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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE TECNOLOGIA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL ESTUDO DE CASO DE DESEMPENHO ACÚSTICO, DE SISTEMA DE VEDAÇÃO VERTICAIL (SVV) E SISTEMA DE PISO (SP) TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO DYHONATAN WILLIAN RUSSI SANTA MARIA, RS, BRASIL 2015

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA MARIA CENTRO DE TECNOLOGIA

CURSO DE ENGENHARIA CIVIL

ESTUDO DE CASO DE DESEMPENHO ACÚSTICO, DE SISTEMA DE VEDAÇÃO VERTICAIL (SVV) E SISTEMA

DE PISO (SP)

TRABALHO DE CONCLUSÃO DE CURSO

DYHONATAN WILLIAN RUSSI

SANTA MARIA, RS, BRASIL 2015

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DE PISO (SP)

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ESTUDO DE CASO DE DESEMPENHO ACÚSTICO, DE SISTEMA DE VEDAÇÃO VERTICAIL (SVV) E SISTEMA

DE PISO (SP)

por,

Dyhonatan Willian Russi

Trabalho de Conclusão de Curso Apresentado ao Curso de Graduação em Engenharia Civil, da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM, RS), como

requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Civil.

Orientador: Marco Antonio Silva Pinheiro

Santa Maria, RS, Brasil

2015

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Universidade Federal de Santa Maria Centro De Tecnologia

Curso De Engenharia Civil

A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova o Trabalho de Conclusão de Curso

ESTUDO DE CASO DE DESEMPENHO ACÚSTICO, DE SISTEMA DE VEDAÇÃO VERTICAIL (SVV) E SISTEMA DE PISO (SP)

elaborado por

Dyhonatan Willian Russi

como requisito parcial para obtenção do grau de Engenheiro Civil

Comissão Examinadora:

Prof. Marco Antonio Silva Pinheiro (Presidente/Orientador)

Profa. Dinara Xavier da Paixão (Avaliador)

Profa. Giane Grigoletti (Avaliador)

Santa Maria, 10 de dezembro de 2015

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Dedico este trabalho aos meus pais,

Heleno e Ivanir, e ao meu irmão Jean e a

minha companheira e cúmplice, em todos

esses anos de trabalho, luta, saudades, e de

muita dedicação, Liziane.

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AGRADECIMENTOS

Gostaria de agradecer primeiramente a Deus, por ter me guiado, por ter

me tornado a cada dia mais forte, nesses 8 anos de luta, entre trabalho,

estudos, vitórias e derrotas. Gostaria de agradecer a minha família Heleno,

Ivanir, Jean e Liziane, por todo apoio e todo o carinho nessa jornada, nessa

busca, que por muitas vezes, pensei em desistir, mas nos momentos difíceis,

sempre me apoiaram e fizeram com que eu chegasse até aqui.

Gostaria de agradecer a todas as pessoas que me ajudaram muito

quando cheguei em Santa Maria-RS, sem nada, sem nem lugar para ficar,

apenas com minhas roupas, e uma grande companheira. Obrigado, Ilmo, Igor e

família, Iolanda, Paulo, Juarez.

Quero agradecer aos amigos que fiz nessa cidade tão acolhedora, Diogo

Comin, Tainan, Adriano, Rafael, Miguel, Marcelo, Simone, Luan, Valdemar,

Carlos, Edson, Osvaldo, Sr. Guerra.

Meus agradecimentos aos professores Marco Antonio, pela orientação

desse trabalho e pela amizade, Stephan Paul, Eric Brandão, pelos

ensinamentos que ultrapassam a barreira acadêmica.

Preciso agradecer aos irmãos de faculdade, pela amizade, pelas

engraçadas discussões sobre futebol, por todas as risadas, por todo o

companheirismo nos momentos de estudo, Eduardo Rizzatti, Eduardo,

Jefferson, Tárcio, Ricardo, Leandro, Luis, Luiz, Rafael, Rodrigo, Silvio.

E por fim, aos amigos que deixei em minha cidade, Tiago Baú,

Alessandro Barbosa.

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RESUMO

Trabalho de Conclusão de Curso Curso de Engenharia Civil

Universidade Federal de Santa Maria

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO ACÚSTICO DE SISTEMAS DE VEDAÇÕES

VERTICAIS (SVV) E SISTEMAS DE PISOS (SP)

AUTOR: DYHONATAN WILLIAN RUSSI

ORIENTADOR: Prof. MARCO ANTÔNIO SILVA PINHEIRO

Data e Local de Defesa: Santa Maria, 11 de dezembro de 2015.

Apesar da evolução da construção civil ao decorrer do tempo no Brasil, ainda

são executadas obras residenciais que falham no atendimento de muitos

aspectos relacionados ao conforto dos usuários. Com o intuito de atender as

exigências de segurança, sustentabilidade e conforto dos usuários e de

incentivar aos construtores e projetistas buscarem um aprimoramento técnico,

a Associação Brasileira de Normas Técnicas ABNT, desenvolveu um conjunto

de normas de desempenho, para que as novas construções residenciais sejam

direcionadas a atenderem a essas exigências. O presente trabalho avalia um

sistema de vedação vertical interno (SVVI) e um sistema de piso (SP) de uma

edificação, situada na região de Santa Maria – RS, quanto ao atendimento dos

níveis de desempenho acústico estipulados pelas normas de desempenho

NBR 15575-3 e NBR 15575-4. Avaliações em campo dos sistemas estudados,

e posterior análise, com base nas normas internacionais ISO 16283-1 e ISO

140-7 descritas pela normas de desempenho evidenciam a conformidade de

desempenho, em parte das situações analisadas.

Palavras-chave: Norma Desempenho; Isolamento Acústico;

Desempenho Acústico; Acústica de Edificações.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ............................................................................................. 10

1.1. Justificativa ............................................................................................. 11

1.2. Objetivos ................................................................................................ 12

1.2.1. Objetivo Geral ..................................................................................... 12

1.2.2. Objetivos Específicos.......................................................................... 12

2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA......................................................................... 13

2.1. Paredes de Alvenaria ................................................................................ 13

2.2. Sistemas de Pisos..................................................................................... 14

2.3. Som e Ruído ............................................................................................. 14

2.4. Onda Sonora ............................................................................................. 15

2.5. Período e Frequência................................................................................ 15

2.5.1. Período (T) ............................................................................................. 15

2.5.2. Frequência ............................................................................................. 16

2.6. Nível de Pressão Sonora (NPS)................................................................ 17

2.7. Ruído de Fundo......................................................................................... 18

2.8. Tempo de Reverberação TR ..................................................................... 19

2.9. Transmissão sonora de ruído aéreo.......................................................... 20

2.10. Ruído de impacto .................................................................................... 22

3. MATERIAIS E MÉTODOS............................................................................ 23

3.1. Descrição da edificação e dos Sistemas de Vedação (SV) estudados ..... 23

3.2. Equipamentos utilizados............................................................................ 25

3.2.1. Fonte sonora .......................................................................................... 25

3.2.2. Medidor de nível de pressão sonora ...................................................... 25

3.3. Medições em campo ................................................................................. 26

3.3.1. Levantamento do ruído de fundo............................................................ 27

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3.3.2. Levantamento do tempo de reverberação.............................................. 27

3.3.3. Levantamento da diferença padronizada de nível (DnT) dos sistemas de

vedações verticais (SVV) e dos sistemas de piso (SP).................................... 28

3.4. Cálculo dos parâmetros levantados em campo......................................... 32

3.4.1. Cálculo dos Níveis de pressão sonora médios....................................... 32

3.4.3. Nível de ruído de impacto padronizado (L’nT) e nível de ruído de impacto

padronizado ponderado (L’nT,w) ........................................................................ 33

3.5. Valores de referência estipulados pelas normas........................................35

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS........................................... 36

4.1. Diferença de nível padronizada ponderada nos sistemas de vedações

verticais internos (SVVI) da edificação estudada ............................................. 36

4.1.1. (DnT,w) entre as unidades autônomas adjacentes 203 e 205.................. 37

4.1.2. (DnT,w) entre as unidades autônomas adjacentes 303 e 305.................. 38

4.2. DnT,w de sistemas de vedações horizontais (SP)....................................... 39

4.2.1. DnT,w entre as unidades autônomas sobrepostas 305 e 205 .................. 39

4.2.3. DnT,w entre as unidades autônomas sobrepostas 405 e 305 .................. 40

4.3. L’nT,w dos sistemas de vedação horizontais (SP) estudados ..................... 42

4.3.1. L’nT,w entre unidades autônomas sobrepostas 305 e 205....................... 42

4.3.2. L’nT,w entre unidades autônomas sobrepostas 405 e 305. ...................... 43

4.4. Análise dos valores apresentados nos (SVVI) e (SP) para (DnT,w) ............ 44

4.5. Análise dos valores apresentados nos (SP) para (L’nT,w) .......................... 45

5. CONCLUSÕES ............................................................................................ 46

6. REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ............................................................. 47

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1. INTRODUÇÃO

A construção de residências está diretamente ligada à evolução do ser

humano. De cavernas até arranha-céus a beira da praia, os seres humanos

sempre buscaram uma forma de viver com mais segurança e conforto, seja por

necessidade de se abrigar das intempéries, ou pelo prazer de amanhecer com

vista para o mar.

Existe uma grande variedade de fatores que podem influenciar o conforto,

para que o mesmo não se faça presente em uma residência: estanqueidade,

conforto térmico, conforto lumínico, conforto acústico, entre outros.

Apesar da evolução da construção civil ao decorrer do tempo no Brasil,

ainda são executadas obras residenciais que falham no atendimento de muitos

aspectos relacionados ao conforto dos usuários. Com o intuito de atender as

exigências de segurança, sustentabilidade e conforto dos usuários e de

incentivar aos construtores e projetistas buscarem um aprimoramento técnico,

a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), desenvolveu um conjunto

de normas de desempenho, para que as novas construções residenciais sejam

direcionadas a atenderem a essas exigências.

O conjunto de normativas NBR 15575, em seus itens 1 a 6, traz uma

gama de recomendações que deverão ser seguidas em novas construções

residenciais multifamiliares. Em suas prescrições de habitabilidade, se

enquadram as necessidades da construção em fornecer ao usuário

desempenho a:

• estanqueidade;

• desempenho térmico;

• desempenho acústico;

• desempenho lumínico;

• saúde, higiene e qualidade do ar;

• funcionalidade e acessibilidade;

• conforto táctil e antropodinâmico.

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Dentre todos os itens que devem garantir a habitabilidade de uma

habitação, o desempenho acústico é o item menos considerado por projetistas

e construtoras. E os motivos não são apenas pelos custos dos materiais, ou

pela forma construtiva empregada. Outros detalhes como alocação de

cômodos com equipamentos ruidosos ao lado de cômodos adjacentes que

exigem o mínimo de ruído para garantir o conforto acústico do usuário estão

entre os motivos para que a edificação não possua desempenho acústico e

consequentemente, não garanta, segundo a NBR 15575, condições de

habitabilidade.

1.1. Justificativa

O eminente e recorrente aumento da densidade demográfica dos centros

urbanos do Brasil afeta os moradores de tais centros de maneira negativa,

principalmente com problemas de saúde relacionados ao estresse. Segundo o

estudo elaborado por Heidemann et.al. (2010), existe uma relação direta entre

o nível de ruído apresentado no ambiente de internação e o aumento do

estresse em pacientes cardíacos, evidenciando um dos problemas causado por

ruído.

E, apesar da construção civil ter evoluído muito em suas técnicas de

construção, ainda existe uma grande deficiência quando se trata de assuntos

relacionados ao conforto acústico. Há várias justificativas para a criação desse

trabalho. Uma delas dá-se pela falta de uma maior caracterização acústica em

campo, do nível de desempenho dos sistemas de vedações (SV) que são

empregados na construção civil brasileira. Outra justificativa dá-se pela falta de

conhecimento ou pela negligência dos projetistas de edificações residenciais,

ou ainda na má alocação arquitetônica das unidades autônomas. Citam-se

também a falta de tecnologias construtivas, materiais mais eficientes e falta de

mão de obra especializada e técnica, para criar e executar sistemas de

vedações acusticamente eficientes e que atendam aos critérios estabelecidos

pelo conjunto de normas de desempenho NBR 15575.

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1.2. Objetivos

1.2.1. Objetivo Geral

Este trabalho tem como objetivo principal avaliar o nível do isolamento

acústico de um sistema de vedação vertical interna (SVVI) e de um sistema de

piso (SP), de uma edificação locada no bairro Camobi, em Santa Maria, RS.

Associado a isto, busca-se comparar valores levantados em campo, e que são

submetidos posteriormente a uma série de cálculos, com valores estabelecidos

na norma NBR 15575, para que seja caracterizado, ou não, o desempenho

acústico das mesmas.

1.2.2. Objetivos Específicos

Avaliação do desempenho acústico, segundo a Norma de desempenho

NBR 15575-3 e 15575-4, de sistemas de vedações de uma edificação locada

em Santa Maria, RS, quanto ao:

• nível de desempenho acústico propiciado pelos Sistemas de

Vedações Verticais Interno (SVVI), quanto ao ruído aéreo;

• nível de desempenho acústico propiciados pelos Sistemas de Pisos

(SP), quanto ao ruído aéreo;

• nível de desempenho acústico propiciados pelos Sistemas de Pisos

(SP), quanto ao ruído de impacto;

Ainda é objetivo desse trabalho:

• propor alterações ou melhorias quando necessárias;

• avaliar a distribuição arquitetônica das edificações quanto aos

requisitos de isolamento acústico.

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2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1. Paredes de Alvenaria

A norma brasileira NBR 15575 – 4, afirma que, mesmo não possuindo

função estrutural, os Sistemas de Vedação Vertical Interno e Externo (SVVIE)

exercem ainda outras funções, como estanqueidade à água, isolação térmica e

acústica, capacidade de fixação de peças suspensas, capacidade de suporte a

esforços de uso, compartimentação em casos de incêndio dentre outros. Ainda

conforme a NBR 15575 – 4, os SVV, tanto internas como externas, são

porções dos edifícios habitacionais formados por elementos que limitam

verticalmente o edifício e seus ambientes internos.

A alvenaria pode ser entendida como um componente construído em

obra, a partir da união entre tijolos ou blocos com juntas de argamassa,

formando um conjunto rígido e coeso. (SABBATINI, 1984).

Figura 1 - Parede de alvenaria com tijolos cerâmicos.

Fonte: http://materiaisvilanova.com.br/blog/tijolo

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2.2. Sistemas de Pisos

As lajes pré-moldadas convencionais são estruturas compostas por

vigotas pré-fabricadas de concreto armado, elementos de enchimento (tavelas

cerâmicas) e capeamento de concreto moldado em obra Pereyron, (2008). A

Figura é uma ilustração esquemática de uma laje pré-moldada.

Figura 2 - Representação laje pré-moldada.

Fonte – http://www.ceramicakaspary.com.br/portal/laje_pre_moldada.php

2.3. Som e Ruído

O som é, segundo Fahy (2001), um dos principais meios de

comunicação entre os seres vivos, desde a profundeza dos oceanos até na

superfície terrestre. Devido a sensibilidade do sistema auditivo humano, o som

é o principal agente para acionar o sistema de alerta do ser humano.

Existe uma diferença conceitual entre som e ruído. Som é a sensação

produzida no sistema auditivo e ligado a sensações positivas. Ruído está ligado

a sons sem harmonia e em geral de sons que geram sensações negativas ao

ser humano. Bistafa, (2011).

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2.4. Onda Sonora

A onda sonora é uma flutuação de pressão longitudinal, que se move

através de um meio elástico e é chamada longitudinal (Figura 3) porque as

partículas do ar se movimentam na mesma direção de propagação da onda. O

meio pode ser um gás , líquido ou sólido , embora em nossa experiência

cotidiana é mais freqüentemente ouvir sons transmitidos pelo ar. Long (2006).

Figura 3 - Representação de uma onda sonora.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Ficheiro:CPT-sound-physical-manifestation.svg

2.5. Período e Frequência

2.5.1. Período (T)

Define-se período como o intervalo de tempo, em segundos, decorridos

para que um ciclo de variação se complete. Por exemplo, se o coração humano

bater aceleradamente a 120 batidas por minuto, divide-se o intervalo de tempo

decorrido em segundos (60 s), pelo total de ciclos (120 batidas), assim tem-se

o período de uma batida, T = 0,5 s conforme equação (1). LONG, (2006).

(1)

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Em acústica o ciclo é determinado pela variação de mesma amplitude,

conforme mostrado na Figura 5.

Figura 4 – Período e frequência de onda sonora.

Fonte: Baron 2003, página 27.

2.5.2. Frequência

Frequência é número de períodos existentes em um segundo e pode ser

expressa pela equação (2).

(2)

Onde F é a frequência da onda ou número de ciclos por segundo

expressa em Hertz (Hz) e T é o período de uma oscilação.

Ondas sonoras que possuem um maior número de oscilações por

segundo são descritas como sons de alta frequência ou agudos, como, por

exemplo, o som de uma caneta de alta rotação usada por dentistas.

Por sua vez, ondas sonoras que possuem menor número de oscilações

de pressão por segundo, são descritos como sons de baixa frequência ou

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graves. Um exemplo de som grave é, por exemplo, o som de trovoadas,

quando existe a aproximação de uma tempestade.

A Figura 6 exemplifica graficamente o que é frequência, amplitude e

comprimento de onda.

Figura 5 - Frequência de uma onda.

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Som#/media/File:Som_freq.png

2.6. Nível de Pressão Sonora (NPS)

A variação de pressão presente em uma onda sonora é muito pequena,

se comparada com a pressão atmosférica do ar. Assim, a menor variação de

pressão que é perceptível como som é de cerca de 2x10-5 Pa ou 2x10-5 N/m².

O limite superior útil, perceptível como sensação de som, é chamado limiar da

dor. A pressão sonora correspondente a esse valor é de cerca de 20 Pa, valor

muito pequeno se comparado com a pressão atmosférica (≈ 105 Pa). É notável

que o sistema auditivo possui uma sensibilidade auditiva tão elevada, que é

capaz de processar sinais sonoros com pressões sonoras que abrangem seis

ordens de magnitude. Por isso é mais fácil empregar o logaritmo da pressão

sonora como uma medida da força do som:

(3)

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Na equação (3), onde L é o nível de pressão sonora calculado, P0 é a

raiz quadrada da pressão, e PB = 2 x 10-5 Pa é a pressão de referência

padronizada internacionalmente. Kuttruff, (2007)

A quantidade definida na equação é chamada de Nível de pressão

sonora (NPS), e sua escala é chamada decibel (dB) Kuttruff, (2007). O decibel

(dB) é uma unidade logarítmica, que indica a proporção de uma quantidade

física (geralmente energia ou intensidade), em relação a um nível de referência

especificado ou implícito.

2.7. Ruído de Fundo

Em uma medição acústica realizada em campo, o ruído de fundo pode

ser resumido como o ruído ambiente, o ruído que fica como plano de fundo de

uma caracterização acústica. Esse ruído é característico do local onde será

realizada a medição. Se a aferição ocorrer em um edifício, situado ao lado de

uma avenida movimentada, o ruído de fundo dessa medição, provavelmente

será composto por todas as fontes sonoras existentes na localidade e com

maior relevância para o ruído provocado pelo trânsito da avenida, com níveis e

variações de pressão sonora, característicos com o tráfego da avenida. A

Figura 7 ilustra um mapeamento acústico, cuja principal fonte de ruído é do

tráfego de veículos.

Figura 6 - Exemplo de mapeamento de ruído de uma cidade.

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Fonte: http://techne.pini.com.br

Por sua vez, se a aferição ocorrer nas proximidades de um aeroporto,

provavelmente o ruído de fundo será composto pelo ruído das fontes sonoras

da localidade (incluindo-se o ruído do tráfego veicular), com destaque para o

ruído provocado pelo trânsito das aeronaves.

2.8. Tempo de Reverberação TR

Tempo de reverberação TR é definido como o tempo necessário para

que o nível de pressão sonora de uma sala caia 60 dB de seu nível inicial após

o desligamento de sua fonte sonora. Se a sala possuir alta absorção sonora, o

tempo para que o nível de pressão sonora decaia 60 dB, será curto, e por sua

vez, se a sala possuir baixa absorção sonora, o tempo de reverberação será

alto Vigran, (2006)

O tempo de reverberação de uma sala, pode ser calculado através da

equação (4), onde V é o volume da sala e A, área de absorção equivalente do

recinto em m2.

(4)

A avaliação do tempo de reverberação pode ser feita através da

excitação do recinto fechado, com uma fonte sonora omnidirecional,

reproduzindo um ruído aleatório (ruído branco ou ruído rosa), até que o recinto

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atinja um nível estabilizado de energia sonora. Nesse momento, desliga-se a

fonte sonora, e com a ajuda de um dispositivo de medição de nível de pressão

sonora, avalia-se o tempo em que o nível de pressão sonora decaia 60 dB.

Porém, por muitas vezes, devido a presença de um ruído de fundo muito

elevado, não se consegue essa diferença de 60 dB entre o sinal emitido pela

fonte e o ruído de fundo. Assim, o tempo de reverberação T60 pode ser

estipulado por uma extrapolação da diferença de nível de pressão sonora dos

20 dB iniciais (T20) ou dos 30 dB iniciais (T30), a partir dos 5 dB, abaixo do nível

de pressão sonora de excitação.

A Figura 8 mostra uma curva típica do tempo de reverberação para

diferentes frequências de onda sonora.

Figura 7 - Curva decaimento característica do levantamento do tempo de reverberação de uma sala.

Fonte: Arquivo pessoal.

2.9. Transmissão sonora de ruído aéreo

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Uma parede entre dois recintos reduz a transmissão sonora entre eles.

De fato, uma frente de onda, ao incidir sobre uma parede sólida, encontra um

meio material com propriedades distintas do ar no recinto. A frente de onda

deve então propagar-se através do material sólido, percorrendo a espessura da

parede, encontrando do outro lado da parede o ar do recinto contíguo. Toda

vez que ocorrer uma mudança das características do meio de propagação, há

uma redução na intensidade sonora transmitida para o meio seguinte Bistafa

(2011), conforme ilustra a Figura 9.

Figura 8 – Formas de propagação do som entre recintos.

Fonte: Vigran 2008, página 211.

Uma das formas de quantificar a capacidade de uma parede em impedir

a propagação do som é através do índice de redução sonora aparente (R’):

(5)

onde S é a área da partição em metros quadrados, A representa a área de

absorção equivalente da sala de recepção em metros quadrados (m2), dada

pela equação de Sabine (6), V representa o volume da sala receptora e T o

tempo de reverberação da mesma.

(6)

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2.10. Ruído de impacto

Ruídos de impacto são aqueles que têm sua origem na excitação direta

de um sistema depiso, por uma força aplicada sobre o sistema. Em geral, é

uma força com característica de percussão causada por um choque entre um

objeto qualquer e o sistema de vedação, originando no mesmo um estado

vibracional que, por sua vez, é a fonte de irradiação sonora nos locais de

contato entre objeto e sistema de vedação.

A diferença fundamental com os ruídos aéreos tem raiz na origem das

vibrações, as quais, neste caso, são produzidas pela força de impacto,

enquanto que no ruído aéreo é produzida pela pressão acústica incidente sobre

o sistema de vedação.

O ruído aéreo afeta os recintos imediatamente próximos, porém, o ruído

de impacto pode afetar todo um imóvel, já que a energia que chega ao sistema

de vedação se transmite de maneira rápida e eficaz em tudo que está em

contato com o sistema de vedação Llinares; Lopes; Sanches (1996).

A Figura 10 mostra uma representação esquemática da propagação da

onda sonora induzida por impacto e do ensaio correspondente.

Figura 9 - Esquema representando a avaliação de ruído de impacto.

Fonte: Fonte: Vigran 2008, página 216.

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3. MATERIAIS E MÉTODOS

3.1. Descrição da edificação e dos Sistemas de Vedação (SV)

estudados

A edificação na qual foram feitos os levantamentos de dados, para

posterior análise dos SV, está situada em Santa Maria – RS, e representa a um

das tipologias de empreendimentos imobiliários da região. Contendo entre um

e dois dormitórios, com um banheiro social, sala, cozinha e lavanderia, são

destinados a empreendedores que buscam ampliar suas receitas através da

locação dos mesmos para estudantes, militares e pessoas que se mudam para

a cidade em busca de melhores oportunidades.

As Figuras 11, 12 e 13 mostram, respectivamente, uma representação

3D da edificação mencionada, parte da planta baixa e uma foto da fachada.

Figura 10 -– Esquema em 3 dimensões representando a edificação estudada.

Fonte: Arquivo pessoal.

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Os SVVI estudados são os que separam os apartamentos 203 e 205, os

apartamentos 303 e 305. Por sua vez, os SP estudados são os que separam

os apartamentos 305 e 205 e também o que separa os apartamentos 405 e

305. Os objetos de estudos foram selecionados por estarem separando os

locais críticos da edificação, onde os ambientes de final 3, compõem o

dormitório do apartamento, local onde o ruído deve ser o mínimo possível, para

garantir o conforto do usuário. Por sua vez, os ambientes de final 5 são

cozinhas e lavanderias, local onde se concentram fontes sonoras muito

ruidosas, como ilustras a figura 11.

Figura 11 - Esquema em planta representando a edificação e os sistemas de vedação estudados.

Fonte: Arquivo pessoal.

As paredes que compõem os SVVI da edificação estudada possuem

parede de alvenaria simples, executadas com blocos cerâmicos de 6 furos,

com dimensões (9cm x 14cm x 19cm), assentados sobre argamassa de

assentamento e rebocadas com espessura de argamassa entre 2,5 cm a 3,0

cm. A face da parede voltada para o lado da cozinha dos apartamentos com

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final 3 possui cerâmica sobre a argamassa como acabamento. A espessura

total da parede é aproximadamente de 20 cm.

Por sua vez, as lajes que compõem os Sistemas de Piso (SP) são

constituídas de pré-laje, com vigotas de concreto, preenchimento de tavelas

cerâmicas com espessura de 8cm, capa de concreto com espessura

aproximada de 5,5cm a 6cm e revestimento com piso cerâmico tipo

porcelanato, totalizando uma espessura de aproximadamente 15cm.

3.2. Equipamentos utilizados

3.2.1. Fonte sonora

Para a avaliação da perda de transmissão sonora para ruídos aéreos,

utilizou-se como gerador de ruído uma fonte omnidirecional dodecaédrica da

marca Bruel & Kjaer de modelo (4295), conforme o anexo A da norma ISO

16283-1.

3.2.2. Medidor de nível de pressão sonora

A avaliação do nível de pressão sonora foi efetuada com a utilização do

medidor de NPS, modelo 2270 Bruel & Kjaer. Os microfones utilizados para a

medição em campo foram da marca Bruel & Kjaer, modelo compatível com o

medidor de nível de pressão sonora utilizado nas medições, ambos de acordo

com as normativas de referência do presente trabalho ISO 16283-1 e ISO 140-

7 (Figura 12).

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Figura 12 - Medidor de NPS e fonte sonora omnidirecional usados no levantamento de dados em campo.

Fonte: www.bksv.com

3.3. Medições em campo

A determinação do atendimento do nível de desempenho acústico para

SVVI e SP de uma edificação, segundo os pré-requisitos dos itens 12 da NBR

15575-3 e NBR 15575-4, tem seu início nas atividades de medições, que para

esse trabalho, foram realizadas em campo, ou seja, dentro da edificação.

Porém, para que fosse possível chegar ao valor que referencia, ou não, o

atendimento aos níveis de desempenho acústico desses sistemas, foi

necessário realizar diferentes tipos de medições acústicas. Os dados

adquiridos com esses levantamentos em campo compõem uma engrenagem

de cálculo, e que posteriormente se transformam em um único número, o qual

pode ser comparado com os valores indicados nas tabelas da norma de

desempenho, onde se pode aferir o nível de desempenho dos sistemas.

Cada levantamento acústico diferente executado em campo seguiu sua

norma vigente. Os subitens subsequentes trazem, além da descrição do

levantamento executado, uma descrição, quando necessária, de sua

importância nos cálculos que os seguem, e também trazem um resumo dos

itens e configurações necessárias, para que os dados obtidos por essas

medições possam ter validade, e de fato comporem essa delicada engrenagem

de cálculo do valor de referência de desempenho dos SVVI e SP.

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3.3.1. Levantamento do ruído de fundo.

O levantamento do ruído de fundo tem sua importância em trazer ao

executante da medição acústica, a informação inicial dos níveis de pressão

sonora dentro do cômodo onde está inserido o sistema de vedação. Valores

muito altos do ruído de fundo dificultam, por exemplo, a obtenção da diferença

de nível de pressão sonora necessária entre cômodo de emissão sonora e

cômodo de recepção sonora ideal para que se possa aferir o tempo de

reverberação do ambiente. Outro exemplo da necessidade da aquisição do

ruído de fundo é avaliar a flutuação dos níveis de pressão sonora nas bandas

de frequências, em um intervalo de tempo. A flutuação ou a existência de um

ruído em determinadas faixas de frequências, pode inferiorizar o real

comportamento acústico do sistema de vedação, quando se faz presente no

ambiente de recepção estudado.

Assim, avaliou-se o ruído de fundo das edificações seguindo as

solicitações das normas ISO 140-7 (1999), (que foi substituida pela ISO 16283-

2 em dezembro de 2015), ISO 3382-2 (2009) e ISO 16283-1 (2014), para

assegurar que as observações feitas na sala receptora não sejam influenciadas

pelo ruído externo. Para tal, utilizou-se um medidor de nível de pressão sonora,

analisando, em tempo real, o espectro de frequências, com o intuito de

identificar a interferência de algum ruído externo, em alguma banda de

frequência específica. Posteriormente, o mesmo foi registrado para análises

seguintes.

3.3.2. Levantamento do tempo de reverberação

O tempo de reverberação foi avaliado de acordo com a norma

internacional ISO 3382-2 e adotou-se o método de avaliação de controle,

observando-se os critérios estipulados pela norma:

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Utilizou-se o método do ruído interrompido conforme (3.2 da ISO 3382-

2). Observou-se o decaimento do nível de pressão sonora em seus iniciais 20

dB, (T20) extrapolando-se para 60 dB, utilizando a faixa de 5 dB até 25 dB,

abaixo do nível de pressão sonora de excitação (item 3.5 - Nota 2 ISO 3382-2).

Verificaram-se a temperatura e umidade das unidades autônomas assim

como solicitado em (item 4.1 - Tabela 1 ISO 3382-2). Todos os equipamentos

utilizados estão descritos no item 3.1 do presente trabalho (item 4.2. ISO 3382-

2). Para as medições foram utilizadas 6 combinações de fonte-microfone: 2

posições de fonte, 3 posições de microfone, com 3 decaimentos para cada

posição de microfone (item 4.3 - Tabela 1 ISO 3382-2).

A distância entre fonte e microfone usadas nas medições seguem o

critério de distância calculada em conformidade com a equação 1 da ISO 3382-

2. Assim, para a edificação obteve-se a distância de 1,5 m. A faixa de

frequência utilizada para o método de controle foi de 250 Hz até 2000 Hz,

conforme item 5.1 da ISO 3382-2. O tempo de excitação usado foi de 10

segundos, compatível com o tempo necessário para a estabilização da energia

sonora no quarto avaliado.

3.3.3. Levantamento da diferença padronizada de nível (DnT) dos

sistemas de vedações verticais (SVV) e dos sistemas de piso (SP)

A análise da diferença padronizada de nível (DnT) do sistema de vedação

vertical das unidades autônomas avaliadas, das edificações, deu-se conforme

requisitos da norma internacional ISO 16283-1 (2014). Para tal, foram

observadas as suas recomendações.

Toda instrumentação utilizada, que está descrita no item 3.1 do presente

trabalho, segue sugestões do (item 4 da ISO 16283-1). As medições se

procederam utilizando microfones fixos apoiados em tripés conforme (item 3.6

ISO 16283-1).

A faixa de frequência analisada com centro de banda em terço de oitava,

(100, 125, 160, 200, 250, 315, 400, 500, 630, 800, 1000, 1250, 1600, 2000,

2500, 3150), segue as prescrições do item 5 da ISO 16283-1.

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Segundo o item 6 da ISO 16283-1, nenhum difusor ou material capaz de

aumentar a difusão sonora foi introduzido nos locais de medição. Foram

utilizadas duas posições de fonte para as medições, conforme (item 7.1 da ISO

16283-1) e no ato da medição a mesma encontrava-se parada e apoiada sobre

tripé, com mesma configuração de emissão sonora, entre as duas posições,

conforme item 7.2 da ISO 16283-1.

Na avaliação dos (SVV) utilizou-se um ruído do tipo branco por possuir

nível de pressão sonora constante em todo centro de banda do espectro, em

conformidade com item 7.2.1 da ISO 16283-1. A distância entre a fonte e as

paredes da sala de emissão são de 0,5 m e 1,0 m para a partição em análise, a

partir do centro da fonte sonora conforme descrito no item 7.2.2 da ISO 16283-

1.

A distância adotada entre as posições de fonte foi de 1,5 m em acordo

com item 7.2.2 da ISO 16283-1. A altura da fonte adotada foi de 1,7 m com

relação ao piso conforme (item 7.2.2 da ISO 16283-1). Foram usadas 5

posições de microfones para cada posição de fonte na sala de recepção, sem

que nenhuma posição de microfone se encontre no mesmo plano em relação

aos limites da sala, nem estar disposto em uma grade regular conforme (item

7.2.2 da ISO 16283-1).

Para as posições de microfone, foram respeitadas as distâncias

mínimas, conforme (item 7.6 da ISO 16283-1):

0,5 m entre a posição do microfone e os limites da sala;

0,7 m entre as posições dos microfones;

1,0 m entre a posição do microfone e a fonte sonora;

O tempo de medição adotado para cada posição de microfone foi de 15

segundos, conforme item 7.7.1 da ISO 16283-1. Para evitar que fossem feitas

correções, garantiu-se que a diferença de nível de pressão sonora entre o ruído

gerado pela fonte ficasse acima dos 10 dB acima dos 30 dB de diferença entre

sinal e ruído de fundo necessário para o cálculo do T30, conforme item 9.2 da

ISO 16283-1.

Para o cálculo do nível de pressão sonora médio na sala de emissão L1

e na sala de recepção L2, utilizou-se a equação (9) da ISO 16283-1.

A diferença de nível de pressão sonora entre sala de emissão e

recepção foi calculada através da equação (1) da ISO 16283-1, e

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posteriormente calculou-se a diferença de nível padronizada através da

equação (2) da norma.

A Figura 15 ilustra uma parte de um dos cômodos que teve o tempo de

reverberação avaliado.

Figura 13 - Imagem do momento da medição do levantamento dos níveis de pressão sonora, para posterior cálculo do Dnt.

Fonte: Arquivo pessoal.

3.3.4. Levantamento de nível de pressão sonora de impacto padrão

(L’nT) dos sistemas de piso (SP)

Determinou-se, em campo, o nível de pressão sonora de impacto padrão

em sistema de piso entre unidades autônomas, caracterizando de forma direta

o comportamento acústico do sistema, conforme é descrito na norma ISO 140-

7:1998.

Todos os equipamentos utilizados, seguem as recomendações do item 4

e do anexo A da norma ISO 140-7:1998. A avaliação do ruído de impacto

ocorreu em bandas de terço de oitava, conforme item 5.1 da norma ISO 140-7.

A avaliação em campo deu-se com 4 posições distintas da maquina de

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impacto, essas posições foram distribuídas de forma aleatória sobre o piso

avaliado, com distância superior a 0,5 metros dos limites do local avaliado

(conforme item 5.2 da ISO 140-7);

A máquina de impactos foi posicionada em ângulo de 45° das vigotas

que compunham a pré laje (também seguindo o item 5.2 da ISO 140-7);

Utilizaram-se 4 posições de microfones espalhados de forma aleatória

na sala avaliada com a seguinte configuração de distâncias (conforme item

5.3.2 da ISO 140-7):

• Distância superior 0,7 metros entre as posições de microfone;

• Distância superior 0,5 metros entre a posição do microfone e os

limites da sala;

• Distância superior a 1,0 m do piso que está sendo excitado pela

máquina de impactos e o microfone captador do ruído.

Foram efetuadas 16 medições com a configuração de 4 posições da

máquina de impacto e 4 posições de microfone. O tempo de medição usado foi

de 6 segundos para cada configuração de posição máquina-microfone

(conforme item 5.4.3 da ISO 140-7), com tempo de estabilização de igual valor.

A medição do tempo de reverberação seguiu os procedimentos da

norma ISO 3382-2, e está descrita no item 3.3 do presente trabalho. Os níveis

de pressão sonora médios Li nas salas foram, calculados segundo a equação

(1), e o nível de pressão sonora de ruído de impactos padronizado segundo a

equação (3) da (ISO 140-7).

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Figura 14 - Imagem do momento da medição do levantamento dos níveis de pressão sonora, para posterior cálculo do L’nt.

Fonte: Arquivo pessoal. 3.4. Cálculo dos parâmetros levantados em campo

3.4.1. Cálculo dos Níveis de pressão sonora médios

Para o cálculo dos níveis de pressão sonora médios nas salas de

emissão (para cálculo da DnT - ruído aéreo) e nas salas de recepção (para

cálculo do DnT - ruído aéreo - e do L’nT - ruído de impacto) as normas

internacionais ISO 140-7 e ISO 16283-1 fazem uso da mesma equação e estão

descritas em seus respectivos itens (3.1) e (7.8.1), reproduzida aqui pela

equação (7).

(7)

3.4.2. Diferença padronizada de nível (DnT) e diferença padronizada de

nível pondera (DnT,w)

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Os valores de (DnT) podem ser calculados através da equação (8),

descrita no item 7.8.1 da norma internacional ISO 16283-1, que se segue:

(8)

Na equação (8), T0 é o tempo de reverberação de referência para

moradias, com valor de 0,5 segundos, e T, é o tempo de reverberação médio

medido na sala de recepção, e D é a diferença entre o nível de pressão sonora

médio da sala de emissão e da sala de recepção.

A transformação de (DnT) para (DnT,w) ocorre após o ajuste da curva de

referência, apresentada na tabela 3 da ISO 717-1, onde, a comparação deve

ser realizada através das curvas medidas e a de referência, onde essa deverá

ser deslocada, de 1 em 1 dB, na direção da curva medida. Tal deslocamento

deverá ser feito até que a soma dos desvios desfavoráveis (aqueles que

ocorrem quando o resultado de medição, para uma dada frequência, é inferior

ao valor de referência) não seja superior a 32 dB ou a média entre o somatório

dos desvios desfavoráveis e o número de bandas de terço de oitava, não

exceda 2 dB (32 desvios desfavoráveis dividido por 16 bandas de frequência).

Após esse procedimento, o número único do índice de redução sonora será o

valor obtido a 500 Hz na curva de referência padrão.

3.4.3. Nível de ruído de impacto padronizado (L’nT) e nível de ruído de

impacto padronizado ponderado (L’nT,w)

A equação que determina o nível de ruído de impacto padronizado

(descrito na tabela 5 da NBR 15575-3 como parâmetro acústico de avaliação

de desempenho acústico de pisos) é representada por:

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(9)

Na equação (9), L1 representa o nível médio de pressão sonora na sala

de recepção e pode ser calculado através da equação (7) descrita no item (3.4)

da norma (ISO 140-7). O termo que se segue na equação é uma correção do

valor de L1, visto que a sala de recepção pode provocar uma amplificação do

sinal que chega aos microfones devido ao seu tempo de reverberação T. A

constante T0 é o tempo de reverberação de referência, igual a 0,5 segundos.

A transformação de (L’nT) para (L’nT,w) ocorre após o ajuste da curva de

referência, apresentada na tabela 3 da ISO 717-2:2013. A comparação deve

ser realizada por meio das curvas medida e a de referência, onde essa deverá

ser deslocada, de 1 em 1 dB, na direção da curva medida. Tal deslocamento

deverá ser feito até que a soma dos desvios favoráveis (aqueles que ocorrem

quando o resultado de medição, para uma dada frequência, é superior ao valor

de referência) não seja superior a 32 dB ou a média entre o somatório dos

desvios desfavoráveis e o número de bandas de terço de oitava, não exceda 2

dB (32 desvios desfavoráveis dividido por 16 bandas de frequência). Após esse

procedimento, o número único do índice de redução sonora será o valor obtido

a 500 Hz na curva de referência padrão.

3.5. Valores de referência estipulados pelas normas.

A norma de desempenho brasileira, NBR 15575-4, descreve em seu

anexo F, os limites de desempenho acústico, de sistemas de vedações

verticais, através da diferença padronizada de nível pondera (DnT,w), em suas

classificações mínima (M), intermediária (I) e superior (S). O Quadro 1 contém

informações sobre os valores de referência para o DnT,w.

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Quadro 1 - Valores de referência para (DnT,w), retirados do anexo F da norma NBR 15575-4.

Elemento DnT,w [dB]

Nível de desempenho

40 a 44 M

45 a 49 I Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de

geminação), nas situações onde não haja ambiente dormitório. ≥50 S

45 a 49 M

50 a 55 I

Parede entre unidades habitacionais autônomas (parede de

geminação), no caso em que pelo menos um dos ambientes é

dormitório. ≥55 S

40 a 44 M

45 a 49 I

Parede cega de dormitórios entre uma unidade habitacional e áreas

comuns de trânsito eventual, como corredores e escadaria nos

pavimentos. ≥50 S

30 a 34 M

35 a 39 I

Parede cega de salas e cozinhas entre uma unidade habitacional e

áreas comuns de trânsito eventual como corredores e escadaria dos

pavimentos. ≥40 S

45 a 49 M

50 a 54 I

Parede cega entre uma unidade habitacional e áreas comuns de

permanência de pessoas, atividades de lazer e atividades

esportivas, como home theater, salas de ginástica, salão de festas,

salão de jogos, banheiros e vestiários coletivos, cozinhas e

lavanderias coletivas. ≥55 S

40 a 44 M

45 a 49 I Conjunto de paredes e portas de unidades distintas separadas pelo

hall (DnT,w obtida entre as unidades). ≥50 S

A norma de desempenho brasileira, NBR 15575-3, descreve em seu

anexo E, os limites de desempenho acústico, de sistemas de vedações

horizontais (sistemas de piso), através da diferença padronizada de nível

pondera (DnT,w), em suas classificações mínima (M), intermediária (I), e

superior (S), para o ruído aéreo entre cômodos sobrepostos, e também

descreve, no mesmo anexo, os limites de desempenho acústico, (M), (I) e (S),

através do nível de pressão sonora de impacto padrão ponderado (L’nT,w) para

ruído de impacto. O Quadro 2 contém informações sobre os valores de

referência para o DnT,w para sistemas de pisos.

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Quadro 2 - Valores de referência de níveis de desempenho acústico para (DnT,w), retirados do

anexo E da norma NBR 15575-3.

Já o Quadro 3 contém informações sobre os valores de referência para o

L´nT,w.

Quadro 3 - Valores de referência de (L’nT,w), retirados do anexo E da norma NBR 15575-3.

4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

4.1. Diferença de nível padronizada ponderada nos sistemas de

vedações verticais internos (SVVI) da edificação estudada

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4.1.1. (DnT,w) entre as unidades autônomas adjacentes 203 e 205

Os resultados das medições dos valores de DnT,w são resumidos no

Quadro 4, para as unidades autônomas 203 e 205. Onde o local da emissão

sonora (E) foi a cozinha do apartamento 203, e a recepção (R) era o dormitório

do apartamento 203. Para que a curva de referência ficasse ajustada de forma

a garantir uma diferença não superior a 32 dB entre a curva de referencia

ajustada e a curva calculada subtraiu-se 4 dB em todas as frequências

analisadas, da curva de referência padrão. Assim o valor encontrado para a

diferença padronizada de nível ponderada, retirado da frequência de 500 hertz

da curva ajustada foi 48 dB.

Quadro 4 - Determinação do (DnT,w) para E(203) R(205)

(DnT,w) para E(203) R(205)

Frequência (Hz)

Curva Referência [CR] (dB) [DnT] Curva Ajustada (CA)

[CR] - [4 (dB)] [CA] - [DnT]

100 33,00 31,05 29,00 -

125 36,00 41,39 32,00 -

160 39,00 42,04 35,00 -

200 42,00 38,24 38,00 -

250 45,00 40,11 41,00 0,89

315 48,00 39,68 44,00 4,32

400 51,00 42,74 47,00 4,26

500 52,00 43,35 48,00 4,65

630 53,00 44,79 49,00 4,21

800 54,00 47,06 50,00 2,94

1000 55,00 48,90 51,00 2,10

1250 56,00 49,29 52,00 2,71

1600 56,00 51,04 52,00 0,96

2000 56,00 53,45 52,00 -

2500 56,00 54,38 52,00 -

3150 56,00 56,82 52,00 -

∑ (< 32 dB) = 27,03

A Figura 17 ilustra os resultados dos valores de Dnt,w mostrados no

Quadro 4.

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Figura 15 - Valores calculados e o índice geral de nível de desempenho para o sistema de vedação vertical interno E(203) → R(205).

4.1.2. (DnT,w) entre as unidades autônomas adjacentes 303 e 305

Os resultados dos valores de DnT,w são resumidos no Quadro 5, para as

unidades autônomas 303 e 305.

Quadro 5 - Determinação do (DnT,w) para E(303) R(305)

(DnT,w) para E(303) R(305)

Frequência (Hz)

Curva Referência [CR] (dB) [DnT] Curva Ajustada (CA)

[CR] - [4 (dB)] [CA] - [DnT]

100 33,00 33,34 29,00 -

125 36,00 41,51 32,00 -

160 39,00 43,59 35,00 -

200 42,00 34,12 38,00 3,88

250 45,00 41,20 41,00 -

315 48,00 38,44 44,00 5,56

400 51,00 41,73 47,00 5,27

500 52,00 44,85 48,00 3,15

630 53,00 45,11 49,00 3,89

800 54,00 47,00 50,00 3,00

1000 55,00 47,75 51,00 3,25

1250 56,00 49,96 52,00 2,04

1600 56,00 51,66 52,00 0,34

2000 56,00 52,54 52,00 -

2500 56,00 52,97 52,00 -

3150 56,00 56,07 52,00 -

∑ (< 32 dB) = 30,37

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A Figura 18 mostra graficamente os resultados dos valores de Dnt,w

mostrados no Quadro 5.

Figura 16 - Valores calculados e o índice geral de nível de desempenho para o sistema de vedação vertical interno E(303) → R(305).

4.2. DnT,w de sistemas de vedações horizontais (SP)

4.2.1. DnT,w entre as unidades autônomas sobrepostas 305 e 205

Os resultados dos valores de DnT,w são resumidos no Quadro 6, para as

unidades autônomas 305 e 205.

Quadro 6 - Determinação do (DnT,w) para E(305) R(205)

(DnT,w) para E(305) R(205) Frequência

(Hz) Curva Referência [CR]

(dB) [DnT] Curva Ajustada (CA)

[CR] - [7 (dB)] [CA] - [DnT]

100 33,00 25,11 26,00 0,89 125 36,00 42,07 29,00 - 160 39,00 37,84 32,00 - 200 42,00 43,61 35,00 - 250 45,00 42,68 38,00 - 315 48,00 41,06 41,00 - 400 51,00 42,68 44,00 1,32 500 52,00 42,20 45,00 2,80 630 53,00 46,18 46,00 -

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800 54,00 47,72 47,00 - 1000 55,00 47,69 48,00 0,31 1250 56,00 45,07 49,00 3,93 1600 56,00 45,00 49,00 4,00 2000 56,00 48,24 49,00 0,76 2500 56,00 51,76 49,00 - 3150 56,00 55,27 49,00 -

∑ (< 32 dB) = 14,01

A Figura 19 resume em um gráfico os resultados dos valores de Dnt,w

mostrados no Quadro 6.

Figura 17 - Valores calculados e o índice geral de nível de desempenho para o sistema de vedação vertical interno E(303) → R(205).

4.2.3. DnT,w entre as unidades autônomas sobrepostas 405 e 305

O Quadro 7 contém os valores de DnT e o respectivo valor ponderado

DnT,w, para as unidades autônomas 405 e 305.

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Quadro 7 - Determinação do (DnT,w) para E(405) R(305)

(DnT,w) para E(305) R(205)

Frequência (Hz)

Curva Referencia [CR] (dB) [DnT] Curva Ajustada (CA)

[CR] - [7 (dB)] [CA] - [DnT]

100 33,00 20,52 26,00 5,48

125 36,00 45,85 29,00 -

160 39,00 43,01 32,00 -

200 42,00 41,80 35,00 -

250 45,00 40,34 38,00 -

315 48,00 38,34 41,00 2,66

400 51,00 41,32 44,00 2,68

500 52,00 41,82 45,00 3,18

630 53,00 43,00 46,00 3,00

800 54,00 44,66 47,00 2,34

1000 55,00 46,93 48,00 1,07

1250 56,00 46,62 49,00 2,38

1600 56,00 48,17 49,00 0,83

2000 56,00 49,24 49,00 -

2500 56,00 52,61 49,00 -

3150 56,00 55,13 49,00 -

∑ (> 32 dB) = 23,62

A Figura 20 resume em um gráfico os resultados dos valores de Dnt,w

mostrados no Quadro 7.

Figura 18 - Valores calculados e o índice geral de nível de desempenho para o sistema de vedação vertical interno E(405) → R(305).

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4.3. L’nT,w dos sistemas de vedação horizontais (SP) estudados

4.3.1. L’nT,w entre unidades autônomas sobrepostas 305 e 205

O Quadro 8 contém os valores de L'nT e o respectivo valor ponderado

L'nT,w, para as unidades autônomas 305 e 205.

Quadro 8 - Determinação do (L'nT,w) para E(305) R(205)

(L'nT,w) para E(305) R(205)

Frequência (Hz)

Curva Referência [CR] (dB)

[L'nT] Curva Ajustada (CA) [CR] + [27 (dB)]

[L'nT] - [CA]

100 62,00 56,34 89,00 - 125 62,00 58,24 89,00 - 160 62,00 64,36 89,00 - 200 62,00 65,39 89,00 - 250 62,00 67,41 89,00 - 315 62,00 69,42 89,00 - 400 61,00 70,88 88,00 - 500 60,00 73,59 87,00 - 630 59,00 73,64 86,00 - 800 58,00 74,36 85,00 - 1000 57,00 76,90 84,00 - 1250 54,00 81,89 81,00 0,89 1600 51,00 83,65 78,00 5,65 2000 48,00 82,24 75,00 7,24 2500 45,00 79,85 72,00 7,85 3150 42,00 78,87 69,00 9,87

∑ (< 32 dB) = 31,51

A Figura 21 resume em um gráfico os resultados dos valores de Lnt,w

mostrados no Quadro 8.

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Figura 19 - Valores calculados e o índice geral de nível de desempenho para o sistema de vedação horizontal E(305) → R(205).

4.3.2. L’nT,w entre unidades autônomas sobrepostas 405 e 305.

O Quadro 9 contém os valores de L'nT e o respectivo valor ponderado

L'nT,w, para as unidades autônomas 405 e 305.

Quadro 9 - Determinação do (L'nT,w) para E(405) R(305)

(L'nT,w) para E(405) R(305)

Frequência (Hz)

Curva Referência [CR] (dB)

[L'nT] Curva Ajustada (CA) [CR] + [27 (dB)]

[L'nT] - [CA]

100 62,00 51,88 89,00 -

125 62,00 58,73 89,00 -

160 62,00 66,96 89,00 -

200 62,00 72,84 89,00 -

250 62,00 74,90 89,00 -

315 62,00 77,90 89,00 -

400 61,00 76,04 88,00 -

500 60,00 77,69 87,00 -

630 59,00 78,80 86,00 -

800 58,00 77,47 85,00 -

1000 57,00 78,62 84,00 -

1250 54,00 80,47 81,00 -

1600 51,00 80,72 78,00 2,72

2000 48,00 81,83 75,00 6,83

2500 45,00 80,95 72,00 8,95

3150 42,00 79,15 69,00 10,15 ∑ (< 32 dB) = 28,65

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A Figura 22 resume em um gráfico os resultados dos valores de Lnt,w

mostrados no Quadro 9.

Figura 20 - Valores calculados e o índice geral de nível de desempenho para o sistema de piso E(405) → R(305).

4.4. Análise dos valores apresentados nos (SVVI) e (SP) para (DnT,w)

Para que um SV atenda o nível mínimo de desempenho acústico para

ruídos transmitidos de maneira aérea (conforme NBR 15575-3 e NBR 15575-

4), o valor encontrado após ajuste da curva de referência, (conforme proposto

em ISO 717-1), não deve apresentar valor de DnT,w inferior a 45 dB, tanto para

SVV como para SP. O quadro 10 apresenta, os valores obtidos de DnT,w dos SV

estudados, bem como a sua avaliação perante os critérios estabelecidos pela

NBR.

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Quadro 10 – Níveis de desempenho estipulados pela NBR 15575-4

Valores estipulados pela NBR

15575-3 e 4 Vedação em análise Valor Cálculo

(dB) (M) (I) (S)

Desempenho do SV

(DnT,w) para SVVI

E(203) R(205) 48 45 - 49 50 - 55 ≥ 55

Atende ao critério de

desempenho acústico

mínimo

Quadro 10 – Níveis de desempenho estipulados pela NBR 15575-4 - continuação

Vedação em análise Valor Cálculo

(dB)

Valores estipulados pela NBR

15575-3 e 4 Desempenho do SV

(DnT,w) para SVVI

E(303) R(305) 48 45 - 49 50 - 55 ≥ 55

Atende ao critério de

desempenho acústico

mínimo

(DnT,w) para SP

E(305) R(205) 45 45 - 49 50 -54 ≥ 55

Atende ao critério de

desempenho acústico

mínimo

(DnT,w) para SP

E(405) R(305) 45 45 - 49 50 -54 ≥ 55

Atende ao critério de

desempenho acústico

mínimo

4.5. Análise dos valores apresentados nos (SP) para (L’nT,w)

Por sua vez, para que um SP atenda o nível mínimo de desempenho

acústico para ruídos transmitidos após impacto (conforme NBR 15575-3), o

valor encontrado após ajuste da curva de referência, (conforme proposto em

ISO 717-2), não deve apresentar valor de DnT,w superior a 80 dB para os

sistemas de piso estudados. O quadro 11 apresenta, os valores obtidos de

L’nT,w, bem como a sua avaliação perante os critérios estabelecidos pela NBR.

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Quadro 11 - Níveis de desempenho estipulados pela NBR 15575-3. Valores estipulados pela

NBR 15575-3 Vedação em análise

Valor

Campo

(dB) (M) (I) (S)

Desempenho do SV

(L'nT,w) para SP

E(305) R(205) 87 66 - 80 56 - 65 ≤ 55

Não atende os níveis de

desempenho acústico mínimo

(L'nT,w) para SP

E(405) R(305) 87 66 - 80 56 - 65 ≤ 55

Não atende os níveis de

desempenho acústico mínimo

5. CONCLUSÕES

O sistema de vedação entre as unidades 203 e 205, apresentou valor

da diferença padronizada de nível pondera em 48 dB, acima do mínimo

recomendado pela norma de desempenho NBR 15575-4, 45 dB. Porém, pela

faixa de classificação da mesma, o sistema de enquadra na faixa de mínimo

desempenho, entre 45 e 49 dB, conforme destaque no quadro 1 do presente

trabalho. O mesmo acontece para o sistema de vedação que separa as

unidades autônomas 303 e 305, conforme descrito no (Quadro – 10

continuação) do presente trabalho.

Desta maneira os sistemas de vedações verticais (SVVI) estudados,

apresentaram o mínimo de desempenho necessário para ceder ao usuário

conforto relacionado as questões acústicas. Nesses casos específicos não há a

necessidade de se fazer uma intervenção, ou uma mudança do sistema, visto

que os mesmos atendem aos critérios da NBR 15575-4.

Para os sistemas de pisos estudados, a realidade não é a mesma. Ainda

para ruído aéreo, o sistema de piso que separa as unidades 305 e 205

apresentou o mínimo valor para diferença padronizada de nível pondera 45 dB.

O mesmo acontece para o sistema de piso entre as unidades autônomas 405 e

305, que apresentou iguais 45 dB. Ambos os sistemas de piso, enquadram-se

na faixa de desempenho mínimo estipulado pela NBR 15575-3, apresentado no

presente trabalho em seu (Quadro 2).

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Diferentemente ambos os sistemas de piso, apresentaram valores de

nível de ruído de impacto padronizado ponderado muito acima dos 80 dB

estipulados pela NBR 15575-3. Os dois SP estudados apresentaram valor de

L’nT,w igual a 87 dB, e por esse motivo, não se enquadraram em nenhum nível

de desempenho.

Para que o sistema de piso estudado possa se enquadrara nas normas

vigentes, uma correção deverá ser ser implantada. Um sistema de

desacoplamento entre piso e contra piso, utilizando uma manta de lã de vidro,

poderá ser utilizada, visando o atendimento dos critérios de norma, baseando-

se em um estudo complementar, da melhor maneira de se aplicar a correção,

garantindo o menor custo e a maior eficiência.

O afastamento de ambientes ruidosos de ambientes onde o mínimo de

ruído é necessário, como cozinhas alocadas não próximas a dormitórios, é

necessária não apenas como atendimento de níveis de norma, mas por

questões de conforto essa distribuição de ambientes deverá ser evitada em

novas edificações.

6. REFÊRENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ABNT NBR 15575-1:2013 Edificações Habitacionais — Desempenho Parte 1: Requisitos gerais

ABNT NBR 15575-3:2013 Edificações habitacionais - Desempenho Parte 3: Requisitos para os sistemas de pisos;

ABNT NBR 15575-4:2013 Edificações habitacionais — Desempenho Parte 4: Sistemas de vedações verticais internas e externas – SVVIE

BISTAFA, S. Acústica Aplicada ao Controle de Ruído, 2011. COCCHI, A. SEMPRINI, G Sound Insulation and Flanking Transmission: from U.E. Directive 89/106 to the flanking transmission loss experimental Measurement, Euro noise, Naples, 2003.

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CROCKER, J. M. Encyclopedia of Acoustics: volume two. John Wiley & Sons, 1997.

EGAN, M. D. Architectural Acoustics. McGraw-Hill, Inc., 1988. FAHY, F. Foundations of Englneering Acoustics, 2003, San Diego, California, USA FERREIRA, J. A. C. Avaliação acústica de residências: resultados medidos e simulados. 2004. 152 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Mecânica) – Universidade Federal do Paraná, Curitiba. HEIDEMANN, A. M., CÂNDIDO A. P. L., KOSOUR C., COSTA A. R. O. , DRAGOSAVAC D., Influência do nível de ruídos na percepção do estresse em pacientes cardíacos, UNICAMP, Campinas, SP, Brasil. ISO 140-7 Acoustics - Measurement of sound insulation in buildings and of building elements - Part 7: Field measurements of impact sound insulation of floors (ISO 16283-2:2015)

ISO 16283-1:2014 Acoustics - Field measurement of sound insulation in buildings and of building elements - Part 1: Airborne sound insulation

ISO 3382-2:2008 Acoustics - Measurement of room acoustic parameters - Part 2: Reverberation time in ordinary rooms

ISO 717-1:2013 Acoustics - Rating of sound insulation in buildings and of building elements - Part 1: Airborne sound insulation

ISO 717-2:2013 Acoustics - Rating of sound insulation in buildings and of building elements - Part 2: Impact sound insulation

KUTTRUFF H., Acoustics An introduction, Taylor & Francis, 270 Madison Ave, NewYork, NY, USA. LIINARES, J., LLOPIS, A., SANCHO, J., Acustica Arquitectonica Y Urbanistica, (1996) Universidade Politecnica de Valencia, Camino de Vera, Valencia.

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PEREYRON, D. Estudo de tipologias de lajes quanto ao isolamento acústico. Dissertação Mestrado PPGEC, UFSM, Santa Maria, RS, Brasil, 2008. PINTO, R. B. Determinação experimental e numérica da redução sonora aérea em paredes de alvenaria utilizadas em habitações - Santa Maria - RS (2011) VIGRAN, TOR ERIK. (2008) Building Acoustics, New York, NY. SABBATINI, Fernando H., O precesso construtivo de edifícios de alvenaria estrutural sílico-calcária. 1984. 298p. Dissertação (Mestrado) – Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, São Paulo.