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JORNAL DA ASSOCIAÇÃO MÉDICA BRASILEIRA MAIO/JUNHO 2010 Ano 51 • nº 1366 Especial traz ações solidárias apresentadas durante a Hospitalar 2010

Especial traz ações solidárias apresentadas durante a ... · e desastres, a exemplo do projeto SOS-Haiti, desenvolvido pela AMB após a catástrofe ocorrida naquele país. Logo

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Jornal da associação Médica Brasileira

Maio/JUnHo 2010Ano 51 • nº 1366

Especial traz ações solidárias apresentadas durante a

Hospitalar 2010

Seu cadastramento poderá ser efetuado no site www.cna-cap.org.br pelo linkcadastre-se,cadastre-se,cadastre-se,cadastre-se,cadastre-se, na área de médicos participantes.

Instituído pela Resolução nº 1772 doConselho Federal de Medicina, o Certificado deAtualização Profissional (CAP), com validade decinco anos, é documento padronizado e emitidopela Associação Médica Brasileira e Sociedades deEspecialidade, que atesta os novos conhecimentosdo médico, habilitando-o ao exercício de suaespecialidade.

Os médicos que obtiveram Título deEspecialista ou Certificado de Área de Atuação apartir de janeiro de 2006 necessitam renovar o CAPa cada cinco anos, sob pena de perda de seu registrode título de especialista.

Para sua obtenção é necessário acumular 100pontos ao longo do período de cinco anos (compontuação máxima de 40 pontos/ano) por meio departicipação em diferentes atividades de atualizaçãocredenciadas pela Comissão Nacional deAcreditação – CNA.

Comissão Nacional de AComissão Nacional de AComissão Nacional de AComissão Nacional de AComissão Nacional de Acreditação - CNAcreditação - CNAcreditação - CNAcreditação - CNAcreditação - CNA

CERTIFICADO DECERTIFICADO DECERTIFICADO DECERTIFICADO DECERTIFICADO DEATUALIZAÇÃOATUALIZAÇÃOATUALIZAÇÃOATUALIZAÇÃOATUALIZAÇÃO

PROFISSIONALPROFISSIONALPROFISSIONALPROFISSIONALPROFISSIONAL

2ª anúncio CNA.p65 19/2/2009, 16:201

MARÇO/ABRIL 2010 1

2 Editorial

3 Palavra do presidente

4 Entrevista com Newton Barros

5 Entrevista com José Luiz Weffort

6 Hospitalar 2010

10 Reunião de Editores Científicos

11 Gota a gota

12 Deliberativo-Pernambuco

14 Deliberativo-Brasília

Conteúdo16 Conselho Científico

18 Centenário da Pediatria

19 Comissão de Assuntos Políticos

20 Associação Médica Mundial

22 Educação Médica Continuada

23Comunidade Médica de Língua Portuguesa

24 Internacional

25 CBHPM

26 Comissões

27 Câmara de Implantes

28 Especialidades

29 Federadas/Notas

30 Residência Médica

31 Agenda

32 Livros/Títulos/Tabagismo

Jornal da associação Médica Brasileira

Maio/JUnHo 2010Ano 51 • nº 1366

Especial traz ações solidárias apresentadas durante a Hospitalar 2010

2 NOVEMBRO/DEZEMBRO 2009

DIRETORIAPREsIDEnTE

José Luiz Gomes do AmaralPRImEIRO VIcE-PREsIDEnTE

José Carlos Raimundo Brito (licenciado)sEgunDO VIcE-PREsIDEnTE

Newton Monteiro de BarrosVIcE-PREsIDEnTEs

José Luiz Dantas Mestrinho, Moacyr Basso Junior,Carlos David Araújo Bichara, Gutemberg Fernandes de Araújo, Wilberto Silva Trigueiro, Cléber Costa de Oliveira, Jésus Almeida Fernandes, Celso Ferreira Ramos Filho, Jurandir Marcondes Ribas Filho, Murillo Ronald Capella

sEcRETáRIO-gERAl Aldemir Humberto Soares

1º sEcRETáRIOLuc Louis Maurice Weckx

1º TEsOuREIROFlorisval Meinão

2º TEsOuREIROAmilcar Martins Giron

DIRETOREsAcADêmIcO

José Luiz WeffortATEnDImEnTO AO AssOcIADO

Jane Maria Cordeiro LemoscIEnTífIcO

Edmund Chada BaracatcOmunIcAçõEs

Elias Fernando MiziaraculTuRAl

Hélio Barroso dos ReisDAP

Robson Freitas de Moura DEfEsA PROfIssIOnAl

Roberto Queiroz GurgelEcOnOmIA méDIcA

Marcos Bosi Ferraz mARkETIng

Geraldo Ferreira FilhoPROTEçãO AO PAcIEnTE

Wirlande Santos da LuzRElAçõEs InTERnAcIOnAIs

Miguel Roberto JorgesAúDE PúblIcA

Florentino de Araujo Cardoso Filho.

www.amb.org.br

Associação Médica Mundial

DIRETOR REsPOnsáVElElias Fernando Miziara

EDITOR REsPOnsáVElAldemir Humberto Soares

cOnsElhO EDITORIAlAmilcar M. Giron, Edmund C. Baracat,José L. Gomes do Amaral, Luc M. Weckx, Florisval Meinão, José Carlos R. Brito (licenciado), Hélio Barroso dos Reis

EDITOR ExEcuTIVOCésar Teixeira (Mtb 12.315)

cOlAbORAçãONatália Cesana, Helena Fernandes

DIAgRAmAçãO, EDITORAçãO E ARTESollo Comunicação

DEPARTAmEnTO cOmERcIAlFone (11) 3178-6809/6801

TIRAgEm60.000 exemplares

PERIODIcIDADEBimestral

ImPREssãODuograf

fIlIADO à AnATEcREDAçãO E ADmInIsTRAçãO

Rua São Carlos do Pinhal, 32401333-903 – São Paulo – SPTel. (11) 3178-6800Fax (11) 3178-6816E-mail: [email protected]

AssInATuRAAnual R$ 60,00; avulso R$ 10,00Fone (11) 3178-6800, ramal 130

EDITORIAL

2 MARÇO/ABRIL 2010

Medicina solidária

2 MARÇO/ABRIL 2010

Caro Leitor,

Como você pode perceber, esta edição do

Jamb é muito especial: além do tradicional

Suplemento Cultural, traz um denso caderno

sobre a participação da AMB na 17ª Edição

da Feira Hospitalar, que teve como tema

“Solidariedade Médica”.

Na Hospitalar, nossa entidade participou

com um estande de 50 m2 , realizou, por

meio de colegas diretores, palestras em

diversos eventos e promoveu o I Encontro

de Atividades Médicas Solidárias, no qual,

durante quase um dia inteiro, 15 organizações

tiveram oportunidade de expor ao público

o trabalho que desenvolvem em prol da

sociedade, em especial a setores carentes

de nossa população. Este caderno a que me

referi no início traz em detalhes este trabalho

solidário, que nos orgulha de sermos médicos

e que, por sinal, motivou a escolha do tema da

nossa entidade nesta Hospitalar 2010.

Outra iniciativa da AMB ligada ao tema

solidariedade pode ser observada na página

16, retratando o Conselho Científico, que,

pela primeira vez na história da entidade,

reuniu representantes das três Forças

Armadas, com propostas de discutir ações

conjuntas para enfrentar situações de crise

e desastres, a exemplo do projeto SOS-Haiti,

desenvolvido pela AMB após a catástrofe

ocorrida naquele país.

Logo no início desta edição há duas

entrevistas que considero oportuníssimas

pelos temas abordados: o professor José

Luiz Weffort discorre sobre os principais

problemas do ensino médico em nosso país,

enquanto o vice-presidente Newton Barros

fala da recém-criada Comissão Nacional de

Medicina Paliativa, tema tão instigante que,

inclusive, foi incluído no novo Código de

Ética Médica, finalizado recentemente pelo

CFM.

Nesta edição há também a cobertura das

atividades da AMB, como as reuniões do

Conselho Deliberativo em Pernambuco

e Brasília; e o debate com os médicos

residentes no sentido de definir ações para

inseri-los no movimento médico nacional

que será amplamente debatido durante o

XII ENEM - Encontro Nacional das Entidades

Médicas, em julho, em Brasília. Na página

10, o leitor ainda poderá acompanhar

as propostas que estão sendo debatidas

pelos editores de revistas científicas, em

consequência dos novos critérios QUALIS de

avaliação de periódicos da área.

Na parte internacional, destacamos a

criação do site da Comunidade Médica

de Língua Portuguesa e o lançamento do

Programa de Educação Médica Continuada

em Cabo Verde. Há ainda outros assuntos

como CBHPM, Câmara de Implantes, todos

diretamente ligados ao interesse e ao dia-a-

dia do médico. Boa leitura.

Aldemir H. Soares

Editor

MAIO/JUNHO 2010 3

MENSAGEM DO PRESIDENTE

José Luiz Gomes do AmaralPresidente da Associação Médica Brasileira

Desastres

MARÇO/ABRIL 2010 3

em nosso planeta não há lugar seguro. e confirma-se a impressão de que os desastres tornam-se cada vez mais frequentes. segundo dados do International Disaster Database, o número de desastres está aumen-tando com mais velocidade. acon-teceram 133% mais catástrofes que afetaram 76% mais pessoas entre 2000 e 2009 se comparados entre os anos de 1980 a 1989. nos primeiros nove anos desta década ocorreram em média no mundo, 484 desastres naturais por ano. somados, esses acontecimentos provocaram cerca de Us$ 880 bilhões em prejuízos, afetando 2,4 bilhões e matando quase 800 mil seres humanos.

os conflitos têm se multiplica-do, sejam eles militares ou deter-minados pela desestruturação da sociedade civil. não raro, a segurança deixa de acompanhar o desenvolvimento tecnológico e,

direta ou indiretamente, tem-se dele decorrentes situações incon-troláveis e tragédias de grandes proporções. o adensamento popu-lacional em áreas de risco faz, hoje, incontáveis vítimas quando antes incidentes naturais pareciam ter impacto mais limitado.

deixamos o século das gran-des guerras sem otimismo, vendo crescer as divergências e belige-rância entre as nações. a violên-cia civil aumenta, ultrapassando os limites das manchas de miséria que cobrem a periferia das grandes cidades. do dia-a-dia dos acidentes de trânsito às tragédias dos gran-des acidentes aéreos; dos surtos epidêmicos de novas e antigas doenças aos vazamentos das usinas nucleares e perfurações off-shore; das inundações e dos incêndios, furacões, terremotos e tsunamis a deslizamentos e desabamentos, somando-se as mudanças climáti-cas, prevenir nem sempre é possí-vel. reduzir o risco, todavia, certa-mente o é. não resta dúvida da importância de nos prepararmos para a adversidade. ainda que não surja ela entre os que nos cercam de imediato, atingir-nos-á mais cedo hoje e amanhã do que ontem pode-ríamos supô-lo. Muito mais cedo, ainda que quiséssemos evitá-lo.

seja qual for a natureza do desastre, ele nos impõe obrigações a todos, muito mais a nós médicos que a outros. ainda que seguran-ça, comunicações, transporte e tantas outras necessidades sejam prementes, a atenção à saúde é preocupação fundamental, haja vista a invariável implicação que

tem os desastres na sobrevivên-cia dos seres humanos. À medida que nos qualificamos senão para tratar de ameaças à vida, espera-se de nós conselho, ação e espírito de solidariedade, gestos intrínsecos à arte da medicina, pronta a prestar a ajuda necessária. Portanto, temos de nos preparar para tanto.

Preparação é também ter recur-sos humanos e materiais necessá-rios no lugar e no momento exigido. entre os muitos mais de 300 mil médicos hoje ativos em nosso País, é premente classificá-los pela dispo-nibilidade temporal e geográfica, estratificando-os pela especialidade e competências potencialmente úteis em situações de catástrofe. Fazer-lhes, em primeiro lugar, reconhecer o risco, para que possam se proteger e transmiti-lo aos demais. depois, treiná-los a atuar de forma conser-tada com os tantos atores essenciais e nas variadas circunstâncias que se nos podem sobrevir. organizar os esforços da comunidade médica civil em consonância com as demais instituições de atenção à saúde, em posição estratégica as militares. integrar, também solidário, nossos esforços à comunidade médica internacional e estarmos presentes quando o momento surgir.

Temos diante de nós missão extensa, difícil e complexa. Que não se pode procrastinar, nem deixar em segundo plano. assume aqui a associação Médica Brasilei-ra mais essa missão, a serviço da vida, pela profissão médica.

4 MAIO/JUNHO 2010

ENTREvISTA

Medicina Paliativa

1) Por que a necessidade da criação de uma Comissão Nacional de Medicina Paliativa?Newton Barros – Foi uma iniciativa da aMB dirigida a focar a discussão em um assunto que faz parte da prática médica há muitos anos e em vários países, principalmente europeus, e que poderá contribuir para a qualificação da atenção à saúde dos brasileiros. em nosso País já existem muitos médicos dedicados ao estudo e à prática do cuidado paliativo, inclusive organizados em associações, acompanhando o que é feito no exterior. recentemente, o assunto foi incluído no novo código de ética Médica e, ao envolver-se nesta discussão, a aMB reconhece a sua importância.

2) Como se conceitua a Medicina Paliativa?Newton Barros – Medicina paliativa é um termo utilizado para a especialidade médica que se dedica ao estudo e manejo de pacientes com doença ativa, progressiva e avançada, para os quais o prognóstico é limitado e o foco do cuidado é a qualidade de vida. Utiliza-se o termo cuidado paliativo quando estão envolvidos na equipe outros profissionais, tais como enfermeiros, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e trabalhadores da área pastoral/espiritual. desde a fundação do s’t christopher’s Hospice por cicely saunders (londres, 1967) tem sido crescente a difusão do conceito de cuidado

paliativo no mundo como um modo efetivo de humanização e alívio dos sintomas nos portadores de doenças incuráveis.

3) Quando foi criada a Comissão, quais seus membros fundadores e atuais integrantes? Newton Barros – Há uns cinco anos aconteceu uma reunião na aMB com a presença de representantes de várias especialidades, com a finalidade de discutir a área de atuação em dor. na ocasião, foi levantada a questão dos cuidados paliativos e o grupo entendeu que, pelas diferenças entre os dois assuntos, deveriam ser discutidos em comissões diferentes. acontece que ela só foi ativada neste ano de 2010. entretanto, face à participação de pessoas extremamente ativas, o trabalho f luiu rapidamente. compõem a comissão as seguintes sociedades: Pediatria, clínica Médica, cancerologia, Geriatria e Gerontologia, Medicina de Família e comunidade, além da academia nacional de cuidados Paliativos.

4) Qual é o seu principal objetivo e quais especialidades têm interface?Newton Barros – inicialmente foram convidadas a fazer parte da comissão as sociedades citadas anteriormente, por se relacionarem mais proximamente ao tema. Foram realizadas algumas reuniões que concluíram com um projeto de Programa de residência Médica

em Medicina Paliativa que foi encaminhado à comissão Mista de especialidades com vistas à obtenção de área de atuação para as especialidades elencadas.

5) O Sr. saberia informar se existe e como funciona essa área em outros países?

Newton Barros – desde 1987 a medicina paliativa é uma especialidade médica na inglaterra, austrália e em outros países europeus. existem mais de oito mil serviços de cuidados paliativos no mundo, concentrados principalmente nos países desenvolvidos. esta abordagem faz parte dos critérios no processo de acreditação de hospitais pela Joint comission, da qual vários hospitais brasileiros já se submeteram. no Brasil, o Ministério da saúde considera a necessidade do cuidado paliativo para a hierarquização dos serviços de oncologia nos hospitais federais. embora tenha sido criado um comitê técnico-assessor no Ministério em 2002, reformulado em 2005, as proposições para uma política nacional não tiveram um seguimento devido à falta de dotação orçamentária. a participação efetiva da aMB, estimulando o debate a respeito do tema, juntamente com as especialidades e a criação da área de atuação em Medicina Paliativa certamente serão fatores decisivos para que o governo oficialize esta modalidade na saúde pública.

newton Barroschefe do serviço de dor e cuidados Paliativos do Hospital conceição e Mãe de deus, em Porto alegre, presidiu a associação Médica do rio Grande do sul e a sociedade Brasileira para o estudo da dor. é 2º vice-presidente da aMB e coordena a recém-criada comissão nacional de Medicina Paliativa. nesta entrevista ao Jamb ele explica os objetivos da comissão.

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ENTREvISTA

José luiz Weffort o neurologista mineiro José luiz Weffort é diretor acadêmico da associação Médica Brasileira. responsável pela disciplina de neurologia da Universidade Federal do Triângulo Mineiro, onde se formou, atualmente encontra-se sob sua responsabilidade um projeto em desenvolvimento pela aMB que pretende revolucionar o setor de ensino médico no país. nesta entrevista ao Jamb ele nos conta o que pensa sobre o cenário atual das escolas médicas no país.

1 - Como professor universitário, como o Sr. avalia a qualidade do ensino médico hoje no País? Weffort - a qualidade do ensino médico hoje no País não é boa, vai mal. é claro que não podemos generalizar, pois existem escolas médicas diferenciadas, mas estas não são a regra e sim exceção. a cultura de diploma, a ausência de uma política educacional adequada propicia uma visão mercantilista da universidade e consequente degradação do ensino como um todo. e como não podia deixar de ser, o ensino médico também faz parte deste contexto e com uma agravante: é um grave prejuízo para a sociedade não formar bons médicos. estas escolas não têm formado alunos críticos, sujeitos do aprendizado, competentes para trabalhar a interdisciplinalidade com sensibilidade ética e responsabilidade social.

2 - O Sr. é contra a abertura de novas faculdades de medicina? Weffort - sou frontalmente contra a abertura de novas escolas médicas. Hoje, existem 180 escolas médicas no País para cerca de 200 milhões de habitantes. Países como Índia e china, que têm mais de um bilhão de habitantes, possuem, respectivamente, 272 e 150 escolas médicas. Países desenvolvidos formam médicos em número adequado às necessidades da sociedade. Médicos em excesso geram exames, muitas das vezes desnecessários, surgem novas especialidades e demanda para a sociedade, que nem sempre são interessantes. Médicos competentes,

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humanos, éticos e socialmente responsáveis em número suficiente em todas as regiões do País seria o mais adequado. não faltam médicos no País, a distribuição é que é desigual. Por exemplo, na região sudeste, cidades como são Paulo tem um médico para 300 habitantes, campinas e ribeirão Preto tem um médico para 200 habitantes, o que não ocorre em outras regiões, devido à falta de uma política adequada e incentivos à distribuição destes profissionais.

3 - O Sr. entende que há excesso de faculdades de medicina no País? É possível fazer uma avaliação do tipo bom, regular ou ruim sobre tais escolas? Weffort - sim, há excesso de faculdades de medicina no País. no período de 1996 a 2010 foram abertas 99 escolas médicas. existem cerca de 17 mil vagas oficiais e, como já dito anteriormente, não existe falta de médico e sim falta de uma política adequada de distribuição destes profissionais. não é possível realizar uma avaliação simplória, por assim dizer, sobre as faculdades de medicina. a preocupação com o projeto pedagógico, a qualificação e o desenvolvimento dos docentes com a gestão do curso, infraestrutura oferecida e avaliação tanto do curso quanto dos estudantes é fundamental para uma escola médica de padrão. existem projetos pedagógicos extremamente elaborados (alguns que até dispensam hospital de ensino), que são “adequados” exclusivamente para abertura de novos cursos de medicina que obviamente não têm

compromisso com a qualidade do ensino.

4 - O Sr. é favorável a que o aluno de medicina seja submetido a um exame final ao concluir o curso, a exemplo do que ocorre no Direito?Weffort - não, pois isso seria como que estimular a proliferação e manutenção das escolas de medicina de baixa qualidade. o processo de avaliação do aprendizado ao longo do curso, os mecanismos de avaliação institucional e a interface da faculdade de medicina com o sistema de saúde vigente no País e a análise da participação da melhoria das condições de saúde da população são a melhor forma de avaliar o médico que está sendo formado.

5 - Como tem visto a atuação do MEC em relação ao ensino médico. Nos últimos meses fechou alguns cursos e colocou outros em más condições na berlinda?Weffort – costumo dizer que existem diretrizes no Mec que, se seguidas à risca, seriam suficientes para evitar a abertura de novos cursos médicos e avaliar os já existentes de forma bastante criteriosa. existe um grande número de solicitações de abertura de novos cursos médicos, para o que o Mec tem resistido; por exemplo, não permitiu a abertura das Faculdades de Medicina de Franca e de campo Mourão. o Mec também fechou 560 vagas em nove escolas médicas de baixa qualidade.

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hOSPITALAR

6 JANEIRO/FE VEREIRO 2010

entre os dias 25 e 28 de maio, aconteceu a 17ª edição da Feira +Fórum Hospitalar em são Paulo. além do estande com 50m2, localizado no pavilhão verme-lho do expo center norte, a aMB também participou, por meio de seu presidente, José luiz Gomes do amaral, e dos direto-res edmund Baracat e Marcos B. Ferraz, de diversas palestras.

em 25 de maio, antes da aber-tura oficial da feira, Gomes do amaral debateu com gestores de seguradoras, planos de saúde e representantes de entidades do

aMBna Hospitalar 2010

setor durante o seminário “cons-truindo Modelos de remuneração”, realizado pela associação nacional dos Hospitais Privados (anahp). Maurício ceschin, diretor-presi-dente da agência nacional de saúde suplementar mediou as discussões.

“o modelo de remuneração impacta o serviço como um todo. é necessário coragem para poder mudar e convergência de percepção do que precisa e deve ser feito”, disse ceschin na abertura do painel.

enquanto os representan-tes das seguradoras discutiram a

questão com base nos custos e no pagamento pelo desempenho, José carlos abrahão, presidente da confederação nacional de saúde (cns), afirmou que os ganhos do setor virão por meio do resultado e da performance, porém não serão possíveis sem o envolvimento da classe médica.

Gomes do amaral concordou com o presidente da cns. “é difícil imagi-nar o processo de mudança no mode-lo de remuneração sem considerar os médicos”. Para ele, a remuneração pela performance está relacionada ao poder de livre-escolha do paciente.

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Estande da AMB na Hospitalar 2010

“Há limitantes no que se refere a premiar o desempenho. se é muito baixo, tanto faz premiar”. o presi-dente da aMB terminou as conside-rações dizendo que bonificar quem pediu mais exames também pode levar ao erro. “a medicina deve ser centrada no paciente e não na curva de excelência”.

em seguida, Gomes do amaral participou da solenidade de aber-tura da feira. a primeira a falar foi Waleska santos, presidente do grupo Hospitalar.

“nessa semana, são Paulo trans-forma-se na capital latino-america-na da saúde. esse ano os números são superlativos: pela primeira vez foram ocupados os cinco pavi-lhões do expo center norte com 1.250 expositores, entre eles 505 empresas estrangeiras de 36 países, demonstrando a pujança e solidez do setor”. ela citou que a data da feira é vital na agenda dos players da saúde mundial. “apesar do uso intensivo das modernas ferramen-tas de comunicação, nada substitui esse contato que acontece uma vez por ano”.

Franco Pallamolla, presidente da associação Brasileira da indús-tria de artigos e equipamentos Médicos, odontológicos, Hospi-talares e de laboratórios (abimo), discursou como representante da indústria. “a saúde passou a ser encarada como setor de desenvolvi-mento social e econômico. embora o Brasil seja o sexto mais impor-tante mercado do mundo, a pesada carga tributária dificulta os inves-timentos em pesquisa, inovação e desenvolvimento, além de favorecer a compra de importados”. Por fim, ele defendeu o fortalecimento da Fiocruz por meio de uma política de estado para o complexo indus-trial da saúde.

abrahão falou em nome das entidades do setor. “a saúde foi o exemplo de como superar a crise. em 18 meses, não deixou desem-pregados. Foram 20 mil postos de trabalho abertos. a participação

Abertura oficial da Hospitalar 2010

Seminário “Construindo Modelos de Gestão”

MAIO/JUNHO 2010 7

no PiB cresceu de 6% para 8%”. ele mencionou que o setor pagou, em 2009, r$ 30 bi em impostos.

Tanto Januário Montone, secretário estadual de saúde, como luiz roberto Barradas Bara-ta, secretário municipal de saúde, falaram sobre a importância da feira para a cidade, ampliando os debates sobre a evolução do setor. José Gomes Temporão, ministro da saúde, encerrou a solenidade discorrendo sobre a outra dimen-são da saúde no Brasil.

“a nova visão do setor como aspecto de desenvolvimento, produção e geração de riquezas está se consolidando. o espaço diferenciado que a saúde ocupa no cenário industrial, políticas de desenvolvimento e inovação, a maior integração com o Bndes, FineP e cnPQ expressam o avanço conseguido durante esse período”, disse o ministro.

no mesmo dia, Marcos Bosi Ferraz, diretor de economia Médica da aMB, representou a entidade na abertura do 15º´ congresso latino-americano de saúde (classaúde). À noite, Gomes do amaral também foi convidado especial na abertu-ra do Fórum de enfermagem, promovido pelo conselho regio-nal de enfermagem de são Paulo.

“a nossa participação neste evento comprova o bom relacio-namento entre as profissões, o que reverte em resultados positi-vos ao paciente”, disse na abertu-ra do evento que contou também a presença do ex-governador do estado, José serra.

na manhã de 26 de maio, no auditório cantareira 6, foi reali-zado o i encontro de atividades Médicas solidárias (mais deta-lhes no encarte desta edição). Gomes do amaral fez as sauda-ções iniciais e, em seguida, Waleska santos deu boas-vindas aos presentes.

“é com muito orgulho que

hOSPITALAR

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O diretor de Economia Médica, Marcos Bosi, durante palestra no ClasSaúde

O presidente da AMB, José Luiz Amaral, participou da abertura do Fórum de Enfermagem

O diretor Científico da AMB, Edmund Baracat, no evento Brasil-Canadá

8 MAIO/JUNHO 2010

temos a aMB entre os parcei-ros. Temos trabalhado em uma agenda comum para promover e resgatar a auto-estima dos médi-cos por meio da associação”.

Foram apresentadas, além da experiência com o projeto aMB sos Haiti, as ações do Proje-to cangaíba; Projeto Xingu – Unifesp; Forças armadas Brasi-leiras; alfabetização solidária; experiências do Hospital albert einstein no combate à dengue no rio de Janeiro; operação sorriso; centro infantil Boldrini; Projeto saúde e alegria; onG amazo-nas Visão; Fundação otorrino-laringologia; Grupo de apoio ao adolescente e à criança com câncer – Unifesp; associação Médica do rio Grande do sul e saúde Brasil.

Bosi Ferraz, em 27 de maio, participou da mesa-redonda “a cadeia do sistema de saúde: do prestador ao pagador. onde está o problema?”, durante o 4º congresso Brasileiro de Gestão em laboratórios clínicos.

no mesmo dia, o diretor cien-tíf ico da aMB edmund Baracat, foi um dos convidados para deba-ter o ensino médico brasileiro no seminário internacional em saúde Brasil-canadá. Baracat falou sobre formação médica e seus mecanismos de regulação no Brasil. além de mostrar um panorama sobre a situação das escolas de medicina, o diretor científ ico apresentou os critérios que o Mec utiliza para autorizar o funcionamento e a manutenção das escolas.

“não há como esconder que o ensino médico hoje no país é falho. nossa esperança para corrigir essa questão encontra-se na comissão liderada pelo ex-ministro adib Jatene, que tem avaliado o desempenho das escolas com maus resultados, e no Mec para fechá-las, se for o caso”, destacou o diretor cientí-fico da aMB.

Já o presidente da aMB, José luiz G. amaral, palestrou no evento “a Transição do Passado para o Futuro: a importância da Formação do Profissional de saúde como Gestor”, abordando a formação/ qualif icação médica na visão das entidades represen-tantes dos profissionais.

“o número de médicos ativos no Brasil seria razoável se o inves-timento em saúde fosse adequa-do”. ele defendeu que o ensino não se encerra no fim da gradu-ação e que é necessária avaliação independente no segundo, quarto e sexto anos.

“o conhecimento se atualiza e a faculdade não pode ser apenas lembrança dos melhores anos da vida, por isso a necessidade de revalidação dos diplomas e da educação médica continuada”, disse amaral.

a aMB também aproveitou a Feira para realizar uma reunião com membros de sua direto-ria Plena. os assuntos em pauta foram as propostas de participa-ção com outras entidades de saúde em fóruns ao longo do próximo ano e o posicionamento da enti-dade perante o processo eleitoral brasileiro, em outubro próximo.

O presidente da AMB, durante o ClasSaúde

Reunião de Diretoria Plena durante a Hospitalar 2010

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1 0 MAIO/JUNHO 2010

o grupo de trabalho formado no ano passado e composto pelos editores das revistas científicas das sociedades de especialidade filia-das à aMB reuniu-se no dia 20 de maio (foto), para dar continuidade às discussões sobre as consequên-cias dos novos critérios QUalis de avaliação para as publicações. edmund Baracat, diretor científico da aMB, e Bruno caramelli, editor da revista da associação Médica Brasileira (raMB), conduziram os trabalhos.

“esta é nossa quarta reunião e, do ano passado para cá, tenta-mos canalizar as insatisfações e reclamações dos editores de revis-tas ligadas às sociedades filiadas à aMB. desde então, nosso traba-lho tem sido focado em indexação, critérios de avaliação da caPes, até que elaboramos um editorial, no qual listamos nossa insatisfação e sugerimos algumas propostas“, resumiu caramelli.

a seguir, os representantes da associação Brasileira de edito-res científicos (aBec), Benedito

EDITORES CIENTífICOS

editores de revistas científicas reunidos na aMB

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Barraviera e sigmar de Mello rode, e Maurício rocha e silva, editor da publicação clinics, comentaram os resultados da reunião técnica, coordenada pela caPes, no mês de abril.

Maurício rocha e silva apresen-tou também o material que expôs durante o congresso internacio-nal de editores, realizado na cida-de de atlanta, eUa. ele comparou as avaliações dos periódicos feitas

• solicitação que todos os edito-res encaminhem à aMB o número de submissões de artigos originais provindos da pós-graduação nos últi-mos três anos - esta pesquisa pretende investigar se houve impacto na taxa de submissão de artigos depois da divul-gação dos novos critérios caPes/QUalis;

• encaminhar convite para o presidente da caPes, Prof. Jorge Guimarães, para que participe de uma reunião com o conselho científico da aMB;

• Organizar seminários com todos os editores para avaliar as revistas e elaborar estraté-gias comuns para aprimora-mento das mesmas.

ropostas apresentadasP

pelos fatores de impacto do isi e scopus.

“as duas metodologias medem basicamente o mesmo e, portanto, os resultados e a classificação das revistas determinados pelos dois índices é muito parecida”, disse.

ao final, o conteúdo de um novo editorial conjunto, que deverá ser assinado por cerca de 60 editores de revistas médicas, foi analisado e aprovado.

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GOTA A GOTA

� NúMERO DE MÉDICOS

alguns números do levantamento reali-zado pelo conselho Federal de Medicina quanto ao número de médicos no país: a média nacional é de um médico para 578 habitantes; o número de médicos cresce mais que o tamanho da população, em termos percentuais; na cidade de são Paulo há um profissional para 239 ha-bitantes (média superior à de países eu-ropeus); no interior de roraima há um para 10.306 habitantes (média inferior à de nações africanas); há uma clara ten-dência de feminilização da medicina, ou seja, o número total de mulheres que se gradua já supera o de homens. Mais in-formações no portal www.médico.org.br

� TUSS

ans prorrogou para 15 de agosto o pra-zo para que os prestadores de serviços adaptem seus sistemas ao padrão Tuss (Terminologia Unificada em saúde su-plementar). após essa data, tanto ope-radora como prestador de serviços, in-cluindo os médicos, terão mais 60 dias ( até 15 de outubro) para adaptarem pro-cessos de envio e recebimentos nas guias do padrão Tiss (Troca de informações em saúde suplementar) já codificadas com a Tuss.

� fORUM

a comissão Mista de especialidades pre-para o i Fórum de atualização dos Pro-gramas de Formação de especialistas. o evento está previsto para acontecer no dia 10 de setembro, na sede do conselho Fe-deral de Medicina, em Brasília (dF).

� CIRURGIA PLáSTICA

os estados Unidos, país líder no ranking de cirurgias plásticas no mundo, regis-trou queda no número de procedimen-tos feitos no ano passado. Foram pouco mais de 1,5 milhão de operações em 2009 - 9% a menos do que no ano ante-rior. a recessão é a grande culpada pela redução, segundo a avaliação da socie-dade americana de cirurgiões Plásticos, responsável pela pesquisa. ao contrário, no Brasil, foram feitas 645.464 cirurgias plásticas em 2009. o país ocupa o segun-do lugar no ranking mundial das plásti-cas. as mulheres são as que mais se sub-metem à cirurgia (82%), principalmente de lipoaspiração (29%) e seios (19%).

� G E S T ã O E M S A ú D E

o diretor de economia Médica da aMB, Marcos Bosi Ferraz, em parceria com Paola Zucchi, acaba da lançar “economia e Ges-tão em saúde”. o livro integra a série “Guias da Medicina ambulatorial e Hospitalar da Unifesp”, que se fundamenta no conheci-mento e na prática cotidiana. neste volume apresenta o tema dividido em cinco partes, abrangendo aspectos relevantes como custo e gerenciamento de doenças; os sistemas de informação em saúde e telemedicina; gestão de medicamentos e a indispensável aborda-gem da ética na administração dos serviços.

� DENGUE

Pesquisadores da UsP de ribeirão Pre-to descobriram um novo método para diagnosticar a dengue. a técnica evita a retirada de sangue para exame laborato-rial e acelera o diagnóstico, detectando o vírus pela saliva. o avanço é resultado do uso de um equipamento importado que faz diagnóstico da nova gripe. ele identifica o vírus influenza a (H1n1) na saliva, sangue ou urina e mostra na tela do computador a carga da infecção. Mas também funciona perfeitamente no diagnóstico da dengue, apenas com sa-liva, cujo resultado pode sair em menos de três horas.

� ANS

o atual diretor de desenvolvimento se-torial da agência nacional de saúde su-plementar, Maurício ceschin, passou a ocupar também o cargo de diretor-Pre-sidente da entidade. Gastroenterologista formado pela Faculdade de Medicina de santo amaro, ceschin tem especiali-zação em administração em saúde pela Fundação Getúlio Vargas. antes de as-sumir a ans, foi presidente executivo da Qualicorp, tendo atuado ainda como su-perintendente do Hospital sírio-libanês e na Medial saúde.

� MEDICAMENTOS

Um novo capítulo na lei orgânica de saúde, aprovado no dia 12 de maio pelo senado prevê uma série de exigências ao estado para garantir tratamento médico e fornecimento de medicamentos aos pacientes do sistema Único de saúde (sUs). de autoria do senador Tião Viana (PT-ac), o projeto de lei estabelece que o sUs será obrigado a fornecer remédios

ou produtos de saúde sem a necessidade de prescrição e laudo médico ou a com-provação do registro quando a atualiza-ção das tabelas deixarem de ser feitas no prazo estabelecido. o projeto prevê tam-bém a atualização das tabelas do sUs e dos protocolos clínicos, pelo menos uma vez ao ano.

� AUTOMEDICAçãO

das 63 milhões de pessoas que acessa-ram a internet no País no ano passado, 39% buscaram informações sobre saúde na rede. o número de interessados nes-sas consultas cresceu 6% em um ano, de acordo com o centro de estudos sobre as Tecnologias da informação e da co-municação (cetic). na opinião de espe-cialistas, a busca por informações mé-dicas na internet traz problemas como a automedicação e a autoconsulta. outra agravante são os conteúdos pouco con-fiáveis disseminados, que os internautas acabam tomando como verdade.

� REAjUSTES ANUAIS

a comissão de defesa do consumi-dor (cdc) da câmara dos deputados aprovou, por unanimidade, no dia 9 de junho, o parecer do deputado Vital do rêgo Filho (PMdB-PB) pela aprovação do Pl 6964/10, que garante reajustes anuais aos médicos que prestam servi-ços às operadoras de planos de saúde. de acordo com o texto do Pl, será obriga-tória a existência de contratos escritos entre as operadoras de planos de saúde e os profissionais de saúde (pessoa física) ou os estabelecimentos de saúde (pessoa jurídica).

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DELIBERATIvOPERNAMBUCO

diferentemente de pautas anteriores, a reunião do conse-lho deliberativo da aMB, no dia 16 de abril, em recife (Pe), a lém de ter ampliado o fórum de discussões com a inclusão de todas as especialidades, afora as federadas e corpo diretivo da entidade, foi marcada pela reava-liação dos principais pontos do planejamento estratégico, reali-zado em 2000.

a reunião foi coordenada por Gilberto scarazzati, responsável pela reunião de planejamento estratégico em março de 2000. os participantes foram dividi-dos em grupos, de acordo com a af inidade com os temas, para discussão de três tópicos: forma-ção e especialização; valorização do trabalho médico; relação com o sUs, planos de saúde e socie-dade.

Para dinamizar os resulta-dos do trabalho, foi obrigató-ria a observância de três aspec-tos: a) objetivos já a lcançados b) conjuntura atual do setor; c) objetivos futuro e plano de ação. o trabalho dos grupos foi apre-sentado à plenária para discus-são e debate, que pôde, inclusive, apresentar sugestões ao tema.

o primeiro tema foi discutido com a avaliação em quatro fren-tes: escolas médicas; residência médica e especialização; recer-tif icação e Projeto diretrizes. o relatório f inal das discussões foi apresentado pelo diretor de comunicações da aMB, elias Fernando Miziara.

“os médicos já atingiram o limite de sua luta. se não

deliberativo reavalia planejamento estratégico

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envolvermos a sociedade civil no debate deste assunto, não vamos conseguir muitos avanços”, sentenciou Miziara.

o segundo grupo, que teve como tema central a valoriza-ção do trabalho médico, também dividiu os debates entre os seguintes pontos: implantação da cBPHM; cooperativismo; piso salarial; Plano de carreira, cargos e salários; regulamen-tação da medicina; representa-tividade política; organização médica (aMB, cFM e Fenam) e associativismo.

“nossos temas foram muito abrangentes e a forma de desen-volver ações em busca dos obje-tivos deverá ser discutida inter-namente, junto à diretoria da aMB, para def inição de melhor maneira de operacionalização”, disse roberto Gurgel, diretor de defesa Prof issional da aMB e relator do grupo.

Já o último grupo teve como incumbência discutir as relações com o sUs, planos de saúde e sociedade. dentre os temas abor-dados estavam f inanciamento da saúde, emenda constitucional 29, modelos de gestão, judiciali-zação, carreira de estado, tabela sUs e incorporação de tecnolo-gias.

“Precisamos desenvolver ações conjuntas entre as entida-des médicas nacionais. só assim vamos conseguir atingir nossos objetivos”, destacou o diretor de saúde Pública da aMB, Florenti-no cardoso, e relator do grupo.

“Foram apresentadas várias propostas nos debates com a plenária. o próximo passo será acrescentá-las às decisões dos grupos, retirar as redundâncias e encaminhar o documento f inal à diretoria para a aMB dar início ao processo de implementação das ações”, af irmou scarazzati, ao f inalizar a reunião.

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Trabalho foi desenvolvido em grupos para dinamizar os resultados

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DELIBERATIvOBRASíLIA

Menos de dois meses após o encontro em recife, o conselho deli-berativo da aMB voltou a se reunir no dia 11 de junho, desta vez na cida-de de Brasília (dF). na pauta, quatro pontos relevantes: agenda estratégica da aMB, Xii encontro nacional das entidades Médicas (enem), estraté-gias para recomposição da remune-ração médica e o movimento médico e as eleições 2010.

na abertura foi entregue aos presentes o resumo contendo o resul-tado das propostas apresentadas e debatidas na reunião de recife, acer-ca da agenda estratégica da aMB.

“Pedimos a avaliação de todos acerca das quase 50 sugestões de ações propostas no encontro de reci-fe. essa contribuição é importante porque irá pautar o trabalho da aMB até o final desta gestão”, salientou o secretário-geral, aldemir soares.

inserida dentre estas propostas, a situação atual do ensino médico brasileiro tomou a maior parte das

deliberativo debate interiorização da medicina

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discussões.

“até o próprio ministro da educação, Fernando Haddad, reco-nhece que temos número suficiente de médicos e de escolas médicas no País, e que agora a preocupação deve ser com a qualidade da formação”, disse o presidente da aMB, José luiz Gomes do amaral.

o assunto gerou debates sobre mecanismos de avaliação dos estu-dantes e escolas; número e distri-buição de médicos no País e, mais profundamente, avaliação da quali-dade do ensino aos formandos no Brasil. ao final, foi consenso aprovar a criação de uma comissão que terá como objetivo elaborar propostas para a interiorização da medicina no país.

“seja qual for o modelo a ser adotado, organização social ou outro tipo de entidade, é necessário buscar alternativas no sentido de apontar caminhos para essa interiorização”, destacou amaral.

a participação da aMB no Xii enem foi o segundo tema das discus-sões, tendo o presidente amaral apresentado a proposta da entidade para a realização do encontro por meio de um novo modelo que prio-riza o consenso.

“seria conveniente a dispensa das palestras prévias como está previsto, dando lugar à apresentação da posi-ção das três entidades sobre temas como ensino médico, exame de habi-litação, entre outros”, disse amaral. “em seguida, aconteceriam os debates para, só então, as entidades apresentarem seus pontos de vista à plenária”, finalizou.

‘‘esse modelo seria um marco para a união das entidades médicas, já que as propostas passariam a ser definidas unicamente pelo consenso. é muito difícil para qualquer entida-de defender uma bandeira com a qual não concorda”, acrescentou o dire-tor de comunicações da aMB, elias Fernando Miziara.

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Deliberativo em Brasília: Discussões sobre ensino médico e interiorização da medicina

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a recomposição dos honorá-rios foi outro assunto debatido com intensidade. é unânime que é neces-sário realizar um movimento nacio-nal nesse sentido, além de consolidar a cBHPM. o diretor de defesa Profis-sional da aMB, roberto Gurgel, aproveitou para convidar os diretores das Federadas e das especialidades para que não deixem de participar do Fórum sobre ao assunto, a ser realiza-do no dia 17 de julho, em são Paulo, promovido pela sociedade Brasileira de angiologia e cirurgia Vascu-lar. “será um momento importan-te para avançarmos as discussões nesse sentido”, destacou Gurgel.

o presidente da associação Paulista de Medicina, Jorge curi, alertou para as dificuldades enfren-tadas pelos médicos que atualmente trabalham com planos de saúde.

“está se tornando inviável o trabalho de atendimento aos planos se compararmos a baixa remunera-ção e os custos envolvidos em um consultório. é por esse motivo que estão surgindo no País movimentos específicos, como o da Pediatria, em Brasília, e o da Ginecologia, em são Paulo, ameaçando descreden-ciamento em massa”, alertou curi.

dentre as propostas, foram sugeridas: valorização da cBHPM; sinam; credenciamento universal; cooperativa de especialidades; a realização de um fórum específico para debater a questão e a contra-tação de uma consultoria na área de economia visando dar suporte a ações que possam ser desencadea-das pelas entidades médicas.

o último tema debatido foi o posicionamento da aMB perante o processo eleitoral brasileiro em outubro próximo.

“é importante que essa discus-são também seja estendida em nível estadual, por meio das Federadas e especialidade, no sentido de apoiar candidatos realmente empenhados com as causas médica e da saúde”, disse elias Miziara, relator do tema.

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Federadas e Especialidades tiveram representação no Deliberativo

Espaço aberto para debates entre os presentes

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CIENTífICO

no dia 15 de abril, o conselho científico da aMB reuniu-se para discutir ações conjuntas em educa-ção médica, assistência em áreas remotas, qualificação e treinamen-to em situações de crise e desastre. compondo a mesa estavam José luiz Gomes do amaral, presidente da aMB; edmund Baracat, diretor científico; coronel José luiz ribei-ro Miguel, diretor do Hospital da aeronáutica em são Paulo; almi-rante celso Barbosa Montenegro, diretor do Hospital naval Marcílio dias e general Francisco José Távo-ra, diretor de saúde do exército (foto).

“essa reunião é histórica. é um privilégio receber os representantes das Forças armadas na reunião do conselho científico e uma opor-tunidade para lançar a proposta de integração entre medicina civil e

científico discute parceria com Forças armadas e aprova criação de comissões

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militar”, disse Gomes do amaral na abertura dos trabalhos.

na primeira parte da reunião, o presidente da aMB apresentou os resultados da iniciativa aMB-sos Haiti e entregou certificados de participação aos médicos volun-tários Fernando Ventin e ricardo Ferreira.

em seguida, os presentes pude-ram fazer perguntas e colocações para os militares. o nefrologista rodrigo Bueno, 1º secretário da sociedade Brasileira de nefrologia, que auxiliou as vítimas do terre-moto no Haiti, relatou sua expe-riência como integrante de uma equipe especializada em cuidados renais. “Tivemos dificuldade para materializar a ajuda que estávamos oferecendo. o cuidado nefrológico demanda uma estrutura grande,

que deve ser preparada com ante-cedência. a ideia era que tivésse-mos uma célula sempre pronta com insumos e médicos destinada a situações de emergências”.

Foi perguntado aos militares sobre a existência de treinamen-tos específicos para catástrofes. os representantes foram unânimes ao afirmar que a medicina assistencial está em primeiro plano. em relação à melhor conduta nos dias subse-quentes a desatres, o almirante celso Montenegro disse que depen-de da operação. “é um conjunto de ações. Precisamos treinar; treinar e torcer para não usar nunca. esse é um ônus que a sociedade tem de arcar”.

Gomes do amaral finalizou a reunião apresentando proposta de criação de um grupo de trabalho

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voltado para ações humanitárias no âmbito da medicina operativa.

“a associação Médica ameri-cana, israelense, da noruega, da alemanha e da coreia já oferece-ram ajuda para desenvolver progra-ma nesse campo”.

esta proposta foi analisada durante a reunião seguinte do conselho científico, ocorrida no dia 20 de maio. Todos os represen-tantes de sociedades de especiali-dade presentes aprovaram o início dos trabalhos.

na ocasião, rogério Toledo Jr., da Federação Brasileira de Gastro-enterologia (FBG), apresentou projeto para formar um grupo que discuta e combata a ocorrência e as consequências de acidentes domés-ticos. “o caráter desta comissão é preventivo, pois a medicina não pode atuar apenas no pós, podemos fazer o antes” explicou Toledo.

Já manifestaram interesse em participar as seguintes sociedades: cirurgia da Mão, cirurgia Pediátri-ca, cirurgia Geral, cirurgia Plásti-ca, endoscopia digestiva, oftalmo-logia, ortopedia e Traumatologia, Urologia, Pediatria, Medicina Físi-ca e reabilitação e cirurgia diges-tiva.

Toledo apresentou ainda como transcorreram os trabalhos da comissão de Valorização do Títu-lo de especialista, coordenada por ele. a ideia era ressaltar, dentro da comunidade médica, e depois para toda a população brasileira, a dife-rença entre médicos especialistas, que apenas possuem a residência médica, e os médicos portadores de título de especialista.

“o interesse foi tanto em discu-tir esse assunto, que recebemos o apoio de todas as sociedades de especialidade”, disse Toledo.

o próximo passo da comissão será implantar uma campanha de marketing para divulgar o título de especialista e incentivar a popula-ção brasileira a procurar os médi-cos com título no site da aMB.

outro assunto debatido foi a solicitação feita pela associação Brasileira de centros de informa-ção e assistência Toxicológica e Toxicologistas clínicos (aBra-ciT), junto à comissão Mista de especialidades. a entidade pede o reconhecimento da toxicologia clínica como área de atuação.

“não é incomum que o cFM ou a cMe mandem para a aMB os pedidos de criação de novas áreas. Quando isso acontece, ocorre uma quebra de hierarquia, pois é sabi-do que as propostas de criação de especialidades médicas ou área de

atuação tem que passar primeiro pela análise deste conselho cien-tífico, que dá o encaminhamento para a comissão Mista”, explicou Baracat.

Foi decidido que a proposta da aBraciT será encaminhada para todas as sociedades para análise.

ao final deste encontro, edmund Baracat, diretor científico da aMB, informou que a sociedade Brasileira de Perícias Médicas e a associação Brasileira de Medicina legal estão em tratativas para que haja uma aproximação no que se refere ao tema perícias médicas.

Rogério Toledo Júnior: prevenção a acidentes domésticos

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a pediatria brasileira está em festa. o motivo é justo e singular. o ano de 2010 tem significado ímpar para os pediatras. é o ano do cente-nário da sociedade Brasileira de Pediatria (sBP), uma das entidades médicas mais atuantes no País. a trajetória social que se expressa nesse importante marco comemo-rativo tem grandiosa dimensão para a medicina brasileira.

em 27 de julho de 1910, um grupo de pediatras do rio de Janei-ro teve a antevisão de criar a base institucional de um movimento associativo agregador da energia pediátrica potencial. assim surgiu a sBP. iniciou-se, naquela data, o itinerário dos compromissos suces-sivos que só fariam crescer o vigor da pediatria ao longo do tempo, expandindo-se, em ininterrupta difusão pelos quadrantes pátrios, numa sequência radiosa que confi-guraria a natureza federativa visio-nária sonhada pelos idealizadores da entidade. são 100 anos de afini-dade ética a orientar o engajamento de gerações de lideranças responsá-veis pelo progresso coerente de uma categoria profissional que jamais se afastou das bases doutrinárias de seu relevante exercício. Graças a inesgotável vocação construtiva, a pediatria brasileira manteve-se una e indivisa. resistiu às estratégi-cas tentações do mercado, que têm conseguido fragmentar, quando

não pulverizar, a prática da medi-cina. expressou sempre a identifi-cação plena com a causa que lhe dá substância, vale dizer a promoção da saúde da infância e adolescência, faixa populacional hoje entendida como prioritária em toda nação.

a sociedade Brasileira de Pedia-tria ganhou crescente reconheci-mento público nas lutas que empre-endeu. seja na defesa dos direitos de crianças e adolescentes, seja na valorização do pediatra, o cuidador mais diferenciado para assistir o ser humano no ciclo de vida marcado pelos fenômenos do crescimento e desenvolvimento. são frentes de atuação indissociáveis, posto que voltadas para a convergência dos interesses sociais mais justos, dos quais depende, em última instân-cia, o direito universal de futuros cidadãos à excelência dos cuidados com sua saúde. é essa visão unifica-dora que impulsiona a sBP em suas atividades, projetando-a além dos limites de uma entidade médico-científica para dar-lhe o contorno de instituição da sociedade civil a serviço de uma de suas maiores prioridades sociais.

nada é mais emblemático para o caráter sociopolítico-corporativo da entidade centenária do que a série de conquistas alcançadas pela agremiação pediátrica nos últimos anos. são resultados de ações que

reforçam a validade de tal postura. duas delas servem de exemplo. de um lado, a lei que estende para seis meses a duração da licença-mater-nidade, oriunda de projeto elabo-rado pela sBP, em parceria com a senadora Patrícia saboya e com a oaB. de outro lado, a mobilização nacional dos pediatras, desencade-ada pela entidade na maioria dos estados, visando o reconhecimento do devido valor da profissão, obje-tivo que passa a ser atingido mercê da união dos associados em todo o País. a primeira dessas ações ref le-te, de forma inquestionável, o papel da sBP como destacada protagonis-ta das transformações que a socie-dade brasileira está a merecer. a segunda traduz o poder referencial de articulação capaz de mobilizar a numerosa coletividade pediátrica na busca do respeito e da valoriza-ção que não lhe podem ser negados.

a pediatria brasileira orgulha-se da entidade nacional que a repre-senta, e das filiadas que a consti-tuem nas unidades da federação. Um século de tão produtiva histó-ria é atestado de devoção à causa e certeza de conquistas cada vez mais abrangentes para a pediatria.

Dioclécio Campos Jr.

Ex-presidente da SBP e atual Diretor de Relações Internacionais

sociedade Brasileira de Pediatria: 100 anos de compromisso

PEDIATRIA

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entre os meses de abril e maio, a comissão de assuntos Políti-cos reuniu-se em duas ocasiões. a primeira foi no dia 28 de abril, em Brasília, no novo escritório da Federação nacional dos Médicos (Fenam).

neste dia, foram analisados 31 projetos de lei, dos quais sete foram adicionados à agenda Parlamentar da saúde responsável para que haja acompanhamento pelo grupo. dois tiveram posicionamento favorável: Pl 6869/10, do deputado eleuses Paiva, que altera a lei nº 9656, de 3 de junho de 1998, para conceder gratificação anual ao médico sobre os honorários pagos por operado-ras de planos de assistência à saúde; e Pl 7064/10, do deputado arlindo chinaglia, que altera a lei nº 6.932, de 7 de julho de 1981, estabelecendo uma data para o reajuste das bolsas de residência médica.

Já os Pls 7017/10, do deputa-do Marçal Filho, que dispõe sobre o prazo de retorno às consultas médicas; 82/10, do senador Geova-ni Borges, que regulamenta o trata-mento cirúrgico da obesidade; e 98/10, da comissão de serviço de

CAP

comissão discute projetos de lei de relevância para os médicos

infraestrutura, que dispõe sobre a participação da comunidade na gestão do sUs e sobre as transferên-cias intergovernamentais de recur-sos financeiros na área da saúde, para permitir que recursos do Fundo nacional de saúde sejam alocados a projetos de saneamento básico, tive-ram posicionamento contrário por parte da caP.

o segundo encontro ocorreu no dia 26 de maio, também em Brasília, na sede do cFM. desta vez, foram analisados 15 novos projetos de lei

apresentados pelos parlamentares nos últimos dias.

durante as reuniões da caP, os integrantes também têm debatido a possibilidade de participar dos encontros pré-eneMs. o objetivo é apresentar a todos a proposta de criação das caPes (comissões de assuntos Políticos estaduais).

os representantes da aMB nas reuniões foram luc Weckx, José luiz Mestrinho, Jurandir Marcon-des e lázaro Miranda.

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adotada na assembleia Geral de Tóquio, Japão, em outubro de 2004 e emendada na assembleia Geral de nova deli, Índia, em outubro de 2009, as referências da associação Médica Mundial (WMa) sobre o assunto teve a participação e conta com total apoio da associação Médica Brasileira.

PREÂMBULO

no tratamento de seus pacien-tes, os médicos utilizam drogas, instrumentos, ferramentas de diag-nóstico, equipamentos e materiais desenvolvidos e produzidos por empresas comerciais. a indústria possui recursos para financiar programas de pesquisa e desen-volvimento de alto custo e, para tanto, o conhecimento e a experi-ência dos médicos é essencial. além disso, o apoio da indústria permi-te o aprofundamento de pesquisas médicas, a participação em confe-rências científicas e a continuida-de da formação em medicina, que podem ser benéficos para pacientes e para todo o sistema de saúde. a

WMA

a relação entre médicos e a indústria farmacêutica

combinação de recursos financeiros com o conhecimento dos produtos, alcançada com a ajuda da indústria e pelo conhecimento dos médicos, permitiu o desenvolvimento de novos procedimentos de diagnós-tico, drogas, terapias e tratamentos e pode levar a diversos avanços na medicina.

no entanto, há conf litos de inte-resse entre empresas comerciais e médicos e eles podem afetar o tratamento dos pacientes e a repu-tação da profissão médica. o papel dos médicos é avaliar de forma objetiva o que é melhor para o paciente, enquanto o que se espera das empresas comerciais é que elas deem lucro aos seus proprietários por meio da venda de seus produtos e da competição por mais clientes. as considerações comerciais podem afetar a objetividade dos médicos, principalmente se o profissional for de alguma maneira dependente da empresa.

ao invés de proibir as relações entre médicos e a indústria, é prefe-rível estabelecer diretrizes para tais relações. estas diretrizes devem

incorporar princípios fundamen-tais de transparência, evitando conf litos óbvios de interesse e da autonomia clínica do médico para agir de acordo com os anseios de seus pacientes.

estas diretrizes devem servir de base para a revisão das diretrizes já existentes e para o desenvolvimento de quaisquer diretrizes futuras.

CONFERÊNCIAS MÉDICAS

os médicos podem participar de conferências médicas patrocina-das total ou parcialmente por uma entidade comercial se estiverem de acordo com os seguintes prin-cípios: 1) o principal objetivo da conferência é a troca de informa-ções profissionais e científicas; 2) a hospitalidade durante a conferência é secundária à troca profissional de informações e não deve exceder os costumes locais e geralmente acei-tos; 3) os médicos não devem rece-ber pagamento direto de uma enti-dade comercial para cobrir despesas de viagem, hospedagem e alimenta-ção na conferência ou compensação

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por seu tempo, a menos que isso seja exigido pelas regras e/ou polí-ticas de sua associação Médica nacional; 4) Médicos não devem aceitar hospitalidade não justifi-cada e não devem receber paga-

mentos de nenhuma enti-dade comercial para cobrir hospedagem e alimentação de acompanhantes; 5) o nome da entidade comer-cial fornecedora do apoio financeiro deve ser divul-gado publicamente para permitir que a comunidade médica e o público avaliem a informação apresenta-

da tendo em vista a fonte de financiamento. além disso, os organizadores e palestrantes da conferência devem divul-gar as afiliações financeiras

que participantes da conferência possam ter com fabricantes dos produtos mencionados no evento ou com fabricantes de produtos concorrentes; 6) as apresentações de materiais por parte dos médi-cos devem ser cientificamente precisas, apresentando uma visão imparcial das opções de tratamen-to e não devem ser inf luenciadas pela organização patrocinadora; 7) a conferência pode ser reco-nhecida para propósito de forma-ção médica continuada/desenvol-vimento profissional continuado apenas se estiver de acordo com os seguintes princípios: a) as enti-dades comerciais patrocinadoras, como empresas farmacêuticas, não exerçam inf luência sobre o conteúdo, apresentações, escolha dos palestrantes ou publicação dos resultados; b) o financiamento da conferência seja aceito apenas

como uma contribuição aos custos gerais do evento.

PRESENTES

Médicos não devem aceitar presentes de entidades comerciais, a menos que permitido pelas regras e/ou políticas de sua associação Médica nacional e esteja de acor-do com as seguintes condições: a) Médicos não devem receber de uma entidade comercial pagamen-to em dinheiro ou equivalentes a dinheiro; b) Médicos não devem receber presentes para seu bene-fício pessoal; c) Presentes com o intuito de inf luenciar a prática clínica são sempre inaceitáveis. ajudas promocionais podem ser aceitas desde que o presente tenha um valor mínimo e não esteja vinculado a qualquer estipulação de que o médico deva prescrever um determinado medicamento, utilizar certos instrumentos ou materiais ou encaminhar pacien-tes a um determinado estabele-cimento; d) Presentes de corte-sia cultural podem ser recebidos desde que não sejam frequentes e estejam de acordo com as normas locais, e contanto que não sejam caros e não estejam relacionados à prática médica.

PESQUISA

Um médico pode realizar uma pequisa financiada por uma enti-dade comercial, seja individual-mente ou de forma institucional, se estiver em conformidade com os seguintes princípios: 1) o médico deve seguir as regras, os princípios éticos e as diretrizes da declaração de Helsinki, e critérios clínicos ao realizar a pesquisa. não deve se deixar inf luenciar por pressões

externas com relação ao resultado da pesquisa

ou publicação; 2) se possível, o médico ou instituição que queira realizar uma pesquisa deve soli-citar financiamento a mais de uma empresa; 3) as informações que possam identificar pacientes ou voluntários participantes da pesquisa não devem ser divulga-das à empresa patrocinadora sem o consentimento dos indivíduos envolvidos; 4) a compensação de um médico pela pesquisa deve ser baseada no tempo e esforço dedi-cados e tal compensação não pode estar, de maneira alguma, rela-cionada aos resultados da pesqui-sa; 5) os resultados da pesquisa devem ser publicados com o nome da entidade patrocinadora, junta-mente a uma declaração revelan-do quem solicitou a pesquisa. isso vale para patrocinadores diretos ou indiretos e totais ou parciais; 6) as entidades comerciais não podem impedir a publicação dos resultados. se os resultados da pesquisa não forem publicados, principalmente se forem negati-vos, a pesquisa poderá ser repe-tida desnecessariamente, expon-do assim futuros participantes a possíveis riscos.

AFILIAÇÕES A ENTIDADES COMERCIAIS

Um médico não pode se afiliar a uma entidade comercial como consultor ou membro de um conselho consultivo a menos que esta afiliação esteja de acordo com os seguintes princípios: a) a afiliação não compromete a inte-gridade do médico; b) a afilia-ção não entra em conflito com as obrigações do médico para com seus pacientes; c) afiliações e/ou outras relações com entidades comerciais devem ser totalmente divulgadas em qualquer situação relevante como palestras, artigos e relatórios.

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EDUCAçãO CONTINUADA

entre os dias 21 e 23 de abril, José luiz Gomes do amaral, presidente da aMB, e leonardo da silva, coordenador do Progra-ma de educação Médica conti-nuada, estiveram em cabo Verde para apresentar e disponibilizar o curso de emergências médicas, já em andamento para os médi-cos brasileiros.

Gomes do amara l v isitou o país na condição de presiden-te da aMB e da comunidade Médica de língua Por tugue-sa (cMlP). esta foi a pr imei-ra at iv idade of icia l no cargo, desde a sua eleição no início de 2010.

no dia 22, a primeira visita foi à sede da ordem dos Médi-cos de cabo Verde, onde o basto-nário Julio andrade recebeu a delegação brasileira. a seguir, os representantes da aMB foram até o Ministério da saúde e se encontraram com o diretor-geral

aMB estreita laços de amizade com cabo verde

da saúde de cabo Verde, Mano-el Boal. na ocasião, foi possível debater os problemas de saúde tanto do Brasil como de cabo Verde e o potencial de coopera-ção neste campo.

no f inal deste mesmo dia, leonardo da silva apresentou o conteúdo do curso de emergên-cias médicas, que será oferecido a todos os médicos do país pelo centro de Formação Médica especializada da cMlP.

“a ideia é oferecer o curso de emergências aos outros países da comunidade Médica de língua Portuguesa e depois formar instrutores que possam atuar em cada país”, explicou leonardo da silva.

atualmente, estão inscritos em média 70 médicos interes-sados em completar as aulas. a segunda fase do curso, presen-cial, ocorrerá entre os dias 23

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a 25 de setembro, durante o congresso Médico da ordem dos Médicos do cabo Verde.

Já no dia 23, José luiz Gomes do amaral apresentou, nas insta-lações do Hospital dr. Baptis-ta de sousa, em são Vicente, a importância e como será o anda-mento do curso.

“é muito importante a proxi-midade entre Brasil e cabo Verde, pois temos muitas deze-nas de médicos caboverdianos hoje formados e/ou especializa-dos no Brasil. Por isso é muito importante que os programas de cooperação na área de educação médica tenham continuidade”, ponderou amaral.

a aMB visitou ainda o Hospi-tal regional de santiago norte, em santa catarina, e as delega-cias de saúde de Praia e de são Vicente.

José Luiz Gomes do Amaral e Leonardo da Silva, à direita, com membros da Ordem dos Médicos de Cabo Verde

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CMLP

desde o começo de maio, está em funcionamento o site da comunidade Médica de língua Portuguesa (cMlP) no endereço http://cmedlp.org. na página, pode ser encontrado o estatuto de fundação da cMlP, histórico, notícias recentes sobre a comunidade, além de informações sobre os países participantes.

Também está acessível aos interessados que visitarem o site programas gratuitos de educa-ção médica continuada - nesta fase inicial encontram-se dispo-níveis apenas os viabilizados no Brasil, por intermédio dos convênios aMB e cFM.

“Pretendemos ampliar essa importante ferramenta de atua-lização envolvendo todos os países da comunidade de Médi-ca de língua Portuguesa”, desta-ca o atual presidente da entida-de, José luiz Gomes do amaral.

comunidade Médica de língua Portuguesa agora tem site

a cMlP foi criada em 2005 e atualmente congrega como membros as representações médicas de angola, Brasil, cabo Verde, Moçambique e Portugal, e, como observadores, Guiné Bissau e são Thomé e Príncipe.

“o objetivo da entidade é que os médicos lusófonos possam trocar informações e experiên-cias. entendemos que o site da cMlP terá enorme importância nesse sentido, tornando-se uma ferramenta útil, especialmen-te quando se trata de educação médica continuada”, finaliza Gomes do amaral.

integração com a WMa

os cinco países que hoje compõem a comunidade Médi-ca de língua Portuguesa (Brasil, Portugal, angola, cabo Verde e Moçambique) poderão estar representados já na próxi-ma assembleia da associação Médica Mundial (WMa), em

Vancouver, no canadá, de 13 a 16 em outubro deste ano.

na recente assembleia, reali-zada em evian, na França, de 20 a 22 de maio, o conselho analisou e aprovou por unanimidade a propos-ta de inclusão de Moçambique no quadro de associados da WMa. essa decisão deverá ser referendada em Vancouver. assim, Moçambique deverá ser o 96º país a integrar a lista de associados da WMa, aumentan-do ainda mais a representatividade mundial da cMlP.

“agora teremos todos os países integrantes da cMlP, que representam três continentes, na WMa”, destaca o presidente da cMlP, José luiz Gomes do amaral. “além de Moçambi-que, sabemos que os médicos de Guiné-Bissau e dos arquipélagos de são Tomé e Príncipe estão em processo de finalização do esta-tuto de suas respectivas entida-des, também visando a integra-ção na WMa”, completa amaral.

2 4 MAIO/JUNHO 2010

INTERNACIONAL

Brasil participa de fóruns internacionais

entre os dias 16 a 18 de maio, José luiz Gomes do amaral, presidente da aMB, e roberto Gurgel, diretor de defesa Profissional, participaram em Genebra, suíça, do Fórum Mundial de Profissionais da saúde (WHPA Leader-ship Forum: Collaborating for Change).

“coube à aMB convidar o ministro da saúde, José Gomes Temporão, para realizar a conferência magna do encontro”, explicou Gomes do amaral. o ministro discor-reu sobre a importância do profissional da saúde na gestão da assistência no Brasil. “Falou também sobre a relação entre saúde e economia, enfatizando que os recursos apli-cados devem ser considerados como investimentos e fato-res propulsores do desenvolvimento econômico”, relatou o presidente da aMB. durante o fórum, foram lançadas duas campanhas: combate à falsificação de medicamentos e ambientes positivos para a prática das profissões de saúde.

WMAGomes do amaral, Florentino cardoso, diretor de

saúde Pública da aMB; Pedro Wey oliveira, assessor de relações internacionais da entidade; José carlos Machado curi, presidente da aPM, e roberto d avila, presidente do cFM, além dos conselheiros aloisio Tibiriçá, Henrique Batista silva, edeward araújo, celso Murad, Frederico H. Melo, José antônio ribeiro Filho e Paulo ernesto c. oliveira compuseram a comitiva que representou o Brasil durante a 185ª sessão do conselho da associação Médica Mundial (WMa) realizado em evian-les-Bains, França, entre os dias 20 a 22 de maio.

além de ser aprovada a recomendação do conselho para que Moçambique seja admitido como país-membro da WMa, foram discutidos temas ligados à degradação ambiental e prescrição de medicamentos.

“reforçamos que a prescrição independente deve ser restrita aos profissionais da Medicina, visto que ela não pode ser dissociada do diagnóstico. Para que esse seja corretamente formulado e a prescrição aplicada, é neces-sária qualificação médica”, afirmou Gomes do amaral. o assunto também faz parte de uma resolução da WMa sobre as relações entre médicos e farmacêuticos, que será enviada para aprovação em outubro, na assembleia Geral.

outro debate relevante foi sobre a violência familiar e agressões contra mulheres e crianças. os presentes deba-teram ainda a revisão de uma resolução sobre assistência médica a refugiados no sentido de combater a discrimina-ção no campo da assistência.

no comitê de assuntos éticos, foi reconduzido o grupo de trabalho sobre placebo com participação do Brasil. o comitê considerou também a necessidade de desenvolver mecanismo para monitorar a aderência dos países à decla-ração de Tóquio, documento que trata do envolvimento médico nas situações em que os direitos fundamentais à saúde possam ser violados. Também ficou definido que, nos dias 10 e 11 de setembro, haverá uma conferência em riga, letônia, para discutir as implicações da crise econô-mica mundial para a saúde. a aMB foi convidada para apresentar a visão brasileira sobre o assunto.

AMB esteve representada durante a 185ª Sessão do Conselho da WMA

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CBhPM

a associação Médica de Minas Gerais (aMMG), em Belo Horizon-te, sediou em 9 de abril o Fórum nacional sobre a cBHPM. durante a cerimônia de abertura, o presi-dente da aMB, José luiz Gomes do amaral, destacou a importância da cBHPM para a sociedade.

“representa a integralidade da assistência, oferecendo procedimen-tos médicos modernos e referencia-dos pelas sociedades de especialida-de!”, disse amaral.

Florisval Meinão, 1º tesoureiro da aMB e coordenador da comis-são nacional de consolidação e defesa da cBHPM (cncd), falou sobre a situação atual da implanta-ção da classificação. ele ressaltou que tramitam no congresso nacio-nal dois projetos de lei sobre o tema: o Pls 39/2007, que referencia a cBHPM na saúde suplementar, cujo relator é o senador sérgio Guerra; e o Pl 276/04, que altera os arts. 17 e 18 da lei nº 9.656, que dispõe sobre os planos e seguros privados de assis-tência à saúde, para tornar obriga-tória a existência de contratos escri-tos entre operadoras dos referidos

Fórum nacional debate situação da cBHPM

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planos e seus prestadores de servi-ços. este projeto, por meio do subs-titutivo apresentado pelo senador Mozarildo cavalcanti, determina reajuste periódico dos honorários médicos. Meinão abordou também a Terminologia Unificada da saúde suplementar (TUss).

“isso possibilitou aos médicos a retomada do referencial dos proce-dimentos perdidos ao longo do tempo”. segundo ele, “isso poderá ajudar na recuperação dos honorá-rios médicos, cuja defasagem atual-mente já ultrapassa os 80%”.

na discussão sobre a cBHPM no sUs, roberto Gurgel, diretor de defesa Profissional da aMB, salien-tou três aspectos: é preciso definir o mecanismo de remuneração dos honorários, se por meio dos hospi-tais, se diretamente aos médicos, se por intermédio das entidades médi-cas; a aplicação da cBHPM no sUs é factível, pois os valores podem ser discutidos com os gestores.

“Por sua vez, as negociações em âmbito nacional devem tratar da implantação da cBHPM, já as de caráter local devem discutir os

valores conforme as particularida-des do lugar”, destacou Gurgel.

ao final, os coordenadores esta-duais das comissões de Honorá-rios Médicos relataram como estão as negociações para a implantação da cBHPM em seus estados. esta-vam presentes: alberto carvalho de almeida (MT), alcebíades Vitor leal Filho (MG), Marcus Brito (Pa), Maria de lourdes david (Pe), Marcia rosa (rJ), e Tomás smith-Howard (sP).

CBHPM no SUS

a secretaria Municipal de saúde de Belo Horizonte, após negocia-ção com entidades médicas e pres-tadores de serviços locais, passou a adotar como referência para 21 procedimentos, os valores da banda mínima da 5ª edição da cBHPM. Para exemplificar, uma cirurgia de varizes valorada em r$ 400,00 pela tabela sUs, com base na cBHPM passou a r$ 1.000,00. a medida, que alia o incentivo a metas de produção e qualidade, contempla 23 hospitais, 15 especialidades, ll0 equipes cirúrgicas e 564 médicos de Belo Horizonte.

Florisval Meinão (esq.) e Roberto Gurgel: defesa profissional do médico

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COMISSõES

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Mista de especialidades

Títulos de especialistaa comissão de Valorização do Título de especialis-

ta reuniu-se na sede da aMB para concretizar a princi-pal proposta do grupo: disponibilizar a relação de médi-cos portadores de título de especialista e conscientizar a população sobre a importância de sempre procurar estes profissionais.

rogério Toledo Jr., representante da Federação Brasi-leira de Gastroenterologia e coordenador do grupo, reapresentou o objetivo de centralizar os nomes dos médi-cos titulados, separados por especialidades, na homepage da aMB.

Para tanto, foi solicitado ao departamento Jurídico da aMB que emitisse parecer sobre a legalidade do trabalho. Foi sugerido à comissão que seja divulgada circular comunican-do que a aMB pretende fazer essa divulgação e concedendo um prazo àqueles que não concordarem em ter seus nomes divulgados, para que se manifestem perante a entidade.

“o mercado exige cada vez mais médicos com título de especialista, mas a sociedade em geral não sabe como destingui-los. Precisamos explicar que há diferença entre médico que apenas fez residência e aquele que, além da resi-dência, se submete à avaliação da sociedade de especialida-de”, explicou rogério.

cuidados paliativosa recém-criada comissão nacional de Medicina

Paliativa reuniu-se pela primeira vez na tarde de 30 de março, na sede da aMB. newton Barros, 2º vice-presidente da aMB, é o coordenador.

o grupo é formado por representantes de cinco sociedades de especialidade (clínica Médica, cancerologia, Medicina de Família e comunida-de, Geriatria e Pediatria), mais dois integrantes da academia nacional de cuidados Paliativos, cuja sede f ica em são Paulo.

durante o primeiro encontro, foi afirmada a importância de que seja criada uma área de atua-ção em Medicina Paliativa. os componentes do grupo desenvolverão o conteúdo de um programa de formação para acreditação na área.

“a Medicina Paliativa já é uma especialidade reconhecida em vários países, tradicionalmente na inglaterra e França, e desenvolve um trabalho que tem interface com outras profissões da área de saúde, dentro do que é chamado cuidado paliativo. no Brasil existem muitos médicos que se dedicam a essa área e por isso vimos a necessidade de conver-sar a respeito”, explicou newton Barros. a comis-são foi criada no dia 3 de março.

a comissão Mista de especialidades se reuniu em abril, na sede do conselho Federal de Medicina (cFM), para discutir, entre outros temas, a proposta de criação da área de atuação em uroginecologia. a proposta é da Federação Brasileira das associações de Ginecologia e obstetrícia (Febrasgo).

o assunto deverá ser levado para a esfera da asso-ciação Médica Brasileira, para que representantes da Febrasgo e da sociedade Brasileira de Urologia (sBU) dialoguem. “convidamos o presidente da sBU, que é contra o surgimento da área de atuação, para parti-cipar da reunião. diante da existência de posições contrárias, é preciso que seja aberta uma discussão”,

avaliou o conselheiro antônio Pinheiro, coordenador da comissão.

na reunião, a comissão também decidiu requerer ao plenário do cFM uma reavaliação sobre a resolução do conselho que trata de medicina hiperbárica.

além de Pinheiro e do presidente da sBU, Modesto Jacobino, participaram da reunião carlos Vital lima (vice-presidente do cFM), aldemir Humberto soares (aMB), edmund Baracat (aMB), Maria do Patrocí-nio nunes e cid célio Jayme carvalhaes (comissão nacional de residência Médica).

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Programa diretrizes no rJ

no dia 14 de maio, a câmara Técnica de implantes reuniu-se na aMB com a finalidade de debater com o representante da agência nacional de Vigilância sanitária (anvisa) como será o andamento dos trabalhos conjuntos que os dois grupos farão. a ideia é montar uma parceria no monitoramento e regis-tro do uso das órteses e próteses no Brasil.

José Padilha, da Gerência-Geral de laboratórios de saúde Pública da anvisa, apresentou o Programa nacional de Vigilância sanitária de Próteses e Órteses – Providi.

“o intuito é que este Programa nasça na câmara Técnica, pois este é um fórum compartilhado, que conta com a participação de todos os setores envolvidos, como produ-tores, usuários e laboratórios”, disse Padilha.

após os debates, os componentes da câmara Técnica decidiram pelo apoio total ao programa apresenta-do. “solicitamos, porém, prioridade inicial e urgente para o projeto de rastreabilidade dos implantes, com a construção de um banco de dados

CâMARA DE IMPLANTES

anvisa fará trabalho conjunto

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específico”, explicou luc Weckx, coordenador da cT de implantes.

o programa apresentado pela anvisa compreende ainda oficinas de trabalho, para discutir pontualmente cada implante, suas características e indicações. “a câmara Técnica suge-riu, e a anvisa aceitou, que fossem incluídos neste trabalho as socieda-des de especialidade e o cFM”, disse o coordenador.

a parceria começou na reunião da câmara Técnica de implantes do dia 12 de março, quando Padi-lha afirmou que a anvisa precisa do auxílio dos médicos no que diz respeito à ciência e tecnologia. além disso, segundo ele, a agência está empenhada também na elaboração de convênios com laboratórios que avaliem adequadamente os mate-riais utilizados nos implantes.

nos dias 13 e 14 de maio, no rio de Janeiro, Wanderley Bernardo, coordenador técnico do Progra-ma diretrizes, ministrou as duas últimas oficinas de treinamento e monitoramento do uso de diretri-zes na saúde suplementar. as aulas estavam previstas no acordo assi-nado em fevereiro de 2009 entre a aMB, cFM e agência nacional de saúde suplementar (ans).

o primeiro dia foi voltado ao processo de elaboração de diretrizes. Já no segundo, Bernar-do explicou como será a implantação deste material na saúde suple-mentar. além da equipe técnica da ans, também partici-param do encontro representantes da aMico, amil, Bradesco saúde,

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caPesesP, Porto seguro, Golden cross, Hospital de clínicas de nite-rói, Hospital Pró-cardíaco e Unimed rio.

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ESPECIALIDADES

HIPERTENSãO

as sociedades Brasileiras de Hipertensão (sBH), de cardiologia (sBc) e de nefrologia (sBn) inicia-ram no dia 26 de abril, em parceria com o Ministério da saúde, a campa-nha nacional “Prevenir a Hipertensão é Uma escolha. só depende de Você”. a campanha tem o intuito de aler-tar a população sobre a importância de prevenir e tratar a hipertensão. o Brasil está dentro da média mundial de prevalência da hipertensão arterial, que é de 20% a 30% da população. a doença está começando a ser detecta-da em idades mais baixas em função de três fatores: sedentarismo, obesi-dade e diabetes. a hipertensão está presente em 5% das crianças e adoles-centes brasileiros, o que corresponde a cerca de 3,5 milhões de pessoas.

CIRURgIA PEDIáTRICA

no dia 21 de agosto será promo-vido pela associação Brasileira de

ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA

Eleição da Diretoria

1. Ficam convocados os srs. asso-ciados do coléGio Brasi-leiro de radioloGia e diaGnÓsTico Por iMaGeM (cBr), cnPJ nº 62.839.691/0001-79, a se reunirem na sede do 39º congresso Brasileiro de radiolo-gia, que será instalada na cidade do rio de Janeiro/rJ, no centro de convenções riocentro, locali-zado na av. salvador allende nº 6555, Barra da Tijuca, no dia 10 de outubro de 2010, às 9h00, com qualquer número de associados titulares presentes, a fim de deli-berar sobre a seguinte ordeM do dia:

Sala CBR:

- abertura da assembleia Geral e do processo de votação para a eleição da diretoria (gestão

ediTal de conVocaÇÃo2010/2012).

Sala 201 (15H30)

- apresentação do relatório de atividades da diretoria (gestão 2008/2010);

- Parecer do conselho consulti-vo sobre o relatório da auditoria contábil;

- assuntos gerais.

Sala CBR (17H00)

- encerramento do processo de votação;

- abertura das urnas, apuração e contagem dos votos da eleição.

Sala 201 (18H00)

- divulgação do resultado do processo eleitoral e posse da nova diretoria (gestão 2010/2012).

2. Havendo apenas uma chapa concorrente no processo eleito-ral, a eleição se dará por aclama-ção e a abertura da assembleia

Geral ordinária ocorrerá às 15:30hs, com qualquer número de associados titulares presentes, na sala 201, onde será deliberada toda a ordem do dia, inclusive com a posse da nova diretoria (gestão 2010/2012).

3. somente poderão votar na assembleia Geral ordinária os associados titulares regularmen-te em dia com as suas obrigações sociais e estatutárias.

4. o conselho consultivo do cBr, por meio de edital especí-fico, dará ampla divulgação dos prazos e requisitos de inscrição das chapas concorrentes, bem como das regras que nortearão o processo eleitoral da entidade.

são Paulo, 26 de maio de 2010 sebastião cezar M. Tramontin

Presidente

cirurgia Pediátrica (ciPe) o iV Muti-rão nacional de cirurgia da criança. o objetivo do mutirão, que se desen-volverá em diferentes pontos do país, é beneficiar as crianças, reduzindo as filas de espera para intervenções cirúrgicas mais simples, especialmen-te nos hospitais públicos. nessa data, médicos e equipes cirúrgicas voluntá-rios realizarão principalmente cirur-gias ambulatoriais – como de hérnias, fimose, testículos fora de lugar, hipos-padia (uma anomalia congênita, em que o orifício uretral masculino se apresenta em local incorreto) e reti-rada de cistos –, que geralmente não implicam na internação do paciente.

a Bahia, que no ano passado reali-zou o maior número de cirurgias do mutirão, atendendo 142 crianças, em cinco hospitais, foi o primeiro estado a credenciar serviços para o evento de 2010. em 2007, o primeiro mutirão atendeu 441 pacientes. esse núme-ro subiu para 452 em 2008 e, no ano passado, teve crescimento de 33,4%,

com 603 crianças atendidas. Para mais informações e adesões, contatar a entidade pelo e-mail [email protected] ou pelo telefone (11) 3814-6947.

gASTROENTEROLOgIA

com o tema da campanha mundial “doença inf lamatória intestinal”, a Federação Brasilei-ra de Gastroenterologia (FBG), juntamente com à corpore Brasil, organizou a corrida corpore FBG Viva saudável 25 Km, com percur-sos de 25 km, 12,5 km e 4 km, pelas ruas da cidade de são Paulo. a largada aconteceu em frente ao Jockey club e a iniciativa, além de divulgar a especialidade, teve como objetivo chamar a atenção da população para as doenças inf lamatórias intestinais (preven-ção, cuidados e tratamento).

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Notas

MiNas Gerais

A Associação Médica de Minas Gerais, o Conse-lho Regional de Medicina de Minas Gerais e o Sindi-cato dos Médicos de Minas Gerais lançaram, no mês de maio, a revista “Médico das Gerais”. A publicação semes-tral marca a concretização de um sonho das três entidades médicas mineiras e repre-senta a união em torno de uma causa comum: a medi-cina. Com tiragem de 40 mil

exemplares, “Médico das Gerais” traz temas de interesse para a classe médica e para todos aqueles que se preocu-pam com a saúde. A revista será distribuída gratuitamente a todos os médicos do Estado. A reportagem da edição de estreia aborda os desafios da graduação médica. Mais infor-mações pelo telefone (31) 3248-7726.

rio GraNDe Do sUL

Como intuito de desenvolver ações eficazes na implan-tação de ambientes livres do fumo, as entidades médi-

cas, Associação Médica do Rio Grande do Sul, em parceria com CREMERS e SIMERS, promo-veram a primeira edição do Fórum Fumo Zero. O evento aconteceu em Porto Alegre no dia 25 de maio.

Durante o Fórum Fumo Zero houve o posicionamento das entidades sobre o tema e debate sobre a Lei Antifumo no Rio Grande do Sul. Participam palestrantes, autoridades, gestores públicos, legisladores e especialistas envolvidos com o tema.

sÃo PaULo

O Programa Música em Pauta, da Associação Paulista de Medicina (APM) está completando 10 anos consecutivos. Para comemorar, a APM, convidou, no mês de maio, o pianista André Signorelli para apresen-tações que incluíram composições clássicas de Debus-sy, Chopin, Prokofieff e Liszt. O projeto faz parte da agenda cultural da cidade de São Paulo e conta com o apoio da conceituada pianista Mercedes Máttar. Mais informações sobre o Programa podem ser obtidas pelo telefone (11) 3188-4281.

Cooperação Civil-militar

FeDeraDas

Entre os dias 6 a 9 de abril aconteceu, no Fórum Duque de Caxias, Rio de Janeiro, Simpósio de Cooperação Civil-Militar em Operações de Paz 2010. José Luiz Gomes do Amaral, presidente da AMB, e Cecília Damasceno, coor-denadora do processo de seleção dos voluntários médi-cos que foram para o Haiti, representaram a AMB. “A aproximação foi muito interessante. Os militares tiveram conhecimento do trabalho realizado pela AMB e se surpre-enderam com o número de médicos inscritos para as ativi-dades no Haiti”, relata Cecília. No dia 8, os representantes da AMB tiveram oportunidade de conhecer Unidades de Polícia Pacificadora no morro da Babilônia e do Chapéu Mangueira, sob liderança do Cel. Pedro Aurélio de Pessoa, Comandante do Centro de Instrução de Operações de Paz.

emergênCiasNos dias 17 e 18 de abril, aconteceram duas aulas

presenciais do Curso de Emergências Médicas que faz parte do Programa de Educação Médica Continuada promovido pela Associação Médica Brasileira (AMB), Associação Paulista de Medicina (APM), Conselho Federal de Medicina (CFM) e Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. O curso teve início no segundo semestre de 2009, com aulas à distância. O médico aprovado com aprovei-tamento mínimo de 70% neste primeiro módulo participa das aulas presenciais, que compõem o segundo módulo. São 16 horas/aula e 8 pontos para o Certificado de Atuali-zação Profissional.

Honorários médiCosO grupo de trabalho formado por representantes das

três entidades médicas nacionais (AMB, CFM e Fenam) e dos quatro grupos que formam a saúde suplementar (Unidas, Unimed, Fenasaúde e Abramge) esteve reuni-do em 19 de abril, na sede da ANS (Rio de Janeiro-RJ) para dar andamento às discussões sobre a utilização de um sistema de hierarquização para efetuar o pagamento dos honorários médicos. Amilcar Giron, 2º tesoureiro da AMB, apresentou a CBHPM enquanto Florisval Meinão, 1º tesoureiro, propôs discussões sobre critérios de reajustes dos honorários médicos.

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RESIDêNCIA MÉDICA

no dia 7 de maio, o presi-dente da aMB, José luiz Gomes do amaral, recebeu na sede da entidade, em são Paulo, nivio lemos Moreira Junior, presi-dente da associação nacional de Médicos residentes (anMr).

nivio assumiu a entidade após ter seu nome escolhido nas eleições que ocorreram em janeiro, durante o congresso da anMr, em Manaus (aM), tendo sido também referendado por portaria ministerial, assi-nada por Fernando Haddad, da educação, em 29 de abril deste ano, como representante oficial da comissão nacional de resi-dência Médica.

“discutimos aspectos rele-vantes que buscam a inserção do residente no movimento médico nacional e a formação médica de

qualidade”, explicou o presiden-te da aMB.

a nova diretoria da anMr tem como prioridade o reajuste da bolsa dos médicos residentes, cujo valor atual de r$ 1.916,45, inalterado há quase quatro anos, sofrendo de uma defasagem de 38,7%.

“se a bolsa tivesse sido corri-gida por esse percentual, hoje seu valor nominal seria de r$ 2.658,11”, calcula nivio.

no dia 13 de abril, a anMr deu início a um movimento nacional, def lagrando para-lisações com 24h de duração que aconteceram em 23 esta-dos, com o objetivo de chamar a atenção das autoridades para a situação.

afora o reajuste de 38,7% na

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aMB discute ações com médicos residentes

bolsa, há outras reivindicações: garantia de pagamento do auxí-lio moradia e auxílio alimen-tação, conforme estabelece a constituição Federal; adicional de insalubridade; 13º bolsa-auxílio, data-base, aumento da licença maternidade de quatro para seis meses, cumprimento da jornada de 60 horas sema-nais, de acordo com previsão em lei, e melhores condições de trabalho.

“além destes pontos, vamos cuidar também do fortalecimen-to da anMr com a fundação de associações estaduais e para isso é muito importante o apoio da aMB. Pretendemos desenvolver a parte científ ica, consolidando assim a formação do residente”, f inaliza nivio.

José Luiz Bonamigo (esq), José Luiz Gomes do Amaral, Nivio Lemos Moreira Jr. (dir.) durante reunião na sede da AMB

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AGENDA

ABRIL

PRESIDêNCIA • 2 (SP) – Solenidade de abertura e Palestra no do

2º Congresso ABCT Gestão, Saúde e Lazer

• 5 (SP) – Reunião para discutir a realização do Seminário de Medicamentos

• 6 (SP) – Reunião da Diretoria Executiva

• 7 (SP) – Reunião da etapa preliminar de organização da conferência "O Sistema FMUSP- HC 100 anos em 2012 e o que queremos para o futuro"

• 8 (RJ) – Simpósio de Cooperação Civil-Militar em Operações de Paz 2010-1

• 9 (MG) – Fórum Nacional sobre a CBHPM

• 10 (SP) – Homenagem aos voluntários médicos que participaram da missão SOS Haiti

• 13 (SP) – Reunião da Diretoria Executiva

• 15 (SP) – Reunião do Conselho Científico com a participação de militares das três Forças Armadas

• 16 (PE) – Reunião do Conselho Deliberativo

• 17 (SP) – Encontro Preliminar de Planejamento FMUSP-HC 2020

• 18 (Campinas) – VII Jornada de Obstetrícia e Ginecologia de Campinas e Região/ VII Encontro de Ex-Residentes de Obstetrícia e Ginecologia de Campinas – Palestra: Voluntariado Médico no Haiti – Experiência Brasileira

• 19 (SP) – Reunião da Diretoria Executiva

• 22 (Praia, Cabo Verde) – Visita ao Ministério da Saúde e encontro com diretor-geral da Saúde, Manoel Boal, representante do ministro da Saúde

• 22 (Praia, Cabo Verde) – Visita ao Instituto Internacional de Língua Portuguesa e ao Centro de Formação Médica Especializada da CMLP

• 22 (Praia, Cabo Verde) – Visita à Delegacia de Saúde de Praia

• 22 (Praia, Cabo Verde) – Solenidade de inauguração do Curso de Urgência Médica

• 23 (São Vicente, Cabo Verde) – Apresentação do Curso de Urgência Médica no Hospital Baptista de Souza

• 26 (SP) - Reunião com as indústrias farmacêuticas

• 26 (SP) – Reunião com Maria Jaqueline Silva, presidente da Associação Médica do Maranhão

• 27 (DF) – Visita aos gabinetes dos senadores Papaléo Paes, Mozarildo Cavalcanti e Demóstenes Torres

• 30 (SP) – Teleconferência especial da WMA

• 30 (GO) – Homenagem ao deputado federal Ronaldo Caiado

DIRETORIA• 1 (DF) – Reunião da Comissão Pró-SUS –

Florentino Cardoso

• 6 (SP) – Reunião da Comissão de Tabagismo – Antonio Mirra, Edmund Baracat e Leonardo Silva

• 8 (DF) – Reunião técnica - Iniciativas da Anvisa e OPAS/OMS para implantação da estratégia de segurança do paciente nos serviços de saúde do país – Akira Ishida

• 8 (SP) – Reunião da Comissão de Valorização do Título de Especialista – Rogério Toledo Jr.

• 9 (MG) – Fórum Nacional da CBHPM – Florisval Meinão

• 9 (SP) – Reunião da Câmara Técnica de Implantes

– Luc Weckx

• 13 (DF) – Lançamento do Novo Código de Ética Médica e Reunião da Comissão Nacional de Revisão do Código de Ética Médica – Aldemir Soares e José Luiz Mestrinho

• 14 (DF) – 26ª Reunião Ordinária da Câmara de Regulação do Trabalho em Saúde – Roberto Gurgel

• 15 (RJ) – Reunião do Copiss – Florisval Meinão

• 15 (SP) – Reunião do Conselho Científico com a presença de militares das Forças Armadas – Edmund Baracat

• 16 (SP) – Reunião com empresas de seguro e previdência – Robson Freitas

• 16 (PE) – Reunião do Conselho Deliberativo e Diretoria Plena – Aldemir Soares, Florisval Meinão, Luc Weckx, Elias Fernando Miziara, Florentino Cardoso, José Luiz Weffort, Jurandir Ribas, Wilberto Trigueiro, Roberto Gurgel

• 19 (RJ) – Reunião do Grupo de Trabalho de Honorários Médicos da ANS – Florisval Meinão e Amilcar Giron

• 20 (SP) – Reunião com Seguradoras – Robson Freitas

• 20 (SP) – Reunião da Comissão Nacional de Medicina Paliativa – Newton Barros

• 21 (PE) – Solenidade de posse da nova diretoria do Sindicato dos Médicos de Pernambuco – Jane Maria Cordeiro

• 22 (SP) – Reunião da Comissão Executiva da Comissão Pró- SUS – Florentino Cardoso

• 27 (DF) – Reunião Plenária de Suplentes – Aldemir Soares

• 27 (SP) – Reunião sobre regulamentação para realização de pesquisas clínicas com João Massud, Jorge Kalil e Gustavo Kesselring – Edmund Baracat

• 27 (SP) – Reunião com representante da Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão – Amilcar Giron e Florisval Meinão

• 27 (SP) – Reunião para discutir Educação Médica Continuada – Edmund Baracat e Leonardo Silva

• 28 (DF) – Reunião da Comissão de Assuntos Políticos – Jurandir Marcondes, Luc Weckx e José Luiz Mestrinho e Lázaro Miranda

• 29 e 30 (RN) – Pré-Enem- Encontro das Entidades Médicas do Nordeste – Geraldo Ferreira, Florentino Cardoso, Florisval Meinão, Jane Lemos e Robson Moura

MAIO

PRESIDêNCIA• 1 (PR) – Solenidade de abertura da 45ª Jornada

Sul-Brasileira de Anestesiologia

• 1 (RJ) – Solenidade de posse da nova diretoria da Sociedade Brasileira de Pediatria

• 4-5 (Buenos Aires) – III Encuentro Del Fiem (Foro Iberoameicano de Entidades Médicas)

• 7 (SP) – Inauguração da UTI (HSP)

• 8 (Aracaju) – VI Jornada do Hospital do Coração – Palestra: Regulamentação Profissional

• 11-14 (Dresden) – Reunião da Associação Médica da Alemanha

• 17-22 (Geneva) – Abertura da Assembleia da OMS

• 25 ( SP) – Encontro ANHP – Construindo Novos modelos de remuneração

• 25 (SP) – Solenidade de inauguração da 17º edição da Feira - Fórum Hospitalar

• 25 (SP) – Abertura do 1º Fórum de Enfermagem - Hospitalar

• 26 (SP) – Hospitalar – Palestras da Associação Médica Brasileira

• 27 (SP) – Palestra no Módulo de Capacitação Profissional em Saúde durante o ClasSaúde na Hospitalar

• 27 (DF) – Seminário sobre Anencefalia e Aborto - OAB

• 27 (SP) – Palestra sobre Defesa Profissional pela Soc. Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular

• 28 (SP) – Fórum sobre Remuneração Médica no SUS e Saúde Suplementar

• 31 (SP) – Academia Nacional de Medicina – Simpósio CONEP e a Comunidade Acadêmica

DIRETORIA• 1 (RN) – Pré-Enem - Encontro das Entidades

Médicas do Nordeste – Florentino Cardoso, Robson Freitas, Roberto Gurgel

• 1 (RJ) – Posse da diretoria da Sociedade Brasileira de Pediatria – Luc Weckx

• 4-7 (Buenos Aires, Argentina) Foro Ibero Americano de Entidades Médicas – Aldemir Soares

• 4 (DF) – Reunião Frente Parlamentar da Saúde – José Luiz Dantas Mestrinho

• 11 (DF) – Seminário Planos de saúde e Cooperativismo na Saúde – Florisval Meinão

• 13 (SP) – Comissão Pró-Sus – Florentino Cardoso

• 14-15 (SP) – Pré-Enem Sul/Sudeste – Florisval Meinão, Aldemir Soares, Edmund Baracat e Florentino Cardoso

• 14 (SP) – Câmara Técnica de Implantes – Luc Weckx

• 19 (BA) – Assembleia Geral da Comissão Estadual de Honorários Médicos – Florisval Meinão

• 20 (SP) – Reunião com editores de Revistas Científicas – Edmund Baracat

• 20 (SP) – Reunião do Conselho Científico – Edmund Baracat e Aldemir Soares

• 21 (DF) – Reunião da Comissão Mista de Especialidades – Aldemir Soares

• 21 (SP) – Reunião da Comissão Nacional de Honorários Médicos – Amilcar Giron

• 26 (SP) – Fórum "Feira Hospitalar – Solidariedade Médica" – Aldemir Soares

• 26 (DF) – Reunião da Comissão de Assuntos Políticos – Luc Weckx, Jurandir Marcondes

• 27 (SP) – Simpósio Internacional de Vacinas – Luc Weckx

• 27-28 (DF) – III Fórum Nacional de Cooperativismo Médico – Florisval Meinão

• 28-29 (PE) – II Seminário Internacional Fronteiras da Educação Médica – Jane Lemos

• 28 (DF) – Comissão Executiva da Comissão Pró-Sus – Florentino Cardoso

3 2 MAIO/JUNHO 2010

LIvROS

tÍtUlos de especialista• Cirurgia Geral – 17 de julho – várias capitais – (21) 2138-0650

• Medicina de Tráfego – 1º de agosto – Belém (PA) - (11) 2137-2700

• Mastologia – 11 de setembro – várias capitais - www.mastologia.com.br

• Coloproctologia – 3 de setembro - R.Janeiro (RJ) – (21) 2240-8927

certiFicados de atUação• Hepatologia - 16 de julho (Salvador-BA) e 13 de agosto (Porto Alegre-

RS) - (11) 3812-3253

• Hepatologia Especial - 17 de julho (Salvador-BA) e 14 de agosto (Porto Alegre – RS) – (11) 3812-3253

• Dor – Data a definir – Porto Alegre (RS) - (21) 2537-8100

o Programa de educação Médica conti-nuada da aMB, em parceria com a comissão de combate ao Tabagismo da aMB e a John-son & Johnson, oferece a médicos e estudan-tes de medicina (a partir do 3º ano) mais uma oportunidade de atualizarem-se, desta vez na área de prevenção, diagnóstico e tratamento do tabagismo.

a iniciativa é composta por oito aulas presen-ciais, que ocorrerão nos dias 6 e 7 de agosto e 3 e 4 de setembro, quando serão debatidos os seguin-tes temas: 1) epidemiologia; 2) consequências do tabagismo; 3) Prevenção; 4) diagnóstico; 5) dependência da nicotina; 6) Tratamento medi-camentoso; 7) Tratamento não-medicamentoso; 8) Tratamento de pacientes especiais

o médico que comparecer a 75% das aulas poderá acumular 4 pontos no proces-so de recertificação do título de especialista das seguintes especialidades: clínica Médica, Pneumologia, Psiquiatria, Medicina Preven-tiva, Gastroenterologia, endoscopia, cirurgia Torácica, cardiologia, cirurgia cardiovascu-lar, angiologia e cirurgia Vascular, Medicina Família e comunidade, Ginecologia e obste-trícia, cirurgia de cabeça e Pescoço, otorri-nolaringologia, endocrinologia, cancerologia, neurologia, Urologia, Pediatria, anestesiolo-gia e Medicina intensiva.

o curso acontecerá no Medical innovation institute da Johnson & Johnson, à rua agos-tinho cantú, 240, no bairro do Butantã, são Paulo. os interessados e participar devem enviar e-mail para [email protected] ou ligar para (11) 3178-6800, ramal 256 e solicitar o envio da ficha de inscrição.

Sociedade de Psicanálise Iracy Doyle

o periódico aborda o conceito de inquietante estranheza (das unheimliche) desenvolvido por sigmund Freud em 1919. Para os organiza-dores, ao apontar o passageiro clandestino que habita cada ser humano, seria possível enten-der melhor as manifestações sociais e políticas da atualidade.

AtlAs de Pet/eCFernando Antônio Salum

François BénardEric Turcotte

Universidade Católica de Goiás

a obra é resultado da parceria entre as Universi-dades de sherbrooke (canadá) e católica de Goiás (Brasil). o atlas traz imagens típicas e atípicas que orientam o médico tanto na indicação de exames quanto na apresentação, sensibilidade e especifi-cidade.

Vera Anita Bifulco, Hézio Jadir e Alessandra Barboza (organizadores)Editora Manole

a obra foi escrita por diferentes especialistas liga-dos às áreas de atuação da oncologia. o objetivo do livro é desmistificar os diversos tipos de câncer, repassando esperança e qualidade de vida para aos doentes e seus familiares.

CânCer - UmA visão mUltiProfissionAl

Maria Tereza Maldonado e Paulo CanellaEditora Novo Conceito

Um alto percentual das queixas e denúncias contra médicos é fruto da comunicação inade-quada entre médico e paciente. o livro mostra aos profissionais como identificar e evitar problemas.

reCUrsos de relACionAmentos PArA ProfissionAis de sAúde

Leão Zagury e Rober to Luís ZaguryGrupo Editorial Nacional

os autores idealizaram o livro como um guia do tratamento do diabetes e suas complicações. aces-sível também para aqueles que não são especialis-tas e querem aprender mais sobre a doença.

trAtAmento AtUAl do diAbetes mellitUs

temPo PsiCAnAlítiCo dA estrAnhezA à

intolerânCiA – A PsiCAnálise em temPos nômAdes

TABAGISMO

TíTULOS CERTIfICADOS

cUrso gratUito para trataMento do taBagisMo