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Estratégias para Resolução da Contenção em Comutadores Ópticos de Pacotes Mário M. Freire e Henrique J. A. da Silva ([email protected]) ([email protected]) Universidade da Beira Interior Instituto de Telecomunicações Universidade de Coimbra Pólo de Coimbra RedesÓpticas Multigigabit Aveiro, 28 de Junho de 2000

Estratégias para Resoluç ão da Contenç ão em Comutadores Ó … · 2004-04-07 · Estratégias para Resoluç ão da Contenç ão em Comutadores Ó pticos de Pacotes Mário M

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Estratégias para Resolução da Contenção em Comutadores

Ópticos de PacotesMário M. Freire e Henrique J. A. da Silva([email protected]) ([email protected])

Universidade da Beira Interior Instituto de Telecomunicações Universidade de CoimbraPólo de Coimbra

Redes Ópticas Multigigabit

Aveiro, 28 de Junho de 2000

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Sumário• Introdução

• Arquitecturas de Comutação Electrónica de Pacotes

• Arquitecturas de Comutação Óptica de Pacotes com Armazenamento em Buffers

• Estratégias para Resolução da Contenção em Comutadores Ópticos de Pacotes

• Conclusões

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Introdução“This year it finally occurred to the telecommunications

industry that the last 123 years have been spent building the wrong network”

Steve Harbour, in Fibre Systems, Dec. 1999, pp. 30-32.

0

1000

2000

3000

4000

5000

6000

7000

Vol

ume

de T

ráfe

go

[Pet

abyt

es/m

ês]

1997 1998 1999 2000 2001 2002

Ano

Tráfego Internet

Tráfego de Voz

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Introdução• A B-ISDN, concebida para a integração de voz, dados

e multimedia, está a ser rejeitada;

• Com o crescimento explosivo da Internet, o InternetProtocol (IP) tornou-se o protocolo de convergência;

• Continua a supremacia da tecnologia Ethernet em redes locais (Ethernet, Ethernet Rápida e GigabitEthernet);

• Em redes de área alargada (WANs) a questão da tecnologia mais promissora para transporte do IP continua em aberto.

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Introdução• Paradigma da mudança

• O volume do tráfego de dados tornou-se, a partir de 1999, claramente superior ao tráfego de voz, mantendo, simultaneamente, uma taxa de crescimento bastante mais elevada;

• Espera-se a evolução de uma rede centrada em voz para uma rede centrada em dados;

• O mais importante requisito que fundamenta este paradigma de mudança é a enorme largura de banda disponível em fibras ópticas.

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Introdução

• Alternativas para transporte do IP

IP

ATM

SONET

Óptica

IP

ATM

Óptica

IP

SONET

Óptica

IP

Óptica

Vantagens de IP sobre WDM- Menor custo de equipamento;- Menor custo de manutenção;- Utilização eficiente da largura

de banda; - Menor complexidade;- Menor overhead.

IP

ÓpticaCamada Óptica

Camada de Meio Físico

OIF

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Introdução

• OIF : Optical Internetworking Forum(www.oiforum.com)

• Criado em Abril de 1998 por AT&T, Bellcore, CIENA, Cisco, Hewlett-Packard, Qwest, Sprinte WorldCom;

• Missão: Desenvolvimento de especificações que garantam a interoperabilidade da interligação óptica.

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Evolução das Redes de Comunicação Ópticas• Primeira Geração de Redes Ópticas

• SONET (Synchronous Optical Network) / SDH (Synchronous Digital Hierarchy);

• Diversas redes empresariais, tais como: ESCON (Enterprise Serial Connection), Canal de Fibra (Fibre Channel), and HIPPI (High-Performance Parallel Interface);

• Redes FDDI (Fiber Distributed Data Interface) ou DQDB (Distributed Queue Dual Bus);

• As redes ATM podem ser incluídas nesta categoria, desde que não sejam utilizados comutadores ATM ópticos.

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Evolução das Redes de Comunicação Ópticas

• Segunda Geração de Redes Ópticas

• Redes com multiplexagemóptica por divisão no tempo (OTDM);

• Redes com multiplexagem por divisão no comprimento de onda (WDM)

• Redes ópticas digitais assíncronas

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Arquitecturas de Comutação Electrónica de Pacotes

• Classificação dos comutadores de acordo com a posição dos buffers:

• Armazenamento à saída

• Armazenamento partilhado

• Armazenamento com recirculação

• Armazenamento à entrada

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Arquitecturas de Comutação Electrónica de Pacotes• Armazenamento à saída

• Armazenamento partilhado

• Forma de armazenamento à saída em que todos os buffers de saída partilham a mesma área de memória (RAM)

Comutador

Buffersde saída

espacial...

1

2

N

1

2

N

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Arquitecturas de Comutação Electrónica de Pacotes

• Armazenamento com recirculação

Comutadorespacial

Atraso de1 pacote

...

...

...

...

......

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Arquitecturas de Comutação Electrónica de Pacotes

• Armazenamento à entrada• Limitação fundamental devida ao bloqueio de início de linha (head-

of-line blocking)

Comutador

Buffersde entrada

espacial...

1

2

N

1

2

N

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Arquitecturas de Comutação Óptica de Pacotes com Armazenamento em Buffers

Linhas de atraso com alimentação

avançada

Linhas de atraso com realimentação

Classificação das arquitecturas de comutação óptica com armazenamentoem linhas de atraso

Andar simples

Vários andares

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Arquitecturas de Comutação Óptica de Pacotes com Armazenamento em Buffers

Linhas de atraso com alimentação avançada

Linha deatraso

2 x 2Comutador

2 x 2Comutador

2 x 2Comutador

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Arquitecturas de Comutação Óptica de Pacotes com Armazenamento em Buffers

Linhas de atraso com realimentação

Comutador4 x 4

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Comparação das arquitecturas de comutadoresópticos com armazenamento baseado em buffers

ComutadorTamanhodo buffer

Esquema deprioridadesde pacotes

Uso interno decomprimentos

de ondaControlo

OASIS Médio Não Sim Simulação dobuffer de saída

Difusão eselecção

Médio Sim Sim Simulação dobuffer de saída

Malha commúltiplos

comprimentosde onda

Pequeno Sim Sim Armazenamentopartilhado

SMOP Médio ougrande

Sim Não Simulação dobuffer de saída eescalonamento

Wave-Mux Grande Não Sim Transporteescalonado de

pacotesCORD Pequeno Não Não Vários

COD Médio ougrande

Não Não Auto-encaminhamento

Linha deatraso

logarítmica

Médio ougrande

Não Não Simulação dobuffer de saída

SLOB Grande Não Sim Simulação dobuffer de saída

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• Este comutador emula um comutador com armazenamento à saída;

• É possível construir buffers com tamanhos da ordem das centenas de pacotes, pelo que, esta arquitectura é adequada para tráfego em rajada;

• Nesta arquitectura não é possível implementar esquemas de prioridade de pacotes;

• Na versão em que a arquitectura foi apresentada, o tamanho dos buffers sofre uma redução acentuada à medida de que aumenta o número de entradas e saídas;

SLOB (Switch with Large Optical Buffers) Comutador com buffersópticos de grande tamanho

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• Esta forte redução surge da dificuldade em colocar em cascata osvários andares (6x6 ou 8x8) devido ao aumento das perdas do sinal e à diafonia (crosstalk);

• Para ultrapassar esta limitação usando a tecnologia actual, é necessário regeneração electrónica entre os andares.

SLOB (Switch with Large Optical Buffers) Comutador com buffersópticos de grande tamanho

Número de entradas ousaídas

Tamanho máximo dobuffer (pacotes)

4 65 535

6 7 775

8 4 095

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Encaminhamento por deflexão

Estratégias para Resolução da Contenção em Comutadores Ópticos de Pacotes

Uso da dimensão do comprimento de onda

Armazenamentoem buffers

Andarsimples

Váriosandares

Linhas deatraso comalimentaçãoavançada

MistoSimples Misto Simples

Linhas deatraso comrealimentação

Linhas deatraso comalimentaçãoavançada

Encaminhamento por deflexão com pequena

capacidade de armazenamento

em buffers

Encaminhamento por deflexão com permuta de comprimentos de

onda

Uso da dimensão do comprimento de onda com armazenamento

em buffers

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• Nesta estratégia é explorada a dimensão do comprimento de onda através da utilização de WDM e conversores de comprimentos de onda sintonizáveis;

• Trata-se de uma estratégia bastante promissora especialmente quando combinada com a estratégia de armazenamento em buffers.

Resolução da Contenção Usando a Dimensão do Comprimento de Onda

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Arquitectura de um Comutador Óptico de Pacotes para Redes WDM

1 ... n

1 ... n

1 ... n

1 ... n

1

n

1

n

1

M

1

M

0 x T(B/n) x T

0 x T

(B/n) x T

Conversores de

sintonizáveis

comprimentosde onda

Comutadorespacial

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• Assume-se que a chegada dos pacotes é síncrona;

• Há M fibras ópticas à entrada do comutador;

• Há n canais WDM em cada uma das M fibras;

• Assume-se que a probabilidade de chegada de um pacote, num dos n×M canais de entrada, é dada pela carga de canal, ρλ, e que cada pacote destina-se a uma das saídas com igual probabilidade 1/M;

• O processo de chegada a cada fila de espera é binomial;

• Assume-se que cada fila de espera pode armazenar B pacotes e que n pacotes podem sair da fila de espera em cada intervalo temporal (duração do pacote).

Pressupostos do Modelo de Tráfego

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Resolução da Contenção Usando a Dimensão do Comprimento de Onda

1.0E-13

1.0E-11

1.0E-09

1.0E-07

1.0E-05

1.0E-03

1.0E-01

0 2 4 6 8 10 12 14 16 18 20

Número de linhas de atraso

Pro

babi

lidad

e de

per

da d

e pa

cote

s

Sem conversãoCom conversão (n=2)Com conversão (n=4)Com conversão (n=8)

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Resolução da Contenção Usando a Dimensão do Comprimento de Onda

1.0E-13

1.0E-11

1.0E-09

1.0E-07

1.0E-05

1.0E-03

1.0E-01

0 2 4 6 8 10 12 14 16

Número de canais WDM por fibra

Pro

babi

lidad

e de

per

da d

e pa

cote

sM=4M=8M=16

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Resolução da Contenção Usando a Dimensão do Comprimento de Onda

12 canais WDM por cada fibra à entrada

1.0E-15

1.0E-13

1.0E-11

1.0E-09

1.0E-07

1.0E-05

1.0E-03

0 5 10 15 20Número de fibras à entrada

Pro

babi

lidad

e de

per

da d

e pa

cote

sCarga oferecida: 0.8Carga oferecida: 0.9Carga oferecida: 0.99

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Conclusões• Foram analisadas as várias estratégias propostas para resolução da

contenção em comutadores ópticos de pacotes: armazenamento em buffers, encaminhamento por deflexão, uso da dimensão do comprimento de onda, e combinações entre elas;

• Foi prestada particular atenção à análise da estratégia baseada no uso da dimensão do comprimento de onda, tendo-se mostrado que o recurso a esta estratégia, em certas condições, dispensa ouso de buffers;

• Mostrou-se que, para o caso da utilização híbrida desta estratégia com a de armazenamento em buffers, o uso dos conversores de comprimentos de onda sintonizáveis permite reduzir significativamente o número de linhas de atraso.