Ensaios Em Pontes de Concreto

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  • Boletim Tcnico da Escola Politcnica da USP

    Departamento de Engenharia de Construo Civil

    ISSN 0103-9830

    BT/PCC/575

    Utilizao de mtodos no destrutivos e semi destrutivos na avaliao de pontes de concreto:

    estudo de caso

  • Escola Politcnica da Universidade de So Paulo

    Departamento de Engenharia de Construo Civil

    Boletim Tcnico Srie BT/PCC

    Diretor: Prof. Dr. Jos Roberto Cardoso

    Vice-Diretor: Prof. Dr. Jos Roberto Piqueira

    Chefe do Departamento: Prof. Dr. Alex Kenya Abiko

    Suplente do Chefe do Departamento: Prof. Dr. Francisco Ferreira Cardoso

    Conselho Editorial

    Prof. Dr. Alex Kenya Abiko

    Prof. Dr. Francisco Ferreira Cardoso

    Prof. Dr. Joo da Rocha Lima Jr.

    Prof. Dr. Orestes Marraccini Gonalves

    Prof. Dr. Vanderley Moacyr John

    Prof. Dr. Cheng Liang Yee

    Coordenadora Tcnica

    Prof. Dr. Silvia Maria de Souza Selmo

    O Boletim Tcnico uma publicao da Escola Politcnica da USP/ Departamento de Engenharia de

    Construo Civil, fruto de pesquisas realizadas por docentes e ps-graduados desta Universidade.

  • Boletim Tcnico da Escola Politcnica da USP

    Departamento de Engenharia de Construo Civil

    ISSN 0103-9830

    BT/PCC/575

    Utilizao de mtodos no destrutivos e semi destrutivos na avaliao de pontes de concreto:

    estudo de casoMelquiades Hermgenes Choquepuma Sahuinco

    Tulio Nogueira Bittencourt So Paulo 2012

  • O presente trabalho parte da dissertao de mestrado apresentada por Melquiades Hermgenes Choquepuma Sahuinco sob orientao do Prof. Dr. Tulio Nogueira Bittencourt. Utilizao de mtodos no destrutivos e semi destrutivos na avaliao de pontes de concreto defendida em 12/08/2011, na EPUSP.

    A ntegra da dissertao encontra-se disposio com o autor, na Biblioteca de Engenharia Civil da Escola Politcnica/USP e na pgina: http://www.teses.usp.br/.

    A referncia bibliogrfica deste boletim deve ser feita conforme o seguinte modelo:

    SAHUINCO, M. H. C.; BITTENCOURT, T. N. Utilizao de mtodos no destrutivos e semi destrutivos na avaliao de pontes de concreto: estudo de caso: EPUSP, 2012. 23p. (Boletim Tcnico da Escola Politcnica da USP, Departamento de Engenharia de Construo Civil, BT/PCC/575)

    FICHA CATALOGRFICA

    Boletim Tcnico da Escola Politcnica da USP. Departamento de Engenharia de Construo Civil. n.1 (1986) - . -- So Paulo, 1986-

    Irregular. Contedo deste nmero: Utilizao de mtodos no destrutivos e semi destrutivos na avaliao de pontes de concreto: estudo de caso / M. H. C. Sahuinco, T. N. Bittencourt (BT/PCC/575)

    ISSN 0103-9830 1.Construo civil I.Universidade de So Paulo. Escola Politcnica.

    Departamento de Engenharia de Construo Civil

  • Utilizao de Mtodos No Destrutivos e Semi Destrutivos na Avaliao de Pontes de

    Concreto: Estudo de Caso

    Resumo

    As estruturas de concreto, especialmente as pontes de concreto, esto sujeitas a um conjunto

    de aes que leva ao seu envelhecimento, devido aos processos de deteriorao, muitas

    vezes deixando de responder s exigncias para as quais foram projetadas. Tal situao, em

    muitos casos, agravada pela falta de conhecimento dos processos e mecanismos de

    degradao assim como o uso de tcnicas tradicionais para inspeo de estruturas, estas

    muitas vezes se mostram limitadas quando so aplicadas isoladamente. Este trabalho mostra

    uma comparao entre a inspeo visual (usada h dcadas) e a aplicao de mtodos de

    ensaios no destrutivos e semi destrutivos na avaliao da condio estrutural atual de

    pontes. Enquanto a inspeo visual mostra uma condio qualitativa, os mtodos de ensaios

    no destrutivos so quantitativos e apresentam o potencial de determinar os danos no interior

    da estrutura que no so visveis a olho nu. Portanto, visando alertar para o problema da

    degradao das pontes, busca-se integrar a inspeo visual com a avaliao atravs do uso

    de mtodos de ensaio. Assim, neste trabalho feito um estudo de caso da ponte sobre o rio

    Jaguari. Este estudo visa determinar a condio atual da estrutura atravs de ensaios no

    destrutivos e semi destrutivos, estabelecendo uma correlao entre os resultados destes

    ensaios e a avaliao da inspeo visual. Dessa forma, procura-se apresentar uma alternativa

    na avaliao de pontes de concreto.

    Palavras-chave: pontes de concreto, inspeo, Durabilidade, avaliao de estruturas,

    mtodos de ensaio.

    ABSTRACT

    Concrete structures, particularly concrete bridges, are subject to a set of actions that leads to

    aging, due to the processes of deterioration, and many times that structures dont respond to the demands for which they were designed. This situation, in many cases is exacerbated by

    lack of knowledge of processes and mechanisms of degradation and by the use of traditional

    techniques for inspection of structures, these techniques are limited when applied alone. This

    work shows a comparison between the visual inspection (used for decades) and the

    application of nondestructive testing methods and semi-destructive on the evaluation of

    current structural condition of bridges. While visual inspection shows a qualitative

    condition, the methods of nondestructive testing are quantitative and have the potential to

    determine the damage inside the structure that are not visible with a simple view. Therefore,

    in order to draw attention to the problem of deterioration of bridges, we seek to integrate the

    visual inspection with the assessment through the use of test methods. Thus, in this work is

    done a case study of the bridge about the river Jaguari. This study aims to determine the

    current condition of the structure through nondestructive and semi-destructive methods,

    establishing a correlation between the results of these tests and the evaluation of visual

    inspection. We sought to present an alternative in the assessment of concrete bridges.

    Keywords: concrete bridges, inspection, durability, assessment structures, test methods.

  • 2

    1. Introduo

    A primeira ponte surgiu de forma natural pela queda de troncos sobre os rios, processo

    prontamente imitado pelo Homem, dando origem a pontes feitas de troncos de rvores ou

    troncos amarrados entre si. Posteriormente surgiram pontes de pedra, usando suportes muito

    simples e traves mestras (PONTE, 2011).

    Com a Revoluo Industrial, no sculo XVIII, surgiu o uso intensivo do ferro e

    posteriormente do ao, surgindo as primeiras pontes metlicas. No decorrer no sculo XIX

    surgiu o cimento Portland e consequentemente o concreto com resistncia aceitvel para

    aplicao em estruturas de engenharia civil originando as pontes de concreto (SANTOS,

    2008).

    Com o passar do tempo ocorreram s seguintes situaes: aumento da resistncia do

    concreto e proliferao do seu uso por parte dos construtores. Estas situaes levaram

    diminuio das sees de concreto, ao menor cobrimento das armaduras e a menor

    preocupao com os requisitos e cuidados de construo (SANTOS, 2008).

    No entanto, com o passar dos anos estas estruturas comearam a apresentar problemas

    devido aos mecanismos que degradam o concreto, problemas tais como: fissuras, corroso

    das armaduras, e a degradao interna, gerando a necessidade de inspees continuas que

    permitam detectar os problemas na sua fase inicial, de forma a corrigi-los e deter a sua

    evoluo. (LENCIONI, 2005). Estes processos de degradao atingem as pontes de concreto

    no mundo todo, exigindo manuteno ou reabilitao, tornando se muitas vezes

    antieconmico.

    Este trabalho apresenta o uso de mtodos de ensaios no destrutivos e semi destrutivos na

    avaliao de pontes, em comparao com a inspeo visual. As inspees visuais s

    mostram uma condio qualitativa das pontes, definida fundamentalmente como conjuntos

    de indicadores visuais. Enquanto os ensaios no destrutivos e semi destrutivos, so

    quantitativos e tem potencial para determinar os danos que no so visveis no interior da

    estrutura.

    Segundo Mitre (2005), a maioria de pontes de concreto no mundo avaliada atravs de

    inspees visuais, e no Brasil estes mtodos de ensaios s so aplicados em casos mais

    relevantes. Da a importncia do uso destes mtodos de ensaios como ferramenta usada na

    avaliao de pontes de concreto, em vista da deteriorao contnua de nossas obras.

    Inicialmente estes mtodos de ensaio foram utilizados em ao devido a sua composio

    homognea. O uso em concreto relativamente novo, o lento desenvolvimento das tcnicas

    para estes ensaios ocorre porque, ao contrrio do ao, o concreto um material que possui

    composies variadas e diferentes matrias-primas. Apesar dos inconvenientes acima, tem

    havido progresso no desenvolvimento de mtodos de ensaios no destrutivos de concretos e

    a padronizao destes mtodos (MALHOTRA E CARINO, 2004).

    Muitos pases j esto empregando mtodos de ensaios no destrutivos e semi destrutivos na

    avaliao da condio estrutural de pontes, alcanando bons resultados devido sua

    capacidade efetiva (MANJUNATH, 2007).

  • 3

    2. Avaliao da ponte de concreto sobre o rio Jaguari atravs do uso de mtodos de ensaio

    Foi realizada uma inspeo visual detalhada em julho 2010, com objetivo de apresentar as

    caractersticas principais da obra: geomtricas, estruturais, funcionais e de durabilidade, da

    ponte sobre o rio Jaguari. A ponte estudada encontra-se localizada no km 946+300, da BR-

    381 Rodovia Ferno Dias.

    Os ensaios experimentais que esto sendo propostos nesta pesquisa tm como objetivo

    levantar informaes disponveis sobre a caracterizao do concreto in loco, tais como a

    resistncia compresso, dados da sua integridade, assim como diagnosticar e levantar

    dados sobre a cintica do processo corrosivo, contribuindo para um melhor diagnstico

    estrutural e de durabilidade. Para um melhor entendimento do desenvolvimento da pesquisa,

    sero apresentados, juntamente com a realizao de cada ensaio, os critrios de avaliao

    utilizados e a respectiva interpretao de resultados.

    2.1. Seleo das reas de estudo

    Os locais onde os maiores problemas se apresentam em pontes so nas faces externas e sob

    as juntas de dilatao, as quais esto expostas ao sol, chuva e vento. Estes agentes atingem

    diretamente elementos como guarda-rodas, lajes em balano e faces externas das vigas

    longarinas.

    Selecionou-se reas que apresentavam maiores estgios de deteriorao (reas fissuradas),

    assim como reas que apresentavam bom estado, no intuito de comparar resultados e

    verificar a homogeneidade do concreto da estrutura. A tabela 1 descreve o aspecto de cada

    rea de estudo, denominadas de zonas. As reas de estudo tm extenso de 0,60x1,0 m e

    foram selecionadas de forma a obterem-se resultados representativos, como o caso da viga

    longarina V1 e viga transversina TR20.

    Tabela 1 - Descrio das reas selecionadas Zona Local Face Lado Problemas existentes

    Z1 TR20 BH Esquerdo Fissuras longitudinais

    Z2 TR20 BH Direito Fissuras longitudinais

    Z3 V1 Jusante SP Fissuras longitudinais

    Z4 V1 J/M SP Fissuras longitudinais

    As zonas onde foram realizados os ensaios esto ilustradas nas figuras 1 e 2. As zonas sero

    denominadas de Z1, Z2, Z3 e Z4. As zonas Z1 e Z2 referem-se viga transversina TR20

    (encontro SP) faceando para BH, a zona Z3 refere-se viga longarina V1 faceando para

    jusante, a zona Z4 refere-se a ambas as faces da viga longarina V1(montante/jusante).

    Figura 1 - localizao das zonas Z1 e Z2 na viga transversina TR20.

  • 4

    Figura 2 - localizao das zonas Z3 e Z4 na viga longarina V1.

    2.2. Seleo dos mtodos de ensaio

    Os ensaios experimentais propostos sero abordados como ensaios no destrutivos e semi

    destrutivos. Os mtodos de ensaio foram selecionados em funo da disponibilidade de

    aparelhos e das caractersticas a serem estudados, estes ensaios so citados a seguir:

    Ensaio de pacometria: permitir a demarcao e localizao das armaduras para a realizao dos demais ensaios, assim como obter a melhor escolha do local para a

    retirada dos testemunhos;

    Ensaio de esclerometria: fornecero dados a respeito da dureza superficial do concreto, permitir avaliar sua resistncia compresso e verificar a sua

    homogeneidade, no local onde ser realizado o ensaio;

    Ensaio de ultrassom: fornecer vrios dados como o mdulo de elasticidade dinmico do concreto, a resistncia compresso, a localizao de vazios na massa

    de concreto, deterioraes existentes e a profundidade de fissuras internas;

    Ensaio de carbonatao: permitir conhecer a profundidade de carbonatao, assim como a qualidade do concreto e as possveis causas de corroso;

    Previso de vida til: permitir conhecer de quantos anos se precisaria para a carbonatao atingir as armaduras e despassivarlas;

    Ensaio de resistividade eltrica do concreto: permitir conhecer as propriedades do concreto que influenciam no processo eletroqumico da corroso;

    Extrao de corpos de prova: no constitui propriamente um ensaio, mas permite a coleta de corpos de prova para anlise em laboratrio e permite a inspeo visual do

    furo;

    Ensaio de compresso axial do concreto: ensaio realizado a partir de testemunhos extrados. Permitir caracterizar o concreto e verificar a sua homogeneidade;

    Ensaio de porosidade (ndice de vazios), absoro de gua, absoro capilar e umidade de equilbrio: caracterizaro a qualidade do concreto e a sua capacidade de

    proteo contra a possvel corroso das armaduras;

    Ensaio para a determinao do teor de cloretos: permitir conhecer o grau de contaminao por cloretos e a possvel causa da corroso;

    Ensaio para a reconstituio do trao do concreto: utilizado para o conhecimento das propores da mistura original e a avaliao de eventuais deficincias de dosagem.

  • 5

    2.3. Realizao de ensaios

    Um dos problemas que se enfrenta durante a realizao dos ensaios a coincidncia dos

    lugares a serem ensaiados com as barras de reforo existentes na estrutura, por tanto

    prioridade inicial a deteco e localizao dessas barras com o intuito de no se ter

    interferncias durante os ensaios.

    2.3.1. Ensaio de pacometria

    O ensaio de pacometria descrito no ACI 228 2R-98, ajudou a determinar a localizao das

    armaduras, o valor do cobrimento e o dimetro das barras de reforo. Para isto usou-se o

    pacmetro de marca Profometer 5 da Proceq, com preciso de 1mm. Foram feitas leituras

    em cada uma das zonas, onde foram localizadas as barras e estimado o seu dimetro. Esses

    resultados foram teis para os ensaios de ultrassom, esclerometria, extrao de testemunhos,

    e tambm na estimativa da previso de vida til residual. A figura 3 mostra a realizao do

    ensaio.

    Os resultados do ensaio mostram uma leve variabilidade no espaamento entre barras

    comparadas com o projeto da obra. A tabela 2 apresenta apenas os resultados dos

    cobrimentos das barras de reforo externos ou verticais, j que estas seriam as primeiras a

    serem atingidas pelos agentes de despassivao das armaduras. Tabela 2 - Cobrimento das barras de reforo das zonas estudadas (cm).

    BARRAS VERTICAIS ZONAS

    Z1 Z2 Z3

    B1 2,73 2,65 2,65

    B2 2,54 2,55 2,65

    B3 2,62 2,55 2,70

    B4 2,55 2,60 2,80

    B5 2,75 2,64 2,75

    Mdia 2,64 2,60 2,71

    Segundo o projeto da ponte, foi especificado um cobrimento de 2,5 cm para os elementos da

    super e mesoestrutura e de 3,0 cm para elementos da infraestrutura. A partir da anlise do

    cobrimento das armaduras das zonas estudadas, determinada pelo ensaio de pacometria,

    verificou-se que as peas apresentaram uma camada de cobrimento suficiente nos locais

    ensaiados.

    De acordo com a NBR 6118:2007, os elementos estruturais da ponte em questo enquadram-

    se na classe I de agressividade ambiental. Esta classe representa agressividade fraca e risco

    de deteriorao insignificante, na qual o cobrimento nominal deve ser no mnimo de 2,5 cm,

    verificando o cumprimento do exigido por norma.

    Figura 3 Diagrama e foto do ensaios de pacometria realizados na zona Z2.

  • 6

    2.3.2. Ensaio de esclerometria

    Para este ensaio utilizou-se o esclermetro da marca DIGI SCHMIDT 2000 da PROCEP,

    que possui energia de percusso de 2,50 Nm. Para execuo deste ensaio seguiu-se a norma

    NBR-7584:1982, com o mnimo de 9 impactos por regio estudada. A equao utilizada

    para o clculo da resistncia a compresso do concreto (fc), em funo do ndice

    escleromtrico (IE) fornecida pelo aparelho. Foi realizado um total de 11 ensaios, dos

    quais, 03 esto na zona Z1, 03 na zona Z2, 03 na zona Z3 e 02 ensaios na zona Z4. A tabela

    3 mostra os resultados dos ensaios.

    Tabela 3 Resultado do ensaio de esclerometria mostrando a dureza superficial do concreto e a resistncia estimada

    Zona rea ndice escleromtrico Resistncia compresso

    IE (Mdia) fc (MPa) Mdia (MPa)

    Z1 A1 45,96

    45,95

    35,93

    35,93 Z1 A2 45,20 34,90

    Z1 A3 46,70 36,94

    Z2 A4 49,00

    47,70

    40,00

    38,27 Z2 A5 47,10 37,50

    Z2 A6 47,00 37,30

    Z3 A7 49,70

    49,70

    41,01

    41,01 Z3 A8 50,20 41,69

    Z3 A9 49,20 40,33

    Z4 A10 47,60 48,70

    38,10 39,60 Z4 A11 49,80 41,10

    Mdia 47,93

    -

    38,62

    - Desvio padro 1,70 2,31

    Coeficiente de variao 3,55% 5,67%

    Dos ensaios percebe-se que a resistncia compresso do concreto da estrutura, 54,48%

    superior ao de projeto, isto possivelmente deve-se carbonatao do concreto. Avaliando o

    concreto da estrutura como um todo, a norma ASTM C 805 indica que um concreto

    considerado homogneo e de boa qualidade si o desvio padro menor de 2,5. Na avaliao

    dos resultados para a obteno da resistncia compresso do concreto, obteve-se um desvio

    padro de 2,31. Portanto segundo o critrio da norma se conclui que o concreto atravs deste

    ensaio, um concreto de boa qualidade e homogneo.

    2.3.3. Ensaio de ultrassom

    A norma NBR 8802:1994 descreve o desenvolvimento deste ensaio. Foi utilizado o aparelho

    PUNDIT- (Portable Ultrasonic Non Destrutive Digital Indicating Test), que mede o tempo

    decorrido desde a emisso da onda at sua recepo. Este tipo de ensaio permitiu

    caracterizar o concreto da obra in loco. Na tabela 4 mostra-se o critrio utilizado para a

    avaliao da qualidade do concreto em funo da velocidade de propagao de onda.

    Tabela 4 - Critrio utilizado para a avaliao da qualidade do concreto (Fonte: Cnovas 1988). Velocidade de propagao

    linear (m/s) Qualidade do concreto

    V > 4500 Excelente

    3500 < V < 4500 timo

    3000 < V < 3500 Bom

    2000 < V < 3000 Regular

    V < 2000 Ruim

  • 7

    Devido a limitaes de acesso foram realizados nas zonas Z1 e Z2 apenas ensaios indiretos,

    na Zona Z3, ensaios diretos e indiretos, na zona Z4 apenas ensaios diretos. Detalhes dos

    ensaios realizados esto mostrados na Figura 4.

    Figura 4 - Diagrama e foto do ensaio de Ultrassom na zona Z3.

    Para o clculo do mdulo de elasticidade dinmico (Ed) e resistncia compresso do

    concreto (fc) foram utilizados os resultados dos ensaios pelo mtodo indireto das zonas Z1-

    A, Z1-B, Z1-C. Tambm foram utilizados os resultados dos ensaios realizados pelo mtodo

    direto nas zonas Z3 e Z4. Mostram-se na tabela 5 os resultados obtidos para a caracterizao

    do concreto.

    Tabela 5 - Resultados do ensaio de ultrassom para o clculo do mdulo de elasticidade dinmico e resistncia compresso do concreto

    Zona Velocidade de ultrassom

    Modulo de elasticidade

    calculado

    Resistncia compresso

    calculada

    V(m/s) Mdia (m/s) Ed (GPa) Mdia (GPa) fc (MPa) Mdia (MPa)

    Z1-A 4381,11

    4273,10

    37,83

    36,00

    32,26

    29,44 Z1-B 4261,63 35,80 29,06

    Z1-C 4176,55 34,38 27,00

    Z3-1 4494,38 4475,31

    40,17 39,83

    36,30 35,69

    Z3-2 4456,24 39,49 35,09

    Z4-1 4386,70 4412,35

    38,26 38,72

    32,98 33,76

    Z4-2 4438,00 39,17 34,53

    Mdia 4370,66

    37,87

    32,46

    D. Padro 113,35 2,09 3,36

    C. Variao 2,59% 5,52% 10,31%

    Se analisada a qualidade dos concretos segundo o critrio de avaliao adotado, mostrado na

    tabela 4 verifica-se que os concretos das zonas ensaiadas, podem ser considerados de tima

    qualidade. Os resultados do ensaio, mostrados na tabela 5 indicam um coeficiente de

    variao de 2,59% para a obteno da velocidade de ultrassom, Bungey e Millard (2006)

    admitem que o coeficiente de variao possa ser de at 2,5%.

    Na avaliao do mdulo de elasticidade dinmico, Bungey e Millard (2006) indicam que

    podem ser calculados com uma preciso de 10%. Os resultados mostram um coeficiente de

    variao de 5,52% validando, portanto, o valor obtido para o mdulo de elasticidade.

    Analisando o ensaio como um todo, pode-se dizer que, na estimativa da resistncia

    compresso do concreto, se tem um coeficiente de variao de 10,31%. Bungey e Millard

    (2006) admitem que possa ser determinada a resistncia compresso com um erro de at

    20%.

  • 8

    2.3.4. Ensaio de carbonatao

    Foi realizado o ensaio de carbonatao em 11 pontos diferentes ao longo da estrutura, no

    intuito de estimar a despassivo das armaduras por carbonatao. A figura 5 mostra alguns

    dos locais onde foram realizados os ensaios.

    Figura 5 - Localizao do ensaio de carbonatao na Z2 e Z3.

    As medidas foram realizadas com paqumetro com preciso de 1 mm. Foram realizadas 2

    leituras para cada condio de exposio e o critrio de julgamento adotado para a anlise

    dos resultados de carbonatao foi baseado em parmetros estatsticos. A tabela 6 mostra os

    resultados dos ensaios de carbonatao.

    Tabela 6 - Resultado do ensaio de carbonatao

    rea Profundidade

    furo (mm)

    eco2 min (mm) eco2 max (mm) eco2 mdio

    (mm)

    A1 37,00 9,50 12,60 11,05

    A2 35,62 10,30 13,60 11,95

    A3 33,55 5,89 11,36 8,63

    A4 22,08 5,83 12,09 8,96

    A5 70,00 13,41 14,01 13,71

    A6 30,91 16,90 17,30 17,10

    A7 29,80 8,20 11,51 9,86

    A8 38,84 8,32 13,29 10,81

    A9 31,25 10,10 15,15 12,63

    A10 80,00 16,10 16,80 16,45

    A11 67,00 13,70 13,93 13,82

    Mdia 12,27

    Desvio Padro 2,81

    Coeficiente de Variao 23%

    Conforme o critrio apresentado por Duprat e Sellier (2009), a profundidade de

    carbonatao para um concreto de 8 anos de aproximadamente 10 mm. Pode-se observar

    uma alta variabilidade na profundidade de carbonatao, mostrando a heterogeneidade do

    concreto ao longo da estrutura, portanto h possibilidade de existirem concretos mais

    porosos em algumas zonas. A estrutura apresenta tambm uma alta profundidade de

    carbonatao, considerando que a ponte uma obra nova com tempo de existncia de 8

    anos. Possivelmente esta alta profundidade deve-se ao emprego de concreto feito com

    cimentos com teor de escria de alto forno, pozolanas ou cinzas volantes. Deve-se indicar

    que, como a velocidade de carbonatao depende das caractersticas dos materiais e da

    qualidade da execuo do concreto. Descarta-se mau adensamento na hora da concretagem,

    tendo em vista ausncia de bicheras, ninhos de concretagem ou sinais de um mau

    adensamento, encontrando-se o concreto de estrutura aparente e de superfcies lisas.

  • 9

    2.3.5. Previso de vida til residual

    Visando avaliar a previso de vida til residual da estrutura, foi elaborado um estudo dos

    modelos de previso de vida til existentes para a estimativa da profundidade de

    carbonatao, para isto foi utilizado o modelo de Tuutti (1982).

    Na Tabela 7 apresentado um quadro com a determinao do coeficiente de carbonatao

    (kco2) assim como a previso de vida til residual para cada uma das reas investigadas,

    considerando como tempo (t) a idade de construo da estrutura e eco2 como profundidade de

    carbonatao.

    Tabela 7 - Determinao do coeficiente de carbonatao e durabilidade das estruturas.

    rea eco2 mdio (mm) Kco2(mm/ano1/2

    ) Vida til total (anos) Previso de vida til

    residual (anos)

    A1 11,05 3,91 40,88 32,88

    A2 11,95 4,23 34,93 26,93

    A3 8,63 3,05 67,19 59,19

    A4 8,96 3,17 62,20 54,20

    A5 13,71 4,85 26,57 18,57

    A6 17,10 6,05 17,10 9,10

    A7 9,86 3,49 51,31 43,31

    A8 10,81 3,82 42,83 34,83

    A9 12,63 4,47 31,28 23,28

    A10 16,45 5,82 18,45 10,45

    A11 13,82 4,89 26,14 18,14

    Dos resultados apresentados conclui-se que, para o caso mais desfavorvel, a obra precisaria

    de um tempo menor do que 10 anos para a carbonatao atingir as armaduras de reforo.

    Para o caso mais favorvel precisaria de 60 anos de existncia da obra para as armaduras

    serem despassivadas, ressalta-se, portanto, dar proteo estrutura no intuito de obstruir o

    avano de agentes externos ao interior do concreto.

    2.3.6. Extrao de testemunhos

    Mesmo no sendo um mtodo de ensaio, a extrao de corpos de prova foi realizada para

    fins de avaliao do concreto da estrutura. Os procedimentos realizados para a obteno dos

    corpos de prova encontram-se na norma NBR 7680:2007. Na extrao o dimetro utilizado

    foi de 100 mm, foram retirados 4 corpos de prova da zona Z1 e 3 da zona Z3 da estrutura,

    por meio de mquina contendo coroa diamantada rotativa (extratora). Foi utilizada

    abundante gua para a refrigerao da mquina durante a extrao. Os furos resultantes das

    perfuraes foram fechados com graute.

    Figura 6 - Extrao de testemunhos na viga transversina TR20 - zona Z1.

  • 10

    2.3.7. Ensaio de resistncia compresso axial dos corpos de prova

    O ensaio considerado como destrutivo, aqui foi chamado de semi destrutivo por afetar pouco

    a estrutura, este ensaio permitiu caracterizar o concreto da estrutura atravs de ensaios de

    compresso axial em corpos de prova extrados. Para a realizao do ensaio, as faces de

    aplicao de carga dos corpos de prova extrados (topo inferior e superior) foram retificadas

    conforme a norma NBR 5739:2007. Os ensaios de ruptura por compresso axial foram

    realizados em prensa universal de ensaios eletrnica de marca SHIMADZU. Mostra-se na

    figura 7 detalhes do ensaio.

    Figura 7 - Realizao de ensaios de compresso axial nos corpos de prova.

    Baseando-se em ensaios realizados em corpos de prova extrados, submetidos compresso

    axial, Melchers (1987) prope a seguinte tabela como critrio de avaliao da resistncia

    compresso do concreto. A tabela 8 mostra dito critrio.

    Tabela 8 - Variabilidade da resistncia compresso do concreto da estrutura (Fonte: Melchers apud Silva 2002).

    Controle Coeficiente de Variao Desvio Padro (MPa)

    Excelente 10% 2,27

    Mdio 15% 4,0

    Pobre 20% 5,4

    Os resultados do ensaio de compresso axial foram acrescentados num 4,30% conforme o

    critrio do ACI 214.4R-2010 A tabela 9 mostra os resultados do ensaio de compresso axial.

    Tabela 9 - Caracterizao do concreto dos corpos de prova extrados, atravs do ensaio de compresso axial.

    Corpo de prova Resistncia compresso (fc)

    fc (MPa) Mdia (MPa)

    Z1-1 32,73

    35,21 Z1-2 33,37

    Z1-3 37,47

    Z1-4 37,26

    Z3-1 38,26

    36,13 Z3-2

    Z3-3 34,00

    Mdia 35,52

    - Desvio Padro 2,41

    Coeficiente de Variao 6,79%

    Considerando os locais do ensaio conhecidos como zona Z1 e Z3, pode-se concluir que a

    resistncia compresso do concreto da zona Z1 2,61% menor a resistncia da Zona Z3.

    Avaliando os resultados como um todo, se tem um coeficiente de variao de 6,79%.

    Conforme o critrio de Melchers, mostrado na tabela 5.22, pode-se indicar que o coeficiente

  • 11

    de variao do ensaio, encontra-se dentro do intervalo de excelente, daqui pode-se concluir

    que nesta pesquisa estes resultados so plenamente representativos na caracterizao do

    concreto atravs deste ensaio.

    2.3.8. Ensaio de resistividade eltrica do concreto

    O ensaio de resistividade eltrica do concreto uma ferramenta bastante til no controle e

    monitorao da corroso das armaduras. Este permitir estimar a velocidade de corroso,

    assim como correlacionar os resultados com outras caractersticas do concreto como, por

    exemplo, permeabilidade a ons. Para a realizao do ensaio foi utilizado o mtodo dos

    quatro eletrodos, o aparelho usado foi o Canim da Proceq.

    As normas ASTM G-57 e a CEB-FIP 192:1989 normalizam este tipo de ensaio. O critrio

    utilizado para avaliao deste ensaio o fornecido pelo CEB-FIP 192 que apresentado na

    tabela 10 mostrado a seguir.

    Tabela 10 - Recomendao do CEB-FIP 192:1989 baseada na resistividade do concreto para estimar a provvel taxa de corroso (Fonte: Mehta e Monteiro, 2008).

    Resistividade do concreto ( ) Taxa provvel de corroso Nota

    200 Desprezvel 5

    Para este ensaio foram utilizados os corpos de prova extrados, os quais foram

    acondicionados conforme a norma NBR 9204:1985. Foi realizado um total de quatro leituras

    para cada corpo de prova com a finalidade de obter leituras confiveis e representativas. A

    figura 8 e a tabela 11 mostram a execuo e os resultados da resistividade mdia do

    concreto.

    Figura 8 - Realizao de ensaios de resistividade eltrica nos corpos de prova

    Tabela 11 - Resultados do ensaio de resistividade eltrica do concreto. Resistividade eltrica dos corpos de prova ( )

    Leitura Z1-1 Z1-2 Z1-3 Z1-4 Z3-1 Z3-2 Z3-3

    1 99 95 55 99 66 76 71

    2 99 99 62 97 84 76 80

    3 98 99 59 99 69 72 69

    4 99 96 55 99 74 72 76

    Mdia 98,75 97,25 57,75 98,5 73,25 74,0 74

    Mnima 98 95 55 97 66 72 69

  • 12

    Sabe-se que a umidade do concreto influencia nas leituras de sua resistividade eltrica, pois

    quanto mais saturados estiverem os poros do concreto, menor ser a sua resistividade

    eltrica e mais elevada velocidade de corroso, os corpos de prova s foram molhados por

    imerso rpida na hora da execuo do ensaio procurando-se reproduzir as condies da

    estrutura.

    De acordo com o critrio utilizado pela CEB-FIP 192:1989, os resultados do ensaio mostram

    um concreto com probabilidade de corroso entre moderada e alta. Recomenda-se, portanto,

    proteger com tinta ou verniz as faces externas da estrutura expostas a ciclos de molhagem e

    secagem a fim de prolongar a sua vida til residual.

    2.3.9. Ensaio de porosidade (ndice de vazios) e absoro de gua

    Para o desenvolvimento deste ensaio pode ser utilizada a norma ASTM C 642, ou a norma

    NBR 9778:2005. Este ensaio permitiu conhecer a quantidade total de poros permevel

    gua. O valor da porosidade do concreto fornece indicaes da qualidade do mesmo, e pode

    ser considerado um indicador de permeabilidade do concreto, portanto a sua capacidade de

    proteo contra a corroso das armaduras. O critrio utilizado para a avaliao dos

    resultados mostrado na tabela 12.

    Tabela 12 - Critrio utilizado para a avaliao da porosidade em relao qualidade do concreto (Fonte: Helene, 1993).

    Qualidade do concreto Porosidade (%) Absoro de gua (%)

    Deficiente 15 > 6,3

    Normal 10 a 15 4,2 a 6,3

    Durvel 10 < 4,2

    Foram ensaiados os 7 testemunhos extrados, os quais foram preparados, previamente

    conforme a norma com superfcies planas, lisas e isentas de leo ou outras materiais

    indesejveis. Mostram-se na figura 9 os detalhes do ensaio e na tabela 13 os resultados.

    (A) Panela de ebullio (B) Balana hidrosttica Figura 9 - Realizao de ensaios de porosidade nos corpos de prova

    Tabela 13 - Resultados do ensaio de porosidade ou ndice de vazios.

    Corpo de

    prova ms (g) msat (g) mi (g)

    Porosidade Iv

    (%) A (%)

    Z1-1 3629,30 3843,30 2248 13,41 5,90

    Z1-2 3508,80 3724,80 2175 13,94 6,16

    Z1-3 3407,40 3635,50 2121 15,10 6,70

    Z1-4 3524,30 3743,00 2178 14,00 6,20

    Z3-1 3568,70 3784,30 2212 13,71 6,04

    Z3-2 3457,20 3662,50 2149 13,56 5,94

    Z3-3 3567,80 3782,30 2213 13,67 6,01

  • 13

    Na comparao dos resultados do ensaio de porosidade ou ndice de vazios (Iv) e o critrio

    de avaliao, pode-se indicar que o concreto encontra-se entre os valores de 10 e 15%,

    indicando um concreto normal, porm permevel e no adequado para ambientes agressivos.

    Dos resultados mostrados na tabela 11 para o ensaio de absoro de gua (A), conforme ao

    critrio adotado pode-se indicar que a qualidade do concreto foi catalogada como normal,

    onde apenas o concreto do corpo de prova Z1-3 foi encontrado deficiente.

    2.3.10. Ensaio de absoro de gua por capilaridade (absoro capilar)

    Este mtodo de ensaio permitiu determinar a absoro capilar de gua. A norma utilizada

    para o desenvolvimento deste ensaio a NBR 9779:1995.

    Foram utilizados os mesmos corpos de prova extrados da estrutura. A preparao dos

    corpos de prova foi feita de acordo com a metodologia descrita no ensaio anterior e na

    presente norma. Mostram-se na Figura 10 detalhes do ensaio.

    Figura 10 - Realizao do ensaio de absoro capilar.

    Foi determinada a massa dos corpos de prova s 3h, 6h, 24h, 48h e 72 horas aps o primeiro

    contato com a gua. A tabela 14 apresenta os resultados da absoro de gua por

    capilaridade dos 7 corpos de prova ensaiados.

    Tabela 14 - Resultados do ensaio de absoro capilar. Corpo

    de

    prova rea

    (cm2)

    M seco

    (g)

    M- 3h

    (g)

    M- 6h

    (g)

    M- 24h

    (g)

    M- 48h

    (g)

    M- 72h

    (g)

    Absoro

    capilar

    (g/cm2)

    Absoro

    em massa

    (%)

    Z1-1 79,17 3629,30 3650,30 3657,70 3683,80 3706,10 3718,30 1,12 2,39

    Z1-2 78,70 3508,80 3530,30 3538,60 3567,80 3589,40 3603,90 1,21 2,64

    Z1-3 78,23 3407,40 3434,30 3444,50 3483,40 3511,50 3526,90 1,53 3,39

    Z1-4 78,54 3524,30 3549,40 3559,40 3588,40 3611,00 3622,70 1,25 2,72

    Z3-1 78,70 3568,70 3589,40 3596,20 3619,30 3638,90 3650,80 1,04 2,24

    Z3-2 78,54 3457,20 3476,00 3481,50 3502,20 3518,20 3530,60 0,93 2,08

    Z3-3 78,85 3567,80 3586,70 3593,70 3621,20 3642,50 3654,10 1,09 2,36

    Pela tabela 14, observa-se uma baixa porcentagem de penetrao de gua, menor que 3,39%.

    Segundo Neville (1982), um concreto de boa qualidade apresenta absoro menor que 10%

    em massa, mostrando neste ensaio a boa qualidade do concreto.

  • 14

    2.3.11. Ensaio para a determinao da umidade de equilbrio

    Atravs deste ensaio pretende-se determinar o teor de umidade de equilbrio no concreto. O

    ensaio foi realizado a uma temperatura de 23 2 0C e umidade relativa de 55 5 %, de acordo com as exigncias do critrio utilizado.

    Foram utilizados os 7 corpos de prova, que foram mantidos neste ambiente e pesados a cada

    24 horas at obter constncia de massa. O teor de umidade foi calculado pela diferena entre

    a massa nas condies de equilbrio com o ambiente e a massa dos corpos de prova secos.

    Apresenta-se na tabela 15 os resultados do ensaio.

    Tabela 15 - Resultados do ensaio de umidade de equilbrio no concreto

    Corpo de prova Massa em seco (g) Massa no

    ambiente (g)

    Umidade de

    equilbrio (%)

    Z1-1 3494,40 3539,40 1,28

    Z1-2 3394,10 3432,20 1,12

    Z1-3 3349,10 3386,10 1,11

    Z1-4 3466,00 3505,15 1,13

    Z3-1 3446,85 3486,30 1,14

    Z3-2 3402,50 3438,50 1,06

    Z3-3 3513,70 3552,70 1,11

    Na tabela 15 observam-se teores baixos de umidade de equilbrio. Isto possivelmente

    devido presena de maior volume de poros maiores no concreto. Este tipo de concreto

    absorve menos umidade ao ser exposto ao vapor de gua presente na atmosfera. Ressalta-se

    tambm que um concreto com maior quantidade de poros menores apresenta maior

    quantidade de umidade.

    2.3.12. Ensaio para a determinao do teor de cloretos

    Na realizao dos ensaios foram utilizadas as normas: ASTM C 114:2007 e a ASTM C

    1152:2004 na determinao de ons cloreto solveis em gua. A ASTM C 114:2007 e a

    ASTM C 1218:2008 foram usadas na determinao de ons cloretos por potenciometria.

    Foram ensaiadas amostras da zona Z1 e da zona Z3 recolhidas previamente na forma de p.

    O ensaio foi realizado nas instalaes e sob direo do pessoal do IPT. A figura 11 mostra

    detalhes do desenvolvimento do ensaio.

    Figura 11 - Realizao de ensaios de estimativa do teor de cloretos.

    Com os valores do teor de cimento dos concretos ensaiados, foram recalculados os teores de

    ons cloreto e expressos em relao ao aglomerante conforme apresentado na Tabela 16.

  • 15

    Tabela 16 - Determinao dos ons cloretos em relao ao teor de aglomerantes

    Determinaes Resultados (%)

    Amostra Z1 Amostra Z3

    ons cloreto (Cl-), no concreto < 0,02 < 0,02

    A norma NBR 6118:1978 limita o teor de cloretos a 500 mg/l em relao gua de

    amassamento, ou 0,05% em relao massa de cimento (HELENE, 1993). O teor de

    cloretos existentes no concreto ensaiado encontra-se menor que o limite aceitvel,

    descartando a despassivao das armaduras por cloretos.

    2.4. Comparao dos resultados do ensaio de esclerometria e ultrassom realizado na estrutura e ensaio de compresso axial.

    Neste item foi feita uma comparao da resistncia compresso do concreto, a partir dos

    ensaios realizados em campo e em laboratrio. Esta anlise visa tambm, avaliar os

    mtodos e critrios utilizados. Na tabela 17 so apresentadas as mdias das grandezas

    obtidas dos ensaios realizados nas zonas Z1 e Z3. Os ensaios de esclerometria e ultrassom

    foram realizados na estrutura, e o ensaio de compresso axial foi realizado nos corpos de

    prova extrados.

    Tabela 17 - Comparao dos resultados, (Ensaios de campo e laboratrio).

    Ensaio Resistncia compresso do concreto (fc)

    Esclerometria (MPa) Ultrassom (MPa) Compresso axial (MPa)

    Zona Z1 35,93 29,44 35,21

    Zona Z3 41,01 35,69 36,13

    Mdia 38,41 32,57 35,67

    A figura 12 apresenta graficamente os resultados da tabela 17.

    Figura 12 - Comparao de resultados dos ensaios de esclerometria e ultrassom realizado na estrutura e a compresso axial.

    35,93

    29,44

    35,21

    41,01

    35,69 36,13

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    45

    esclerometria ultrassom Compresso axial

    Re

    sist

    n

    cia

    co

    mp

    ress

    o (

    Mp

    a)

    Zona Z1

    Zona Z3

  • 16

    Comparando os resultados entre ensaios, tem-se: na zona Z1 o resultado do ensaio de

    esclerometria 2,9% maior do que o ensaio compresso axial e o ensaio de ultrassom

    19,60% menor; na zona Z3 o resultado do ensaio de esclerometria 13,51% maior do que o

    resultado de compresso axial e o ensaio de ultrassom 1,23% menor.

    Bungey e Millard (2006) indicam que ensaios de ultrassom em estruturas podem ter erros

    de at 20% quando comparados aos resultados dos ensaios de resistncia compresso axial.

    Desta forma, mesmo o resultado do ensaio de ultrassom na zona Z1, esta validado segundo a

    afirmao acima.

    Fazendo a mdia dos resultados da tabela 17 obtem-se os resultados apresentados na figura

    13.

    Figura 13 - Mdia dos resultados dos ensaios de esclerometria e ultrassom realizados na

    estrutura e a compresso axial.

    A anlise da figura 13 conduz s seguintes observaes: O resultado de esclerometria

    7,68% maior do que o resultado do ensaio de compresso axial; e o resultado do ultrassom

    9,52% menor. Devido pequena diferena entre os resultados, pode-se concluir que esses

    mtodos no-destrutivos so uma boa alternativa para a obteno da resistncia

    compresso do concreto.

    2.5. Comparao dos resultados do estudo de caso

    Aps a realizao da inspeo visual detalhada e aplicao dos mtodos de ensaio na ponte

    sobre o Rio Jaguari, mostra-se a continuao na tabela 18 a comparao dos resultados

    obtidos do estudo de caso para a elaborao do diagnstico e consequente avaliao da

    estrutura.

    38,41

    32,57 35,67

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    45

    esclerometria ultra-som Compresso axial

    Resistncia compresso (MPa)

  • 17

    Tabela 18 Comparao dos resultados do estudo de caso

    Insp

    eo v

    isu

    al

    Ob

    ra e

    m b

    om

    est

    ado,

    sup

    eres

    trutu

    ra c

    om

    bo

    m c

    om

    po

    rtam

    ento

    , se

    m d

    efo

    rma

    es

    . F

    issu

    ras

    no p

    avim

    ento

    , v

    igas

    lon

    gar

    inas

    e v

    igas

    tran

    ver

    sin

    as.

    Tal

    ud

    es

    est

    vei

    s e

    pro

    teg

    ido

    s,

    pav

    imen

    ta

    o

    com

    p

    ou

    cas

    fiss

    ura

    s,

    sin

    aliz

    ao

    co

    rres

    po

    nd

    ente

    , ap

    arel

    ho

    s d

    e ap

    oio

    d

    e n

    eop

    ren

    e,

    lev

    emen

    te r

    esse

    cad

    os.

    Fis

    sura

    s n

    o p

    avim

    ento

    per

    mit

    indo

    o p

    asso

    da

    gu

    a, f

    issu

    ras

    nas

    vig

    as l

    ong

    arin

    as e

    tra

    nv

    ersi

    nas

    , au

    sn

    cia

    de

    pin

    gad

    eira

    s. F

    alta

    de

    pro

    te

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    as f

    aces

    ex

    po

    stas

    ao

    mei

    o a

    mb

    ien

    te.

    Uso

    de

    mt

    od

    os

    de

    ensa

    io n

    o d

    estr

    uti

    vos

    e se

    mi

    des

    tru

    tivos

    Co

    bri

    men

    to a

    deq

    uad

    o d

    as a

    rmad

    ura

    s, c

    om

    par

    ado

    s co

    m o

    pro

    jeto

    da

    estr

    utu

    ra.

    Res

    ist

    nci

    a

    com

    pre

    sso

    do

    con

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    , co

    ncr

    eto h

    om

    og

    neo

    e d

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  • 18

    2.6. Concluses

    A obra esteve exposta ao ambiente por um pouco menos de 10 anos, registrando-se regies

    com lixiviaes leves no fundo da laje nos tramos intermedirios. Algumas fissuras na

    pavimentao devem-se fase construtiva da obra, funo de juntas frias mal posicionadas e

    no tratadas. Poucas fissuras nas lajes laterais em balano, porm com manifestao de

    pequenas reas lixiviadas; os elementos mais expostos s intempries, como as faces

    externas das vigas longarinas V1 e V2, guarda-rodas de concreto, das laterais obra

    (montante e jusante), apresentam-se aparentes e desprotegidas estando submetidas a ciclos

    de molhagem e secagem, podendo, a mdio / longo prazo, haver reduo do pH do concreto

    exposto e comprometimento de sua durabilidade.

    A norma NBR 6118:2007, na tabela 6.1, classifica a agressividade ambiental em quatro

    itens: fraca, moderada, forte e muito forte; a obra, escopo deste trabalho de pesquisa,

    encontra-se localizada num ambiente rural, o que corresponderia a uma agressividade fraca,

    tipo I, e um risco de deteriorao insignificante.

    Ressalta-se que nas vigas longarinas V1 e V2, entre as TR13 e TR14, existem juntas do

    processo de construo, na reviso do projeto estas juntas no figuram no projeto, por tanto

    estas juntas foram feitas fora do projeto. Na inspeo em campo, constatou-se presena de

    fissuras na zona da junta, pudendo este gerar danos num futuro prximo.

    Verificou-se tambm pouco ou nenhuma manuteno nos aparelhos de apoio e juntas de

    dilatao. A deteriorao destas ltimas permite a infiltrao de gua e outros materiais em

    determinados pontos da estrutura. Os problemas patolgicos existentes e diagnosticados na

    estrutura devem ser avaliados de imediato e os reparos necessrios devem ser aplicados,

    evitando com esses procedimentos o aumento dos danos, porm maior gasto financeiro.

    Pela realizao do ensaio de pacometria, houve a constatao do cobrimento das armaduras,

    cumprem 90% deste, as especificaes do projeto nas zonas analisadas, o que evidencia

    mesmo um bom atendimento as especificaes durante o processo construtivo quanto

    adequada posio das armaduras.

    No ensaio de ultrassom verificou-se a presena de fissuras nas zonas analisadas, concreto de

    qualidade tima, bem compactada descartando toda possibilidade de presena de bicheiras e

    ninhos de concretagem.

    A determinao do coeficiente de carbonatao assim como a estimativa da vida til

    residual, constituiu-se em um parmetro confivel e de fundamental importncia nos estudos

    da durabilidade. Para a estimativa foi necessrio serem realizados ensaios de carbonatao

    em vrios pontos da estrutura.

    Do ensaio de porosidade e absoro de gua, conclui-se ter um concreto de qualidade

    normal que mostra concreto poroso e permevel, portanto, probabilidade de difuso de

    agentes agressivos integridade da armadura.

    J para o ensaio de resistividade eltrica, ficou clara a probabilidade de corroso das

    armaduras por ter um concreto poroso e permevel, porm fica evidente a proteo da obra

    em mdio prazo. Ressaltando que nenhuma dos elementos analisados apresentava

    impermeabilizao das faces expostas.

  • 19

    Os resultados dos mtodos de ensaio no destrutivos e semi destrutivos, utilizados na

    avaliao do concreto da estrutura, seriam de pouca utilidade sem os critrios de avaliao

    utilizados. Os resultados ao serem comparados com estes critrios, so avaliados e permite

    determinar o tipo de qualidade do concreto, a melhor escolha destes critrios de avaliao

    assim das equaes matemticas apropriadas, resultaram numa boa avaliao do concreto

    que esta sendo ensaiado.

    Os resultados dos ensaios realizados nos corpos de prova extrados da estrutura, constituem

    uma ferramenta muito til na confirmao do padro de resultados obtidos de ensaios

    realizados na estrutura, assim como permitiu a correlao entre ensaios no destrutivos e

    semi destrutivos. Contudo estes resultados limitam-se apenas aos locais de ensaio.

    Na avaliao da ponte sobre o rio Jaguari foi demonstrado a eficcia da integrao da

    inspeo visual e o uso de mtodos de ensaio, para mostrar a real situao da estrutura. Esta

    integrao permitiu no somente garantir a veracidade das informaes obtidas na inspeo

    visual, mas de apresentar a condio atual das propriedades internas, assim como aspectos

    de durabilidade do concreto.

    Portanto possvel concluir depois de aplicada a alternativa de avaliao de pontes de

    concreto apresentada nesta dissertao, que a ponte sobre o rio Jaguari em toda a sua

    extenso, se encontra em boas condies de conservao, estruturais, funcionais e de

    durabilidade, mesmo sendo encontradas algumas anomalias. Devendo apenas receber

    pequenas intervenes reparadoras.

    Por ltimo devem-se programar inspees visuais rotineiras e peridicas, fazendo os reparos

    necessrios dos danos e deficincias encontrados. Na realizao deste trabalho no houve

    transtorno para os usurios e, por serem ensaios no destrutivos e semi destrutivos os

    elementos estruturais ensaiados continuam no mesmo estado anterior inspeo.

    2.7. Referncias

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 9204: concreto

    endurecido, determinao da resistividade eltrica volumtrica. Rio de Janeiro, 1985. 14p.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 9917: agregados para

    concreto determinao de sais, cloretos e sulfatos solveis. Rio de Janeiro, 1987. 8p.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 8802: concreto

    endurecido determinao da velocidade de propagao de onda ultra-snica. Rio de Janeiro, 1994. 8p.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 7584: concreto

    endurecido avaliao da dureza superficial pelo esclermetro de reflexo. Rio de Janeiro, 1995. 9p.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 9779: argamassa e

    concreto endurecidos determinao da absoro de gua por capilaridade. Rio de Janeiro, 1995. 2p.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 12655: concretopreparo, controle e recebimento. Rio de Janeiro, 1996. 7p.

  • 20

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 6118: projeto de

    estruturas de concreto procedimento. Rio de Janeiro, 2007. 221p.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 9778: argamassa e

    concreto endurecidos determinao da absoro de gua, ndice de vazios e massa especfica. Rio de Janeiro, 2005. 8p.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 7680: concretoextrao, preparo e ensaio de testemunhos de concreto. Rio de Janeiro, 2007. 12p.

    ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. NBR 5739: concreto ensaio de compresso de corpos-de-prova cilndricos. Rio de Janeiro, 2007. 9p.

    BUNGEY, J. H.; MILLARD, S. G. GRANTHAM, M.G.Testing of concrete in structures.

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    via an adaptive response surface method. v. 21. p. 207-214. 2009. Disponivel em:

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    MITRE, M. P. Metodologia para inspeo e diagnostico de pontes e viadutos de

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    PONTE. Disponvel em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Ponte. Acesso em 10/05/2011.

    SANTOS, J. M. M. N. D. Avaliao da integridade estrutural de pontes de beto o caso da ponte Nossa Senhora da Guia. 2008. 244p. Dissertao (Mestrado)-Universidade

    do Porto. Porto, 2008.

  • LTIMOS BOLETINS TCNICOS PUBLICADOS

    BT/PCC/574 - A evoluo das tcnicas construtivas em So Paulo: residncias unifamiliares de alto padro LUANA SATO, FERNANDO HENRIQUE SABBATINI

    BT/PCC/573 - Mtodo para gesto do custo da construo no processo de projeto de edifcios - CILENE MARIA MARQUES GONALVES, SILVIO BURRATTINO MELHADO

    BT/PCC/572 - Estrutura de um projeto para produo de alvenarias de vedao com enfoque na construtibilidade e aumento de eficincia na produo - ANA CRISTINA CATAI CHALITA, FERNANDO HENRIQUE SABBATINI

    BT/PCC/571 - Avaliao de pilares de concreto armado colorido de alta resistncia, submetidos a elevadas temperaturas - CARLOS AMADO BRITEZ, PAULO ROBERTO DO LAGO HELENE

    BT/PCC/570 - Controlando de forma local as propriedades de fibrocimentos fabricados em mquinas Hatschek - CLEBER MARCOS RIBEIRO DIAS, VANDERLEY MOACYR JOHN

    BT/PCC/569 - Metodologia para determinao da demanda de gua em matrizes cimentcias processadas por extruso - YATSEN JEPTHE MALDONADO SOTO, HOLMER SAVASTANO JNIOR

    BT/PCC/568 - Desempenho de sistemas de condicionamento de ar com utilizao de energia solar em edifcios de escritrios - PAULO JOS SCHIAVON ARA, RACINE TADEU ARAUJO PRADO

    BT/PCC/567 - Avaliao do conforto trmico e do nvel de CO2 em edifcios de escritrio com climatizao artificial na cidade de So Paulo - ELIANE HAYASHI SUZUKI, RACINE TADEU ARAUJO PRADO

    BT/PCC/566 - Parmetros e conceitos dos custos de infra-estrutura em uma cidade mdia - EVANDRO JOS DA SILVA ELOY, LUIZ REYNALDO DE AZEVEDO CARDOSO

    BT/PCC/565 - Mtodo para gesto de portflios de investimentos em edifcios de escritrios para locao no Brasil - PAOLA TORNERI PORTO, JOO DA ROCHA LIMA JNIOR

    BT/PCC/564 - Uso da ferramenta AHP (Analytic Hierarchy Process) para anlise da oportunidade de imobilizao em imveis corporativos - CAROLINA ANDREA GARISTO GREGRIO, JOO DA ROCHA LIMA JNIOR

    BT/PCC/563 - Influncia da origem e do tratamento dos agregados reciclados de resduos de construo e demolio no desempenho mecnico do concreto estrutural - LUCIA HIROMI HIGA MOREIRA, ANTONIO DOMINGUES DE FIGUEIREDO

    BT/PCC/562 - Contribuio metodologia de avaliao das emisses de dixido de carbono no ciclo de vida das fachadas de edifcios de escritrios - VANESSA MONTORO TABORANSKI, RACINE TADEU ARAUJO PRADO

    BT/PCC/561 - Desempenho energtico e caracterizao dos sistemas de aquecimento de gua de piscinas CLAUDIO AZER MALUF, RACINE TADEU ARAUJO PRADO

    BT/PCC/560 - Determinao das condies de operao de um sistema de climatizao com distribuio de ar pelo piso instalado em uma sala de aula para a sua melhor efetividade da ventilao - RENATA MARIA MAR, BRENDA CHAVES COELHO LEITE

    BT/PCC/559 - Aplicabilidade da arbitragem em contratos de construo civil para soluo de disputas RONALDO BENVENUTI, FRANCISCO FERREIRA CARDOSO

    BT/PCC/558 - Financiamento para habitaes populares no Brasil e no Mxico: uma anlise comparada LUCIANE MOTA VIRGILIO, ELIANE MONETTI

    BT/PCC/557 Interpretao da influncia das variveis condicionantes da demanda pela produo habitacional privada: aplicao na cidade de So Paulo durante o perodo de 1998 a 2008 JOS EDUARDO RODRIGUES VARANDAS JNIOR, CLAUDIO TAVARES DE ALENCAR

    BT/PCC/556 - Processos para a implantao da gesto estratgica de suprimentos TATHYANA MORATTI, FRANCISCO FERREIRA CARDOSO

    BT/PCC/555 - Aplicao da lei de ZEIS em vazios urbanos no municpio de Santos/SP - ROSANA MURINELLY GOMES SPINOLA, ALEX KENYA ABIKO

    Os demais nmeros desta srie esto disponveis na pgina http://publicacoes.pcc.usp.br/ e na Biblioteca de Engenharia Civil da Escola Politcnica da USP.

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