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Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho Perícias e Laudos Técnicos Gontron Magalhães Junior Engº Mecânico e Eng.º Segurança do Trabalho Perito Judicial

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Especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho

Perícias e Laudos Técnicos

Gontron Magalhães JuniorEngº Mecânico e Eng.º Segurança do TrabalhoPerito Judicial

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Programa

1. Introdução2. Laudos Judiciais e Extrajudiciais3. Conceitos de Insalubridade, Periculosidade,

Nocividade e Danosidade4. Competências para Elaboração de Laudos e Perícias5. Noções de Legislação Trabalhista e Processual Civil6. Critérios para Elaboração de Laudos7. Estudos de Casos e Prática de Perícia

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Introdução

O Brasil ainda prescreve em sua legislação compensação financeira aos riscos provenientes do trabalho sujeito a condições insalubres e por situações de periculosidade. Isto é conhecido por "monetização do risco”, constituindo-se ínfima parcela monetária e tornando-se complemento de renda do trabalhador, induzindo o empregador a não empreender relevantes medidas de proteção e, às vezes, limitando-se à remuneração do adicional.

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Laudos Judiciais e Extrajudiciais

Justiça

Laudos

Empresas PrivadasMTE

Instituições Públicas RJU

Seguridade SocialINSS

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Insalubridade

Conceito Legal, enunciado pelo art. 189 da CLT:“serão consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham os empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos”

Riscos Ambientaisa) Riscos Físicosb) Riscos Químicosc) Riscos Biológicos

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Quadro de Riscos Ocupacionais

Quadro de Riscos OcupacionaisQuadro de Riscos Ocupacionais

Situações q poderão contrib.p/ acid.

Estresse físico e/ou psíquico

Rad. N.Ioniz. (*)

Armazenamento inadequado

Jornadas de trab. prolongadas

Produtos Químicos

Rad. Ionizant.

Ferramentas Inadequadas

Imposição de ritmos excessivos

ParasitasNeblinasPressões Anormais

Arranjo Físico Inadequado

Controle rígido de produtividade

BacilosNévoasFrio

EletricidadeTrab. turno e noturnoProtoz.FumosUmidade

Perigo de incêndio ou explosões

Monotonia e repetitividade

FungosVaporesCalor

Máq. e equip. s/ proteção

Esf. físico intenso/Levant. peso

BactériasGasesVibrações

Iluminamento Inadequado

Posturas inadequadas

VírusPoeirasRuídoAcidentesErgonômicosBiológicosQuímicosFísicos

Insalubridade NR-15

Penosidade (não regulamentado)

Periculosidade NR-16

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Insalubridade

Duas premissas básicas são necessárias para a constatação da insalubridade:

• intensidade ou concentração do agente; e• tempo de exposição ao agente.

Há necessidade de equilíbrio entre as duas variáveis para que se caracterize a insalubridade. Caracterização da insalubridade: NR 15 - Portaria 3.214/78 do MTE– > LT (ruído, calor, rad. ion., químicos*)– atividades (hiperbáricas, químicos** e biológicos)– através de inspeção (rad. ñ ion, vibrações, frio e umidade)

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Ruído

Item 6 da NR-15 ►Se durante a jornada temos 2 ou + períodos de exposição a NPS distintos, devem ser considerados os efeitos combinados:

DOSE = C1/T1 + C2/T2 + .....+ Cn/Tn

Cn = Tempo de exposição do trabalhador ao nível de ruído;Tn = Máxima exposição permitida.Se DOSE > 1 (100%) ►Limite de Tolerância Ultrapassado

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Ruído

NR-15 x NHO-01

NR-15 NHO-01LT p/ 08 h 85 dB 85 dBq 5 3Limiar de Integração 85 dB 80 dBRisco grave e iminente 115 dB (A) 115 dB (A)

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Calor

Fatores que são levados em consideração pelos diversos índices. Temperatura do arUmidade do ar TEVelocidade do ar TECCalor radiante IST, IBUTG e TGUTipo de atividade

– OBS: os índices com as estações do ano.– Avaliações efetuadas no verão > inverno. Devemos avaliar as

condições ambientais de maior desconforto térmico

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Eliminação ou Neutralização da

Insalubridade Segundo a NR 15, a eliminação ou neutralização da insalubridade deverá ocorrer:a) com a adoção de medidas de ordem geral que conservem o ambiente de trabalho dentro dos limites de tolerância;

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b) com a utilização de equip. de proteção individual. Enunciado nº 289 do TST:“o simples fornecimento do aparelho de proteção pelo empregador não o exime do pagamento do adicional de insalubridade, cabendo-lhe tomar as medidas que conduzam à diminuição ou eliminação da nocividade, dentre as quais as relativas ao uso efetivo do equipamento pelo empregado”

Eliminação ou Neutralização da

Insalubridade

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EPI, não basta apenas fornecer

1ª prot. coletiva, depois individualEPI pode neutralizar Insalubridade Fornecimento gratuitoRecomend. por prof. competenteEspecificados p/ o agente e CAAdequado ao usuário (conforto ?)Obrigar o uso do EPIContra recibo do empregadoHigienizados / SuperdimensionadoTreinamento e SinalizaçãoMonitoramento biológicoProgramas de segurança

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Adicionais de Insalubridade

Art. 192 da CLT:Grau Mínimo 10% do Salário MínimoGrau Médio 20% do Salário MínimoGrau Máximo 40% do Salário Mínimo

Lei 8.270/91 - RJUGrau Mínimo 5% do Salário BaseGrau Médio 10% do Salário BaseGrau Máximo 20% do Salário Base

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Periculosidade Conceito Legal, enunciado pelo art. 193 da CLT:“São consideradas atividades ou operações perigosas, na forma da regulamentação aprovada pelo Ministério do Trabalho, aquelas que, por sua natureza ou métodos de trabalho, impliquem o contato permanente com inflamáveis ou explosivos em condições de risco acentuado”Agentes a) Inflamáveis: NR-16 e NR-20b) Explosivos: NR-16 e NR-19c) Eletricidade (Dec. 93.412/86)d) Radiações Ionizantes (Portaria 3.393/87 do MTb Portaria 518/2003 do MTE)

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Periculosidade

“..........o contato permanente com inflamáveis ou......”Portaria 3.311/89 do MTb: “Assim, se o trabalhador ficar exposto durante 5 minutos, por exemplo, a vapores de amônia, e esta exposição se repete por 5 ou 6 vezes durante a jornada de trabalho, então seu tempo de exposição é de 25 a 30 min/dia, o que traduz a eventualidade do fenômeno. Se, entretanto, ele se expõe ao mesmo agente durante 20 minutos e o ciclo se repete por 15 a 20 vezes, passa a exposição total a contar com 300 a 400 min/dia de trabalho, o que caracteriza uma situação de intermitência. Se, ainda, a exposição se processa durante quase todo ou todo o dia de trabalho, sem interrupção, diz-se que a exposição é de natureza contínua .”

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Periculosidade

JurisprudênciaTST – AI-RR 336.397/1.997.1 – 1ª T. – DJU 07.08.1998 “Inadmissível recurso de revista quando a decisão recorrida reconhece o direito ao pagamento de adicional de periculosidade de forma integral, ainda que o contato com o fator de risco seja intermitente, pois está em consonância com a atual, iterativa e notória jurisprudência do TST, ante o incidência da Súmula nº 333 do TST.

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Periculosidade

“............em condições de risco acentuado”Risco Condição de uma variável com potencial para causar danos.Perigo Exposição relativa a um risco, que favorece sua materialização em danos (risco fora de controle).Ex: “Um inflamável somente representará risco acentuado se estiver em condições de vaporizar-se para atmosfera.”Atividades perigosas estão relacionadas com a área ou local onde o risco está presente, podendo levar à incapacidade ou morte súbita.

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Periculosidade - Inflamáveis -

Segundo a NR-20:Líquido Combustível é todo aquele que possua ponto de fulgor 70 ºC e 93,3 ºC (óleo lubrificante)Líquido Inflamável é todo aquele que possua ponto de fulgor 70 ºC e pressão de vapor 2,8 kgf/cm² absoluta a 37,7 ºC (óleo diesel, álcool etílico)

inflamável

Combustível Combustível Combustível Classe I Classe II Classe III

37,7 ºC 70 ºC 93,3 ºC

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Periculosidade - Inflamáveis -

Quadro de Atividades X Área de Riscoalínea m), item 1 do Anexo 2 da NR-16:Atividades: na operação em postos de serviço e bombas de abastecimento de inflamáveis líquidosAdicional devido: operador de bomba e trabalhadores que operam na área de riscoalínea q), item 3 do Anexo 2 da NR-16:Atividade: abastecimento de inflamáveisÁrea de Risco: toda a área de operação, abrangendo, no mínimo, círculo com r=7,5m (centro no ponto de abastec.) e círculo com r=7,5m (centro na bomba de abastec. da viatura) e faixa de 7,5m de largura p/ ambos os lados

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Periculosidade - Inflamáveis -

Bomba

Posto de Abastecimento de Inflamáveis

Operador

Área de Risco

Área de Risco

Ponto de Abastecimento (fixo ou variável?)

Faixa de Risco

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Periculosidade - Explosivos -

Substâncias capazes de rapidamente se transformarem em gases, produzindo calor intenso e pressões elevadas (velocidade propagação onda 400m/s). Ex: Pólvora, artefatos pirotécnicos, ácido pícrico, nitroglicerina.

Segundo o quadro nº 1 da NR-16: Atividades: no armazenamento de explosivosAdicional: trabalhadores nessa atividade ou que permaneçam na área de riscoAtividades: no transporte de explosivosAdicional: todos os trabalhadores nessa atividade

Segundo o quadro nº 2 da NR-16: Quant. Armazenada (kg): Até 4.500Faixa de terreno até a distância máx. de: 45m

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Periculosidade - Radiações Ionizantes -

Portaria 3.393/87 do MTb e Portaria 518/2003 do MTEestabelecer atividades e operações perigosas com radiações ionizantes ou substâncias radioativas (aprovada pelo CNEN)

Item 4 do quadroAtividades e operações com aparelhos de raio-x,....(diagnóstico médico e odontológico, radioterapia)Área de Risco: Salas de operação de raio-x,.....

Ex: Sala de Raio-X

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Periculosidade - Eletricidade -

A Lei nº 7.369/85, em seu Art. 1º, estabelece que “ O empregado que exerce atividade no setor de energia elétrica, em condições de periculosidade, tem direito a remuneração adicional de 30% sobre o salário que perceber”. Muito embora a referida Lei contenha em seu caput a expressa restrição sobre o direcionamento do adicional aos empregados do setor de energia elétrica, é preconizado que tal adicional é devido a todo e qualquer empregado que lide com energia elétrica, em condições de riscos, seja na sua geração, transmissão ou distribuição.

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Periculosidade - Eletricidade -

O Decreto nº 93.412/86, estabelece:a) Estender o adicional a todos os empregados, independente do cargo, desde que trabalhem com eletricidade, em condições de risco;b) Valorizar as medidas de prot. coletiva e utilização de EPI’s;

c) Quadro de atividades/áreas de risco.d) Vincular o cálculo do adicional ao tempo de exposição ao risco, quando trouxe o item II do Art. 2º:“Ingresse, de modo intermitente e habitual, em área de risco, caso em que o adicional incidirá sobre o salário do tempo despendido pelo empregado na execução de atividades em condições de periculosidade ou do tempo à disposição do empregador, na forma do inciso I deste artigo”.

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Periculosidade - Eletricidade -

JurisprudênciaAdicional de Periculosidade – TST – RR 157.063/95.9- Ac. 498/97 – 1ª T. – DJU 11.04.1997. “Ainda que o trabalhador exerça suas atividades em condições de risco apenas durante parte da sua jornada, faz jus ao percebimento do adicional de periculosidade de forma integral, considerando-se que o sinistro pode ocorrer a qualquer momento e ceifar sua vida”

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Periculosidade - Eletricidade -

Determinação da Área de RiscoO quadro de atividades/áreas de risco – itens 1 a 4, anexo ao Decreto nº 93.412/86, estabelece, p/ caraterização da PERICULOSIDADE, que a atividade seja desenvolvida em sistema elétrico de potência - SEP. NBR 5.460/ABNT: sistema que integra a geração, a transmissão e a distribuição de energia elétrica. Williams Stevensin Jr, em sua obra “Elements of Power Analysis”: “Um SEP consiste em 3 principais componentes: as estações geradoras, as linhas de transmissão e os sistemas de distribuição. As linhas de transmissão são elos de conexão entre as estações geradoras e os sistemas de distribuição. Um sistema de distribuição conecta todas as cargas individuais às linhas de transmissão”. Distribuição é o transporte de energia elétrica a partir dos pontos onde termina a transmissão até a medição de energia, inclusive.”

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Periculosidade - Eletricidade -

Geração

Elevadora

Transmissão

Abaixadora

Distribuição Industrial Distribuição Residencial

Consumo Industrial Consumo Residencial

Área de risco

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Periculosidade - Eletricidade -

Usina

TransmissãoRebaixamento

Distribuição

TransformadorSubestação(medição)

Unidade Consumidora

Elevatória

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Periculosidade - Eletricidade -

DISTÂNCIAS MÍNIMAS DE SEGURANÇAClasse da Tensão (kV) Distância Mínima (m)

13,8 0,92

69 1,25

88 1,55

138 1,70

Fonte: CESP

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Periculosidade

Neutralização ou EliminaçãoO risco inerente às atividades executadas em áreas perigosas não pode ser neutralizado quer por medidas individuais ou no ambiente de trabalho (que são valorosas) e o que prevê a Legislação é a possibilidade da ocorrência do acidente, advinda exclusivamente da exposição ao risco.

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Periculosidade

AdicionaisArt. 193 da CLT:

30% sobre o salário, sem os acréscimos resultantes de gratificações, prêmios ou participações nos lucros das empresas.

Lei 8.270/91 - RJU10% sobre o salário-base.

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Nocividade INSTRUÇÃO NORMATIVA INSS/PR Nº 20, de 11/10/2007, alterada

pela IN 27 - DOU 02/05/2008Aposentadoria Especial

– comprovação do tempo de trabalho permanente, não ocasional nem intermitente, durante 15, 20 ou 25 anos em atividade com efetiva exposição a agentes nocivos ou associação de agentes prejudiciais à saúde ou à integridade física

trabalho permanente - aquele em que o segurado, no exercício de todas as suas funções, esteve efetivamente exposto à agentes nocivos ou associação de agentes;trabalho não ocasional nem intermitente - aquele em que, na jornada de trabalho, não houve interrupção ou suspensão do exercício de atividade com exposição aos agentes nocivos, ou seja, não foi exercida de forma alternada, atividade comum e especial.

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Nocividade

Agentes nocivos possam trazer ou ocasionar danos à saúde ou à integridade física do trabalhador nos ambientes de trabalho, em função de natureza, concentração, intensidade e fator de exposição.

ClassificaçãoFísicos: ruídos, vibrações, calor, frio, umidade, eletricidade, pressões anormais, radiações ionizantes e radiações não ionizantes; Químicos: névoas, neblinas, poeiras, fumos, gases, vapores de substâncias nocivas presentes no ambiente de trabalho, absorvidos pela via respiratória, bem como aqueles que forem passíveis de absorção por meio de outras vias; Biológicos: microorganismos como bactérias, fungos, parasitas, bacilos, vírus e ricketesias dentre outros.

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Danosidade Justiça do Trabalho: Emenda Constitucional 45/2004Acidente: “acontecimento casual, fortuito, imprevisto” (dicionário)

Acidente do TrabalhoConceito Legal (Lei 8.213/91 - Art. 19): “Acidente de Trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho, a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos referidos no inciso VII (produtor, garimpeiro) do Art. 11 desta Lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade p/ o trabalho”Conceito Prevencionista: “Ocorrência não programada, inesperada ou não, que interrompe ou interfere no processo normal de uma atividade, ocasionando perda de tempo útil e/ou lesões nos trabalhadores, e/ou danos morais”

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Danosidade

Doenças Profissional e do Trabalho: Lei 8.213/91 - Mesmo tratamento dos Acidentes do Trabalho

Conseqüências do AcidentePERDAS vida, condição física, doenças, propriedade, equipamentos, patrimônio, tempo, imagem, produção.

ACIDENTES DO TRABALHO Responsabilidades trabalhistas, cíveis e penais.

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Danosidade

Técnicas Análise de Acidentes:– Diagrama de causa e efeito

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Danosidade

Técnicas Análise de Acidentes:– Regra dos cinco “porquês”– Análise pormenorizada das tarefas do acidentado– NR-01– Conclusão: Causa Principal e Causas

Contributivas

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Competências para Elaboração de Laudos e Perícias Extrajudiciais

Regida pelo Art. 195 da CLT, sem os requisitos do CPCComprovação do Exercício de Atividade Especial

Art. 158 da IN/INSS-PR nº 20: “....a aposent. especial será comprovada através de: PPRA; PGR; PCMAT; PCMSO; LTCAT; PPP e CATArt. 161. Para instrução do requerimento da aposentadoria especial, deverão ser apresentados os seguintes documentos: (alterado pela Instrução Normativa nº 27/INSS/PRES, de 30/4/2008). I - para períodos laborados até 28 de abril de 1995, será exigido do segurado o formulário de reconhecimento de períodos laborados em condições especiais e a CP ou a CTPS, bem como LTCAT, obrigatoriamente para o agente físico ruído; II - para períodos laborados entre 29/04 de 1995 a 13/10 de 1996, será exigido do segurado formulário de reconhecimento de períodos laborados em condições especiais, bem como LTCAT ou demais demonstrações ambientais, obrigatoriamente para o agente físico ruído; III - para períodos laborados entre 14 /10/1996 a 31/12/2003, será exigido do segurado formulário de reconhecimento de períodos laborados em condições especiais, bem como LTCAT ou demais demonstrações ambientais, qualquer que seja o agente nocivo;

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Competências para Elaboração de Laudos e Perícias Extrajudiciais

IV - para períodos laborados a partir de 1º de janeiro de 2004, o único documento exigido do segurado será o Perfil Profissiográfico Previdenciário-PPP. § 1º Quando for apresentado o documento de que trata o § 14 do art. 178 desta Instrução Normativa (Perfil Profissiográfico Previdenciário), contemplando também os períodos laborados até 31 de dezembro de 2003, serão dispensados os demais documentos referidos neste artigo. § 2º Quando o enquadramento dos períodos laborados for devido apenas por categoria profissional, na forma do Anexo II dos Decretos nº 53.831/1964 e nº 83.080/1979, e não se optando pela apresentação dos formulários de reconhecimento de períodos laborados em condições especiais vigentes à época, o PPP deverá ser emitido, preenchendo-se todos os campos pertinentes, excetuados os referentes à exposição a agentes nocivos (campo 15). § 3º Poderão ser aceitos, em substituição ao LTCAT, ou ainda de forma complementar a este, os seguintes documentos: I - laudos técnico-periciais emitidos por determinação da Justiça do Trabalho, em ações trabalhistas, acordos ou dissídios coletivos; II - laudos emitidos pela Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho (Fundacentro);

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Competências para Elaboração de Laudos e Perícias Extrajudiciais

III - laudos emitidos pelo Ministério do Trabalho e Emprego-MTE, ou, ainda, pelas Delegacias Regionais do Trabalho-DRT; IV - laudos individuais acompanhados de: a) autorização escrita da empresa para efetuar o levantamento, quando o responsável técnico não for seu empregado; b) cópia do documento de habilitação profissional do engenheiro de segurança do trabalho ou médico do trabalho, indicando sua especialidade; c) nome e identificação do acompanhante da empresa, quando o responsável técnico não for seu empregado; V - os programas PPRA, PGR, PCMAT e PCMSO, de que trata o art. 161 desta Instrução Normativa. § 4º Para o disposto no parágrafo anterior, não será aceito: I - laudo elaborado por solicitação do próprio segurado;II - laudo relativo à atividade diversa, salvo quando efetuada no mesmo setor;III - laudo relativo a equipamento ou setor similar;

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Competências para Elaboração de Laudos e Perícias Extrajudiciais

IV - laudo realizado em localidade diversa daquela em que houve o exercício da atividadeV - laudo de empresa diversa. § 5º Na impossibilidade de apresentação de algum dos documentos obrigatórios mencionados neste artigo, o segurado poderá protocolizar no INSS processo de Justificação Administrativa-JA, conforme estabelecido por capítulo próprio desta Instrução Normativa, observado que: I - tratando-se de empresa legalmente extinta, para fins de comprovação da atividade exercida em condições especiais, será dispensada a apresentação do formulário para requerimento da aposentadoria especial; II - para períodos anteriores a 28 de abril de 1995, a JA deverá ser instruída com base nas informações constantes da CP ou da CTPS em que conste a função exercida, verificada a correlação entre a atividade da empresa e a profissão do segurado, salvo nos casos de exposição a agentes nocivos passíveis de avaliação quantitativa; III - a partir de 28 de abril de 1995 e, em qualquer época, nos casos de exposição a agentes nocivos passíveis de avaliação quantitativa, a JA deverá ser instruída, obrigatoriamente, com laudo de avaliação ambiental, coletivo ou individual, nos termos dos §§ 3º e 4º.

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Competências para Elaboração de Laudos e Perícias Extrajudiciais

§ 6º A empresa e o segurado deverão apresentar os originais ou cópias autênticas dos documentos previstos nesta Subseção. § 7º Em se tratando de contribuinte individual, para comprovação do exercício de atividade até 28 de abril de 1995, aplica-se o disposto no § 2º deste artigo.

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Competências para Elaboração de Laudos e Perícias Judiciais

Conforme o Art. 145 do CPC: “Quando a prova do fato depender de conhecimento técnico ou científico, o juiz será assistido por perito.....”§1o: Os peritos serão escolhidos entre profissionais de nível universitário, devidamente inscritos no órgão de classe competente,.; § 2o Os peritos comprovarão sua especialidade na matéria sobre que deverão opinar, mediante certidão do órgão profissional em que estiverem inscritos. § 3o Nas localidades onde não houver profissionais qualificados que preencham os requisitos dos parágrafos anteriores, a indicação dos peritos será de livre escolha do juiz.

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Competências para Elaboração de Laudos e Perícias Judiciais

Conforme o art. 195 da CLT:“A caracterização e a classificação. da Insalubridade e da periculosidade, segundo as normas do MTb, far-se-ão através de perícia a cargo de Médico do Trabalho ou Engenheiro do Trabalho, registrados no MTb.”§ 2º: “Argüida em juízo insalubridade ou periculosidade, seja por empregado, seja por Sindicato em favor de grupo de associados, o juiz designará perito habilitado na forma deste artigo, e, onde não houver, requisitará perícia ao órgão competente do Ministério do Trabalho.”

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Noções de Legislação Trabalhista e Processual Civil

do PERITOArt. 145 do CPC: Qualificação do peritoArt. 146 do CPC: O perito tem o dever de cumprir o ofício, no prazo que Ihe assina a lei, empregando toda a sua diligência; pode, todavia, escusar-se do encargo alegando motivo legítimo.§ único: A escusa será apresentada dentro de 5 dias, contados da intimação ou do impedimento superveniente, sob pena de se reputar renunciado o direito a alegá-la. Art. 147 do CPC: O perito que, por dolo ou culpa, prestar informações inverídicas, responderá pelos prejuízos que causar à parte, ficará inabilitado, por 2 (dois) anos, a funcionar em outras perícias e incorrerá na sanção que a lei penal estabelecer.

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Noções de Legislação Trabalhista e Processual Civil

da Prova PericialArt. 420. A prova pericial consiste em exame, vistoria ou avaliação.§ único: O juiz indeferirá a perícia quando:I - a prova do fato não depender do conhecimento especial de técnico;II - for desnecessária em vista de outras provas produzidas;III - a verificação for impraticável.Art. 421. O juiz nomeará o perito, fixando de imediato o prazo para a entrega do laudo. (Redação dada pela Lei nº 8.455, de 24.8.1992)§ 1o Incumbe às partes, dentro em 5 (cinco) dias, contados da intimação do despacho de nomeação do perito:indicar o assistente técnico e apresentar quesitos.§ 2o Quando a natureza do fato o permitir, a perícia poderá consistir apenas na inquirição pelo juiz do perito e dos assistentes, por ocasião da audiência de instrução e julgamento a respeito das coisas que houverem informalmente examinado ou avaliado. (Redação dada pela Lei nº 8.455, de 24.8.1992)

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Noções de Legislação Trabalhista e Processual Civil

da Prova PericialArt. 422. O perito cumprirá ......o encargo que Ihe foi cometido, independentemente de termo de compromisso. Os assistentes técnicos são de confiança da parte, não sujeitos a impedimento ou suspeição. Art. 423. O perito pode escusar-se..., ou ser recusado por impedimento ou suspeição...; ao aceitar a escusa ou julgar procedente a impugnação, o juiz nomeará novo perito. Art. 424. O perito pode ser substituído quando: I - carecer de conhecimento técnico ou científico; II - sem motivo legítimo, deixar de cumprir o encargo no prazo que Ihe foi assinado. § único: No caso previsto no inciso II, o juiz comunicará a ocorrência à corporação profissional respectiva, podendo, ainda, impor multa ao perito, fixada ....em vista o valor da causa e o possível prejuízo decorrente do atraso no processo.

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Noções de Legislação Trabalhista e Processual Civil

da Prova PericialArt. 425. Poderão as partes apresentar, durante a diligência, quesitos suplementares...... Art. 426. Compete ao juiz: I - indeferir quesitos impertinentes; e II - formular os que entender necessários ao esclarecimento da causa.Art. 429. .....podem o perito e os assistentes técnicos utilizar-se de todos os meios necessários, ouvindo testemunhas, obtendo informações, solicitando documentos que estejam em poder de parte ou em repartições públicas, bem como instruir o laudo com plantas, desenhos, fotografias e outras ..... peças.Art. 431-A. As partes terão ciência da data e local designados pelo juiz ou indicados pelo perito para ter início a produção da prova. (incluído pela Lei 10.358, de 27.12.2001)Art. 431-B. Tratando-se de perícia complexa, que abranja mais de uma área de conhecimento especializado, o juiz poderá nomear mais de um perito e a parte indicar mais de um assistente técnico. (incluído pela Lei 10.358, de 27.12.2001)

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Noções de Legislação Trabalhista e Processual Civil

da Prova PericialArt. 432. Se o perito, por motivo justificado, não puder apresentar o laudo dentro do prazo, o juiz conceder-lhe-á, por uma vez, prorrogação, segundo o seu prudente arbítrio.Art. 433. O perito apresentará o laudo em cartório, no prazo fixado pelo juiz, pelo menos 20 dias antes da audiência de instrução e julgamento.§ único. Os assistentes técnicos oferecerão seus pareceres no prazo comum de 10 dias, após intimadas as partes da apresentação do laudo. Art. 434. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade ou a falsidade de documento, ou for de natureza médico-legal, o perito será escolhido, de preferência, entre os técnicos dos estabelecimentos oficiais especializados..... § único. Quando o exame tiver por objeto a autenticidade da letra e firma, o perito poderá requisitar, para efeito de comparação, documentos existentes em repartições públicas; na falta destes, poderá requerer ao juiz que a pessoa, a quem se atribuir a autoria do documento, lance em folha de papel, por cópia, ou sob ditado, dizeres diferentes, para fins de comparação.

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Noções de Legislação Trabalhista e Processual Civil

da Prova PericialArt. 435. A parte, que desejar esclarecimento do perito e do assistente técnico, requererá ao juiz que mande intimá-lo a comparecer à audiência, formulando desde logo as perguntas, sob forma de quesitos.§ único. O perito e o assist. téc. só estarão obrigados a prestar os esclarecim. a que se refere este artigo, quando intimados 5 dias antes da audiência.Art. 436. O juiz não está adstrito ao laudo pericial, podendo formar a sua convicção com outros elementos ou fatos provados nos autos.Art. 437. O juiz poderá determinar, de ofício ou a requerimento da parte,....nova perícia, quando a matéria não Ihe parecer suficientemente esclarecida.Art. 438. A 2ª perícia tem por objeto os mesmos fatos sobre que recaiu a 1ª e destina-se a corrigir eventual omissão ou inexatidão dos resultados......Art. 439. A 2ª perícia rege-se pelas disposições estabelecidas para a 1ª.§ único. A 2ª perícia não substitui a 1ª, cabendo ao juiz apreciar....o valor de cada uma.Art. 342 do CP. Se o perito no exercício de seu ofício, fizer afirmação falsa, ou negar ou calar a verdade, incorrerá no crime de falsa perícia

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Assistentes TécnicosEspecialista em Insalubridade, Periculosidade ou DanosidadeArt 422 do CPC: Profissional de confiança da parteRespeitado em sua área de saberHabilidoso com o PeritoAcompanha desde a INICIAL até a SENTENÇA FINALArt 145 § 1º: o assist. técnico não precisa ter nível superior, apenas o perito

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Fluxograma de Perícias

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QUESITOS – sim ou não ?

Autor (interessa) ou Réu (depende)Elaborado por profissionais da área Lista pronta de quesitosQuesitos suplementaresNº razoável de quesitos

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Critérios para Elaboração de Laudos

Portaria 3.311/89 do MTb - ModeloConteúdo Mínimo do Laudo

dados da empresa, setor de trabalho, descrição dos locais e dos serviços realizados em cada setor descrição do reclamante ou requerente, paradigmas e depoimentoscondições ambientais do local de trabalho, agentes nocivos, riscos, concentração, tempo de exposição e efeitos à saúde do trabalhadorEPC ou EPI que atenue ou neutralize os efeitos da nocividade dos agentes em relação aos Limites de Tolerância.métodos, técnicas e equipamentos utilizados para a elaboração do Laudoconclusão objetiva, indicando o agente nocivo, sua potencialidade e quem faz jus aos adicionais; data da inspeção técnica da qual resultou o Laudoresposta aos quesitos (se houver) e anexos (fotos, plantas,...)

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Critérios para Elaboração de Laudos

Aposentadoria Especial - IN/INSS-PR nº 20Dos Procedimentos Técnicos de Levantamento Ambiental

Art. 179. Os procedimentos técnicos de levantamento ambiental, ressalvada disposição em contrário, deverão considerar:

I a metodologia e os procedimentos de avaliação dos agentes nocivos estabelecidos pelas Normas de Higiene Ocupacional - NHO da FUNDACENTRO;

II os limites de tolerância estabelecidos pela NR-15 do MTE.

§ 2º As metodologias e procedimentos de avaliação não contemplados pelas NHO da FUNDACENTRO deverão estar definidos por órgão nacional ou internacional competente e a empresa deverá indicar quais as metodologias e os procedimentos adotados nas demonstrações ambientais de que trata o artigo 161.

§ 4º As metodologias e os procedimentos de avaliação que foram alterados por esta IN somente serão exigidos para as avaliações realizadas a partir de 1º de janeiro de 2004, sendo facultado à empresa a sua utilização antes desta data.

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Critérios para Elaboração de Laudos

Aposentadoria Especial - IN/INSS-PR nº 20Dos Procedimentos Técnicos de Levantamento Ambiental

§ 5º Será considerada a adoção de Equipamento de Proteção Coletiva-EPC, que elimine ou neutralize a nocividade, desde que asseguradas as condições de funcionamento do EPC ao longo do tempo, conforme especificação técnica do fabricante e respectivo plano de manutenção, estando essas devidamente registradas pela empresa. (incluído pela Instrução Normativa nº 27/INSS/PRES, de 30/4/2008).§ 6º Somente será considerada a adoção de Equipamento de Proteção Individual-EPI, em demonstrações ambientais emitidas a partir de 3 de dezembro de 1998, e desde que comprovadamente elimine ou neutralize a nocividade e desde que respeitado o disposto na NR-06 do MTE e assegurada e devidamente registrada pela empresa, no PPP, a observância: (parágrafo incluído Instrução Normativa nº 27/INSS/PRES, de 30/4/2008) I - da hierarquia estabelecida no item 9.3.5.4 da NR-09 do MTE (medidas de proteção coletiva, medidas de caráter administrativo ou de organização do trabalho e utilização de EPI, nesta ordem, admitindo-se a utilização de EPI somente em situações de inviabilidade técnica, insuficiência ou interinidade à implementação do EPC ou, ainda, em caráter complementar ou emergencial); (incluído pela Instrução Normativa nº 27/INSS/PRES, de 30/4/2008).

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Critérios para Elaboração de Laudos

Aposentadoria Especial - IN/INSS-PR nº 20Dos Procedimentos Técnicos de Levantamento Ambiental

II - das condições de funcionamento e do uso ininterrupto do EPI ao longo do tempo, conforme especificação técnica do fabricante, ajustada às condições de campo; (incluído pela Instrução Normativa nº 27/INSS/PRES, de 30/4/2008).III - do prazo de validade, conforme Certificado de Aprovação do MTE; (incluído pela Instrução Normativa nº 27/INSS/PRES, de 30/4/2008).IV - da periodicidade de troca definida pelos programas ambientais, comprovada mediante recibo assinado pelo usuário em época própria; (incluído pela Instrução Normativa nº 27/INSS/PRES, de 30/4/2008).V - da higienização. (incluído pela Instrução Normativa nº 27/INSS/PRES, de 30/4/2008).

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Critérios para Elaboração de Laudos

Art. 180. A exposição ocupacional a ruído dará ensejo à aposentadoria especial quando os níveis de pressão sonora estiverem acima de oitenta dB (A), noventa dB (A) ou oitenta e cinco dB (A), conforme o caso, observado o seguinte: I - até 5 de março de 1997, será efetuado o enquadramento quando a exposição for superior a oitenta dB(A), devendo ser informados os valores medidos; (alterado pela Instrução Normativa nº 27/INSS/PRES, de 30/4/2008).II - a partir de 6 de março de 1997 e até 10 de outubro de 2001, será efetuado o enquadramento quando a exposição for superior a noventa dB(A), devendo ser informados os valores medidos; (alterado pela Instrução Normativa nº 27/INSS/PRES, de 30/4/2008).III - a partir de 11 de outubro de 2001 e até 18 de novembro de 2003, será efetuado o enquadramento quando a exposição for superior a noventa dB(A), devendo ser anexado o histograma ou memória de cálculos; (alterado pela Instrução Normativa nº 27/INSS/PRES, de 30/4/2008).IV - a partir de 19 de novembro de 2003, será efetuado o enquadramento quando o NEN se situar acima de oitenta e cinco dB(A) ou for ultrapassada a dose unitária, aplicando: (alterado pela Instrução Normativa nº 27/INSS/PRES, de 30/4/2008).

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Critérios para Elaboração de Laudos

a) os limites de tolerância definidos no Quadro Anexo I da NR-15 do MTE; (incluído pela Instrução Normativa nº 27/INSS/PRES, de 30/4/2008).b) as metodologias e os procedimentos definidos na NHO-01 da Fundacentro. (incluído pela Instrução Normativa nº 27/INSS/PRES, de 30/4/2008).Parágrafo único. A utilização de EPI será apenas considerada para os períodos laborados a partir de 11 de dezembro de 1998, não descaracterizando a especialidade nos períodos anteriores a tal data. Art. 181. A exposição ocupacional a temperaturas anormais, oriundas de fontes artificiais, dará ensejo à aposentadoria especial quando: I - para o agente físico calor, forem ultrapassados os limites de tolerância definidos noAnexo 3 da NR-15 do Ministério do Trabalho e Emprego-MTE, sendo avaliado segundo as metodologias e os procedimentos adotados pelas NHO-06 da FUNDACENTRO para períodos trabalhados a partir de 18/11/2003. Parágrafo único. Considerando o disposto no item 2 do Quadro I do Anexo 3 da NR-15 do MTE e no art. 253 da CLT, os períodos de descanso são considerados tempo de serviço para todos os efeitos legais.

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Critérios para Elaboração de Laudos

Art. 182. A exposição ocupacional a radiações ionizantes dará ensejo à aposentadoria especial quando forem ultrapassados os limites de tolerância estabelecidos no Anexo 5 da NR-15 do MTE. Parágrafo único. Quando se tratar de exposição ao raio X em serviços de radiologia, deverá ser obedecida a metodologia e os procedimentos de avaliação constantes na NHO-05 da FUNDACENTRO; para os demais casos, aqueles constantes na Resolução CNEN-NE-3.01. Art. 183. A exposição ocupacional a vibrações localizadas ou no corpo inteiro dará ensejo à aposentadoria especial quando forem ultrapassados os limites de tolerância definidos pela Organização Internacional para Normalização–ISSO, em suas Normas ISSO nº 2.631 e ISSO/DIS nº 5.349, respeitando-se as metodologias e os procedimentos de avaliação que elas autorizam. Art. 184. A exposição ocupacional a agentes químicos e a poeiras minerais constantes do Anexo IV do RPS aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999, dará ensejo à aposentadoria especial, devendo considerar os limites de tolerância definidos nos Anexos 11 e 12 da NR-15 do MTE, sendo avaliada segundo as metodologias e procedimentos adotados pelas NHO-02, NHO-03, NHO-04 e NHO-07 da FUNDACENTRO.

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Critérios para Elaboração de Laudos

Art. 185. A exposição ocupacional a agentes nocivos de natureza biológica infectocontagiosa, constantes do Anexo IV do RPS, aprovado pelo Decreto nº 3.048/1999, dará ensejo à aposentadoria especial exclusivamente nas atividades previstas nesse Anexo. Parágrafo único. Tratando-se de estabelecimentos de saúde, a aposentadoria especial ficará restrita aos segurados que trabalhem de modo permanente com pacientes portadores de doenças infecto-contagiosas, segregados em áreas ou ambulatórios específicos, e aos que manuseiam exclusivamente materiais contaminados provenientes dessas áreas.

Da Evidenciação Técnica das Condições Ambientais do Trabalho Art. 186. A partir da publicação da Instrução Normativa INSS/DC nº 99, de 5 de setembro de 2003, para as empresas obrigadas ao cumprimento das Normas Regulamentadoras do MTE, nos termos do item 1.1 da NR-01 do MTE, o LTCAT será substituído pelos programas de prevenção PPRA, PGR e PCMAT. § 1º As demais empresas poderão optar pela implementação dos programas referidos no caput, em substituição ao LTCAT.

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Critérios para Elaboração de Laudos

§ 2º Os documentos referidos no caput deverão ser atualizados pelo menos uma vez ao ano, quando da avaliação global, ou sempre que ocorrer qualquer alteração no ambiente de trabalho ou em sua organização, por força dos itens 9.2.1.1 da NR-09, 18.3.1.1 da NR-18 e da alínea “g” do item 22.3.7.1 e do item 22.3.7.1.3, todas do MTE.Art. 187. As empresas desobrigadas ao cumprimento das NR do MTE, nos termos do item 1.1 da NR-01 do MTE, que não fizeram opção pelo disposto no § 1º do artigo anterior, deverão elaborar LTCAT, respeitada a seguinte estrutura: I - reconhecimento dos fatores de riscos ambientais;II - estabelecimento de prioridades e metas de avaliação e controle;III - avaliação dos riscos e da exposição dos trabalhadores;IV – especificação e implantação de medidas de controle e avaliação de sua eficácia;V - monitoramento da exposição aos riscos;VI - registro e divulgação dos dados;VII – avaliação global do seu desenvolvimento, pelo menos uma vez ao ano ou sempre que ocorrer qualquer alteração no ambiente de trabalho ou em sua organização, contemplando a realização dos ajustes necessários e estabelecimento de novas metas e prioridades.

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Critérios para Elaboração de Laudos

§ 1º Para o cumprimento do inciso I, deve-se contemplar: a) a identificação do fator de risco;b) a determinação e localização das possíveis fontes geradoras;c) a identificação das possíveis trajetórias e dos meios de propagação dos agentes no ambiente de trabalho;d) a identificação das funções e determinação do número de trabalhadores expostos;e) a caracterização das atividades e do tipo da exposição;f) a obtenção de dados existentes na empresa, indicativos de possível comprometimento da saúde decorrente do trabalho; g) os possíveis danos à saúde, relacionados aos riscos identificados, disponíveis na literat. téc.;h) a descrição das medidas de controle já existentes. § 2º Quando não forem identificados fatores de riscos do inciso I, o LTCAT poderá resumir-se aos incisos I, VI e VII, declarando a ausência desses.§ 3º O LTCAT deverá ser assinado por engenheiro de segurança do trabalho, com o respectivo número da ART junto ao CREA ou por médico do trabalho, indicando os registros profissionais para ambos.

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Critérios para Elaboração de Laudos

Art. 188. Considera-se o LTCAT atualizado aquele que corresponda às condições ambientais do período a que se refere, observado o disposto no § 2º do artigo 186 e inciso VII do artigo 187 desta Instrução Normativa. Art. 189. São consideradas alterações no ambiente de trabalho ou em sua organização, entre outras, aquelas decorrentes de: I – mudança de layout;II - substituição de máquinas ou de equipamentos;III – adoção ou alteração de tecnologia de proteção coletiva;IV - alcance dos níveis de ação estabelecidos no subitem 9.3.6 da NR-09, aprovadas pela Portaria nº 3.214, de 1978, do MTE, se aplicável;V - extinção do pagamento do adicional de insalubridade. Art. 190. Os documentos de que tratam os artigos 186 e 187 desta Instrução Normativa, emitidos em data anterior ou posterior ao exercício da atividade do segurado, poderão ser aceitos para garantir direito relativo ao enquadramento de tempo especial, após avaliação por parte do INSS.

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Critérios para Elaboração de Laudos

Aspectos ControvertidosDois critérios são aceitos para caracterização de insalubridade:a) critério subjetivo objeto da perícia é o corpo do trabalhador

- investigação clínica e exames complementares- deve haver sintomas de doença profissional ou ocupacionalex: Suíça

b) critério objetivo objeto da perícia é o ambiente de trabalho - investigação clínica e exames complementares e doença

profissional ou ocupacional manifestada são complementos ex: Brasil

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Critérios para Elaboração de Laudos

Aspectos ControvertidosA PROVA EMPRESTADA

Laudo, Documentos e Testemunhos

o Art. 195 da CLT obriga a designação de perito nos pleitos de insalubridade e periculosidade.

e no caso de ambientes que se encontra totalmente descaracterizado ?

grupos homogêneos de exposição

e na insalubridade? e os paradigmas?

Alternativa: utilização de seus próprios laudos pretéritos na mesma empresa e função.