Equipe 02 Marialucia Relatorio 2

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  • 8/16/2019 Equipe 02 Marialucia Relatorio 2

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    UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ 

     ANA MONIQUE FACCINI 

    JESSICA DE FÁTIMA SANTOS 

    JOSÉ AUGUSTO ESTEPHANI 

    JULIA TRANCOSO 

    PRODUÇÃO DE CLOROMETANO 

    CURITIBA 

    2015 

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     ANA MONIQUE FACCINI 

    JESSICA DE FÁTIMA SANTOS 

    JOSÉ AUGUSTO ESTEPHANI 

    JULIA TRANCOSO 

    PRODUÇÃO DE CLOROMETANO 

    Trabalho apresentado como requisitopara a obtenção de nota na disciplinade Integração II (TQ 074) no curso de

    graduação em Engenharia Química,Setor de Desenvolvimento e Tecnologiada Universidade Federal do Paraná. 

    Orientadora: Profª.Maria Lúcia Masson. 

    CURITIBA 

    2015 

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    RESUMO 

    O conhecimento de processos químicos e termodinâmica é imprescindível nos

    projetos relacionados à Indústria Química. O presente trabalho visa demonstrar como

    através destes fundamentos é possível, com base em uma planta de produção,

    determinar os balanços mássico e energético do sistema, bem como avaliar as

    vantagens e desvantagens do processo em questão. A partir da meta de produção de

    10000 kg/h de CH3Cl calcularam-se as vazões mássicas e volumétricas das correntes,

    além das entalpias envolvidas e as cargas térmicas nos trocadores de calor 1 e 2, no

    reator e na destiladora 2. Os problemas operacionais da planta demandaram

    estimativas e simplificações que exigiram criatividade e pesquisa de projetos já

    realizados anteriormente.

    Palavras chaves: clorometano, cloração, purga, balanço, massa, energia  

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    SUMÁRIO

    1INTRODUÇÃO………………………………………………………………………………8  

    2ESTADO-DA-ARTE…………………..……………………………………………………10  

    2.1 HISTÓRICO DO PROCESSO……………………......…….…………………...10 

    2.1.1 Produção do clorometano a partir da cloração do metano…….......11 

    2.1.2 Produção do clorometano a partir da oxicloração do metano……..15  

    2.2ROTAS ALTERNATIVAS E INOVAÇÕES………………...…………………..19 

    3PROPRIEDADES FÍSICO QUÍMICAS…………………………………………………...24 

    4MEMORIAL DESCRITIVO…………………….…………………………………………..27 

    4.1BALANÇO DE MASSA……………………………………………………....…..27 4.2DENSIDADES E VAZÕES VOLUMÉTRICAS……………………...…….…...33 

    5MEMORIAL DE CÁLCULO……………………………………………………………….36 

    5.1BALANÇO DE MASSA…………………………………………………………..36 

    5.1.1Reator………………...………………………………………………....36  

    5.1.2Unidade de separação de clorados…………………………………..37 

    5.1.3Lavadoras……………………………………………………………….38 

    5.1.4Destiladora 1……………………………………………………………39 

    5.1.5Destiladora 2……………………………………………………………40 

    5.1.6Fator de divisão da purga……………..………...……………….……41 

    5.1.7Correntes internas das lavadoras……….……………………...……45 

    5.1.8Purga…………………………………………………………………..47 

    5.1.9Tanque 1………………………………………………………………...49 

    5.1.10 Adsorvedora………………………………………………………....49 

    5.1.11Composição final das correntes………………………………….....50 

    5.2CÁLCULO DAS DENSIDADES E VAZÕES VOLUMÉTRICAS……………..52 

    5.3BALANÇO DE ENERGIA 

    6CONCLUSÃO..................………………………………………………………………….54  

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    1 INTRODUÇÃO

    Clorometanos são hidrocarbonetos nos quais átomos de hidrogênio são

    substituídos por átomos de cloro formando cloretos de alquilas, através de reações

    radicalares. Quando ocorre apenas uma destas substituições é formado o clorometano,

    também conhecido como monoclorometano ou cloreto de metila. Este composto

    químico de fórmula estrutural CH3Cl é incolor, possui odor levemente doce, é tóxico e

    altamente inflamável. (Wikipedia, 2015). 

    O cloreto de metila foi sintetizado pela primeira vez em 1895 pelos químicos

    franceses Jean-Baptiste Dumas e Eugene Peligot, ao ferver uma mistura de metanol,

    ácido sulfúrico e cloreto de sódio. (SCONCE, 1972). Utilizado como refrigerantedurante décadas, devido as suas favoráveis propriedades químicas, este produto foi

    desconsiderado para talaplicação devido a sua inflamabilidade e seus efeitos tóxicos,

    comprovadamente prejudiciais à saúde e ao meio ambiente. Atualmente, o clorometano

    é aproveitado em diversas áreas como, por exemplo, metilante, propelente, agente de

    expansão, anestésico local e herbicida, mas seu principal emprego industrial é como

    intermediário químico na produção de silicone, e em menor escala na fabricação de

    borracha butílica. (SCONCE, 1972). 

     A importância deste produto pôde ser observada pela grande produção mundial

    do mesmo, com destaque para os Estados Unidos, Europa Ocidental e Japão que

     juntos colaboraram com 82% da produção mundial no ano de 1994 (TABELA 1). Os

    Estados Unidos continuaram na liderança do mercado de compostos clorados com

    capacidade de produção de 180.000 toneladas por ano, seguido do Japão com uma

    capacidade de 30.000 toneladas anuais somente de clorometano. (WEISSERMEL;

     ARPE, 1997). É grande a dificuldade para estimar as produções específicas de cada

    planta, pois muitos produtores utilizam o clorometano produzido como matéria-prima

    para outros compostos químicos em suas próprias instalações. Entretanto, a fabricação

    do cloreto de metila não tendeu a crescer significativamente na década de 1990-2000

    devido aos problemas ambientais envolvidos à sua produção e/ou emissão. (ATSDR,

    1998, p. 153). 

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    TABELA 1 - CAPACIDADE DE PRODUÇÃO DE CLORADOS NO ANO DE 1994, EM 1000 TONELADAS 

    CH3Cl  CH2Cl2  CHCl3  CCl4 

    Mundial  862  738  626  710 

    EUA  327  277  232  70 Europa Ocid.  307  340  288  321 

    Japão  73  70  78  69 

    FONTE: WEISSERMEL E ARPE (1997) 

    Os objetivos deste trabalho foram avaliar a tecnologia envolvida no processo de

    cloração do metano para obtenção do cloreto de metila, bem como a determinação das

    vazões mássicas e molares de todas as corrente envolvidas na planta de produção(APÊNDICE 1) para que fosse obtido 10.000 kg/h do composto desejado. Além disso,

    foram determinados os balanços energéticos para cinco equipamentos do processo, de

    modo a serem definidas suas capacidades térmicas. A aplicação dosconteúdos já

    aprendidos no curso, como termodinâmica e processos químicos foram de grande

    importância para a resolução dos problemas de engenharia que a planta propôs. 

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    2 ESTADO-DA-ARTE

    2.1 HISTÓRICO DO PROCESSO 

    Jean-Baptiste André Dumas foi um químico francês fascinado por experimentos

    em laboratório. Após se formar na universidade de Genebra e conseguir notável

    destaque devido as suas descobertas, foi convidado para ser professor na

    ÉcolePolytechnique, em Paris, onde conheceu Eugene-Melchior Peligot. (Aspirações

    Químicas, 2013). Peligot foi aluno de Dumas na École, e foi admitido pelo professor em

    seu recém-fundado laboratório. (WISNIAK, 1990). Em 1834, Peligot descobriu amolécula de metanol, e em 1935 os dois químicos juntos sintetizaram pela primeira vez

    o cloreto de metila, após ferver uma mistura de metanol, ácido sulfúrico e cloreto de

    sódio. (Wikipedia, 2015). 

    Entretanto, foi apenas em 1874 que os alemães iniciaram a produção do

    clorometano em larga escala, utilizando-o nas indústrias de corantes e derivados

    orgânicos. (SCONCE, 1972). Em 1884, quando os franceses Crespim e Marteau

    construíram a primeira máquina, o cloreto de metila começou a ser empregado como

    agente refrigerante, uma vez que, suas propriedades termodinâmicas e físicas são

    altamente favoráveis a esta aplicação. Em 1900, o clorometano já era utilizado para

    refrigeração em toda a Europa. Sua produção tinha como matéria-prima os resíduos da

    produção de açúcar a partir da beterraba. (SCONCE, 1972). Trimetilaminaera destilada

    e seca da betaína presente nos resíduos, a amina produzia cloreto de metila e cloreto

    de amônio quando tratada com cloreto de hidrogênio.

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    Em 1920, com o surgimento da Roessler & Hasslacher Chemical Company na

     América, considerada a primeira indústria do mundo, o clorometano começa a ser

    produzido através de novos processos químicos. (SCONCE, 1972). Pode-se dividir a

    produção industrial do clorometano em duas rotas principais: 

    ●  Cloração térmica ou oxicloração catalisada da molécula de metano para a

    produção de uma mistura dos quatro derivados clorados: clorometano (CH3Cl),

    diclorometano (CH2Cl2), triclorometano (CHCl3) e tetracloreto de carbono (CCl4).

    (WEISSERMEL; ARPE, 1997, p. 51). 

    ●  Rotas alternativas com diferentes materiais precursores, utilização de

    catalisadores e modificações nos equipamentos industriais visando maior

    rendimento de produção. (WEISSERMEL; ARPE, 1997, p. 51).

    2.1.1 Produção do clorometano a partir da cloração do metano.

    Em 1923, a indústria química alemã Hoechst AG deu início a produção de

    cloreto de metila a partir da cloração do metano em fase gasosa. (WEISSERMEL;

     ARPE, 1997). A reação radicalar decorrente se inicia com a homólise da molécula de

    cloro, o que pode ocorrer termicamente, fotoquimicamente ou com um agente iniciador.

    O radical cloro promove a clivagem homolítica do metano, dando origem a um radical

    metila e uma molécula de HCl. Por fim, o radical metila induz uma clivagem homolítica

    na molécula de Cl2, recomeçando a reação. (BRUICE, 1998). 

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      No total, a cloração do metano é exotérmica, dispensando aquecimento externo

    e usualmente, conduzido sem a presença de catalisadores. A temperatura dentro do

    reator fica em torno de 400-450ºC e a pressão é mantida levemente elevada.

    (WEISSERMEL; APER, 1997). Em uma alimentação equimolar dos dois reagentes são

    produzidos todos os quatro compostos clorados nas seguintes porcentagens em

    números de mols: 

    CH4  Cl2 →  CH3Cl  CH2Cl2  CHCl3  CCl 

    37  41  19  3 

    Para a maior produção de clorometano é necessário excesso, em cerca de 10

    vezes, de metano no sistema, uma vez que, a cloração ocorre com baixa energia de

    ativação. (WEISSERMEL; APER, 1997). A mistura obtida é tratada, sendo o HCl

    retirado do processo ao entrar em contato com água ou ácido clorídrico. Os clorados

    são então condensados em um sistema de condensadores a baixa temperatura,

    separando-se o metano, e isolando as formas puras por destilação sob pressão. Os

    subprodutos obtidos neste processo são hexacloroetano (C2Cl6) e pequenas

    quantidades de tricloroetileno (C2HCl3). (WEISSERMEL; APER, 1997). Como exemplo deste procedimento utilizaremos a criação de Luigi Forlano que

    consiste na cloração do metano a temperaturas entre 200ºC e 500ºC e na recuperação

    do ácido clorídrico.

    No fluxograma do processo (FIGURA 1) há dois reatores trabalhando

    paralelamente. No reator A são alimentados metano e cloro, e no reator A’ a

    alimentação é de clorometano e cloro. A pressão nos reatores é mantida entre 1 e 2

    atmosferas. Os produtos obtidos nos dois reatores são basicamente os mesmos

    (cloreto de metila, diclorometano, tricloromentano, tetracloreto de carbono, ácido

    clorídrico e água) exceto pelo fato de que no primeiro há também metano não reagido

    na corrente de saída. Os gases efluentes de cada reator passam por um trocador de

    calor B e B’ onde são resfriados, e depois são condensados por arrefecimento ou

    através de compressão nos condensadores C e C’, respectivamente. A pressão

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    absoluta dentro dos condensadores é de até 15 atmosferas, e a temperatura é mantida

    entre -15ºC e -50ºC. As duas correntes resultantes são direcionadas a um tanque D. A

    parte da corrente provinda do tanque que ainda se encontra em fase gasosa é lavada

    na torre E por um líquido composto por metanos clorados reciclados das colunas F, G e

    H ocorrendo então a total condensação dos haletos de alquila e separação do vapor de

    metano que é retirado na corrente E1, e reciclado para o reator A. A operação de

    lavagem pode ser realizada adiabaticamente, numa coluna de enchimento, ou

    isotermicamente, por exemplo, com a película arrefecida ninho de tubos. (GOOGLE

    PATENTES, 1974). A pressão pode ser de até 15 atmosferas, e a temperatura é

    vantajosa entre -10 e -50 C. As correntes E2 e D2 contendo os produtos da reação em

    fase líquida são alimentadas à coluna F onde ocorre separação de produtos. O ácido

    clorídrico é recuperado no topo (linha F1), enquanto que os clorados são retirados nofundo da coluna (linha F2). Esta nova corrente é alimentada à coluna de separação G,

    onde o clorometano é retirado no topo (linha G1) e os clorados mais pesados saem no

    fundo (linha G2). Na coluna H há separação do diclorometano (linha H1) dos demais

    compostos (linha H2). (GOOGLE PATENTES, 1974). 

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    FIGURA 1 - PRODUÇÃO DE CLOROMETANO PELA CLORAÇÃO DO METANO FONTE: GOOGLE PATENTES (1974) 

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    2.1.2 Produção do clorometano a partir da oxicloração do metano.

     A oxicloração indireta do metano foi desenvolvida pela empresa americana The

    LummusCompany e colocada em funcionamento no ano de 1975, em uma indústria

    localizada em Shinetsu, Japão. Este processo consiste em um composto fundido de

    CuCl2  e KCl que atua simultaneamente como catalisador e fonte de cloro. Após a

    formação dos compostos clorados estes seguem para um reator de oxidação, onde

    ocorre uma reclorificação em oxicloração, também conhecida como oxihidrocloração,

    reagindo com cloreto de hidrogênio/ácido clorídrico e ar.

     A oxicloração é utilizada como segunda rota devido a baixa seletividade do

    metano, o que resulta em uma alta produção de óxidos e dímeros de carbono. Além

    disso, este processo gera grande quantidade de produtos indesejados como, por

    exemplo, o tetracloreto de carbono. Tomaremos como exemplo a criação de Morgan

    C.Sze, Herbert Riegel e Harvey D. Schindler que propõe a maior produção declorometano pela inibição da formação do tetracloreto de carbono, dímeros e óxidos de

    carbono.

    No fluxograma deste procedimento (FIGURA 2 e FIGURA 3) uma mistura

    fundida de cloreto de cobre I, cloreto de cobre II, cobre e um sal de metal é alimentada

    (linha 10) no topo de um recipiente (11). Ar comprimido é alimentado no fundo deste

    tanque (linha 12) passando em contra corrente ao sal, o que resulta na oxidação da

    mistura para a formação de oxicloreto de cobre que é retirado no fundo do tanque(linha 31). Um gás elevador (linha 25) leva o sal fundido até um equipamento de

    separação (32) onde ocorre o isolamento do sal devido a retirada do gás (linha 35).

    (GOOGLE PATENTES, 1980). No reator (33) há alimentação fresca de metano (linha

    44) e cloro (linha 43), além do reciclo de metano e metano clorado (linha 46) no fundo

    do recipiente. O sal fundido (linha 34) entra descendentemente no reator causando a

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    cloração do metano até o produto desejado. Um líquido de arrefecimento é introduzido

    no equipamento (linha 53) para esfriar os gases resultantes da reação e eliminar os

    sais que ainda se encontram no sistema. O gás efluente (linha 54) é composto por

    metanos clorados (cloreto de metilo, cloreto de metileno, clorofórmio e tetracloreto de

    carbono) metano não convertido, vapor de água, algum cloreto de hidrogênio (que

    corresponde geralmente ao equilíbrio quantidades de hidrogênio), os óxidos de

    carbono e o líquido de arrefecimento vaporizado. (GOOGLE PATENTES,1980). Esta

    corrente é introduzida a uma unidade de separação e recuperação (101), onde ocorre

    separação do produto desejado (linha 102) e reciclo do restante dos produtos (linha

    46). O produto obtido é direcionado a um trocador de calor (110) onde ocorre a

    condensação dos clorados e da água contendo ácido clorídrico que posteriormente são

    separados em uma unidade específica (111). Os hidrocarbonetos clorados (linha 113)passam por um secador (120) e são introduzidos a uma coluna de destilação (121) que

    tem por objetivo separar na corrente de topo composto mais leves que os clorados que

    são retirados na corrente de fundo (linha 122), e redirecionados a uma nova coluna de

    destilação fracionada (123). Esta segunda unidade de destilação possui pressão e

    temperatura determinadas de modo que o produto de topo seja o clorometano. As

    unidades de destilação seguintes têm por objetivo separar os outros três clorados

    (diclorometano, triclorometano e tetracloreto de carbono) dos dímeros de carbono

    (linha 132) que podem ser então alimentados a uma unidade de combustão (133) para

    a recuperação do cloro. (GOOGLE PATENTES, 1980). 

     As correntes não mencionadas nesta breve descrição são relativas a processos

    de recuperação de subprodutos e purificação de compostos nocivos obtidos durante o

    processo. 

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    FIGURA 2 - FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE OXICLORAÇÃO DO METANO FONTE: GOOGLE PATENTES (1980) 

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    FIGURA 3 - FLUXOGRAMA DO PROCESSO DE OXICLORAÇÃO DO METANO FONTE: GOOGLE PATENTES (1980) 

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    2.2 ROTAS ALTERNATIVAS E INOVAÇÕES

    Várias modificações no processo de cloração do metano foram desenvolvidas

    devidas, principalmente, aos problemas com a temperatura gerada pela reação

    exotérmica. O processo se inicia por volta dos 250-270ºC, entretanto, em temperaturas

    acima de 350ºC o sistema é delicado, sendo alta a chance de explosão.

    (WEISSERMEL; APER, 1997). Outro fator que demandou melhorias foi a produção de

    ácido clorídrico como subproduto, sendo este um composto altamente corrosivo, os

    gastos com material para a construção dos equipamentos eram demasiado alto.

    No livro Química Orgânica Industrial de Weissermel e Arpe (1997, p. 52) no

    tópico de produtos básicos sintetizados industrialmente, os autores citam algumas daspropostas de diferentes estudiosos e grandes empresas: 

     As soluções encontradas foram a construção de reatores com características de

    retromistura e removedor de calor (do tipo circuito coluna de bolhas, Hoechst; reator de

    leito fluidizado, Asahi Glass; reator tubular, F. C. Braun), alta relação CH4/Cl2 ou adição

    de um gás inerte (N2, Montecatini), modificação na temperatura de reação (a iniciação

    térmica nas cadeias de radicais para a maioria dos fabricantes é a iniciação fotoquímica

    via UV irradiação a Dow), e o processamento dos produtos de reação (remoção de HCl,

    seguida de destilação sob pressão Hoechst e Huls; ou extração dos CH3CI / CCl4 nos

    gases da reação, depois remoção do HCl por lavagem, Dow). 

    (WEISSERMEL E APER, 1997, p.52). 

    No caso da oxicloracão do metano o melhor rendimento é obtido devido a três

    fatores principais: baixa conversão do metano, utilização do cloro como agente de

    cloração e baixa produção dos outros clorados. Todas as especificações do sistema

    como temperaturas, pressões e alimentação dos reagentes são determinadas de modo

    a atender os fatores citados acima. 

    O clorometano também pode ser obtido como produto secundário em indústrias

    maiores como, por exemplo, na produção de olefinas. Na planta criada por John E.

    Stauffer (FIGURA 4) pode-se observar a produção de olefinas, incluindo etileno,

    https://www.google.com/search?tbo=p&tbm=pts&hl=en&q=ininventor:%22John+E.+Stauffer%22https://www.google.com/search?tbo=p&tbm=pts&hl=en&q=ininventor:%22John+E.+Stauffer%22https://www.google.com/search?tbo=p&tbm=pts&hl=en&q=ininventor:%22John+E.+Stauffer%22https://www.google.com/search?tbo=p&tbm=pts&hl=en&q=ininventor:%22John+E.+Stauffer%22

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    propileno e buteno a partir do metano. No primeiro passo da reação, cloreto de

    hidrogênio, percloroetileno e oxigênio reagem na presença de um catalisador,

    utilizando o metano como um diluente, para produzir o hexacloroetano e água. O

    catalisador utilizado compreende cloreto de cobre ou uma mistura de cloreto de cobre e

    cloreto de um metal selecionado a partir do grupo de cloreto de potássio, cloreto de

    ferro, cloreto de chumbo e cloreto de césio. Este pode ser depositado sobre um suporte

    inerte para utilização num reator de concha e tubo (R1), como mostrado no fluxograma,

    ou um reator de leito fluidizado. Alternativamente, o catalisador pode estar na forma de

    um sal fundido. A temperatura durante este primeiro passo da reação está no intervalo

    de 200°C a aproximadamente 375 °C. 

    Em seguida, o hexacloroetano obtido anteriormente reage com metano para

    produzir cloreto de metilo, cloreto de hidrogênio e percloroetileno. Este segundo passoé realizado num reator térmico (R2) em cerca de 400°C a aproximadamente 700°C. O

    cloreto de metilo obtido é recuperado por lavagem dos gases efluentes arrefecidos a

    partir do reator térmico com percloroetileno em uma coluna de absorção (A1). O

    composto absorvido é então separado da solução de lavagem de percloroetileno em

    uma coluna de destilação (D) e segue para a terceira etapa de reação. 

    Finalmente, o clorometano é feito reagir para dar as olefinas desejadas e cloreto

    de hidrogênio. Esta reação é conduzida em um reator de concha e tubo (R3), a uma

    temperatura entre 350°C e 500°C. O efluente do reator é arrefecido e, em seguida,

    passado para uma torre de absorção (A2) onde o cloreto de hidrogênio é separado a

    partir do produto olefinas. Através da reciclagem do percloroetileno e do cloreto de

    hidrogênio um processo de equilíbrio é alcançado que é autossuficiente em valores de

    cloro. 

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    FIGURA 4 - PRODUÇÃO DE CLOROMETANO COMO PRODUTO SECUNDÁRIO NAFABRICAÇÃO DE OLEFINAS. FONTE: GOOGLE PATENTES (2006)

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      Entretanto, o maior desenvolvimento na produção de cloreto de etila provém dos

    estudos com catalisadores. Simon G. Podkolzin, Eric E. Stangland, Mark E. Jones,

    Elvira Peringer e Johannes A. Lercher estudaram a oxicloração do metano em

    presença de diferentes metais, utilizando como matéria prima o gás natural. Após

    experiências o grupo descobriu que compostos irredutíveis e termicamente estáveis de

    lantânio aumentam a seletividade do metano à clorometano. Eles propuseram então

    um mecanismo de reação que envolve um ciclo de oxidação-redução catalítica com

    superfície em espécies de cloro, sem a alteração do estado de oxidação do metal.

    Neste procedimento o ácido clorídrico mostrou-se desnecessário, e a sua função

    parece ser limitada a manter o grau de cloração catalisador. Em contraste, a presença

    de O2 na fase gasosa é essencial para a atividade catalítica.  

    Como resultado o grupo obteve reações catalisadas 100% seletivas para CH3Cl.Nas conversões mais elevadas CH3Cl sempre foi o produto principal, mas CH2Cl2, CO

    e CO2 foram também observados. Sugere-se que os óxidos de carbono são formados

    devido a decomposição de compostos clorados. Clorometanos mais pesados, como o

    tetracloreto de carbono e o triclorometano, são produzidos em quantidades

    desprezíveis. A relação entre a seletividade à cloreto de metila e a conversão do

    metano podem ser observadas na figura abaixo. (FIGURA 5).

    FIGURA 5 - RELAÇÃO ENTRE CONVERSÃO DO METANO E SELETIVIDADE ÀCLOROMETANO FONTE: PODKOLZIN, STANGLAND, JONES, PERINGER E LERCHER. (2006)

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      A rota alternativa melhor desenvolvida e com uso crescente no campo industrial,

    principalmente nos Estados Unidos, é a produção de clorometano através da

    esterificação do metanol pelo ácido clorídrico. Esta reação pode ocorrer em fase

    líquida, a uma temperatura entre 100ºC e 150ºC e pressão levemente elevada, ou,

    preferencialmente, em fase gasosa a 300ºC-380ºC e pressão entre 3 e 6 bar.

    (WEISSERMEL; ARPE).

    Para a reação a fase gás é necessária uma caldeira de fundição com agitador e

    serpentina para resfriamento. A solução obtida se satura posteriormente a frio, e com

    leve aquecimento é possível separar o clorometano. O produto passa então por uma

    série de lavadoras de purificação contendo água fria, alvejante de NaOH e SO4H2 

    concentrado. De 100kg de metanol é possível produzir 111kg de CH3Cl. (LACA;

    GRACIA,1957). 

    O uso de catalisadores na esterificação do metanol alcançou grandes resultados

    sendo que os mais comuns são ZnCl2 ou FeCI3 nas reações em fase líquida, e ZnCl2,

    CuCl2, ou H3PO4 em um suporte como SiO2, ou ainda Al2O3 em um leito fluidizado em

    reações gasosas. (WEISSERMEL; APER, 1997).

     A alta seletividade desta reação (em torno de 98%), o baixo custo do metanol e

    o grande excedente de ácido clorídrico em processos de cloração, tornam esta a rota

    comercial mais importante para a produção do cloreto de metila.

    Outros catalisadores estão sendo estudados nos diversos tipos de rota de

    produção, entretanto os resultados não têm sido satisfatórios. Por exemplo, ao utilizar

    sílica como suporte obteve-se grande conversão e seletividade à clorometano, porém,

    a estabilidade do composto era demasiada frágil; zircônio e alumina como baseresultou no aumento da combustão de reagente e produtos devido a acidez dos

    primeiros. (JARVIS, 2005). Os demais estudos relacionados a mudança nos materiais

    precursores, equipamento utilizados, entre outros, são barrados pelo alto custo das

    tecnologias necessárias, sendo economicamente desfavorável. (JARVIS, 2005).

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    3 PROPRIEDADES FÍSICO QUÍMICAS 

    Propriedade físico química é toda e qualquer qualidade inerente ao material que

    é mensurável e que descreve uma característica quantitativa da matéria. Estas

    particularidades de cada substância são essenciais nos cálculos de balanço mássico e

    energético, pois através delas é possível determinar, por exemplo, o estado físico do

    composto, o volume ocupado por este, a energia contida ou necessária para transferí-

    lo, entre outros aspectos fundamentais para a operação e/ou projeto de uma indústria.

    É possível calcular cada uma destas propriedades teórica ou experimentalmente,

    entretanto, para o presente trabalho, utilizaremos os valores tabelados no livro The

    Propertiesof Gases andLiquids. (TABELA 2). 

    TABELA 2 – PROPRIEDADES FÍSICO QUÍMICAS DAS SUBSTÂNCIAS PRESENTES NO PROCESSO. 

    CH4  N2  Cl2 

    Massa Molar (g/mol) 16,043 28,013 70,906

    Ponto de Fusão (K) 90,7 63,3 172,2

    Ponto de Ebulição (K) 111,6 77,4 239,2

    Pressão Crítica (bar) 46 33,9 79,8

    Temperatura Critica (K) 190,4 126,2 416,9

    Volume Crítico (cm³/mol) 99,2 89,8 123,8

    Fator de Comp. Crítico 0,288 0,290 0,285

    Entalpia1 (J/mol) -7,490*10^4 0 0

    Energia Livre de Gibbs2 

    (J/mol)

    -5,087*10^4 0 0

    Densidade (g/cm³) 0,425 0,804 1,563

    1 Entalpia de formação para o gás ideal a 298K. 2 Energia de formação para o gás ideal a 298K e 1atm. 3 Densidade calculada no ponto de fusão do composto. 

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      CO2  HCl H2O

    Massa Molar (g/mol) 44,010 36,461 18,015

    Ponto de Fusão (K) 216,6 159,0 273,2

    Ponto de Ebulição (K) 188,1 373,2

    Pressão Crítica (bar) 73,8 83,1 221,2

    Temperatura Critica (K) 304,1 324,7 647,3

    Volume Crítico (cm³/mol) 93,9 80,9 57,1

    Fator de Comp. Crítico 0,274 0,249 0,235

    Entalpia¹ (J/mol) -3,938*10^5 -9,236 *10^4 -2,420*10^5

    Energia Livre de Gibbs²(J/mol)

    -3,946*10^5 -9,533 * 10^4 -2,288*10^5

    Densidade³ (g/cm³) 1,193 0,998

    CH3Cl CH2Cl2 CHCl3 CCl4

    Massa Molar (g/mol) 50,488 84,933 119,378 153,823

    Ponto de Fusão (K) 175,4 178,1 209,6 250

    Ponto de Ebulição (K) 249,1 313,0 334,3 349,9

    Pressão Crítica (bar) 67 63 53,7 45,6

    Temperatura Critica (K) 416,3 510,0 536,4 556,4

    Volume Crítico (cm³/mol) 138,9 238,9 275,9

    Fator de Comp. Crítico 0,269 0,293 0,272

    Entalpia¹ (J/mol) -8,637*10^4 -9,456 *10^4 -1,013*10^5 -1,005*10^5

    Energia Livre de Gibbs²(J/mol)

    -6,293*10^4 -6,891 * 10^4 -6,858*10^4 -5,828*10^4

    Densidade³ (g/cm³) 0,915 1,317 1,489 1,584

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    4 MEMORIAL DESCRITIVO

     A planta de produção estudada se baseia no processo fundado pela indústria

    química alemã Hoechst AG que consiste na cloração do metano em fase gasosa para a

    produção de uma mistura de compostos clorados. A meta estabelecida é de 10.000kg/h

    de clorometano não incluindo as impurezas.

    4.1 BALANÇO DE MASSA 

    Para determinar as vazões em cada corrente do sistema utilizamos a equação

    geral do balanço de massa para cada uma das substâncias em cada equipamento.

     

    Determinando-se que o sistema se encontra em estado estacionário, isto é, que

    não há acúmulo de nenhum dos componentes com a variação do tempo a equação (1)

    é simplificada.

     

    Com exceção do reator em nenhum dos outros equipamentos ocorre reação e,

    portanto, os termos de geração e consumo são nulos.

     

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      Utilizamos, primeiramente, vazões molares transformando a produção desejada

    de cloreto de metila para mols do composto através da relação entre a massa

    requerida e a massa molar do clorometano.

     

    Uma vez determinadas as vazões molares de todas as correntes do processo

    encontramos as vazões mássicas utilizando uma variação da equação 4.

    [ ]  

    Sendo i o número de substâncias na corrente em questão. 

    Determinamos então que para atingir a produção desejada 9539,43 kg/h é o

    valor correspondente a alimentação na corrente 1, composta por metano e nitrogênio,

    este na concentração de 1% em massa da corrente, que está a uma temperatura de

    20ºC. Integrando também a alimentação principal do processo está a corrente 2, tal que

    19024,98 kg/h de cloro líquido e gás carbônico são adicionados ao sistema a pressão

    de 7,8 bar, sendo que a concentração mássica de gás equivale a 1% do total. A

    corrente 2 impulsionada por uma bomba chega ao vaporizador, que eleva a pressão do

    conjunto até 28 bar, esta saída é a corrente 3 (19024,98 kg/h). 

    O processo conta com uma fração de reciclo, para o reaproveitamento dometano que não reagiu. Trata-se da corrente 20 (4371,42 kg/h) que se une aos

    9539,43 kg/h da corrente 1 formando a corrente 4 (13910,85 kg/h). Esta por sua vez

    combina-se a corrente 3 em um ponto de mistura compondo 32935,83 kg/h da corrente

    5 que é aquecida por dois trocadores de calor. O trocador de calor 1 reaproveita parte

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    do calor da corrente de saída do reator, pré aquecendo a mistura e diminuindo a

    energia despendida no trocador de calor 2 que prepara os gases para a entrada no

    reator a uma temperatura de 360ºC.

    No reator ocorrem 4 reações em paralelo que levam a formação dos quatro

    compostos clorados possíveis:

                 

     

    Todas as reações são exotérmicas, o que causa aumento da temperatura dentro

    do equipamento. Para manter o calor constante durante a operação ocorre passagem

    de água, através de um encamisamento do reator, proveniente da corrente 12. A

    pressão no equipamento também deve ser constante e mantida em 2 bar. Para a maior

    produção de clorometano é necessário excesso do hidrocarboneto no sistema, uma

    vez que, a cloração ocorre facilmente. Uma maior quantidade de metano e tempolimitado no reator evita a produção desnecessária dos outros clorados. Esta razão é

    dada por 3,2 mol de metano por mol de cloro.  

     A corrente de saída do reator, nomeada como corrente 6, tem uma vazão de

    32935,83 kg/h e é composta pelo metano que não reagiu, clorometano, diclorometano,

    triclorometano, tetracloreto de carbono, ácido clorídrico, nitrogênio e gás carbônico. A

    produção de cada composto clorado pode ser definida através dos rendimentos pré

    estabelecidos de cada reação (TABELA 3) em conjunto a estequiometria dada pelas

    equações (6), (7), (8) e (9). Todo cloro alimentado ao reator é consumido, pois sua

    conversão foi estabelecida como 100%. Nitrogênio e gás carbônico são gases inertes

    e, portanto, as massas de saída destes dois componentes são iguais as massas de

    entrada no reator.

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    TABELA 3 – RENDIMENTOS DAS REAÇÕES QUE OCORREM NO REATOR

    Reação Rendimento (%)

    6 75,4

    7 17,2

    8 6,9

    9 0,5

    Esta corrente, como já mencionado anteriormente, tem uma temperatura de 400º

    e é utilizada para pré aquecer a alimentação do reator ao passar pelo trocador de calor

    1. Posteriormente ela é resfriada no trocador de calor 3 até uma temperatura de -30º e

    sua pressão é estabelecida como 0,8 bar. Após passar por um compressor, a correnteque tem uma temperatura final de -30º e uma pressão de 1,5 bar é alimentada a uma

    unidade de separação, onde serão retirados os compostos clorados na corrente de

    fundo da unidade, e os gases serão destinados a corrente de topo. 

     A corrente 7, ou corrente de fundo, com uma vazão de 12820,38 kg/h é

    impulsionada por uma bomba até a destiladora 1 a uma temperatura de 15ºC. Na

    destiladora ocorre separação dos compostos por diferença de volatilidade: os

    compostos mais voláteis são removidos na corrente de topo e os menos voláteis são

    retirados na corrente de fundo. A corrente 22 (corrente de topo) com uma vazão de

    10343,50 kg/h é composta pelos dois clorados mais leves, clorometano e

    diclorometano, sendo que este último está presente em uma concentração de 2%

    molar e o primeiro é o nosso produto de interesse.  

     A corrente 21 (corrente de fundo) com uma vazão de 2476,88 kg/h e todos os

    clorados em sua composição é então alimentada a uma segunda destiladora, nomeada

    destiladora 2, onde mais uma vez ocorre separação dos compostos para um melhor

    aproveitamento do material. A corrente 24 (corrente de topo), tem uma vazão de

    1689,82 kg/h e contém o clorometano que não foi retirado na destiladora 1, 95% molar

    do diclorometano e 10% molar do triclorometano alimentado na corrente 21. A corrente

    23 (corrente de fundo), tem uma vazão de 787,06 kg/h e é composta por todo

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    diclorometano, triclorometano e tetracloreto de carbono que não foram separados nos

    processos anteriores. 

    Nas saídas, tanto de topo como de fundo, de cada uma das destiladoras é

    acoplado um trocador de calor (5, 6, 7 e 8) para condensar os componentes e

    realimentá-los ao equipamento para que o rendimento destas operações seja o máximo

    possível. 

     A corrente de topo composta pelos gases na saída da unidade de separação,

    nomeada como corrente 8, possui uma vazão de 20115,45 kg/h e é direcionada a

    lavadora 1 a uma temperatura de 5ºC e uma pressão de 1,5 bar. Ao entrar no

    equipamento os gases encontram uma alimentação de 11436,25 kg/h proveniente da

    corrente 14, composta por água e ácido clorídrico em concentração de 8% molar.

    Neste ponto há separação entre gases e líquidos, sendo que nitrogênio, gás carbônico,metano e ácido clorídrico em uma concentração de 7% molar são retirados na corrente

    9 (12174,31kg/h), no topo da lavadora 1. A água líquida contendo parte do ácido

    clorídrico é retirada na corrente 10, no fundo da lavadora 1. Esta corrente é impelida

    por uma bomba para fora do sistema, a corrente de saída (corrente 11) que tem uma

    vazão de 19377,39 kg/h de uma solução aquosa de ácido clorídrico em 33% molar de

    concentração. 

     A corrente 9 é alimentada a uma segunda lavadora, denominada lavadora 2, a

    uma temperatura de 25ºC. Este equipamento recebe ainda uma alimentação de

    9918,03 kg/h de água pura vinda na corrente 15 a uma temperatura de 20ºC. Dentro da

    lavadora ocorre mais uma vez uma separação de fases, e todo o ácido clorídrico é

    condensado pela água. A solução aquosa de ácido formada é removida através da

    corrente 14, no fundo da lavadora (11436,25 kg/h). Todos os incondensáveis são

    recuperados na corrente 13 (10656,09 kg/h), no topo da lavadora 2 a uma temperatura

    de 32ºC.

    Para a determinação da fração molar de água presente na corrente 13

    utilizamos a Lei de Raoult que afirma que a pressão parcial de cada componente em

    uma solução ideal é dependente da pressão de vapor dos componentes individuais e

    da fração molar dos mesmos componentes.

    http://pt.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_parcialhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Solu%C3%A7%C3%A3o_idealhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_de_vaporhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fra%C3%A7%C3%A3o_molarhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Fra%C3%A7%C3%A3o_molarhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_de_vaporhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Solu%C3%A7%C3%A3o_idealhttp://pt.wikipedia.org/wiki/Press%C3%A3o_parcial

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    Para facilitar os cálculos consideramos apenas duas parcelas na equação

    acima, sendo a primeira relacionada a água e a segunda como uma soma de todos os

    outros componentes da corrente.

       

     A pressão total manométrica da corrente foi considerada como 1,5 bar, últimapressão definida do sistema, e a pressão da água pura foi definida utilizando-se tabelas

    de pressão de vapor, uma vez que determinou-se que a água está saturada na

    temperatura da corrente.

       

    Sabendo a fração molar de água e que todos os incondensáveis são

    recuperados nesta corrente, é possível determinar a vazão da mesma. Os gases

    passam então por um processo de purga que tem como objetivo recuperar o máximo

    de metano disponível de modo a não acumular impurezas (neste caso N 2  e CO2) no

    sistema. Para o cálculo desse fator de divisão utilizamos um método iterativo com o

    auxílio da ferramenta “atingir metas” do excel e, como resultado, obtivemos um valor de

    0,419007678 para o estado estacionário. Isto quer dizer que aproximadamente 42% da

    corrente 13 é reciclada, e 58% é retirada do processo.

     A corrente purgada (corrente 16), com uma vazão de 6191,11 kg/h, é retirada do

    processo. A corrente reciclada, denominada corrente 17 com uma vazão de 4464,99

    kg/h é impulsionada por uma bomba até um tanque a uma temperatura de 10ºC. Neste

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    equipamento 95% molar da água alimentada é retirada na corrente 19 (88,89 kg/h). Na

    corrente 18 todos os demais compostos, a uma vazão de 4376,09 kg/h, são

    comprimidos e encaminhados à uma adsorvedora que retira 99,99% molar da água na

    vazão de entrada. A corrente de saída (corrente 20) desta unidade (4371,42 kg/h)

    composta por nitrogênio, gás carbônico e metano é combinada, a uma temperatura de

    20ºC, à corrente de alimentação de metano virgem (corrente 1) para compor a corrente

    4 que é alimentada ao reator.

    4.2 DENSIDADES E VAZÕES VOLUMÉTRICAS

     Além do balanço mássico foram calculadas as densidades molares e mássicas e

    as vazões volumétricas das correntes de entrada e saída no trocador de calor 1 (TC 1),

    trocador de calor 2 (TC 2), no reator e na destiladora 2. Para isso foi necessário o uso

    da equação de Peng-Robinson para os gases e a equação de Rackett Modificado para

    os líquidos.

     A equação de Peng-Robinson exige que saibamos a pressão crítica (Pc),

    temperatura crítica (Tc) e o fator acêntrico (w) de cada componente da mistura o que

    pode ser obtido ao consultar a TABELA 2 do presente trabalho.

       

     

       

       

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    Como as correntes citadas acima não são compostas por apenas uma

    substância pura, as equações são modificadas para que seja possível o cálculo de

    misturas. Esta modificação se dá através da utilização da Regra da Mistura Clássica

    que consiste em calcular um novo “a” e um novo “b” que represente a composição real

    das correntes.

       

    Sendo b um termo relacionado a estrutura da substância, esta nova constante é

    dada através da soma das contribuições de cada componente presente na corrente.

       

    Onde yi é a fração molar do componente i na corrente, e bi o “b” calculado paraesta substância pura nas condições determinadas pelo sistema. 

     A constante a relaciona as interações energéticas entre as substâncias e,

    portanto, seu novo valor é calculado por uma combinação dois a dois dos “as” das

    substâncias puras nas condições da corrente.

       

    Sendo yi e yj as frações molares dos componentes i e j, e aij um termo de ajuste

    calculado pela relação abaixo.

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    pressão dada, T a incógnita da equação e a, b e c constantes tabeladas. Os valores

    pertinentes ao clorometano compõe a TABELA 4. O valor obtido foi de 20,4 ºC.

       

     A temperatura para a destiladora 2 já estava definida como 18ºC na planta, de

    modo que calculou-se a pressão de operação necessária para que o diclorometano

    entrasse em ebulição a esta temperatura. Mais uma vez, foi necessária a utilização da

    equação (23), desta vez para o CH2Cl2 e tendo como incógnita o “Psat”. A pressãoobtida para atender a estas condições foi de 0,44 bar.

    TABELA 4 - CONSTANTES PARA A EQUAÇÃO DE ANTOINE PARA O CLORETO DE METILA E

    DICLOROMETANO.

    Psat = 5 bar A B C

    CH3Cl 14,0902 2077,97 -29,55

    CH2Cl2  14,2879 2622,44 -41,70

    Estes procedimentos são possíveis devido ao fato de que os pontos de ebulição

    dos componentes clorados presentes na mistura diferem grandemente entre si (mais

    de 50ºC) nas condições dadas e, portanto, é possível separar efetivamente o produto

    de interesse do restante da mistura.

    Dividindo-se as vazões molares e mássicas de cada corrente, já calculadas

    anteriormente através do balanço mássico, pelos seus respectivos volumes calculados

    na secção determinamos as densidades molares e mássicas das correntes gasosas

    (TABELA 15) e líquidas (TABELA 16).

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    4.3 BALANÇO DE ENERGIA 

    Balanços energéticos baseiam-se no postulado teórico de conservação de

    energia, também conhecido como a Primeira Lei da Termodinâmica. Este princípio

    afirma que energia não pode ser criada nem destruída sendo, portanto, transformada

    dentro de um sistema. Estas transformações foram relacionadas através da um

    equacionamento que considera as energias pertinentes ao sistema (cinética, potencial

    e interna) e as transferências que podem ocorrer no mesmo (calor e trabalho),

    construindo a equação (24).

     Esta expressão pode ser modificada de modo a utilizarmos as entalpias do

    sistema ao invés das energias internas, uma vez que as primeiras são de uso mais

    imediato do que as últimas. Para isso decompõe-se o fator de trabalho em trabalho de

    pressão e de eixo, e por uma reorganização de termos, obtemos:

     Considerando que o processo se encontra em estado estacionário; as energias

    cinética e potencial desprezíveis, uma vez que não há mudança da geometria da

    tubulação, nem elevações/depressões consideráveis; e sabendo que não há trabalho

    de eixo no processo, a relação se resume a:

     

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      O termo à direita da equação acima representa o calor adicionado ou retirado do

    processo e só ocorre em alguns equipamentos específicos da planta. Para as demais

    correntes, podemos simplificar, mais uma vez, a expressão obtida:

     4.3.1 Cálculo de Entalpias Absolutas

     A equação (27) utiliza a variação das entalpias absolutas do processo para obalanço de energia. Estes valores são definidos como a somatória dos seguintes

    fatores: aquecimento ou resfriamento das correntes, mudanças de fase dos

    componentes e um fato de correção chamado de residual. Para tanto, necessita-se de

    um ponto de referencial (Hº) para que os cálculos sejam compatíveis o qual foi

    estabelecido como zero para todas as substâncias nas condições de 25ºC e 1 atm.

    O aquecimento/resfriamento das correntes é obtido através da integração das

    capacidades caloríficas (Cp) das substâncias, considerando-as gás ideal, em suasformas polinomiais. Estas integrações são realizadas do ponto de referência citado

    acima até as determinações da corrente. A equação polinomial para integração

    utilizada é dada abaixo.

        As letras a, b, c e d são constantes tabelas para cada substância (TABELA 5),

    enquanto T representa a temperatura.

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    Já as mudanças de fase possuem equações teóricas próprias. Visto que, na

    planta em questão, há somente transformações gás/líquido serão utilizadas apenas as

    equações de Riedel (equação 29) e Watson (equação 30).

        *    

    Finalmente, o fator de correção é dado através das correlações de Lee-Kesler ese deve ao fato de que todos os cálculos teóricos utilizam de situações ideias e ao se

    trabalhar em sistemas reais há necessidade de um pequeno ajuste.

         

    Sendo R a constante dos gases, Tc a temperatura crítica, w o fator acêntrico do

    composto e   e   valores tabelados nas cartas de Lee-Kesler. Os valores obtidosnas cartas necessitam da determinação da pressão e temperatura reduzida do

    composto.

     As contribuições explicitadas acima podem ser equacionadas do seguinte modo:

       

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    TABELA 5 – VALORES PARA AS CONSTANTES DAS CAPACIDADES CALORÍFICAS DE CADACOMPONENTE DO SISTEMA.

    a b c dCH4 (kJ/molK)  19,87 * 10

    -3 5,021 * 10-5  1,268 * 10-8 -11 * 10-12

    N2 (kJ/molºC)  29 * 10- 0,2199 * 10- 0,5723 * 10-   -2,871 * 10-  

    Cl2(kJ/molºC)  33,60 * 10-   1,367 * 10-   -1,607 * 10-   6,473 * 10-  

    CO2(kJ/molºC)  36,11 * 10-3  4,233 * 10-5  2,887 * 10-8  7,464 * 10-12 HCl(kJ/molK)  29,13 * 10

    -3  -0,1341 * 10-5  0,9715 * 10-8  -4,335 * 10-12 CH3Cl 3,6747 2,3555 * 10

    - -0,098 * 10- 0,001411 * 10-

    CH2Cl2  6,5265 2,5607 * 10-   -2,4154 * 10-   0,003148 * 10-  

    CHCl3  5,6748 4,0524* 10-2  -0,32* 10-4  0,008843

    CCl4  93,39*10-3 12,98*10-5

    4.3.2 Cálculo das Entalpias para sistemas com mais de um componente

     As equações da secção 4.3.1 são referentes a sistemas monofásicos. Quando

    tem-se mais de uma substância no fluido em questão a entalpia total da corrente é

    dada pela soma das contribuições de cada um destes ponderadas por suas respectivas

    frações molares na corrente requerida.

       

    Sendo  a entalpia do composto “n” definida pela equação 32 e  a fração domesmo na corrente em questão.

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    4.3.3 Cálculo das Entalpias do processo

    Primeiramente, calculou-se as entalpias absolutas das correntes 1 e 20 pela

    expressão (33) partindo-se das condições padrão até as especificações das vazões: na

    primeira a temperatura é de 20ºC e na segunda, 15ºC; a pressão absoluta em ambas é

    dada como 2 bar. Os valores obtidos foram de e -123008,67 kJ e -101835,02 kJ,

    respectivamente.

    Na corrente 4 não é possível o cálculo direto da entalpia absoluta, pois não se

    sabe a temperatura da linha em questão. Para definição deste valor, considerou-se

    que, como não há troca de calor da tubulação com o ambiente, o balanço de energia

    neste ponto de mistura é dado pela equação (27):

     Sendo a entalpia de entrada dada como a soma das entalpias dos componentes

    das correntes 1 e 20, ponderadas por suas respectivas frações molares; e a entalpia desaída igual ao valor desta propriedade na corrente 4.

       

    O valor resultante foi de -224843,69 kJ e, utilizando a equação (28) , foi possível

    utilizar um método iterativo para obtenção da temperatura da linha 4 (17,6 ºC).

    Somente com esta temperatura determinada é possível calcular a entalpia residual da

    corrente (-17367,98 kJ), a qual será somada ao valor anteriormente considerado para

    definição da entalpia absoluta da linha 4 (-242211,68 kJ).

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      De modo análogo, não se sabe a temperatura da corrente 5, sendo necessário o

    cálculo da sua entalpia, dada pela somadas entalpias das correntes 4 (-242211,68 kJ)

    e 3, para posterior definição dos termos em falta. Para isto calculou-se, primeiramente,

    a temperatura da corrente 3 por Antoine (equação 23), considerando que a mistura se

    encontra saturada na pressão dada (28 bar manométrico). A temperatura encontrada

    foi de 85,6 ºC e a entalpia foi determinada como -676355,23 kJ, sendo -1238233,53 kJ

    pertinentes a entalpia residual. Este último valor é bastante considerável em razão da

    alta pressão desta corrente.

    TABELA 6 – CONSTANTES DE ANTOINE PARA Cl2.

    =29 bar  A B C

    Cl2  13,946 1978,32 -27,01

    Utilizando, mais uma vez, o método iterativo determinou-se que a corrente 5 se

    encontra a uma temperatura de 1,6 ºC resultando em um residual de -25330,02 kJ

    e uma entalpia total igual a -943896,93 kJ.  Nota-se que nesta etapa a corrente

    resultante (linha 5) sofre uma queda brusca de temperatura devido, principalmente, a

    elevada diminuição na pressão do sistema (de 29 bar para 2 bar). Cineticamente essefato é justificado pelo maior afastamento das moléculas em pressão menor, o que

    dificulta o choque entre elas e, consequentemente, diminui a temperatura do fluido.

    Posteriormente, a entalpia da corrente 5a é dada sabendo-se que a temperatura

    nesta linha é de 180,8 ºC. Esta temperatura está relacionada a capacidade térmica do

    trocador de calor 1 (TC 1) e será em outra secção. O valor obtido, mais uma vez

    utilizando a equação (33), foi de 6797028,47 kJ. Já para a corrente 5b o uso desta

    equação, a uma temperatura final de 360ºC, resultou em uma entalpia absoluta de16104600,6 kJ e para a corrente de saída do reator (corrente 6) a entalpia encontrada

    para a 400ºC foi de 13657061,1 kJ.

    Finalmente, na destiladora 2 aplicou-se a equação (33) nas linhas 21, 23 e 24,

    sendo que as temperaturas destas são 20,4 ºC e 18 ºC respectivamente. Os valores

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    encontrados foram de -1363735,2 kJ para a primeira, -465315,28 kJ para a segunda e

    36027,53 kJ para a última.

    4.3.4 Entalpias de Reação

    No reator a entalpia é calculada de forma diferente ao método utilizado até o

    momento. Visto que neste equipamento ocorrem reações químicas, não é possível

    apenas somar o calor adicionado ou retirado do sistema, mas sim determinar a energia

    necessária para a quebra e formação das novas ligações química durante o processo

    em questão. Para isto, foram necessárias as entalpias de formação referentes asquatro reações em curso. Estes valores são tabelados e compõe a TABELA 7.

    TABELA 7 – ENTALPIAS PADRÃO DE FORMAÇÃO DOS COMPONENTES DO SISTEMA.

    Componente  (kJ/mol) Estado físico de formaçãoCl2  0 Gás

    CH4  -74,85 Gás

    N2  0 GásCO2  -393,5 Gás

    CH3Cl -81,92 Gás

    CH2Cl2  -95,52 Gás

    CHCl3  -100,4 Gás

    CCl4  -106,69 Gás

    HCl -92,31 Gás

    Nota-se que o gás carbônico não participa das reações e, portanto, sua entalpia

    de formação será considerada como zero para os cálculos posteriores. Além disso,

    como estas equações são definidas para as condições padrão, isto é, 25ºC e 1 atm, foi

    necessário alterar o valor obtido através da equação:

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    Uma vez que as entalpias dos produtos e reagentes foram determinadas para os

    estados físicos em que os componentes se encontram no equipamento (gás), não é

    necessária a adição de calores latentes. Para o cálculo da entalpia total ainda é

    necessário, entretanto, ponderar os valores obtidos pelos rendimentos das reações

    (TABELA 3) além de se ajustar os coeficientes, definidos como negativos para

    reagentes e positivos para produtos.

    [    ]  

    Sendo   o coeficiente estequiométrico do componente “i” da mistura,   aentalpia de formação dada na TABELA 7 somada ao ajuste realizado pela equação 35,

    e o o rendimento da reação “j”, já definido anteriormente.  A entalpia de reação total, por mol de metano, obtida foi de -158,34 kJ. Este

    valor é então somado a variação das entalpias das correntes de entrada e saída do

    equipamento.

       

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    4.3.5 Carga Térmica dos equipamentos

     A carga térmica de um equipamento é definida como a quantidade de energia

    despendida por este para aquecer ou resfriar a vazão requerida. Matematicamente esta

    expressão é dada por:

     

    Sabendo que a temperatura na corrente 5 (1,6 ºC) deve ser aquecida até 360ºCpara alimentar o reator, determinou-se as cargas térmicas dos trocares de calor TC1 e

    TC2 de modo a equilibrar o rendimento dos equipamentos e os custos energéticos e de

    fabricação para ambos. Assim, estimou-se que o primeiro aquece a mistura de 1,6 ºC

    até 180,8 ºC, e o segundo desta última temperatura até os 360ºC desejados. Para

    tanto, calculou-se as entalpias absolutas das correntes de entrada/saída de cada

    equipamento e através desta variação e das vazões mássicas determinadas na secção

    obteve-se uma capacidade térmica de 7740925,4 kJ para o primeiro trocador de calor ede 9307572,16 kJ para o segundo.

     A capacidade do reator foi determinada através da variação de entalpia das

    correntes 5b e 6, somada a entalpia de reação calculada na secção 4.3.4. Utilizando a

    equação (38) obtivemos uma capacidade térmica de -2447539,56 kJ para este

    equipamento. Nesta etapa, foi também definida a vazão de água de resfriamento

    necessária para se manter a temperatura do reator constante e igual a 400ºC. Sendo

    as reações exotérmicas, é preciso retirar calor do sistema, o que é realizado pela

    corrente 12, que entra no sistema a 25ºC e sai a 40ºC. Deste modo, a vazão de

    arrefecimento pode ser equacionada como:

       

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    Sendo H a entalpia total do equipamento,  a vazão de água necessária e  a variação de entalpia da água saturada ao entrar e sair do sistema nascondições já citadas, o valor encontrado foi de 784,31 kg/h para a água de resfriamento

    no reator.

    Também foram determinadas as cargas térmicas dos trocadores de calor

    acoplados a destiladora 2 (TC7 e TC8). As especificações destas correntes já foram

    definidas anteriormente. Nota-se que o primeiro equipamento atua como um

    condensador que liquidifica parte dos gases da mistura presente na corrente 24 para

    que retornem ao processo de destilação; enquanto que o segundo é um vaporizador,

    que em um processo inverso ao anterior, torna vapor parte da mistura presente na

    correte 23 retornando os gases obtidos à destiladora 2. Ambos os procedimentos tem

    como objetivo maior rendimento na operação de destilação.Para este cálculo considerou-se o balanço de energia global no equipamento, de

    forma que obtemos a seguinte equação:

        As entalpias das correntes 21, 23 e 24 já foram definidas anteriormente,

    deixando a equação (38) com duas incógnitas. Sabendo-se que o condensador retira

    energia do sistema através de uma troca de fase no topo da destiladora, calculou-se a

    carga térmica do TC7 como a entalpia de condensação necessária para tornar a

    mistura da corrente 23 de gás para líquido. Nota-se que a entalpia de fusão é igual a

    entalpia de evaporação a menos do sinal negativo.

    Utilizou-se a equação de Riedel (equação 29) para cálculo da entalpia de

    vaporização na temperatura padrão e, posteriormente, a equação de Watson (equação30) para definir a entalpia de vaporização na temperatura especificada na planta. O

    valor obtido para esta entalpia foi de kJ, gerando uma carga térmica para este

    equipamento de -684818,78 kJ. Substituindo o valor encontrado na equação (38)

    obtém-se a carga térmica do trocador de calor 8, sendo esta de 1619268,26 kJ. A

    vazão de vapor de aquecimento nesta etapa é de 748,31 kg.

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    5 MEMORIAL DE CÁLCULO 

    5.1 BALANÇO DE MASSA

    5.1.1 Reator

    Tendo em vista que 1% em massa do CH4  virgem é N2  e que 1% do Cl2 

    alimentado é CO2 e respeitando a razão de entrada de CH4 e Cl2 no reator de 3,2 mols

    temos que a composição da corrente de entrada no reator é:

    Onde é a quantidade de matéria de CH4 virgem alimentado.

    Dentro do reator só ocorrem as quatro reações já mencionadas anteriormente:

    Sabendo que todo cloro que entra no reator é consumido e os rendimentos das

    reações encontrados na TABELA 3, temos que a composição da corrente de saída do

    reator é:

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    5.1.2 Unidade de separação de clorados

    Todo CO2  , N2  , HCl e CH4  que entram na unidade de separação de clorados

    proveniente da corrente 6 são recuperados na corrente de topo 8. Os demais

    componentes saem pela corrente 7:

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    5.1.3 Lavadoras

    Para as lavadoras faremos, inicialmente, um balanço de massa global, pois aquantidade de água que entra nestes equipamentos é baseada na quantidade de

    matéria que sai na corrente 13. Todo o HCl que entra nas lavadoras é recuperado na

    corrente 10 a uma concentração de 33% molar em água.

    Os demais componentes que entram pela corrente 5 saem todos na corrente 13 juntamente ao restante da água adicionada através da corrente 15.

    Em que é a quantidade de matéria de água alimentada pela corrente 15.

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    5.1.4 Destiladora 1

    99% do CH3Cl alimentado na corrente 7 é recuperado na corrente 22 em uma

    concentração de 98% sendo que os 2% restantes são de CH2Cl2. Os demais

    componentes saem na corrente 21.

    5.1.5 Destiladora 2

    95% do CH2Cl2 é recuperado na corrente 24, junto com todo o CH3Cl que não foi

    retirado no primeiro processo de destilação e 10% do CHCl3  proveniente da corrente

    21. Os demais compostos são recuperados na corrente 23.

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    5.1.6 Fator de divisão da purga

     A corrente que contém o produto de interesse é a corrente 22, sabemos que a

    produção dessa planta deve ser de 10.000 kg/h de CH3Cl, sendo assim podemos

    calcular a quantidade de CH4 que deve estar presente na corrente 5 ( ), a partir da

    relação apresentada na secção 5.1.4 deste trabalho:

     A partir desse dado obtemos que as composições da corrente 13 é:

    Nosso objetivo com a purga é reciclar o máximo possível de CH 4da corrente 13

    de modo a diminuir a quantidade de CH4 virgem que deve ser adicionado ao sistema

    para produzir os 10000 kg/h do produto desejado sem que o N2 e o CO2 acumulem no

    processo. Para isso recorremos a um processo iterativo em que a quantidade de

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    nitrogênio circulando no processo é fixada fazendo um fator de purga inicial e alterando

    o fator da purga a cada iteração, de modo a manter a quantidade de nitrogênio

    reciclado constante, até que esse fator convergisse para um valor fixo, definindo o

    estado estacionário do processo. Sabemos que na corrente 5 é necessária uma vazão

    de 848891,255 mol/h de CH4, a concentração mássica máxima de N2  é de 1% e a

    concentração mássica máxima de CO2  é de 1%. Inicialmente reciclamos 100% da

    corrente 13. (TABELA 8).

    TABELA 8 - DETERMINAÇÃO DA PURGA PARA UM RECICLO INICIAL DE 100%. 

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    Obtivemos um estado estacionário onde a quantidade de CO2  na corrente 5

    excedeu o limite pré estabelecido de 1%, foi então utilizado a ferramenta “atingir metas”

    do excel para alterar o fator de purga inicial de modo a obedecer a limitação do

    processo. (TABELA 9).

    TABELA 9 - DETERMINAÇÃO DA PURGA PARA O ESTADO ESTACIONÁRIO.

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    Portanto, o fator de reciclo no estado estacionário deve ser de 0,419007678 e a

    quantidade de N2  e CO2  na corrente 5 e, consequentemente, na corrente 13 é de

    191500,0382 g/h e 327457,425 g/h, respectivamente. Como a quantidade de Cl2 e CH4 

    na corrente 5 foram mantidas constantes, a quantidade dos componentes provenientes

    das reações da secção 5.1.1 permanecem as mesmas no estado estacionário.

    5.1.7 Correntes internas das lavadoras

    Retomando os cálculos iniciados na secção 5.1.3, agora cientes da quantidade

    de N2 e CO2 na corrente 13, podemos então determinar a quantidade de água nestacorrente, e assim calcular as correntes 9 e 14.

    Utilizando a equação (12), temos:

       Sabendo que a temperatura da corrente 13 é 32 oC e que a água está saturada

    nesta corrente, é possível obter a pressão parcial deste componente com o auxilio de

    uma tabela de dados termodinâmicos. A pressão parcial da água obtida é 4,79886 kPa.

     A pressão absoluta da corrente 13 é 2,5 bar, portanto temos que a fração molar da

    água é:

     Assim, temos que:

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    Da secção 5.1.3 e sabendo que :

    Efetuando um balanço de massa nas lavadoras:

    Sendo a corrente 9 composta por 7% de HCl e assumindo que não há água na

    corrente 9, determinamos o seguinte balaço interno.

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    ●  Lavadora 1:

    ●  Lavadora 2:

    5.1.8 Purga

     A Corrente 13 é dividida de modo a evitar o acúmulo de CO2 e N2 no processo,

    essa divisão é feita seguindo o fator já calculado na secção 5.1.6. de 0,419007678.

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    5.1.9 Tanque 1

    95% da água que entra pela corrente 17 sai na corrente 19, o restante dos

    componentes seguem pela corrente 18.

    5.1.10 Adsorvedora

    Toda a água proveniente da corrente 18 é adsorvida, o restante da corrente

    segue pela corrente 15 onde será misturada à corrente 1.

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    5.1.11 Composição final das correntes

    Com a composição de todas as correntes no estado estacionário (TABELA 10) é

    possível determinar as vazões molares (TABELA 11) e, posteriormente, as vazões

    mássicas de todas as correntes do sistema. (TABELA 12). Sendo que a primeira é

    apenas a soma das composições dadas na TABELA 10, e a segunda é calculada a

    partir da equação (5).

    TABELA 10 - COMPOSIÇÃO MOLAR DAS CORRENTES DO SISTEMA.

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    TABELA 11 - VAZÕES MOLARES E MÁSSICAS DAS CORRENTES DO SISTEMA. 

    CORRENTE VAZ O MOLAR (kmol/h) VAZ O M SSICA (kg/h)

    1 593,23565 9539,43116

    2 269,60141 19024,98188

    3 269,60141 19024,98188

    4 858,84501 13910,84732

    5 1128,4464 32935,82877

    6 1128,4464 32935,82877

    7 229,26696 12820,38018

    8 899,17944 20115,44859

    9 681,61389 12174,30617

    10 803,87429 19377,38987

    11 803,87429 19377,38987

    12 0 0

    13 646,30708 10656,09341

    14 586,30875 11436,2474

    15 551,0019 9918,0342

    16 375,499458 6191,108762

    17 270,80763 4464,985136

    18 265,86927 4376,094685

    19 4,938358 88,890444

    20 265,60936 4371,41624

    21 27,205936 2476,876443

    22 202,06102 10343,5037423 6,7615001 787,0564299

    24 20,444436 1689,820013

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    TABELA 12 - FRAÇÕES MOLARES DAS CORRENTES DO SISTEMA. 

    CORRENTE CH4  N2  Cl2  CO2  H2O HCl CH3Cl CH2Cl2  CHCl3  CCl4 

    1 0,993 0,007 - - - - - - - -

    2 - - 0,984 0,016 - - - - - -

    3 - - 0,984 0,016 - - - - - -

    4 0,988 0,008 - 0,004 - - - - - -

    5 0,752 0,006 0,235 0,007 - - - - - -

    6 0,549 0,006 - 0,007 - 0,235 0,177 0,020 0,005 0,001

    7 - - - - - - 0,872 0,099 0,027 0,002

    8 0,689 0,008 - 0,008 - 0,295 - - - -

    9 0,909 0,010 - 0,011 - 0,07 - - - -

    10 - - - - 0,67 0,33 - - - -

    11 - - - - 0,67 0,33 - - - -

    13 0,946 0,010 - 0,011 0,033 - - - - -

    14 - - - - 0,919 0,081 - - - -

    15 - - - - 1 - - - - -

    16 0,959 0,01 - 0,012 0,019 - - - - -

    17 0,959 0,01 - 0,012 0,019 - - - - -

    18 0,977 0,01 - 0,012 0,001 - - - - -

    19 - - - 0,00 1 - - - - -

    20 0,978 0,010 - 0,012 0,00 - - - - -

    21 -  -  -  -  -  -  0,074 0,690 0,224 0,012

    22 -  -  -  -  -  -  0,98 0,02 -  - 

    23 -  -  -  -  -  -  - 0,139 0,812 0,049

    24 -  -  -  -  -  -  0,098 0,872 0,030 -

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    TABELA 13 - FRAÇÕES MÁSSICAS DAS CORRENTES DO SISTEMA. 

    CORRENTE CH4  N2  Cl2  CO2  H2O HCl CH3Cl CH2Cl2  CHCl3  CCl4 

    1 0,988 0,012 - - - - - - - -

    2 - - 0,99 0,01 - - - - - -

    3 - - 0,99 0,01 - - - - - -

    4 0,976 0,014 0,00 0,01 - - - - - -

    5 0,412 0,006 0,572 0,01 - - - - - -

    6 0,301 0,006 0,00 0,009 - 0,294 0,307 0,059 0,022 0,002

    7 - - - - - - 0,788 0,151 0,057 0,004

    8 0,493 0,010 - 0,016 - 0,481 - - - -

    9 0,814 0,016 - 0,027 - 0,143 - - - -

    10 - - - - 0,501 0,499 - - - -

    11 - - - - 0,501 0,499 - - - -

    13 0,930 0,018 - 0,031 0,021 - - - - -

    14 - - - - 0,848 0,152 - - - -

    15 - - - - 1 - - - - -

    16 0,930 0,018 - 0,031 0,021 - - - - -

    17 0,930 0,018 - 0,031 0,021 - - - - -

    18 0,949 0,018 - 0,031 0,002 - - - - -

    19 - - - - 1 - - - - -

    20 0,950 0,018 - 0,032 - - - - - -

    21 - - - - - - 0,041 0,644 0,294 0,021

    22 - - - - - - 0,967 0,033 - -

    23 - - - - - - - 0,101 0,834 0,06524 - - - - - - 0,06 0,897 0,043 -

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    5.2 CÁLCULO DAS DENSIDADES E VAZÕES VOLUMÉTRICAS

    5.2.1 Correntes gasosas

    Para determinar as vazões volumétricas das correntes 5 e 6 utilizamos a

    equação de Peng-Robinson.

           

       Uma vez que estas correntes são compostas por uma mistura de gases,

    modificou-se as constantes a e b através da Regra da Mistura de Van der Walls.

           

        ( ) √     

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    Foi necessário, entretanto, determinar a temperatura de operação da destiladora

    1 e, posteriormente, a pressão em que trabalha a destiladora 2. Em ambos os casos

    utilizamos da equação de Antoine (equação 23).

    5.2.1.1 Determinação da temperatura de operação da destiladora 1

     A temperatura para esta unidade foi estimada como a temperatura necessária

    para que o clorometano, produto de interesse, entrasse em ebulição na pressão dada

    (5 bar).

         

    5.2.1.2 Determinação da pressão de operação da destiladora 2

     A pressão, neste caso, foi considerada como a pressão necessária para que o

    diclorometano entrasse em ebulição na temperatura dada (18 ºC).

         

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         Sabendo os dados tabelados de Tc ,Pc e w de cada componente e substituindo

    as temperaturas para cada corrente, determinamos suas vazões volumétricas.

    (TABELA 16).

    TABELA 16 - VAZÕES VOLUMÉTRICAS E DENSIDADES MOLARES E MÁSSICAS DAS CORRENTES

    LÍQUIDAS.

    5.3 BALANÇO DE ENERGIA

    5.3.1 Entalpia Absoluta da corrente 1

    Pela equação 27 a entalpia é dada através da integração da capacidade

    calorífica do composto da temperatura padrão (25ºC) até a temperatura da corrente,

    neste caso, 20ºC, somada a correlação de Lee-Kesler para as condições da corrente. `

      Além disso, como trata-se de uma mistura, as entalpias de cada substância são

    ponderadas por suas respectivas frações molares como demonstra a equação (22).Deste modo, para o cálculo da entalpia absoluta da corrente 1 utiliza-se:

    Corrente R T ZRA Tcm V(L) mol/L g/L

    21 8,314 293,39 0,27339 509,597341 0,0711234 14,0600693 1279,01982

    23 8,314 291,15 0,27184 537,881704 0,08141643 12,2825337 1429,7193

    24 8,314 291,15 0,2739 501,620653 0,06819067 14,664763 1210,6706

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    {[ ] [ ] }  

     

    Sendo as capacidades caloríficas formas polinomiais conforme dado na TABELA

    4, e dada pela correlação da equação (31). As temperaturas foram transformadaspara grau Kelvin para ficar de acordo com as unidades das capacidades caloríficas

    utilizadas. As frações molares da corrente foram definidas anteriormente (TABELA 11).

    5.3.2 Entalpia Absoluta da corrente 20

     A corrente 20 é dada de forma análoga a anterior, alterando-se apenas a adição

    de mais um componente à mistura (CO2) e a condição final: temperatura de 15ºC.

    {[ ] [ ] ] [ ] ] }    

    5.3.3 Determinação da temperatura da corrente 4

     A temperatura da corrente 4 foi determinada por um balanço de energia simples

    definido pela equação (19).

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       Com este resultado em mãos, é possível aplicar o método iterativo de Newton

    Raphson para determinar a temperatura final da corrente 4.

    { ] ] }  

    Sabendo a temperatura da corrente, pode-se calcular o valor residual da entalpia

    nestas condições (=-17367,98 kJ) através das correlações de Lee-Kesler dada pelaequação (31). A entalpia absoluta da corrente 4 é, portanto:

     

    5.3.4 Entalpia Absoluta da corrente 3

    Considerando-se que a mistura da corrente 2, composta por cloro e gás

    carbônico, sai do evaporador saturada a 29 bar absoluto, pode-se calcular a

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    temperatura de saída desta através da equação de Antoine (equação 25) para o cloro.

    Esta aproximação é válida, uma vez que a concentração de gás carbônico é

    desprezível (1,6%).

          85,6 ºC

    Com este valor definido é possível utilizar a mesma lógica do tópico anterior,

    alterando-se apenas as condições de operação para as definições da corrente 3.

    {[ ] [ ] }    

    4.3.5 Determinação da temperatura da corrente 5

     A temperatura da corrente 5 foi determinada por um balanço de energia simples

    definido pela seguinte equação.

         

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     Aplicando-se, mais uma vez, o método iterativo já mencionado.

    { ] ] }  

     Com a temperatura determinada calculou-se o valor residual pertinente a esta

    corrente (=-25330,02 kJ) e somou-se ao valor considerado anteriormente para seobter a entalpia total de valor igual a -943896,93 kJ.

    5.3.6 Determinação da entalpia da corrente 5a

    Para melhor equilíbrio entre os gastos energéticos entre os dois trocadores de

    calor presentes na corrente 5 (TC 1 e TC 2), determinou-se que o primeiro deve

    aquecer a mistura de 1,6 ºC até 180,8 ºC. Desta forma, de forma análoga aos cálculos

    efetuados anteriormente, temos:

    {[ ]

    [ ]

    [ ] ] [ ] ] }    

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     A carga térmica do equipamento pode ser obtida através da equação (26).

     

     5.3.7 Determinação da entalpia da corrente 5b

    Sabendo que a alimentação do reator deve estar a uma temperatura de 360ºC, a

    entalpia nesta corrente será dada por:

    {[ ] [ ] [ ] ] [ ] ] }  

     

     A capacidade térmica deste segundo equipamento é definida por:

       

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    Somando-se as entalpias das correntes de entrada e saída do equipamento, já

    calculadas anteriormente, obtemos uma variação de entalpia final no reator de:

      A carga térmica (Q) deste equipamento também dada pela equação (38).

     Observando as entalpias para a água líquida nas temperaturas de entrada e

    saída na pressão dada (TABELA 17), é possível determinar a vazão de água(540209,61 kg) para resfriar o sistema através da equação (39).

       TABELA 17 – ENTALPIAS PARA A ÁGUA NAS CONDIÇÕES DE ENTRADA E SAÍDA DO REATOR.

    T (ºC) H (kJ/kg)

    25 104.87

    40 167,54

    delta 62,67

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    5.3.9 Entalpias na Destiladora 2

     As entalpias nas correntes 21, 23 e 24 são determinadas seguindo a mesma

    lógica dos cálculos anteriores. A diferença se dá ao se verificar que os componentes

    apresentam-se nas correntes na fase líquida. Como as capacidades caloríficas

    utilizadas no presente trabalho são determinadas para gases é necessária

    transformação de estado físico dos componentes.

     A contribuição destas transformações de fase é dada, mais uma vez, através

    das equações de Riedel e Watson, sendo calculada a vaporização de cada substância

    nas condições padrão e, posteriormente, a condensação da mesma do estado final até

    as especificações da corrente.

    {[ ] [ ]

    [ ] ]

    [ ] ] }    

    {[ ]

    [

    ] ] [ ] ] }    

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    {[ ] [

    ]

    [

    ] ] [ ] ] }    

     A capacidade térmica dos trocadores de calor é dada pelo balanço de energia

    global do equipamento (equação 40)

       Inicialmente, calculou-se a energia retirada pelo trocador de calor 7 ao

    transformar a mistura de gás para líquido através da equação de Riedel.

    |    

    Substituindo este valor na equação 38, temos a carga térmica do trocador de

    calor 8.

     

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     A vazão de vapor de aquecimento é dada pela variação de entalpia da água nascorrentes de entrada e saída do equipamento, conforme equação (39).

       

    TABELA 18  –  ENTALPIAS PARA A ÁGUA NAS CONDIÇÕES DE ENTRADA E SAÍDA DO

    EVAPORADOR.

     Água (3 bar) H (kJ/kg)

    Líquido Saturado 561.45

    Vapor Saurado 2725,3

    delta 2163,9

     

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    6 CONCLUSÃO

    O clorometano foi sintetizado pela primeira vez em 1895, sendo a partir dai

    largamente utilizado como refrigerante até meados do século XX, quando percebeu-se

    a sua grande inflamabilidade e efeitos tóxicos. Embora seja utilizado em diversas áreas

    sua maior aplicação atualmente é como intermediário na produção de silicone .

    O processo detalhado no presente trabalho segue o modelo da planta de

    produção desenvolvida pela indústria química alemã Hoechst AG que consiste na

    cloração do metano em fase gasosa para a produção de uma mistura de compostos

    clorados. Com a finalidade de evitar a produção excessiva dos demais produtos

    clorados o metano deve chegar ao reator em maior quantidade estequiométrica comrelação ao cloro. Após a reação, o inconveniente vem com o cloreto de hidrogênio que

    altamente corrosivo requer equipamentos mais caros.

     Ao longo do desenvolvimento do trabalho calcularam-se as vazões de todas as

    correntes da planta de processo através de balanços de massa para regimes

    estacionários. De forma que para um correto entrelaçamento de todas elas, precisou-se

    alterar a concentração molar de HCl na corrente 14 de 5% para 8%. Foi possível

    determinar uma taxa de reaproveitamento de metano alimentado no sistema através de

    um fator de purga, calculado com a ajuda de ferramentas computacionais. Além disso,

    calculou-se as densidades e vazões volumétricas de cinco correntes do sistema

    através de equações termodinâmicas já estudadas e de um novo conteúdo, a Regra da

    Mistura Clássica, uma vez que nenhuma das correntes possui um único componente.

    O balanço energético necessitou de fundamentos de termodinâmica para que

    pudesse ser realizado. Através da simplificação da Primeira Lei da Termodinâmica foi

    possível calcular as entalpias das correntes requeridas e, posteriormente, a carga

    térmica de quatro unidades do processo. Determinou-se também a necessidade de

    resfriamento no reator, bem como as taxas de vaporização e condensação nos

    trocadores de calor acoplados à destiladora. Apesar das simplificações realizadas

    durante os procedimentos, o projeto foi finalizado com bases consistentes nos

    conhecimentos de Engenharia Química já apendidos.

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