Exercício
4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
Residencial 128,9 121,7 + 5,9 503,5 493,0 + 2,1
Industrial 100,3 99,3 + 1,0 400,2 398,9 + 0,3
Cativo 33,1 34,8 - 4,9 130,9 142,3 - 8,0
Livre 67,2 64,5 + 4,2 269,3 256,6 + 4,9
Comercial 61,3 59,6 + 2,9 235,8 238,2 - 1,0
Cativo 58,8 58,3 + 0,9 226,9 236,9 - 4,2
Livre 2,5 1,3 + 92,3 8,9 1,3 + 584,6
Rural 45,1 42,0 + 7,4 183,6 174,6 + 5,2
Outras Classes 40,7 39,4 + 3,3 159,4 154,9 + 2,9
1 Vendas de energia no mercado cativo 306,6 296,2 + 3,5 1.204,4 1.201,7 + 0,2
2 Energia associada aos consumidores livres (TUSD) 69,7 65,8 + 5,9 278,2 257,9 + 7,9
3 Mercado cativo + TUSD (1+2) 376,3 362,0 + 4,0 1.482,6 1.459,6 + 1,6
4 Fornecimento Não faturado 5,6 7,0 - 20,0 2,0 (2,7) -
5 Mercado cativo + TUSD + fornecimento não faturado (3+4) 381,9 369,0 + 3,5 1.484,6 1.456,9 + 1,9
Energisa Nova Friburgo
Descrição
Trimestres Exercício
4T17 4T16 Var.% 2017 2016 Var.%
Residencial 40,2 39,1 + 2,8 161,1 159,4 + 1,1
Industrial 12,2 11,2 + 8,9 49,3 48,0 + 2,7
Cativo 7,6 10,3 - 26,2 39,6 47,1 - 15,9
Livre 4,6 0,9 + 411,1 9,7 0,9 + 977,8
Comercial 17,0 17,0 - 67,3 69,8 - 3,6
Cativo 16,5 17,0 - 2,9 65,3 69,7 - 6,3
Livre 0,5 - - 2,0 0,1 + 1.900,0
Rural 1,4 1,2 + 16,7 5,6 5,3 + 5,7
Outras Classes 10,4 10,4 - 40,4 40,8 - 1,0
Cativo 9,2 9,2 - 36,0 39,7 - 9,3
Livre 1,2 1,2 - 4,4 1,1 + 300,0
1 Vendas de energia no mercado cativo 74,9 76,8 - 2,5 307,6 321,2 - 4,2
2 Energia associada aos consumidores livres (TUSD) 6,3 2,1 + 200,0 16,1 2,1 + 666,7
3 Mercado cativo + TUSD (1+2) 81,2 78,9 + 2,9 323,7 323,3 + 0,1
4 Fornecimento não faturado 1,0 1,8 - 44,4 0,1 (0,6) -
5 Mercado cativo + TUSD + fornecimento não faturado (3+4) 82,2 80,7 + 1,9 323,8 322,7 + 0,3
Resultados de 2017
38
Energisa S/A
Energisa Sergipe
Descrição
Trimestres Exercício
4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
Residencial 248,0 253,1 - 2,0 1.010,9 1.018,7 - 0,8
Industrial 209,8 198,7 + 5,6 802,5 833,3 - 3,7
Cativo 53,9 55,9 - 3,6 213,8 240,4 - 11,1
Livre 155,9 142,8 + 9,2 588,7 592,9 - 0,7
Comercial 141,9 143,8 - 1,3 558,6 560,8 - 0,4
Cativo 123,3 127,9 - 3,6 489,7 513,0 - 4,5
Livre 18,6 15,9 + 17,0 68,9 47,8 + 44,1
Rural 31,8 37,8 - 15,9 108,8 117,3 - 7,2
Outras Classes 137,7 136,6 + 0,8 534,5 524,3 + 1,9
1 Vendas de energia no mercado cativo 594,7 611,3 - 2,7 2.357,7 2.413,7 - 2,3
2 Energia associada aos consumidores livres (TUSD) 174,5 158,7 + 10,0 657,6 640,7 + 2,6
3 Mercado cativo + TUSD (1+2) 769,2 770,0 - 0,1 3.015,3 3.054,4 - 1,3
4 Fornecimento Não faturado 15,6 18,7 - 16,6 (0,4) (0,1) + 300,0
5 Mercado cativo + TUSD + fornecimento não faturado (3+4) 784,8 788,7 - 0,5 3.014,9 3.054,3 - 1,3
Energisa Borborema
Mercado de Energia - Descrição
Trimestres Exercício
4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
Residencial 60,1 59,9 + 0,3 240,4 235,7 + 2,0
Industrial 34,1 31,6 + 7,9 134,2 131,4 + 2,1
Cativo 16,6 22,6 - 26,5 64,8 122,5 - 47,1
Livre 17,5 9,0 + 94,4 69,4 8,9 + 679,8
Comercial 40,0 40,6 - 1,5 155,7 156,7 - 0,6
Cativo 35,1 36,8 - 4,6 140,3 146,8 - 4,4
Livre 4,9 3,8 + 28,9 15,4 9,9 + 55,6
Rural 6,2 6,0 + 3,3 23,8 23,8 -
Outras Classes 20,2 21,1 - 4,3 80,0 73,2 + 9,3
1 Vendas de energia no mercado cativo 138,2 146,3 - 5,5 549,3 602,0 - 8,8
2 Energia associada aos consumidores livres (TUSD) 22,4 12,8 + 75,0 84,9 18,8 + 351,6
3 Mercado cativo + TUSD (1+2) 160,6 159,1 + 0,9 634,2 620,8 + 2,2
4 Fornecimento Não faturado 3,3 2,4 + 37,5 0,6 (0,4) -
5 Mercado cativo + TUSD + fornecimento não faturado (3+4) 163,9 161,5 + 1,5 634,8 620,4 + 2,3
Energisa Paraíba
Descrição
Trimestres Exercício
4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
Residencial 418,8 414,8 + 1,0 1.662,5 1.633,5 + 1,8
Industrial 200,6 201,8 - 0,6 792,6 793,1 - 0,1
Cativo 83,1 95,0 - 12,5 335,6 437,7 - 23,3
Livre 117,5 106,8 + 10,0 457,0 355,4 + 28,6
Comercial 198,8 196,0 + 1,4 775,1 763,1 + 1,6
Cativo 175,0 179,1 - 2,3 695,7 704,1 - 1,2
Livre 23,8 16,9 + 40,8 79,4 59,0 + 34,6
Rural 80,4 81,7 - 1,6 266,9 266,3 + 0,2
Outras Classes 177,8 167,0 + 6,5 684,2 651,9 + 5,0
1 Vendas de energia no mercado cativo 935,1 937,6 - 0,3 3.645,0 3.693,5 - 1,3
2 Energia associada aos consumidores livres (TUSD) 141,3 123,6 + 14,3 536,4 414,4 + 29,4
3 Mercado cativo + TUSD (1+2) 1.076,4 1.061,2 + 1,4 4.181,4 4.107,9 + 1,8
4 Fornecimento Não faturado 22,8 28,6 - 20,3 2,6 (3,9) -
5 Mercado cativo + TUSD + Não faturado (3+4) 1.099,2 1.089,8 + 0,9 4.184,0 4.104,0 + 1,9
Resultados de 2017
39
Energisa S/A
Energisa Mato Grosso
Descrição
Trimestres Exercício
4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
Residencial 740,1 672,8 + 10,0 2.771,6 2.593,8 + 6,9
Industrial 464,2 414,4 + 12,0 1.848,2 1.776,8 + 4,0
Cativo 157,7 162,8 - 3,1 656,0 735,2 - 10,8
Livre 306,5 251,6 + 21,8 1.192,2 1.041,6 + 14,5
Comercial 436,1 407,2 + 7,1 1.713,9 1.630,8 + 5,1
Cativo 384,6 361,9 + 6,3 1.524,2 1.508,5 + 1,0
Livre 51,5 45,3 + 13,7 189,7 122,3 + 55,1
Rural 304,0 237,5 + 28,0 1.185,2 1.053,4 + 12,5
Cativo 286,3 225,5 + 27,0 1.130,8 1.032,1 + 9,6
Livre 17,7 12,0 + 47,5 54,4 21,3 + 155,4
Outras Classes 250,6 228,4 + 9,7 945,0 885,6 + 6,7
1 Vendas de energia no mercado cativo 1.819,3 1.651,4 + 10,2 7.027,6 6.755,2 + 4,0
2 Energia associada aos consumidores livres (TUSD) 375,7 308,9 + 21,6 1.436,4 1.185,2 + 21,2
3 Mercado cativo + TUSD (1+2) 2.195,0 1.960,3 + 12,0 8.464,0 7.940,4 + 6,6
4 Fornecimento Não faturado 3,0 47,2 - 93,6 13,4 (26,9) -
5 Mercado cativo + TUSD + fornecimento não faturado (3+4) 2.198,0 2.007,5 + 9,5 8.477,4 7.913,5 + 7,1
Energisa Mato Grosso do Sul
Descrição
Trimestres Exercício
4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
Residencial 475,7 437,5 + 8,7 1.792,6 1.693,3 + 5,9
Industrial 258,5 239,5 + 7,9 1.018,0 967,8 + 5,2
Cativo 76,7 96,0 - 20,1 324,2 452,2 - 28,3
Livre 181,8 143,5 + 26,7 693,8 515,6 + 34,6
Comercial 293,5 275,3 + 6,6 1.147,4 1.101,8 + 4,1
Cativo 264,1 254,5 + 3,8 1.040,9 1.037,7 + 0,3
Livre 29,4 20,8 + 41,3 106,5 64,1 + 66,1
Rural 137,4 132,7 + 3,5 530,0 487,5 + 8,7
Outras Classes 176,7 170,2 + 3,8 677,9 652,8 + 3,8
Cativo 165,0 163,1 + 1,2 632,6 645,7 - 2,0
Livre 11,7 7,1 + 64,8 45,3 7,1 + 538,0
1 Vendas de energia no mercado cativo 1.118,9 1.083,8 + 3,2 4.320,3 4.316,4 + 0,1
2 Energia associada aos consumidores livres (TUSD) 222,9 171,4 + 30,0 845,6 586,8 + 44,1
3 Mercado cativo + TUSD (1+2) 1.341,8 1.255,2 + 6,9 5.165,9 4.903,2 + 5,4
4 Fornecimento não faturado 30,7 56,6 - 45,8 (4,0) (16,8) - 76,2
5 Mercado cativo + TUSD + fornecimento não faturado (3+4) 1.372,5 1.311,8 + 4,6 5.161,9 4.886,4 + 5,6
Resultados de 2017
40
Energisa S/A
Energisa Tocantins
Descrição
Trimestre Exercício
4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
2013 Residencial 255,1 234,3 + 8,9 949,3 918,1 + 3,4
Industrial 77,9 63,7 + 22,3 295,7 290,2 + 1,9
Cativo 39,4 51,9 - 24,1 173,1 253,1 - 31,6
Livre 38,5 11,8 + 226,3 122,6 37,1 + 230,5
Comercial 110,8 109,3 + 1,4 432,1 437,7 - 1,3
Cativo 103,2 101,8 + 1,4 402,6 410,8 - 2,0
Livre 7,6 7,5 + 1,3 29,6 26,9 + 10,0
Rural 51,8 46,0 + 12,6 221,3 204,7 + 8,1
Outras Classes 91,1 86,9 + 4,8 346,7 336,4 + 3,1
1 Vendas de energia no mercado cativo 540,6 520,9 + 3,8 2.093,0 2.123,1 - 1,4
2 Energia associada aos consumidores livres (TUSD) 46,1 19,3 + 138,9 152,2 64,0 + 137,8
3 Mercado cativo + TUSD (1+2) 586,7 540,2 + 8,6 2.245,2 2.187,1 + 2,7
4 Fornecimento Não faturado 1,0 0,1 + 900,0 (1,0) (3,9) - 74,4
5 Mercado cativo + TUSD + fornecimento não faturado (3+4) 587,7 540,3 + 8,8 2.244,2 2.183,2 + 2,8
Energisa Sul-Sudeste
Descrição Valores em GWh
Trimestres Exercício
4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
2013 2013 Var. % Residencial 360,9 340,5 + 6,0 1.383,5 1.339,4 + 3,3
Industrial 293,7 273,3 + 7,5 1.145,5 1.099,6 + 4,2
Cativo 90,3 111,2 - 18,8 383,3 537,0 - 28,6
Livre 203,4 162,1 + 25,5 762,2 562,5 + 35,5
Comercial 206,9 199,3 + 3,8 793,9 766,7 + 3,5
Cativo 187,6 187,1 +0,3 727,4 737,6 - 1,4
Livre 19,3 12,2 + 58,2 66,5 29,1 + 128,5
Rural 75,2 73,5 + 2,3 295,1 280,5 + 5,2
Outras Classes 121,0 118,2 + 2,4 474,6 466,5 + 1,7
Cativo 120,7 118,2 + 2,1 474,3 466,5 + 1,7
Livre 0,3 - - 0,3 - -
1 Vendas de energia no mercado cativo 834,7 830,5 + 0,5 3.263,6 3.361,0 - 2,9
2 Energia associada aos consumidores livres (TUSD) 223,0 174,3 + 27,9 829,0 591,6 + 40,1
3 Mercado cativo + TUSD (1+2) 1.057,7 1.004,8 + 5,3 4.092,6 3.952,6 + 3,5
4 Fornecimento Não faturado 18,1 22,6 - 19,9 2,3 (0,6) -
5 Mercado cativo + TUSD + fornecimento não faturado (3+4) 1.075,7 1.027,4 + 4,7 4.094,9 3.952,0 + 3,6
Resultados de 2017
41
Energisa S/A
A.2 Informações Financeiras Selecionadas da Energisa Consolidada
Demonstração de Resultados Valores em R$ milhões
Trimestre Acumulado
4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
Receita Bruta 5.550,6 4.914,2 + 13,0 20.347,6 18.234,4 + 11,6
Deduções (1.783,5) (1.649,7) + 8,1 (6.710,4) (6.423,7) + 4,5
Receita Líquida 3.767,1 3.264,5 + 15,4 13.637,2 11.810,7 + 15,5
Receitas de construção 343,2 390,4 - 12,1 1.392,1 1.427,0 - 2,4
Receita líquida, sem receitas de construção 3.423,9 2.874,1 + 19,1 12.245,1 10.383,7 + 17,9
Custos de construção (341,9) (390,4) - 12,4 (1.390,7) (1.427,0) - 2,5
Despesas Não Controláveis (2.066,4) (1.816,1) + 13,8 (7.955,4) (6.659,4) + 19,5
Energia Comprada (1.942,1) (1.668,1) + 16,4 (7.385,7) (5.977,1) + 23,6
Transporte de Potência Elétrica (124,3) (148,0) - 16,0 (569,7) (682,3) - 16,5
Despesas Controláveis (673,5) (493,5) + 36,5 (2.188,6) (1.851,9) + 18,2
PMSO (719,1) (534,8) + 34,5 (2.107,0) (1.931,2) + 9,1
Pessoal (341,0) (288,2) + 18,3 (1.007,5) (945,8) + 6,5
Fundo de Pensão (51,0) (7,4) + 589,2 (108,1) (50,7) + 113,2
Material (40,0) (31,9) + 25,4 (138,9) (134,8) + 3,0
Serviços (209,2) (164,5) + 27,2 (645,6) (619,7) + 4,2
Outros (77,9) (42,8) + 82,0 (206,9) (180,2) + 14,8
Provisões/Reversões 45,6 41,3 + 10,4 (81,6) 79,3 -
Provisão para Contingências 66,2 74,6 - 11,3 28,6 104,7 - 72,7
Provisão para Devedores Duvidosos (20,6) (33,3) - 38,1 (110,2) (25,4) + 333,9
Depreciação e Amortização (220,4) (186,3) + 18,3 (807,7) (703,6) + 14,8
Outras Receitas/Despesas (36,3) (42,2) - 14,0 (49,8) (52,3) - 4,8
EBITDA, sem venda de ativos 649,0 522,4 + 24,2 2.052,6 1.820,2 + 12,8
Resultado Financeiro (264,7) (260,8) + 1,5 (638,0) (772,5) - 17,4
Receita Financeira 356,8 170,3 + 109,5 783,7 733,8 + 6,8
Despesa Financeira (621,5) (431,1) + 44,2 (1.421,7) (1.506,3) - 5,6
Equivalência Patrimonial - - - - - -
Resultados antes dos tributos 163,9 75,3 + 117,7 606,9 344,1 + 76,4
Tributos 68,7 11,4 + 502,6 (34,3) (96,8) - 64,6
Resultado de Operações Descontinuadas - (51,5) - - (51,5) -
Resultado Líquido 232,6 35,2 + 560,8 572,6 195,8 + 192,4
Atribuído aos acionistas controladores 261,7 31,6 + 728,2 558,6 154,7 + 261,1
Atribuído aos acionistas não controladores (29,1) 3,6 - 14,0 41,1 - 65,9
EBITDA Ajustado, sem venda de ativos 806,6 575,2 + 40,2 2.372,8 2.051,6 + 15,7
Nota: EBITDA Ajustado = EBITDA + Receitas de acréscimos moratórios
Resultados de 2017
42
Energisa S/A
A.3 Informações Financeiras Selecionadas por distribuidora
Demonstração de Resultados no 4T17 Valores em R$ milhões EMG ENF ESE EBO EPB EMT EMS ETO ESS*
Receita Bruta 275,0 63,8 448,3 103,1 713,8 1.509,6 898,5 534,8 657,8
Deduções (101,4) (27,5) (140,3) (38,4) (247,1) (541,2) (277,8) (143,2) (228,0)
Receita Líquida 173,6 36,3 308,0 64,7 466,7 968,4 620,7 391,6 429,8
Receita Líquida Ex-Construção 153,7 35,1 292,0 61,2 434,7 872,5 578,7 318,8 385,9
Despesas Não Controláveis (94,8) (21,7) (165,7) (37,8) (239,4) (554,3) (343,3) (153,4) (254,4)
Energia Comprada (85,8) (16,5) (161,3) (33,6) (224,3) (525,6) (312,8) (150,0) (224,6)
Transporte de Potência Elétrica (9,0) (5,2) (4,4) (4,2) (15,1) (28,7) (30,5) (3,4) (29,8)
Despesas Controláveis (31,4) (6,5) (68,1) (11,9) (71,9) (191,3) (128,6) (78,7) (66,8)
PMSO (33,6) (6,5) (81,2) (12,1) (86,2) (179,4) (157,9) (78,8) (68,0)
Pessoal (15,5) (3,5) (23,6) (6,6) (47,1) (56,4) (70,7) (29,9) (27,4)
Fundo de Pensão (0,3) - (27,6) (0,1) 1,2 (2,8) (4,1) (1,7) (5,5)
Material (2,1) (0,4) (2,9) (0,8) (4,0) (10,6) (8,1) (4,7) (3,5)
Serviços (12,4) (2,0) (22,3) (3,4) (30,0) (78,1) (62,4) (35,0) (27,7)
Outros (3,3) (0,6) (4,8) (1,2) (6,3) (31,5) (12,6) (7,5) (3,9)
Provisões/Reversões 2,2 - 13,1 0,2 14,3 (11,9) 29,3 0,1 1,2
Provisão para Contingências 2,3 - 0,2 0,3 14,7 9,5 38,7 0,4 0,8
Provisão para Devedores Duvidosos (0,1) - 12,9 (0,1) (0,4) (21,4) (9,4) (0,3) 0,4
Depreciação e Amortização (8,9) (2,0) (18,4) 0,4 (19,9) (61,5) (28,3) (12,8) (10,5)
Outras Receitas/Despesas (2,6) (0,7) (0,2) (1,1) (9,7) (8,3) (8,2) (6,5) 0,7
EBITDA, sem venda de ativos 24,9 6,2 57,9 10,5 113,6 118,5 98,7 80,2 65,4
Resultado Financeiro (4,6) 2,6 64,9 1,0 11,9 (191,1) 5,7 16,1 (0,1)
Resultados antes dos tributos 11,4 6,8 104,4 11,9 105,6 (134,1) 76,0 83,5 54,8
Tributos (2,3) (0,1) (17,8) (3,2) 17,8 3,6 (43,7) (38,1) (17,8)
Resultado Líquido 9,1 6,7 86,6 8,7 123,4 (130,5) 32,4 45,4 37,0
EBITDA Ajustado, sem venda de ativos 27,4 6,9 152,2 11,6 123,3 136,0 109,5 96,3 70,3
9,1
6,7
86,6
8,7
123,4
(130,5)
32,4
45,4
37,0
27,4
6,9
152,2
11,6
123,4
136,0
109,5
96,3
70,3
Resultados de 2017
43
Energisa S/A
A.4 Receitas Líquidas por Classe de Consumo por Distribuidora As receitas líquidas por classe de consumo por distribuidora no 4T17 foram as seguintes:
Receita líquida por classe de consumo no 4T17 Valores em R$ milhões EMG ENF ESE EBO EPB
(+) Receita de energia elétrica (mercado cativo) 214,4 56,7 336,0 79,2 602,0
Residencial 101,8 30,1 160,6 37,1 299,9
Industrial 21,9 5,9 28,2 9,0 48,6
Comercial 44,9 14,0 84,3 21,4 128,1
Rural 25,4 1,0 11,0 2,6 32,8
Outras classes 20,4 5,7 51,9 9,1 92,6
(+) Suprimento de energia elétrica 3,0 - 17,2 5,1 (20,4)
(+) Fornecimento não faturado líquido 3,1 0,8 7,4 1,5 16,3
(+) Energia comercializada - - - - -
(+) Disponibilidade do sistema elétrico 13,4 2,3 15,1 2,9 18,0
(+) Receitas de construção 19,9 1,2 16,0 3,5 32,0
(+) Constituição e amortização - CVA 2,0 0,9 8,6 4,5 2,7
(+) Subvenções vinculadas aos serviços concedidos 18,2 1,3 21,0 4,2 42,5
(+) Ativo financeiro indenizável da concessão 0,1 - 25,8 2,1 20,9
(+) Outras receitas 0,9 0,6 1,2 0,1 (0,2)
(=) Receita bruta 275,0 63,8 448,3 103,1 713,8
(-) Impostos sobre vendas 79,8 20,5 109,9 28,8 208,9
(-) Deduções bandeiras tarifárias 2,1 2,7 6,4 3,0 2,8
(-) Encargos setoriais 19,5 4,3 24,0 6,6 35,4
(=) Receita líquida 173,6 36,3 308,0 64,7 466,7
(-) Receitas de construção 19,9 1,2 16,0 3,5 32,0
(=) Receita líquida, sem receitas de construção 153,7 35,1 292,0 61,2 434,7
Receita líquida por classe de consumo (continuação):
Receita líquida por classe de consumo no 4T17 Valores em R$ milhões EMT EMS ETO ESS
Energisa Consolidada
(+) Receita de energia elétrica (mercado cativo) 1.232,6 724,0 396,3 478,5 4.119,7
Residencial 529,0 326,8 201,4 222,7 1.909,3
Industrial 120,1 57,9 25,8 54,8 372,1
Comercial 297,7 180,0 85,6 115,1 971,0
Rural 151,9 73,5 29,6 30,6 358,2
Outras classes 133,9 85,8 53,9 55,3 509,1
(+) Suprimento de energia elétrica 3,5 (3,9) (5,5) 37,1 32,2
(+) Fornecimento não faturado líquido 1,1 20,1 1,6 9,6 61,4
(+) Energia comercializada - - - - 246,4
(+) Disponibilidade do sistema elétrico 121,1 32,2 8,1 38,5 245,8
(+) Receitas de construção 95,9 42,0 72,8 43,9 343,2
(+) Constituição e amortização - CVA (41,2) 24,4 25,0 20,4 47,2
(+) Subvenções vinculadas aos serviços concedidos 75,6 44,3 23,0 26,8 257,0
(+) Ativo financeiro indenizável da concessão 31,4 14,0 12,0 0,4 179,3
(+) Outras receitas (10,4) 1,4 1,5 2,6 18,4
(=) Receita bruta 1.509,6 898,5 534,8 657,8 5.550,6
(-) Impostos sobre vendas 458,8 219,5 129,0 162,0 1.455,8
(-) Deduções bandeiras tarifárias (16,2) (7,0) (6,5) 10,2 (2,5)
(-) Encargos setoriais 98,6 65,3 20,7 55,8 330,2
(=) Receita líquida 968,4 620,7 391,6 429,8 3.767,1
(-) Receitas de construção 95,9 42,0 72,8 43,9 343,2
(=) Receita líquida, sem receitas de construção 872,5 578,7 318,8 385,9 3.423,9
Resultados de 2017
44
Energisa S/A
A.5 Custos e Despesas Operacionais por Distribuidora As despesas operacionais por distribuidora no 4T17 foram as seguintes:
Composição das despesas operacionais Valores em R$ milhões EMG ENF ESE EBO EPB
1 Custos e Despesas não controláveis 94,8 21,7 165,7 37,8 239,4
1.1 Energia comprada 85,8 16,5 161,3 33,6 224,3
1.2 Transporte de potência elétrica 9,0 5,2 4,4 4,2 15,1
2 Custos e Despesas controláveis 31,4 6,5 68,1 11,9 71,9
2.1 PMSO 33,6 6,5 81,2 12,1 86,2
2.1.1 Pessoal 15,5 3,5 23,6 6,6 47,1
2.1.2 Fundo de pensão 0,3 - 27,6 0,1 (1,2)
2.1.3 Material 2,1 0,4 2,9 0,8 4,0
2.1.4 Serviços de terceiros 12,4 2,0 22,3 3,4 30,0
2.1.5 Outras 3,3 0,6 4,8 1,2 6,3
Multas e compensações 0,3 - 0,5 0,7 1,0
Contingências (liquidação de ações cíveis) 1,1 0,2 1,8 0,3 2,7
Outros 1,9 0,4 2,5 0,2 2,6
2.2 Provisões/Reversões (2,2) - (13,1) (0,2) (14,3)
2.2.1 Contingências (2,3) - (0,2) (0,3) (14,7)
2.2.2 Devedores duvidosos 0,1 - (12,9) 0,1 0,4
3 Demais receitas/despesas 11,5 2,7 18,6 0,7 29,6
3.1 Depreciação e amortização 8,9 2,0 18,4 (0,4) 19,9
3.2 Outras receitas/despesas 2,6 0,7 0,2 1,1 9,7
Total Custos e Despesas Operacionais (1+2+3, s/ construção) 137,7 30,9 252,4 50,4 340,9
Custo de construção 19,9 1,2 16,0 3,5 32,0
Total Custos e Despesas Operacionais (1+2+3, c/ construção) 157,6 32,1 268,4 53,9 372,9
Composição das despesas operacionais por distribuidora (continuação):
Composição das despesas operacionais Valores em R$ milhões EMT EMS ETO ESS
Energisa Consolidada
1 Custos e Despesas não controláveis 554,3 343,3 153,4 254,4 2.066,4
1.1 Energia comprada 525,6 312,8 150,0 224,6 1.942,1
1.2 Transporte de potência elétrica 28,7 30,5 3,4 29,8 124,3
2 Custos e Despesas controláveis 191,3 128,6 78,7 66,8 673,5
2.1 PMSO 179,4 157,9 78,8 68,0 719,1
2.1.1 Pessoal 56,4 70,7 29,9 27,4 341,0
2.1.2 Fundo de pensão 2,8 4,1 1,7 5,5 51,0
2.1.3 Material 10,6 8,1 4,7 3,5 40,0
2.1.4 Serviços de terceiros 78,1 62,4 35,0 27,7 209,2
2.1.5 Outras 31,5 12,6 7,5 3,9 77,9
Multas e compensações 18,3 2,1 4,0 1,4 28,4
Contingências (liquidação de ações cíveis) 5,4 8,4 1,7 0,3 22,0
Outros 7,8 2,1 1,8 2,2 27,5
2.2 Provisões/Reversões 11,9 (29,3) (0,1) (1,2) (45,6)
2.2.1 Contingências (9,5) (38,7) (0,4) (0,8) (66,2)
2.2.2 Devedores duvidosos 21,4 9,4 0,3 (0,4) 20,6
3 Demais receitas/despesas 69,8 36,5 19,3 9,8 256,7
3.1 Depreciação e amortização 61,5 28,3 12,8 10,5 220,4
3.2 Outras receitas/despesas 8,3 8,2 6,5 (0,7) 36,3
Total Custos e Despesas Operacionais (1+2+3, s/ construção) 815,4 508,4 251,4 331,0 2.996,6
Custo de construção 95,9 42,0 72,8 43,9 341,9
Total Custos e Despesas Operacionais (1+2+3, c/ construção) 911,3 550,4 324,2 374,9 3.338,5
Resultados de 2017
45
Energisa S/A
A.6 Conciliação lucro líquido e EBITDA e Reapresentações
Composição da Geração de Caixa (EBITDA) Valores em R$ milhões
Trimestre Acumulado
4T17 4T16 Var. % 2017 2016 Var. %
(=) Lucro líquido consolidado 232,6 35,2 + 560,8 572,6 195,8 + 192,4
(-) Contribuição social e imposto de renda 68,7 11,4 + 502,6 (34,3) (96,8) - 64,6
(-) Resultado financeiro (264,7) (260,8) + 1,5 (638,0) (772,5) - 17,4
(-) Depreciação e amortização (220,4) (186,3) + 18,3 (807,7) (703,6) + 14,8
(=) EBITDA, com venda de ativos 649,0 470,9 + 37,8 2.052,6 1.768,7 + 16,1
(-) Venda de ativos, líquida de IR/op. descontinuadas - (51,5) - - (51,5) -
(=) EBITDA, sem venda de ativos 649,0 522,4 + 24,2 2.052,6 1.820,2 + 12,8
(+) Receitas de acréscimos moratórios 157,6 52,8 + 198,5 320,2 231,4 + 38,4
(=) EBITDA Ajustado, sem venda de ativos 806,6 575,2 + 40,2 2.372,8 2.051,6 + 15,7
(+) Venda de ativos, líquida de IR/op. descontinuadas - (51,5) - - (51,5) -
(=) EBITDA Ajustado, com venda de ativos 806,6 523,7 + 54,0 2.372,8 2.000,1 + 18,6
Margem EBITDA Ajustado, com venda dos ativos (%) 21,4 17,6 + 3,8 p.p 17,4 17,4 -
Margem EBITDA Ajustado, sem venda dos ativos (%) 21,4 16,0 + 5,4 p.p 17,4 16,9 + 0,5 p.p
Resultados de 2017
46
Energisa S/A
A.7 Endividamento líquido por distribuidora
Dívidas líquidas em 31 de dezembro de 2017 (R$ milhões) EMG ENF ESE EBO EPB
Curto Prazo 106,3 38,5 403,9 31,9 172,1
Empréstimos, financiamentos e arrendamentos 97,5 31,0 392,8 29,1 185,3
Debêntures 0,8 - 13,6 - 2,1
Encargos de dívidas 1,7 0,6 9,9 1,6 7,1
Parcelamento de impostos e déficit atuarial 1,3 0,2 24,7 - 9,7
Parcelamento de encargos setoriais - - - - -
Parcelamento energia comprada Itaipu - - - - -
Instrumentos financeiros derivativos líquidos 5,0 6,7 (37,1) 1,2 (32,1)
Longo Prazo 312,2 73,4 568,8 93,3 709,2
Empréstimos, financiamentos e arrendamentos 244,1 75,3 200,6 94,4 438,2
Debêntures 65,4 - 126,8 - 187,4
Parcelamento de impostos e déficit atuarial 5,7 0,7 244,7 - 98,0
Parcelamento de encargos setoriais - - - - -
Parcelamento energia comprada Itaipu - - - - -
Instrumentos financeiros derivativos líquidos (3,0) (2,6) (3,3) (1,1) (14,4)
Total das dívidas 418,5 111,9 972,7 125,2 881,3
(-) Disponibilidades financeiras 170,1 68,7 158,1 81,8 277,1
Total das dívidas líquidas 248,4 43,2 814,6 43,4 604,2
(-) Créditos CDE 20,5 1,0 14,8 6,3 30,1
(-) Créditos CCC - - - - -
(-) Créditos CVA 7,8 0,1 31,6 3,7 64,8
Total das dívidas líquidas deduzidas de créditos setoriais 220,1 42,1 768,2 33,4 509,3
Indicador Relativo
Dívidas líquidas / EBITDA Ajustado 12 meses (1) 2,1 2,3 2,4 0,7 1,4
Dívidas líquidas em 31 de dezembro de 2017 (R$ milhões) EMT EMS ETO ESS
Curto Prazo 631,0 48,2 339,6 94,8
Empréstimos, financiamentos e arrendamentos 336,0 33,6 316,3 68,5
Debêntures 72,7 7,4 2,7 2,6
Encargos de dívidas 9,0 3,6 3,1 2,2
Parcelamento de impostos e déficit atuarial 5,9 - 1,5 12,5
Parcelamento de encargos setoriais 81,0 - 13,1 -
Parcelamento energia comprada Itaipu 117,0 - - -
Instrumentos financeiros derivativos líquidos 9,4 3,6 2,9 9,0
Longo Prazo 2.035,2 1.140,4 528,0 372,6
Empréstimos, financiamentos e arrendamentos 1.448,1 702,5 332,8 109,5
Debêntures 461,6 446,3 204,6 197,8
Parcelamento de impostos e déficit atuarial 39,8 0,1 8,1 74,1
Parcelamento de encargos setoriais 33,5 - 4,8 -
Parcelamento energia comprada Itaipu 78,0 - - -
Instrumentos financeiros derivativos líquidos (25,8) (8,5) (22,3) (8,8)
Total das dívidas 2.666,2 1.188,6 867,6 467,4
(-) Disponibilidades financeiras 422,2 311,2 230,3 206,3
Total das dívidas líquidas 2.244,0 877,4 637,3 261,1
(-) Créditos CDE 87,2 33,8 18,6 25,4
(-) Créditos CCC 30,4 - - -
(-) Créditos CVA (29,2) - 23,0 (16,8)
Total das dívidas líquidas deduzidas de créditos setoriais 2.155,6 843,6 595,7 252,5
Indicador Relativo
Dívidas líquidas / EBITDA Ajustado 12 meses (1) 3,7 2,5 2,3 1,1
Resultados de 2017
47
Energisa S/A
Anexo II - Demonstrações Financeiras
1. Balanço Patrimonial Ativo
ENERGISA S/A BALANÇO PATRIMONIAL
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 (Em milhares de reais)
Nota
Controladora Consolidado
2017 2016 2017 2016
Ativo
Circulante
Caixa e equivalente de caixa 6 134.406 41.878 921.481 797.200
Aplicações financeiras no mercado aberto e recursos vinculados 6 660.798 797.525 1.758.953 1.765.232
Clientes, consumidores e concessionárias 7 34.280 5.989 2.246.232 1.990.788
Títulos de créditos a receber 8 1.167 - 19.940 9.661
Estoques 94 59 57.039 40.732
Tributos a recuperar 10 29.502 32.477 575.826 485.838
Dividendos a receber 9 21.122 32.293 - -
Instrumentos financeiros derivativos 37 3.457 - 87.782 116.961
Ativos financeiros setoriais 12 - - 729.368 538.771
Outros créditos 13 30.468 71.800 702.103 601.885
Total do circulante 915.294 982.021 7.098.724 6.347.068
Não circulante
Realizável a longo prazo
Aplicações financeiras no mercado aberto e recursos vinculados 6 1.250.113 - 137.837 138.524
Clientes, consumidores e concessionárias 7 - - 472.789 233.526
Títulos de créditos a receber 8 1.881 - 23.906 18.304
Ativos financeiros setoriais 12 - - 384.656 152.130
Créditos com partes relacionadas 14 417.515 710.946 - -
Tributos a recuperar 10 42.870 21.599 223.424 233.421
Créditos tributários 15 195.205 2.375 1.400.036 1.273.990
Depósitos e cauções vinculados 26 357 96 249.138 208.223
Instrumentos financeiros derivativos 37 57 1.348 90.635 140.998
Contas a receber da concessão 16 - - 4.420.666 3.484.798
Outros créditos 13 62.023 - 175.551 159.432
1.970.021 736.364 7.578.638 6.043.346
Investimentos 17 4.204.270 4.026.069 49.177 23.648
Imobilizado 18 48.785 18.332 178.136 142.413
Intangível 19 11.549 9.599 7.143.681 7.466.345
Total do não circulante 6.234.625 4.790.364 14.949.632 13.675.752
Total do ativo 7.149.919 5.772.385 22.048.356 20.022.820
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Resultados de 2017
48
Energisa S/A
2. Balanço Patrimonial Passivo
ENERGISA S/A BALANÇO PATRIMONIAL
EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 (Em milhares de reais)
Nota
Controladora Consolidado
2017 2016 2017 2016
Passivo
Circulante
Fornecedores 20 7.069 2.370 1.418.407 1.170.254
Encargos de dívidas 21 563 568 64.008 57.831
Empréstimos e financiamentos 21 82.914 81.162 1.609.488 1.260.071
Debêntures 22 241.939 110.780 326.147 274.588
Impostos e contribuições sociais 23 5.824 3.791 496.763 426.431
Parcelamento de impostos 24 - - 10.157 13.839
Dividendos a pagar 91.962 14.533 100.832 27.106
Obrigações estimadas 5.755 2.338 84.202 81.753
Taxa de iluminação pública - - 63.327 54.677
Benefícios pós-emprego 38 1.217 597 46.583 48.549
Encargos setoriais 25 - - 289.867 314.144
Passivos financeiros setoriais 12 - - 714.923 631.701
Taxas regulamentares 27 - - 58.635 58.635
Instrumentos financeiros derivativos 37 10.749 27.637 63.568 139.935
Bandeiras tarifárias CCRBT
- - 12.740
Incorporação de redes 28
- 111.053 234.398
Outras passivos 29 65.475 54.820 287.481 204.650
Total do circulante 513.467 298.596 5.745.441 5.011.302
Não circulante
Fornecedores 20 - - 95.767 207.096
Empréstimos e financiamentos 21 - 81.163 3.924.448 4.076.208
Debêntures 22 2.525.598 1.422.687 3.030.470 1.993.025
Instrumentos financeiros derivativos 37 151.945 10.624 709.016 368.826
Impostos e contribuições sociais 23 - - 215.466 255.503
Imposto de renda e contribuição social diferido 15 647 1.299 1.876.706 1.897.932
Parcelamento de impostos 24 - - 61.706 70.907
Débitos com partes relacionadas 14 106.042 269.608 - -
Provisão para riscos trabalhistas, cíveis e fiscais 26 1.493 1.332 486.111 504.345
Benefícios pós-emprego 38 3.115 1.655 414.483 263.250
Passivos financeiros setoriais 12 - - 314.140 171.638
Taxas regulamentares 27
- 38.282 95.705
Encargos setoriais 25 - - 181.948 175.799
Incorporação de redes 28
- 98.917 78.615
Outras passivos 29 4.159 3.554 70.933 79.628
Total do não circulante 2.792.999 1.791.922 11.518.393 10.238.477
Patrimônio líquido
Capital social 30.1 2.795.963 2.795.963 2.795.963 2.795.963
Custo com emissão de ações 30.1 (65.723) (65.723) (65.723) (65.723)
Reserva de capital (78.835) 6.121 (78.835) 6.121
Reserva de lucros 30.3 a 30.5 1.286.719 997.959 1.286.719 997.959
Dividendos adicionais propostos 30.6 84.114 87.163 84.114 87.163
Outros resultados abrangentes 30.8 (178.785) (139.616) (178.785) (139.616)
3.843.453 3.681.867 3.843.453 3.681.867
Participação de acionistas não controladores 30.9 - - 941.069 1.091.174
Total do patrimônio líquido 3.843.453 3.681.867 4.784.522 4.773.041
Total do passivo e patrimônio líquido 7.149.919 5.772.385 22.048.356 20.022.820
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
Resultados de 2017
49
Energisa S/A
3. Demonstrações de Resultados
ENERGISA S/A
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 (Em milhares de reais, exceto o lucro líquido por ação)
Nota
Controladora Consolidado
2017 2016 2017 2016
Operações continuadas
Receita operacional líquida 31 126.800 67.080 13.637.154 11.810.695
Custo do serviço de energia elétrica 32 - - (7.955.394) (6.659.335)
Custo de operação e dos serviços prestados a terceiros 32 (52.657) (20.582) (3.793.834) (3.324.753)
Lucro bruto 74.143 46.498 1.887.926 1.826.607
Despesas gerais e administrativas 32 (56.318) (30.421) (593.193) (657.681)
Outras receitas 33 - 15 96.759 98.730
Outras despesas 33 (72) (108) (146.599) (151.077)
Equivalência patrimonial 17 520.334 345.023 - -
Resultado antes das receitas (despesas) financeiras líquidas 538.087 361.007 1.244.893 1.116.579
Receitas financeiras 34 206.488 204.973 783.713 733.843
Despesas financeira 34 (397.740) (372.054) (1.421.716) (1.506.342)
Despesas financeiras líquidas (191.252) (167.081) (638.003) (772.499)
Lucro (prejuízo) antes dos impostos 346.835 193.926 606.890 344.080
Imposto de renda e contribuição social corrente 15 18.800 (122) (150.891) (275.334)
Imposto de renda e contribuição social diferido 15 192.977 12.393 116.583 178.520
Resultado de operações continuadas 558.612 206.197 572.582 247.266
Resultado de operações descontinuadas - (51.480) - (51.480)
Lucro líquido do exercício 30.6 558.612 154.717 572.582 195.786
Lucro atribuível a:
Acionistas da controladora 558.612 154.717 558.612 154.717
Acionistas não controladores - - 13.970 41.069
Lucro líquido básico e diluído por ação ordinária e preferencial - R$ 42 0,3229 0,1016 0,3229 0,1016
Lucro (prejuízo) básico e diluído por ação ordinária e preferencial das operações continuadas- R$ 42 - 0,1355 - 0,1355
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
4. Demonstração do Resultado Abrangente
ENERGISA S/A
DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO ABRANGENTE PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017
(Em milhares de reais)
Controladora Consolidado
Nota 2017 2016 2017 2016
Lucro líquido do exercício 558.612 154.717 572.582 195.786
Itens que não serão reclassificados para a demonstração do resultado
Outros resultados abrangentes 30.8 (39.169) (57.571) (43.050) (61.713)
Itens que poderão ser reclassificados para a demonstração do resultado
Outros resultados abrangentes 30.8 - (2.006) - (659)
Total do resultado abrangente do exercício, líquido de impostos 519.443 95.140 529.532 133.414
Atribuível a:
Acionistas controladores 519.443 95.140 515.562 92.345
Acionistas não controladores - - 13.970 41.069
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras
Resultados de 2017
50
Energisa S/A
5. Demonstração dos Fluxos de Caixa
ENERGISA S/A DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 (Em milhares de reais)
Nota
Controladora Consolidado
2017 2016 2017 2016
Atividades operacionais
Lucro líquido do exercício das operações continuadas 558.612 154.717 572.582 195.786
Lucro líquido do exercício das operações descontinuadas 42 - 51.480 - 51.480
Imposto de renda e contribuição social corrente e diferido 15 (211.777) (12.271) 34.308 96.814
Despesas com juros, variações monetárias e cambiais - líquidas 67.879 235.637 613.852 396.815
Ajuste a valor justo do ativo financeiro indenizável da concessão 16 - - (211.384) (125.095)
Depreciação e amortização 32 5.228 3.624 807.675 703.644
Provisão para créditos de liquidação duvidosa 32 - - 110.248 25.353
Provisão para riscos trabalhistas, cíveis e fiscais 32 129 - (28.609) (104.740)
Perda (ganho) na alienação de bens do imobilizado e do intangível 33 72 19 65.019 46.845
(Ganho) na alienação da aeronave - - (18.560) -
Equivalência patrimonial 17 (520.334) (345.023) - -
Marcação a mercado da dívida 34 844 (1.127) (14.117) 39.816
Marcação a mercado de derivativos 34 135.460 (55.635) 106.943 (209.168)
Instrumentos financeiros derivativos 34 15.477 89.606 116.265 664.990
Variações nas contas do ativo circulante e não circulante
(Aumento) de consumidores e concessionárias (28.291) (181) (577.000) (103.624)
(Aumento) diminuição de títulos de créditos a receber (3.048) - (13.853) (12.537)
Diminuição (aumento) de estoques (35) 5 (19.098) (7.298)
(Aumento) de tributos a recuperar (18.296) (15.825) (85.611) (91.577)
(Aumento) de cauções e depósitos vinculados (269) (48) (41.221) (13.513)
Diminuição de ativos financeiros setoriais 12 - - (456.798) 603.034
Diminuição (aumento) de outros créditos (20.763) 2.135 (240.570) 9.541
Variações nas contas do passivo circulante e não circulante
Aumento (diminuição) de fornecedores 4.699 667 239.390 (118.874)
Aumento (diminuição) de impostos e contribuições sociais 20.328 5.745 85.889 6.722
Imposto de renda e contribuição pagos - - (204.649) (182.827)
Aumento (diminuição) de obrigações estimadas 3.417 346 2.449 2.726
(Diminuição) de passivos financeiros setoriais 12 - - 245.265 (71.739)
(Diminuição) aumento de outras contas a pagar 9.963 (1.869) 160.866 (37.523)
Caixa líquido gerado (consumido) pelas atividades operacionais 19.295 112.002 1.249.281 1.765.051
Atividades de investimentos
Aumento de capital e compra de ações de subsidiárias e outros investimentos (35.057) (785.645) - -
Aplicações financeiras e recursos vinculados (1.011.004) (839.234) 244.608 (859.105)
Aplicações no investimento - - (25.529) -
Aplicações no imobilizado e intangível 18,19 e 41 (37.703) (14.419) (1.303.492) (1.321.267)
Aplicações em linhas de transmissão de energia - - (16.081) -
Partes relacionadas 186.505 108.130 - -
Alienação de bens do imobilizado e intangível 16,18,19 e 41 72 33 119.673 52.139
Recebimento de dividendos 253.666 285.922 - -
Caixa líquido consumido nas atividades de investimentos (643.521) (1.245.213) (980.821) (2.128.233)
Atividades de financiamento
Novos empréstimos, financiamentos e debêntures 21 e 22 1.224.946 270.000 3.287.736 1.773.025
Pagamentos de empréstimos e debentures - principal 21 e 22 (131.212) (548.818) (2.092.017) (1.852.425)
Pagamentos de empréstimos e debentures - juros 21 e 22 (152.838) (166.454) (593.615) (691.150)
Liquidação de instrumentos financeiros derivativos (28.670) 42.230 (88.405) (291.951)
Pagamentos de dividendos (195.472) (114.846) (203.387) (123.689)
Aumento de capital com subscrição de ações - 1.535.963 - 1.545.466
Custos de transações incorridos nas operações com emissão de ações - (65.723) - (65.723)
Pagamento de incorporação de redes 28 - - (211.330) (86.963)
Pagamento de parcelamento de fornecedores 20 - - (159.928) (77.836)
Pagamento de parcelamento de encargos setoriais 27 - - (70.350) (41.598)
Pagamento de parcelamento de impostos - - (12.883) (10.401)
Caixa líquido gerado (consumido) nas atividades de financiamento 716.754 952.352 (144.179) 76.755
Variação líquida do caixa 92.528 (180.859) 124.281 (286.427)
Caixa mais equivalentes de caixa iniciais 6 41.878 222.737 797.200 1.083.627
Caixa mais equivalentes de caixa finais 6 134.406 41.878 921.481 797.200
Variação líquida do caixa 92.528 (180.859) 124.281 (286.427)
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Resultados de 2017
51
Energisa S/A
6. Demonstração do Valor Adicionado – DVA
ENERGISA S/A DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO - DVA
PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 (Em milhares de reais)
Nota
Controladora Consolidado
2017 2016 2017 2016
Geração do valor adicionado:
Receitas
Receitas de vendas de energia e serviços 31 143.193 75.636 18.955.554 16.807.424
Outras receitas 33 - 15 96.759 98.730
Receitas relativas à construção de ativos próprios 31 e 34 - - 1.379.866 1.465.220
Provisão para créditos de liquidação duvidosa e recuperação incobráveis 32 - (87) (110.248) 10.171
(-) Insumos adquiridos de terceiros
Custo da energia elétrica vendida - - 8.670.930 7.206.649
Materiais e serviços de terceiros 31.423 16.069 794.824 774.736
Outros custos operacionais 2.060 2.039 1.591.276 1.280.867
33.483 18.108 11.057.030 9.262.252
Valor adicionado bruto 109.710 57.456 9.264.901 9.119.293
Depreciação, amortização e realização de ágio 32 5.228 3.624 807.675 703.644
Valor adicionado líquido 104.482 53.832 8.457.226 8.415.649
Valor adicionado recebido em transferência
Equivalência patrimonial 17 520.334 345.023 - -
Receitas financeiras 34 217.860 215.220 833.449 773.672
Valor adicionado total a distribuir 842.676 614.075 9.290.675 9.189.321
Distribuição do valor adicionado:
Pessoal
Remuneração direta 47.849 19.476 680.099 587.437
Benefícios 10.287 4.281 244.587 215.457
FGTS 3.133 1.253 61.981 64.380
Impostos, taxas e contribuições
Federais (178.827) 9.123 1.337.146 1.621.530
Estaduais - - 3.564.253 3.326.926
Municipais 3.152 1.526 18.162 14.640
Obrigações intrassetoriais - - 1.382.973 1.545.058
Remuneração de capitais de terceiros
Juros 34 397.740 372.054 1.409.528 1.544.539
Aluguéis 730 165 19.364 22.088
Remuneração de capitais próprios
Dividendos 30.6 185.738 51.569 185.738 51.569
Dividendos adicionais propostos 30.6 84.114 87.163 84.114 87.163
Reserva legal 30.6 27.931 7.736 27.931 7.736
Lucros retidos 260.829 8.249 260.829 8.249
Operações descontinuadas - 51.480 - 51.480
Participação dos acionistas não controladores nos lucros
- 13.970 41.069
842.676 614.075 9.290.675 9.189.321
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Resultados de 2017
52 Energisa S/A
7. Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido ENERGISA S/A
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO PARA O EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2017 (Em milhares de reais)
Notas Capital social
Ações em tesouraria
Outras reservas
de capital
Reservas de lucros
Dividendos adicionais
propostos
Lucros (prejuízos)
acumulados
Outros resultados
abrangentes
Total atribuído aos acionistas
controladores
Participação dos acionistas
não
controladores Total
consolidado
Custo com
emissão
de ações Reserva
legal Retenção de lucros
Retenção de lucro
acumulado originado de mudança de
prática
contábil
Saldos em 31 de dezembro de 2015 (reapresentado) 1.260.000
(42.675) (545) 113.753 805.324 105.214 75.201 - (104.619) 2.211.653 1.106.517 3.318.170
Saldos iniciais ajustados - - - (24.580) - - - - - 24.580 - - -
Saldos em 01 de janeiro de 2016 1.260.000 - (42.675) (25.125) 113.753 805.324 105.214 75.201 - (80.039) 2.211.653 1.106.517 3.318.170
Aumento de capital conforme AGO e AGE de 23/11/2016 1.535.963 - - - - - - - - - 1.535.963 - 1.535.963
Novas aquisições de ações de controladas - - - 41.320 - - - - - - 41.320 (41.320) -
Dividendos prescritos - reflexo - - - - - - - - - - - - -
Pagamento dividendos - - - - - - - (75.201) - - (75.201) - (75.201)
Transações de capital - instrumento financeiro MTM - reflexo - - - (10.074) - - - - - - (10.074) - (10.074)
Custos de transações incorridos nas operações com emissão de ações - (65.723) - - - - - - - - (65.723) - (65.723)
Cancelamento ações em tesouraria 30.5 - - 42.675 - - - (42.675) - - - - - -
Subscrição de aumento de capital de controladas por acionistas não controladores 30.9 - - - - - - - - - - - 2.418 2.418
Dividendos prescritos - - - - - - - - 358
358 - 358
Lucro líquido do exercício - - - - - - - - 154.717 - 154.717 41.069 195.786
Proposta de destinação do lucro líquido:
-
-
-
. Reserva legal 30.3 - - - - 7.736 - - - (7.736) - - - -
. Dividendos 30.6 - - - - - - -
(51.569) - (51.569) (14.715) (66.284)
. Dividendos adicionais propostos 30.6 - - - - - - - 87.163 (87.163) - - - -
. Retenção de lucros 30.4 - - - - - 8.607 -
(8.607) - - - -
Outros resultados abrangentes, líquidos de tributos 30.8 - - - - - - - - - (59.577) (59.577) (2.795) (62.372)
Saldos em 31 de dezembro de 2016 (reapresentado) 2.795.963 (65.723) - 6.121 121.489 813.931 62.539 87.163 - (139.616) 3.681.867 1.091.174 4.773.041
Pagamento de dividendos adicionais - - - - - - - (87.163) - - (87.163)
(87.163)
Novas aquisições de ações de controladas 30.2 - - - 4.497 - - - - - - 4.497 (1.765) 2.732
Transações de capital - instrumento financeiro MTM - reflexo 30.2 - - - (89.453) - - - - - - (89.453) (119.109) (208.562)
Dividendos prescritos - - - - - - - - -
- - -
Lucro líquido do exercício 30.6 - - - - - - - - 558.612 - 558.612 13.970 572.582
Proposta de destinação do lucro líquido:
. Reserva Legal 30.3 - - - - 27.931 - - - (27.931) - - - -
. Dividendos 30.6 - - - - - - -
(185.738) - (185.738) (39.320) (225.058)
. Dividendos adicionais propostos 30.6 - - - - - - - 84.114 (84.114) - - - -
. Retenção de lucros 30.4 - - - - - 260.829 -
(260.829) - - - -
Outros resultados abrangentes, líquidos de tributos 30.8 - - - - - - - - - (39.169) (39.169) (3.881) (43.050)
Saldos em 31 dezembro de 2017 2.795.963 (65.723) - (78.835) 149.420 1.074.760 62.539 84.114 - (178.785) 3.843.453 941.069 4.784.522
As notas explicativas são parte integrante das demonstrações financeiras.
Resultados de 2017
53
Energisa S/A
8. Balanço Social
1 - Base de Cálculo
Receita líquida (RL)
Resultado operacional (RO)
Folha de pagamento bruta (FPB)
2 - Indicadores Sociais Internos Valor % sobre FPB % sobre RL Valor % sobre FPB % sobre RL
Alimentação 126.485 13,97% 0,93% 119.632 11,68% 1,01%
Encargos sociais compulsórios 204.194 22,55% 1,50% 216.294 21,12% 1,83%
Previdência privada 107.508 11,87% 0,79% 55.881 5,46% 0,47%
Saúde 66.176 7,31% 0,49% 60.272 5,89% 0,51%
Segurança e saúde no trabalho 22.091 2,44% 0,16% 64.407 6,29% 0,55%
Educação 1.149 0,13% 0,01% 1.015 0,10% 0,01%
Cultura 0 0,00% 0,00% 15 0,00% 0,00%
Capacitação e desenvolvimento profissional 6.187 0,68% 0,05% 2.810 0,27% 0,02%
Creches ou auxílio-creche 5.052 0,56% 0,04% 2.626 0,26% 0,02%
Participação nos lucros ou resultados 59.701 6,59% 0,44% 44.624 4,36% 0,38%
Outros 16.245 1,79% 0,12% 15.106 1,48% 0,13%
Total - Indicadores sociais internos 614.788 67,90% 4,51% 582.682 56,90% 4,93%
3 - Indicadores Sociais Externos Valor % sobre RO % sobre RL Valor % sobre RO % sobre RL
Educação 4.621 0,76% 0,03% 1.425 0,41% 0,01%
Cultura 9.400 1,55% 0,07% 3.612 1,05% 0,03%
Saúde e saneamento 31 0,01% 0,00% 266 0,08% 0,00%
Esporte 522 0,09% 0,00% 368 0,11% 0,00%
Combate à fome e segurança alimentar 0 0,00% 0,00% 0 0,00% 0,00%
Outros 2.420 0,40% 0,02% 3.305 0,96% 0,03%
Total das contribuições para a sociedade 16.994 2,80% 0,12% 8.976 2,61% 0,08%
Tributos (excluídos encargos sociais) 4.919.561 810,62% 36,07% 4.887.132 1420,35% 41,38%
Total - Indicadores sociais externos 4.936.555 813,42% 36,20% 4.896.108 1422,96% 41,45%
4 - Indicadores Ambientais Valor % sobre RO % sobre RL Valor % sobre RO % sobre RL
Investimentos relacionados com a produção/ operação da empresa 89.110 14,68% 0,65% 43.757 12,72% 0,37%
Investimentos em programas e/ou projetos externos 55 0,01% 0,00% 0 0,00% 0,00%
Total dos investimentos em meio ambiente 89.165 14,69% 0,65% 43.757 12,72% 0,37%
Quanto ao estabelecimento de “metas anuais” para minimizar resíduos, o
consumo em geral na produção/ operação e aumentar a eficácia na
utilização de recursos naturais, a empresa
5 - Indicadores do Corpo Funcional 2017 2016
Nº de empregados(as) ao f inal do período
Nº de admissões durante o período
Nº de empregados(as) terceirizados(as)
Nº de estagiários(as)
Nº de empregados(as) acima de 45 anos
Nº de mulheres que trabalham na empresa
% de cargos de chefia ocupados por mulheres
Nº de negros(as) que trabalham na empresa
% de cargos de chefia ocupados por negros(as)
Nº de portadores(as) de deficiência ou necessidades especiais
6 - Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania
empresarial
Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa
Número total de acidentes de trabalho
Os projetos sociais e ambientais desenvolvidos pela empresa foram
definidos por:
( x ) direção ( ) direção e
gerências
( ) todos(as)
empregados(as)
( x ) direção ( ) direção e
gerências
( ) todos(as)
empregados(as)
Os pradrões de segurança e salubridade no ambiente de trabalho foram
definidos por:
( x ) direção e
gerências
( ) todos(as)
empregados(as)
( ) todos(as) +
Cipa
( x ) direção e
gerências
( ) todos(as)
empregados(as)
( ) todos(as) +
Cipa
Quanto à liberdade sindical, ao direito de negociação coletiva e à
representação interna dos(as) trabalhadores(as), a empresa:
( ) não se
envolve
( x ) segue as
normas da OIT
( ) incentiva e
segue a OIT
( ) não se
envolve
( x ) segue as
normas da OIT
( ) incentiva e
segue a OIT
A previdência privada contempla:
( ) direção ( ) direção e
gerências
( x ) todos(as)
empregados(as)
( ) direção ( ) direção e
gerências
( x ) todos(as)
empregados(as)
A participação dos lucros ou resultados contempla:
( ) direção ( ) direção e
gerências
( x ) todos(as)
empregados(as)
( ) direção ( ) direção e
gerências
( x ) todos(as)
empregados(as)
Na seleção dos fornecedores, os mesmos padrões éticos e de
responsabilidade social e ambiental adotados pela empresa:
( ) não são
considerados
( ) são sugeridos ( x ) são exigidos ( ) não são
considerados
( ) são sugeridos ( x ) são
exigidos
Quanto à participação de empregados(as) em programas de trabalho
voluntário, a empresa:
( ) não se
envolve
( ) apóia ( x ) organiza e
incentiva
( ) não se
envolve
( ) apóia ( x ) organiza e
incentiva
Número total de reclamações e críticas de consumidores(as): naempresa
2.489.393
no Procon
11.341
na Justiça
23.511
naempresa
2.064.664
no Procon
6.588
na Justiça
18.290
% de reclamações e críticas atendidas ou solucionadas: na empresa
86%
no Procon
96%
na Justiça
66%
na empresa
99%
no Procon
88%
na Justiça
71%
Valor adicionado total a distribuir (em mil R$): Em 2017: Em 2016:
Distribuição do Valor Adicionado (DVA):
7 - Outras Informações 2017 2016
7) Investimentos sociais
7.1 - Programa Luz para Todos
7.1.1 - Investimento da União
7.1.2 - Investimento do Estado
7.1.3 - Investimento do Município
7.1.4 - Investimento da Concessionária
Total - Programa Luz para Todos (7.1.1 a 7.1.4)
7.2 - Programa de eficiência Energética
7.3 - Programa de Pesquisa e Desenvolvimento
Total dos investimentos sociais (7.1 a 7.3)
ENERGISA S/A
BALANÇO SOCIAL CONSOLIDADO ANUAL - 2017
(Em milhares de reais)
2017 2016
13.637.154 11.810.695
606.890 344.080
905.435 1.024.017
( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75%
( ) cumpre de 0 a 50% ( x ) cumpre de 76 a 100%
( ) não possui metas ( ) cumpre de 51 a 75%
( ) cumpre de 0 a 50% ( x ) cumpre de 76 a 100%
12.573 11.932
2.275 1.974
4.351 3.202
387 427
1.524 1.745
2.383 2.274
44,32% 21,25%
5.911 6.088
71,46% 21,58%
387 398
2017 Metas 2018
23,9 21,8
140 236
9.290.675 9.189.32168% governo 11% colaboradores(as) 3% acionistas
15% terceiros 3% retido
71% governo 9% colaboradores(as) 2% acionistas
17% terceiros 1% retido
- 38.987
- -
- -
6.468 273.902
6.468 312.889
69.981 86.685
34.937 39.943
111.386 439.517
Resultados de 2017
54
Energisa S/A
Conselho de Administração
Ivan Müller Botelho Presidente
Ricardo Perez Botelho Vice-Presidente
José Luiz Alquéres Conselheiro
Luiz Henrique Fraga Conselheiro
Marcílio Marques Moreira Conselheiro
Omar Carneiro da Cunha Sobrinho Conselheiro
Antônio José de Almeida Carneiro Conselheiro
Marcelo Silveira da Rocha Suplente
André da La Saigne de Botton Suplente
Maurício Perez Botelho Suplente
Pedro Boardman Carneiro Suplente
Leonardo Prado Damião Suplente
Guilherme Fernandes Cezar Coelho Suplente
Diretoria Executiva
Ricardo Perez Botelho Diretor Presidente
Mauricio Perez Botelho Diretor Financeiro e Diretor de Relações com Investidores
Alexandre Nogueira Ferreira Diretor de Assuntos Regulatórios e Estratégia
Gustavo Nasser Moreira Diretor de Suprimentos e Logística
Daniele Araújo Salomão Castelo Diretora de Gestão de Pessoas
Vicente Cortes de Carvalho Contador CRC-MG 042523/O-7