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Este E-book é atualizado constantemente....do tronco, dos pés ou até bater no próprio corpo, de forma leve ou forte, são alguns exemplos de estereotipias. Elas são um recurso

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Este E-book é atualizado constantemente.

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a Versão mais Recente

SUMÁRIO

Para Quem é este E-book ....................................... 4

Quem Sou Eu ............................................................. 6

O que é o Autismo? .................................................. 9

Comunicação Social ........................................... 12

Comportamento ................................................. 14

Outras Dificuldades ........................................... 16

Os Sinais do Autismo ......................................... 18

Mitos sobre o Autismo ...................................... 21

Níveis do Autismo .............................................. 24

Tratamentos no Autismo ...................................... 31

A Intervenção Precoce ...................................... 33

Qual é a Melhor Abordagem? ......................... 35

Como Escolher o Terapeuta? .......................... 37

E a Medicação? ................................................... 40

A Importância dos Pais ...................................... 42

Rede de Apoio ..................................................... 45

O que fazer em casa ............................................... 46

Como Brincar com Respeito ............................ 48

Dicas de Brincadeiras ........................................ 51

Mensagem Final ...................................................... 54

Referências ............................................................... 55

PARA QUEM É ESTE E-BOOK

Durante minha carreira trabalhando na

avaliação e terapia de crianças, uma coisa sempre

foi muito clara para mim: Quem mais precisa de

ajuda são os pais.

Não adianta querer que os pais cuidem de

uma criança se eles não estão preparados para

isso; e quanto mais eu trabalho com autismo,

mais tenho certeza disso. Por esse motivo,

comecei a escrever no meu blog, gravar vídeos

para as redes sociais e dar cursos para pais de

crianças autistas.

Se o autismo faz parte da sua vida como pai

ou mãe, este e-book foi especialmente escrito

para você!

Cada capítulo deste e-book responde às

principais dúvidas das famílias de forma leve,

clara e objetiva.

O objetivo é tornar você, pai ou mãe, capaz

de ajudar seu filho com autismo a se tornar uma

pessoa mais independente.

Se você suspeita que seu filho tem autismo,

este e-book também te ajudará mostrando por

onde começar.

Se você é um familiar, professor, terapeuta

ou até mesmo amigo querendo ajudar, este livro

também vai te auxiliar bastante a compreender,

desmistificar, ajudar e até orientar as famílias.

Só observe que sempre vou me referir ao

leitor como pai ou mãe, pois escrevi pensando

neles.

Fique à vontade para compartilhar este e-

book. Mas recomendo que o faça por este link

aqui:

http://autismo.me/ebook-primeiros-

passos

Assim a pessoa receberá gratuitamente a

versão mais atualizada.

Espero que a leitura deste e-book e

aplicação de suas dicas torne a sua vida mais leve

depois do diagnóstico do autismo.

QUEM SOU EU

Se você ainda não conhece meu trabalho, é

um prazer saber que você está me conhecendo

através deste e-book.

Me chamo Carla Ulliane e minha missão é

permitir que os pais sintam que é possível ser

feliz tendo um filho autista.

Meu trabalho é ajudar as famílias a

entender o autismo e tornar seus filhos mais

independentes.

Acredito que os pais são a principal peça no

tratamento do autismo e, por isso, são os que

mais precisam se capacitar para cumprir seu

papel.

Considero também que são eles os que

mais precisam de atenção e cuidado, pois receber

o diagnóstico de autismo não é fácil, se já é difícil

ser pai ou mãe de uma criança típica, o autismo

intensifica as dificuldades.

Uma pessoa que não está bem emocional,

psicológica e fisicamente, não pode cuidar e

educar outra.

Para ajudar as famílias, produzo conteúdo

diariamente com dicas práticas através das

minhas redes sociais e do meu blog.

Mais de 600 mil pessoas assistiram aos

meus vídeos no YouTube e mais de 150 mil

acessaram meu site, em busca de dicas e

orientações.

Também idealizei o treinamento

Parentalidade Autista na Prática, um curso com

o passo a passo para os pais e mães que querem

se aprofundar e estimular os filhos em casa

diariamente, mesmo que não entendam nada

sobre autismo e não tenham muito tempo.

Sou graduada em Fonoaudiologia e Mestre

em Educação pela Universidade Federal de

Sergipe (UFS). Já avaliei mais de 1000 crianças

em meu consultório e no serviço público.

Também sou Coach de Pais e Mães,

ajudando-os a retomar os sonhos após o

diagnóstico, além de trabalhar como professora e

consultora educacional.

O QUE É O AUTISMO?

Hoje em dia, devido ao aumento no número

de diagnósticos e a grande exposição nas mídias,

quase todo mundo já ouviu falar do autismo.

Antes de suspeitar que seu filho tivesse

autismo, você provavelmente já deve ter ouvido

falar sobre ele. “O filho do Marcos Mion é

autista!”, “Ah, na escola da minha filha tem uma

criança com autismo.”, “Um primo distante do

meu pai tem autismo.”

O problema é que a maioria das pessoas

não sabe muito mais do que isso. E, a partir dessa

desinformação, surgem os preconceitos e

generalizações: “Seu filho não é autista, meu

vizinho tem autismo e passa o dia todo batendo

a cabeça na parede.” ou “Os autistas são gênios,

eu vi um no Encontro que fala 5 línguas!”

Infelizmente isso não acontece só com os

leigos. Alguns profissionais, como pediatras,

psicólogos, fonoaudiólogos e, até mesmo,

neuropediatras, também são mal ou pouco

informados sobre o autismo.

Não sendo nada difícil ouvir relatos de pais

dizendo que procuraram ajuda profissional e

ouviram: “Está tudo bem, é normal a criança não

falar até os 3 anos”, “ele não é autista, eu tenho

um paciente autista que fica girando a consulta

toda no canto da sala.”

Em outros capítulos falarei sobre os

preconceitos e os mitos que rodeiam o autismo.

Mas agora, a primeira coisa que você

precisa entender sobre o autismo é: Não é O

autista, são OS autistas.

Vou repetir isso algumas vezes durante este

e-book porque é uma coisa que você não pode

esquecer. Cada autista tem suas particularidades;

primeiro, como indivíduo, pois as pessoas são

diferentes entre si; segundo, o autismo se

manifesta de forma diferente em cada um.

Falarei sobre essas diferenças no capítulo

Níveis do Autismo.

Na definição dos dois principais manuais

diagnósticos, o CID e o DSM, o Autismo, ou

Transtorno do Espectro Autista, é caracterizado

pela dificuldade na comunicação social e na

presença de comportamentos restritos e

repetitivos.

Essas são as características que definem o

Autismo, porém elas podem se manifestar de

diferentes formas e intensidades.

Esses déficits podem causar prejuízos nas

áreas pessoais, familiares, sociais, educacionais,

atividades de vida diária e profissionais.

COMUNICAÇÃO SOCIAL

A palavra-chave aqui é INTERAÇÃO.

As pessoas com autismo tem uma grande

dificuldade em iniciar ou responder a uma

interação social, principalmente com pessoas

fora do seu círculo mais próximo.

É muito comum que os pais relatem a falta

de interesse da criança em brincar com outras da

mesma idade e até com os próprios pais.

Essa falta de interesse no outro é bem

evidente quando a criança usa o outro como

ferramenta para conseguir o que deseja e depois

a ignora completamente.

Um exemplo: A criança pega a mãe pela

mão, leva até o armário e fica emitindo sons de

raiva, até que a mãe dá o biscoito preferido dela

e depois sai como se a mãe não estivesse mais lá.

A dificuldade mais marcante aqui é o atraso

na aquisição da linguagem. É a queixa número 1

dos pais nesta área: “Carla, meu filho tem 2 anos

e ainda não fala!”.

E ainda que a criança apresente um

desenvolvimento aparentemente dentro do

esperado, é comum que hajam as ecolalias, que

são as repetições de palavras ou frases, muitas

vezes sem um contexto ou intenção

comunicativa.

A pessoa com autismo também pode ter

muita dificuldade em reconhecer as emoções do

outro e de ter empatia. Essas habilidades são

muito abstratas e complexas, principalmente

para as crianças.

Um exemplo clássico disso: a pessoa com

autismo começa a falar do que acha interessante.

Pode falar por horas sobre aquilo, mas não

consegue perceber a falta de interesse do seu

parceiro pelo assunto.

A maioria dos autistas, por ter o

pensamento muito concreto, pode ter

dificuldades em entender metáforas, ironias,

piadas e outras figuras de linguagem, tornando-

os muito literais. Se você falar algo como “esse

almoço está de matar”, ele não vai nem encostar

na comida.

COMPORTAMENTO

Os déficits comportamentais são outra

grande dificuldade das pessoas com autismo.

Um das manifestações é a inflexibilidade

comportamental. A criança é muito fixada em

rotinas e rituais, ela se adapta a um padrão e não

aceita que alguma mudança aconteça. Por

exemplo, só quer vestir a mesma camisa ou fazer

o mesmo caminho para a escola.

O hiperfoco é outra característica

marcante. A criança fica por muito tempo

extremamente focada em uma única atividade e

apresenta resistência quando necessita mudar

para outra. Ela pode passar horas girando a

rodinha de um carrinho, por exemplo.

Ela também pode ter interesses bastante

restritos e específicos. Ou a criança pode ser

apaixonada por dinossauros e só falar sobre eles.

Um paciente meu só assiste Patrulha Canina e

fica repetindo o mesmo episódio várias e várias

vezes.

Esses interesses restritos, se bem

trabalhados, tem seu lado bom. Eles podem se

tornar uma profissão. A Temple Grandin adorava

ficar olhando os animais na fazenda da sua tia,

mais tarde se tornou pesquisadora na área de

comportamento animal e revolucionou a criação

de gado nos EUA.

Também é comum haver uma hiper ou

hipossensibilidade a estímulos sensoriais, como

sons, luminosidade, texturas, por exemplo.

E a presença de movimentos

estereotipados ou STIMs. O balançar das mãos,

do tronco, dos pés ou até bater no próprio corpo,

de forma leve ou forte, são alguns exemplos de

estereotipias.

Elas são um recurso utilizado pelas pessoas

com autismo para se autorregularem e, assim,

evitarem crises.

Portanto, desde que a estereotipia não

esteja machucando seu filho ou outra pessoa,

você não precisa bloqueá-la. Ela é uma forma que

ele encontrou de evitar uma crise.

OUTRAS DIFICULDADES

É muito importante destacar o seguinte: O

autismo dificilmente vem sozinho.

É comum que, além do autismo, a criança

também possa ser diagnosticada com TDAH,

TOD, Epilepsia, Deficiência Intelectual ou

síndromes genéticas, como Down e X Frágil.

Além disso, é muito importante cuidar da

saúde emocional da pessoa com autismo, pois

devido a sua tendência de isolamento e seus

déficits comportamentais, ela pode desenvolver

Ansiedade e Depressão à medida que vai se

tornando adulto.

Mas o caso mais comum é o Transtorno do

Processamento Sensorial (TPS). Tanto que ele foi

incluído como característica no diagnóstico do

autismo.

O TPS e a rigidez comportamental podem

causar a Seletividade Alimentar. A criança pode

evitar comer novos alimentos, só comer

alimentos com determinadas texturas, cheiros ou

cores, ou ser extremamente rígido ao ponto de

só comer a mesma comida todos os dias.

Também é bastante comum que crianças

com autismo tenham dificuldades com sono. Em

alguns casos podem demorar muito para pegar

no sono ou dormir apenas algumas horas por

noite.

Por fim, uma quantidade considerável de

crianças autistas desenvolvem alergias ou

intolerâncias alimentares. Caso você suspeite

que seu filho não esteja reagindo bem ao que

come, solicite os exames alérgicos.

OS SINAIS DO AUTISMO

Até agora, já falei das principais

características do autismo. Para ser um pouco

mais objetiva para você que está suspeitando que

seu filho tem autismo, vou listar alguns Sinais do

Autismo.

o Não interage com outras crianças;

o Atraso de Linguagem: Aquisição das

habilidades comunicativas abaixo do

esperado para a idade. Por exemplo: Não

fala nada com 1 ano e meio;

o Age como se fosse surdo: Quando está em

hiperfoco, os pais chamam várias vezes e ela

não reage;

o Ecolalia: Repete palavras ou frases que

acabou de ouvir de uma pessoa ou que

ouviu em vídeos, de forma imediata ou

tardia, com ou sem intenção de se

comunicar;

o Resiste ao aprendizado: Não aceita

aprender novas habilidades ou de forma

diferente;

o Não demonstra medo de perigos reais: Não

tem medo de fogo, altura, carros ou animais;

o Resiste a mudança de rotina: Grande rigidez

comportamental, quer sempre fazer as

coisas do mesmo jeito e na mesma ordem;

o Usa as pessoas como ferramentas: Pega na

mão do adulto, leva até o objeto de desejo,

quando consegue ignora o adulto;

o Apresentam risos e movimentos corporais

não apropriados (estereotipias);

o Resiste ao contato físico: Pode resistir ao

abraço, o toque, o beijo;

o Acentuada hiperatividade física;

o Não mantém contato visual;

o Apego não apropriado a objetos: Pode se

apegar a uma pedra, por exemplo, e levar

essa pedra para todos os lugares como um

urso de pelúcia;

o Gira objetos de maneira bizarra e peculiar,

por exemplo gosta de brincar com as rodas

da bicicleta;

o Às vezes é agressivo e destrutivo;

o Modo de comportamento indiferente e

arredio.

Caso você identifique pelo menos 5 dos

sinais que foram mostrados acima, procure um

neuropediatra ou psiquiatra infantil.

Recomendo que você pegue um papel e

caneta e anote todos os sinais que observar no

seu filho, isso vai ajudar no diagnóstico. Grave

alguns vídeos curtos também. Você pode não

lembrar de tudo na hora da consulta.

Se possível, leve os relatórios da escola e

dos terapeutas. Quanto mais informações o

médico tiver, mais fácil será para ele fechar ou

descartar o diagnóstico.

Não tenha vergonha de perguntar e exigir

as terapias. Adiante vou falar sobre as elas.

Eu também tenho um vídeo onde me

aprofundo mais sobre, clique aqui para assistir!

MITOS SOBRE O AUTISMO

Hoje em dia, se fala 100 vezes mais sobre o

autismo do que há 10 anos. Infelizmente, nem

tudo disso é verdade. Muitas coisas que são

faladas sobre o autismo são baseadas em

pesquisas antigas e refutadas, boatos ou

pesquisas manipuladas. Infelizmente, isso faz

com que muitos pais se culpem e percam tempo.

Listei alguns dos mitos mais comuns para te

ajudar a não acreditar neles:

Todo autista é gênio!

Sim, existe uma parcela de pessoas autistas

com inteligência acima da média, assim como

com deficiência intelectual.

“Todo” é uma palavra muito difícil de aplicar

no autismo, como já falei: as características se

manifestam de formas diferentes.

O autismo é culpa da mãe!

Esse é um mito tão velho quanto o próprio

diagnóstico de autismo. Leo Kanner, primeiro a

descrever o autismo, antes classificado como um

tipo de esquizofrenia infantil, apontou a

associação entre crianças autistas e mães pouco

amorosas, sugerindo que isso desencadeasse o

autismo.

Nos anos 50 e 60, a ideia se popularizou

com a obra do psicanalista Bruno Bettelheim.

Porém na década de 70, os estudos mostraram

que o Autismo era uma condição neurológica e

hoje já sabemos que ele é uma combinação de

fatores genéticos e ambientais durante a

gravidez.

Eu falo mais um pouco sobre culpa materna

neste vídeo aqui.

Vacina causa autismo!

Em 1998, o médico Andrew Wakefield

divulgou uma pesquisa na respeitada revista

científica Lancet afirmando que 12 crianças

haviam desenvolvido autismo depois de tomar a

dose vacina tríplice-viral.

Depois desse estudo, vários outros foram

feitos mostrando que não havia relação entre

autismo e vacinação. Também descobriu-se que

Wakefield havia manipulado a pesquisa e forjado

os resultados, além de cometer diversos desvios

éticos. Em 2010, ele foi proibido de exercer a

medicina. Porém o estrago foi feito.

Todo ano milhões de pais deixam de vacinar

os seus filhos com medo e isso os deixa cada vez

mais expostos às doenças que já tinham até sido

erradicadas. Basta lembrar do recente surto de

Sarampo no Brasil. Sem dúvidas esse é o mito

mais perigoso sobre o autismo.

NÍVEIS DO AUTISMO

Uma das coisas mais faladas dentro do

autismo é a questão dos graus ou níveis. Você já

deve ter ouvido alguma mãe falar: “Meu filho tem

5 anos e é autista leve” ou “Minha filha é

moderada.”

Mas o que isso significa?

A primeira coisa que todo pai e mãe tem

que entender quando se fala disso é: Não existe

O autista, mas sim OS autistas.

Cada autista é diferente entre si nas

potencialidades e dificuldades. As características

do autismo vão se manifestar de formas e

intensidades diferentes, podendo ou não

apresentar algumas.

Os graus ou níveis são formas que a

Academia Americana de Psiquiatria, por meio do

DSM V, o Manual de Diagnóstico e Estatístico de

Transtornos Mentais encontrou para classificar

as pessoas com autismo, de acordo com o nível

de autonomia que elas tem.

Funciona mais ou menos assim: uma pessoa

com grau leve/nível 1 tem uma autonomia mais

próxima do que uma pessoa com grau

severo/nível 3.

Uma pessoa de grau leve também precisará

de apoio e terapias, mas em uma intensidade

menor que uma de grau severo.

E como essa classificação é feita?

A resposta está relacionada à quantidade

de apoio necessária para contemplar as

necessidades de cada um, considerando as

dificuldades na comunicação, nos interesses

restritos e comportamentos repetitivos.

Agora vou apresentar uma lista para ficar

um pouco mais claro:

Nível 1 – Necessidade de pouco apoio

Comunicação Social

A criança necessita de apoio contínuo para

que as dificuldades na comunicação social

não causem maiores prejuízos;

Apresenta dificuldade em iniciar interações

com outras pessoas, sejam adultos ou

crianças, ocasionalmente oferecem respostas

inconsistentes as tentativas de interação por

parte do outro;

Aparentemente demonstram não ter

interesse em se relacionar com outras

pessoas.

Comportamentos repetitivos e restritos

Esse padrão de comportamento repetitivo e

restrito ocasiona uma inflexibilidade

comportamental na criança, gerando assim,

dificuldade em um ou mais ambientes;

A criança fica por muito tempo em uma

atividade (hiperfoco) e apresenta resistência

quando necessita mudar para outra;

Alterações na organização e planejamento

podem atrapalhar o trabalho pela busca da

independência e autonomia da pessoa.

Nível 2 – Necessidade de apoio substancial

Comunicação Social

A criança apresenta um déficit notável nas

habilidades de comunicação tanto verbais

quanto não-verbais;

Percebe-se acentuado prejuízo social devido

às poucas tentativas de iniciar uma interação

social com outras pessoas;

Quando o outro inicia o diálogo as respostas,

geralmente, mostram-se reduzidas ou

atípicas.

Comportamentos repetitivos e restritos

Apresenta inflexibilidade comportamental e

evita a mudança na rotina, pois tem

dificuldade em lidar com ela;

Essas características podem ser notadas por

um parente ou amigo que raramente visita a

casa da família;

A criança se estressa com facilidade e tem

dificuldade de modificar o foco e a atividade

que realiza.

Nível 3 – Necessidade de apoio muito

substancial

Comunicação social

Há severos prejuízos na comunicação verbal

e não- verbal;

Apresenta grande limitação em iniciar uma

interação com novas pessoas e quase

nenhuma resposta as tentativas dos outros.

Comportamentos repetitivos e restritos

Há presença de inflexibilidade no

comportamento;

Extrema dificuldade em lidar com mudanças

na rotina e apresentam comportamentos

restritos/repetitivos que interferem

diretamente em vários contextos;

Alto nível de estresse e resistência para

mudar de foco ou atividade.

Agora você precisa saber duas coisas

importantes sobre os níveis do autismo:

1º Ele não é fixo

O principal objetivo das terapias é ensinar

habilidades para que a pessoa com autismo possa

ter uma maior independência, ou seja, à medida

que seu filho fizer as terapias e elas começarem

a dar resultado, a tendência é que ele tenha uma

vida mais funcional.

Também vale ressaltar que existem

momentos em que ele pode regredir, perder

algumas habilidades e se tornar menos

independente.

Nesses casos, converse com o terapeuta do

seu filho e, se necessário, reforce as terapias.

2º Ele não está no laudo

Como falei anteriormente, os níveis são

uma forma de classificação descrita no DSM V,

porém o Brasil segue outro documento, o CID

(Classificação Estatística Internacional de

Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde)

da Organização Mundial de Saúde.

As classificações do CID (que está na sua

11ª versão) são diferentes das do DSM. Por isso,

nenhum médico irá te dar o diagnóstico

especificando o grau.

E porque se fala tanto em graus?

Os principais centros de pesquisa sobre

autismo no mundo estão nos Estados Unidos e,

por consequência, as pessoas que estudam

autismo em outros países acabam se adequando

à literatura americana.

O mais importante é compreender que não

importa o nível que seu filho esteja, lembre-se

sempre de proporcionar os cuidados de acordo

com suas necessidades específicas, busque

sempre o melhor para ele e não desista no

caminho apenas porque seus sintomas são

moderados e/ou severos. A caminhada é longa,

mas foque sempre nos avanços e potencialize

cada um deles.

Se você quer aprender mais um pouco, dê

uma olhadinha neste vídeo aqui.

TRATAMENTOS NO AUTISMO

A terapia do autismo é uma das maiores

fontes de dúvidas dos pais. “Qual a melhor

abordagem?”, “Esse método funciona?”, “Precisa

mesmo desse medicamento?”, “Será que esse

terapeuta é bom?”; são algumas das dúvidas que

você já deve ter se questionado.

Uma coisa importante que você precisa

saber sobre o tratamento do autismo é que ele é

baseado no tripé Família, Escola e Terapia. Cada

um tem o seu papel e quanto mais alinhados e

empenhados eles estão, maiores os resultados.

No próximo capítulo, vou falar sobre a

importância dos pais. Agora vou focar nos

terapeutas e o que você deve fazer para ter

melhores resultados nas terapias.

E quais são esses resultados?

O objetivo da terapia não é fazer a criança

deixar de ser autista. Se alguém está te

prometendo isso, corra, é mentira!

O objetivo da terapia é ensinar habilidades

para que a pessoa com autismo possa aprender a

lidar com as suas dificuldades e, assim, ter uma

vida mais independente possível, e, para que isso

aconteça, alguns fatores devem ser levados em

consideração.

A INTERVENÇÃO PRECOCE

No autismo, tempo vale ouro. A regra é:

Quanto mais cedo você começar, maiores os

resultados. E por que a intervenção precoce é tão

importante?

Isso acontece porque dos 0 aos 3 anos a

criança tem uma maior neuroplasticidade, ou

seja, esse é o período onde o cérebro dela está

mais “maleável” e ela vai aprender mais

rapidamente o que é ensinado nas terapias.

É por isso que me dói tanto quando ouço

uma mãe me escrever: “Carla, levei meu filho em

um especialista e ele disse que é para esperar até

os 3 anos.” Se alguém já te disse isso, troque de

profissional, mas não perca tempo.

“Carla, mas meu filho já tem 5 anos e

agora?”

Intensifique as terapias! Os resultados vão

vir de forma mais lenta, mas vão vir. Eu tenho

pacientes que começaram depois dos 4 anos e

tiveram ótimos resultados.

Você não pode desanimar!

Eu fiz uma entrevista com a Psiquiatra da

Infância e Adolescência sobre a intervenção

precoce, clique aqui para assistir.

QUAL É A MELHOR ABORDAGEM?

ABA, Denver, TEACCH, DIR/Floortime,

PECS, PRT... Enfim, são muitos modelos,

métodos e abordagens. Se eu fosse falar de todos

aqui de forma aprofundada, este e-book se

tornaria uma enciclopédia.

Vou te ajudar em como escolher as terapias

para seu filho, mas eu não vou levantar bandeiras

aqui de qual é a melhor abordagem. Não é meu

papel.

A escolha de uma abordagem ou método é

uma escolha de como você e o terapeuta

compreendem o desenvolvimento infantil. E é

importante que você pesquise um pouco sobre

as abordagens disponíveis em sua cidade e veja

quais se encaixam na sua visão de mundo.

Outra coisa muito importante é saber se há

comprovação cientifica da sua eficiência no

tratamento do autismo.

Sugiro que pesquise se a abordagem é

recomendada para o autismo, se há

comprovação. Recomendo que dê uma olhada no

Autism Speaks, eles ajudam bastante.

Para ajudar, todas que citei no começo tem

comprovação científica.

Eu considero que as principais terapias são

realizadas por Psicólogos, Terapeutas

Ocupacionais e Fonoaudiólogos. Essas terapias

vão englobar as principais dificuldades da pessoa

com autismo: comportamental, comunicação e

atividades de vida diária.

Existem também outras que você pode

fazer para complementar como Psicopedagogia,

Musicoterapia, Psicomotricidade, Esportes, entre

outros.

Você vai escolher de acordo com a

orientação do médico, as necessidades do seu

filho e sua disponibilidade de tempo e dinheiro.

E uma coisa que eu sempre repito: a melhor

abordagem é aquela que dá resultado para o seu

filho.

COMO ESCOLHER O TERAPEUTA?

A terapia é feita por um ser humano para

outro ser humano. Então, não adianta escolher a

melhor abordagem se o profissional não está

capacitado para aplicá-la. Um exemplo clássico:

os pais escolhem a ABA, mas procuram um

psicólogo que utiliza outra abordagem.

Primeiro, o principal papel do terapeuta é

treinar os pais. Os terapeutas ficam apenas

algumas horas por semana com seu filho, você

vive com ele todos os dias.

Por isso, eles precisam sempre conversar

contigo. Dizer o que estão fazendo, como você

pode ajudá-los em casa e tirar suas dúvidas.

Se o terapeuta do seu filho não faz isso,

chame-o para conversar e explique que quer

mais orientações. Se ele não mudar de atitude,

procure outro.

“Carla, eu estou procurando um novo

terapeuta, como faço para escolher?”

Primeiro, converse com outros pais e mães

da sua cidade. Pergunte se eles estão gostando,

se ele dá feedback, se a terapia está dando

resultado, se há um bom relacionamento família-

terapeuta-paciente e se eles te recomendariam.

Depois ligue, marque a primeira consulta,

aproveite e faça as seguintes perguntas:

o Posso assistir ou participar das terapias total

ou parcialmente? (Gravei um vídeo sobre

isso, assista aqui)

o Como posso medir os resultados da terapia?

o O que posso fazer em casa?

o Quantas sessões você recomenda por

semana?

o Há quanto tempo você trabalha com

autismo?

o Qual abordagem você utiliza? Poderia me

explicar como ela funciona?

A partir disso, você pode tomar a decisão se

quer ou não continuar com o terapeuta.

Claro que ainda tem questões práticas

como: valor da sessão, planos de saúde,

localização, transporte e o seu orçamento.

Mas tenho duas boas notícias. Primeiro, o

plano é obrigado a disponibilizar a quantidade de

sessões que o médico prescrever.

Segundo, se você pagar particular, pode

pedir o reembolso integral e sem limites no

imposto de renda, converse com seu contador.

E A MEDICAÇÃO?

A pergunta que mais vejo nos grupos de

mães no Facebook: “Meu filho vai tomar tal

remédio, o filho de vocês já tomou? Como foi?”

É normal que as mães queiram saber se o

remédio vai fazer bem ou mal para o filho, porém

não existe nenhum medicamento para o autismo

e, sim, para seus sintomas. Por isso, se seu

médico receitar algum medicamento, você deve

lhe fazer as seguintes perguntas:

o Por que você está receitando esse

medicamento?

o Quais os efeitos colaterais?

o Como saber se o efeito colateral é apenas

temporário ou se devo suspender o remédio

imediatamente?

o Quanto tempo devo esperar para saber se

ele está dando resultado?

o Existe outra alternativa a esse

medicamento?

Se você não se sentir segura das respostas,

fale isso para o médico. Você também pode

procurar outra opinião.

Mas já te adianto, é normal nas duas

primeiras semanas a criança ficar um pouco

sonolenta.

Você pode até não dar o medicamento e

procurar uma nova opinião, mas nunca comece,

suspenda ou mude a dosagem do medicamento

por conta própria. NUNCA! Sempre que você

pensar em fazer isso, fale com seu médico.

A IMPORTÂNCIA DOS PAIS

Vou te contar uma coisa: Só levar seu filho

para as terapias não funciona!

Durante anos atendendo e avaliando

centenas de crianças no meu consultório e no

serviço público, eu aprendi o seguinte: o

tratamento do autismo é um tripé.

Um tripé formado por terapia, escola e

família; os 3 tem que estar alinhados e

trabalharem juntos; quanto mais eles estão

alinhados, maiores são os resultados das terapias.

Essa é uma das principais diferenças dos

tratamentos que avançam e dos que estagnam.

Se você está aqui lendo este e-book, eu sei

que você quer ajudar seu filho a avançar no

tratamento, mas tem um detalhe muito

importante que muita gente não olha: a família é

quem mais sofre mudanças com o diagnóstico e

é a que menos recebe suporte e preparação para

isso.

Você sabe do que eu estou falando. Você

passou por isso, sabe da dificuldade, do choque

que é receber o diagnóstico de autismo. É muito

forte!

Durante a gravidez, você planeja todo o

futuro da criança e quando recebe o diagnóstico,

tudo aquilo que você planejou cai por terra, é

preciso mudar todas as expectativas, os sonhos

morrem, é como se o filho morresse. É o luto!

Deste momento em diante, a mãe ou o pai

vai ficar sempre comparando e sofrendo

comparações. Não só entre seu filho e crianças

típicas ("Ele nunca vai acompanhar"), mas com

outros autistas, principalmente mais leves.

Ainda tem a falta de apoio de quem não

entende nada de autismo. Muitas vezes, a própria

família fala: "Ah, você que não sabe educar o seu

filho." "Ele não tem nada, isso é coisa da sua

cabeça". Você junta toda a pressão psicológica do

diagnóstico com a falta de preparação e apoio.

Pense comigo: nós, terapeutas, e os

professores estudamos muito para fazer nossa

parte. Nós fazemos graduação, pós, mestrado,

dezenas de cursos para poder atender o seu filho,

mas vocês, pais, não.

Não existe uma graduação em paternidade

e uma pós em ser pai de uma criança autista. E

você é a peça mais importante do tratamento.

Afinal, cada terapeuta passa 1, 2 horas por

semana com seu filho. O professor fica mais

tempo, porém divide a atenção com outras 20, 30

crianças. Por isso, você precisa se preparar,

aprender, se capacitar para ajudar seu filho em

casa também.

REDE DE APOIO

Você não precisa passar por tudo isso

sozinho. O autismo é difícil, mas não precisa

acabar com você!

Você precisa ter um suporte, uma rede de

apoio em quem possa confiar, desabafar e pedir

ajuda. E você não é fraco por isso, pelo contrário,

se torna ainda mais forte.

E quem pode fazer parte dessa rede?

Ela deve ser compostas por pessoas da sua

confiança. Podem ser sua família ou amigos mais

próximos. O importante é que você possa contar

com eles nos momentos de dificuldade, que te

levem para cima ou que possam cuidar do seu

filho uma noite quando você quiser sair para um

programa de casal ou com amigos.

Se forem pais de crianças autistas, melhor

ainda. Eles passam por dificuldades bem

parecidas com as suas e você ainda vai poder

ajudá-los da mesma forma.

O QUE FAZER EM CASA

“Carla, já entendi que eu tenho que fazer

minha parte, mas como eu posso fazer isso?”

A resposta é: brincando!

A brincadeira é a melhor forma de

aprendizado para a criança, pois ela aprende na

prática, vivenciando as experiências e se

divertindo. Além de ser extremamente eficaz, a

brincadeira é facilmente aprendida pelos pais

“Ah, Carla, mas eu não sei brincar com meu

filho, eu não sou criativo...”

Lembre-se que todo adulto já foi criança um

dia, apesar de alguns esquecerem disso.

No próximo capítulo, eu vou te contar

algumas brincadeiras que eu utilizo no

consultório e que você pode fazer em casa.

Construir um quadro de rotina vai te ajudar

bastante a organizar a brincadeira com seu filho.

Recomendo que você separe um ou mais

momentos todos os dias para que você brinque

com seu filho. Pode ser 20, 30 minutos por dia. O

mais importante é que seja com qualidade.

COMO BRINCAR COM RESPEITO

E como fazer uma brincadeira com

qualidade?

Separei alguns pontos que você pode

observar para ter uma brincadeira de forma mais

efetiva possível.

Primeiro, esteja por inteiro. Não adianta

nada você brincar 3 horas por dia com seu filho

se você fica pegando no celular, olhando a TV ou

preocupado com outras coisas.

Aposto que, se eu te perguntar qual a coisa

mais importante da sua vida, você irá me dizer

que é seu filho. Então dê tal importância. Separe

um momento e fique 100% com ele.

Segundo, siga os interesses do seu filho.

Você não precisa impor uma brincadeira, deixe

que a criança mostre o que ela quer. “Ah, Carla,

mas meu filho não gosta de nada!” Gosta sim,

acredite. Se você não souber o que ele gosta,

pare e observe.

Alguns pacientes meus não gostam de

brinquedo nenhum. Eu paro, observo e vejo que

eles gostam de pular, por exemplo. Eu posso

trabalhar várias habilidades por meio disso. Posso

colocar músicas e criar um jogo onde a criança

tem que parar quando pausar a música, assim

trabalho o contato visual e compreensão de

comandos.

E lembre-se, o brinquedo é apenas um

meio, o verdadeiro objetivo é interagir com seu

filho. Você tem que ser mais interessante do que

qualquer brinquedo.

E, por fim, não teste a criança. Ninguém

gosta de ser testado, principalmente em um

momento de diversão. E quando a criança

percebe que está sendo testada, ela não vai

responder como você queria.

Uma cena clássica: A mãe brinca com a

criança e de repente ela fala “azul”. A mãe toda

feliz começa a perguntar para a criança várias

vezes: “Que cor é essa?” A criança pode até saber

que é azul, mas ela vai achar chato e não vai falar.

Faça de forma natural, sem parecer um

teste. Deixe que a criança guie a brincadeira. Eu

sei que pode parecer muito difícil, eu mesma me

pego testando meus pacientes às vezes. Mas se

observe e quando cometer esse erro, corrija-se.

Aos poucos você vai pegando o jeito.

DICAS DE BRINCADEIRAS

Agora vou te ensinar algumas brincadeiras

que eu utilizo no consultório e ensino para meus

alunos e pais dos meus pacientes. Elas vão te

ajudar a interagir melhor com seu filho.

Bolhas de Sabão

Essa é uma brincadeira muito simples e

barata. Ela é ótima para trabalhar o contato

visual. Mas não é simplesmente fazer as

bolhinhas. Você precisa trabalhar a expectativa.

Conte de 1 até 3 alterando a entonação e

fazendo caras e bocas. “É 1, é 2, é 3 e...”, aí você

para e espera a reação da criança, depois

continua “e jaaaaá!!” e solta as bolhinhas.

Cócegas

Outra brincadeira para trabalhar o contato

visual, principalmente para crianças com poucos

interesses. Novamente trabalhe com a

expectativa contando de um até 3 e partindo

para as cócegas.

É muito importante que você olhe nos olhos

e incentive essa troca de olhares. De vez em

quando, faça uma quebra de expectativas não

fazendo as cócegas, para que a criança pare e te

peça para fazer.

Fazendinha

Essa é uma ótima brincadeira para trabalhar

a atenção compartilhada e o vocabulário.

Comece com animais que a criança já tem

contato, como cachorro, gato, vaca e cavalo. Aos

poucos, você pode introduzir novos animais que

ela ainda não conhece.

Se seu filho ainda não fala, comece pelas

onomatopeias. Por exemplo: “Como é que a vaca

faz?” Deixe um espaço para ele responder e

depois você faz: “Muuuuuuu!”

Caixa Mágica

Você também pode trabalhar a expectativa

e surpresa, colocando os brinquedos dentro de

uma caixa e pegando-os um por um.

“O que será que vem agora?”

Se você quiser fazer com os animais fica

ótimo, porque você já pode fazer os sonzinhos

deles quando tirá-los da caixa: “É o cachorro!

Como ele faz? Auau Auau!”. E também pode

combinar com as cócegas tornando a brincadeira

ainda mais divertida e interessante para a criança.

Músicas

A maioria das crianças ama música e ela é

ótima para trabalhar várias habilidades, como a

troca de turnos, por exemplo.

Você pode pegar as músicas preferidas do

seu filho junto com ele revezando quem fala.

Você canta um trecho e deixa para ele completar

a última palavra ou sílaba, a depender do nível de

linguagem que ele tenha. “Iam navegando pelo

rio abaixo quando o jacaré se aproxi...” “...mou!”

Fique à vontade para teatralizar, usar

fantoches ou instrumentos, isso vai enriquecer

ainda mais a brincadeira.

Você pode ver mais brincadeiras como

essas em meu canal. Clique aqui para assistir!

MENSAGEM FINAL

Gostaria de te agradecer por ler este e-

book até o final. Ele foi escrito com muito carinho

para você e espero que ele tenha te ajudado a

entender melhor o autismo. Espero também que

você coloque em prática as dicas que dei aqui,

pois, não adianta nada ler livros, assistir aulas e

fazer cursos, se você não aplicar o que aprendeu.

Se você quiser aprender mais sobre o

autismo e como você pode ajudar seu filho,

conheça meu Blog e meu canal no YouTube.

Se este e-book gratuito já te ajudou, te

convido a participar da próxima turma do meu

curso Parentalidade Autista na Prática. Nele, eu

me aprofundo muito mais e dou ainda mais dicas

práticas de como treinar os pais.

Não é um simples curso sobre autismo, é

uma nova forma dos pais enxergarem e

interagirem com seus filhos.

REFERÊNCIAS

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Manual

diagnóstico e estatístico de transtornos mentais:

DSM-5. Porto Alegre: Editora Artmed, 2014

AUTISM SPEAKS. Disponível em:

<www.autismspeaks.org>. Acesso em: 10 nov.

2018

GRANDIN, Temple; PANEK, Richard. O Cérebro

Autista: 5. ed. Rio de Janeiro: Editora Record,

2016

OMS. ICD 11 - 6A02 Autism spectrum disorder.

Disponível em: < https://icd.who.int/browse11/l-

m/en#/http%3a%2f%2fid.who.int%2ficd%2fentity

%2f437815624>. Acesso em: 10 dez. 2018

WERNER, Andréa. Lagarta Vira Pupa: 2. ed. São

Paulo: Viva Books Editora, 2018