26
Epidemiologia da Tuberculose no Brasil Discentes: Brucelee Rocha Danilo Oliveira Universidade Estadual de Santa Cruz – UESC Departamento de Ciências Agrárias e Ambientais - DCAA Curso de Medicina Veterinária

Epidemiologia da Tuberculose no Brasil.docx

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: Epidemiologia da Tuberculose no Brasil.docx

Epidemiologia da Tuberculose no Brasil

Discentes:

Brucelee Rocha

Danilo Oliveira

Docente:

Dunezeu Alves

Ilhéus, BAOutubro, 2014

Universidade Estadual de Santa Cruz – UESCDepartamento de Ciências Agrárias e Ambientais - DCAA

Curso de Medicina Veterinária

Page 2: Epidemiologia da Tuberculose no Brasil.docx

RESUMO

A tuberculose é uma das doenças infecciosas que mais causa a morte e

que permanece como um grande problema de saúde pública mundial.

Transmitida através do ar, tem sua maior ocorrência principalmente em países

subdesenvolvidos. Referenciada como a doença dos poetas e intelectuais, foi

descoberta por Robert Koch, quando através de experimentos descobriu-se o

seu agente causador (Mycobacterium tuberculosis), que ficou conhecido como

bacilo de Koch. É uma doença que acomete principalmente os pulmões, mas

que pode ocorrer em vários órgãos. Seu diagnóstico é feito principalmente pelo

teste de escarro, porém há muitos outros testes. O tratamento é demorado e

por isso muitas pessoas abandonam-no antes do término por acharem que já

estão curadas; isso pode provocar a resistência do bacilo e dificultar ainda mais

a cura. O Brasil está no grupo dos 22 países responsáveis por 80% dos casos

mundiais da enfermidade e a meta do governo brasileiro recomendado pela

OMS é descobrir 70% dos casos estimados e curar 85% de todos os casos.

Palavras-chave: Tuberculose; OMS; Perfil Epidemiológico

Page 3: Epidemiologia da Tuberculose no Brasil.docx

SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 04

2. OBJETIVO 05

3. DESENVOLVMENTO 05

3.1 AGENTE ETIOLÓGICO 05

3.2PATOGENIA 06

3.3 TRANSMISSÃO 07

3.4 TIPOS DE TUBERCULOSE 08

4. EPIDEMIOLOGIA 08

4.1 DISTRIBUIÇÃO 08

4.2 DIAGNÓSTICO 10

4.3 PROFILAXIA 11

4.4 FIOCRUZ 12

5. CONCLUSÃO 13

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 14

7. ANEXOS 16

Page 4: Epidemiologia da Tuberculose no Brasil.docx

1. INTRODUÇÃO

A tuberculose (TB) é uma doença infectocontagiosa, causada pela

bactéria Mycobacterium tuberculosis (Bacilo de Koch) ou outras espécies do

gênero Mycobacterium.

Descoberta em 1882 por Robert Koch, a tuberculose é um doença antiga

e têm-se registros pré-históricos como encontrada em ossos humanos na

Alemanha, a 8.000 a.C. Foi considerada um castigo, pois não se sabia na

época as causas da doença, até que Hipócrates, na Grécia em XXX a.C

descobriu que era uma doença natural e passou a chamá-la de Tísica (do

grego phthisikos, ou seja, que traz consumpção).

A tuberculose foi mais bem compreendida no nos séculos XVII e XVIII,

com os primeiros estudos da anatomia. No final do século XVIII, a doença foi

vinculada a duas representações: associada a uma doença romântica que

afligia principalmente poetas e intelectuais e a outra associação era vinculada a

um mal social, esta criada no final do século XIX.

Em 1920 no Brasil, com a reforma de Carlos Chagas nos serviços de

saúde, originou-se o Departamento Nacional de Saúde Pública e o Estado

mostrou-se mais presente no combate a doença, criando a Inspetoria de

Profilaxia da Tuberculose. Na década de 30, surgiram avanços no combate a

doença: a vacina BCG, o diagnóstico por baciloscopia e as cirurgias do tórax.

Com a descoberta da quimioterapia antibiótica na década de 40 e a qual nas

décadas de 50 e 60 teve sua eficácia comprovada, deixou-se de ser necessária

a internação do paciente, o que resultou no fechamento dos sanatórios. Com a

criação do tratamento com antibióticos, a profilaxia e o surgimento de exames

de detecção mais simples, houve uma redução significativa no número de

mortes pela tuberculose.

Apesar do bacilo de Koch ter sido identificado no século XIX, apenas no

século seguinte que foi descoberto um microrganismo capaz de combater e

prevenir a tuberculose.

Em 1913, Albert Calmett e CamileGuerin identificaram o BCG (bacilo

Calmett-Guerin), que se tornou muito importante na prevenção da doença, mas

4

Page 5: Epidemiologia da Tuberculose no Brasil.docx

apenas em 1994 com a descoberta da streptomicina que se obteve uma cura

efetiva para a tuberculose.

Na década de 90, pensou-se que a doença estava controlada, porém

houve um grande crescimento no número de casos em varias regiões do

mundo, muitos desses casos ligados ao HIV, que teve uma explosão em sua

disseminação no mundo. De acordo com a OMS, foram registrados cinco

milhões de novos casos por coinfecção em todo o mundo. Estudos mostraram

que 33% das mortes de pessoas soropositivas são causadas pela tuberculose.

Outro fator que tem colaborado com a dificuldade de controle e eliminação da

doença, é a resistência do bacilo, que tem se tornado muito resistente às

drogas e cada vez mais se faz necessário à utilização de quimioterápicos

potentes no tratamento, algo que se não for feito corretamente, pode provocar

uma maior resistência do bacilo de Koch.

2. OBJETIVOS

Este trabalho busca o aprendizado sobre a Tuberculose, desde como se

contrai a doença até a sua forma de profilaxia além da epidemiologia no Brasil.

3. DESENVOLVIMENTO

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa que acomete os pulmões

(sua forma mais frequente), mas também tem ocorrência em outros órgãos

(tuberculose extrapulmonar). Quando a M. bovis acomete bovinos, este passa

a TB para o homem através do leite, ou seja, em qualquer espécie do gênero

Mycobacterium, o homem sempre é o hospedeiro definitivo.

3.1 AGENTE ETIOLÓGICO

As micobactérias pertencem ao gênero Mycobacterium, família

Mycobacteriaceae, subordem Corynebacteriaceae, ordem Actinomycetales.

5

Page 6: Epidemiologia da Tuberculose no Brasil.docx

A Mycobacterium tuberculosis causa a grande maioria dos casos de

tuberculose (BRAGA et al., 2004), que é um bacilo não formador de esporos,

reto ou ligeiramente curvo, imóvel, sem flagelos nem cápsula e que não produz

toxinas; são considerados como gram positivos devido às características da

sua parede celular. Uma característica específica é o grupamento do bacilo em

ramos alongados e tortuosos, que são conhecidos como cordas; esta

observação faz com que no teste da baciloscopia sejam reconhecidas essas

cordas identificando a presença da bactéria do complexo M. tuberculosis.

É uma espécie aeróbica estrita, necessitando de oxigênio para crescer e

se multiplicar. Por ser capaz de sobreviver e de se multiplicar no interior de

células fagocitárias, é considerado um parasito intracelular facultativo. Ela se

propaga através do ar, por meio de gotículas contendo os bacilos expelidos por

um doente com tuberculose pulmonar ao tossir, espirrar ou falar em voz alta.

Quando estas gotículas são inaladas por pessoas sadias, provocam a infecção

tuberculosa e o risco de desenvolver a doença.

3.2 PATOGENIA

A infecção pelo M. tuberculosis se inicia quando o bacilo atinge os

alvéolos pulmonares e pode se espalhar para os nódulos linfáticos e daí,

através da corrente sanguínea, para tecidos mais distantes onde a doença

pode se desenvolver na parte superior dos pulmões (sendo mais visível no

pulmão direito), nos rins, no cérebro e nos ossos.

A resposta imunológica do organismo mata a maioria dos bacilos,

levando à formação de um granuloma. Os "tubérculos", ou nódulos de

tuberculose, são pequenas lesões que consistem em tecidos mortos de cor

acinzentada contendo a bactéria da tuberculose.

Entretanto, em algumas pessoas, o bacilo da tuberculose supera as

defesas do sistema imunológico e começa a se multiplicar, resultando na

progressão de uma simples infecção pelo bacilo da tuberculose para a doença

em si. Isto pode ocorrer logo após a infecção (tuberculose primária – 1 a 5%

6

Page 7: Epidemiologia da Tuberculose no Brasil.docx

dos casos), ou vários anos após a infecção (reativação da doença tuberculosa,

ou bacilo dormente – 5 a 9 %).

Cerca de 5% das pessoas infectadas irão desenvolver a doença nos

dois primeiros anos, e outras 5% irá desenvolvê-la ainda mais tarde. No total,

cerca de 10% dos infectados com sistema imunológico normal desenvolverão a

doença durante a vida.

Normalmente o sistema imunológico é capaz de conter a multiplicação

do bacilo, evitando sua disseminação em 90% dos casos.

3.3 TRANSMISSÃO

A tuberculose é transmitida de forma direta, de pessoa para pessoa,

devido à eliminação de gotas de saliva que contém o agente através do espirro,

tosse ou fala da pessoa infectada. Um mito que a população acredita é que se

adquire tuberculose quando se usa os mesmos talheres, pratos, roupas de

cama da pessoa doente, isso não acontece. Pessoas com imunidade baixa,

devido a outras doenças como a AIDS ou diabetes, são mais susceptíveis à

contaminação.

A Mycobacterium bovis também causa tuberculose em humanos,

geralmente em países subdesenvolvidos (JAWETZ et al., 2001). M. bovis

acomete bovinos e bubalinos e pode ser transmitida de animal para animal

(animal sadio e outro infectado), através de aerossóis da respiração, corrimento

nasal, ou seja, orofaringe, leite cru. As vias menos comuns são a partir de

fezes, urina, secreções vaginais ou uterinas, sêmen.

Um animal sem sintomas já pode transmitir a doença mesmo sem

lesões e os animais mais velhos geralmente têm a doença mais adiantada

sendo assim mais propícia a infecção dos mais jovens. Pode ser transmitida de

um animal infectado para o homem, através de: aerossóis da respiração, leite

cru, carne crua.

7

Page 8: Epidemiologia da Tuberculose no Brasil.docx

3.4 TIPOS DE TUBERCULOSE

Embora a tuberculose pulmonar (que atinge os pulmões) seja a forma

mais frequente da doença, quando esta se manifesta em outros órgãos, é

denominada extrapulmonar. Na tuberculose extrapulmonar não há fatores de

risco em relação à transmissão da doença; podendo acometer vários órgãos e

ter diferentes denominações como a: tuberculose pleural (a forma mais comum

de tuberculose extrapulmonar), pericárdica, ganglionar (linfonodos), do

aparelho urogenital (compromete os rins), entérica (intestinos), ósteo-articular

(considerada uma das formas mais antigas da doença, causando lesões nas

vértebras) e tuberculose do sistema nervoso central (forma mais grave da

doença pela mortalidade, atingindo as meninges, parênquima cerebral e a

medula espinhal).

4. EPIDEMIOLOGIA

A epidemiologia é essencial a fim de se conhecer a distribuição da

Tuberculose no mundo e principalmente no Brasil. Determinar coeficientes

epidemiológicos como prevalência e/ou incidência, áreas mais propícias à

doença, por fatores relacionados a subdesenvolvimento da população,

migrações, idade, endemia do HIV, poucas pesquisas no campo da ciência,

são elementos necessários na epidemiologia da Tuberculose.

4.1 DISTRIBUIÇÃO

Em 1993, a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a

Tuberculose no mundo em estado de urgência devido aos altos índices de

incidência e mortalidade em países com baixos níveis socioeconômicos. Um

fator importante para o crescimento da Tuberculose foi à endemia da AIDS,

fazendo com que fosse uma das principais doenças em associação ao HIV.

Já em 2005, foram cerca de oito milhões de casos novos mundialmente;

e dois milhões de óbitos de tuberculose ao ano. Metade dos casos estimados

são notificados à OMS.

8

Page 9: Epidemiologia da Tuberculose no Brasil.docx

Nas Américas, Brasil e Peru contribuem com 50% dos casos estimados.

Somando-se Bolívia, Equador, Haiti, Honduras, Guiana, México, Nicarágua e

República Dominicana, com 75% dos casos estimados.

No Brasil, na década 80, com a introdução dos quimioterápicos houve um

declínio da incidência da doença no Brasil; o país vem tratando seus pacientes

com esquema de curta duração, desde 1979, garantindo medicação gratuita e

usando doses fixas combinadas de R (rifampicina) +H (isoniazida). São

diagnosticados entre 80 e 90 mil casos novos por ano no Brasil e 4,6 mil óbitos.

Em 2004, 81.485 casos foram notificados com tuberculose de todas as formas,

sendo 43.310 pulmonares, com confirmação bacteriológica. Nos últimos anos,

houve uma queda na incidência da TB assim como na taxa de mortalidade,

mas ainda é considerada uma enfermidade importante e que preocupa as

autoridades públicas, situando o Brasil entre os 22 países responsáveis por

80% do total de casos mundiais. De acordo com a OMS, o Brasil ocupa a 17ª

posição relacionado ao total de casos mundiais e a 111° em razão ao

coeficiente de incidência em comparação a outros países.

A TB no Brasil predomina no sexo masculino, na relação de 2 para 1, em

relação ao feminino (Figura 1).

Figura 1. Distribuição por sexo e faixa etária da Tuberculose no Brasil, 2005.

Vinte e dois países foram definidos pela OMS onde ocorrem os maiores

números de casos absolutos, são eles em ordem decrescente: Índia, China,

9

0-14 15-24 25-34 35-44 45-54 55-64 65 e +0

1,0002,0003,0004,0005,0006,0007,000

Masc...

Faixa Etária

Cas

os

'

Page 10: Epidemiologia da Tuberculose no Brasil.docx

Indonésia, Nigéria, Bangladessh, Paquistão, Etiópia, Filipinas, África do Sul,

República Democrática do Congo, Rússia, Quênia, Vietnã, Tanzânia, Brasil,

Uganda Zimbábue, Moçambique, Tailândia, Afeganistão, Camboja e Miamar.

As pessoas mais susceptíveis a doença são os profissionais de saúde,

portadores do diabetes ou neoplasias (mais comum os linfomas e a AIDS),

extremos em idade crianças e/ou idosos (SOUZA, 2003).

4.2 DIAGNÓSTICO

Os principais sintomas da tuberculose são o emagrecimento acentuado,

tosse com ou sem secreção por mais de três semanas, febre baixa geralmente

à tarde, sudorese noturna, cansaço excessivo, falta de apetite, palidez e

rouquidão. O diagnóstico pode ser feito através de vários métodos,

destacando-se os abaixo:

Baciloscopia do escarro- é um dos métodos principais para o controle

da tuberculose pulmonar, descobrindo-se as fontes de infecção, no caso, os

bacilíferos. É um método de baixo custo, além de rápido e seguro para o

diagnóstico da tuberculose, pois o mesmo confirma a existência do bacilo. A

amostra do escarro é proveniente da árvore brônquica, com a tosse do

paciente (expectoração espontânea). O exame é feito através dos seguintes

sintomas apresentados pelos pacientes:

• Tosse por duas a três semanas (sintomático respiratório);

• Suspeita clínica e/ou radiológica de TB pulmonar, independentemente do

tempo de tosse; 

• Suspeita clínica de TB em sítios extrapulmonares (materiais 

biológicos diversos).

É importante que haja alguns cuidados ao fazer a coleta do escarro,

como: a unidade de saúde deve possuir pessoas capacitadas para transmitir

informações claras ao paciente quanto ao procedimento da coleta: lavar bem a

boca ao acordar, inspirar profundamente, prender a respiração por um instante

e escarrar após forçar a tosse, repetindo este procedimento até obter três

eliminações de escarro e deve-se evitar que o mesmo escorra pela parede

externa do pote e não se esquecer de lavar as mãos. 

10

Page 11: Epidemiologia da Tuberculose no Brasil.docx

Radiológico-através da radiografia do tórax sendo um método bastante

importante no diagnóstico da tuberculose. Apontam a doença em atividade ou

caso a pessoa tenha a adquirido no passado, além da extensão do

comprometimento do pulmão. O método radiológico é solicitado para pacientes

com tuberculose pulmonar.

Prova Tuberculínica (PT)-inocula-se intradermicamente um derivado proteico do M. tuberculosis para medir a resposta imune células dos

antígenos. Pode ser utilizada tanto em adultos quanto em crianças e nestas, é

um método coadjuvante para o diagnóstico da tuberculose.

4.3 PROFILAXIA

A prevenção da tuberculose é feita principalmente através da vacinação.

A vacina BCG (Bacilo de Calmette-Guérin), não possui eficácia de 100%, mas

permitiu reduzir o número de casos de tuberculose no mundo todo. A BCG

protege contra manifestações graves de primoinfecção com as disseminações

de algumas complicações, mas não evita a infecção. É indicada para crianças

de até quatro anos de idade, sendo obrigatória para menores de um ano, os

recém-nascidos devem ter peso igual ou maior que 2 kg. É contra-indicada nos

casos de doenças dermatológicas, seja no local da vacinação ou generalizada,

uso de imunodepressores ou esteroides e pacientes com HIV.

O tratamento da tuberculose é feito com quatro drogas na fase de

ataque (2 meses)do tratamento com isoniazida, rifampicina, pirazinamida e

etambutol. Na fase de manutenção (quatro meses subsequentes) utilizam-se

rifampicina e isoniazida. Este tratamento dura seis meses e leva à cura da

doença, desde que haja boa adesão ao tratamento com uso diário da

medicação. O tratamento deve ser diretamente observado (TDO).

No tratamento diretamente observado, um profissional da equipe da

unidade de saúde observa a tomada da medicação do paciente desde o início

do tratamento até a sua cura. Esta estratégia, também, oferece maior

acolhimento ao doente, melhor adesão com aumento da cura e redução de

11

Page 12: Epidemiologia da Tuberculose no Brasil.docx

abandono ao tratamento. Todo paciente com Tuberculose deve receber este

tipo de tratamento.

4.4 FIOCRUZ

A Fiocruz é uma instituição importante em estudos, prevenção,

tratamento e diagnóstico da tuberculose, fazendo parceria com a Rede

Brasileira de Pesquisas em Tuberculose (Rede-TB) que é uma ONG que

auxilia o desenvolvimento de novas vacinas, testes diagnósticos e estratégias

para controlar a doença. A Fiocruz criou o Observatório Tuberculose Brasil, que

fortalece o SUS contribuindo para o controle além de monitorar as políticas

públicas de saúde. No campo de ensino, a Fiocruz, por meio do Instituto de

Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec), oferece um curso internacional de

capacitação multidisciplinar de manejo clínico em tuberculose, que tem duração

de um mês e é direcionado a profissionais de nível superior. O Ipec/Fiocruz

ainda assessora programas do Ministério da Saúde em tuberculose, elabora

manuais com novas recomendações no campo e atua no atendimento de

casos de TB pulmonar, extrapulmonar, entre outros. Possui um Laboratório de

bacteriologia, participando de estudos da rede pública no campo e recebendo

amostras de dentro e fora da instituição.

12

Page 13: Epidemiologia da Tuberculose no Brasil.docx

5. CONCLUSÃO

A Tuberculose é uma doença que se encontra mundialmente nos países

mais subdesenvolvidos e em desenvolvimento. Indiscutivelmente se mostra

uma doença que se leva em conta fatores sociais como educação e renda, por

atingir lugares com maiores níveis de pobreza e baixo conhecimento da

doença.

Por algum tempo a OMS pensou que a doença estava controlada, mas

com o surgimento da AIDS houve um aumento dos números de casos na

década de 90, o que fez com que a OMS 1993 declarasse a tuberculose como

uma doença em “estado de emergência global” e lançasse o DOTs

(Tratamento Diretamente Supervisionado de Curto Prazo), tentando controlar a

doença em grandes proporções. Ainda existem muitos desafios a serem

vencidos na batalha contra esta doença, mas com os governos dando maior

atenção no combate e controle, e novas pesquisas sendo feitas na área, é

possível que surja meios mais efetivos na eliminação deste mal que afligi a

humanidade a tanto tempo.

13

Page 14: Epidemiologia da Tuberculose no Brasil.docx

6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

AGÊNCIA FIOCRUZ DE NOTÍCIAS: Tuberculose. Revisado por: ROLLA, V.

Instituto de Pesquisa Clínica Evandro Chagas (Ipec/Fiocruz). Disponível em:

<http://www.agencia.fiocruz.br/tuberculose>. Acesso em: 13 de out. 2014.

ALMEIDA, M. Tuberculose. Disponível

em:

<http://www.zoonoses.org.br/absoluto/midia/imagens/zoonoses/arquivos_1258

562973/8933_crmv-pr_manual-zoonoses_tuberculose.pdf>. Acesso em: 13 de

out. 2014.

BRAGA, E. C. et al. 2004. Tuberculosis, reemerging pathology: incidence and

associated factors. Rev. Soc. Bras. Clín. Méd; 2(1):1-5.

CAMPOS, H. Etiopatogenia da tuberculose e formas clínicas. Disponível em:

<http://www.saudedireta.com.br/docsupload/13404591932.pdf>. Acesso em: 15

de out. 2014.

CAPONE, D. et al., 2006. Tuberculose extrapulmonar. Artigo de revisão, vol.5,

n.2. Disponível em: < http://revista.hupe.uerj.br/detalhe_artigo.asp?id=234>.

Acesso em: 15 de out. 2014.

FRANCO, C.; ZANETTA, D. 2005. Tuberculose em profissionais de saúde:

medidas institucionais de prevenção e controle. Disponível em:

<http://br.monografias.com/trabalhos-pdf900/tuberculose-profissionais-saude/

tuberculose-profissionais-saude.pdf>. Acesso em: 17 de out. 2014.

Hijjar, M. et al.,2005. Epidemiologia da tuberculose: importância no mundo, no

Brasil e no Rio de Janeiro. Disponível

em:

<http://sopterj.com.br/profissionais/_educacao_continuada/curso_tuberculose_

1.pdf>. Acesso em: 16 de out. 2014.

14

Page 15: Epidemiologia da Tuberculose no Brasil.docx

JAWETZ, E.; LEVINSON, W.; Microbiologia Médica e Imunologia. 4ª. edição.

2001. Porto Alegre (RS). Editora Artes Médicas Sul Ltda.

NETTO, A. Tuberculose: a calamidade negligenciada. Rev. Soc. Bras. Med. Tropical. Disponível em:<http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0037-86822002000100010&script=sci_arttext&tlng=en>. Acesso em: 16 de out.

2014.

Programa Estadual de Controle da Tuberculose. Secretaria da saúde do Espírito Santo. Disponível em:<http://www.saude.es.gov.br/default.asp?

pagina=17439>. Acesso em: 16 de out. 2014.

Rede TB - Rede Brasileira de Pesquisas em Tuberculose . Disponível em:<

www.redetb.org/>. Acesso em: 13 de out. 2014.

ROXO, E. Instituto Biológico. Tuberculose humana e animal. Disponível

em:<http://www.biologico.sp.gov.br/artigos_ok.php?id_artigo=46>. Acesso em:

14 de out. 2014.

SOUZA, J. W. M. 2003. Tuberculose. Disponível em:<

http://www.saudevidaonline.com.br/artigo14.htm>. Acesso em: 17 de out. 2014.

Tuberculose. Secretaria da saúde, governo do estado do Paraná. Disponível

em:<http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?

conteudo=939>. Acesso em: 15 de out. 2014.

Tuberculose na Bahia. Programa Estadual de Controle da Tuberculose da Bahia da Secretaria de Saúde do Estado da Bahia. Disponível

em:<http://tuberculosenabahia.blogspot.com.br/p/dados-da-tuberculose.html>.

Acesso em: 17 de out. 2014.

VARELLA, D. Tuberculose. Disponível

em:<http://drauziovarella.com.br/letras/t/tuberculose/>. Acesso em: 15 de out.

2014.

15

Page 16: Epidemiologia da Tuberculose no Brasil.docx

ANEXOS

16

Page 17: Epidemiologia da Tuberculose no Brasil.docx

17

Distribuição de Casos Novos de Tuberculose no Brasil e em Unidades Federativas, 2004.

Page 18: Epidemiologia da Tuberculose no Brasil.docx

Número Total de Casos de TB Notificados por ano, Ilhéus

18

Page 19: Epidemiologia da Tuberculose no Brasil.docx

Número de Casos de TB Notificados por Ano Segundo Sexo

Percentual de Óbitos por Ano

19