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ESTUDO DA AMPLITUDE REMUNERATÓRIA DOS DOCENTES DAS IEES ESTUDO DA AMPLITUDE REMUNERATÓRIA DOS DOCENTES DAS IEES

Estudo da amplitudE rEmunEratória dos docEntEs das iEEsportal.andes.org.br/imprensa/documentos/imp-doc-496525269.pdf · reconhecer as possibilidades e limitações para planejar

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Estudo da amplitudE rEmunEratória dos docEntEs das iEEs

Estudo da amplitudE rEmunEratória dos docEntEs das iEEs

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Estudo da amplitudE rEmunEratória dos docEntEs das iEEs

levantamento mostra a amplitude remuneratória dos docentes das estaduais

Estudo foi elaborado pela subseção do Dieese-ANDES com informações colhidas em 13 Iees

O Setor das Iees/Imes do ANDES-SN cresceu de forma significativa na última década. Esse crescimento ocorreu, em especial, por conta da expansão de universidades estaduais no país. Mas o que deveria ser comemo-rado, por propiciar o acesso de um maior número de pessoas ao ensino superior, precisa ser avaliado de forma crítica, pois, não raro, tal expansão se deu de forma autoritária pelos governos, sem a garantia de financiamento adequado, de condições de infraestrutura e de trabalho. Contudo, aliado a esse fator, tem ocorrido uma luta incessante por autonomia universitária e por democracia interna nessas universidades em muitos Estados. Nesse contexto, estruturado pela base, o ANDES-SN torna-se fundamental para a organização das lu-tas em defesa do modelo de universidade pública de qualidade que sempre defendemos. Nessa perspectiva, tentando unificar as lutas nas diferentes seções sindicais existentes nas universidades estaduais/municipais e reconhecer as possibilidades e limitações para planejar e implementar o Plano de Lutas do Setor é que se buscou realizar um diagnóstico da situação atual desse importante segmento do Sindicato Nacional. As informações enviadas pelas seções sindicais durante o ano de 2011 permitiram que pudéssemos realizar, com o DIEESE, um quadro inicial das semelhanças e diferenças, no que diz respeito a estrutura de car-reira, salários e titulação, existentes em diversas universidades estaduais e municipais, sobretudo estaduais, no país. Tarefa esta há muito desejada, porém sempre com razoáveis dificuldades de implementação. O estudo preliminar, apresentado a seguir, mostra um quadro comparativo dos principais critérios uti-lizados em Planos de Carreiras, Cargos e Salários (Pccs) para o magistério superior de algumas Instituições Es-taduais de Educação Superior (Iees) e, com base nesses dados e em tabelas de remuneração, a amplitude (menor e maior) da remuneração docente nessas instituições, segundo a titulação e o regime de trabalho. Esse comparativo busca orientar a compreensão sobre a carreira docente nas Iees e, por consequência, também sobre a remuneração dos professores, bem como contribuir para ampliar o conhecimento sobre os Pccs da categoria. A amplitude salarial dos docentes das Iees, por sua vez, tem o objetivo de evidenciar qual a faixa de remuneração, inicial e final, de acordo com a titulação e o regime de trabalho. Ressaltamos, a priori, que essas informações não devem ser consideradas de forma isolada, visto que muito se conquistou nas universidades a partir das lutas da categoria, com greve e outras formas de mobili-zação, lembrando que resultam de limites de negociações possíveis com os diferentes governos. Além disso, é fundamental entender o histórico de cada universidade, sua forma de financiamento, sua organização e seu funcionamento. Por outro lado, este comparativo poderá servir de referência futura, na perspectiva de confrontar os diferentes modelos de universidade que se estruturaram nos diferentes estados, e pensarmos em estratégias de unificação de lutas e enfrentamentos com reitorias e governos, que sucessivamente insistem em não negociar melhorias de condições de trabalho e aumentos reais de salários, e impõem, muitas vezes, estruturas de carreira docente sem um amplo e democrático debate com a categoria. O passo inicial foi dado. A ampliação das informações deste diagnóstico dependerá cada vez mais do comprometimento das seções sindicais em continuar municiando as diretorias do Sindicato Nacional. Mas, neste momento, já é possível reconhecer o setor e fundamentar a luta nos diferentes locais a partir de um re-ferencial amplo de diversos estados. A luta precisa continuar!

(Diretoria do ANDES-SN)

EXPEDIENTEPublicação do ANDES-SN

site: www.andes.org.br e-mail: [email protected] twitter: @andessn Fonte: Subseção do Dieese no ANDES-SN Técnico responsável: Osmar Ferreira dos Santos Filho Edição: Rejane Medeiros Diagramação: Ana Cordeiro Diretor responsável: Luiz Henrique Schuch

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Estudo da amplitudE rEmunEratória dos docEntEs das iEEs

amplitude remuneratória dos docentes das iees selecionadas

A organização de dados e informações sobre o setor das Iees, especialmente sobre os professores, é tema de interesse do ANDES-SN, das Seções Sindicais e da comunidade acadêmica em geral. Com esse intui-to, o Sindicato Nacional e as organizações de base en-caminharam várias informações à Subseção do Dieese no ANDES SN. O início desse processo resultou neste estudo preliminar que apresenta um quadro comparativo dos principais critérios dos Planos de Cargos, Carreiras e Salários (Pccs) para o magistério superior de algumas Instituições Estaduais de Educação Superior (Iees) e, com base nestes e em tabelas de remuneração, a am-plitude (menor e maior) da remuneração docente, se-gundo a titulação e regime de trabalho. O quadro comparativo busca orientar a com-preensão sobre a carreira docente nas Iees e, por conse-quência, a tabela de remuneração dos professores, bem como contribuir com o acúmulo de conhecimento so-bre os PCCS da categoria. A amplitude salarial dos do-centes das Iees, por sua vez, tem o objetivo de eviden-ciar qual a faixa de remuneração, inicial e final, dada a titulação e o regime de trabalho. A base de dados utilizada envolveu treze Iees, sendo que três compreendiam a totalidade dos do-centes do magistério superior estadual: da Bahia, do Ceará e do Paraná, podendo incluir, também, nesse rol o Estado de São Paulo, com base nas informações da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp). As outras instituições eram constituídas pela Universi-dade Estadual do Amazonas (Uea), pela Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (Uern), pela Univer-sidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), pela Univer-sidade Estadual do Norte Fluminense “Darcy Ribeiro” (Uenf), pela Fundação Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), pela Universidade Estadual da Paraíba (Uepb), pela Universidade Estadual do Piauí (Uespi), pela Universidade do Estado do Mato Grosso (Unemat) e pela Universidade Estadual do Mato Gros-so do Sul (Uems).

Comparativo de Pccs dos Docentes das Iees

Entendendo o Pccs como um conjunto de re-gras e normas, regulamentadas em lei, relacionado às questões da remuneração e da carreira profissional, compara-se diversos planos, com base nos critérios a seguir: Estrutura da carreira: a) classes (ou equiva-lentes), níveis e padrões (quando houver); e b) exigên-cias de titulação para cada classe; Evolução na car-reira: a) progressão ou evolução horizontal – evolução funcional considerando tempo entre níveis/padrões e outras exigências; b) promoção ou evolução vertical – acesso à classe superior mediante obtenção de titulação requerida e outras exigências; e regime de trabalho. Cabe esclarecer que por classe deve se entender a estrutura da “carreira integrada por cargos/funções de idêntica denominação, atribuições, grau de com-plexidade, nível de responsabilidade e requisitos de capacitação e experiência exigidos para o desenvolvi-mento do servidor”, e por níveis a posição na escala de evolução horizontal dentro da respectiva classe. Com o objetivo principal de dar condições para a compreensão da amplitude remuneratória dos docentes das treze Iees selecionadas, e, também, iniciar as discussões sobre os Pccs dos professores deste setor, analisa-se a estrutura da carreira docente, os critérios de evolução funcional e o regime de trabalho. A observação do quadro comparativo (pág. 4 e 5) orienta esse processo, ao sintetizar as principais questões dos três critérios escolhidos dos Pccs. A análise comparativa da estrutura da carreira dos pro-fessores nas Iees evidencia a semelhança entre elas, es-pecialmente, na divisão em classe quando se considera a titulação exigida para cada uma, critério de recorte para levantar a amplitude salarial da categoria no âm-bito das estaduais. A classe auxiliar ou professor auxiliar aparece na maioria dos Pccs, acompanhado de professor gra-duado, com a exigência de graduação para ingresso,

com exceção das Universidades Estaduais do Ceará, da Uespi, com exigência de especialização, da Uems, que também exige igual titulação para auxiliar no nível II, e da Uenf na qual o ingresso se dá com a titulação mínima de doutor. Para os professores com especialização, apenas cinco das instituições em análise apresentaram ocor-rência, três já comentadas – as Iees do Ceará, classe auxiliar, a Uems, acompanhado pela Uea (classe pro-fessor especialista), a Uepb (classe professor graduado especialista) e a Uespi (professor auxiliar). No caso dos docentes mestres, todas as instituições tiveram incidência, com o termo classe assistente ou professor mestre, com exceção, é claro, da Uenf. Para a exigência de doutorado três classes se apresentaram com recor-rência, com as seguintes denominações: adjunto, as-sociado e titular, e outras denominações equivalentes como professor doutor, professor doutor associado, professor doutor pleno ou simplesmente professor ple-no. No quesito evolução funcional, as regras pre-sentes nos Pccs apresentavam os seguintes critérios: titulação, merecimento, tempo de serviço/experiên-cia e avaliação por banca. Para as evoluções por pro-gressão ou horizontal, ou seja, entre níveis, a maio-ria compreendia interstício de 2 anos, acompanhado por avaliação de desempenho e experiência docente. Somente a Uerj, com 5 anos, a Unemat, com 3 anos, apresentaram interstícios diferentes e a Uems que não exigia tempo de serviço. No caso da promoção ou evolução vertical, en-tre classes, a comprovação de titulação é requisito em todas as Iees, além de outras exigências como avaliação de desempenho, defesa pública de trabalho científico

por banca examinadora. O destaque sob esse crité-rio foi a Uems, que apresentou exigência de titulação tanto para evolução entre níveis quanto entre classes, justificado pela igualdade na quantidade de classes e níveis, com exceção da primeira, auxiliar, que possui dois níveis: um com requisito de graduação e outro de especialização. Quanto ao regime de trabalho, o que se obser-vou foi a recorrência de 20 horas semanais, 40 horas semanais e dedicação exclusiva e/ou tempo integral. As Iees do Ceará e a Uea apresentaram apenas regime de 20 horas e de 40 horas semanais de trabalho. No caso específico das instituições do Ceará, ainda possui regime de 12 horas semanais de trabalho, porém, em processo de extinção. Cabe destacar algumas particularidades en-contradas nos diversos Pccs das Iees em tela, como: a incorporação da gratificação/do adicional por titu-lação ao vencimento na Uepb, Uespi, e o subsídio dos professores na Unemat. A limitação da quantidade de vagas na classe de professor doutor Pleno de, no máximo, 10% (dez por cento) do total de docentes efetivos por departamento na Uepb, a qual apresenta a maior remuneração em fi-nal da carreira docente, no rol de Iees selecionadas; e a presença de subdivisão dos níveis em cinco padrões, para os professores do magistério superior da Uenf.

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7Comparativo de alguns critérios dos Planos de Cargos, Carreiras e Vencimentos dos Docentes de Instituições Estaduais de Educação Superior Selecionadas

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Estudo da amplitudE rEmunEratória dos docEntEs das iEEs

O recorte utilizado para levantar as remune-rações dos docentes nas diversas Iees, para constituição da amplitude salarial, teve a classe como referência e a respectiva exigência de titulação mínima presente nos Pccs, desconsiderando, assim, os professores que não aderiram ao plano. Cabe ressaltar, também, a divergência nas da-tas das posições das tabelas de re-muneração dos professores das Iees analisadas, haja vista a distribuição dos reajustes ao longo de 2011. Existem posições em janeiro (Iees do Ceará), abril (Udesc), maio (que apresentou seis incidências: Iees do Paraná, Unicamp, Uern, Uepb, Unemat e Uems), junho (Uespi), ju-lho (Uenf), agosto (Uea), outubro (Iees da Bahia) e dezembro (Uerj). Observa-se, posto isso, que as remunerações dos professores do magistério superior estadual no Brasil, nas Iees selecionadas, situam-se entre R$ 687,89 e R$ 19.604,87. Em regime de 20 horas, o intervalo é de R$ 687,89, para o docente graduado, a R$ 7.001,74 (gráfico 1).

Amplitude Remuneratória dos Docentes das Instituições Estaduais de Educação Superior (Iees)

O professor com graduação nesse regime não recebe remuneração superior a R$ 2.332,65. O docente com certificado de especialização recebe entre R$ 1.071,00 e R$ 2.478,30, e o mestre entre R$ 1.017,58 e R$ 3.687,92, ou seja, com inicial um pouco abaixo do que recebe aqueles com especialização. O professor doutor é que apresenta a maior diferença entre o inicial

(R$ 1.423,29) e o final (R$ 7.001,74) nesse regime, R$ 5.578,45. Na análise da amplitude re-muneratória dos docentes das Iees, em regime de 40 horas, observa-se que o intervalo é de R$ 1.746,14 a R$ 14.727,33, para o professor com graduação e com doutorado, respec-tivamente (ver gráfico 2). Docentes graduados não recebem valores supe-riores a R$ 4.665,30, os especialistas

conseguem entre R$ 2.142,00 e R$ 4.965,61, e os mes-tres de R$ 2.583,04 a R$ 6.490,82. Os professores com doutorado e com pós-doutorado possuem remuneração de R$ 3.612,91 a R$ 14.727,33, e de R$ 8.438,72 a R$ 12.423,06, respectiva-mente.

Gráfico 1 - Regime de 20 horas – Brasil, 2011

A análise da amplitude salarial dos professores das Iees em regime dedicação exclusiva é significativa, dado que mais de 75% dos vínculos docentes nessas in-stituições em dezembro de 2009, trabalhavam sob esse regime, segundo o Censo da Educação Superior. Com base nessas informações, sendo assim, pode se supor que uma parcela considerável dos professores tem re-muneração entre R$ 2.632,55, para graduados, e R$ 13.659,19, para dou-tores - excluindo dois casos especí-ficos da análise, um que apresenta restrição na quantidade de docentes que podem perceber R$ 19.604,87, relativo à Uepb, e outro que trata da remuneração de professores com pós-doutorado, envolvendo as Iees do Ceará, com remuneração final de R$ 14.895,31 (gráfico 3). Ainda com base nos dados do Censo da Educação Superior, o qual apresenta que mais de 72% dos docentes das Iees são mestres (27,5%) e doutores (44,6%), é razoável apresentar, também, que a remuneração da maioria dos professores das Iees, sob esse regime de trabalho, deva permear entre R$ 4.675,12 e R$ 13.659,19. A remuneração dos docentes apenas com gra-

Gráfico 2 - Regime de 40 horas – Brasil, 2011

“As remunerações dos professores do magistério superior estadual no Brasil,

nas Iees selecionadas, situam-se entre

R$ 687,89 e R$ 19.604,87.”

duação é inferior a R$ 5.145,10, nesse regime. Entre R$ 3.364,40 e R$ 6.174,13 é a amplitude para os detentores de especialização, enquanto entre mestres e doutores as remunerações vão de R$ 4.675,12 a R$ 9.035,14, e de R$ 7.090,43 a R$ 19.604,87, respectivamente. Em síntese, um docente graduado nas Iees no Brasil, considerando os regimes de trabalho de maior

incidência (20 horas, 40 horas e dedicação exclusiva) e a seleção das instituições em análise, não receberá valores superiores a R$ 5.145,10, nem inferiores a R$ 687,89. Se deten-tor de certificado de especialização poderá receber até R$ 6.174,13, se de título de mestre até R$ 9.035,14, se de doutor até R$ 13.659,19, e, em casos excepcionais, alcançar R$ 14.895,31 (docentes com pós-dou-torado) e R$ 19.604,87 (respeitado o

limite de 10% do total de docentes efetivos por depar-tamento na instituição em questão). Para alcançar as remunerações mais elevadas da tabela remuneratória os docentes levam de 16 a 20 anos em média, dado que a característica das Iees é apresentar regime de trabalho em tempo integral e professores mestres e doutores, segundo o Censo

“Para alcançar as remunerações mais elevadas da tabela remu-neratória os docentes levam

de 16 a 20 anos em média dado que a característica das Iees é apresentar regime de trabalho em tempo integral e profes-sores mestres e doutores.”

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da Educação Superior, reforçados pela indicação de preferência em diversos Pccs e exigências legais. O cálculo do período para alcançar as mais elevadas remunerações considera o número de classes e níveis, bem como o interstício para os professores mestres, que levariam 8,5 anos, em média, e doutores, que gastariam 16 anos, em média, considerando para

Gráfico 3 - Regime de Dedicação Exclusiva – Brasil, 2011

É importante notar que os gráficos 1, 2 e 3 demonstram uma diferença salarial entre os docentes que possuem pós-doutorado e os com doutorado. Isto pode ser explicado neste estudo pelo fato de que poucas carreiras possuem um nível que contemple pós-doutorado. Apesar de trazer ganhos significativos para estas carreiras, na maioria dos casos analisados ainda é possível perceber que a maior remuneração está no nível de doutorado.

O levantamento sobre a amplitude remuneratória dos docentes das Iees deixa lacunas quanto à estrutura salarial (percentual de vencimento básico, gratificação, retribuição na remuneração), a concentração de rendi-mentos em determinados patamares na instituição (se mais próximo da inicial ou da final), porém, permite ter um panorama da distância entre a remuneração inicial e final da carreira, bem como apresentar alguns critérios dos diversos Pccs. A partir do estudo fica transparente a ausência de questões relevantes, dentre as quais pode se destacar: a estrutura salarial; a quantidade de docentes ou de funções docentes, considerando regime de trabalho, titulação, classe, nível e padrão (quando houver); tempo médio ou tempo para se atingir o final da carreira. Descontado as limitações de dados e informações, juntamente com a complexidade do tema, o estudo possibilitou iniciar o processo de acúmulo de conhecimento com uma apresentação resumida da amplitude re-muneratória dos docentes das Iees, por titulação, classe e nível, segundo o regime de trabalho. Introduziu, além disso, nesse movimento de constituição de banco de dados sobre o setor e a docência, a discussão sobre os Pccs. Essa abordagem, ainda que incipiente, evidencia que o processo de coleta, organização e tratamento dos dados e informações sobre o magistério superior das Iees pode transformar-se em instrumento de auxílio nas diversas discussões sobre o setor, em questões como condições de trabalho, remuneração, Pccs.

Considerações Finaisos dois casos, média de quatro níveis por classe e in-terstício de 2 (dois) anos. Nessa operação não se esta computando a classe titular ou equivalente, por en-volver, em 50% das instituições analisadas, concurso público específico para ingresso, além de outros re-quisitos.

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