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Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium
Araçatuba / SP
ESTEIRA TRANSPORTADORA
Elaborado por:
Alan da Silva Neves
Felipe Oliveira
Higor Mendes Luna
Juan Marques Simão
Luiz Fernando S. Casati
Rafael Rosseto Aguiar
Araçatuba – SP
2018
ESTEIRA TRANSPORTADORA
Trabalho desenvolvido através da matéria de
Sistemas de Movimentação e Transportes.
Centro Universitário Católico Salesiano
Auxilium
UniSalesiano- Araçatuba
Araçatuba – SP
2018
ESTEIRA TRANSPORTADORA
- Relatório (Graduação- Engenharia Mecânica)
UniSalesiano – Centro Universitário Salesiano Auxilium – SP – 2018
1. ESTEIRA TRANSPORTADORA
4
ESTEIRA TRANSPORTADORA
Acadêmicos:
Alan da Silva Neves RA: 203017
Felipe Oliveira RA: 203796
Higor Mendes Luna RA: 203722
Juan Marques Simão RA: 204136
Luiz Fernando S. Casati RA: 204539
Rafael Rosseto Aguiar RA:203001
Trabalho sobre soldagem oxicombustível/acetileno.
Orientador:
Prof° Fernando Eguía
Centro Universitário Católico Salesiano
Auxilium UniSalesiano- Araçatuba
_________________________________
Prof.:
Instituição:
Data:
Dedicatória
Dedicamos este trabalho a Deus em primeiro lugar, nossos familiares, professores
e a todos que nos ajudaram durante as pesquisas.
Agradecimentos
Primeiro, gostaríamos de agradecer a Deus, pela motivação nossa de cada dia,
pela vontade de aprender que Ele nos deu e que fez com que cada integrante do grupo, se
dedicasse à coleta de informações e pesquisas, que foram de fundamental ajuda neste curto
período que tivemos para realizar o estudo.
Segundo, gostaríamos de agradecer aos nossos familiares pelo apoio dado para
que na corrida pelo conhecimento, nunca nos deixaram desviar a rota e estiveram firmes
para que nunca desistíssemos.
Gostaríamos de agradecer também ao Prof. Fernando Eguía, pelo espaço aberto
em aula para a exposição do tema proposto.
LISTA DE FIGURAS
FIGURA 1: ESTEIRA TRANSPORTADORA. ........................................................................................................... 12
FIGURA 2: LINHA DE PRODUÇÃO DA FORD UTILIZANDO ESTEIRAS. ................................................................. 13
FIGURA 3: SISTEMAS ATUAIS DE ESTEIRAS UTILIZADOS EM LINHAS DE PRODUÇÃO. ...................................... 13
FIGURA 4: FILME TEMPOS MODERNOS DO CINEASTA CHARLIE CHAPLIN, DE 1936. ....................................... 14
FIGURA 5: ESTEIRA EMPREGADA NA CIDADE DE PARIS. ................................................................................... 15
FIGURA 6: ESTEIRA UTILIZADA PARA TRANSPORTE DE PASSAGEIROS. ............................................................. 16
FIGURA 7: ESTEIRA UTILIZADA NA INDÚSTRIA. ................................................................................................. 16
FIGURA 8:COMPONENTES DOS TAMBORES. ..................................................................................................... 19
FIGURA 9: TAMBOR DE ACIONAMENTO MONTADO EM MANCAL. .................................................................. 19
FIGURA 10: ROLETE CATENÁRIA. ....................................................................................................................... 20
FIGURA 11: DIVERSOS MATERIAIS E PARTICULARIDADES DE CORREIAS LONADAS. ......................................... 21
FIGURA 12: MOTOREDUTOR COM FREIO. ........................................................................................................ 22
FIGURA 13: ESTICADORES DE CORREIA. ............................................................................................................ 22
FIGURA 14: TRIPPER EM MOVIMENTO, REALIZANDO O DESCARREGAMENTO DA CARGA. ............................. 23
FIGURA 15: ESTEIRA PLANA .............................................................................................................................. 24
FIGURA 16: ESTEIRA INCLINADA. ...................................................................................................................... 25
FIGURA 17: ESTEIRA DE TOLETES MANUAL....................................................................................................... 26
FIGURA 18: ESTEIRA DE ROLETE AUTOMATIZADA. ........................................................................................... 26
FIGURA 19: ESTEIRA DE ROLETES FLEXÍVEL. ...................................................................................................... 27
FIGURA 20: ESTEIRA MAGNÉTICA COM MAGNETISMO FORA DA CORREIA. .................................................... 28
FIGURA 21: ESTEIRA MAGNÉTICA COM MAGNETISMO NA CORREIA. .............................................................. 28
FIGURA 22: ESTEIRA TRANSPORTADORA CÔNCAVA EM MINERADORA. .......................................................... 29
FIGURA 23: ESTEIRA COM MESA DE VÁCUO DA EMPRESA MADDZA. .............................................................. 30
FIGURA 24: COMPONENTES DE UMA ESTEIRA ................................................................................................. 31
FIGURA 25: ROLAMENTO E MANCAL EM BOM ESTADO ................................................................................... 32
FIGURA 26: ROLAMENTO E ENGRENAGENS EM MÁS CONDIÇÕES ................................................................... 32
FIGURA 27: REALIZAÇÃO DA LEITURA DA TEMPERATURA DO MOTOR COM A CÂMERA TERMOGRÁFICA. ..... 33
FIGURA 28: REALIZAÇÃO DE MANUTENÇÃO PREVENTIVA COM A TROCA DE ROLAMENTOS .......................... 34
FIGURA 29: SITUAÇÃO INESPERADA COM A QUEBRA DE ALGUM EQUIPAMENTO .......................................... 35
FIGURA 30: SITUAÇÃO INESPERADA COM A QUEBRA DE ALGUM EQUIPAMENTO 2 ....................................... 35
FIGURA 31: ESTEIRA CURVA .............................................................................................................................. 37
FIGURA 32: ESTEIRAS TRANSPORTADORAS PARA LAVAGEM DE LARANJAS ..................................................... 38
FIGURA 33: ESTEIRA PARA MINÉRIO. ................................................................................................................ 39
FIGURA 34: ESTEIRA DE ROLETES KNAPP. ......................................................................................................... 39
FIGURA 35: ESTEIRA DE ELEVAÇÃO. .................................................................................................................. 40
FIGURA 36: EXPULSOR DOS TOMATES ACIONADO POR CILINDRO PNEUMÁTICO ........................................... 42
FIGURA 37: UNIDADE ÓPTICA QUE FAZ A LEITURA DA COR E ENVIA SINAL PARA O CILINDRO PNEUMÁTICO
SER ACIONADO ........................................................................................................................................ 43
SUMÁRIO
1. OBJETIVOS .............................................................................................................................. 11
2. INTRODUÇÃO ......................................................................................................................... 12
3. HISTORIA ................................................................................................................................. 15
4. NR 11 .......................................................................................................................................... 17
5. COMPONENTES ...................................................................................................................... 18
5.1. TAMBORES .................................................................................................................. 18
5.2. ROLETES ...................................................................................................................... 19
5.3. CORREIAS .................................................................................................................... 20
5.4. FREIOS .......................................................................................................................... 21
5.5. ESTICADORES ............................................................................................................. 22
5.6. TRIPPER ........................................................................................................................ 23
6. TIPOS DE ESTEIRA ................................................................................................................ 23
6.1. ESTEIRA PLANA ......................................................................................................... 23
6.1.1. ESTEIRA HORIZONTAL ........................................................................................... 24
6.1.2. ESTEIRA INCLINADA .............................................................................................. 24
6.2. ESTEIRA DE ROLETES ............................................................................................... 25
6.2.1. ESTEIRA DE ROLETES MANUAL .......................................................................... 25
6.2.2. ESTEIRA DE ROLETES AUTOMATIZADO ........................................................... 26
6.3. ESTEIRA DE ROLETE FLEXÍVEL ............................................................................. 27
6.4. ESTEIRA MAGNÉTICA............................................................................................... 27
6.4.1. ESTEIRA MAGNÉTICA COM MAGNETISMO FORA DA CORREIA .................. 27
6.4.2. ESTEIRA MAGNÉTICA COM MAGNETISMO NA CORREIA ............................. 28
6.5. ESTEIRA DE CORREIA CÔNCAVA .......................................................................... 29
6.6. ESTEIRA COM MESA DE VÁCUO ............................................................................ 29
7. MANUTENÇÃO DE ESTEIRAS ............................................................................................ 31
7.1. TIPOS DE MANUTENÇÃO ......................................................................................... 32
7.1.1. MANUTENÇÃO PREDITIVA ................................................................................... 32
7.1.2. MANUTENÇÃO PREVENTIVA ............................................................................... 33
7.1.3. MANUTENÇÃO CORRETIVA.................................................................................. 34
8. SEGURANÇA E ADEQUAÇÕES DA NR12.......................................................................... 36
9. ADEQUAÇÕES DE ESTEIRAS AO LAYOUT ..................................................................... 37
9.1. ESTEIRA TRANSPORTADORA ESPECIAL.............................................................. 37
9.2. ESTEIRA PARA LAVAGEM DE LARANJA .............................................................. 37
10. MERCADO ................................................................................................................................ 39
10.1. ESTEIRA TRANSPORTADORA DE MINÉRIO ......................................................... 39
10.2. ESTEIRAS TRANSPORTADORAS DE ROLETES .................................................... 39
10.3. ESTEIRAS TRANSPORTADORAS ELEVATÓRIAS ................................................ 40
11. INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS ........................................................................................... 41
11.1. FUNÇÃO DA ESTEIRA ............................................................................................... 41
11.2. SELECIONADORA DE TOMATES ATRAVÉS DA COR. ........................................ 41
11.2.1. DESCRIÇÃO ............................................................................................................. 42
11.2.2. FUNCIONAMENTO ................................................................................................. 42
12. CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 44
13. REFERENCIAS ........................................................................................................................ 45
11
1. OBJETIVOS
O presente relatório tem o objetivo de expor características de funcionamento,
componentes, tipos, manutenção, segurança e adequações dos sistemas de esteiras rolantes.
Bem como citar normas sobre o assunto. Expondo as informações de maneira a contribuir
com o aprendizado do assunto.
12
2. INTRODUÇÃO
Os sistemas de esteiras transportadoras são comumente utilizados em indústrias,
distribuidores e em outros setores onde haja a necessidade de transportar objetos de um
lugar para outro. Esses sistemas podem utilizar motores elétricos ou simplesmente utilizar a
gravidade para se movimentar.
Figura 1: Esteira transportadora.
São bastante eficazes em linhas de produção onde os operadores ou sistemas
auxiliares atuam sobre os objetos que estão passando, realizando ações para concluir a
confecção dos mesmos.
13
Figura 2: Linha de produção da Ford utilizando esteiras.
Figura 3: Sistemas atuais de esteiras utilizados em linhas de produção.
Com a sua popularização, diversos modelos foram desenvolvidos, sendo necessária
a criação de normas técnicas para ser seguidas em sua utilização e fabricação.
15
3. HISTORIA
Os indícios dos projetos das primeiras esteiras rolantes datam do século XVII.
Porém, não existem fontes para definir seu criador exato.
Sabe-se que 1871 foi realizada a primeira patente para transporte de pessoas pelo
inventor Alfred Speer.
Em 1893 foi implantada a primeira esteira para transporte de pessoas na cidade de
Chicago com capacidade para transportar até 31.680 pessoas por hora. Porém, um incêndio
no ano seguinte a destruiu e ela não foi reconstruída.
Em 1900, Speer e Max Schmidt, desenvolveram um outro modelo de esteira para
ser apresentada em Paris para tentar atrair investidores, porém a manutenção duvidosa, a
incerteza de seu funcionamento em dias de chuva ou neve e a confiabilidade de transportes
da época como ônibus e trens urbanos colocou o projeto em stand by.
Figura 5: Esteira empregada na cidade de Paris.
Após cerca de 50 anos, com o grande aumento da circulação de pessoas nas áreas
urbanas reconsideraram-se a utilização de esteiras, sendo essas, agora, empregadas para
pequenos trajetos, diferentes das anteriores no passado. Tal esteira foi fabricada pela
Goodyear.
16
Figura 6: Esteira utilizada para transporte de passageiros.
A aplicação das esteiras rolantes foi crucial a revolução industrial. Seu emprego na
manufatura de produtos agilizou todo o processo fabril dando melhores rendimentos e
agilidade na produção.
De lá para cá sua empregabilidade só tem aumentado, sendo, principalmente,
empregada na indústria pela facilidade de utilização, manutenção e custo/benefício.
Figura 7: Esteira utilizada na indústria.
17
4. NR 11
Em relação a conformidade em sua utilização na indústria, está prevista para tal a
Norma Regulamentadora 11, que prevê “transporte, movimentação, armazenagem e
manuseio de materiais”.
Como a norma abrange uma alta gama de transportadores, tais como elevadores,
içadores, guindastes e etc. Podemos destacar alguns pontos para a utilização da esteira:
11. 1.3 – Todos os equipamentos devem ser dimensionados de acordo com o seu
uso, devendo, por tanto, suportar os materiais acima colocados.
11. 1.3.1 – Roldanas devem ter atenção redobrada quanto a quebras e devem ser
substituídas imediatamente.
11. 1.3.2 – Deverá ter um indicação de carga máxima permitida.
11. 1.7 – Deverá possuir alerta sonoro contra panes.
Por se tratar de um sistema muito simples e de baixíssimo índice de acidentes o
relacionando, não há normas específicas para sua produção.
18
5. COMPONENTES
5.1. TAMBORES
Os tambores, são elementos importantes num transportador de correia. Está
diretamente ligado com a transmissão de potência, dobras, desvios e retorno da correia.
É possível encontrar os seguintes tipos de tambores no mercado:
Acionamento – serve para transmitir o torque;
Retorno – serve para auxiliar no retorno da correia;
Esticador – serve para dar tensão à correia e absorver seus esticamentos;
Dobra – serve para auxiliar nos desvios de direção das correias;
Encosto – serve para aumentar o ângulo de contato do tambor de
acionamento.
Seus componentes principais são:
1 – Corpo;
2 – Discos laterais;
3 – Discos centrais;
4 – Cubos;
5 – Elementos de transição de torque (chaveta);
6 – Eixo;
7 – Mancais;
8 – Revestimento.
19
Figura 8:Componentes dos tambores.
Figura 9: Tambor de acionamento montado em mancal.
5.2. ROLETES
Rolete é um conjunto de rolos, que possuem a capacidade de girar no seu próprio
eixo, usados para suportar e girar as correias transportadoras. Normalmente se dividem em
oito tipos, sendo eles:
Rolete de carga: aonde se apoia o trecho carregado da correia;
Rolete de retorno: aonde se apoia o trecho de retorno da correia;
Rolete de impacto: localizados estrategicamente nos pontos de impacto de
cargas, são destinados a absorver o choque do material com a correia;
20
Rolete auto alinhador: dotado de mecanismo giratório acionado pela correia
transportadora de modo a controlar o seu desalinhamento da correia;
Rolete de transição: apresentam uma possibilidade de variação do ângulo de
inclinação dos rolos laterais para sustentar, guiar e auxiliar a transição da correia entre
roletes e tambor;
Rolete de retorno com anéis: constituídos de borracha, tem o objetivo de
evitar o acúmulo do material que eles transportam e promover o desprendimento do
material aderido à correia;
Rolete espiral: rolo com formato espiral, destinado a promover o
desprendimento do material aderido à correia;
Rolete em catenária: rolos suspensos e dotados de interligações articuladas
entre si.
Figura 10: Rolete catenária.
5.3. CORREIAS
Das definições mecânicas, uma correia é uma cinta de material flexível, responsável
pela transmissão de força e movimento entre polias ou engrenagens. No cenário industrial,
as correias não só são utilizadas para transmitir força e movimento, como também uma
versão mais larga, usualmente conhecida como correia lonada, é colocada entre dois
21
cilindros (tambores), com certo grau de estiramento, sendo utilizada como transportador.
São as esteiras transportadoras de lona.
Uma das grandes vantagens da utilização da correia como transportadora, além do
custo, é a possibilidade de limpeza da mesma, uma vez que haja a possibilidade de contato
direto do produto final com a correia, devido à sua limpeza, não haverá riscos de
contaminação.
As cores mais utilizadas também definem o ambiente aonde serão inseridas, como
por exemplo, correias pretas, verdes e azuis são direcionadas para produtos em que o
contato com o produto não gerará riscos de contaminação. Já as de cor branca, são
destinadas à indústria alimentícia e farmacêutica, uma vez que em sua composição há
produtos que auxiliam na não proliferação de bactérias.
Figura 11: Diversos materiais e particularidades de correias lonadas.
5.4. FREIOS
Na maioria das esteiras transportadoras de correia, o freio utilizado é o próprio freio motor
do acionamento. O freio é necessário para evitar a continuidade da descarga do transportador, uma
vez que dependendo da carga, da inclinação do transportador e do atrito entre carga e correia, a
carga não iria parar após o desligamento do sistema.
22
Figura 12: Motoredutor com freio.
Para os sistemas de rolete, o freio é formado por uma alavanca que retira o atrito entre os
roletes e a correia de atrito, levantando os mesmos e freando o sistema.
5.5. ESTICADORES
A principal função do esticador é garantir a tensão conveniente para o acionamento da
correia, e, além disso, absorver as variações no comprimento da correia causadas pelas mudanças de
temperatura, oscilações de carga, tempo de trabalho, etc.
Figura 13: Esticadores de correia.
23
5.6. TRIPPER
Tripper é uma ferramenta muito interessante, instalada nos transportadores de
correia. O tripper faz o papel de um elevador de descarga, que se movimenta por toda a
extensão do transportador com o intuito de realizar a descarga em mais de um ponto.
Uma analogia que pode ser feita com o Tripper, é sua semelhança com uma
colheitadeira de cana-de-açúcar, pois a mesma acompanha a plantação e vai descarregando
diretamente nas carretas de transbordo.
Figura 14: Tripper em movimento, realizando o descarregamento da carga.
6. TIPOS DE ESTEIRA
6.1. ESTEIRA PLANA
A esteira plana é o tipo de esteira mais comum encontrada nos ambientes
industriais. Tem uma gama enorme de aplicações, além de uma infinidade de formas de
construção.
24
6.1.1. ESTEIRA HORIZONTAL
Mesmo que o nome seja esteira plana, o que nos remete ao sentido de horizonte
plano, a esteira plana pode assumir as direções necessárias à necessidade da indústria.
Temos a esteira horizontal, que é a mais utilizada, constituída basicamente de dois ou mais
tambores para poder manter a correia esticada, roletes para poder guiar a correia e um
motor para tracionar o conjunto.
Figura 15: Esteira plana
6.1.2. ESTEIRA INCLINADA
Temos também a esteira inclinada, que devido à inclinação, caso haja a necessidade,
são instalados alguns degraus no corpo da correia, para poder guiar o produto que será
elevado.
25
Figura 16: Esteira inclinada.
6.2. ESTEIRA DE ROLETES
Uma das grandes vantagens da esteira de roletes é que eles podem ser parafusados
na estrutura ou apenas inseridos em furos laterais porque existe no mercado roletes de eixo
retrátil. Neste caso, a esteira de roletes ganha uma facilidade adicional para sua manutenção
pois os roletes podem ser encaixados e desencaixados com muita rapidez.
Outra condição importante da esteira de roletes é a possibilidade de ser projetada
para fazer curvas. Se for o caso, existem roletes cônicos próprios para curvas, que visam a
compensar o espaçamento maior do lado oposto da curva.
É possível empurrar caixas ou mercadorias pesadas com grande facilidade, com um
mínimo de esforço sobre uma mesa ou esteira de roletes, pois o coeficiente de arrasto é
muito menor que sobre qualquer outra superfície.
6.2.1. ESTEIRA DE ROLETES MANUAL
É muito comum a colocação de uma esteira de roletes ao lado do funcionário que
faz alguma operação (montagem, embalagem, por ex.) e empurra o produto ou a caixa para
26
o lado sobre a esteira de roletes - sem o menor esforço - de tal sorte que a próxima empurra
a anterior e assim sucessivamente.
Figura 17: Esteira de toletes manual
6.2.2. ESTEIRA DE ROLETES AUTOMATIZADO
A automatização das esteiras de rolete é necessária quando não pode haver total
ação da gravidade na total extensão da esteira. Auxilia principalmente em curvas, devido ao
atrito dos produtos com os roletes.
Figura 18: Esteira de rolete automatizada.
27
6.3. ESTEIRA DE ROLETE FLEXÍVEL
Uma das grandes facilidades deste tipo de esteira, é a sua flexibilidade. A esteira
flexível tem a capacidade de se adequar ao ambiente em que ela será inserida, fazendo
curvas, podendo variar sua altura apenas com regulagem de seus rodízios e uma das
grandes sacadas, sua estrutura é dobrável e móvel.
Figura 19: Esteira de roletes flexível.
6.4. ESTEIRA MAGNÉTICA
A esteira magnética é uma adaptação à uma esteira transportadora comum,
podendo ser constituída de duas formas:
6.4.1. ESTEIRA MAGNÉTICA COM MAGNETISMO FORA
DA CORREIA
Com o magnetismo fora da correia, uma placa magnética é instalada
na parte interior da esteira e captura os itens magnetizados pela placa, a
correia os transporta até seu destino e quando não há mais o campo
magnético sustentando os itens, os mesmos se desprendem da correia e são
depositados no seu destino.
28
Figura 20: Esteira magnética com magnetismo fora da correia.
6.4.2. ESTEIRA MAGNÉTICA COM MAGNETISMO NA
CORREIA
Neste caso, a própria correia é magnetizada para que os objetos não caiam ou não se
desorganizem durante seu trajeto.
Figura 21: Esteira magnética com magnetismo na correia.
29
6.5. ESTEIRA DE CORREIA CÔNCAVA
As esteiras de correia côncava são muito utilizadas onde há a necessidade
de se transportar itens à granel, minérios e produtos com formatos granulares.
Devido ao seu formato, permite o transporte sem que o material deslize para
fora do transportador, criando uma parede que não o deixa cair.
Figura 22: Esteira transportadora côncava em mineradora.
Como pode ser visto na figura 15 acima, o minério é deposito no
transportador, que é apoiado sobre roletes inclinados, em fora de “V”, em que a
correia adota o formato dos roletes, e com o peso da carga, se assenta na parte
inferior dos roletes.
6.6. ESTEIRA COM MESA DE VÁCUO
A esteira com mesa de vácuo tem sua utilização com produtos de
pequenas massas, em que a fixação no transportador é necessária, podendo
facilmente forças externas a soprarem para fora de determinada ordem.
31
7. MANUTENÇÃO DE ESTEIRAS
Manutenção é a ação de manter, sustentar, consertar ou conservar alguma coisa ou
algo.
A manutenção de uma esteira tem de ser considerada uma questão muito
importante, garantido total confiabilidade no equipamento através de um conjunto de ações
a serem tratadas, por exemplo, inspeções periódicas, levantamento de informações,
materiais em estoque, planejamento para a execução do trabalho e execução do trabalho.
O manutentor tem de observar vários componentes em uma inspeção de uma esteira,
por exemplo, desgaste da esteira, folga de rolamentos e mancais, aquecimento do
motorredutor, componentes de transmissão (correias, correntes, engrenagens), lubrificação,
estrutura e vários outros componentes.
Figura 24: Componentes de uma esteira
A visão do manutentor tem de ser diferenciada, para conseguir identificar possíveis
falhas que possam comprometer um bom funcionamento do equipamento.
32
Figura 25: Rolamento e mancal em bom estado
Figura 26: Rolamento e engrenagens em más condições
Negligenciando a manutenção pode se tornar caro, a esteira pode tornar-se
imprevisível, podendo ter quebras quando você mais precisa dele, com a manutenção em
dia você é capaz de planejar o serviço e fazer uma programação para realizar os trabalhos
sem ter nenhuma parada durante o funcionamento.
7.1. TIPOS DE MANUTENÇÃO
7.1.1. MANUTENÇÃO PREDITIVA
Baseada na condição de componentes ou equipamentos, como exemplo,
aquecimento do motor elétrico, vibração presente no equipamento, contaminação dos
lubrificantes nos rolamentos e redutores, essas análises são feitas através de aparelhos
específicos para fazer a leitura e disponibilizar o diagnóstico correto, pode ser feito com
análise de vibração em motores e redutores, verificação de temperatura do motor e redutor
com a câmera termográfica, análise dos lubrificantes em rolamentos e redutores.
33
Figura 27: Realização da leitura da temperatura do motor com a câmera termográfica.
7.1.2. MANUTENÇÃO PREVENTIVA
Esse tipo de manutenção é baseado pelo tempo através de informações coletadas
durante a operação ou em manuais técnicos.
Ela previne possíveis quebras que podem acontecer durante a operação do
equipamento.
Geralmente essa manutenção já tem um período pré-determinado, como inspeção
dos rolamentos e mancais, desgaste da esteira, desgaste das engrenagens, etc.
34
Figura 28: Realização de manutenção Preventiva com a troca de rolamentos
7.1.3. MANUTENÇÃO CORRETIVA
A manutenção corretiva consiste no conserto do equipamento, substituindo a peça
que está quebrada ou com falha por outra que faça com que volte a funcionar corretamente,
corrigindo o problema.
Essas quebras imprevistas pode vir trazer muito prejuízo para a empresa, deixando
de produzir, muita perda de tempo e atrasos, como exemplo, queima de motor, quebra de
esteira, quebra do redutor ou rolamento, durante a operação.
35
Figura 29: Situação inesperada com a quebra de algum equipamento
Figura 30: Situação inesperada com a quebra de algum equipamento 2
36
8. SEGURANÇA E ADEQUAÇÕES DA NR12
A NR12 foi criada em 1978 para garantir a segurança do trabalhador perante o uso
de máquinas e equipamentos. Essa norma possui todo tipo de informação sobre as
máquinas e equipamentos desde instalação, utilização e até a correta manutenção dos
mesmos.
A esteira, por ser um sistema transportador, também se encaixa nas exigências da
NR12. Algumas exigências previstas são:
12.85 - Os movimentos perigosos dos transportadores contínuos de
materiais devem ser protegidos, especialmente nos pontos de esmagamento,
agarramento e aprisionamento formados pelas esteiras, correias, roletes,
acoplamentos, freios, roldanas..;
12.87 - Os transportadores de materiais somente devem ser utilizados
para o tipo e capacidade de carga para os quais foram projetados; (NR12 -1978)
Existem medidas coletivas aplicadas nesse sistema para manter a segurança do
trabalhador, como instalações de proteções físicas e botão de parada de emergência. Outra
coisa exigida é o treinamento do colaborador, todos que forem envolvidos na operação das
esteiras devem estar devidamente treinados. Também para evitar possíveis acidentes com
falhas técnicas, deve ser feita a manutenção com responsabilidade e planejamento. O
empregador deve fornecer os EPI’s descritos nas NR’s 7 e 9 necessários para a operação
segura da máquina.
Para se adequar a NR12 deve se manter atualizado alguns documentos, como:
Inventário de máquinas;
Planta baixa;
Análise de risco;
Diagnóstico;
Plano de ação;
Manual de operação e manutenção;
A empresa que não se adequar a NR12 poderá sofrer penalidades aplicadas pelo
MTE, desde notificações para a adequação, até multas de altos valores.
37
9. ADEQUAÇÕES DE ESTEIRAS AO LAYOUT
9.1. ESTEIRA TRANSPORTADORA ESPECIAL
Esse tipo de esteira curva é desenvolvida de acordo com a necessidade do setor em
que ela vai atuar. Nessa esteira pode ser feito transporte de medicamentos, grãos,
cosméticos e demais produtos, são usadas em setores em que há a necessidade de proteção
de peças pequenas, já que sua carenagem é própria para isso, facilitando a limpeza da
mesma. A esteira transportadora curva, tem a capacidade de se adaptar a espaços pequenos
de produção, onde a logística industrial precisa ser pensada e elaboradora com o objetivo de
otimizar espaços e melhorar o fluxo produtivos.
Figura 31: Esteira curva
9.2. ESTEIRA PARA LAVAGEM DE LARANJA
As esteiras transportadoras para lavagem de laranjas são desenvolvidas de acordo
com a necessidade de cada cliente, buscando a otimização dos processos com qualidade e
alto custo benefício. Essas esteiras são estruturadas para resistir grandes escalas de
produção, suportando cargas pesadas e com continuidade de operação, permitindo que na
produção os processos sejam ágeis e seguros otimizando os trabalhos e aumentando a
lucratividade. São construídas com metal de alta resistência e tratadas contra ferrugem além
de pintura eletrostática para evitar a contaminação dos produtos frente à continua exposição
de umidade e calor
39
10. MERCADO
10.1. ESTEIRA TRANSPORTADORA DE MINÉRIO
Figura 33: Esteira para minério.
10.2. ESTEIRAS TRANSPORTADORAS DE ROLETES
Figura 34: Esteira de Roletes Knapp.
41
11. INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS
Atualmente as esteiras hoje tem uma grande função no processo de automação de
uma indústria para vários processos, pois elas podem ser montadas em um projeto
juntamente com sensores (ópticos, magnéticos, indutivos e mecânicos) e outros elementos
como exemplo, os atuadores (pneumáticos, servomotores), para um processo totalmente
automatizado, sem nenhuma mão de obra humana para realizar o trabalho.
11.1. FUNÇÃO DA ESTEIRA
A esteira tem a função de transportar qualquer peça ou produto para o seu destino
onde tenha um sensor para fazer a leitura, assim enviando um sinal para o atuador realizar
algum trabalho, como exemplo, fazer seleção e separação de produtos por cores, tamanho,
também para posicionar produto em um lugar específico para fazer qualquer tipo de
trabalho, realizar contagem de números de peças, entre outras funções.
11.2. SELECIONADORA DE TOMATES ATRAVÉS DA COR.
42
11.2.1. DESCRIÇÃO
Com sistema de visualização por sensores ópticos e resolução de 25 mm, o modelo
20 C possui capacidade de seleção de 30 t/h, bem como largura total de leitura de 500 mm.
É provida de sistema de ejeção mecânico/pneumático com ar lubrificado, pressões de 5 a 6
bar e velocidade de 50 a 70 m/min, tendo alimentação de 400 V, 50/60 Hz e potência de até
1,5 kW.
11.2.2. FUNCIONAMENTO
O equipamento é programado para separar corpos com uma determinada cor, assim
que o corpo passa em frente aos sensores, os sensores identificam a sua cor, se for de cor
“verde” (no caso específico de tomate verde), enviará um sinal para os cilindros acionarem
assim descartando o tomate verde que não será utilizado naquele processo.
Figura 36: Expulsor dos tomates acionado por cilindro pneumático
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Figura 37: Unidade óptica que faz a leitura da cor e envia sinal para o cilindro pneumático ser
acionado
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12. CONCLUSÃO
É possível concluir através do presente relatório, o quão importante é a presença de
esteiras em nossa vida, seja através de um simples passeio ao shopping, auxiliando no
transporte de pessoas, ou até mesmo na indústria, auxiliando no transporte de produtos e em
processos de fabricações dos mais diversos. Onde se dimensionadas corretamente, podem
acelerar em muito todos os processos.
Conclui-se também a importância da adequação das esteiras as normas vigentes
como a NR 11 e 12 que preveem parâmetros para manter a segurança dos usuários ao
utiliza-las bem como orientar sobre o dimensionamento e aplicação das esteiras nos mais
variados projetos.
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13. REFERENCIAS
<http://www.topcomponentes.com.br/blog/2017/06/21/o-que-sao-esteiras-
transportadoras/> Acesso em 01/04/2018.
<http://www.leverengenharia.com.br/consultoria-transporte-vertical/esteiras-
rolantes.html> Acesso em 01/04/2018.
<http://www.esteiratransportadora.com.br/esteira-transportadora-inclinada-de-
alimentacao.html> Acesso em 01/04/2018.
<http://www.mfrural.com.br/produtos.aspx?categoria3=485&nmoca=maquinas-
equipamentos-maquinas-equipamentos-agricolas-esteiras-transportadoras> Acesso em
01/04/2018.
<http://www.leverengenharia.com.br/consultoria-transporte-vertical/esteiras-
rolantes.html> Acesso em 01/04/2018.
<http://www.guiatrabalhista.com.br/legislacao/nr/nr11.htm> Acesso em 01/04/2018.