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Mecânica Geral Curso: Engenharia com ênfase em produção e eletrônica Período: 2° e 3° série / módulo Prof. Eng. Eric F. Santos Equilíbrio de um ponto material Cap. 3 - HIBBELER, R.C. Estática: mecânica para engenharia 2013

Equilibrio de Um Ponto Material - Cap. 03

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Page 1: Equilibrio de Um Ponto Material - Cap. 03

Mecânica Geral Curso: Engenharia com ênfase em produção e eletrônica

Período: 2° e 3° série / móduloProf. Eng. Eric F. Santos

Equilíbrio de um ponto materialCap. 3 - HIBBELER, R.C. Estática: mecânica para engenharia

2013

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Introdução

Princípios da Mecânica Newtoniana

Definições e conceitos fundamentais

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Conceito de MecânicaÉ o ramo da ciência física que descreve e prediz as condições de repouso ou movimento de corpos sob a ação de forças.É uma ciência aplicada que possui como propósito explicar e prever fenômenos físicos e, desse modo, estabelecer fundamentos para aplicações de engenharia.

A mecânica se subdivide em: Mecânica dos Corpos Rígidos.

• A cinemática e dinâmica.• A estática .• Os corpos são considerados perfeitamente rígidos.

Mecânica dos Corpos Deformáveis.• Resistência dos Materiais.• Estruturas de máquinas se deformam sob a ação de determinadas cargas. • Corpos sofrem pequenas deformações sem afetar estabilidade dos elementos.

Mecânica dos Fluidos.• A mecânica dos fluidos se divide em fluidos compressíveis e incompressíveis.

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Conceitos Básicos da mecânica

A mecânica newtoniana é base das ciências da engenharia atual. Para a mecânica Newtoniana tempo, espaço e massa são conceitos absolutos, independentes entre si.A força resultante que atua sobre o corpo está relacionada à massa do corpo e ao modo pelo qual sua velocidade varia com o tempo.

Espaço: Localiza a posição de um ponto P. A posição de um ponto no espaço é definida por três comprimentos.

(coordenadas) medidos a partir de uma origem no sistema de referencia. O comprimento descreve a dimensão do sistema físico.

Tempo: Concebido como sucessão de eventos. Importante para o estudo da dinâmica. A estática independe do tempo.

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Conceitos Básicos da mecânica

Massa: Compara a ação de um corpo com a de outro. Se manifesta como a atração da gravidade entre dois corpos. Dois corpos de mesma massa serão atraídos pela terra de modo idêntico.

Força: Ação de um corpo sobre o outro. Pode acontecer por contato direto ou por corpos fisicamente separado. Caracterizada por sua intensidade, direção e ponto de aplicação. Exemplo: força da gravidade, força elétrica , força magnéticas, força de um

carregamento.

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Conceitos Básicos da mecânica

Ponto Material ou partícula: Possui massa, com dimensões desprezíveis. Os princípios da mecânica reduzem-se a uma forma simplificada. Geometria não é envolvida na análise do problema.

Corpo Rígido: É uma combinação de partículas que ocupam posições fixas umas em relação a

outras. Corpo que permanece inalterado mesmo após ação de uma carga. As propriedades do material não precisam ser consideradas na análise das forças

que atuam sobre ele. Hipótese adotada para estruturas, máquinas e mecanismos que sofrem

deformações relativamente pequenas.

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Leis do movimento de Newton

Primeira Lei - Inércia

Um ponto material inicialmente em

repouso ou movendo-se em linha reta,

com velocidade constante, permanece

nesse estado desde que não seja

submetido a uma força em

desequilíbrio.

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Leis do movimento de Newton

Segunda Lei – Princípio fundamental

Um ponto material sob a ação de uma força

desequilibrada F sofre uma aceleração a que tem a

mesma direção da força e grandeza diretamente

proporcional a ela.

F = m.a

Onde:

F: Força resultante na partícula.

m: massa da partícula.

a: aceleração da partícula.

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Leis do movimento de Newton

Terceira Lei – Ação e reação

As forças mútuas de ação e reação

entre dois pontos materiais são iguais,

opostas e colineares. As forças de ação

agem a favor do movimento, enquanto

as forças de reação, agem contrária ao

movimento.

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Lei da gravitação de Newton

Estabelece que dois pontos materiais de

massas M e m são mutuamente atraídos

por forças iguais e opostas F e -F de

intensidade F definida pela equação:

Onde:

r: distância entre as duas partículas.

G: constante universal.

A equação do peso representa a

força da gravidade entre a terra e o

ponto material.

onde g é aceleração local da

gravidade ( g = 9,81 m/s² ).

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A lei do Paralelogramo

Estabelece que duas forças atuantes sobre um ponto material podem ser substituídas

por uma única força chamada resultante, obtida pela diagonal do paralelogramo cujos

lados são iguais as forças dadas.

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O princípio da transmissibilidade

Estabelece que as condições de

equilíbrio ou de movimento de um

corpo rígido permanecerão inalteradas

se: Uma força F que atua num ponto do

corpo rígido for substituída por uma

força F’ de mesmo módulo direção e

sentido, mas que atua num ponto

diferente, desde que tenham a mesma

linha de ação.

As forças F e F’ são chamadas Forças

equivalentes.

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Sistema de unidades

Unidades de Base

Unidades Derivadas

Sistema Internacional (SI) Sistema Americano (FPS) Grandeza Unidade Símbolo Unidade Símbolo Comprimento metro m Pé ft Massa quilograma kg Slug Lb.s²/ft Tempo segundo s segundo s Temperatura Kelvin K Fahrenheit °F

Grandeza Sistema internacional (SI) Sistema Usual Americano (FPS)

Unidade Símbolo Equação Unidade Símbolo Equação Área m² ft² Ângulo plano radiano rad Força Newton N kg.m/s² libra lb Tensão pascal Pa N/m² psi lb/in² Momento de força N.m Libra pé lb.ft

Unidades Derivadas

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Sistema de unidades

Prefixos

Exemplos: Escrever as quantidades utilizando os prefixos de multiplicação.

35,3(10³) N = 35,3 kN

0,00532 km = 0,00532 . 1000 m = 5,32 m

163200000 N = 163,2 x 106 N = 163,2 MN

0,0000256 m = 25,6 x 10-6 N = 25,6 μm

Nome Símbolo Forma exponencial giga G mega M quilo k mili m micro µ nano n

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Estática de Pontos materiais

Escalares e vetoresEquilíbrio de uma partícula

Forças no planoForças no espaço

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Escalares e Vetores

Escalar É uma quantidade definida por um número positivo ou negativo. Representa o módulo de um grandeza.

Exemplo: massa, volume e comprimento.

Vetor É uma quantidade matemática que possui

intensidade, direção e sentido. É representado por setas. A soma dos vetores segue os princípios da

lei do paralelogramo.

Exemplo: Velocidade, força

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Vetores

Identificação vetor A

Intensidade de 4 unidades.

Direção de 20° medidos no sentido anti-horário a partir do eixo horizontal.

Sentido para cima e para a direita.

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Operações Vetoriais

Sejam Dois vetores A e B, e um escalar k

Multiplicação de um vetor por um escalar

Divisão de um vetor por um escalar

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Operações Vetoriais - Adição

Lei do paralelogramo:

Vetor resultante com mesmo efeito de

vetores originais.

A diagonal R representa a soma vetorial A

+ B.

Um caso especial da lei do paralelogramo

é a construção do triângulo.

Para a construção do triângulo, deve-se

respeitar o padrão ponta-a-cauda.

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Operações Vetoriais – Decomposição de Forças

Se são conhecidas as forças Fa e Fb que as duas correntes exercem sobre o gancho,

pode-se determinar a força resultante Fc .

Se for conhecida a força resultante Fc , pode-se determinar as forças Fa e Fb nas duas

correntes.

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Adição de Forças VetoriaisSe a adição envolve mais de duas forças, aplica-se a lei do paralelogramo sucessivas vezes.

Lei dos cossenos e lei dos senos

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Componentes cartesianas de uma Força

Se as duas componentes da força formarem um retângulo, então estas forças (Fx e Fy) são

chamada componentes retangulares ou cartesianas de uma força.

Os eixos x e y são ortogonais entre sí.

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Vetores Unitários

Os escalares Fx e Fy, são componentes escalares da força F.

As componentes Fx e Fy são componentes vetoriais da força F.

As componentes vetoriais são positivas se estiverem no mesmo sentido dos vetores

unitários.

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Adição de forças pela soma das componentes segundo x e y

R= P + Q + S

Sem o ponto A não está em equilíbrio, então existe uma resultante R, tal que:

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Adição de forças pela soma das componentes segundo x e y

Os componentes escalares Rx e Ry da força resultante R, de várias forças que atuem

sobre uma partícula, são obtidos adicionando algebricamente os correspondentes

componentes escalares das forças dadas.

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Equilíbrio de um ponto material

Se um ponto material sujeito á ação de um sistema de forças estiver em equilíbrio, as

somas algébricas das projeções dessas forças sobre dois eixos perpendiculares e

pertencentes ao mesmo plano das forças são nulas.

Se o ponto A está em equilíbrio então tem-se:

Mas:

Então:

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Equilíbrio de um ponto material

Se o ponto A está em equilíbrio, tem-se:

Então:

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Diagrama espacial Diagrama de corpo livre

DEApresenta as condições físicas do problema.

DCLOs problemas reais são reduzidos a uma partícula.Representa todas as forças atuantes no ponto a se analisar.

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Exemplo

E. 1 – A luminária de 80 kg é suportada por duas hastes AB e BC como mostra a figura.

Sabendo que a luminária está em equilíbrio, determinar as forças atuantes nos cabos

AB e BC.

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Exemplo

E. 2– Duas forças P e Q de intensidade P = 5kN e Q = 6kN estão aplicadas à conexão

de avião ilustrada. Sabendo-se que a conexão está em equilíbrio, determinar as

trações TA e TB.

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Exemplo

E. 3 – A força P é aplicada a uma pequena roda que se desloca sobre um cabo ACB.

Sabendo que a tração nas duas partes do cabo é de 750 N, determine o módulo e a

direção de P.

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Exemplo

E. 4 – Dois cabos são atados no ponto A sujeitos a uma carga de Q = 960 N. Sabendo

que P é 640 N, calcule a tensão em cada cabo.

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Exercícios: cap. 03 – pag. 19

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Exercícios: 3.3 - cap. 03 – pag. 21

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Decomposição de forças no espaço

-Se a força F age na origem O do sistema cartesiano x, y e z.

A primeira decomposição acontece no plano OBAC

A segunda decomposição acontece no plano ODCE

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Forças no espaço Decomposição do vetor força no espaço.

Mas

Então

Os três ângulos definem a direção da força F.

Os cossenos dos ângulos são conhecidos como cossenos diretores da força F

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Forças no espaço Vetores unitários

Se

Logo:

Onde o módulo do vetor F vale:

E o vetor unitário pode ser escrito como

Então:

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Vetores unitários e cossenos diretores

Os três ângulos θx, θy, θz definem a direção da força F.

Os cossenos dos ângulos são os cossenos diretores da força F.

Cada ângulo é formado a partir do semi eixo positivo, ao qual ele se refere.

Para cossenos diretores vale a relação:

Se os ângulos forem menores que 90°, as forças referentes ao eixo serão positivas.

Se os ângulos forem maiores que 90°, as forças referentes ao eixo serão negativas.

Os ângulos devem ser medidos entre 0 e 180°.

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Resultante de forças no espaço

Métodos gráficos e trigonométricos são inviáveis, logo similar a metodologia utilizada

para forças no plano:

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Equilíbrio de uma partícula no espaço

Estas são as equações necessárias para o equilíbrio

Sejam dados três vetores no espaço como F1, F2 e F3

A Condição de equilíbrio entre eles será

Mas

Então

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Exemplo

E. 1 Um recipiente de peso P = 1165 N está suspenso por três cabos. Determine a tração

em cada cabo.

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Exemplo

E. 2 - Determine a força desenvolvida em cada cabo, sabendo que estes cabos suportam

uma caixa de 178 N que está em equilíbrio.

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ExemploE. 3 - Um cilindro de 200 kg é pendurado por meio de dois cabos AB e AC, amarrados

ao topo de uma parede vertical. Uma força H, horizontal e perpendicular à parede,

mantém o peso na posição ilustrada. Determinar a intensidade de H e a tração em

cada cabo.

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Exemplo

E. 4 - Determinar o módulo e os ângulos diretores coordenados da força F, necessários

para manter o equilíbrio da partícula O.

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Exercícios propostos – Cap. 03

• Pág. 21 à 26: 3.1, 3.2, 3.4, 3.6, 3.9, 3.10, 3.14, 3.17, 3.24, 3.34, 3.35, 3.37, 3.38

• Pág. 33 à 39: 3.41, 3.43, 3.45, 3.46, 3.47, 3.48, 3.51, 3.52, 3.53, 3.54, 3.55, 3.56, 3.64, 3.65

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Bibliografia

• HIBBELER, R.C. Estática: mecânica para engenharia. 10° ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.

• BEER, Ferdinard Pierre et al. Resistência dos Materiais. 4° ed. São Paulo: Mc Graw Hill Brasil, 2006.

• BEER, Ferdinard Pierre et al. Mecânica Vetorial para engenheiros. 5° ed. São Paulo: Mc Graw Hill Brasil, 1991.

• MERCONIAN, Sarkis. Mecânica e Resistência dos Materiais. 10° ed. revisada. São Paulo: Érica, 1999.