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ESCOLÁSTICOS A ética, para os escolásticos, é uma disciplina normativa que estuda a conduta humana voluntária. Foi através do estudo da natureza das coisas, por processos analíticos, que os escolásticos chegaram à consideração do que é naturalmente justo (justum naturale). Para Aquino, todo o conhecimento da verdade é um tipo de irridatio e participatio da lei eterna. Todas as leis que se constituem em conhecimento (isto é, leis verdadeiras) são leis naturais (isto é, a participação da lei eterna na criatura racional). Para Luis de Molina, um dos mais importantes escolásticos tardios, o que é naturalmente justo é o que deriva da natureza das coisas (natura rei). A intenção principal dos escolásticos era estudar a ação humana de um ponto de vista ético, consistente com o direito natural. A análise moral da política econômica era parte de sua agenda, já que a política econômica está envolvida com a seleção de objetivos econômicos (o que requer julgamentos de valor) e com a implementação desses objetivos. Durante a Idade Média todos os estudos científicos – e consequentemente o pensamento econômico – se concentraram nos monastérios sob o domínio da Igreja Católica. O legado dos clérigos é de suma importância para entender esse longo período da história da humanidade, mas alguns pontos precisam ser desmistificados. Primeiramente, Schumpeter em sua obra póstuma “História da Analise Econômica” destaca que os estudiosos tinham liberdade para realizarem seus estudos . A ideia de que a igreja realizava repressão e impedia que os monges fizessem determinados tipos de pesquisa PE derrubada por Schumpeter. O autor defende que, pelo contrário, em épocas posteriores os estudiosos foram sujeitos á repressão muito mais do que a igreja teria feito nesse período. Obviamente que a moral católica deveria ser preservada, mas essa questão é preservada em boa parte (se não todos) os momentos da história, inclusive no presente (e não pela moral católica, mas padrão éticos e questões políticas que nos são impostas). Era inclusive a igreja a maior interessada na ampla pesquisa e liberdade de opinião dos seus monges, para que assim pudessem selecionar o que seria

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ESCOLÁSTICOS

A ética, para os escolásticos, é uma disciplina normativa que estuda a conduta humana voluntária. Foi através do estudo da natureza das coisas, por processos analíticos, que os escolásticos chegaram à consideração do que é naturalmente justo (justum naturale).

Para Aquino, todo o conhecimento da verdade é um tipo de irridatio e participatio da lei eterna. Todas as leis que se constituem em conhecimento (isto é, leis verdadeiras) são leis naturais (isto é, a participação da lei eterna na criatura racional). Para Luis de Molina, um dos mais importantes escolásticos tardios, o que é naturalmente justo é o que deriva da natureza das coisas (natura rei).

A intenção principal dos escolásticos era estudar a ação humana de um ponto de vista ético, consistente com o direito natural. A análise moral da política econômica era parte de sua agenda, já que a política econômica está envolvida com a seleção de objetivos econômicos (o que requer julgamentos de valor) e com a implementação desses objetivos.

Durante a Idade Média todos os estudos científicos – e consequentemente o pensamento econômico – se concentraram nos monastérios sob o domínio da Igreja Católica. O legado dos clérigos é de suma importância para entender esse longo período da história da humanidade, mas alguns pontos precisam ser desmistificados. Primeiramente, Schumpeter em sua obra póstuma “História da Analise Econômica” destaca que os estudiosos tinham liberdade para realizarem seus estudos . A ideia de que a igreja realizava repressão e impedia que os monges fizessem determinados tipos de pesquisa PE derrubada por Schumpeter. O autor defende que, pelo contrário, em épocas posteriores os estudiosos foram sujeitos á repressão muito mais do que a igreja teria feito nesse período. Obviamente que a moral católica deveria ser preservada, mas essa questão é preservada em boa parte (se não todos) os momentos da história, inclusive no presente (e não pela moral católica, mas padrão éticos e questões políticas que nos são impostas). Era inclusive a igreja a maior interessada na ampla pesquisa e liberdade de opinião dos seus monges, para que assim pudessem selecionar o que seria ensinado aos seus fiéis, qual a melhor forma de guiar o espirito da sociedade feudal, tudo isso em seu benefício, é claro.

Organização da sociedade feudal

Mas para entender como os escolásticos viriam a contribuir no campo do conhecimento, é necessário compreender como era a sociedade da época. A conhecida relação de susserania e vassalagem e o poder ligado a posse de terra são pontos necessários, porém não suficientees para compreender a estrutura da sociedade medieval. Havia, porém, uma complexa relação social e econômica fora do feudo. A sociedade dos cavaleiros demonstra isso, sendo que foi de suma importância no período medieval .Schumpeter afirma que não importava se um homem era ou não livre, mas sim se ele era um cavaleiro. Desse ponto de vista, começamos a compreendera estruturação de poder vigente no período, onde a hieranquiaera baseada na relação susseranos, vassalos e cavaleiros. É importante ressaltar que a estrutura não era fixada em si mesma, mas possuía uma mobilidade social. Qualquer um poderia se tornar cavaleiro, ou até mesmo monge. No mais, além das relações feudais desenvolveram-se cidades independentes, com industria, comercio e finanças, muitas delas

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resquícios da sociedade romana. Elas iriam dar origem a empresa capitalista no século X, criando assim novos problemas, padrões econômicos e atitudes.

Com esta ultima analise já é possível chegar a conclusão de que nunca houve de fato um puro feudalismo – nem puro capitalismo – mas sim uma comprexa estrutura social que veio a criar as bases para o estudo dos doutores escolásticos e pilar de construção do sistema econômico posterior, já em precoce desenvolvimento incipiente.

Embora a classe dos cavaleiros dotasse de prestígio e poder, houve uma entidade que permaneceu imune à conquista dos cavaleiros – a Igreja Católica Romana. Scghumpeter deixa claro que ela nunca se submeteu a nenhuma outra classe – seja de snehores feudais, deja de cavaleiros. Ela mantinha poder próprio, nunca servindo de instrumento para nenhum interesse que não o seu. Esse ponto é importante ser ressaltado devido ao monopólio do ensino que a Igreja Católica deteu até o renascimento. Isto ocorreu principalmente devido a dois fatos: primeiro a autoridade espiritual da igreja, e segundo pelas conduções de segurança oferecidas aos pesquisadores. Como consequência, formou-se uma comunidade intelectual que não via fronteiras, pois obedecia ao mesmo papa,assistia a mesma missa. Não existiam barreiras nacionais, pois o seu pais era a cristandade e o seu Estado , a Igreja.

Escolástica e Capitalismo

Como já citado anteriormente, é a partir do século X que começa a surgir a empresa capitalista. Neste período que as bases do sistema hoje vivido começam a tomar corpo, muito embora as finanças, o comercio e a especulação do capital já fossem conhecidas , mas é neste período que toma importância absoluta. Como consequência deste novo espírito, nasce a ciência laica. Houve uma serie de cientistas laicos, desde físicos e juristas até os humanistas. Embora a igreja tenha até mesmo empregado humanistas e durante um certo tempo permanecido indiferente ao físico laico, o conflito veio a surgir.

Sociologia escolástica e economia

a) Sec IX ao fim do XII

Durante este período os estudos concentraram-se nos problemas de teoria ou filosofia do conhecimento. A influência de Platão sob os escolásticos é de suma importância, principalmente ao se analisar o processo social através das linhas universalista e individualista.

Até o século catorze, prevaleceram as concepções realistas – segundo as quais apenas ideias e conceitos tem existência reall, o opostro do que hoje se entende por realismo – quando a luta passou afavorecer a ideia oposta, a concepção nominalista.

Logo, são feitas duas classificações de sociedade, a objetiva e a subjetiva. A primeira entende-se ser aquela em que os padrões morais e éticos da sociedade são impostos aos indivíduos, já por sociedade subjetiva define-se o contrario, aquela que serve aos indivíduos.

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Assim, fala-se que a sociedade do tempo dos escolásticos era subjetiva, ou por assim dizer, extremamente individualista. O ponto de partida da analise escolástica era o estudo de gostos e comportamentos individuias. O individuo era um fim em si mesmo e o objetivo dos padres era a salvação das almas individuais.

b) Sec XIII – período clássico da escolástica

É nessa época que consolidam-se as ideias dos doutores e sçao produzidas obras independentes da teologia e filosofia no campo das ciências físicas e sociais. Schumpeter afirma qye neste período há uma ressurreição do pensamento aristotélico. As obras de Aristóteles foram amplamente difundidas e serviram de inspiração para a realizaçao de inúmeras pesquisas, tanto nas ciências sociais quanto nas ciências físicas. Não obstante, o pensamento aristotélico serviu como influencia aos doutores, mas não chegou a ser a causa principal do desenvolvimento cientifico do período. A relação entre aristotelismo e a escolástica provem de um instrumento para economia de tempo de trabaho, jamais como uma descoberta providencial passivelmente aceita.

Assim, o estudo das obras de Aristóteles levou os escolásticos a compreenderem que ali se encontrava quase tudo do que necessitavam, e que sem isto levariam alguns séculos. Logo, Aristóteles tornava-se o grande pensador que serviu de inspiração para os doutores, tamanha a sua importância que Santo Tomas se tornou para muitos simplesmente o homem que conseguiu colocar a doutrina de Aristóteles a serviço da igreja.

O pouco que se tratou de economia de fato (se é que pode-se excluir da analise econômica questões historias, éticas, políticas e sociológicas) deve-se ao fato da falta de interesse pelo tema isoladamente. Santo tomas em especial considerava o fenômeno econômico somente quando ele originasse questões de teologia ou moral. Mesmo com a vital significância do pensamento aristotélico, havia sim grandes diferenças na atitude escolástica. Eles não admitiam, por exemplo, a escravidão. E neste ponto a interpretação aristotélica limitou-se, pelos ideiais de “vita contemplativa” e sua delimitada visão sobre comercio e lucro comercial.

A partir do século XIII a atitude dos doutores escolásticos com relação ao comercio e o lucro se modifica. O lucro passa a ser justificado em determinadas circunstancias:

1- Beneficio escolástico2- Adquirir meios para realizar caridade3- Desejo de servir, e o lucro recompensando o trabalho4- Aperfeiçoamento do que é comercializado5- Diferenças intertemporais ou interlocais em seu valor6- Risco.

Richard de Middleton atentava ainda para a utilidade social de comprar um produto a um preço mais baixo em determinada área e revende-la numa outra área a um preço mais elevado.

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A análise sociológica dos escolásticos fundamentava-se num argumento puramente individualista, utilitário e racionalista. O governo servia para satisfazer o interesse dos indivíduos. O autoritarismo não era de forma alguma apoiado, qualquer referencia ao direito divino dos monarcas era pura criação dos seus defensores, que nada tem a ver com os escolásticos. Santo Tomas, sem levar em conta os aspectos teológicos da materia, justificava a propriedade privada pelo fato de que o povo tomará mais cuidado daquilo que lhe pertence, porque a ordem social será mais bem preservada, ou seja, ele faz considerações que tentam definir a função social da propriedade privada.

Tal como Aristóteles, santo tomas entende por economia a administração domestica. Assim, sua interpretação sobre o justo preço é estritamente aristotélica. Santo Tomas (como Aristóteles) acreditava num valor objetivo imutável. Este valor manifestava-se no preço, que deveria ser justo segundo o seu valor reconhecido pela avaliação pública, ou seja, o preço de concorrência normal. Duns Scot avançaria mais nessa questão, e diria que o custo, ou seja, a despesa em dinheiro e o esforço dos produtores e comerciantes, é determinante do justo preço. É importante salientar a semelhança entre tal afirmação com a teoria microeconomia neoclássica em que, no equilíbrio, o preço se iguala ao custo marginal. Quanto ao juro, Santo tomas o condena por ser contrario a justiça comutativa e considera que o preço do dinheiro é ilegítimo por ele não ter nenhum emprego que possa separar-se de sua substancia.

c) Sec XIV a XVII

Dizia Mariana que os impostos são uma calamidade para as pessoas e um pesadelo para os governos. Para os primeiros, são sempre excessivos; para os últimos, não são nunca suficientes.

Os Doutores da Igreja apontavam que a legislação tributária deve sempre atender os requisitos de qualquer lei justa. Além disso, deve também atentar para outras considerações: (1) há uma necessidade legítima para novas leis tributárias? (2) esse é o melhor momento para baixar novos impostos? (3) os novos impostos propostos são eqüitativos? e (4) os novos impostos propostos são moderados ou excessivos?

À luz de suas próprias circunstâncias políticas, a Escolástica Tardia analisou a carga tributária com grande coragem. Os pensadores modernos podem dizer com Navarrete e o rei Teodorico que “o único país agradável é aquele em que ninguém tem medo dos coletores de impostos”.

Os Doutores analisaram os efeitos de um aumento na oferta de moeda (ou de um processo de aviltamento da moeda) sobre os preços. Juan de Mariana apontou que “se o valor legal da moeda é reduzido, os preços de todos os produtos irão, sem falha, aumentar na mesma proporção”.

Domingo de Soto estudou tanto os aspectos positivos como os negativos do comércio, apontando argumentos em favor e contra a moralidade dos negócios. Definiu contratos como obrigações e reconheceu que ambas as partes de um contrato lucram com o acordo. Seguindo Santo Agostinho, afirmou que os negócios “são como comer, um ato moralmente indiferente, que pode ser bom ou mau dependendo dos fins e das circunstâncias”.

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Nesse período final, encontra-se quase a totalidade da economia escolástica, esta já absorvendo todos os fenômenos do capitalismo crescente e serviu de inspiração dos seus sucessores – inclusive Smith.É nessa época - mais precisamente no século WIV – que é escrito o tratado sobre a moeda, um dos primeiros tratados dedicados a um problema econômico.

A análise da época não era centrada nos problemas dos Estados nacionais – ponto em comum com os liberais do século XVIII. O interesse central dizia respeito à justiça da tributação, sua legitimidade e a natureza da relação entre Estado e cidadão. Ao contrario da sociologia econômica que pouco modificou-se após o século XIII, a economia do período era de criação quase que totalmente dele. É então que a economia cientifica é fundada, segundo Schumpeter. Mesmo que ainda subordinada a teologia moral, é aí que a economia toma um estudo propriamente seu. Schumpeter ainda ousa afirmar que boa parte dos estudos em economia desenvolvidos no século XVI teriam sido feitos mais rapidamente e com menos dificuldades se utilizando do legado escolástico.

Assim, os escolásticos partiram para seus estudos considerando o que era favorável ou contrario do Bem publico. Seria ele o determinante do que é injusto, servindo para atendimento das necessidades dos indivíduos. Os últimos escolásticos afirmaram que o custo, mesmo sendo um fator de determinação do valor de troca, não era sua fonte lógica ou causa, e sim a utilidade. Neste ponto já se pode observar que os doutores escolasticos ao relacionarem a economia a satisfação dos indivíduos e ainda, desenvolvessem uma teoria utilitarista para explicar o valor de troca (este com inspiração aristotélica) consegue predefinir os parâmetros que a economia viria a seguir com os utilitaristas. Até aqui só desejo mostrar a estreita ligação das obras escolásticas com a moderna teoria econômica, tanto no que diz respeito a teoria do valor-utilidade, quanto na teoria do valor-trabalho. Não obstante, muito do que se desenvolveu pelos escolásticos obteve forte inspiração em Aristóteles, o que torna possível enxergarmos que através do estudo das obras mais remotas que se consegue não apenas economia de tempo e trabalho, mas também inspiração e percepção para compreensão do presente, sem negligenciar nossos antecessores. Até mesmo a moderna economia do bem estar já havia sido analisada ao relacionar justiça aquilo que se considera favorável ao bem publico.

Ao relacionarem o valor das coisas a sua utilidade, também não deixaram de mencionar que a raridade é outro fatos determinante do fator de troca. A propósito do paradoxo de valor, - que a água embora útil não tem valor de troca – ligaram o conceito de utilidade à escassez ou abundancia. Assim, os últimos escolásticos relacionaram o preço justo a qualquer preço de concorrência. Neste ponto, Schumpeter ainda tem o cuidado de afirmar que não procura nos escolásticos a origem do liberalismo.

Molina, ao fazer um julgamento ético, censura a fixação de preços e aprova lucros originados dos altos preçosde concorrência em época de escassez. Porém, tal fato revela percepções orgânicas das flutuações d epreço e dos lucros.

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Quanto à moeda, mantiveram a tradição aristotélica de considera-la apenas como meio de troca. Condenavam qualquer lucro proveniente de valorização de moeda, estranhando que um aumento da emissão de moedas pudesse estimular a atividade econômica.

Os doutores viriam ainda a contribuir fazendo recomendações de política e orientações morais. Falavam da assistência a pobreza , ao desemprego e a mendecancia. Trataram também dos rendimentos de negocio, que Lugo admitia como uma espécie de salário ao mercados pelo serviço social prestado.

Atpé aí, deve-se compreender que a investigação cientifica feita pelos doutores objetivava compreender o que julgar sob seu ponto de vista moral e ético, analisando depois cada caso individualmente e compreendendo sob quais circunstancias haviam sido praticados. Seguindo esta proposição, entendiam que a usura era pecaminosa, ela não envolvia necessariamente a exploração do necessitado, não conferindo com o conceito escolástico.

Molina entendeu que ao realizar um empréstimo privando-se da posse do dinheiro e ainda correndo risco, sujeitando-se ao prejuízo. Assim, o pagamento deveria ser feito com essa quantia maior do que a emprestada. O conceito de usura assim se altera, e entende-se que essa parcela adicional paga ao financiamento é o juro. A justificativa baseia-se na desvantagem de emprestar dinheiro, e nunca na vantagem de obter o empréstimo. Primeiramente, os escolásticos não se afastaram de Aristóteles ao aceitarem que o juro é um fenômeno monetário. Superiores aos que se seguiriam, formularam teoria do juro e foram os pioneiros nisso.

A causa do existendia da analise econômica escolástica não er, evidentemente , a pura curiosidade cientifica, mas sim compreender o que eles deveriam julgar no ponto de vista da moral e da ética. O preceito moral, se bem que imutável, produzia resultados diferentes se aplicado a situações diferentes.

No estudo da contribuição dos doutores escolásticos para a análise econômica,é importante sublinhar que, ao princípio, eles condenavam completamenteo lucro; à medida que as relações capitalistas de produção sedesenvolviam, eles foram lentamente buscando formas de justificar suaexistência. Observar essa evolução é um exercício importante para verificarcomo, finalmente, são as relações concretas estabelecidas pela vidareal que determinam o pensamento do homem, e não o contrário.