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UNIVERSIDADE CATÓLICA DE PERNAMBUCO PRÓ-REITORIA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM FINANÇAS CORPORATIVAS ESTRATÉGIA DE INVESTIMENTO EM AÇÕES COM ELEVADAS TAXAS DE CRESCIMENTO FERNANDO JOSÉ VIEIRA TORRES RECIFE 2006

Estrategia de Investimentos Groth Stock

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  • UNIVERSIDADE CATLICA DE PERNAMBUCO

    PR-REITORIA DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSO

    CURSO DE ESPECIALIZAO EM FINANAS CORPORATIVAS

    ESTRATGIA DE INVESTIMENTO EM AES COM ELEVADAS

    TAXAS DE CRESCIMENTO

    FERNANDO JOS VIEIRA TORRES

    RECIFE 2006

  • 2

    FERNANDO JOS VIEIRA TORRES

    ESTRATGIA DE INVESTIMENTO EM AES COM ELEVADAS

    TAXAS DE CRESCIMENTO

    RECIFE 2006.

    Monografia apresentada como requisito parcial obteno do ttulo de Especialista em Finanas Corporativas, pela Universidade Catlica de Pernambuco, sob a Orientao do Prof. Luiz Fernando.

  • 3

    LISTA DE TABELAS

    TABELA 1 - Empresas com ndice Peg inferior a 1 no perodo de 1995/2000 41

    TABELA 2 - Empresas que obtiveram um crescimento acumulado do lucro Superior

    a 101% no perodo de 1995/2000

    42

    TABELA 3 - Empresas que obtiveram um crescimento acumulado da receita

    operacional lquida superior a 61% no perodo de 1995/2000

    43

    TABELA 4 - Empresas selecionadas pelo filtro do risco no perodo de 1995/2000 44

    TABELA 5 - Empresas que passaram por todos os filtros no perodo de 1995/2000

    para compor a carteira terica

    45

    TABELA 6 - Carteira terica montada no perodo de 2000/2005 46

    TABELA 7 Retorno mdio da carteira terica montada no perodo de 2000/2005 47

  • 4

    RESUMO

    O estudo da administrao financeira muito amplo, e bastante complexo, visto

    que, na maioria das vezes lidamos com valores considerveis, basicamente tal estudo se

    resume s estratgias de: financiamento, polticas de dividendos e estratgias de investimento.

    Cada vez mais, notamos que a prtica de investimento em aes cresce no nosso

    pas, sendo assim achamos por bem, abordar tal assunto nesta monografia, para tal nos

    baseamos em dois autores consagrados: Assaf Neto com a sua obra Finanas Corporativas e

    Valor e Aswath Damodaran com o livro Mitos de Investimentos.

    Comeamos traando um breve perfil do nosso mercado e como ele funciona,

    partimos para uma anlise das possveis estratgias de investimento em aes, para depois nos

    focarmos em uma e aplicarmos a estratgia detalhada atravs da montagem de uma carteira

    terica e depois comparamos o seu desempenho com a carteira de mercado.

  • 5

    SUMRIO

    INTRODUO 7 1. DEFINIO DO PROBLEMA 9

    1.1 Objetivo geral 9

    1.2 Objetivo especfico 9

    2. REFERENCIAL TERICO 10

    2.1 Sistema financeiro nacional 10

    2.2 Ativos financeiros 11

    2.3 Mercado de aes 12

    2.4 Bolsa de valores 14

    2.4.1 Operao a vista 15

    2.4.2 Negociao 15

    2.4.3 Formas de negociao 16

    2.4.4 Horrio de negociao 16

    2.4.5 Tipos de ordem de compra ou venda 17

    2.4.6 Liquidao 18

    2.4.7 Custos de transao 18

    2.4.8 Tributao 19

    2.4.9 Combinaes com outros mercados 19

    2.4.10 Participao no mercado de aes 19

    2.5 Estratgias de investimento em aes 20

    2.5.1 Paradigmas de investimentos 20

    2.5.2 Checando a veracidade 21

    2.5.3 Principais indicadores de anlise de aes e de desempenho 22

    2.5.3.1 Lucro por ao (LPA) 22

    2.5.3.2 ndice preo/lucro (PL) 23

    2.5.3.3 Retorno sobre o patrimnio lquido (ROE) 23

    2.6 Estratgia de investimento em aes com elevadas taxas de crescimento

    resultar em rendimentos acima do mercado

    24

    2.6.1 O paradigma 24

    2.6.2 Crescimento e valor 25

    2.6.2.1 Crescimento numa valorao pelo fluxo de caixa descontado 25

  • 6

    2.6.2.3 O valor do crescimento num modelo de fluxo de caixa descontado 27

    2.6.2.4 O valor do crescimento numa valorao relativa 30

    2.7 Analisando as evidncias 31

    2.7.1 Estratgia do PL elevado 31

    2.7.2 Estratgias de crescimento a preo razovel (GARP) 32

    2.8 O mercado 33

    2.9 O valor do crescimento 34

    2.10 Identificando empresas de crescimento 35

    3. METODOLOGIA 37

    3.1 Filtrando o risco 37

    3.2 Critrio para seleo das aes 38

    3.3 Fontes de informao 38

    3.4 Perodo analisado 39

    3.5 Testes aplicados para verificao das hipteses 39

    3.5.1 Filtros de preo 40

    3.5.2 Filtros de crescimento 42

    3.5.3 Sustentabilidade do crescimento 43

    3.5.4 Exposio ao risco 44

    3.5.5 Crescimento de alta qualidade 45

    3.6 Montagem da carteira 46

    3.6.1 Ibovespa acumulado 47

    3.6.2 Comparao com o mercado 47

    CONCLUSO 49

    REFERNCIAS 50

  • 7

    INTRODUO

    O mundo das finanas um dos mais complexos e interessantes de se entender e

    conseqentemente conhecer, dentre as vrias faces ou maneiras que teramos para abordar

    escolhemos o investimento em aes, que por se tratar de um tipo de investimento bem

    difundido e utilizado, principalmente em economias estveis e tambm pelas chamadas

    economias emergentes, vem a ser um dos tpicos mais importantes da administrao

    financeira.

    Onde temos como principal objetivo maximizao da riqueza, e como funes

    bsicas s funes de: investimento, financiamento e poltica de dividendos.

    Escolhemos para anlise uma estratgia de investimento em aes que se baseia

    em investir em empresas de crescimento, esperando que tal crescimento resulte em ganhos

    elevados para os investidores dessas aes. A complexidade da estratgia se d pelo fato

    identificar as empresas de crescimento, analisar se tais empresas so rentveis a ponto de

    compensar o preo que ser pago por estas aes no mercado, j que por se tratar de aes de

    crescimento tendem a possuir um valor de mercado um pouco maior que as demais, alm

    disso, preciso analisar como essas empresas esto crescendo, ou seja, a qualidade do seu

    crescimento.

    Na primeira parte da Monografia destacamos, a problematizao em questo e

    nossos objetivos a serem alcanados. Na segunda parte fazemos uma breve introduo do que

    vem a ser o Sistema Financeiro Nacional e seus principais componentes, depois expomos os

    tipos de estratgias de investimento em aes e qual iremos abordar (estratgia de

    investimento em aes de crescimento).

    Na metodologia passamos a aplicar os conhecimentos que foram apresentados no

    decorrer do texto, seguindo as orientaes do autor. Aps essa parte passamos para checar a

  • 8

    viabilidade da estratgia analisada, onde ao compararmos os resultados obtidos com os

    objetivos propostos, chegamos concluso se tal estratgia vivel ou no da maneira que ela

    colocada ou se precisa de alguma adaptao para a nossa realidade econmica.

  • 9

    1. DEFINIO DO PROBLEMA

    A estratgia de investimento em aes com elevadas taxas de crescimento

    resultar em rendimentos acima da carteira de mercado?

    1.1 Objetivo Geral

    Montar uma carteira que obtenha uma rentabilidade acima do mercado.

    1.2 Objetivo Especfico

    Descrever uma estratgia de investimento em aes com elevadas taxas de

    crescimento.

    Identificar empresas com aes de crescimento.

    Montar uma carteira terica aplicando tal estratgia.

    Analisar a viabilidade da estratgia comparando com a carteira de mercado.

  • 10

    2. REFERENCIAL TERICO

    2.1 O Sistema financeiro nacional

    Com o constante desenvolvimento do mundo moderno exige-se a formao de

    uma parcela de renda no consumida, o que chamamos de poupana, que tem o objetivo de

    financiar os investimentos necessrios para o setor produtivo da economia.

    Segundo Assaf Neto. O Sistema Financeiro Nacional (SFN) constitudo por um

    conjunto de instituies financeiras, na captao de recursos, distribuio e transferncia de

    valores entre os agentes econmicos1.

    O Conselho Monetrio Nacional (CMN) o rgo mximo do SFN, no

    desempenhando funes executivas e tendo uma funo normativa bsica e de definio das

    diretrizes do SFN, visando formular toda a poltica de moeda e crdito da economia.

    Apresentando como rgos normativos o Banco Central do Brasil (BACEN) e a

    Comisso de Valores Mobilirios (CVM). Estas duas instituies (juntamente com o CMN)

    so responsveis pelo funcionamento do mercado e suas instituies. Tendo como principais

    atribuies:

    BACEN: Atua como um organismo fiscalizador do mercado financeiro, gestor do

    sistema financeiro e executor da poltica monetria do governo.

    CVM: Tem por responsabilidade bsica o controle e o fomento do mercado de

    valores mobilirios, abrangendo trs setores do mercado.

    Instituies financeiras.

    Companhias de capital aberto emitentes de ttulos e valores mobilirios.

    Investidores.

    1 ASSAF NETO, Alexandre. Finanas corporativas e valor. 2. ed. So Paulo: Atlas, 2005.p.66

  • 11

    Os recursos financeiros entre investidores, agentes capazes de gerar poupana

    para investimentos, e captadores, agentes carentes de capital, so efetuados atravs de uma

    transferncia de recursos financeiros realizada pelo que chamamos de intermedirios

    financeiros, tendo como principais exemplos:

    Bancos comerciais/mltiplos.

    Bancos de investimentos.

    Sociedades de arrendamento mercantil.

    Sociedades de crdito, financiamento e investimento.

    Associaes de poupana e emprstimos.

    2.2 Ativos financeiros

    Os ativos financeiros encontrados no mercado esto divididos em renda fixa ou

    renda varivel. Os de renda fixa so ativos em que os rendimentos esto previamente

    conhecidos pelo seu titular. Podendo ser classificados em:

    Prefixados: Os juros totais so definidos por todo o perodo da operao,

    independentemente do comportamento da economia.

    Ps-fixados: Somente uma parcela dos juros fixa, sendo a outra atrelada a

    algum indexador.

    No Brasil encontramos, como principais ativos financeiros de renda fixa:

    Certificados de Depsitos Bancrios (CDB), Debntures, Caderneta de Poupana, Fundos de

    Investimento em Renda Fixa, Letras de Cmbio e Letras Hipotecrias. Tais ttulos apresentam

    riscos em relao inadimplncia do emitente do papel e flutuaes nas taxas de inflao e

    nas taxas de juros do mercado.

  • 12

    J os ativos financeiros de renda varivel, tm seu rendimento definido com base

    no desempenho apresentado pela instituio emitente. Citando como exemplo uma ao, tal

    ao ter o seu rendimento influenciado pelos lucros obtidos pela empresa emissora.

    2.3 Mercado de aes

    Uma ao a menor parte do capital social de uma empresa e reflete a

    participao dos acionistas no capital social. Podendo ser encontrada de duas formas:

    Aes Ordinrias: Proporcionam aos seus titulares o direito de voto em

    assemblias gerais de acionistas e participao nos lucros mediante o recebimento de

    dividendos.

    Aes Preferenciais: No possuem direitos a voto, oferecendo em contrapartida

    algumas vantagens, como a prioridade no recebimento dos dividendos e preferncia no

    reembolso de capital em caso de dissoluo da sociedade.

    As aes esto divididas em:

    "Blue chips" ou de 1 linha: So aes de grande liquidez e procura no mercado

    de aes por parte dos investidores, em geral de empresas tradicionais, de grande porte/

    mbito nacional e excelente reputao.

    De 2 linha: So aes um pouco menos lquidas, de empresas de boa qualidade,

    mas de maior risco relativamente s "blue chips", em geral de grande e mdio porte,

    tradicionais ou no. Seus preos so mais baixos e costumam ser mais sensveis aos

    movimentos de mercado de baixa que aos de alta (isto , sobem depois das "blue chips" e

    caem antes);

  • 13

    De 3 linha: So aes com pequena liquidez, em geral de companhias de mdio e

    pequeno porte - porm no necessariamente de menor qualidade e maior risco relativamente

    s de 2 linha -, cuja negociao caracteriza-se pela descontinuidade.

    De privatizao: So aes de companhias colocadas no mercado atravs de

    leiles do Programa Nacional de Desestatizao (PND). Algumas das companhias em

    processo de privatizao podem j ter suas aes negociadas em Bolsas de Valores, antes

    mesmo de aquele ser completado, tendendo a incrementar sua liquidez aps a concluso do

    mesmo.

    De acordo com Assaf Neto. As aes so emitidas sob forma nominativa,

    representada por uma cautela (certificado) cuja movimentao exige sua entrega averbao

    em livro prprio da sociedade emitente, indicando o nome do novo acionista; e escritural, em

    que no h a emisso de cautela e, em conseqncia, qualquer movimentao fsica de

    papis2.

    As principais vantagens dos acionistas so:

    Dividendos.

    Juros sobre o capital prprio.

    Bonificao.

    Valorizao.

    Direitos de Subscrio.

    2 ASSAF NETO, Alexandre. Finanas corporativas e valor. 2. ed. So Paulo: Atlas, 2005.p.69

  • 14

    2.4 Bolsa de Valores

    Segundo Assaf Neto. As bolsas de valores so entidades fsicas, constitudas sob

    a forma de associaes civis sem fins lucrativos, com responsabilidades e funes de interesse

    pblico. As sociedades corretoras so instituies membros das bolsas de valores, habilitadas

    para operar em seus preges por conta prpria e determinada por seus clientes, por meio de

    negociaes com ttulos e valores mobilirios3.

    As bolsas de valores existem para proporcionar liquidez aos ttulos, permitindo

    que as negociaes sejam realizadas no menor tempo possvel, a um preo justo de mercado,

    formado pela lei de oferta e procura.

    Os preges podem ser de duas maneiras:

    Fsicos: Quando as negociaes so realizadas nas instalaes fsicas da prpria

    bolsa.

    Eletrnicos: Quando as operaes so realizadas por via eletrnica.

    No Brasil, temos como principal bolsa de valores a Bovespa (Bolsa de Valores de

    So Paulo), onde esto disponveis trs mercados: a vista, a termo e de opes. Que diferem

    da seguinte forma:

    Mercado a vista: A entrega dos ttulos do vendedor ao comprador efetuada no

    segundo dia til aps o fechamento do negcio em bolsa, j o comprador deve pag-lo no

    decorrer do terceiro dia til aps a negociao.

    Mercado a termo: A liquidao ocorre em prazos diferentes, geralmente, 30, 60

    ou 90 dias, sendo exigida uma cauo tanto do comprador como do vendedor.

    Mercado de opes: Opera com negociaes com preos preestabelecidos. Por

    exemplo: o comprador/vendedor de uma opo de compra/venda de aes adquire, at a data

    3 ASSAF NETO, Alexandre. Finanas corporativas e valor. 2. ed. So Paulo: Atlas, 2005.p.70

  • 15

    limite da operao, o direito de comprar/vender o lote de aes. Para a compra de uma opo

    o investidor paga um prmio ao vendedor e, no caso de no ser interessante exercer seu direito

    de compra ou de venda, ele perde o valor pago pelo prmio, podendo tal fato ocorrer antes da

    data limite da operao.

    2.4.1 Operao a vista

    a compra ou venda de uma determinada quantidade de aes, a um preo

    estabelecido em prego. Assim, quando h a realizao de um negcio, ao comprador cabe

    arcar com o valor financeiro envolvido na operao, sendo que o vendedor deve fazer a

    entrega dos ttulos-objeto da transao, nos prazos estabelecidos pela Bovespa e pela

    (CBLC), Companhia brasileira de liquidao e custdia.

    2.4.2 Negociao

    A realizao de negcios no mercado a vista requer a intermediao de uma

    Sociedade Corretora que poder executar, em prego, a ordem de compra ou venda de seu

    cliente, por meio de um de seus representantes (operadores), ou ainda autorizar seu cliente a

    registrar suas ordens no sistema eletrnico de negociao do MEGA BOLSA, utilizando para

    isso o Home Broker da Corretora.

    possvel acompanhar o andamento das operaes a vista, durante todo o prego,

    por meio da rede de terminais da BOVESPA, dos terminais de um Vendor de informaes,

    do servio de videotexto da Telefnica e da rede nacional ou internacional de telex, bem

    como por telefone, pelo servio disque Bovespa. Alm disso, tambm possvel acompanhar

    as informaes relevantes sobre os negcios vista no site da bovespa e aps o encerramento

  • 16

    das negociaes, no (BDI) Boletim Dirio de Informaes da Bovespa e nos jornais de

    grande circulao.

    2.4.3 Formas de negociao

    Na Bovespa existem duas formas alternativas de negociao com aes:

    Viva voz: Os representantes das Corretoras apregoam suas ofertas de viva voz,

    especificando o nome da empresa, o tipo da ao e a quantidade e preo de compra ou de

    venda. No prego viva voz, so negociadas apenas as aes de maior liquidez.

    Sistema eletrnico de negociao: um sistema que permite s Sociedades

    corretoras cumprir as ordens de clientes de seus escritrios. Pelo sistema eletrnico de

    negociao, a oferta de compra ou venda feita por meio de terminais de computador. O

    encontro das ofertas e o fechamento de negcios so realizados automaticamente pelos

    computadores da Bovespa.

    Desde 29/03/99, tambm entrou em operao um novo conceito de atendimento e

    de realizao de negcios no mercado acionrio: o Home Broker. O Home Broker um

    moderno canal de relacionamento entre os investidores e as Sociedades Corretoras, que torna

    ainda mais gil e simples as negociaes no mercado acionrio, permitindo o envio de ordens

    de compra e venda de aes pela Internet, e possibilitando o acesso s cotaes, o

    acompanhamento de carteiras de aes, entre vrios outros recursos.

    2.4.4 Horrio de negociao

    Viva voz das 10h s 13h e das 14h s 17h.

    Eletrnico das 10h s 17h15 (ininterruptamente).

  • 17

    2.4.5 Tipos de ordem de compra ou venda

    Ordem a Mercado O investidor especifica somente a quantidade e as

    caractersticas dos valores mobilirios ou direitos que deseja comprar ou vender. A Corretora

    dever executar a ordem a partir do momento que receb-la.

    Ordem Administrada O investidor especifica somente a quantidade e as

    caractersticas dos valores mobilirios ou direitos que deseja comprar ou vender. A execuo

    da ordem ficar a critrio da Corretora.

    Ordem Discricionria Pessoa fsica ou jurdica que administra carteira de

    ttulos e valores mobilirios ou um representante de mais de um cliente estabelecem as

    condies de execuo da ordem. Depois de executada, o ordenante ir indicar:

    O nome do investidor (ou investidores).

    A quantidade de ttulos e/ou valores mobilirios a ser atribuda a cada um deles.

    O preo.

    Ordem Limitada A operao ser executada por um preo igual ou melhor que

    o indicados pelo investidor.

    Ordem Casada O investidor define a ordem de venda de um valor mobilirio

    ou direito de compra de outro, escolhendo qual operao deseja ver executada em primeiro

    lugar. Os negcios somente sero efetivados se executadas as duas ordens.

    Ordem de Financiamento O investidor determina uma ordem de compra ou

    venda de um valor mobilirio ou direito em determinado mercado e, simultaneamente, a

    venda ou compra do mesmo valor mobilirio ou direito no mesmo ou em outro mercado, com

    prazo de vencimento distinto.

  • 18

    Ordem On-Stop O investidor determina o preo mnimo pelo qual a ordem

    deve ser executada.

    Ordem On-Stop de compra: Ser executada quando, em uma alta de preos,

    ocorrer um negcio a preo igual ou maior que o preo determinado.

    Ordem On-Stop de venda: Ser executada quando, em uma baixa de preos,

    ocorrer um negcio a um preo igual ou menor que o preo determinado.

    2.4.6 Liquidao

    A liquidao das operaes realizadas no Bovespa efetuada pela CBLC, que

    tambm faz a guarda de ativos e se encarrega da atualizao e repasse dos preventos

    distribudos pelas companhias abertas.

    Todo processo de transferncia da propriedade dos ttulos e do

    pagamento/recebimento do montante financeiro envolvido intermediado pela CBLC.

    2.4.7 Custos de transao

    Sobre as operaes realizadas no mercado a vista, incidem a taxa de corretagem

    pela intermediao livremente pactuada entre o cliente e a Corretora e incidente sobre o

    movimento financeiro total (compras + vendas) das ordens realizadas em nome do investidor,

    por uma mesma Corretora e em mesmo prego os emolumentos e o Aviso de Negociaes

    com Aes (ANA), cobrado por prego em que tenham ocorrido negcios por ordem do

    investidor, independentemente do nmero de transaes em seu nome (esse aviso, no

    momento, est isento de custo por tempo indeterminado).

  • 19

    2.4.8 Tributao

    O ganho lquido obtido pelo investidor no mercado a vista tributado de 10% de

    imposto de renda, como ganho de renda varivel. O ganho de renda varivel calculado da

    seguinte forma: preo de venda menos preo de compra e menos custos de transao

    (corretagem taxa ANA e emolumentos).

    Pode tambm ser compensado o prejuzo obtido em outros mercados (ex: opes)

    no mesmo perodo, exceto operaes iniciadas e encerradas no mesmo dia, que somente

    podero ser compensados com ganhos em operaes da mesma espcie.

    2.4.9 Combinaes com outros mercados

    A realizao simultnea de uma operao no mercado a vista e outra em um

    mercado a prazo termo, futuro e opes possibilita montar uma srie de estratgias, tanto

    conservadoras como agressivas, dependendo da sua menor ou maior exposio ao risco.

    2.4.10 Participao no mercado de aes

    O investidor pode participar do mercado, basicamente, de duas maneiras:

    Individualmente: O interessado manifesta sua inteno a uma Sociedade

    Corretora, que ser a intermediria das negociaes. A relao das Sociedades Corretoras

    Membros pode ser obtida na Bovespa.

    Coletivamente: Os interessados adquirem cotas de clubes de investimentos o de

    fundos mtuos de aes.

  • 20

    2.5 Estratgias de investimento em aes

    2.5.1 Paradigmas de investimentos

    Para Damodaran. Os seres humanos tendem a ser convencidos mais facilmente

    por boas histrias do que por grficos e nmeros. O papo mais eficaz de venda para

    investidores uma histria atraente sustentada por evidncias de experincias pessoais.4

    Somos levados a crer que uma histria bem contada possui um poder de

    convencimento maior do que muitos dados reais, lgico dependendo do grau de

    convencimento do narrador.

    Quando falamos de estratgias de investimento em aes, devemos levar em

    considerao o tipo de investidor pra que ela se dispe, ou seja, as reais necessidades e

    objetivos do investidor. Porque como sabemos, dependendo do investidor existe a estratgia

    ideal para o mesmo.

    Podemos dividir os investidores em trs categorias:

    Avesso ao risco.

    Afeito ao risco.

    O ganancioso.

    Avesso ao risco: o tipo de investidor que se preocupa de maneira considervel

    com a varivel risco, ou seja, tem uma preocupao com relao ao grau de incerteza de que o

    retorno do seu investimento seja positivo.

    Afeito ao risco: o tipo de investidor que concentra um grau de preocupao

    maior no retorno do seu investimento em detrimento do grau de risco do investimento.

    4 DAMODARAN, Aswath. Mitos de investimentos. 1. ed. So Paulo: Pearson, 2006. p.1

  • 21

    Ganancioso: So os investidores que permitem acreditar obter algum retorno

    positivo do seu investimento a troco de nada.

    Para cada tipo de investidor podemos relacionar uma estratgia de investimento:

    Avesso ao risco: Aes com baixos mltiplos preo/lucro; Aes negociadas a

    um preo inferior ao valor patrimonial.

    Afeito ao risco: Aes de crescimento; Aes perdedoras.

    Gananciosos: Sem sinal nem risco, mas com grande lucro; Estratgias de

    impulso.

    2.5.2 Checando a veracidade

    Por se tratar de investimentos, e muitas vezes de quantias considerveis, no

    aconselhvel, tomarmos decises baseados somente em histrias contadas por outras pessoas

    de credibilidade um tanto que duvidosa.

    Da a necessidade de ns mesmos procurarmos checar, se tais afirmaes tm um

    fundo de verdade ou no, e mais se tais afirmaes possuem pontos fracos e como faze-lo

    para corrigi-lo.

    Por se tratar de estratgias, conceituadas ao longo de vrias dcadas, e

    conseqentemente, quando visualizadas a dinmica do mercado era outra, nada mais lgico

    do que uma necessidade de adaptao ao dias atuais.

    Na medida em que a estratgia for colocada, procuraremos levantar as suas

    vantagens e desvantagens, apontando maneiras de adaptar a estratgia, sempre com o intuito

    de melhor-la.

  • 22

    5.5.3 Principais Indicadores de anlise de aes e de Desempenho

    So indicadores que servem para avaliar os reflexos do desempenho da empresa

    sobre suas aes. Segundo Assaf Neto. So de grande utilidade para os analistas de mercado

    e acionistas (potenciais e futuros), como parmetros de apoio a suas decises de

    investimentos. De forma idntica, as cotaes de mercado so freqentemente sensveis aos

    resultados desses indicadores, podendo-se estabelecer inclusive tendncias futuras sobre sua

    maximizao5.

    2.5.3.1 Lucro por ao (LPA)

    Indica o lucro obtido por cada ao emitida pela empresa, ou seja, do lucro lquido

    obtido em determinado perodo, quanto determinado para cada ao.

    Tal ndice no indica o quanto cada acionista ir efetivamente receber de retorno

    na aplicao de seus capitais, ele indica a parcela de lucro lquido pertencente a cada ao,

    sendo a sua distribuio definida pela poltica de dividendos adotada pela empresa.

    5 ASSAF NETO, Alexandre. Finanas corporativas e valor. 2. ed. So Paulo: Atlas, 2005.p.114.

    LPA = Lucro Lquido Nmero de Aes Emitidas

  • 23

    2.5.3.2 ndice preo/lucro (PL)

    um dos quocientes mais tradicionais no processo de anlise de aes e muito

    utilizado pelos investidores. Evidencia a relao entre o preo de aquisio do ttulo e seu

    lucro unitrio anual.

    Na teoria ele indica o nmero de anos que um investidor levar para recuperar o

    valor pago pela ao. Tal indicador possui algumas restries:

    Seu resultado s vlido para a data de apurao, no servindo para perodos

    futuros.

    O LPA no distribudo integralmente, sendo assim o ndice PL de uma ao no

    ir revelar efetivamente o nmero de perodos necessrios para a recuperao do

    investimento.

    2.5.3.3 Retorno sobre o patrimnio lquido (ROE)

    Evidencia a rentabilidade sobre o montante que foi investido na empresa pelos

    acionistas, tal indicador encontrado da seguinte forma:

    PL = Preo de Mercado (Aquisio) da Ao Lucro por Ao (LPA)

    ROE = Lucro Lquido Patrimnio Lquido

  • 24

    2.6 Estratgia de investimento em aes com elevadas taxas de crescimento resultar em

    rendimentos acima do mercado

    2.6.1 O Paradigma

    Analisaremos se as aes com altas taxas de crescimento so indicadores ideais de

    valor e se uma estratgia de compra de aes com estas caractersticas certeza de um retorno

    positivo para o investidor. Um investidor que tivesse adquirido aes da Microsoft e da Cisco

    quando eram pequenas empresas em crescimento teria multiplicado seu investimento por 50

    em dez anos. Podemos afirmar que investimentos em aes com elevadas taxas de

    crescimento resultar em elevadas taxas de rentabilidade? No necessariamente, basicamente

    por dois motivos:

    O crescimento pode ser uma iluso.

    Nem todos os tipos de crescimento so iguais.

    De acordo com Damodaran. O papo de vendedor de aes surge facilmente em

    mercados otimistas, quando os investidores acreditam que o crescimento no s provvel,

    como tambm inevitvel. Em tempos assim, os investidores se dispem a escutar histrias de

    crescimento.6 Pelo menos sero ouvidos trs tpicos:

    Se quiser grandes payoffs*, compre aes de crescimento.

    6 DAMODARAN, Aswath. Mitos de investimentos. 1. ed. So Paulo: Pearson, 2006. p.58. * Retorno que o investimento proporciona.

  • 25

    Se voc comprar as aes de crescimento certas, no haver aumento do risco.

    Comprar aes de crescimento mais eficiente em termos fiscais.

    Se o investidor for afeito ao risco, ser atrada por aes de crescimento, uma

    verso mais moderada da mesma histria funciona para quem se preocupa em pagar demais

    por aes de crescimento. Se o investidor comprar essas aes a um preo razovel, o que vai

    receber como valor decorrente do maior crescimento mais do que cobrir o valor pago por

    elas. Tal estratgia chamada de GAR (crescimento a preo razovel).

    2.6.2 Crescimento e valor

    Logicamente, que uma empresa que cresa a uma taxa maior que as demais valem

    mais do que as outras, porque o crescimento est associado ao lucro. Na verdade o

    crescimento nem sempre est associado a um aumento da lucratividade, porque para que tal

    fato ocorra depende-se de outras variveis, para crescer mais rpido necessrio um maior

    percentual de reinvestimento na empresa, o que pode gerar uma distino entre, crescimento

    criador de valor e crescimento destruidor de valor, como veremos a seguir.

    2.6.2.1 Crescimento Numa Valorao pelo Fluxo de Caixa Descontado

    Ao procurarmos estimar o crescimento esperado do lucro de uma empresa, temos

    a tendncia a olhar para seu desempenho no passado e para o crescimento futuro

    (normalmente projetado por analistas que acompanham a empresa).

  • 26

    A maneira ideal de adicionarmos o crescimento ao valor da empresa levarmos

    em considerao o quanto (%) reinvestido na prpria empresa para crescimento futuro e a

    qualidade desse investimento.

    A taxa esperada de crescimento um produto (multiplicao) da taxa de

    reinvestimento e o retorno do capital que a empresa obtm.

    Podemos derivar essa frmula para o crescimento do lucro por ao ou do

    resultado lquido, usando medidas patrimoniais de quanto empresa reinveste e com que

    qualidade. Ex:

    Tal tpico importante para demonstrarmos que no existe crescimento sem

    custo, para crescer mais preciso reinvestir mais e conseqentemente diminui-se a

    disponibilidade para o rendimento sob a forma de dividendos ou recompra de aes. Atravs

    desta compreenso podemos distinguir o crescimento de cria valor e o que destri valor.

    Taxa esperada de crescimento = Tx. de reinvestimento * Retorno do capital do resultado Operacional

    Taxa esperada de crescimento = Tx. de reinvestimento * Retorno do patrimnio do resultado Operacional

  • 27

    2.6.2.3 O Valor do Crescimento num Modelo de Fluxo de Caixa Descontado

    Para atribuir um valor ao patrimnio, antes, precisamos estimar o quanto

    empresa precisar reinvestir para manter a sua taxa de crescimento. Com base nos seguintes

    dados:

    Resultado lquido esperado $100 milhes.

    Retorno do patrimnio 10%.

    Custo do patrimnio 10%.

    Taxa esperada de crescimento do lucro 3%.

    Taxa de reteno = Tx. esperada de cresc. do lucro para os acionista Retorno do Patrimnio

    A empresa possui uma taxa de reinvestimento de 30%, ou seja, 70% do seu lucro

    ser distribudo a cada ano. Ento o valor do patrimnio ser:

    Tr = 3 x 100 = 30% 10

    Valor do patrimnio = Resultado lquido x Taxa de payout (Custo do patrimnio Taxa esperada de crescimento)

  • 28

    O que aconteceria com o valor do patrimnio da empresa se no fosse esperado

    nenhum crescimento do lucro. Consideramos a taxa de reteno necessria para o crescimento

    de 0%.

    Ou seja, o crescimento dessa empresa no agrega nada ao valor do seu patrimnio.

    Por que o crescimento aumenta o lucro, mas no afeta o valor? s analisarmos a relao

    entre o retorno e o custo do patrimnio, se o retorno do patrimnio for igual ao custo do seu

    patrimnio, o que a empresa ganhar com o crescimento ser acrescido no quanto custa para

    obter esse crescimento.

    E quando o crescimento cria valor? Quando o retorno do patrimnio for superior

    ao custo do mesmo. Ex:

    Resultado lquido esperado 100 milhes.

    Admitamos que a empresa tivesse um retorno do patrimnio de 15%.

    O custo do patrimnio continue em 10%.

    Taxa esperada de crescimento do lucro 3%.

    Valor do patrimnio = 100 milhes x 0,70 = 1 bilho (0,10 0,03)

    Valor do patrimnio = 100 milhes x 1,0 = 1 bilho 0,10

  • 29

    O crescimento agrega valor empresa, porque a taxa de retorno do patrimnio

    superior ao custo do seu patrimnio.

    E quando o crescimento destri valor? Quando o retorno do patrimnio for

    inferior ao custo do mesmo. Ex:

    Resultado lquido esperado 100 milhes.

    Admitamos que a empresa tivesse um retorno do patrimnio de 6%.

    O custo do patrimnio continue em 10%.

    Taxa esperada de crescimento do lucro 3%.

    Tr = 3 x 100 = 20% 15

    Valor do patrimnio = 100 milhes x 0,80 = 1,143 bilho (0,10 0,03)

    Tr = 3 x 100 = 50% 6

    Valor do patrimnio = 100 milhes x 0,50 = 714 milhes (0,10 0,03)

  • 30

    Na maioria das vezes, tal relao ignorada pelos investidores, que se preocupam

    em demasia com o lucro contbil em detrimento da qualidade dos investimentos da empresa

    para a gerao do crescimento. Empresas que obtm um elevado crescimento do lucro so

    recompensadas com aumento do preo de suas aes, mas, em algum instante haver um

    acerto de contas que deixar para trs investidores frustrados.

    2.6.2.4 O Valor do crescimento numa valorao relativa

    Vrios investidores usam mltiplos como o preo/lucro ou o preo/valor

    patrimonial por ao para avaliar empresas no lugar do modelo de fluxo de caixa descontado.

    Uma empresa com maior taxa esperada de crescimento do lucro deve ser negociada a um

    mltiplo PL mais elevado do que as outras, mas se nem todas as variveis se mantiverem

    constantes, a relao entre PL e crescimento se complica.

    Ao compararmos duas empresas com taxas de crescimento e risco similares, mas

    com diferentes retornos de patrimnio, a empresa com maior taxa de retorno ser negociada a

    um mltiplo do lucro mais elevado, empresas com maiores retornos geram crescimento mais

    eficiente do que as que possuem um retorno inferior.

    Ao compararmos duas empresas com taxas de retorno do patrimnio e taxas de

    crescimento similares, mas com nveis de risco diferentes, espera-se que a mais arriscada seja

    negociada a um menor mltiplo do lucro, porque o maior risco leva a maiores taxas de

    desconto, reduzindo o valor do crescimento futuro.

  • 31

    Existe uma relao entre crescimento, retorno do patrimnio e risco, onde fica

    evidente que o investidor deve ter cautela na hora de avaliar se uma ao est subestimada ou

    no. A princpio uma ao negociada a um PL inferior a sua taxa esperada de crescimento,

    esta subestimada, tal afirmao correta quando tratarmos de uma ao de risco mdio, no

    se aplicando a aes de risco elevado.

    2.7 Analisando as evidncias

    Afinal, empresas de crescimento so investimentos melhores ou piores que as

    maduras? Alguns pesquisadores examinaram que aes com PL elevado obtiveram um

    rendimento elevado, na maioria das vezes tais aes tratavam-se de empresas de crescimento.

    Outros optaram por uma abordagem mais gradual, onde constataram, que aes com elevado

    crescimento do lucro e preo razovel tm desempenho superior ao do mercado.

    2.7.1 Estratgia do PL elevado

    A estratgia consiste em comprar aes com os maiores mltiplos PL do mercado,

    esperando que as mesmas sejam empresas de crescimento, aonde o crescimento venha a

    proporcionar rendimentos excedentes no futuro.

    Uma estratgia de compra de aes de baixo PL supera em rentabilidade as aes

    cujo mltiplo PL seja elevado.

    Se a estratgia de elevado PL obtm um resultado inferior ao de baixo PL qual o

    sentido de aplic-la?

  • 32

    Segundo Damodaran, A resposta est nos ciclos. Houve perodos prolongados

    durante os quais as aes de PL elevado parecem ter superado as de PL mais baixo. Por

    exemplo, investir em crescimento parece dar resultados muito melhores quando o crescimento

    do lucro no mercado est baixo, e investir em valor parece ser melhor quando o crescimento

    do lucro no mercado est baixo"7.

    Investir em crescimento d melhores resultados nos anos de baixo crescimento do

    lucro, isso se deve ao fato de aes de crescimento serem mais desejveis nesses perodos, j

    que so mais escassas, quando o crescimento do lucro no mercado baixo, h menos

    empresas com elevada expectativa de crescimento do lucro.

    Quando as taxas de juros de longo prazo so similares ou menores que as de curto

    prazo, investir em crescimento tambm mais interessante, em contrapartida investir em

    valor mais interessante quando as taxas de juros de longo prazo esto mais elevadas que as

    de curto prazo.

    2.7.2 Estratgias de crescimento a preo razovel (GARP)

    A estratgia consiste em comprar aes de alto crescimento cujo crescimento

    esteja sendo subestimado. Para encontrar tais aes, levou-se em considerao tanto o

    crescimento esperado quanto o preo atual da ao.

    A seguir abordaremos duas dessas estratgias: comprar aes com PL inferior

    taxa esperada de crescimento e comprar aes de baixo mltiplo PL de crescimento (PEG).

    PL inferior taxa de crescimento: Comprar aes negociadas a um mltiplo PL

    inferior taxa esperada de crescimento, uma ao com um mltiplo PL de 12 e a taxa

    7 DAMODARAN, Aswath. Mitos de investimentos. 1. ed. So Paulo: Pearson, 2006. p.63.

  • 33

    esperada de crescimento de 8% estaria superestimada, enquanto que outra ao com PL de 40

    e taxa esperada de crescimento de 50% estaria subestimada. Tal estratgia e fcil e de simples

    compreenso, mas perigosa por alguns motivos:

    Efeito taxa de juros, j que o crescimento cria lucro no futuro, o valor do

    crescimento um valor presente. O valor criado por qualquer taxa de crescimento ser maior

    quando as taxas de juros forem baixas do que com taxas de juros elevadas.

    Estimativas de taxa de crescimento, normalmente usa-se estimativas de taxas de

    crescimento de terceiros. Devemos levar em considerao as diferenas de qualidade entre as

    estimativas de crescimento de vrios analistas quanto a sua comparabilidade.

    Sob cenrios de baixas taxas de juros, poucas aes passam por estes filtros, da a

    necessidade de uma abordagem alternativa e com uma maior flexibilidade. O ndice PEG, que

    , a anlise da proporo entre o mltiplo PL e o crescimento esperado.

    2.8 O mercado

    As taxas de crescimento variam no mercado? O que seria uma taxa de crescimento

    elevada? Para responder a estas indagaes preciso analisar tanto o crescimento esperado do

    lucro quanto s taxas de crescimento esperadas futuras, para isso iremos comparar os

    mltiplos PL de empresas com diferentes taxas esperadas de crescimento.

    A taxa anual projetada de crescimento no pode ser verificada em empresas que

    no sejam acompanhadas por analistas e empresas que possuem um lucro negativo,

    considerando-se um perodo de no mnimo cinco anos. As taxas de crescimento variam

    conforme o tempo e com relao ao estado atual da economia como um todo, por exemplo:

  • 34

    num cenrio recessivo uma taxa esperada de crescimento de 15% ao ano considerada uma

    coisa extraordinria, enquanto que num cenrio de expanso uma taxa esperada de

    crescimento de 25% uma coisa considerada normal.

    2.9 O valor do crescimento

    Segundo Damodaran. O mercado valoriza o crescimento esperado do lucro, j

    que as empresas de alto crescimento tm mltiplos PL substancialmente mais elevados do que

    as empresas de crescimento baixo.8

    Ao adotarmos uma estratgia de comprar empresas com elevado crescimento do

    lucro, corremos o risco de pagar mltiplos do lucro muito elevados. Mesmo obtendo

    crescimento do lucro no est evidenciado de que sairemos ganhando por causa do alto preo.

    Da a importncia de procurarmos empresas que possuam um baixo ndice PEG,

    que pode ser considerada como uma estratgia de crescimento a preo razovel, empresas de

    maior crescimento no possuem um ndice PEG elevado, j que o preo no aumenta

    proporcionalmente ao crescimento.

    Ao criarmos uma carteira de crescimento elevado, aconselhvel a utilizao de

    filtros para no expor o investidor a pagar caro demais pelo crescimento, tais filtros foram:

    Crescimento esperado do lucro por ao nos prximos cinco anos superior a 15%.

    ndices PEG inferiores a 0,5.

    8 DAMODARAN, Aswath. Mitos de investimentos. 1. ed. So Paulo: Pearson, 2006. p.70.

  • 35

    Tal estratgia de investimento apresenta trs riscos. O primeiro a dificuldade de

    encontrar empresas cujo crescimento do lucro seja elevado em exerccios futuros. O segundo

    que o crescimento pode destruir valor se for gerado por investimentos em projetos de baixo

    rendimento. O terceiro que empresas de crescimento tambm esto expostas a riscos

    elevados anulando os benefcios do crescimento.

    5.10 Identificando empresas de crescimento

    Para identificar empresas de crescimento, normalmente nos baseamos no

    crescimento passado do lucro ou nas estimativas dos analistas do crescimento futuro, mas tais

    medidas esto sujeitas a limitaes.

    Crescimento passado e futuro do lucro: As taxas passadas de crescimento so

    teis para prever o crescimento futuro, mas existem dois problemas:

    As taxas passadas de crescimento no so bons indicadores, por serem

    extremamente volteis.

    As taxas de crescimento de lucro das empresas tendem a acompanhar a mdia do

    mercado, ou seja, taxas de crescimento acima da mdia do mercado tendem a cair at atingir a

    mdia, enquanto taxas de crescimento abaixo da mdia do mercado tendem a subir.

  • 36

    Estimativas de crescimento dos analistas: preciso confiar nas estimativas dos

    analistas. As informaes dos analistas so hoje de livre acesso para a maioria dos

    investidores, portanto poder-se-ia comprar aes com elevadas taxas esperadas de

    crescimento do lucro. Para tal estratgia gerar bons rendimentos, necessrio que:

    Os analistas precisam ser bem eficientes na previso de longo prazo do

    crescimento do lucro.

    O preo de mercado no pode refletir em excesso esse crescimento.

    De acordo com Damodaran. Alm dessas duas maneiras apresentadas, podemos

    usar o crescimento passado da receita como medida de crescimento em vez do crescimento do

    lucro. De modo geral, o crescimento da receita tende a ser mais persistente e previsvel do que

    o lucro porque as escolhas contbeis tm menor efeito sobre a receita do que sobre o lucro9.

    9 DAMODARAN, Aswath. Mitos de investimentos. 1. ed. So Paulo: Pearson, 2006. p.75.

  • 37

    3. METODOLOGIA

    3.1 Filtrando o risco

    As aes de crescimento tendem a ser mais volteis e de maior risco do que as

    empresas mais maduras. Empresas de alto crescimento possuem preos mais volteis e

    apresentam betas significamente mais elevados.

    Para filtrarmos uma carteira de alto crescimento a exposio excessiva ao risco,

    poderamos estabelecer os seguintes filtros:

    Eliminao das aes que possuem um desvio padro do preo maior que 80%.

    Eliminao das empresas que possuem betas maiores que 1,25.

    Eliminao das empresas que possuem um retorno sobre o patrimnio inferior a

    10%.

  • 38

    3.2 Critrio para Seleo das Aes

    A estratgia de investir em aes com altas taxas de crescimento precisa ser

    filtrada para que no se pague caro demais pelo crescimento, que a exposio ao risco no

    seja excessiva e que o crescimento seja de alta qualidade. Para atingir tais objetivos, foram

    pr-estabelecidos os seguintes filtros:

    Filtros de crescimento: Foram consideradas somente as empresas que possuam

    um crescimento projetado do lucro superior a 15%, tal medida eliminar empresas que no

    so acompanhadas por analistas.

    Filtros de preo: Foram consideradas somente as empresas que possuam

    mltiplos PL inferiores ao crescimento esperado do lucro (PEG menor que 1).

    Sustentabilidade do crescimento: Foram consideradas somente as empresas que

    possuam um crescimento de receita superior a 10% ao ano, porque empresas com elevado

    crescimento da receita no passado tm maiores chances de sustentar o crescimento no futuro.

    Exposio ao risco: Foram consideradas somente as empresas que possuam

    betas menores que 1,25 e desvio padro do preo da ao inferior a 80%.

    Crescimento de alta qualidade: Foram consideradas somente as empresas que

    possuam um retorno do patrimnio superior a 10% no ltimo exerccio fiscal.

    3.3 Fontes de informao

    Atravs do software economtica disponibilizado pela FINACAP (Consultoria

    Financeira e Mercado de Capitais).

  • 39

    3.4 Perodo analisado

    Definimos, como perodo de anlise o intervalo de dez anos, pois entendemos que

    quanto maior for o intervalo de tempo, conseqentemente obteramos um resultado o mais

    prximo possvel da realidade.

    3.5 Testes aplicados para verificao das hipteses

    Tomamos como base o perodo de 1995 a 2000, para detectarmos uma tendncia,

    depois consideramos o perodo de 2000 a 2005 para termos certeza de tal tendncia, da

    aplicamos o filtro especificado na ocasio.

    Na aplicao dos filtros, o tamanho da amostra era de 346 empresas que possuam

    aes negociadas na Bovespa no perodo de anlise. Somente consideramos empresas que

    aparecem no perodo completo da anlise, ou seja, que tiveram aes negociadas neste

    intervalo de 1995/2005. Ao final as empresas que passaram por estes filtros foram s

    escolhidas para a montagem da carteira.

    Montada a carteira terica somente com as empresas que passaram pelos filtros,

    comparamos a sua rentabilidade com a Bovespa em igual perodo, para verificarmos se

    superamos a mesma em rentabilidade.

  • 40

    3.5.1 Filtros de Preo

    De acordo com Damodaran. Uma ao com baixo ndice PEG considerada

    barata porque se est pagando menos pelo crescimento. O ndice PEG tido como uma

    medida neutra em termos de crescimento que pode ser usada para comparar aes com

    diferentes taxas esperadas de crescimento10.

    No modelo proposto, o mais indicado como taxa esperada de crescimento o

    lucro por ao. Uma ao com baixo ndice PEG considerada barata, porque se est pagando

    menos pelo crescimento, tal ndice considerado como uma medida neutra tem termos de

    crescimento que pode ser utilizada na comparao de aes como diferentes taxas esperadas

    de crescimento. Sendo indicado por alguns analistas somente a utilizao de aes que

    obtenham um ndice inferior a 1.

    Aplicando o filtro de preo, no perodo de 1995-2000, 142 empresas passaram por

    este filtro, enquanto que de 2000-2005 tal nmero aumentou para 242 empresas, como

    detalhamos a seguir:

    10 DAMODARAN, Aswath. Mitos de investimentos. 1. ed. So Paulo: Pearson, 2006. p.67.

    ndice PEG = Mltiplo PL Taxa Esperada de crescimento

  • 41

    Tabela 1 Empresas com ndice Peg inferior a 1 no perodo de 1995/2000 Acesita Cia Hering Gerdau Metal Leve Souza Cruz Acos Villares Coelba Gerdau Met Metisa Staroup Alfa Financeira Coelce Gradiente Millennium Sudameris Alfa Investimentos Comgas Granoleo Minupar Sultepa Alpargatas Confab Grazziotin Mont Aranha Suzano Papel Ambev Const Beter Guararapes Mundial Tecel.S.Jose Ampla Energ Copesul Hercules Net Tectoy Aracruz Coteminas Iguacu Cafe Nord Brasil Teka Arcelor BR D F Vasconc Inds Romi Nordon Met Telesp

    Avipal DHB Inepar Construcoes Pao de Acucar Tex Renaux

    Bahema Dimed Iochp-Maxion Paranapanema Trafo Banespa Dixie Toga Ipiranga Dist Perdigao Trevisa Banestes Docas Ipiranga Ref Petrobras Tupy Bardella Duratex Itausa Petroflex Unibanco Bco Itau Hold Finan Eletrobras Itautec Petropar Unipar

    Besc Eluma Karsten Petroquimica Uniao Usiminas

    Bic Caloi Embraer Klabin Pettenati Vale Rio Doce Bombril Escelsa Leco Plascar Varig Bradesco Estrela Light Politeno Vigor

    Brasil Eternit Lix da Cunha Portobello Votorantim C P

    Brasil Telecom Eucatex Loj Americanas Pronor Weg Braskem F Cataguazes Lojas Renner Randon Part Wetzel

    Brasmotor Fab C Renaux M&G Poliest Recrusul Whirpool

    Buettner Ferbasa Magnesita Sadia Wiest Cacique Fertibras Mangels Sam Industr Wlm Ind Com Celesc Fibam Marcopolo Saraiva Livr Yara Brasil

    Celg Forjas Taurus Marisol Schlosser

    Cemat Fosfertil Mendes Jr Sergen Cemig Fras-Le Merc Brasil Sid Nacional

  • 42

    3.5.2 Filtros de crescimento

    No universo de anlise, foram consideradas somente as empresas que obtiveram

    um crescimento acumulado do lucro superior a 101% no perodo de cinco anos.

    Das 142 empresas analisadas no perodo de 1995-2000 que passaram pelo filtro de

    preo, 48 passaram por este filtro, como detalhado:

    Tabela 2 - Empresas que obtiveram um crescimento acumulado do lucro superior a

    101% no perodo de 1995/2000

    Acos Villares Const Beter Guararapes Petrobras Alpargatas Docas Iochp-Maxion Petropar Arcelor BR Duratex Ipiranga Dist Politeno

    Bardella Eletrobras Itausa Souza Cruz Bco Ita Hold Finan Embraer Itautec Suzano Papel

    Bombril F Cataguazes Leco Trevisa Bradesco Fertibras Lix da Cunha Tupy

    Brasil Fibam Mangels Unibanco Cacique Forjas Taurus Mendes Jr Vale do Rio Doce Celesc Fostertil Metal Leve Votorantim C P Coelce Fras-Le Millenium Weg Comgas Gerdau Met Nord Brasil Wim Ind Com

  • 43

    3.5.3 Sustentabilidade do Crescimento

    No filtro de crescimento da receita, foram consideradas somente as empresas que

    obtiveram um crescimento acumulado da receita operacional lquida superior a 61% no

    perodo de cinco anos.

    Das 26 empresas que passaram pelo filtro do lucro no perodo de 1995-2000,

    restaram 14.

    Tabela 3 - Empresas que obtiveram um crescimento acumulado da receita operacional

    lquida superior a 61% no perodo de 1995/2000

    Arcelor BR Ipiranga Dist Celesc Millennium Coelce Petrobras Comgas Petropar Duratex Vale Rio Doce Fosfertil Weg

    Gerdau Met Wlm Ind Com

  • 44

    3.5.4 Exposio ao Risco

    No universo de anlise, foram consideradas somente as empresas que possuam

    um beta de at 1,25 no perodo de cinco anos e desvio padro no preo igual ou inferior a

    80%.

    Das 26 empresas analisadas no perodo de 1995-2000, 7 passaram por este filtro,

    no perodo de 2000-2005, sobraram 15 empresas, como detalhamos a seguir:

    Tabela 4 - Empresas selecionadas pelo filtro do risco no perodo de 1995/2000 Empresa Classe Beta Desvio Padro

    Arcelor BR ON -0,02 49,67% Celesc PNB 1,12 28,30% Coelce PNA 1,02 0,05%

    Millennium PNA -0,15 7,87% Petropar PN 0,14 14,19%

    Weg PN 0,15 32,40% Wlm Ind Com PN 0,35 0,02%

  • 45

    3.5.5 Crescimento de Alta Qualidade

    Das 7 empresas que restaram, no perodo de 1995-2000, aplicamos o filtro do

    crescimento de alta qualidade, onde s consideramos as empresas que obtiveram um ROE

    acumulado no perodo acima de 61%, e que tenham sido negociadas no intervalo de anlise,

    ou seja possuem preos de fechamento para o ciclo completo(cinco anos), todas foram

    aprovadas nesse filtro para compor a carteira, como segue detalhado:

    Tabela 5 - Empresas que passaram por todos os filtros (Perodo de 1995/2000) para

    compor a carteira terica

    Empresa Classe Beta Desvio Padro ROE

    Arcelor BR ON -0,02 49,67% 3.023,1%

    Celesc PNB 1,12 28,30% 105,5%

    Coelce PNA 1,02 0,05% 265,5%

    Millennium PNA -0,15 7,87% 514,2

    Petropar PN 0,14 14,19% 114,3%

    Weg PN 0,15 32,40% 118,8%

    Wlm Ind Com PN 0,35 0,02% 143,2%

  • 46

    3.6 Montagem da Carteira

    A carteira ser montada, atribuindo-se inicialmente pesos iguais para todos os

    ativos, posteriormente aps anlise dos resultados, tal composio poder sofrer alguma

    alterao, tendo em vista que o objetivo principal superar o rendimento alcanado pelo

    mercado (Ibovespa) em igual perodo.

    Tabela 6 Carteira terica montada no perodo de 2000/2005

    Empresa Classe Rentabilidade (%)

    Arcelor BR ON 1274,98

    Celesc PNB 180,05

    Coelce PNA 301,01

    Milennium PNA 160,00

    Petropar PPN 3362,75

    Weg PN 610,03

    Wim Ind Com PN 264,29

  • 47

    Ao montarmos a carteira exclumos as empresas Petropar e Arcelor, porque suas

    rentabilidades no perodo analisado, destoam do padro de retorno das outras empresas, o que

    poderia prejudicar a nossa anlise de viabilidade da estratgia. O retorno mdio da carteira

    foi:

    Tabela 7 Retorno mdio da carteira terica montada no perodo de 2000/2005

    Empresa Classe Rentabilidade

    (%)

    Peso Retorno mdio

    Celesc PNB 180,05 0,20 36,010

    Coelce PNA 301,01 0,20 60,201

    Milennium PNA 160,00 0,20 32,000

    Weg PN 610,03 0,20 122,007

    Wim Ind Com PN 264,29 0,20 52,857

    303,076

    3.6.1 Ibovespa Acumulado

    De acordo com pesquisa realizada no site www.infomoney.com.br ibobespa

    acumulado no perodo de 2000/2005 foi de 119,19%.

    3.6.2 Comparao com o Mercado

    Ao compararmos a carteira terica com o rendimento da Bovespa acumulado em

    igual perodo, o nosso objetivo no foi alcanado, ficando o rendimento da carteira acima do

    Ibovespa acumulado.

  • 48

    A carteira obteve uma rentabilidade mdia no perodo de 303,076%, enquanto que

    o Ibovespa no mesmo perodo obteve 119,19%.

  • 49

    CONCLUSO

    Aplicando aa premissas indicadas pelo autor alcanamos o nosso objetivo, que foi

    superar a carteira de mercado. O rendimento acumulado encontrado no perodo ficou acima

    do mercado, a carteira obteve uma rentabilidade de 303,076% enquanto que o rendimento

    acumulado do Ibovespa em igual perodo ficou em 119,19%.

    Aps a filtragem das empresas ocorreu um fato que devemos mencionar, o

    desempenho das aes das empresas Arcelor de Petropar que foi bem acima do padro, j que

    cada uma delas obteve uma rentabilidade acima de 1.000% em cinco anos, achamos por bem

    exclu-las da nossa anlise para no comprometer a eficcia do nosso teste. Mesmo assim a

    estratgia de investimento em aes de crescimento obteve uma rentabilidade bem acima do

    mercado, como j destacamos anteriormente.

    Chegamos concluso que tal estratgia vivel, desde que se respeite a

    caracterstica de cada economia, ou seja, uma taxa de crescimento da receita de 10% ou um

    ROE de 10% em economias estveis como a americana condizente com a realidade, mas em

    economias emergentes como a brasileira devemos ficar atentos e ter uma certa sensibilidade

    ao aplicarmos os filtros que o autor indica, outro fator que devemos levar em considerao o

    tamanho da amostra que o autor trabalha, que so mais de 7.000 empresas com aes

    negociadas na bolsa, enquanto que no Brasil para o nosso universo de anlise (1995/2000)

    utilizamos 346 empresas ativas.

  • 50

    REFERNCIAS

    ASSAF NETO, Alexandre. Finanas corporativas e valor. 2. ed. So Paulo:

    Atlas, 2005.

    DAMODARAN, Aswath. Mitos de investimentos. 1. ed. So Paulo: Pearson,

    2006.

    www.bovespa.com.br

    www.fatorcorretora.com.br

    www.finacap.com.br

    www.infomoney.com.br