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0 CENTRO DE ENSINO SUPERIOR ALMEIDA RODRIGUES FAR FACULDADE ALMEIDA RODRIGUES ADMINISTRAÇÃO COM HABILITAÇÃO EM GESTÃO DE AGRONEGÓCIOS NEIMAR LISBOA ESTUDO DE CASO: LUDWIG INDÚSTRIA DE CARROCERIAS LTDA. IMPLANTAÇÃO DE PROJETOS E PROCESSOS DE FABRICAÇÃO RIO VERDE GO 2009/1

Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

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Estudo de caso abordando a necessidade de uma adequação de produto para que atenda à legislação específica existente, bem como a adoção de processos produtivos mais eficientes, gerando menos desperdício de material e mão-de-obra.

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Page 1: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

0

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR ALMEIDA RODRIGUES

FAR ndash FACULDADE ALMEIDA RODRIGUES

ADMINISTRACcedilAtildeO COM HABILITACcedilAtildeO EM GESTAtildeO DE AGRONEGOacuteCIOS

NEIMAR LISBOA

ESTUDO DE CASO

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

IMPLANTACcedilAtildeO DE PROJETOS E PROCESSOS DE FABRICACcedilAtildeO

RIO VERDE ndash GO

20091

1

NEIMAR LISBOA

ESTUDO DE CASO

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

IMPLANTACcedilAtildeO DE PROJETOS E PROCESSOS DE FABRICACcedilAtildeO

Monografia apresentada agrave Faculdade Almeida Rodrigues ndash FAR como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Administraccedilatildeo com Habilitaccedilatildeo em Gestatildeo de Agronegoacutecios sob orientaccedilatildeo do Prof Sidney dos Santos Souza

RIO VERDE ndash GO

20091

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TERMO DE APROVACcedilAtildeO

ESTUDO DE CASO

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

IMPLANTACcedilAtildeO DE PROJETOS E PROCESSOS DE FABRICACcedilAtildeO

Por

Neimar Lisboa

Este estudo monograacutefico foi apresentado no dia xx de xxxx de 2009 como

requisito parcial para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de bacharel em Administraccedilatildeo com

Habilitaccedilatildeo em Agronegoacutecio tendo sido aprovado pela Banca Examinadora

composta pelos professores

____________________

Prof(ordf)

Orientador(a) ndash FAR

____________________

Prof(ordf)

Examinador(a) ndash FAR

____________________

Prof(ordf)

Examinador(a) ndash FAR

3

DEDICO aos meus pais Marccedilol e

Nair pelo carinho e apoio ao longo

da minha jornada e tambeacutem dedico agrave

minha fiel companheira Leila pela

compreensatildeo e estiacutemulos nos

momentos difiacuteceis

4

AGRADECcedilO ao Sr Elisandro

Ludwig por ceder a sua empresa

para a realizaccedilatildeo deste estudo

monografico e agradeccedilo aos

professores Cristiane Salsman

Raoni Guedes e Sidney dos Santos

Souza por contribuir para o

enriquecimento do conteuacutedo

5

ldquoSua meta eacute ser o melhor do mundo

naquilo que faz Natildeo existem alternativasrdquo

Vicente Falconi Campos

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RESUMO

LISBOA Neimar Estudo de caso Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda Implantaccedilatildeo de projetos e processos de fabricaccedilatildeo 2009 120 f Monografia (Graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo com Habilitaccedilatildeo em Agronegoacutecio) ndash Faculdade Almeida Rodrigues ndash FAR Rio Verde 2009

A pesquisa e o desenvolvimento de produtos adequados ao consumidor e a legislaccedilatildeo existente passa por etapas complexas ateacute chegar ao mercado No acircmbito empresarial eacute imprescindiacutevel que o custo de produccedilatildeo seja o miacutenimo possiacutevel para tanto os processos de fabricaccedilatildeo devem seguir uma ordenaccedilatildeo que seja possiacutevel determinar o acompanhamento produtivo a qualquer instante Colocando especificamente na oacutetica da Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda este estudo de caso abordaraacute a necessidade de uma adequaccedilatildeo do seu produto para que atenda agrave legislaccedilatildeo especiacutefica existente no caso os parachoques traseiros para caminhotildees bem como a adoccedilatildeo de processos produtivos mais eficientes gerando menos desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra No caso dos parachoques fabricado pela Ludwig Induacutestria este deve atender agrave legislaccedilatildeo de tracircnsito regularizada pela Resoluccedilatildeo do CONTRAN 15203 para que esteja em conformidade Apoacutes levantamento das dificuldades encontradas na empresa seratildeo propostas medidas de melhoria para implantaccedilatildeo na empresa visando agrave adequaccedilatildeo para um produto mais confiaacutevel aleacutem de ferramentas de auxiacutelio agrave produccedilatildeo como implantaccedilatildeo da aacuterea de Projetos responsaacutevel pelo desenvolvimento do produto e tambeacutem a implantaccedilatildeo da aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo responsaacutevel pela programaccedilatildeo da compra do material necessaacuterio agrave fabricaccedilatildeo levantamento dos custos de produccedilatildeo planejamento do cronograma acompanhamento da correta maneira de montagem e o encaminhamento do produto para testes de seguranccedila em oacutergatildeos responsaacuteveis assegurando a qualidade final do produto e confiabilidade na empresa

Palavras-chave projetos processos planejamento custo

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 ndash Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo 23

FIGURA 2 ndash Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa 24

FIGURA 3 ndash Matriz Thermo Rio 27

FIGURA 4 ndash Organograma estrutural Grupo Thermo Rio 29

FIGURA 5 ndash Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final 33

FIGURA 6 ndash Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final 33

FIGURA 7 ndash Modelo de desenho teacutecnico de componente de parachoque 37

FIGURA 8 ndash Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho 38

FIGURA 9 ndash Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa 40

FIGURA 10 ndash Modelo de procedimento operacional para maacutequinas 42

FIGURA 11 ndash Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro 43

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LISTA DE ABREVIATURAS

CAD ndash Computer Aided Design ou Desenho Assistido por Computador

CONTRAN ndash Conselho Nacional de Tracircnsito

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito

DETRAN ndash Departamento de Tracircnsito

ISO ndash International Organization for Standardization

IT ndash Instruccedilatildeo de Trabalho

OSM ndash Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

PO ndash Procedimento Operacional

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SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

2 REVISAtildeO DA LITERATURA 13

21 Princiacutepios da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos 14

211 Desenvolvimento de Produtos 15

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo 16

213 Manuais Administrativos 17

2131 Codificaccedilatildeo 18

2132 Roteiro de Produccedilatildeo 19

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho 20

2134 Procedimento Operacional 20

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito 21

221Parachoques para Veiacuteculos Pesados 22

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO 26

31 Caracterizaccedilatildeo da empresa 27

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda 28

312 Missatildeo 28

313 Visatildeo 28

314 Organograma 29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 30

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa 30

411 Dificuldades Encontradas 30

42 Situaccedilatildeo Proposta 32

421 Implantaccedilatildeo de Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos 32

422 Implantaccedilatildeo de Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo 34

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais 35

10

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo 35

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo 38

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de trabalho 39

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional 41

4235 Placa de Identificaccedilatildeo 42

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 44

REFEREcircNCIAS 46

APEcircNDICES 47

ANEXOS 110

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

Atualmente existe uma forte tendecircncia em conciliar produtos e processos de

forma efetiva nas empresas Isto desencadeia um processo de evoluccedilatildeo constante

dentro da organizaccedilatildeo em vista que a cada instante surgem novas teacutecnicas de

produccedilatildeo mais eficientes

Outro fator que fortalece esta evoluccedilatildeo constante eacute a acirrada disputa pelo

mercado consumidor No entanto eacute imprescindiacutevel a existecircncia de responsabilidade

pelos produtos por parte dos fabricantes

Existem situaccedilotildees em que esta responsabilidade deve ser seguida de forma

mais criteriosa e legalizada eacute o ponto onde entram leis regulamentando a fabricaccedilatildeo

de determinados produtos

A Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda fabrica exclusivamente bauacutes

frigoriacuteficos para o transporte de produtos refrigerados Faz parte de sua linha de

produtos um acessoacuterio obrigatoacuterio em veiacuteculos pesados (caminhotildees) que eacute o

parachoque traseiro Para a fabricaccedilatildeo deste equipamento existe regulamentaccedilatildeo

proacutepria definida pela resoluccedilatildeo1522003 do CONTRAN

Atualmente o produto fabricado pela Ludwig natildeo se enquadra nos

paracircmetros da resoluccedilatildeo consequentemente eacute um produto natildeo conforme

Dentro deste contexto o presente estudo monograacutefico pretende abordar a

importacircncia de se fabricar um produto de qualidade e seguro bem como apresentar

soluccedilotildees viaacuteveis para uniformizar e facilitar o processo produtivo dentro da empresa

Para chegar a este ponto seraacute necessaacuterio avaliar o processo de produccedilatildeo

atual e identificar os pontos falhos e que necessitem ser melhorados

Desta forma definido o objeto de estudo inicialmente seraacute feita sua

apresentaccedilatildeo na revisatildeo de literatura onde se conceituaratildeo as definiccedilotildees de gestatildeo

que seratildeo abordadas para o desenvolvimento da proposta de implantaccedilatildeo para a

Ludwig Induacutestria bem como a observacircncia da legislaccedilatildeo de tracircnsito a que a

empresa deve submeter seus produtos

12

Em seguida seraacute apresentado o procedimento metodoloacutegico que foi seguido

para o desenvolvimento deste estudo e tambeacutem constaraacute uma breve descriccedilatildeo da

empresa estudada

Na sequecircncia seratildeo abordados os resultados e discussotildees alavancadas no

estudo bem como a apresentaccedilatildeo das sugestotildees de melhorias a serem implantadas

pela empresa

Ao finalizar seraacute apresentada a colusatildeo deste estudo onde tambeacutem seratildeo

analisadas as medidas tomadas pela empresa e a comparaccedilatildeo parcial dos

resultados obtidos com as propostas sugeridas

Complementando este estudo seguem o anexo da resoluccedilatildeo do CONTRAN

os apecircndices elaborados para a visualizaccedilatildeo completa dos procedimentos e

instruccedilotildees de trabalho propostos para a empresa

13

2 REVISAtildeO DA LITERATURA

Muito jaacute foi escrito revisado e comentado sobre administraccedilatildeo moderna mas

eacute sempre importante salientar que suas bases referenciais satildeo imutaacuteveis e isto natildeo

eacute algo que se possa ser questionado de forma simploacuteria em vista que jaacute eacute possiacutevel

determinar que ateacute os povos primitivos tiveram uma forma de administrar a sua

sociedade

Atualmente a administraccedilatildeo evoluiu consideravelmente e ainda estaacute em

evoluccedilatildeo constante adaptando-se agraves tecnologias disponiacuteveis e ao proacuteprio modo de

viver das pessoas

Ao analisar especificamente o ambiente empresarial encontram-se

conceitos desenvolvidos para que se possa obter o maacuteximo de eficiecircncia e eficaacutecia

nas suas operaccedilotildees Estes conceitos modernos de administrar tiveram suas origens

nos primoacuterdios da Revoluccedilatildeo Industrial ocorrida no entre os seacuteculos XVIII e XIX A

accedilatildeo do administrador de uma induacutestria nesta eacutepoca era focada em estruturar toda a

empresa com os conhecimentos miacutenimos de que dispunha isto tambeacutem acarretava

em treinar as pessoas para as funccedilotildees delegadas e acompanhar o desenvolvimento

de suas tarefas (AKTOUF 1996)

Taylor e Fayol no decorrer da segunda deacutecada do seacuteculo XX realizaram

estudos para tentar amenizar a dissonacircncia na produccedilatildeo das faacutebricas isto ocorreu

em virtude do crescimento da industrializaccedilatildeo que o mundo estava vislumbrando

naquela eacutepoca o que muitas vezes natildeo acompanhava uma gestatildeo eficiente

Hoje existem estudos e publicaccedilotildees dos mais variados tipos e aplicaccedilotildees

todos invariavelmente tambeacutem partiram dos estudos pioneiros da administraccedilatildeo

moderna de Taylor e Fayol Mas hoje existe consenso universal de que praacuteticas de

administraccedilatildeo aplicada nas induacutestrias obtecircm grande retorno desde que

devidamente bem planejada a sua implantaccedilatildeo Ainda nas palavras de Aktouf (1996

p 25)

quando falamos de administraccedilatildeo se trata de uma atividade ou mais precisamente de uma serie de atividades integradas e interdependentes destinadas a permitir que certa combinaccedilatildeo de meios (financeiros humanos materiais etc) possa gerar uma produccedilatildeo de bens ou serviccedilos economicamente e socialmente uacuteteis e se possiacutevel para a empresa com finalidade lucrativa rentaacuteveis

14

Diante disto vecirc-se que muito foi feito e contribuiacutedo pelo melhor desempenho

das organizaccedilotildees Neste aspecto o estudo da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

(OSampM) foi o que mais trabalhou o chatildeo de faacutebrica propriamente dito apresentando

soluccedilotildees inimaginaacuteveis no periacuteodo da Revoluccedilatildeo Industrial

Atualmente com o mercado globalizado e altamente competitivo em que se

encontra a utilizaccedilatildeo de ferramentas administrativas eacute uma forma de garantir a

permanecircncia no mercado aleacutem de ser o diferencial causador de uma gestatildeo

eficiente e controlada donde se obtecircm dados confiaacuteveis dos processos produtivos

21 Princiacutepios da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

Os estudos da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos (OSM) na Administraccedilatildeo

comeccedilaram a ser desenvolvidos no iniacutecio do seacuteculo XX nos Estados Unidos da

Ameacuterica (EUA) mas natildeo ganharam muita relevacircncia no meio empresarial agrave eacutepoca

(ROCHA1987)

As empresas tiveram mais aceitabilidade deste estudo no decorrer da 2ordf

Guerra Mundial pois com os esforccedilos de guerra grandes volumes de produccedilatildeo

eram exigidos e qualidade e padronizaccedilatildeo natildeo eram uma constante deste periacuteodo

As concepccedilotildees da OSM comeccedilaram a ser difundidas no Brasil por volta de

1955 muito tempo depois de outras naccedilotildees as terem adotado principalmente a

Inglaterra onde este movimento tomou mais forccedila

A OSM tal como se apresenta hoje difere muito daquela de 50 anos atraacutes

ateacute mesmo daquela dos anos 80 e 90 quando realmente o mercado vislumbrou um

boom de novas empresas adotando meacutetodos mais eficientes para produzir De certa

forma isto gerou maior competitividade entre as induacutestrias pois a consequente

reduccedilatildeo de custos de produccedilatildeo logo angariou mais adeptos e o produto final pocircde

se tornar mais barato para o consumidor final

Com o advento da Era da Informaacutetica muito se evoluiu neste conceito e para

as empresas tornou-se mais faacutecil estruturar organizar monitorar e colher os

resultados da produccedilatildeo Com base nisto tambeacutem foi possiacutevel departamentalizar

15

melhor a empresa e definir sua estrutura funcional para a adequaccedilatildeo conforme seu

ramo da atividade

No caso de empresas de produtos e bens industrializados observaram-se

maior foco no desenvolvimento de produtos voltados agraves necessidades do

consumidor com maior preocupaccedilatildeo em manter o cliente fiel agrave marca com o produto

de qualidade oferecido

211 Desenvolvimento de Produtos

Nas empresas de industrializaccedilatildeo a OSM possibilitou que as aacutereas de

projetos (Engenharia de Produtos e Engenharia de Processos) pudessem

acompanhar melhor o desenvolvimento do produto atraveacutes da comunicaccedilatildeo

existente entre outros departamentos Ainda hoje existem empresas desestruturadas

que fazem com que os departamentos internos travem uma verdadeira guerra fria

entre si prejudicando os resultados finais da companhia

A aacuterea de Engenharia de Desenvolvimento de Produto eacute de suma importacircncia

para empresa pois eacute dela que se cria o produto desejado pelo cliente eacute onde se

materializa o conceito desenvolvido atraveacutes de contato com as suas necessidades

ou como define Slack Chambers e Johnston (2002 p 118)

os projetistas de produtos tentam realizar projetos esteticamente agradaacuteveis que atendam ou excedam as expectativas dos consumidores Tambeacutem tentam projetar um produto que desempenha bem e eacute confiaacutevel durante seu tempo de vida uacutetil Aleacutem disso deveriam projetar o produto de forma que possa ser fabricado faacutecil e rapidamente

Para que isto seja possiacutevel recorre-se a uma ferramenta usada pelos

projetistas de produtos que eacute o Desenho Assistido por Computador ou em inglecircs

Computer Aided Design (CAD) com o qual eacute possiacutevel criar um produto virtual e fazer

os seus ajustes sem a necessidade de criaccedilatildeo de um modelo fiacutesico de imediato

Seguindo o pensamento de Slack Chambers e Johnston (2002) esta

ferramenta CAD apresenta vantagens como

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- Rapidez no desenvolvimento do produto

- Simulaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo de um protoacutetipo virtual do produto

- Arquivos dos componentes virtuais sem ocupaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico

- Observaccedilatildeo de detalhes miacutenimos atraveacutes de ampliaccedilatildeo da tela

- Reduccedilatildeo de custos com a criaccedilatildeo de protoacutetipos fiacutesicos

Sob estes pontos de vista vecirc-se a clara necessidade de adoccedilatildeo desta

ferramenta para que a empresa reduza custos e se mantenha competitiva com

produto de qualidade

Ainda conforme Slack Chambers e Johnston (2002 p 159) ldquosimulaccedilotildees

baseadas em realidade virtual permitem que empresas testem novos produtos e

serviccedilos bem como visualizem e planejem os processos que os produzemrdquo

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Dentro do estudo da OSM tem-se tambeacutem a abrangecircncia de Planejamento e

Controle da Produccedilatildeo (PCP) Isto se faz necessaacuterio para garantir que o produto

desenvolvido virtualmente seja construiacutedo fisicamente dentro dos paracircmetros

estabelecidos garantindo assim a qualidade do produto Dentro do conceito de

Slack Chambers e Johnston (2002 p 314) ldquoEsse eacute o propoacutesito do planejamento e

controle ndash garantir que os processos da produccedilatildeo ocorram eficaz e eficientemente e

que produzam produtos e serviccedilos conforme requeridos pelos consumidoresrdquo

Como este eacute o passo final do ciclo do produto dentro da empresa justifica-se

maior controle do produto pois eacute daqui que sai o conceito de qualidade e de imagem

da empresa

Mas o PCP natildeo atua somente na produccedilatildeo como fiscal serve tambeacutem para

dar suporte agrave produccedilatildeo para que seja possiacutevel a sua execuccedilatildeo Com o PCP eacute

possiacutevel planejar a capacidade de produccedilatildeo da empresa e antever as necessidades

operacionais sejam elas de matildeo-de-obra energia maacutequinas estrutura fiacutesica

materiais logiacutestica etc enfim tudo o que for relativo agrave produccedilatildeo

Segundo a definiccedilatildeo de Correcirca Gianesi e Caon (2000 p18)

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os sistemas de administraccedilatildeo da produccedilatildeo para cumprirem o seu papel de suporte ao atingimento dos objetivos estrateacutegicos da organizaccedilatildeo devem ser capazes de apoiar o tomador de decisotildees logiacutesticas a

Planejar as necessidades futuras de capacidade produtiva da organizaccedilatildeo

Planejar os materiais comprados

Planejar os niacuteveis de estoque de mateacuterias-primas semi-acabados e

produtos finais nos pontos certos

Programar atividades de produccedilatildeo para garantir que os recursos produtivos envolvidos estejam sendo utilizados em cada momento nas coisas certas e prioritaacuterias

Ser capaz de saber e de informar corretamente a respeito da situaccedilatildeo corrente dos recursos (pessoas equipamentos instalaccedilotildees materiais) e das ordens (de compra e produccedilatildeo)

Ser capaz de prometer os menores prazos possiacuteveis aos clientes e depois fazer cumpri-los

Ser capaz de reagir eficazmente

Como se pode notar satildeo situaccedilotildees que se mal planejadas podem pocircr a

imagem da empresa em risco de descreacutedito por qualquer falha que venha a ocorrer

no processo e que acaba por comprometer a satisfaccedilatildeo do consumidor

213 Manuais Administrativos

Nas definiccedilotildees da OSM o fluxo de informaccedilotildees que correm em uma empresa

eacute grande e aumentam a cada dia que passa em face de novas informaccedilotildees obtidas

e mais atualizadas Este fluxo se intensifica conforme o porte da organizaccedilatildeo que eacute

diretamente proporcional ao se porte ou seja quanto maior a empresa mais

informaccedilotildees precisam ser repassadas

Uma maneira de conseguir repassar as informaccedilotildees de forma precisa e

uniforme eacute a adoccedilatildeo de manuais administrativos pela organizaccedilatildeo e que satildeo

distribuiacutedos pelas dependecircncias da empresa para o faacutecil acesso Na definiccedilatildeo de

Araujo (1994 p144) ldquoo objetivo da manualizaccedilatildeo eacute permitir que a reuniatildeo de

informaccedilotildees dispostas de forma sistematizada criteriosa e segmentada atue como

instrumento facilitador do funcionamento da organizaccedilatildeordquo

A manualizaccedilatildeo de uma empresa vai de encontro conforme a sua

necessidade Por vezes empresas de meacutedio porte e com fluxograma bem definido

18

natildeo vecircem necessidade de sua adoccedilatildeo jaacute ao passo que outras menores afirmam ser

fundamental para o decorrer das atividades Como exemplo podemos citar uma

panificadora onde o Livro de Receitas eacute uma forma de manual Numa colocaccedilatildeo de

Rocha (1987 p 231)

nas empresas de grande porte o emprego de manuais eacute quase obrigatoacuterio face a multiplicidade de seus controles e abrangecircncia de seus sistemas operacionais Jaacute em empresas de meacutedio e pequeno porte seus dirigentes podem colocar duacutevida quanto agrave validade da confecccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de manuais pelo simples fato de desconhecer quais os tipos mais necessaacuterios para suas organizaccedilotildees

Estaacute aiacute o grande ponto de consenso organizacional e maturidade de mercado

para decidir sobre esta questatildeo

2131 Codificaccedilatildeo

Com a criaccedilatildeo dos manuais administrativos tambeacutem eacute recomendaacutevel a

criaccedilatildeo de um tipo de coacutedigo para a sua raacutepida localizaccedilatildeo (MARTINS 2003) Isto

se justifica mais com a pluralidade de manuais que se pretende trabalhar

Este tipo de codificaccedilatildeo fica a criteacuterio de escolha da empresa mas tambeacutem eacute

aconselhaacutevel a ter uma clara e objetiva distinccedilatildeo numeacuterica que podem ser formadas

famiacutelias grupos subgrupos e sequumlecircncia como no exemplo

XXXXXXXXXX ndash Denominaccedilatildeo de item

Sequecircncia

Subgrupo

Grupo

Famiacutelia

Com esta codificaccedilatildeo baacutesica jaacute eacute possiacutevel estabelecer vaacuterias sequecircncias

para cada tipo de aplicaccedilatildeo seja de manuais normas processos memorandos

enfim tudo o quer for passiacutevel de ser arquivado de forma ordenada

19

2132 Roteiro de Produccedilatildeo

O roteiro de produccedilatildeo aplica-se como uma ferramenta para padronizar as

etapas de fabricaccedilatildeo de maneira clara e uniforme Com o roteiro de produccedilatildeo eacute

possiacutevel acompanhar o caminho percorrido da peccedila a ser fabricada pelo interior da

induacutestria Com esta padronizaccedilatildeo consegue-se tambeacutem melhorar o layout interno

visando alocar maacutequinas e equipamentos mais proacuteximos possiacuteveis da sequecircncia de

operaccedilatildeo

Na visatildeo de Araujo (1994 p147) ldquoDevem descrever as fases e as operaccedilotildees

de cada rotina citando os oacutergatildeos e as pessoas que as executam bem como os

volumes de trabalho em cada fase os tempos de execuccedilatildeo e as distacircncias

percorridasrdquo Se pode considerar esta uma forma mais sucinta de descrever o

processo

No entanto Araujo (1994 p147) ainda afirma sua posiccedilatildeo com o seguinte

comentaacuterio ldquoTem a desvantagem de aprisionar o executante na medida em que

estabelece limites de tempo de distacircncia e de volume Positivamente natildeo eacute o

manual que mais se recomenda tratando-se de Brasilrdquo

Ao analisar sob outro ponto de vista afirmar que determinada teacutecnica natildeo eacute

aplicaacutevel no Brasil o autor mostra desconhecimento quanto ao universo de

empresas existentes no paiacutes bem como a aacuterea de atuaccedilatildeo de cada uma

A instalaccedilatildeo de induacutestrias de grande porte como Ford General Motors

Toyota entre outras trouxeram consigo estes meacutetodos de fora do paiacutes e aqui os

aplicaram tanto para uso interno como para aplicaccedilatildeo a seus fornecedores os quais

tiveram que se qualificar para se manterem competitivos

Esta qualificaccedilatildeo de qualidade invariavelmente estaacute baseada nas normas da

ISO 9000 e suas variantes A proacutepria ISO determina que deva existir no miacutenimo um

manual de procedimentos operacionais na empresa Entatildeo com as exigecircncias

solicitadas aos milhares de fornecedores de peccedilas somente do ramo automobiliacutestico

sem levar em consideraccedilatildeo os demais jaacute podemos perceber que eacute muito mais

frequente do que supocircs Araujo (1994)

20

Em relaccedilatildeo ao imaginar que no Brasil natildeo eacute possiacutevel aplicar este manual

tecircm-se exemplos de empresas que o usam e que obtecircm os resultados desejados

baseados em acompanhamento de produccedilatildeo pelos roteiros

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho

Este manual detalha especificamente como deve ser executada determinada

tarefa conforme Rocha (1987 p 234) ldquoEste tipo de Manual nada mais eacute do que o

conjunto de instruccedilotildees escritas elaborado para destacar em todos os seus detalhes

a rotina a ser seguida de uma funccedilatildeo especiacuteficardquo

Na sequecircncia do roteiro de fabricaccedilatildeo determina-se que deva ser realizada

certa tarefa em uma aacuterea qualquer da empresa Por exemplo a etapa de pintura no

roteiro de fabricaccedilatildeo indica que o passo seguinte na fabricaccedilatildeo de uma peccedila deveraacute

receber acabamento superficial Ao chegar esta peccedila na aacuterea de pintura o pintor iraacute

executaacute-la conforme orienta a instruccedilatildeo de trabalho que por sua vez iraacute indicar qual

o tipo de tinta a ser usado o tipo de solvente maneira de aplicaccedilatildeo modo de cura

etc

Assim se evidencia que a aplicabilidade da instruccedilatildeo de trabalho estaacute mais

relacionada agraves possiacuteveis variantes de cada tarefa

2134 Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional demonstra a correta maneira de

operar determinado equipamento ou maacutequina Isto se justifica pelo fato de que cada

maacutequina ou tarefa tem a sua particularidade de operaccedilatildeo Na colocaccedilatildeo de Oliveira

(2005 p 394) ldquoeacute a indicaccedilatildeo de como satildeo executados os trabalhos dentro do

processo administrativordquo

Como exemplo pode-se citar a utilizaccedilatildeo de uma calculadora baacutesica

comparada a uma calculadora cientiacutefica O uso da calculadora baacutesica natildeo requer

muita praacutetica para sua operaccedilatildeo na cientiacutefica existem vaacuterias funccedilotildees agrupadas em

21

poucas teclas dedicadas e eacute necessaacuterio o uso de outras funccedilotildees complementares

para a equaccedilatildeo de um caacutelculo Ou seja por mais que tenha o mesmo princiacutepio

(equaccedilotildees) seus modos de operaccedilotildees diferem e para isto eacute necessaacuterio um manual

operacional

Em um ambiente fabril este manual auxilia sobremaneira a operaccedilatildeo das

maacutequinas existentes dentro da induacutestria ou seja com uma ampla variedade de tipos

de maacutequinas e equipamentos com as mais variadas aplicaccedilotildees surgem por vezes

dificuldades em seu manuseio onde pode existir diferenccedila de operaccedilatildeo de uma

maacutequina semelhante mas de fabricante diferente

Estas diferenccedilas construtivas de fabricantes advecircm muito de seus proacuteprios

diferenciais em oferecer produtos ao mercado com a vantagem competitiva de

oferecer mais facilidade de operaccedilatildeo ou mesmo como adequaccedilatildeo ao processo

interno de fabricaccedilatildeo

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito

Ao comentar sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito deve-se considerar que as leis de

tracircnsito tambeacutem tecircm um caraacuteter de procedimento operacional pois eacute ela que indica

a maneira correta do condutor usar as vias de traacutefego

Analogamente com a induacutestria que deve conter um procedimento operacional

para ordenar a produccedilatildeo de forma contiacutenua as leis de tracircnsito orientam para que o

fluxo de veiacuteculo ocorra de forma segura onde todos devem seguir as orientaccedilotildees

estipuladas pela lei assim tambeacutem garantindo a seguranccedila tanto de pedestres como

de motoristas

Ao focar especificamente nos automoacuteveis nota-se que com o passar dos

anos estes sofreram inuacutemeras evoluccedilotildees tornaram-se mais eficientes velozes e

seguros Os fabricantes de veiacuteculos na busca por competitividade sempre

desenvolvem carros mais avanccedilados baseados nos mais modernos sistemas

mecacircnicos a fim de oferecer ao consumidor produtos de extrema confiabilidade

Mas eacute importante lembrar tambeacutem que os carros dependem do fator humano

para funcionar pois o condutor do veiacuteculo eacute o responsaacutevel pela sua utilizaccedilatildeo e este

22

nem sempre eacute o mais confiaacutevel Corroborando para este apontamento segundo

dados do Departamento Nacional de Tracircnsito ndash DENATRAN no ano de 2006 houve

um total de mais de 470000 acidentes de tracircnsito e deste nuacutemero cerca de 32000

acidentes envolvendo veiacuteculos pesados No graacutefico 1 pode-se visualizar melhor

estes dados

FONTE Anuaacuterio Estatiacutestico do DENATRAN - RENAEST 2006 adaptado pelo autor 2009

GRAacuteFICO 1 - Tipos de veiacuteculos envolvidos em acidentes de tracircnsito com viacutetimas

Segundo esta visatildeo faz-se jus que as empresas tenham foco no quesito

seguranccedila quanto ao desenvolvimento de equipamentos e acessoacuterios para veiacuteculos

221 Parachoques Para Veiacuteculos Pesados

Da mesma forma como foi comentado sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito para

posicionar sobre os parachoques para veiacuteculos pesados entende-se que existe lei

regulamentando a fabricaccedilatildeo destes componentes neste caso a normativa que

regulamenta a fabricaccedilatildeo de parachoques traseiro de caminhotildees assemelha-se a

uma instruccedilatildeo de trabalho

Novamente compara-se com a induacutestria onde deve existir uma instruccedilatildeo de

trabalho para que a tarefa seja realizada dentro dos paracircmetros estabelecidos as

195325

1496932809

13299397303

473399

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

Carros Ocircnibus Caminhatildeo Motos Outros Total

23

leis de tracircnsito orientam para que os componentes de seguranccedila fabricados

atendam requisitos miacutenimos aceitaacuteveis E isto se consegue atraveacutes de certificaccedilatildeo

de aprovaccedilatildeo dos produtos submetidos a ensaios de destruiccedilatildeo

Os fabricantes de implementos rodoviaacuterios jaacute fornecem o parachoque

acoplado agrave carroceria quando oferecido ao cliente final pois conforme o tipo de

carroceria a ser instalada se requer um tipo especiacutefico de parachoque

A legislaccedilatildeo brasileira regulamenta a fabricaccedilatildeo de itens de seguranccedila em

veiacuteculos automotores esta regulamentaccedilatildeo eacute formulada pelo DENATRAN No caso

especiacutefico de veiacuteculos de carga com peso bruto total acima de 4600 quilos existe a

resoluccedilatildeo nordm 152 de 29 de outubro de 2003 (ANEXO A)

Tal resoluccedilatildeo se justifica para que as empresas sigam um padratildeo de

fabricaccedilatildeo e assegurem a integridade dos ocupantes dos veiacuteculos em caso de

acidente Ainda conforme a proacutepria resoluccedilatildeo define ldquoEstabelece os requisitos

teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque traseiro para veiacuteculos de cargardquo

(CONTRAN Res 1522003)

FONTE DENATRAN Adaptado pelo autor 2009

FIGURA 1 - Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo

24

Na figura 1 vecirc-se o resultado de um acidente envolvendo veiculo de passeio

com veiacuteculo de carga

Em decorrecircncia de anaacutelise dos mais variados tipo de acidentes de tracircnsito

envolvendo caminhotildees de carga averiguou-se que muitos fabricantes deste

equipamento de seguranccedila natildeo seguiam normas especiacuteficas e o resultado era que

os parachoques natildeo suportavam o impacto traseiro de um veiacuteculo de passeio

comum provocando o mortal efeito guilhotina na carroceria do caminhatildeo Este efeito

eacute a entrada demasiada do veiacuteculo na parte inferior da traseira do caminhatildeo

chegando ateacute o habitaacuteculo dos passageiros

Ao observar a figura 1 nota-se que o parachoque natildeo resistiu ao impacto do

automoacutevel e se desprendeu da carroceria algo inaceitaacutevel conforme a normativa

vigente Observa-se tambeacutem que a estrutura do parachoque eacute visivelmente fraacutegil de

modo que ficou totalmente destruiacuteda com o impacto

Na figura 2 pode-se ver um equipamento fabricado por empresa idocircnea

dentro das normas estabelecidas pelo CONTRAN

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 2 - Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

54

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56

57

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60

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78

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80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

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85

86

87

88

89

90

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93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 2: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

1

NEIMAR LISBOA

ESTUDO DE CASO

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

IMPLANTACcedilAtildeO DE PROJETOS E PROCESSOS DE FABRICACcedilAtildeO

Monografia apresentada agrave Faculdade Almeida Rodrigues ndash FAR como requisito parcial para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Bacharel em Administraccedilatildeo com Habilitaccedilatildeo em Gestatildeo de Agronegoacutecios sob orientaccedilatildeo do Prof Sidney dos Santos Souza

RIO VERDE ndash GO

20091

2

TERMO DE APROVACcedilAtildeO

ESTUDO DE CASO

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

IMPLANTACcedilAtildeO DE PROJETOS E PROCESSOS DE FABRICACcedilAtildeO

Por

Neimar Lisboa

Este estudo monograacutefico foi apresentado no dia xx de xxxx de 2009 como

requisito parcial para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de bacharel em Administraccedilatildeo com

Habilitaccedilatildeo em Agronegoacutecio tendo sido aprovado pela Banca Examinadora

composta pelos professores

____________________

Prof(ordf)

Orientador(a) ndash FAR

____________________

Prof(ordf)

Examinador(a) ndash FAR

____________________

Prof(ordf)

Examinador(a) ndash FAR

3

DEDICO aos meus pais Marccedilol e

Nair pelo carinho e apoio ao longo

da minha jornada e tambeacutem dedico agrave

minha fiel companheira Leila pela

compreensatildeo e estiacutemulos nos

momentos difiacuteceis

4

AGRADECcedilO ao Sr Elisandro

Ludwig por ceder a sua empresa

para a realizaccedilatildeo deste estudo

monografico e agradeccedilo aos

professores Cristiane Salsman

Raoni Guedes e Sidney dos Santos

Souza por contribuir para o

enriquecimento do conteuacutedo

5

ldquoSua meta eacute ser o melhor do mundo

naquilo que faz Natildeo existem alternativasrdquo

Vicente Falconi Campos

6

RESUMO

LISBOA Neimar Estudo de caso Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda Implantaccedilatildeo de projetos e processos de fabricaccedilatildeo 2009 120 f Monografia (Graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo com Habilitaccedilatildeo em Agronegoacutecio) ndash Faculdade Almeida Rodrigues ndash FAR Rio Verde 2009

A pesquisa e o desenvolvimento de produtos adequados ao consumidor e a legislaccedilatildeo existente passa por etapas complexas ateacute chegar ao mercado No acircmbito empresarial eacute imprescindiacutevel que o custo de produccedilatildeo seja o miacutenimo possiacutevel para tanto os processos de fabricaccedilatildeo devem seguir uma ordenaccedilatildeo que seja possiacutevel determinar o acompanhamento produtivo a qualquer instante Colocando especificamente na oacutetica da Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda este estudo de caso abordaraacute a necessidade de uma adequaccedilatildeo do seu produto para que atenda agrave legislaccedilatildeo especiacutefica existente no caso os parachoques traseiros para caminhotildees bem como a adoccedilatildeo de processos produtivos mais eficientes gerando menos desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra No caso dos parachoques fabricado pela Ludwig Induacutestria este deve atender agrave legislaccedilatildeo de tracircnsito regularizada pela Resoluccedilatildeo do CONTRAN 15203 para que esteja em conformidade Apoacutes levantamento das dificuldades encontradas na empresa seratildeo propostas medidas de melhoria para implantaccedilatildeo na empresa visando agrave adequaccedilatildeo para um produto mais confiaacutevel aleacutem de ferramentas de auxiacutelio agrave produccedilatildeo como implantaccedilatildeo da aacuterea de Projetos responsaacutevel pelo desenvolvimento do produto e tambeacutem a implantaccedilatildeo da aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo responsaacutevel pela programaccedilatildeo da compra do material necessaacuterio agrave fabricaccedilatildeo levantamento dos custos de produccedilatildeo planejamento do cronograma acompanhamento da correta maneira de montagem e o encaminhamento do produto para testes de seguranccedila em oacutergatildeos responsaacuteveis assegurando a qualidade final do produto e confiabilidade na empresa

Palavras-chave projetos processos planejamento custo

7

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 ndash Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo 23

FIGURA 2 ndash Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa 24

FIGURA 3 ndash Matriz Thermo Rio 27

FIGURA 4 ndash Organograma estrutural Grupo Thermo Rio 29

FIGURA 5 ndash Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final 33

FIGURA 6 ndash Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final 33

FIGURA 7 ndash Modelo de desenho teacutecnico de componente de parachoque 37

FIGURA 8 ndash Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho 38

FIGURA 9 ndash Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa 40

FIGURA 10 ndash Modelo de procedimento operacional para maacutequinas 42

FIGURA 11 ndash Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro 43

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LISTA DE ABREVIATURAS

CAD ndash Computer Aided Design ou Desenho Assistido por Computador

CONTRAN ndash Conselho Nacional de Tracircnsito

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito

DETRAN ndash Departamento de Tracircnsito

ISO ndash International Organization for Standardization

IT ndash Instruccedilatildeo de Trabalho

OSM ndash Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

PO ndash Procedimento Operacional

9

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

2 REVISAtildeO DA LITERATURA 13

21 Princiacutepios da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos 14

211 Desenvolvimento de Produtos 15

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo 16

213 Manuais Administrativos 17

2131 Codificaccedilatildeo 18

2132 Roteiro de Produccedilatildeo 19

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho 20

2134 Procedimento Operacional 20

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito 21

221Parachoques para Veiacuteculos Pesados 22

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO 26

31 Caracterizaccedilatildeo da empresa 27

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda 28

312 Missatildeo 28

313 Visatildeo 28

314 Organograma 29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 30

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa 30

411 Dificuldades Encontradas 30

42 Situaccedilatildeo Proposta 32

421 Implantaccedilatildeo de Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos 32

422 Implantaccedilatildeo de Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo 34

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais 35

10

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo 35

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo 38

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de trabalho 39

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional 41

4235 Placa de Identificaccedilatildeo 42

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 44

REFEREcircNCIAS 46

APEcircNDICES 47

ANEXOS 110

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

Atualmente existe uma forte tendecircncia em conciliar produtos e processos de

forma efetiva nas empresas Isto desencadeia um processo de evoluccedilatildeo constante

dentro da organizaccedilatildeo em vista que a cada instante surgem novas teacutecnicas de

produccedilatildeo mais eficientes

Outro fator que fortalece esta evoluccedilatildeo constante eacute a acirrada disputa pelo

mercado consumidor No entanto eacute imprescindiacutevel a existecircncia de responsabilidade

pelos produtos por parte dos fabricantes

Existem situaccedilotildees em que esta responsabilidade deve ser seguida de forma

mais criteriosa e legalizada eacute o ponto onde entram leis regulamentando a fabricaccedilatildeo

de determinados produtos

A Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda fabrica exclusivamente bauacutes

frigoriacuteficos para o transporte de produtos refrigerados Faz parte de sua linha de

produtos um acessoacuterio obrigatoacuterio em veiacuteculos pesados (caminhotildees) que eacute o

parachoque traseiro Para a fabricaccedilatildeo deste equipamento existe regulamentaccedilatildeo

proacutepria definida pela resoluccedilatildeo1522003 do CONTRAN

Atualmente o produto fabricado pela Ludwig natildeo se enquadra nos

paracircmetros da resoluccedilatildeo consequentemente eacute um produto natildeo conforme

Dentro deste contexto o presente estudo monograacutefico pretende abordar a

importacircncia de se fabricar um produto de qualidade e seguro bem como apresentar

soluccedilotildees viaacuteveis para uniformizar e facilitar o processo produtivo dentro da empresa

Para chegar a este ponto seraacute necessaacuterio avaliar o processo de produccedilatildeo

atual e identificar os pontos falhos e que necessitem ser melhorados

Desta forma definido o objeto de estudo inicialmente seraacute feita sua

apresentaccedilatildeo na revisatildeo de literatura onde se conceituaratildeo as definiccedilotildees de gestatildeo

que seratildeo abordadas para o desenvolvimento da proposta de implantaccedilatildeo para a

Ludwig Induacutestria bem como a observacircncia da legislaccedilatildeo de tracircnsito a que a

empresa deve submeter seus produtos

12

Em seguida seraacute apresentado o procedimento metodoloacutegico que foi seguido

para o desenvolvimento deste estudo e tambeacutem constaraacute uma breve descriccedilatildeo da

empresa estudada

Na sequecircncia seratildeo abordados os resultados e discussotildees alavancadas no

estudo bem como a apresentaccedilatildeo das sugestotildees de melhorias a serem implantadas

pela empresa

Ao finalizar seraacute apresentada a colusatildeo deste estudo onde tambeacutem seratildeo

analisadas as medidas tomadas pela empresa e a comparaccedilatildeo parcial dos

resultados obtidos com as propostas sugeridas

Complementando este estudo seguem o anexo da resoluccedilatildeo do CONTRAN

os apecircndices elaborados para a visualizaccedilatildeo completa dos procedimentos e

instruccedilotildees de trabalho propostos para a empresa

13

2 REVISAtildeO DA LITERATURA

Muito jaacute foi escrito revisado e comentado sobre administraccedilatildeo moderna mas

eacute sempre importante salientar que suas bases referenciais satildeo imutaacuteveis e isto natildeo

eacute algo que se possa ser questionado de forma simploacuteria em vista que jaacute eacute possiacutevel

determinar que ateacute os povos primitivos tiveram uma forma de administrar a sua

sociedade

Atualmente a administraccedilatildeo evoluiu consideravelmente e ainda estaacute em

evoluccedilatildeo constante adaptando-se agraves tecnologias disponiacuteveis e ao proacuteprio modo de

viver das pessoas

Ao analisar especificamente o ambiente empresarial encontram-se

conceitos desenvolvidos para que se possa obter o maacuteximo de eficiecircncia e eficaacutecia

nas suas operaccedilotildees Estes conceitos modernos de administrar tiveram suas origens

nos primoacuterdios da Revoluccedilatildeo Industrial ocorrida no entre os seacuteculos XVIII e XIX A

accedilatildeo do administrador de uma induacutestria nesta eacutepoca era focada em estruturar toda a

empresa com os conhecimentos miacutenimos de que dispunha isto tambeacutem acarretava

em treinar as pessoas para as funccedilotildees delegadas e acompanhar o desenvolvimento

de suas tarefas (AKTOUF 1996)

Taylor e Fayol no decorrer da segunda deacutecada do seacuteculo XX realizaram

estudos para tentar amenizar a dissonacircncia na produccedilatildeo das faacutebricas isto ocorreu

em virtude do crescimento da industrializaccedilatildeo que o mundo estava vislumbrando

naquela eacutepoca o que muitas vezes natildeo acompanhava uma gestatildeo eficiente

Hoje existem estudos e publicaccedilotildees dos mais variados tipos e aplicaccedilotildees

todos invariavelmente tambeacutem partiram dos estudos pioneiros da administraccedilatildeo

moderna de Taylor e Fayol Mas hoje existe consenso universal de que praacuteticas de

administraccedilatildeo aplicada nas induacutestrias obtecircm grande retorno desde que

devidamente bem planejada a sua implantaccedilatildeo Ainda nas palavras de Aktouf (1996

p 25)

quando falamos de administraccedilatildeo se trata de uma atividade ou mais precisamente de uma serie de atividades integradas e interdependentes destinadas a permitir que certa combinaccedilatildeo de meios (financeiros humanos materiais etc) possa gerar uma produccedilatildeo de bens ou serviccedilos economicamente e socialmente uacuteteis e se possiacutevel para a empresa com finalidade lucrativa rentaacuteveis

14

Diante disto vecirc-se que muito foi feito e contribuiacutedo pelo melhor desempenho

das organizaccedilotildees Neste aspecto o estudo da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

(OSampM) foi o que mais trabalhou o chatildeo de faacutebrica propriamente dito apresentando

soluccedilotildees inimaginaacuteveis no periacuteodo da Revoluccedilatildeo Industrial

Atualmente com o mercado globalizado e altamente competitivo em que se

encontra a utilizaccedilatildeo de ferramentas administrativas eacute uma forma de garantir a

permanecircncia no mercado aleacutem de ser o diferencial causador de uma gestatildeo

eficiente e controlada donde se obtecircm dados confiaacuteveis dos processos produtivos

21 Princiacutepios da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

Os estudos da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos (OSM) na Administraccedilatildeo

comeccedilaram a ser desenvolvidos no iniacutecio do seacuteculo XX nos Estados Unidos da

Ameacuterica (EUA) mas natildeo ganharam muita relevacircncia no meio empresarial agrave eacutepoca

(ROCHA1987)

As empresas tiveram mais aceitabilidade deste estudo no decorrer da 2ordf

Guerra Mundial pois com os esforccedilos de guerra grandes volumes de produccedilatildeo

eram exigidos e qualidade e padronizaccedilatildeo natildeo eram uma constante deste periacuteodo

As concepccedilotildees da OSM comeccedilaram a ser difundidas no Brasil por volta de

1955 muito tempo depois de outras naccedilotildees as terem adotado principalmente a

Inglaterra onde este movimento tomou mais forccedila

A OSM tal como se apresenta hoje difere muito daquela de 50 anos atraacutes

ateacute mesmo daquela dos anos 80 e 90 quando realmente o mercado vislumbrou um

boom de novas empresas adotando meacutetodos mais eficientes para produzir De certa

forma isto gerou maior competitividade entre as induacutestrias pois a consequente

reduccedilatildeo de custos de produccedilatildeo logo angariou mais adeptos e o produto final pocircde

se tornar mais barato para o consumidor final

Com o advento da Era da Informaacutetica muito se evoluiu neste conceito e para

as empresas tornou-se mais faacutecil estruturar organizar monitorar e colher os

resultados da produccedilatildeo Com base nisto tambeacutem foi possiacutevel departamentalizar

15

melhor a empresa e definir sua estrutura funcional para a adequaccedilatildeo conforme seu

ramo da atividade

No caso de empresas de produtos e bens industrializados observaram-se

maior foco no desenvolvimento de produtos voltados agraves necessidades do

consumidor com maior preocupaccedilatildeo em manter o cliente fiel agrave marca com o produto

de qualidade oferecido

211 Desenvolvimento de Produtos

Nas empresas de industrializaccedilatildeo a OSM possibilitou que as aacutereas de

projetos (Engenharia de Produtos e Engenharia de Processos) pudessem

acompanhar melhor o desenvolvimento do produto atraveacutes da comunicaccedilatildeo

existente entre outros departamentos Ainda hoje existem empresas desestruturadas

que fazem com que os departamentos internos travem uma verdadeira guerra fria

entre si prejudicando os resultados finais da companhia

A aacuterea de Engenharia de Desenvolvimento de Produto eacute de suma importacircncia

para empresa pois eacute dela que se cria o produto desejado pelo cliente eacute onde se

materializa o conceito desenvolvido atraveacutes de contato com as suas necessidades

ou como define Slack Chambers e Johnston (2002 p 118)

os projetistas de produtos tentam realizar projetos esteticamente agradaacuteveis que atendam ou excedam as expectativas dos consumidores Tambeacutem tentam projetar um produto que desempenha bem e eacute confiaacutevel durante seu tempo de vida uacutetil Aleacutem disso deveriam projetar o produto de forma que possa ser fabricado faacutecil e rapidamente

Para que isto seja possiacutevel recorre-se a uma ferramenta usada pelos

projetistas de produtos que eacute o Desenho Assistido por Computador ou em inglecircs

Computer Aided Design (CAD) com o qual eacute possiacutevel criar um produto virtual e fazer

os seus ajustes sem a necessidade de criaccedilatildeo de um modelo fiacutesico de imediato

Seguindo o pensamento de Slack Chambers e Johnston (2002) esta

ferramenta CAD apresenta vantagens como

16

- Rapidez no desenvolvimento do produto

- Simulaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo de um protoacutetipo virtual do produto

- Arquivos dos componentes virtuais sem ocupaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico

- Observaccedilatildeo de detalhes miacutenimos atraveacutes de ampliaccedilatildeo da tela

- Reduccedilatildeo de custos com a criaccedilatildeo de protoacutetipos fiacutesicos

Sob estes pontos de vista vecirc-se a clara necessidade de adoccedilatildeo desta

ferramenta para que a empresa reduza custos e se mantenha competitiva com

produto de qualidade

Ainda conforme Slack Chambers e Johnston (2002 p 159) ldquosimulaccedilotildees

baseadas em realidade virtual permitem que empresas testem novos produtos e

serviccedilos bem como visualizem e planejem os processos que os produzemrdquo

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Dentro do estudo da OSM tem-se tambeacutem a abrangecircncia de Planejamento e

Controle da Produccedilatildeo (PCP) Isto se faz necessaacuterio para garantir que o produto

desenvolvido virtualmente seja construiacutedo fisicamente dentro dos paracircmetros

estabelecidos garantindo assim a qualidade do produto Dentro do conceito de

Slack Chambers e Johnston (2002 p 314) ldquoEsse eacute o propoacutesito do planejamento e

controle ndash garantir que os processos da produccedilatildeo ocorram eficaz e eficientemente e

que produzam produtos e serviccedilos conforme requeridos pelos consumidoresrdquo

Como este eacute o passo final do ciclo do produto dentro da empresa justifica-se

maior controle do produto pois eacute daqui que sai o conceito de qualidade e de imagem

da empresa

Mas o PCP natildeo atua somente na produccedilatildeo como fiscal serve tambeacutem para

dar suporte agrave produccedilatildeo para que seja possiacutevel a sua execuccedilatildeo Com o PCP eacute

possiacutevel planejar a capacidade de produccedilatildeo da empresa e antever as necessidades

operacionais sejam elas de matildeo-de-obra energia maacutequinas estrutura fiacutesica

materiais logiacutestica etc enfim tudo o que for relativo agrave produccedilatildeo

Segundo a definiccedilatildeo de Correcirca Gianesi e Caon (2000 p18)

17

os sistemas de administraccedilatildeo da produccedilatildeo para cumprirem o seu papel de suporte ao atingimento dos objetivos estrateacutegicos da organizaccedilatildeo devem ser capazes de apoiar o tomador de decisotildees logiacutesticas a

Planejar as necessidades futuras de capacidade produtiva da organizaccedilatildeo

Planejar os materiais comprados

Planejar os niacuteveis de estoque de mateacuterias-primas semi-acabados e

produtos finais nos pontos certos

Programar atividades de produccedilatildeo para garantir que os recursos produtivos envolvidos estejam sendo utilizados em cada momento nas coisas certas e prioritaacuterias

Ser capaz de saber e de informar corretamente a respeito da situaccedilatildeo corrente dos recursos (pessoas equipamentos instalaccedilotildees materiais) e das ordens (de compra e produccedilatildeo)

Ser capaz de prometer os menores prazos possiacuteveis aos clientes e depois fazer cumpri-los

Ser capaz de reagir eficazmente

Como se pode notar satildeo situaccedilotildees que se mal planejadas podem pocircr a

imagem da empresa em risco de descreacutedito por qualquer falha que venha a ocorrer

no processo e que acaba por comprometer a satisfaccedilatildeo do consumidor

213 Manuais Administrativos

Nas definiccedilotildees da OSM o fluxo de informaccedilotildees que correm em uma empresa

eacute grande e aumentam a cada dia que passa em face de novas informaccedilotildees obtidas

e mais atualizadas Este fluxo se intensifica conforme o porte da organizaccedilatildeo que eacute

diretamente proporcional ao se porte ou seja quanto maior a empresa mais

informaccedilotildees precisam ser repassadas

Uma maneira de conseguir repassar as informaccedilotildees de forma precisa e

uniforme eacute a adoccedilatildeo de manuais administrativos pela organizaccedilatildeo e que satildeo

distribuiacutedos pelas dependecircncias da empresa para o faacutecil acesso Na definiccedilatildeo de

Araujo (1994 p144) ldquoo objetivo da manualizaccedilatildeo eacute permitir que a reuniatildeo de

informaccedilotildees dispostas de forma sistematizada criteriosa e segmentada atue como

instrumento facilitador do funcionamento da organizaccedilatildeordquo

A manualizaccedilatildeo de uma empresa vai de encontro conforme a sua

necessidade Por vezes empresas de meacutedio porte e com fluxograma bem definido

18

natildeo vecircem necessidade de sua adoccedilatildeo jaacute ao passo que outras menores afirmam ser

fundamental para o decorrer das atividades Como exemplo podemos citar uma

panificadora onde o Livro de Receitas eacute uma forma de manual Numa colocaccedilatildeo de

Rocha (1987 p 231)

nas empresas de grande porte o emprego de manuais eacute quase obrigatoacuterio face a multiplicidade de seus controles e abrangecircncia de seus sistemas operacionais Jaacute em empresas de meacutedio e pequeno porte seus dirigentes podem colocar duacutevida quanto agrave validade da confecccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de manuais pelo simples fato de desconhecer quais os tipos mais necessaacuterios para suas organizaccedilotildees

Estaacute aiacute o grande ponto de consenso organizacional e maturidade de mercado

para decidir sobre esta questatildeo

2131 Codificaccedilatildeo

Com a criaccedilatildeo dos manuais administrativos tambeacutem eacute recomendaacutevel a

criaccedilatildeo de um tipo de coacutedigo para a sua raacutepida localizaccedilatildeo (MARTINS 2003) Isto

se justifica mais com a pluralidade de manuais que se pretende trabalhar

Este tipo de codificaccedilatildeo fica a criteacuterio de escolha da empresa mas tambeacutem eacute

aconselhaacutevel a ter uma clara e objetiva distinccedilatildeo numeacuterica que podem ser formadas

famiacutelias grupos subgrupos e sequumlecircncia como no exemplo

XXXXXXXXXX ndash Denominaccedilatildeo de item

Sequecircncia

Subgrupo

Grupo

Famiacutelia

Com esta codificaccedilatildeo baacutesica jaacute eacute possiacutevel estabelecer vaacuterias sequecircncias

para cada tipo de aplicaccedilatildeo seja de manuais normas processos memorandos

enfim tudo o quer for passiacutevel de ser arquivado de forma ordenada

19

2132 Roteiro de Produccedilatildeo

O roteiro de produccedilatildeo aplica-se como uma ferramenta para padronizar as

etapas de fabricaccedilatildeo de maneira clara e uniforme Com o roteiro de produccedilatildeo eacute

possiacutevel acompanhar o caminho percorrido da peccedila a ser fabricada pelo interior da

induacutestria Com esta padronizaccedilatildeo consegue-se tambeacutem melhorar o layout interno

visando alocar maacutequinas e equipamentos mais proacuteximos possiacuteveis da sequecircncia de

operaccedilatildeo

Na visatildeo de Araujo (1994 p147) ldquoDevem descrever as fases e as operaccedilotildees

de cada rotina citando os oacutergatildeos e as pessoas que as executam bem como os

volumes de trabalho em cada fase os tempos de execuccedilatildeo e as distacircncias

percorridasrdquo Se pode considerar esta uma forma mais sucinta de descrever o

processo

No entanto Araujo (1994 p147) ainda afirma sua posiccedilatildeo com o seguinte

comentaacuterio ldquoTem a desvantagem de aprisionar o executante na medida em que

estabelece limites de tempo de distacircncia e de volume Positivamente natildeo eacute o

manual que mais se recomenda tratando-se de Brasilrdquo

Ao analisar sob outro ponto de vista afirmar que determinada teacutecnica natildeo eacute

aplicaacutevel no Brasil o autor mostra desconhecimento quanto ao universo de

empresas existentes no paiacutes bem como a aacuterea de atuaccedilatildeo de cada uma

A instalaccedilatildeo de induacutestrias de grande porte como Ford General Motors

Toyota entre outras trouxeram consigo estes meacutetodos de fora do paiacutes e aqui os

aplicaram tanto para uso interno como para aplicaccedilatildeo a seus fornecedores os quais

tiveram que se qualificar para se manterem competitivos

Esta qualificaccedilatildeo de qualidade invariavelmente estaacute baseada nas normas da

ISO 9000 e suas variantes A proacutepria ISO determina que deva existir no miacutenimo um

manual de procedimentos operacionais na empresa Entatildeo com as exigecircncias

solicitadas aos milhares de fornecedores de peccedilas somente do ramo automobiliacutestico

sem levar em consideraccedilatildeo os demais jaacute podemos perceber que eacute muito mais

frequente do que supocircs Araujo (1994)

20

Em relaccedilatildeo ao imaginar que no Brasil natildeo eacute possiacutevel aplicar este manual

tecircm-se exemplos de empresas que o usam e que obtecircm os resultados desejados

baseados em acompanhamento de produccedilatildeo pelos roteiros

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho

Este manual detalha especificamente como deve ser executada determinada

tarefa conforme Rocha (1987 p 234) ldquoEste tipo de Manual nada mais eacute do que o

conjunto de instruccedilotildees escritas elaborado para destacar em todos os seus detalhes

a rotina a ser seguida de uma funccedilatildeo especiacuteficardquo

Na sequecircncia do roteiro de fabricaccedilatildeo determina-se que deva ser realizada

certa tarefa em uma aacuterea qualquer da empresa Por exemplo a etapa de pintura no

roteiro de fabricaccedilatildeo indica que o passo seguinte na fabricaccedilatildeo de uma peccedila deveraacute

receber acabamento superficial Ao chegar esta peccedila na aacuterea de pintura o pintor iraacute

executaacute-la conforme orienta a instruccedilatildeo de trabalho que por sua vez iraacute indicar qual

o tipo de tinta a ser usado o tipo de solvente maneira de aplicaccedilatildeo modo de cura

etc

Assim se evidencia que a aplicabilidade da instruccedilatildeo de trabalho estaacute mais

relacionada agraves possiacuteveis variantes de cada tarefa

2134 Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional demonstra a correta maneira de

operar determinado equipamento ou maacutequina Isto se justifica pelo fato de que cada

maacutequina ou tarefa tem a sua particularidade de operaccedilatildeo Na colocaccedilatildeo de Oliveira

(2005 p 394) ldquoeacute a indicaccedilatildeo de como satildeo executados os trabalhos dentro do

processo administrativordquo

Como exemplo pode-se citar a utilizaccedilatildeo de uma calculadora baacutesica

comparada a uma calculadora cientiacutefica O uso da calculadora baacutesica natildeo requer

muita praacutetica para sua operaccedilatildeo na cientiacutefica existem vaacuterias funccedilotildees agrupadas em

21

poucas teclas dedicadas e eacute necessaacuterio o uso de outras funccedilotildees complementares

para a equaccedilatildeo de um caacutelculo Ou seja por mais que tenha o mesmo princiacutepio

(equaccedilotildees) seus modos de operaccedilotildees diferem e para isto eacute necessaacuterio um manual

operacional

Em um ambiente fabril este manual auxilia sobremaneira a operaccedilatildeo das

maacutequinas existentes dentro da induacutestria ou seja com uma ampla variedade de tipos

de maacutequinas e equipamentos com as mais variadas aplicaccedilotildees surgem por vezes

dificuldades em seu manuseio onde pode existir diferenccedila de operaccedilatildeo de uma

maacutequina semelhante mas de fabricante diferente

Estas diferenccedilas construtivas de fabricantes advecircm muito de seus proacuteprios

diferenciais em oferecer produtos ao mercado com a vantagem competitiva de

oferecer mais facilidade de operaccedilatildeo ou mesmo como adequaccedilatildeo ao processo

interno de fabricaccedilatildeo

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito

Ao comentar sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito deve-se considerar que as leis de

tracircnsito tambeacutem tecircm um caraacuteter de procedimento operacional pois eacute ela que indica

a maneira correta do condutor usar as vias de traacutefego

Analogamente com a induacutestria que deve conter um procedimento operacional

para ordenar a produccedilatildeo de forma contiacutenua as leis de tracircnsito orientam para que o

fluxo de veiacuteculo ocorra de forma segura onde todos devem seguir as orientaccedilotildees

estipuladas pela lei assim tambeacutem garantindo a seguranccedila tanto de pedestres como

de motoristas

Ao focar especificamente nos automoacuteveis nota-se que com o passar dos

anos estes sofreram inuacutemeras evoluccedilotildees tornaram-se mais eficientes velozes e

seguros Os fabricantes de veiacuteculos na busca por competitividade sempre

desenvolvem carros mais avanccedilados baseados nos mais modernos sistemas

mecacircnicos a fim de oferecer ao consumidor produtos de extrema confiabilidade

Mas eacute importante lembrar tambeacutem que os carros dependem do fator humano

para funcionar pois o condutor do veiacuteculo eacute o responsaacutevel pela sua utilizaccedilatildeo e este

22

nem sempre eacute o mais confiaacutevel Corroborando para este apontamento segundo

dados do Departamento Nacional de Tracircnsito ndash DENATRAN no ano de 2006 houve

um total de mais de 470000 acidentes de tracircnsito e deste nuacutemero cerca de 32000

acidentes envolvendo veiacuteculos pesados No graacutefico 1 pode-se visualizar melhor

estes dados

FONTE Anuaacuterio Estatiacutestico do DENATRAN - RENAEST 2006 adaptado pelo autor 2009

GRAacuteFICO 1 - Tipos de veiacuteculos envolvidos em acidentes de tracircnsito com viacutetimas

Segundo esta visatildeo faz-se jus que as empresas tenham foco no quesito

seguranccedila quanto ao desenvolvimento de equipamentos e acessoacuterios para veiacuteculos

221 Parachoques Para Veiacuteculos Pesados

Da mesma forma como foi comentado sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito para

posicionar sobre os parachoques para veiacuteculos pesados entende-se que existe lei

regulamentando a fabricaccedilatildeo destes componentes neste caso a normativa que

regulamenta a fabricaccedilatildeo de parachoques traseiro de caminhotildees assemelha-se a

uma instruccedilatildeo de trabalho

Novamente compara-se com a induacutestria onde deve existir uma instruccedilatildeo de

trabalho para que a tarefa seja realizada dentro dos paracircmetros estabelecidos as

195325

1496932809

13299397303

473399

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

Carros Ocircnibus Caminhatildeo Motos Outros Total

23

leis de tracircnsito orientam para que os componentes de seguranccedila fabricados

atendam requisitos miacutenimos aceitaacuteveis E isto se consegue atraveacutes de certificaccedilatildeo

de aprovaccedilatildeo dos produtos submetidos a ensaios de destruiccedilatildeo

Os fabricantes de implementos rodoviaacuterios jaacute fornecem o parachoque

acoplado agrave carroceria quando oferecido ao cliente final pois conforme o tipo de

carroceria a ser instalada se requer um tipo especiacutefico de parachoque

A legislaccedilatildeo brasileira regulamenta a fabricaccedilatildeo de itens de seguranccedila em

veiacuteculos automotores esta regulamentaccedilatildeo eacute formulada pelo DENATRAN No caso

especiacutefico de veiacuteculos de carga com peso bruto total acima de 4600 quilos existe a

resoluccedilatildeo nordm 152 de 29 de outubro de 2003 (ANEXO A)

Tal resoluccedilatildeo se justifica para que as empresas sigam um padratildeo de

fabricaccedilatildeo e assegurem a integridade dos ocupantes dos veiacuteculos em caso de

acidente Ainda conforme a proacutepria resoluccedilatildeo define ldquoEstabelece os requisitos

teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque traseiro para veiacuteculos de cargardquo

(CONTRAN Res 1522003)

FONTE DENATRAN Adaptado pelo autor 2009

FIGURA 1 - Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo

24

Na figura 1 vecirc-se o resultado de um acidente envolvendo veiculo de passeio

com veiacuteculo de carga

Em decorrecircncia de anaacutelise dos mais variados tipo de acidentes de tracircnsito

envolvendo caminhotildees de carga averiguou-se que muitos fabricantes deste

equipamento de seguranccedila natildeo seguiam normas especiacuteficas e o resultado era que

os parachoques natildeo suportavam o impacto traseiro de um veiacuteculo de passeio

comum provocando o mortal efeito guilhotina na carroceria do caminhatildeo Este efeito

eacute a entrada demasiada do veiacuteculo na parte inferior da traseira do caminhatildeo

chegando ateacute o habitaacuteculo dos passageiros

Ao observar a figura 1 nota-se que o parachoque natildeo resistiu ao impacto do

automoacutevel e se desprendeu da carroceria algo inaceitaacutevel conforme a normativa

vigente Observa-se tambeacutem que a estrutura do parachoque eacute visivelmente fraacutegil de

modo que ficou totalmente destruiacuteda com o impacto

Na figura 2 pode-se ver um equipamento fabricado por empresa idocircnea

dentro das normas estabelecidas pelo CONTRAN

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 2 - Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

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79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

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101

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106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 3: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

2

TERMO DE APROVACcedilAtildeO

ESTUDO DE CASO

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

IMPLANTACcedilAtildeO DE PROJETOS E PROCESSOS DE FABRICACcedilAtildeO

Por

Neimar Lisboa

Este estudo monograacutefico foi apresentado no dia xx de xxxx de 2009 como

requisito parcial para a obtenccedilatildeo do tiacutetulo de bacharel em Administraccedilatildeo com

Habilitaccedilatildeo em Agronegoacutecio tendo sido aprovado pela Banca Examinadora

composta pelos professores

____________________

Prof(ordf)

Orientador(a) ndash FAR

____________________

Prof(ordf)

Examinador(a) ndash FAR

____________________

Prof(ordf)

Examinador(a) ndash FAR

3

DEDICO aos meus pais Marccedilol e

Nair pelo carinho e apoio ao longo

da minha jornada e tambeacutem dedico agrave

minha fiel companheira Leila pela

compreensatildeo e estiacutemulos nos

momentos difiacuteceis

4

AGRADECcedilO ao Sr Elisandro

Ludwig por ceder a sua empresa

para a realizaccedilatildeo deste estudo

monografico e agradeccedilo aos

professores Cristiane Salsman

Raoni Guedes e Sidney dos Santos

Souza por contribuir para o

enriquecimento do conteuacutedo

5

ldquoSua meta eacute ser o melhor do mundo

naquilo que faz Natildeo existem alternativasrdquo

Vicente Falconi Campos

6

RESUMO

LISBOA Neimar Estudo de caso Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda Implantaccedilatildeo de projetos e processos de fabricaccedilatildeo 2009 120 f Monografia (Graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo com Habilitaccedilatildeo em Agronegoacutecio) ndash Faculdade Almeida Rodrigues ndash FAR Rio Verde 2009

A pesquisa e o desenvolvimento de produtos adequados ao consumidor e a legislaccedilatildeo existente passa por etapas complexas ateacute chegar ao mercado No acircmbito empresarial eacute imprescindiacutevel que o custo de produccedilatildeo seja o miacutenimo possiacutevel para tanto os processos de fabricaccedilatildeo devem seguir uma ordenaccedilatildeo que seja possiacutevel determinar o acompanhamento produtivo a qualquer instante Colocando especificamente na oacutetica da Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda este estudo de caso abordaraacute a necessidade de uma adequaccedilatildeo do seu produto para que atenda agrave legislaccedilatildeo especiacutefica existente no caso os parachoques traseiros para caminhotildees bem como a adoccedilatildeo de processos produtivos mais eficientes gerando menos desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra No caso dos parachoques fabricado pela Ludwig Induacutestria este deve atender agrave legislaccedilatildeo de tracircnsito regularizada pela Resoluccedilatildeo do CONTRAN 15203 para que esteja em conformidade Apoacutes levantamento das dificuldades encontradas na empresa seratildeo propostas medidas de melhoria para implantaccedilatildeo na empresa visando agrave adequaccedilatildeo para um produto mais confiaacutevel aleacutem de ferramentas de auxiacutelio agrave produccedilatildeo como implantaccedilatildeo da aacuterea de Projetos responsaacutevel pelo desenvolvimento do produto e tambeacutem a implantaccedilatildeo da aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo responsaacutevel pela programaccedilatildeo da compra do material necessaacuterio agrave fabricaccedilatildeo levantamento dos custos de produccedilatildeo planejamento do cronograma acompanhamento da correta maneira de montagem e o encaminhamento do produto para testes de seguranccedila em oacutergatildeos responsaacuteveis assegurando a qualidade final do produto e confiabilidade na empresa

Palavras-chave projetos processos planejamento custo

7

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 ndash Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo 23

FIGURA 2 ndash Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa 24

FIGURA 3 ndash Matriz Thermo Rio 27

FIGURA 4 ndash Organograma estrutural Grupo Thermo Rio 29

FIGURA 5 ndash Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final 33

FIGURA 6 ndash Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final 33

FIGURA 7 ndash Modelo de desenho teacutecnico de componente de parachoque 37

FIGURA 8 ndash Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho 38

FIGURA 9 ndash Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa 40

FIGURA 10 ndash Modelo de procedimento operacional para maacutequinas 42

FIGURA 11 ndash Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro 43

8

LISTA DE ABREVIATURAS

CAD ndash Computer Aided Design ou Desenho Assistido por Computador

CONTRAN ndash Conselho Nacional de Tracircnsito

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito

DETRAN ndash Departamento de Tracircnsito

ISO ndash International Organization for Standardization

IT ndash Instruccedilatildeo de Trabalho

OSM ndash Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

PO ndash Procedimento Operacional

9

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

2 REVISAtildeO DA LITERATURA 13

21 Princiacutepios da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos 14

211 Desenvolvimento de Produtos 15

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo 16

213 Manuais Administrativos 17

2131 Codificaccedilatildeo 18

2132 Roteiro de Produccedilatildeo 19

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho 20

2134 Procedimento Operacional 20

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito 21

221Parachoques para Veiacuteculos Pesados 22

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO 26

31 Caracterizaccedilatildeo da empresa 27

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda 28

312 Missatildeo 28

313 Visatildeo 28

314 Organograma 29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 30

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa 30

411 Dificuldades Encontradas 30

42 Situaccedilatildeo Proposta 32

421 Implantaccedilatildeo de Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos 32

422 Implantaccedilatildeo de Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo 34

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais 35

10

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo 35

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo 38

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de trabalho 39

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional 41

4235 Placa de Identificaccedilatildeo 42

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 44

REFEREcircNCIAS 46

APEcircNDICES 47

ANEXOS 110

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

Atualmente existe uma forte tendecircncia em conciliar produtos e processos de

forma efetiva nas empresas Isto desencadeia um processo de evoluccedilatildeo constante

dentro da organizaccedilatildeo em vista que a cada instante surgem novas teacutecnicas de

produccedilatildeo mais eficientes

Outro fator que fortalece esta evoluccedilatildeo constante eacute a acirrada disputa pelo

mercado consumidor No entanto eacute imprescindiacutevel a existecircncia de responsabilidade

pelos produtos por parte dos fabricantes

Existem situaccedilotildees em que esta responsabilidade deve ser seguida de forma

mais criteriosa e legalizada eacute o ponto onde entram leis regulamentando a fabricaccedilatildeo

de determinados produtos

A Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda fabrica exclusivamente bauacutes

frigoriacuteficos para o transporte de produtos refrigerados Faz parte de sua linha de

produtos um acessoacuterio obrigatoacuterio em veiacuteculos pesados (caminhotildees) que eacute o

parachoque traseiro Para a fabricaccedilatildeo deste equipamento existe regulamentaccedilatildeo

proacutepria definida pela resoluccedilatildeo1522003 do CONTRAN

Atualmente o produto fabricado pela Ludwig natildeo se enquadra nos

paracircmetros da resoluccedilatildeo consequentemente eacute um produto natildeo conforme

Dentro deste contexto o presente estudo monograacutefico pretende abordar a

importacircncia de se fabricar um produto de qualidade e seguro bem como apresentar

soluccedilotildees viaacuteveis para uniformizar e facilitar o processo produtivo dentro da empresa

Para chegar a este ponto seraacute necessaacuterio avaliar o processo de produccedilatildeo

atual e identificar os pontos falhos e que necessitem ser melhorados

Desta forma definido o objeto de estudo inicialmente seraacute feita sua

apresentaccedilatildeo na revisatildeo de literatura onde se conceituaratildeo as definiccedilotildees de gestatildeo

que seratildeo abordadas para o desenvolvimento da proposta de implantaccedilatildeo para a

Ludwig Induacutestria bem como a observacircncia da legislaccedilatildeo de tracircnsito a que a

empresa deve submeter seus produtos

12

Em seguida seraacute apresentado o procedimento metodoloacutegico que foi seguido

para o desenvolvimento deste estudo e tambeacutem constaraacute uma breve descriccedilatildeo da

empresa estudada

Na sequecircncia seratildeo abordados os resultados e discussotildees alavancadas no

estudo bem como a apresentaccedilatildeo das sugestotildees de melhorias a serem implantadas

pela empresa

Ao finalizar seraacute apresentada a colusatildeo deste estudo onde tambeacutem seratildeo

analisadas as medidas tomadas pela empresa e a comparaccedilatildeo parcial dos

resultados obtidos com as propostas sugeridas

Complementando este estudo seguem o anexo da resoluccedilatildeo do CONTRAN

os apecircndices elaborados para a visualizaccedilatildeo completa dos procedimentos e

instruccedilotildees de trabalho propostos para a empresa

13

2 REVISAtildeO DA LITERATURA

Muito jaacute foi escrito revisado e comentado sobre administraccedilatildeo moderna mas

eacute sempre importante salientar que suas bases referenciais satildeo imutaacuteveis e isto natildeo

eacute algo que se possa ser questionado de forma simploacuteria em vista que jaacute eacute possiacutevel

determinar que ateacute os povos primitivos tiveram uma forma de administrar a sua

sociedade

Atualmente a administraccedilatildeo evoluiu consideravelmente e ainda estaacute em

evoluccedilatildeo constante adaptando-se agraves tecnologias disponiacuteveis e ao proacuteprio modo de

viver das pessoas

Ao analisar especificamente o ambiente empresarial encontram-se

conceitos desenvolvidos para que se possa obter o maacuteximo de eficiecircncia e eficaacutecia

nas suas operaccedilotildees Estes conceitos modernos de administrar tiveram suas origens

nos primoacuterdios da Revoluccedilatildeo Industrial ocorrida no entre os seacuteculos XVIII e XIX A

accedilatildeo do administrador de uma induacutestria nesta eacutepoca era focada em estruturar toda a

empresa com os conhecimentos miacutenimos de que dispunha isto tambeacutem acarretava

em treinar as pessoas para as funccedilotildees delegadas e acompanhar o desenvolvimento

de suas tarefas (AKTOUF 1996)

Taylor e Fayol no decorrer da segunda deacutecada do seacuteculo XX realizaram

estudos para tentar amenizar a dissonacircncia na produccedilatildeo das faacutebricas isto ocorreu

em virtude do crescimento da industrializaccedilatildeo que o mundo estava vislumbrando

naquela eacutepoca o que muitas vezes natildeo acompanhava uma gestatildeo eficiente

Hoje existem estudos e publicaccedilotildees dos mais variados tipos e aplicaccedilotildees

todos invariavelmente tambeacutem partiram dos estudos pioneiros da administraccedilatildeo

moderna de Taylor e Fayol Mas hoje existe consenso universal de que praacuteticas de

administraccedilatildeo aplicada nas induacutestrias obtecircm grande retorno desde que

devidamente bem planejada a sua implantaccedilatildeo Ainda nas palavras de Aktouf (1996

p 25)

quando falamos de administraccedilatildeo se trata de uma atividade ou mais precisamente de uma serie de atividades integradas e interdependentes destinadas a permitir que certa combinaccedilatildeo de meios (financeiros humanos materiais etc) possa gerar uma produccedilatildeo de bens ou serviccedilos economicamente e socialmente uacuteteis e se possiacutevel para a empresa com finalidade lucrativa rentaacuteveis

14

Diante disto vecirc-se que muito foi feito e contribuiacutedo pelo melhor desempenho

das organizaccedilotildees Neste aspecto o estudo da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

(OSampM) foi o que mais trabalhou o chatildeo de faacutebrica propriamente dito apresentando

soluccedilotildees inimaginaacuteveis no periacuteodo da Revoluccedilatildeo Industrial

Atualmente com o mercado globalizado e altamente competitivo em que se

encontra a utilizaccedilatildeo de ferramentas administrativas eacute uma forma de garantir a

permanecircncia no mercado aleacutem de ser o diferencial causador de uma gestatildeo

eficiente e controlada donde se obtecircm dados confiaacuteveis dos processos produtivos

21 Princiacutepios da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

Os estudos da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos (OSM) na Administraccedilatildeo

comeccedilaram a ser desenvolvidos no iniacutecio do seacuteculo XX nos Estados Unidos da

Ameacuterica (EUA) mas natildeo ganharam muita relevacircncia no meio empresarial agrave eacutepoca

(ROCHA1987)

As empresas tiveram mais aceitabilidade deste estudo no decorrer da 2ordf

Guerra Mundial pois com os esforccedilos de guerra grandes volumes de produccedilatildeo

eram exigidos e qualidade e padronizaccedilatildeo natildeo eram uma constante deste periacuteodo

As concepccedilotildees da OSM comeccedilaram a ser difundidas no Brasil por volta de

1955 muito tempo depois de outras naccedilotildees as terem adotado principalmente a

Inglaterra onde este movimento tomou mais forccedila

A OSM tal como se apresenta hoje difere muito daquela de 50 anos atraacutes

ateacute mesmo daquela dos anos 80 e 90 quando realmente o mercado vislumbrou um

boom de novas empresas adotando meacutetodos mais eficientes para produzir De certa

forma isto gerou maior competitividade entre as induacutestrias pois a consequente

reduccedilatildeo de custos de produccedilatildeo logo angariou mais adeptos e o produto final pocircde

se tornar mais barato para o consumidor final

Com o advento da Era da Informaacutetica muito se evoluiu neste conceito e para

as empresas tornou-se mais faacutecil estruturar organizar monitorar e colher os

resultados da produccedilatildeo Com base nisto tambeacutem foi possiacutevel departamentalizar

15

melhor a empresa e definir sua estrutura funcional para a adequaccedilatildeo conforme seu

ramo da atividade

No caso de empresas de produtos e bens industrializados observaram-se

maior foco no desenvolvimento de produtos voltados agraves necessidades do

consumidor com maior preocupaccedilatildeo em manter o cliente fiel agrave marca com o produto

de qualidade oferecido

211 Desenvolvimento de Produtos

Nas empresas de industrializaccedilatildeo a OSM possibilitou que as aacutereas de

projetos (Engenharia de Produtos e Engenharia de Processos) pudessem

acompanhar melhor o desenvolvimento do produto atraveacutes da comunicaccedilatildeo

existente entre outros departamentos Ainda hoje existem empresas desestruturadas

que fazem com que os departamentos internos travem uma verdadeira guerra fria

entre si prejudicando os resultados finais da companhia

A aacuterea de Engenharia de Desenvolvimento de Produto eacute de suma importacircncia

para empresa pois eacute dela que se cria o produto desejado pelo cliente eacute onde se

materializa o conceito desenvolvido atraveacutes de contato com as suas necessidades

ou como define Slack Chambers e Johnston (2002 p 118)

os projetistas de produtos tentam realizar projetos esteticamente agradaacuteveis que atendam ou excedam as expectativas dos consumidores Tambeacutem tentam projetar um produto que desempenha bem e eacute confiaacutevel durante seu tempo de vida uacutetil Aleacutem disso deveriam projetar o produto de forma que possa ser fabricado faacutecil e rapidamente

Para que isto seja possiacutevel recorre-se a uma ferramenta usada pelos

projetistas de produtos que eacute o Desenho Assistido por Computador ou em inglecircs

Computer Aided Design (CAD) com o qual eacute possiacutevel criar um produto virtual e fazer

os seus ajustes sem a necessidade de criaccedilatildeo de um modelo fiacutesico de imediato

Seguindo o pensamento de Slack Chambers e Johnston (2002) esta

ferramenta CAD apresenta vantagens como

16

- Rapidez no desenvolvimento do produto

- Simulaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo de um protoacutetipo virtual do produto

- Arquivos dos componentes virtuais sem ocupaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico

- Observaccedilatildeo de detalhes miacutenimos atraveacutes de ampliaccedilatildeo da tela

- Reduccedilatildeo de custos com a criaccedilatildeo de protoacutetipos fiacutesicos

Sob estes pontos de vista vecirc-se a clara necessidade de adoccedilatildeo desta

ferramenta para que a empresa reduza custos e se mantenha competitiva com

produto de qualidade

Ainda conforme Slack Chambers e Johnston (2002 p 159) ldquosimulaccedilotildees

baseadas em realidade virtual permitem que empresas testem novos produtos e

serviccedilos bem como visualizem e planejem os processos que os produzemrdquo

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Dentro do estudo da OSM tem-se tambeacutem a abrangecircncia de Planejamento e

Controle da Produccedilatildeo (PCP) Isto se faz necessaacuterio para garantir que o produto

desenvolvido virtualmente seja construiacutedo fisicamente dentro dos paracircmetros

estabelecidos garantindo assim a qualidade do produto Dentro do conceito de

Slack Chambers e Johnston (2002 p 314) ldquoEsse eacute o propoacutesito do planejamento e

controle ndash garantir que os processos da produccedilatildeo ocorram eficaz e eficientemente e

que produzam produtos e serviccedilos conforme requeridos pelos consumidoresrdquo

Como este eacute o passo final do ciclo do produto dentro da empresa justifica-se

maior controle do produto pois eacute daqui que sai o conceito de qualidade e de imagem

da empresa

Mas o PCP natildeo atua somente na produccedilatildeo como fiscal serve tambeacutem para

dar suporte agrave produccedilatildeo para que seja possiacutevel a sua execuccedilatildeo Com o PCP eacute

possiacutevel planejar a capacidade de produccedilatildeo da empresa e antever as necessidades

operacionais sejam elas de matildeo-de-obra energia maacutequinas estrutura fiacutesica

materiais logiacutestica etc enfim tudo o que for relativo agrave produccedilatildeo

Segundo a definiccedilatildeo de Correcirca Gianesi e Caon (2000 p18)

17

os sistemas de administraccedilatildeo da produccedilatildeo para cumprirem o seu papel de suporte ao atingimento dos objetivos estrateacutegicos da organizaccedilatildeo devem ser capazes de apoiar o tomador de decisotildees logiacutesticas a

Planejar as necessidades futuras de capacidade produtiva da organizaccedilatildeo

Planejar os materiais comprados

Planejar os niacuteveis de estoque de mateacuterias-primas semi-acabados e

produtos finais nos pontos certos

Programar atividades de produccedilatildeo para garantir que os recursos produtivos envolvidos estejam sendo utilizados em cada momento nas coisas certas e prioritaacuterias

Ser capaz de saber e de informar corretamente a respeito da situaccedilatildeo corrente dos recursos (pessoas equipamentos instalaccedilotildees materiais) e das ordens (de compra e produccedilatildeo)

Ser capaz de prometer os menores prazos possiacuteveis aos clientes e depois fazer cumpri-los

Ser capaz de reagir eficazmente

Como se pode notar satildeo situaccedilotildees que se mal planejadas podem pocircr a

imagem da empresa em risco de descreacutedito por qualquer falha que venha a ocorrer

no processo e que acaba por comprometer a satisfaccedilatildeo do consumidor

213 Manuais Administrativos

Nas definiccedilotildees da OSM o fluxo de informaccedilotildees que correm em uma empresa

eacute grande e aumentam a cada dia que passa em face de novas informaccedilotildees obtidas

e mais atualizadas Este fluxo se intensifica conforme o porte da organizaccedilatildeo que eacute

diretamente proporcional ao se porte ou seja quanto maior a empresa mais

informaccedilotildees precisam ser repassadas

Uma maneira de conseguir repassar as informaccedilotildees de forma precisa e

uniforme eacute a adoccedilatildeo de manuais administrativos pela organizaccedilatildeo e que satildeo

distribuiacutedos pelas dependecircncias da empresa para o faacutecil acesso Na definiccedilatildeo de

Araujo (1994 p144) ldquoo objetivo da manualizaccedilatildeo eacute permitir que a reuniatildeo de

informaccedilotildees dispostas de forma sistematizada criteriosa e segmentada atue como

instrumento facilitador do funcionamento da organizaccedilatildeordquo

A manualizaccedilatildeo de uma empresa vai de encontro conforme a sua

necessidade Por vezes empresas de meacutedio porte e com fluxograma bem definido

18

natildeo vecircem necessidade de sua adoccedilatildeo jaacute ao passo que outras menores afirmam ser

fundamental para o decorrer das atividades Como exemplo podemos citar uma

panificadora onde o Livro de Receitas eacute uma forma de manual Numa colocaccedilatildeo de

Rocha (1987 p 231)

nas empresas de grande porte o emprego de manuais eacute quase obrigatoacuterio face a multiplicidade de seus controles e abrangecircncia de seus sistemas operacionais Jaacute em empresas de meacutedio e pequeno porte seus dirigentes podem colocar duacutevida quanto agrave validade da confecccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de manuais pelo simples fato de desconhecer quais os tipos mais necessaacuterios para suas organizaccedilotildees

Estaacute aiacute o grande ponto de consenso organizacional e maturidade de mercado

para decidir sobre esta questatildeo

2131 Codificaccedilatildeo

Com a criaccedilatildeo dos manuais administrativos tambeacutem eacute recomendaacutevel a

criaccedilatildeo de um tipo de coacutedigo para a sua raacutepida localizaccedilatildeo (MARTINS 2003) Isto

se justifica mais com a pluralidade de manuais que se pretende trabalhar

Este tipo de codificaccedilatildeo fica a criteacuterio de escolha da empresa mas tambeacutem eacute

aconselhaacutevel a ter uma clara e objetiva distinccedilatildeo numeacuterica que podem ser formadas

famiacutelias grupos subgrupos e sequumlecircncia como no exemplo

XXXXXXXXXX ndash Denominaccedilatildeo de item

Sequecircncia

Subgrupo

Grupo

Famiacutelia

Com esta codificaccedilatildeo baacutesica jaacute eacute possiacutevel estabelecer vaacuterias sequecircncias

para cada tipo de aplicaccedilatildeo seja de manuais normas processos memorandos

enfim tudo o quer for passiacutevel de ser arquivado de forma ordenada

19

2132 Roteiro de Produccedilatildeo

O roteiro de produccedilatildeo aplica-se como uma ferramenta para padronizar as

etapas de fabricaccedilatildeo de maneira clara e uniforme Com o roteiro de produccedilatildeo eacute

possiacutevel acompanhar o caminho percorrido da peccedila a ser fabricada pelo interior da

induacutestria Com esta padronizaccedilatildeo consegue-se tambeacutem melhorar o layout interno

visando alocar maacutequinas e equipamentos mais proacuteximos possiacuteveis da sequecircncia de

operaccedilatildeo

Na visatildeo de Araujo (1994 p147) ldquoDevem descrever as fases e as operaccedilotildees

de cada rotina citando os oacutergatildeos e as pessoas que as executam bem como os

volumes de trabalho em cada fase os tempos de execuccedilatildeo e as distacircncias

percorridasrdquo Se pode considerar esta uma forma mais sucinta de descrever o

processo

No entanto Araujo (1994 p147) ainda afirma sua posiccedilatildeo com o seguinte

comentaacuterio ldquoTem a desvantagem de aprisionar o executante na medida em que

estabelece limites de tempo de distacircncia e de volume Positivamente natildeo eacute o

manual que mais se recomenda tratando-se de Brasilrdquo

Ao analisar sob outro ponto de vista afirmar que determinada teacutecnica natildeo eacute

aplicaacutevel no Brasil o autor mostra desconhecimento quanto ao universo de

empresas existentes no paiacutes bem como a aacuterea de atuaccedilatildeo de cada uma

A instalaccedilatildeo de induacutestrias de grande porte como Ford General Motors

Toyota entre outras trouxeram consigo estes meacutetodos de fora do paiacutes e aqui os

aplicaram tanto para uso interno como para aplicaccedilatildeo a seus fornecedores os quais

tiveram que se qualificar para se manterem competitivos

Esta qualificaccedilatildeo de qualidade invariavelmente estaacute baseada nas normas da

ISO 9000 e suas variantes A proacutepria ISO determina que deva existir no miacutenimo um

manual de procedimentos operacionais na empresa Entatildeo com as exigecircncias

solicitadas aos milhares de fornecedores de peccedilas somente do ramo automobiliacutestico

sem levar em consideraccedilatildeo os demais jaacute podemos perceber que eacute muito mais

frequente do que supocircs Araujo (1994)

20

Em relaccedilatildeo ao imaginar que no Brasil natildeo eacute possiacutevel aplicar este manual

tecircm-se exemplos de empresas que o usam e que obtecircm os resultados desejados

baseados em acompanhamento de produccedilatildeo pelos roteiros

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho

Este manual detalha especificamente como deve ser executada determinada

tarefa conforme Rocha (1987 p 234) ldquoEste tipo de Manual nada mais eacute do que o

conjunto de instruccedilotildees escritas elaborado para destacar em todos os seus detalhes

a rotina a ser seguida de uma funccedilatildeo especiacuteficardquo

Na sequecircncia do roteiro de fabricaccedilatildeo determina-se que deva ser realizada

certa tarefa em uma aacuterea qualquer da empresa Por exemplo a etapa de pintura no

roteiro de fabricaccedilatildeo indica que o passo seguinte na fabricaccedilatildeo de uma peccedila deveraacute

receber acabamento superficial Ao chegar esta peccedila na aacuterea de pintura o pintor iraacute

executaacute-la conforme orienta a instruccedilatildeo de trabalho que por sua vez iraacute indicar qual

o tipo de tinta a ser usado o tipo de solvente maneira de aplicaccedilatildeo modo de cura

etc

Assim se evidencia que a aplicabilidade da instruccedilatildeo de trabalho estaacute mais

relacionada agraves possiacuteveis variantes de cada tarefa

2134 Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional demonstra a correta maneira de

operar determinado equipamento ou maacutequina Isto se justifica pelo fato de que cada

maacutequina ou tarefa tem a sua particularidade de operaccedilatildeo Na colocaccedilatildeo de Oliveira

(2005 p 394) ldquoeacute a indicaccedilatildeo de como satildeo executados os trabalhos dentro do

processo administrativordquo

Como exemplo pode-se citar a utilizaccedilatildeo de uma calculadora baacutesica

comparada a uma calculadora cientiacutefica O uso da calculadora baacutesica natildeo requer

muita praacutetica para sua operaccedilatildeo na cientiacutefica existem vaacuterias funccedilotildees agrupadas em

21

poucas teclas dedicadas e eacute necessaacuterio o uso de outras funccedilotildees complementares

para a equaccedilatildeo de um caacutelculo Ou seja por mais que tenha o mesmo princiacutepio

(equaccedilotildees) seus modos de operaccedilotildees diferem e para isto eacute necessaacuterio um manual

operacional

Em um ambiente fabril este manual auxilia sobremaneira a operaccedilatildeo das

maacutequinas existentes dentro da induacutestria ou seja com uma ampla variedade de tipos

de maacutequinas e equipamentos com as mais variadas aplicaccedilotildees surgem por vezes

dificuldades em seu manuseio onde pode existir diferenccedila de operaccedilatildeo de uma

maacutequina semelhante mas de fabricante diferente

Estas diferenccedilas construtivas de fabricantes advecircm muito de seus proacuteprios

diferenciais em oferecer produtos ao mercado com a vantagem competitiva de

oferecer mais facilidade de operaccedilatildeo ou mesmo como adequaccedilatildeo ao processo

interno de fabricaccedilatildeo

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito

Ao comentar sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito deve-se considerar que as leis de

tracircnsito tambeacutem tecircm um caraacuteter de procedimento operacional pois eacute ela que indica

a maneira correta do condutor usar as vias de traacutefego

Analogamente com a induacutestria que deve conter um procedimento operacional

para ordenar a produccedilatildeo de forma contiacutenua as leis de tracircnsito orientam para que o

fluxo de veiacuteculo ocorra de forma segura onde todos devem seguir as orientaccedilotildees

estipuladas pela lei assim tambeacutem garantindo a seguranccedila tanto de pedestres como

de motoristas

Ao focar especificamente nos automoacuteveis nota-se que com o passar dos

anos estes sofreram inuacutemeras evoluccedilotildees tornaram-se mais eficientes velozes e

seguros Os fabricantes de veiacuteculos na busca por competitividade sempre

desenvolvem carros mais avanccedilados baseados nos mais modernos sistemas

mecacircnicos a fim de oferecer ao consumidor produtos de extrema confiabilidade

Mas eacute importante lembrar tambeacutem que os carros dependem do fator humano

para funcionar pois o condutor do veiacuteculo eacute o responsaacutevel pela sua utilizaccedilatildeo e este

22

nem sempre eacute o mais confiaacutevel Corroborando para este apontamento segundo

dados do Departamento Nacional de Tracircnsito ndash DENATRAN no ano de 2006 houve

um total de mais de 470000 acidentes de tracircnsito e deste nuacutemero cerca de 32000

acidentes envolvendo veiacuteculos pesados No graacutefico 1 pode-se visualizar melhor

estes dados

FONTE Anuaacuterio Estatiacutestico do DENATRAN - RENAEST 2006 adaptado pelo autor 2009

GRAacuteFICO 1 - Tipos de veiacuteculos envolvidos em acidentes de tracircnsito com viacutetimas

Segundo esta visatildeo faz-se jus que as empresas tenham foco no quesito

seguranccedila quanto ao desenvolvimento de equipamentos e acessoacuterios para veiacuteculos

221 Parachoques Para Veiacuteculos Pesados

Da mesma forma como foi comentado sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito para

posicionar sobre os parachoques para veiacuteculos pesados entende-se que existe lei

regulamentando a fabricaccedilatildeo destes componentes neste caso a normativa que

regulamenta a fabricaccedilatildeo de parachoques traseiro de caminhotildees assemelha-se a

uma instruccedilatildeo de trabalho

Novamente compara-se com a induacutestria onde deve existir uma instruccedilatildeo de

trabalho para que a tarefa seja realizada dentro dos paracircmetros estabelecidos as

195325

1496932809

13299397303

473399

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

Carros Ocircnibus Caminhatildeo Motos Outros Total

23

leis de tracircnsito orientam para que os componentes de seguranccedila fabricados

atendam requisitos miacutenimos aceitaacuteveis E isto se consegue atraveacutes de certificaccedilatildeo

de aprovaccedilatildeo dos produtos submetidos a ensaios de destruiccedilatildeo

Os fabricantes de implementos rodoviaacuterios jaacute fornecem o parachoque

acoplado agrave carroceria quando oferecido ao cliente final pois conforme o tipo de

carroceria a ser instalada se requer um tipo especiacutefico de parachoque

A legislaccedilatildeo brasileira regulamenta a fabricaccedilatildeo de itens de seguranccedila em

veiacuteculos automotores esta regulamentaccedilatildeo eacute formulada pelo DENATRAN No caso

especiacutefico de veiacuteculos de carga com peso bruto total acima de 4600 quilos existe a

resoluccedilatildeo nordm 152 de 29 de outubro de 2003 (ANEXO A)

Tal resoluccedilatildeo se justifica para que as empresas sigam um padratildeo de

fabricaccedilatildeo e assegurem a integridade dos ocupantes dos veiacuteculos em caso de

acidente Ainda conforme a proacutepria resoluccedilatildeo define ldquoEstabelece os requisitos

teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque traseiro para veiacuteculos de cargardquo

(CONTRAN Res 1522003)

FONTE DENATRAN Adaptado pelo autor 2009

FIGURA 1 - Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo

24

Na figura 1 vecirc-se o resultado de um acidente envolvendo veiculo de passeio

com veiacuteculo de carga

Em decorrecircncia de anaacutelise dos mais variados tipo de acidentes de tracircnsito

envolvendo caminhotildees de carga averiguou-se que muitos fabricantes deste

equipamento de seguranccedila natildeo seguiam normas especiacuteficas e o resultado era que

os parachoques natildeo suportavam o impacto traseiro de um veiacuteculo de passeio

comum provocando o mortal efeito guilhotina na carroceria do caminhatildeo Este efeito

eacute a entrada demasiada do veiacuteculo na parte inferior da traseira do caminhatildeo

chegando ateacute o habitaacuteculo dos passageiros

Ao observar a figura 1 nota-se que o parachoque natildeo resistiu ao impacto do

automoacutevel e se desprendeu da carroceria algo inaceitaacutevel conforme a normativa

vigente Observa-se tambeacutem que a estrutura do parachoque eacute visivelmente fraacutegil de

modo que ficou totalmente destruiacuteda com o impacto

Na figura 2 pode-se ver um equipamento fabricado por empresa idocircnea

dentro das normas estabelecidas pelo CONTRAN

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 2 - Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

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59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 4: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

3

DEDICO aos meus pais Marccedilol e

Nair pelo carinho e apoio ao longo

da minha jornada e tambeacutem dedico agrave

minha fiel companheira Leila pela

compreensatildeo e estiacutemulos nos

momentos difiacuteceis

4

AGRADECcedilO ao Sr Elisandro

Ludwig por ceder a sua empresa

para a realizaccedilatildeo deste estudo

monografico e agradeccedilo aos

professores Cristiane Salsman

Raoni Guedes e Sidney dos Santos

Souza por contribuir para o

enriquecimento do conteuacutedo

5

ldquoSua meta eacute ser o melhor do mundo

naquilo que faz Natildeo existem alternativasrdquo

Vicente Falconi Campos

6

RESUMO

LISBOA Neimar Estudo de caso Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda Implantaccedilatildeo de projetos e processos de fabricaccedilatildeo 2009 120 f Monografia (Graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo com Habilitaccedilatildeo em Agronegoacutecio) ndash Faculdade Almeida Rodrigues ndash FAR Rio Verde 2009

A pesquisa e o desenvolvimento de produtos adequados ao consumidor e a legislaccedilatildeo existente passa por etapas complexas ateacute chegar ao mercado No acircmbito empresarial eacute imprescindiacutevel que o custo de produccedilatildeo seja o miacutenimo possiacutevel para tanto os processos de fabricaccedilatildeo devem seguir uma ordenaccedilatildeo que seja possiacutevel determinar o acompanhamento produtivo a qualquer instante Colocando especificamente na oacutetica da Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda este estudo de caso abordaraacute a necessidade de uma adequaccedilatildeo do seu produto para que atenda agrave legislaccedilatildeo especiacutefica existente no caso os parachoques traseiros para caminhotildees bem como a adoccedilatildeo de processos produtivos mais eficientes gerando menos desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra No caso dos parachoques fabricado pela Ludwig Induacutestria este deve atender agrave legislaccedilatildeo de tracircnsito regularizada pela Resoluccedilatildeo do CONTRAN 15203 para que esteja em conformidade Apoacutes levantamento das dificuldades encontradas na empresa seratildeo propostas medidas de melhoria para implantaccedilatildeo na empresa visando agrave adequaccedilatildeo para um produto mais confiaacutevel aleacutem de ferramentas de auxiacutelio agrave produccedilatildeo como implantaccedilatildeo da aacuterea de Projetos responsaacutevel pelo desenvolvimento do produto e tambeacutem a implantaccedilatildeo da aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo responsaacutevel pela programaccedilatildeo da compra do material necessaacuterio agrave fabricaccedilatildeo levantamento dos custos de produccedilatildeo planejamento do cronograma acompanhamento da correta maneira de montagem e o encaminhamento do produto para testes de seguranccedila em oacutergatildeos responsaacuteveis assegurando a qualidade final do produto e confiabilidade na empresa

Palavras-chave projetos processos planejamento custo

7

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 ndash Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo 23

FIGURA 2 ndash Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa 24

FIGURA 3 ndash Matriz Thermo Rio 27

FIGURA 4 ndash Organograma estrutural Grupo Thermo Rio 29

FIGURA 5 ndash Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final 33

FIGURA 6 ndash Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final 33

FIGURA 7 ndash Modelo de desenho teacutecnico de componente de parachoque 37

FIGURA 8 ndash Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho 38

FIGURA 9 ndash Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa 40

FIGURA 10 ndash Modelo de procedimento operacional para maacutequinas 42

FIGURA 11 ndash Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro 43

8

LISTA DE ABREVIATURAS

CAD ndash Computer Aided Design ou Desenho Assistido por Computador

CONTRAN ndash Conselho Nacional de Tracircnsito

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito

DETRAN ndash Departamento de Tracircnsito

ISO ndash International Organization for Standardization

IT ndash Instruccedilatildeo de Trabalho

OSM ndash Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

PO ndash Procedimento Operacional

9

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

2 REVISAtildeO DA LITERATURA 13

21 Princiacutepios da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos 14

211 Desenvolvimento de Produtos 15

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo 16

213 Manuais Administrativos 17

2131 Codificaccedilatildeo 18

2132 Roteiro de Produccedilatildeo 19

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho 20

2134 Procedimento Operacional 20

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito 21

221Parachoques para Veiacuteculos Pesados 22

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO 26

31 Caracterizaccedilatildeo da empresa 27

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda 28

312 Missatildeo 28

313 Visatildeo 28

314 Organograma 29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 30

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa 30

411 Dificuldades Encontradas 30

42 Situaccedilatildeo Proposta 32

421 Implantaccedilatildeo de Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos 32

422 Implantaccedilatildeo de Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo 34

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais 35

10

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo 35

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo 38

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de trabalho 39

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional 41

4235 Placa de Identificaccedilatildeo 42

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 44

REFEREcircNCIAS 46

APEcircNDICES 47

ANEXOS 110

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

Atualmente existe uma forte tendecircncia em conciliar produtos e processos de

forma efetiva nas empresas Isto desencadeia um processo de evoluccedilatildeo constante

dentro da organizaccedilatildeo em vista que a cada instante surgem novas teacutecnicas de

produccedilatildeo mais eficientes

Outro fator que fortalece esta evoluccedilatildeo constante eacute a acirrada disputa pelo

mercado consumidor No entanto eacute imprescindiacutevel a existecircncia de responsabilidade

pelos produtos por parte dos fabricantes

Existem situaccedilotildees em que esta responsabilidade deve ser seguida de forma

mais criteriosa e legalizada eacute o ponto onde entram leis regulamentando a fabricaccedilatildeo

de determinados produtos

A Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda fabrica exclusivamente bauacutes

frigoriacuteficos para o transporte de produtos refrigerados Faz parte de sua linha de

produtos um acessoacuterio obrigatoacuterio em veiacuteculos pesados (caminhotildees) que eacute o

parachoque traseiro Para a fabricaccedilatildeo deste equipamento existe regulamentaccedilatildeo

proacutepria definida pela resoluccedilatildeo1522003 do CONTRAN

Atualmente o produto fabricado pela Ludwig natildeo se enquadra nos

paracircmetros da resoluccedilatildeo consequentemente eacute um produto natildeo conforme

Dentro deste contexto o presente estudo monograacutefico pretende abordar a

importacircncia de se fabricar um produto de qualidade e seguro bem como apresentar

soluccedilotildees viaacuteveis para uniformizar e facilitar o processo produtivo dentro da empresa

Para chegar a este ponto seraacute necessaacuterio avaliar o processo de produccedilatildeo

atual e identificar os pontos falhos e que necessitem ser melhorados

Desta forma definido o objeto de estudo inicialmente seraacute feita sua

apresentaccedilatildeo na revisatildeo de literatura onde se conceituaratildeo as definiccedilotildees de gestatildeo

que seratildeo abordadas para o desenvolvimento da proposta de implantaccedilatildeo para a

Ludwig Induacutestria bem como a observacircncia da legislaccedilatildeo de tracircnsito a que a

empresa deve submeter seus produtos

12

Em seguida seraacute apresentado o procedimento metodoloacutegico que foi seguido

para o desenvolvimento deste estudo e tambeacutem constaraacute uma breve descriccedilatildeo da

empresa estudada

Na sequecircncia seratildeo abordados os resultados e discussotildees alavancadas no

estudo bem como a apresentaccedilatildeo das sugestotildees de melhorias a serem implantadas

pela empresa

Ao finalizar seraacute apresentada a colusatildeo deste estudo onde tambeacutem seratildeo

analisadas as medidas tomadas pela empresa e a comparaccedilatildeo parcial dos

resultados obtidos com as propostas sugeridas

Complementando este estudo seguem o anexo da resoluccedilatildeo do CONTRAN

os apecircndices elaborados para a visualizaccedilatildeo completa dos procedimentos e

instruccedilotildees de trabalho propostos para a empresa

13

2 REVISAtildeO DA LITERATURA

Muito jaacute foi escrito revisado e comentado sobre administraccedilatildeo moderna mas

eacute sempre importante salientar que suas bases referenciais satildeo imutaacuteveis e isto natildeo

eacute algo que se possa ser questionado de forma simploacuteria em vista que jaacute eacute possiacutevel

determinar que ateacute os povos primitivos tiveram uma forma de administrar a sua

sociedade

Atualmente a administraccedilatildeo evoluiu consideravelmente e ainda estaacute em

evoluccedilatildeo constante adaptando-se agraves tecnologias disponiacuteveis e ao proacuteprio modo de

viver das pessoas

Ao analisar especificamente o ambiente empresarial encontram-se

conceitos desenvolvidos para que se possa obter o maacuteximo de eficiecircncia e eficaacutecia

nas suas operaccedilotildees Estes conceitos modernos de administrar tiveram suas origens

nos primoacuterdios da Revoluccedilatildeo Industrial ocorrida no entre os seacuteculos XVIII e XIX A

accedilatildeo do administrador de uma induacutestria nesta eacutepoca era focada em estruturar toda a

empresa com os conhecimentos miacutenimos de que dispunha isto tambeacutem acarretava

em treinar as pessoas para as funccedilotildees delegadas e acompanhar o desenvolvimento

de suas tarefas (AKTOUF 1996)

Taylor e Fayol no decorrer da segunda deacutecada do seacuteculo XX realizaram

estudos para tentar amenizar a dissonacircncia na produccedilatildeo das faacutebricas isto ocorreu

em virtude do crescimento da industrializaccedilatildeo que o mundo estava vislumbrando

naquela eacutepoca o que muitas vezes natildeo acompanhava uma gestatildeo eficiente

Hoje existem estudos e publicaccedilotildees dos mais variados tipos e aplicaccedilotildees

todos invariavelmente tambeacutem partiram dos estudos pioneiros da administraccedilatildeo

moderna de Taylor e Fayol Mas hoje existe consenso universal de que praacuteticas de

administraccedilatildeo aplicada nas induacutestrias obtecircm grande retorno desde que

devidamente bem planejada a sua implantaccedilatildeo Ainda nas palavras de Aktouf (1996

p 25)

quando falamos de administraccedilatildeo se trata de uma atividade ou mais precisamente de uma serie de atividades integradas e interdependentes destinadas a permitir que certa combinaccedilatildeo de meios (financeiros humanos materiais etc) possa gerar uma produccedilatildeo de bens ou serviccedilos economicamente e socialmente uacuteteis e se possiacutevel para a empresa com finalidade lucrativa rentaacuteveis

14

Diante disto vecirc-se que muito foi feito e contribuiacutedo pelo melhor desempenho

das organizaccedilotildees Neste aspecto o estudo da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

(OSampM) foi o que mais trabalhou o chatildeo de faacutebrica propriamente dito apresentando

soluccedilotildees inimaginaacuteveis no periacuteodo da Revoluccedilatildeo Industrial

Atualmente com o mercado globalizado e altamente competitivo em que se

encontra a utilizaccedilatildeo de ferramentas administrativas eacute uma forma de garantir a

permanecircncia no mercado aleacutem de ser o diferencial causador de uma gestatildeo

eficiente e controlada donde se obtecircm dados confiaacuteveis dos processos produtivos

21 Princiacutepios da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

Os estudos da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos (OSM) na Administraccedilatildeo

comeccedilaram a ser desenvolvidos no iniacutecio do seacuteculo XX nos Estados Unidos da

Ameacuterica (EUA) mas natildeo ganharam muita relevacircncia no meio empresarial agrave eacutepoca

(ROCHA1987)

As empresas tiveram mais aceitabilidade deste estudo no decorrer da 2ordf

Guerra Mundial pois com os esforccedilos de guerra grandes volumes de produccedilatildeo

eram exigidos e qualidade e padronizaccedilatildeo natildeo eram uma constante deste periacuteodo

As concepccedilotildees da OSM comeccedilaram a ser difundidas no Brasil por volta de

1955 muito tempo depois de outras naccedilotildees as terem adotado principalmente a

Inglaterra onde este movimento tomou mais forccedila

A OSM tal como se apresenta hoje difere muito daquela de 50 anos atraacutes

ateacute mesmo daquela dos anos 80 e 90 quando realmente o mercado vislumbrou um

boom de novas empresas adotando meacutetodos mais eficientes para produzir De certa

forma isto gerou maior competitividade entre as induacutestrias pois a consequente

reduccedilatildeo de custos de produccedilatildeo logo angariou mais adeptos e o produto final pocircde

se tornar mais barato para o consumidor final

Com o advento da Era da Informaacutetica muito se evoluiu neste conceito e para

as empresas tornou-se mais faacutecil estruturar organizar monitorar e colher os

resultados da produccedilatildeo Com base nisto tambeacutem foi possiacutevel departamentalizar

15

melhor a empresa e definir sua estrutura funcional para a adequaccedilatildeo conforme seu

ramo da atividade

No caso de empresas de produtos e bens industrializados observaram-se

maior foco no desenvolvimento de produtos voltados agraves necessidades do

consumidor com maior preocupaccedilatildeo em manter o cliente fiel agrave marca com o produto

de qualidade oferecido

211 Desenvolvimento de Produtos

Nas empresas de industrializaccedilatildeo a OSM possibilitou que as aacutereas de

projetos (Engenharia de Produtos e Engenharia de Processos) pudessem

acompanhar melhor o desenvolvimento do produto atraveacutes da comunicaccedilatildeo

existente entre outros departamentos Ainda hoje existem empresas desestruturadas

que fazem com que os departamentos internos travem uma verdadeira guerra fria

entre si prejudicando os resultados finais da companhia

A aacuterea de Engenharia de Desenvolvimento de Produto eacute de suma importacircncia

para empresa pois eacute dela que se cria o produto desejado pelo cliente eacute onde se

materializa o conceito desenvolvido atraveacutes de contato com as suas necessidades

ou como define Slack Chambers e Johnston (2002 p 118)

os projetistas de produtos tentam realizar projetos esteticamente agradaacuteveis que atendam ou excedam as expectativas dos consumidores Tambeacutem tentam projetar um produto que desempenha bem e eacute confiaacutevel durante seu tempo de vida uacutetil Aleacutem disso deveriam projetar o produto de forma que possa ser fabricado faacutecil e rapidamente

Para que isto seja possiacutevel recorre-se a uma ferramenta usada pelos

projetistas de produtos que eacute o Desenho Assistido por Computador ou em inglecircs

Computer Aided Design (CAD) com o qual eacute possiacutevel criar um produto virtual e fazer

os seus ajustes sem a necessidade de criaccedilatildeo de um modelo fiacutesico de imediato

Seguindo o pensamento de Slack Chambers e Johnston (2002) esta

ferramenta CAD apresenta vantagens como

16

- Rapidez no desenvolvimento do produto

- Simulaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo de um protoacutetipo virtual do produto

- Arquivos dos componentes virtuais sem ocupaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico

- Observaccedilatildeo de detalhes miacutenimos atraveacutes de ampliaccedilatildeo da tela

- Reduccedilatildeo de custos com a criaccedilatildeo de protoacutetipos fiacutesicos

Sob estes pontos de vista vecirc-se a clara necessidade de adoccedilatildeo desta

ferramenta para que a empresa reduza custos e se mantenha competitiva com

produto de qualidade

Ainda conforme Slack Chambers e Johnston (2002 p 159) ldquosimulaccedilotildees

baseadas em realidade virtual permitem que empresas testem novos produtos e

serviccedilos bem como visualizem e planejem os processos que os produzemrdquo

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Dentro do estudo da OSM tem-se tambeacutem a abrangecircncia de Planejamento e

Controle da Produccedilatildeo (PCP) Isto se faz necessaacuterio para garantir que o produto

desenvolvido virtualmente seja construiacutedo fisicamente dentro dos paracircmetros

estabelecidos garantindo assim a qualidade do produto Dentro do conceito de

Slack Chambers e Johnston (2002 p 314) ldquoEsse eacute o propoacutesito do planejamento e

controle ndash garantir que os processos da produccedilatildeo ocorram eficaz e eficientemente e

que produzam produtos e serviccedilos conforme requeridos pelos consumidoresrdquo

Como este eacute o passo final do ciclo do produto dentro da empresa justifica-se

maior controle do produto pois eacute daqui que sai o conceito de qualidade e de imagem

da empresa

Mas o PCP natildeo atua somente na produccedilatildeo como fiscal serve tambeacutem para

dar suporte agrave produccedilatildeo para que seja possiacutevel a sua execuccedilatildeo Com o PCP eacute

possiacutevel planejar a capacidade de produccedilatildeo da empresa e antever as necessidades

operacionais sejam elas de matildeo-de-obra energia maacutequinas estrutura fiacutesica

materiais logiacutestica etc enfim tudo o que for relativo agrave produccedilatildeo

Segundo a definiccedilatildeo de Correcirca Gianesi e Caon (2000 p18)

17

os sistemas de administraccedilatildeo da produccedilatildeo para cumprirem o seu papel de suporte ao atingimento dos objetivos estrateacutegicos da organizaccedilatildeo devem ser capazes de apoiar o tomador de decisotildees logiacutesticas a

Planejar as necessidades futuras de capacidade produtiva da organizaccedilatildeo

Planejar os materiais comprados

Planejar os niacuteveis de estoque de mateacuterias-primas semi-acabados e

produtos finais nos pontos certos

Programar atividades de produccedilatildeo para garantir que os recursos produtivos envolvidos estejam sendo utilizados em cada momento nas coisas certas e prioritaacuterias

Ser capaz de saber e de informar corretamente a respeito da situaccedilatildeo corrente dos recursos (pessoas equipamentos instalaccedilotildees materiais) e das ordens (de compra e produccedilatildeo)

Ser capaz de prometer os menores prazos possiacuteveis aos clientes e depois fazer cumpri-los

Ser capaz de reagir eficazmente

Como se pode notar satildeo situaccedilotildees que se mal planejadas podem pocircr a

imagem da empresa em risco de descreacutedito por qualquer falha que venha a ocorrer

no processo e que acaba por comprometer a satisfaccedilatildeo do consumidor

213 Manuais Administrativos

Nas definiccedilotildees da OSM o fluxo de informaccedilotildees que correm em uma empresa

eacute grande e aumentam a cada dia que passa em face de novas informaccedilotildees obtidas

e mais atualizadas Este fluxo se intensifica conforme o porte da organizaccedilatildeo que eacute

diretamente proporcional ao se porte ou seja quanto maior a empresa mais

informaccedilotildees precisam ser repassadas

Uma maneira de conseguir repassar as informaccedilotildees de forma precisa e

uniforme eacute a adoccedilatildeo de manuais administrativos pela organizaccedilatildeo e que satildeo

distribuiacutedos pelas dependecircncias da empresa para o faacutecil acesso Na definiccedilatildeo de

Araujo (1994 p144) ldquoo objetivo da manualizaccedilatildeo eacute permitir que a reuniatildeo de

informaccedilotildees dispostas de forma sistematizada criteriosa e segmentada atue como

instrumento facilitador do funcionamento da organizaccedilatildeordquo

A manualizaccedilatildeo de uma empresa vai de encontro conforme a sua

necessidade Por vezes empresas de meacutedio porte e com fluxograma bem definido

18

natildeo vecircem necessidade de sua adoccedilatildeo jaacute ao passo que outras menores afirmam ser

fundamental para o decorrer das atividades Como exemplo podemos citar uma

panificadora onde o Livro de Receitas eacute uma forma de manual Numa colocaccedilatildeo de

Rocha (1987 p 231)

nas empresas de grande porte o emprego de manuais eacute quase obrigatoacuterio face a multiplicidade de seus controles e abrangecircncia de seus sistemas operacionais Jaacute em empresas de meacutedio e pequeno porte seus dirigentes podem colocar duacutevida quanto agrave validade da confecccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de manuais pelo simples fato de desconhecer quais os tipos mais necessaacuterios para suas organizaccedilotildees

Estaacute aiacute o grande ponto de consenso organizacional e maturidade de mercado

para decidir sobre esta questatildeo

2131 Codificaccedilatildeo

Com a criaccedilatildeo dos manuais administrativos tambeacutem eacute recomendaacutevel a

criaccedilatildeo de um tipo de coacutedigo para a sua raacutepida localizaccedilatildeo (MARTINS 2003) Isto

se justifica mais com a pluralidade de manuais que se pretende trabalhar

Este tipo de codificaccedilatildeo fica a criteacuterio de escolha da empresa mas tambeacutem eacute

aconselhaacutevel a ter uma clara e objetiva distinccedilatildeo numeacuterica que podem ser formadas

famiacutelias grupos subgrupos e sequumlecircncia como no exemplo

XXXXXXXXXX ndash Denominaccedilatildeo de item

Sequecircncia

Subgrupo

Grupo

Famiacutelia

Com esta codificaccedilatildeo baacutesica jaacute eacute possiacutevel estabelecer vaacuterias sequecircncias

para cada tipo de aplicaccedilatildeo seja de manuais normas processos memorandos

enfim tudo o quer for passiacutevel de ser arquivado de forma ordenada

19

2132 Roteiro de Produccedilatildeo

O roteiro de produccedilatildeo aplica-se como uma ferramenta para padronizar as

etapas de fabricaccedilatildeo de maneira clara e uniforme Com o roteiro de produccedilatildeo eacute

possiacutevel acompanhar o caminho percorrido da peccedila a ser fabricada pelo interior da

induacutestria Com esta padronizaccedilatildeo consegue-se tambeacutem melhorar o layout interno

visando alocar maacutequinas e equipamentos mais proacuteximos possiacuteveis da sequecircncia de

operaccedilatildeo

Na visatildeo de Araujo (1994 p147) ldquoDevem descrever as fases e as operaccedilotildees

de cada rotina citando os oacutergatildeos e as pessoas que as executam bem como os

volumes de trabalho em cada fase os tempos de execuccedilatildeo e as distacircncias

percorridasrdquo Se pode considerar esta uma forma mais sucinta de descrever o

processo

No entanto Araujo (1994 p147) ainda afirma sua posiccedilatildeo com o seguinte

comentaacuterio ldquoTem a desvantagem de aprisionar o executante na medida em que

estabelece limites de tempo de distacircncia e de volume Positivamente natildeo eacute o

manual que mais se recomenda tratando-se de Brasilrdquo

Ao analisar sob outro ponto de vista afirmar que determinada teacutecnica natildeo eacute

aplicaacutevel no Brasil o autor mostra desconhecimento quanto ao universo de

empresas existentes no paiacutes bem como a aacuterea de atuaccedilatildeo de cada uma

A instalaccedilatildeo de induacutestrias de grande porte como Ford General Motors

Toyota entre outras trouxeram consigo estes meacutetodos de fora do paiacutes e aqui os

aplicaram tanto para uso interno como para aplicaccedilatildeo a seus fornecedores os quais

tiveram que se qualificar para se manterem competitivos

Esta qualificaccedilatildeo de qualidade invariavelmente estaacute baseada nas normas da

ISO 9000 e suas variantes A proacutepria ISO determina que deva existir no miacutenimo um

manual de procedimentos operacionais na empresa Entatildeo com as exigecircncias

solicitadas aos milhares de fornecedores de peccedilas somente do ramo automobiliacutestico

sem levar em consideraccedilatildeo os demais jaacute podemos perceber que eacute muito mais

frequente do que supocircs Araujo (1994)

20

Em relaccedilatildeo ao imaginar que no Brasil natildeo eacute possiacutevel aplicar este manual

tecircm-se exemplos de empresas que o usam e que obtecircm os resultados desejados

baseados em acompanhamento de produccedilatildeo pelos roteiros

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho

Este manual detalha especificamente como deve ser executada determinada

tarefa conforme Rocha (1987 p 234) ldquoEste tipo de Manual nada mais eacute do que o

conjunto de instruccedilotildees escritas elaborado para destacar em todos os seus detalhes

a rotina a ser seguida de uma funccedilatildeo especiacuteficardquo

Na sequecircncia do roteiro de fabricaccedilatildeo determina-se que deva ser realizada

certa tarefa em uma aacuterea qualquer da empresa Por exemplo a etapa de pintura no

roteiro de fabricaccedilatildeo indica que o passo seguinte na fabricaccedilatildeo de uma peccedila deveraacute

receber acabamento superficial Ao chegar esta peccedila na aacuterea de pintura o pintor iraacute

executaacute-la conforme orienta a instruccedilatildeo de trabalho que por sua vez iraacute indicar qual

o tipo de tinta a ser usado o tipo de solvente maneira de aplicaccedilatildeo modo de cura

etc

Assim se evidencia que a aplicabilidade da instruccedilatildeo de trabalho estaacute mais

relacionada agraves possiacuteveis variantes de cada tarefa

2134 Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional demonstra a correta maneira de

operar determinado equipamento ou maacutequina Isto se justifica pelo fato de que cada

maacutequina ou tarefa tem a sua particularidade de operaccedilatildeo Na colocaccedilatildeo de Oliveira

(2005 p 394) ldquoeacute a indicaccedilatildeo de como satildeo executados os trabalhos dentro do

processo administrativordquo

Como exemplo pode-se citar a utilizaccedilatildeo de uma calculadora baacutesica

comparada a uma calculadora cientiacutefica O uso da calculadora baacutesica natildeo requer

muita praacutetica para sua operaccedilatildeo na cientiacutefica existem vaacuterias funccedilotildees agrupadas em

21

poucas teclas dedicadas e eacute necessaacuterio o uso de outras funccedilotildees complementares

para a equaccedilatildeo de um caacutelculo Ou seja por mais que tenha o mesmo princiacutepio

(equaccedilotildees) seus modos de operaccedilotildees diferem e para isto eacute necessaacuterio um manual

operacional

Em um ambiente fabril este manual auxilia sobremaneira a operaccedilatildeo das

maacutequinas existentes dentro da induacutestria ou seja com uma ampla variedade de tipos

de maacutequinas e equipamentos com as mais variadas aplicaccedilotildees surgem por vezes

dificuldades em seu manuseio onde pode existir diferenccedila de operaccedilatildeo de uma

maacutequina semelhante mas de fabricante diferente

Estas diferenccedilas construtivas de fabricantes advecircm muito de seus proacuteprios

diferenciais em oferecer produtos ao mercado com a vantagem competitiva de

oferecer mais facilidade de operaccedilatildeo ou mesmo como adequaccedilatildeo ao processo

interno de fabricaccedilatildeo

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito

Ao comentar sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito deve-se considerar que as leis de

tracircnsito tambeacutem tecircm um caraacuteter de procedimento operacional pois eacute ela que indica

a maneira correta do condutor usar as vias de traacutefego

Analogamente com a induacutestria que deve conter um procedimento operacional

para ordenar a produccedilatildeo de forma contiacutenua as leis de tracircnsito orientam para que o

fluxo de veiacuteculo ocorra de forma segura onde todos devem seguir as orientaccedilotildees

estipuladas pela lei assim tambeacutem garantindo a seguranccedila tanto de pedestres como

de motoristas

Ao focar especificamente nos automoacuteveis nota-se que com o passar dos

anos estes sofreram inuacutemeras evoluccedilotildees tornaram-se mais eficientes velozes e

seguros Os fabricantes de veiacuteculos na busca por competitividade sempre

desenvolvem carros mais avanccedilados baseados nos mais modernos sistemas

mecacircnicos a fim de oferecer ao consumidor produtos de extrema confiabilidade

Mas eacute importante lembrar tambeacutem que os carros dependem do fator humano

para funcionar pois o condutor do veiacuteculo eacute o responsaacutevel pela sua utilizaccedilatildeo e este

22

nem sempre eacute o mais confiaacutevel Corroborando para este apontamento segundo

dados do Departamento Nacional de Tracircnsito ndash DENATRAN no ano de 2006 houve

um total de mais de 470000 acidentes de tracircnsito e deste nuacutemero cerca de 32000

acidentes envolvendo veiacuteculos pesados No graacutefico 1 pode-se visualizar melhor

estes dados

FONTE Anuaacuterio Estatiacutestico do DENATRAN - RENAEST 2006 adaptado pelo autor 2009

GRAacuteFICO 1 - Tipos de veiacuteculos envolvidos em acidentes de tracircnsito com viacutetimas

Segundo esta visatildeo faz-se jus que as empresas tenham foco no quesito

seguranccedila quanto ao desenvolvimento de equipamentos e acessoacuterios para veiacuteculos

221 Parachoques Para Veiacuteculos Pesados

Da mesma forma como foi comentado sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito para

posicionar sobre os parachoques para veiacuteculos pesados entende-se que existe lei

regulamentando a fabricaccedilatildeo destes componentes neste caso a normativa que

regulamenta a fabricaccedilatildeo de parachoques traseiro de caminhotildees assemelha-se a

uma instruccedilatildeo de trabalho

Novamente compara-se com a induacutestria onde deve existir uma instruccedilatildeo de

trabalho para que a tarefa seja realizada dentro dos paracircmetros estabelecidos as

195325

1496932809

13299397303

473399

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

Carros Ocircnibus Caminhatildeo Motos Outros Total

23

leis de tracircnsito orientam para que os componentes de seguranccedila fabricados

atendam requisitos miacutenimos aceitaacuteveis E isto se consegue atraveacutes de certificaccedilatildeo

de aprovaccedilatildeo dos produtos submetidos a ensaios de destruiccedilatildeo

Os fabricantes de implementos rodoviaacuterios jaacute fornecem o parachoque

acoplado agrave carroceria quando oferecido ao cliente final pois conforme o tipo de

carroceria a ser instalada se requer um tipo especiacutefico de parachoque

A legislaccedilatildeo brasileira regulamenta a fabricaccedilatildeo de itens de seguranccedila em

veiacuteculos automotores esta regulamentaccedilatildeo eacute formulada pelo DENATRAN No caso

especiacutefico de veiacuteculos de carga com peso bruto total acima de 4600 quilos existe a

resoluccedilatildeo nordm 152 de 29 de outubro de 2003 (ANEXO A)

Tal resoluccedilatildeo se justifica para que as empresas sigam um padratildeo de

fabricaccedilatildeo e assegurem a integridade dos ocupantes dos veiacuteculos em caso de

acidente Ainda conforme a proacutepria resoluccedilatildeo define ldquoEstabelece os requisitos

teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque traseiro para veiacuteculos de cargardquo

(CONTRAN Res 1522003)

FONTE DENATRAN Adaptado pelo autor 2009

FIGURA 1 - Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo

24

Na figura 1 vecirc-se o resultado de um acidente envolvendo veiculo de passeio

com veiacuteculo de carga

Em decorrecircncia de anaacutelise dos mais variados tipo de acidentes de tracircnsito

envolvendo caminhotildees de carga averiguou-se que muitos fabricantes deste

equipamento de seguranccedila natildeo seguiam normas especiacuteficas e o resultado era que

os parachoques natildeo suportavam o impacto traseiro de um veiacuteculo de passeio

comum provocando o mortal efeito guilhotina na carroceria do caminhatildeo Este efeito

eacute a entrada demasiada do veiacuteculo na parte inferior da traseira do caminhatildeo

chegando ateacute o habitaacuteculo dos passageiros

Ao observar a figura 1 nota-se que o parachoque natildeo resistiu ao impacto do

automoacutevel e se desprendeu da carroceria algo inaceitaacutevel conforme a normativa

vigente Observa-se tambeacutem que a estrutura do parachoque eacute visivelmente fraacutegil de

modo que ficou totalmente destruiacuteda com o impacto

Na figura 2 pode-se ver um equipamento fabricado por empresa idocircnea

dentro das normas estabelecidas pelo CONTRAN

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 2 - Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 5: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

4

AGRADECcedilO ao Sr Elisandro

Ludwig por ceder a sua empresa

para a realizaccedilatildeo deste estudo

monografico e agradeccedilo aos

professores Cristiane Salsman

Raoni Guedes e Sidney dos Santos

Souza por contribuir para o

enriquecimento do conteuacutedo

5

ldquoSua meta eacute ser o melhor do mundo

naquilo que faz Natildeo existem alternativasrdquo

Vicente Falconi Campos

6

RESUMO

LISBOA Neimar Estudo de caso Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda Implantaccedilatildeo de projetos e processos de fabricaccedilatildeo 2009 120 f Monografia (Graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo com Habilitaccedilatildeo em Agronegoacutecio) ndash Faculdade Almeida Rodrigues ndash FAR Rio Verde 2009

A pesquisa e o desenvolvimento de produtos adequados ao consumidor e a legislaccedilatildeo existente passa por etapas complexas ateacute chegar ao mercado No acircmbito empresarial eacute imprescindiacutevel que o custo de produccedilatildeo seja o miacutenimo possiacutevel para tanto os processos de fabricaccedilatildeo devem seguir uma ordenaccedilatildeo que seja possiacutevel determinar o acompanhamento produtivo a qualquer instante Colocando especificamente na oacutetica da Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda este estudo de caso abordaraacute a necessidade de uma adequaccedilatildeo do seu produto para que atenda agrave legislaccedilatildeo especiacutefica existente no caso os parachoques traseiros para caminhotildees bem como a adoccedilatildeo de processos produtivos mais eficientes gerando menos desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra No caso dos parachoques fabricado pela Ludwig Induacutestria este deve atender agrave legislaccedilatildeo de tracircnsito regularizada pela Resoluccedilatildeo do CONTRAN 15203 para que esteja em conformidade Apoacutes levantamento das dificuldades encontradas na empresa seratildeo propostas medidas de melhoria para implantaccedilatildeo na empresa visando agrave adequaccedilatildeo para um produto mais confiaacutevel aleacutem de ferramentas de auxiacutelio agrave produccedilatildeo como implantaccedilatildeo da aacuterea de Projetos responsaacutevel pelo desenvolvimento do produto e tambeacutem a implantaccedilatildeo da aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo responsaacutevel pela programaccedilatildeo da compra do material necessaacuterio agrave fabricaccedilatildeo levantamento dos custos de produccedilatildeo planejamento do cronograma acompanhamento da correta maneira de montagem e o encaminhamento do produto para testes de seguranccedila em oacutergatildeos responsaacuteveis assegurando a qualidade final do produto e confiabilidade na empresa

Palavras-chave projetos processos planejamento custo

7

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 ndash Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo 23

FIGURA 2 ndash Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa 24

FIGURA 3 ndash Matriz Thermo Rio 27

FIGURA 4 ndash Organograma estrutural Grupo Thermo Rio 29

FIGURA 5 ndash Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final 33

FIGURA 6 ndash Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final 33

FIGURA 7 ndash Modelo de desenho teacutecnico de componente de parachoque 37

FIGURA 8 ndash Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho 38

FIGURA 9 ndash Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa 40

FIGURA 10 ndash Modelo de procedimento operacional para maacutequinas 42

FIGURA 11 ndash Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro 43

8

LISTA DE ABREVIATURAS

CAD ndash Computer Aided Design ou Desenho Assistido por Computador

CONTRAN ndash Conselho Nacional de Tracircnsito

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito

DETRAN ndash Departamento de Tracircnsito

ISO ndash International Organization for Standardization

IT ndash Instruccedilatildeo de Trabalho

OSM ndash Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

PO ndash Procedimento Operacional

9

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

2 REVISAtildeO DA LITERATURA 13

21 Princiacutepios da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos 14

211 Desenvolvimento de Produtos 15

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo 16

213 Manuais Administrativos 17

2131 Codificaccedilatildeo 18

2132 Roteiro de Produccedilatildeo 19

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho 20

2134 Procedimento Operacional 20

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito 21

221Parachoques para Veiacuteculos Pesados 22

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO 26

31 Caracterizaccedilatildeo da empresa 27

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda 28

312 Missatildeo 28

313 Visatildeo 28

314 Organograma 29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 30

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa 30

411 Dificuldades Encontradas 30

42 Situaccedilatildeo Proposta 32

421 Implantaccedilatildeo de Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos 32

422 Implantaccedilatildeo de Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo 34

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais 35

10

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo 35

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo 38

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de trabalho 39

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional 41

4235 Placa de Identificaccedilatildeo 42

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 44

REFEREcircNCIAS 46

APEcircNDICES 47

ANEXOS 110

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

Atualmente existe uma forte tendecircncia em conciliar produtos e processos de

forma efetiva nas empresas Isto desencadeia um processo de evoluccedilatildeo constante

dentro da organizaccedilatildeo em vista que a cada instante surgem novas teacutecnicas de

produccedilatildeo mais eficientes

Outro fator que fortalece esta evoluccedilatildeo constante eacute a acirrada disputa pelo

mercado consumidor No entanto eacute imprescindiacutevel a existecircncia de responsabilidade

pelos produtos por parte dos fabricantes

Existem situaccedilotildees em que esta responsabilidade deve ser seguida de forma

mais criteriosa e legalizada eacute o ponto onde entram leis regulamentando a fabricaccedilatildeo

de determinados produtos

A Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda fabrica exclusivamente bauacutes

frigoriacuteficos para o transporte de produtos refrigerados Faz parte de sua linha de

produtos um acessoacuterio obrigatoacuterio em veiacuteculos pesados (caminhotildees) que eacute o

parachoque traseiro Para a fabricaccedilatildeo deste equipamento existe regulamentaccedilatildeo

proacutepria definida pela resoluccedilatildeo1522003 do CONTRAN

Atualmente o produto fabricado pela Ludwig natildeo se enquadra nos

paracircmetros da resoluccedilatildeo consequentemente eacute um produto natildeo conforme

Dentro deste contexto o presente estudo monograacutefico pretende abordar a

importacircncia de se fabricar um produto de qualidade e seguro bem como apresentar

soluccedilotildees viaacuteveis para uniformizar e facilitar o processo produtivo dentro da empresa

Para chegar a este ponto seraacute necessaacuterio avaliar o processo de produccedilatildeo

atual e identificar os pontos falhos e que necessitem ser melhorados

Desta forma definido o objeto de estudo inicialmente seraacute feita sua

apresentaccedilatildeo na revisatildeo de literatura onde se conceituaratildeo as definiccedilotildees de gestatildeo

que seratildeo abordadas para o desenvolvimento da proposta de implantaccedilatildeo para a

Ludwig Induacutestria bem como a observacircncia da legislaccedilatildeo de tracircnsito a que a

empresa deve submeter seus produtos

12

Em seguida seraacute apresentado o procedimento metodoloacutegico que foi seguido

para o desenvolvimento deste estudo e tambeacutem constaraacute uma breve descriccedilatildeo da

empresa estudada

Na sequecircncia seratildeo abordados os resultados e discussotildees alavancadas no

estudo bem como a apresentaccedilatildeo das sugestotildees de melhorias a serem implantadas

pela empresa

Ao finalizar seraacute apresentada a colusatildeo deste estudo onde tambeacutem seratildeo

analisadas as medidas tomadas pela empresa e a comparaccedilatildeo parcial dos

resultados obtidos com as propostas sugeridas

Complementando este estudo seguem o anexo da resoluccedilatildeo do CONTRAN

os apecircndices elaborados para a visualizaccedilatildeo completa dos procedimentos e

instruccedilotildees de trabalho propostos para a empresa

13

2 REVISAtildeO DA LITERATURA

Muito jaacute foi escrito revisado e comentado sobre administraccedilatildeo moderna mas

eacute sempre importante salientar que suas bases referenciais satildeo imutaacuteveis e isto natildeo

eacute algo que se possa ser questionado de forma simploacuteria em vista que jaacute eacute possiacutevel

determinar que ateacute os povos primitivos tiveram uma forma de administrar a sua

sociedade

Atualmente a administraccedilatildeo evoluiu consideravelmente e ainda estaacute em

evoluccedilatildeo constante adaptando-se agraves tecnologias disponiacuteveis e ao proacuteprio modo de

viver das pessoas

Ao analisar especificamente o ambiente empresarial encontram-se

conceitos desenvolvidos para que se possa obter o maacuteximo de eficiecircncia e eficaacutecia

nas suas operaccedilotildees Estes conceitos modernos de administrar tiveram suas origens

nos primoacuterdios da Revoluccedilatildeo Industrial ocorrida no entre os seacuteculos XVIII e XIX A

accedilatildeo do administrador de uma induacutestria nesta eacutepoca era focada em estruturar toda a

empresa com os conhecimentos miacutenimos de que dispunha isto tambeacutem acarretava

em treinar as pessoas para as funccedilotildees delegadas e acompanhar o desenvolvimento

de suas tarefas (AKTOUF 1996)

Taylor e Fayol no decorrer da segunda deacutecada do seacuteculo XX realizaram

estudos para tentar amenizar a dissonacircncia na produccedilatildeo das faacutebricas isto ocorreu

em virtude do crescimento da industrializaccedilatildeo que o mundo estava vislumbrando

naquela eacutepoca o que muitas vezes natildeo acompanhava uma gestatildeo eficiente

Hoje existem estudos e publicaccedilotildees dos mais variados tipos e aplicaccedilotildees

todos invariavelmente tambeacutem partiram dos estudos pioneiros da administraccedilatildeo

moderna de Taylor e Fayol Mas hoje existe consenso universal de que praacuteticas de

administraccedilatildeo aplicada nas induacutestrias obtecircm grande retorno desde que

devidamente bem planejada a sua implantaccedilatildeo Ainda nas palavras de Aktouf (1996

p 25)

quando falamos de administraccedilatildeo se trata de uma atividade ou mais precisamente de uma serie de atividades integradas e interdependentes destinadas a permitir que certa combinaccedilatildeo de meios (financeiros humanos materiais etc) possa gerar uma produccedilatildeo de bens ou serviccedilos economicamente e socialmente uacuteteis e se possiacutevel para a empresa com finalidade lucrativa rentaacuteveis

14

Diante disto vecirc-se que muito foi feito e contribuiacutedo pelo melhor desempenho

das organizaccedilotildees Neste aspecto o estudo da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

(OSampM) foi o que mais trabalhou o chatildeo de faacutebrica propriamente dito apresentando

soluccedilotildees inimaginaacuteveis no periacuteodo da Revoluccedilatildeo Industrial

Atualmente com o mercado globalizado e altamente competitivo em que se

encontra a utilizaccedilatildeo de ferramentas administrativas eacute uma forma de garantir a

permanecircncia no mercado aleacutem de ser o diferencial causador de uma gestatildeo

eficiente e controlada donde se obtecircm dados confiaacuteveis dos processos produtivos

21 Princiacutepios da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

Os estudos da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos (OSM) na Administraccedilatildeo

comeccedilaram a ser desenvolvidos no iniacutecio do seacuteculo XX nos Estados Unidos da

Ameacuterica (EUA) mas natildeo ganharam muita relevacircncia no meio empresarial agrave eacutepoca

(ROCHA1987)

As empresas tiveram mais aceitabilidade deste estudo no decorrer da 2ordf

Guerra Mundial pois com os esforccedilos de guerra grandes volumes de produccedilatildeo

eram exigidos e qualidade e padronizaccedilatildeo natildeo eram uma constante deste periacuteodo

As concepccedilotildees da OSM comeccedilaram a ser difundidas no Brasil por volta de

1955 muito tempo depois de outras naccedilotildees as terem adotado principalmente a

Inglaterra onde este movimento tomou mais forccedila

A OSM tal como se apresenta hoje difere muito daquela de 50 anos atraacutes

ateacute mesmo daquela dos anos 80 e 90 quando realmente o mercado vislumbrou um

boom de novas empresas adotando meacutetodos mais eficientes para produzir De certa

forma isto gerou maior competitividade entre as induacutestrias pois a consequente

reduccedilatildeo de custos de produccedilatildeo logo angariou mais adeptos e o produto final pocircde

se tornar mais barato para o consumidor final

Com o advento da Era da Informaacutetica muito se evoluiu neste conceito e para

as empresas tornou-se mais faacutecil estruturar organizar monitorar e colher os

resultados da produccedilatildeo Com base nisto tambeacutem foi possiacutevel departamentalizar

15

melhor a empresa e definir sua estrutura funcional para a adequaccedilatildeo conforme seu

ramo da atividade

No caso de empresas de produtos e bens industrializados observaram-se

maior foco no desenvolvimento de produtos voltados agraves necessidades do

consumidor com maior preocupaccedilatildeo em manter o cliente fiel agrave marca com o produto

de qualidade oferecido

211 Desenvolvimento de Produtos

Nas empresas de industrializaccedilatildeo a OSM possibilitou que as aacutereas de

projetos (Engenharia de Produtos e Engenharia de Processos) pudessem

acompanhar melhor o desenvolvimento do produto atraveacutes da comunicaccedilatildeo

existente entre outros departamentos Ainda hoje existem empresas desestruturadas

que fazem com que os departamentos internos travem uma verdadeira guerra fria

entre si prejudicando os resultados finais da companhia

A aacuterea de Engenharia de Desenvolvimento de Produto eacute de suma importacircncia

para empresa pois eacute dela que se cria o produto desejado pelo cliente eacute onde se

materializa o conceito desenvolvido atraveacutes de contato com as suas necessidades

ou como define Slack Chambers e Johnston (2002 p 118)

os projetistas de produtos tentam realizar projetos esteticamente agradaacuteveis que atendam ou excedam as expectativas dos consumidores Tambeacutem tentam projetar um produto que desempenha bem e eacute confiaacutevel durante seu tempo de vida uacutetil Aleacutem disso deveriam projetar o produto de forma que possa ser fabricado faacutecil e rapidamente

Para que isto seja possiacutevel recorre-se a uma ferramenta usada pelos

projetistas de produtos que eacute o Desenho Assistido por Computador ou em inglecircs

Computer Aided Design (CAD) com o qual eacute possiacutevel criar um produto virtual e fazer

os seus ajustes sem a necessidade de criaccedilatildeo de um modelo fiacutesico de imediato

Seguindo o pensamento de Slack Chambers e Johnston (2002) esta

ferramenta CAD apresenta vantagens como

16

- Rapidez no desenvolvimento do produto

- Simulaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo de um protoacutetipo virtual do produto

- Arquivos dos componentes virtuais sem ocupaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico

- Observaccedilatildeo de detalhes miacutenimos atraveacutes de ampliaccedilatildeo da tela

- Reduccedilatildeo de custos com a criaccedilatildeo de protoacutetipos fiacutesicos

Sob estes pontos de vista vecirc-se a clara necessidade de adoccedilatildeo desta

ferramenta para que a empresa reduza custos e se mantenha competitiva com

produto de qualidade

Ainda conforme Slack Chambers e Johnston (2002 p 159) ldquosimulaccedilotildees

baseadas em realidade virtual permitem que empresas testem novos produtos e

serviccedilos bem como visualizem e planejem os processos que os produzemrdquo

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Dentro do estudo da OSM tem-se tambeacutem a abrangecircncia de Planejamento e

Controle da Produccedilatildeo (PCP) Isto se faz necessaacuterio para garantir que o produto

desenvolvido virtualmente seja construiacutedo fisicamente dentro dos paracircmetros

estabelecidos garantindo assim a qualidade do produto Dentro do conceito de

Slack Chambers e Johnston (2002 p 314) ldquoEsse eacute o propoacutesito do planejamento e

controle ndash garantir que os processos da produccedilatildeo ocorram eficaz e eficientemente e

que produzam produtos e serviccedilos conforme requeridos pelos consumidoresrdquo

Como este eacute o passo final do ciclo do produto dentro da empresa justifica-se

maior controle do produto pois eacute daqui que sai o conceito de qualidade e de imagem

da empresa

Mas o PCP natildeo atua somente na produccedilatildeo como fiscal serve tambeacutem para

dar suporte agrave produccedilatildeo para que seja possiacutevel a sua execuccedilatildeo Com o PCP eacute

possiacutevel planejar a capacidade de produccedilatildeo da empresa e antever as necessidades

operacionais sejam elas de matildeo-de-obra energia maacutequinas estrutura fiacutesica

materiais logiacutestica etc enfim tudo o que for relativo agrave produccedilatildeo

Segundo a definiccedilatildeo de Correcirca Gianesi e Caon (2000 p18)

17

os sistemas de administraccedilatildeo da produccedilatildeo para cumprirem o seu papel de suporte ao atingimento dos objetivos estrateacutegicos da organizaccedilatildeo devem ser capazes de apoiar o tomador de decisotildees logiacutesticas a

Planejar as necessidades futuras de capacidade produtiva da organizaccedilatildeo

Planejar os materiais comprados

Planejar os niacuteveis de estoque de mateacuterias-primas semi-acabados e

produtos finais nos pontos certos

Programar atividades de produccedilatildeo para garantir que os recursos produtivos envolvidos estejam sendo utilizados em cada momento nas coisas certas e prioritaacuterias

Ser capaz de saber e de informar corretamente a respeito da situaccedilatildeo corrente dos recursos (pessoas equipamentos instalaccedilotildees materiais) e das ordens (de compra e produccedilatildeo)

Ser capaz de prometer os menores prazos possiacuteveis aos clientes e depois fazer cumpri-los

Ser capaz de reagir eficazmente

Como se pode notar satildeo situaccedilotildees que se mal planejadas podem pocircr a

imagem da empresa em risco de descreacutedito por qualquer falha que venha a ocorrer

no processo e que acaba por comprometer a satisfaccedilatildeo do consumidor

213 Manuais Administrativos

Nas definiccedilotildees da OSM o fluxo de informaccedilotildees que correm em uma empresa

eacute grande e aumentam a cada dia que passa em face de novas informaccedilotildees obtidas

e mais atualizadas Este fluxo se intensifica conforme o porte da organizaccedilatildeo que eacute

diretamente proporcional ao se porte ou seja quanto maior a empresa mais

informaccedilotildees precisam ser repassadas

Uma maneira de conseguir repassar as informaccedilotildees de forma precisa e

uniforme eacute a adoccedilatildeo de manuais administrativos pela organizaccedilatildeo e que satildeo

distribuiacutedos pelas dependecircncias da empresa para o faacutecil acesso Na definiccedilatildeo de

Araujo (1994 p144) ldquoo objetivo da manualizaccedilatildeo eacute permitir que a reuniatildeo de

informaccedilotildees dispostas de forma sistematizada criteriosa e segmentada atue como

instrumento facilitador do funcionamento da organizaccedilatildeordquo

A manualizaccedilatildeo de uma empresa vai de encontro conforme a sua

necessidade Por vezes empresas de meacutedio porte e com fluxograma bem definido

18

natildeo vecircem necessidade de sua adoccedilatildeo jaacute ao passo que outras menores afirmam ser

fundamental para o decorrer das atividades Como exemplo podemos citar uma

panificadora onde o Livro de Receitas eacute uma forma de manual Numa colocaccedilatildeo de

Rocha (1987 p 231)

nas empresas de grande porte o emprego de manuais eacute quase obrigatoacuterio face a multiplicidade de seus controles e abrangecircncia de seus sistemas operacionais Jaacute em empresas de meacutedio e pequeno porte seus dirigentes podem colocar duacutevida quanto agrave validade da confecccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de manuais pelo simples fato de desconhecer quais os tipos mais necessaacuterios para suas organizaccedilotildees

Estaacute aiacute o grande ponto de consenso organizacional e maturidade de mercado

para decidir sobre esta questatildeo

2131 Codificaccedilatildeo

Com a criaccedilatildeo dos manuais administrativos tambeacutem eacute recomendaacutevel a

criaccedilatildeo de um tipo de coacutedigo para a sua raacutepida localizaccedilatildeo (MARTINS 2003) Isto

se justifica mais com a pluralidade de manuais que se pretende trabalhar

Este tipo de codificaccedilatildeo fica a criteacuterio de escolha da empresa mas tambeacutem eacute

aconselhaacutevel a ter uma clara e objetiva distinccedilatildeo numeacuterica que podem ser formadas

famiacutelias grupos subgrupos e sequumlecircncia como no exemplo

XXXXXXXXXX ndash Denominaccedilatildeo de item

Sequecircncia

Subgrupo

Grupo

Famiacutelia

Com esta codificaccedilatildeo baacutesica jaacute eacute possiacutevel estabelecer vaacuterias sequecircncias

para cada tipo de aplicaccedilatildeo seja de manuais normas processos memorandos

enfim tudo o quer for passiacutevel de ser arquivado de forma ordenada

19

2132 Roteiro de Produccedilatildeo

O roteiro de produccedilatildeo aplica-se como uma ferramenta para padronizar as

etapas de fabricaccedilatildeo de maneira clara e uniforme Com o roteiro de produccedilatildeo eacute

possiacutevel acompanhar o caminho percorrido da peccedila a ser fabricada pelo interior da

induacutestria Com esta padronizaccedilatildeo consegue-se tambeacutem melhorar o layout interno

visando alocar maacutequinas e equipamentos mais proacuteximos possiacuteveis da sequecircncia de

operaccedilatildeo

Na visatildeo de Araujo (1994 p147) ldquoDevem descrever as fases e as operaccedilotildees

de cada rotina citando os oacutergatildeos e as pessoas que as executam bem como os

volumes de trabalho em cada fase os tempos de execuccedilatildeo e as distacircncias

percorridasrdquo Se pode considerar esta uma forma mais sucinta de descrever o

processo

No entanto Araujo (1994 p147) ainda afirma sua posiccedilatildeo com o seguinte

comentaacuterio ldquoTem a desvantagem de aprisionar o executante na medida em que

estabelece limites de tempo de distacircncia e de volume Positivamente natildeo eacute o

manual que mais se recomenda tratando-se de Brasilrdquo

Ao analisar sob outro ponto de vista afirmar que determinada teacutecnica natildeo eacute

aplicaacutevel no Brasil o autor mostra desconhecimento quanto ao universo de

empresas existentes no paiacutes bem como a aacuterea de atuaccedilatildeo de cada uma

A instalaccedilatildeo de induacutestrias de grande porte como Ford General Motors

Toyota entre outras trouxeram consigo estes meacutetodos de fora do paiacutes e aqui os

aplicaram tanto para uso interno como para aplicaccedilatildeo a seus fornecedores os quais

tiveram que se qualificar para se manterem competitivos

Esta qualificaccedilatildeo de qualidade invariavelmente estaacute baseada nas normas da

ISO 9000 e suas variantes A proacutepria ISO determina que deva existir no miacutenimo um

manual de procedimentos operacionais na empresa Entatildeo com as exigecircncias

solicitadas aos milhares de fornecedores de peccedilas somente do ramo automobiliacutestico

sem levar em consideraccedilatildeo os demais jaacute podemos perceber que eacute muito mais

frequente do que supocircs Araujo (1994)

20

Em relaccedilatildeo ao imaginar que no Brasil natildeo eacute possiacutevel aplicar este manual

tecircm-se exemplos de empresas que o usam e que obtecircm os resultados desejados

baseados em acompanhamento de produccedilatildeo pelos roteiros

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho

Este manual detalha especificamente como deve ser executada determinada

tarefa conforme Rocha (1987 p 234) ldquoEste tipo de Manual nada mais eacute do que o

conjunto de instruccedilotildees escritas elaborado para destacar em todos os seus detalhes

a rotina a ser seguida de uma funccedilatildeo especiacuteficardquo

Na sequecircncia do roteiro de fabricaccedilatildeo determina-se que deva ser realizada

certa tarefa em uma aacuterea qualquer da empresa Por exemplo a etapa de pintura no

roteiro de fabricaccedilatildeo indica que o passo seguinte na fabricaccedilatildeo de uma peccedila deveraacute

receber acabamento superficial Ao chegar esta peccedila na aacuterea de pintura o pintor iraacute

executaacute-la conforme orienta a instruccedilatildeo de trabalho que por sua vez iraacute indicar qual

o tipo de tinta a ser usado o tipo de solvente maneira de aplicaccedilatildeo modo de cura

etc

Assim se evidencia que a aplicabilidade da instruccedilatildeo de trabalho estaacute mais

relacionada agraves possiacuteveis variantes de cada tarefa

2134 Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional demonstra a correta maneira de

operar determinado equipamento ou maacutequina Isto se justifica pelo fato de que cada

maacutequina ou tarefa tem a sua particularidade de operaccedilatildeo Na colocaccedilatildeo de Oliveira

(2005 p 394) ldquoeacute a indicaccedilatildeo de como satildeo executados os trabalhos dentro do

processo administrativordquo

Como exemplo pode-se citar a utilizaccedilatildeo de uma calculadora baacutesica

comparada a uma calculadora cientiacutefica O uso da calculadora baacutesica natildeo requer

muita praacutetica para sua operaccedilatildeo na cientiacutefica existem vaacuterias funccedilotildees agrupadas em

21

poucas teclas dedicadas e eacute necessaacuterio o uso de outras funccedilotildees complementares

para a equaccedilatildeo de um caacutelculo Ou seja por mais que tenha o mesmo princiacutepio

(equaccedilotildees) seus modos de operaccedilotildees diferem e para isto eacute necessaacuterio um manual

operacional

Em um ambiente fabril este manual auxilia sobremaneira a operaccedilatildeo das

maacutequinas existentes dentro da induacutestria ou seja com uma ampla variedade de tipos

de maacutequinas e equipamentos com as mais variadas aplicaccedilotildees surgem por vezes

dificuldades em seu manuseio onde pode existir diferenccedila de operaccedilatildeo de uma

maacutequina semelhante mas de fabricante diferente

Estas diferenccedilas construtivas de fabricantes advecircm muito de seus proacuteprios

diferenciais em oferecer produtos ao mercado com a vantagem competitiva de

oferecer mais facilidade de operaccedilatildeo ou mesmo como adequaccedilatildeo ao processo

interno de fabricaccedilatildeo

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito

Ao comentar sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito deve-se considerar que as leis de

tracircnsito tambeacutem tecircm um caraacuteter de procedimento operacional pois eacute ela que indica

a maneira correta do condutor usar as vias de traacutefego

Analogamente com a induacutestria que deve conter um procedimento operacional

para ordenar a produccedilatildeo de forma contiacutenua as leis de tracircnsito orientam para que o

fluxo de veiacuteculo ocorra de forma segura onde todos devem seguir as orientaccedilotildees

estipuladas pela lei assim tambeacutem garantindo a seguranccedila tanto de pedestres como

de motoristas

Ao focar especificamente nos automoacuteveis nota-se que com o passar dos

anos estes sofreram inuacutemeras evoluccedilotildees tornaram-se mais eficientes velozes e

seguros Os fabricantes de veiacuteculos na busca por competitividade sempre

desenvolvem carros mais avanccedilados baseados nos mais modernos sistemas

mecacircnicos a fim de oferecer ao consumidor produtos de extrema confiabilidade

Mas eacute importante lembrar tambeacutem que os carros dependem do fator humano

para funcionar pois o condutor do veiacuteculo eacute o responsaacutevel pela sua utilizaccedilatildeo e este

22

nem sempre eacute o mais confiaacutevel Corroborando para este apontamento segundo

dados do Departamento Nacional de Tracircnsito ndash DENATRAN no ano de 2006 houve

um total de mais de 470000 acidentes de tracircnsito e deste nuacutemero cerca de 32000

acidentes envolvendo veiacuteculos pesados No graacutefico 1 pode-se visualizar melhor

estes dados

FONTE Anuaacuterio Estatiacutestico do DENATRAN - RENAEST 2006 adaptado pelo autor 2009

GRAacuteFICO 1 - Tipos de veiacuteculos envolvidos em acidentes de tracircnsito com viacutetimas

Segundo esta visatildeo faz-se jus que as empresas tenham foco no quesito

seguranccedila quanto ao desenvolvimento de equipamentos e acessoacuterios para veiacuteculos

221 Parachoques Para Veiacuteculos Pesados

Da mesma forma como foi comentado sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito para

posicionar sobre os parachoques para veiacuteculos pesados entende-se que existe lei

regulamentando a fabricaccedilatildeo destes componentes neste caso a normativa que

regulamenta a fabricaccedilatildeo de parachoques traseiro de caminhotildees assemelha-se a

uma instruccedilatildeo de trabalho

Novamente compara-se com a induacutestria onde deve existir uma instruccedilatildeo de

trabalho para que a tarefa seja realizada dentro dos paracircmetros estabelecidos as

195325

1496932809

13299397303

473399

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

Carros Ocircnibus Caminhatildeo Motos Outros Total

23

leis de tracircnsito orientam para que os componentes de seguranccedila fabricados

atendam requisitos miacutenimos aceitaacuteveis E isto se consegue atraveacutes de certificaccedilatildeo

de aprovaccedilatildeo dos produtos submetidos a ensaios de destruiccedilatildeo

Os fabricantes de implementos rodoviaacuterios jaacute fornecem o parachoque

acoplado agrave carroceria quando oferecido ao cliente final pois conforme o tipo de

carroceria a ser instalada se requer um tipo especiacutefico de parachoque

A legislaccedilatildeo brasileira regulamenta a fabricaccedilatildeo de itens de seguranccedila em

veiacuteculos automotores esta regulamentaccedilatildeo eacute formulada pelo DENATRAN No caso

especiacutefico de veiacuteculos de carga com peso bruto total acima de 4600 quilos existe a

resoluccedilatildeo nordm 152 de 29 de outubro de 2003 (ANEXO A)

Tal resoluccedilatildeo se justifica para que as empresas sigam um padratildeo de

fabricaccedilatildeo e assegurem a integridade dos ocupantes dos veiacuteculos em caso de

acidente Ainda conforme a proacutepria resoluccedilatildeo define ldquoEstabelece os requisitos

teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque traseiro para veiacuteculos de cargardquo

(CONTRAN Res 1522003)

FONTE DENATRAN Adaptado pelo autor 2009

FIGURA 1 - Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo

24

Na figura 1 vecirc-se o resultado de um acidente envolvendo veiculo de passeio

com veiacuteculo de carga

Em decorrecircncia de anaacutelise dos mais variados tipo de acidentes de tracircnsito

envolvendo caminhotildees de carga averiguou-se que muitos fabricantes deste

equipamento de seguranccedila natildeo seguiam normas especiacuteficas e o resultado era que

os parachoques natildeo suportavam o impacto traseiro de um veiacuteculo de passeio

comum provocando o mortal efeito guilhotina na carroceria do caminhatildeo Este efeito

eacute a entrada demasiada do veiacuteculo na parte inferior da traseira do caminhatildeo

chegando ateacute o habitaacuteculo dos passageiros

Ao observar a figura 1 nota-se que o parachoque natildeo resistiu ao impacto do

automoacutevel e se desprendeu da carroceria algo inaceitaacutevel conforme a normativa

vigente Observa-se tambeacutem que a estrutura do parachoque eacute visivelmente fraacutegil de

modo que ficou totalmente destruiacuteda com o impacto

Na figura 2 pode-se ver um equipamento fabricado por empresa idocircnea

dentro das normas estabelecidas pelo CONTRAN

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 2 - Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 6: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

5

ldquoSua meta eacute ser o melhor do mundo

naquilo que faz Natildeo existem alternativasrdquo

Vicente Falconi Campos

6

RESUMO

LISBOA Neimar Estudo de caso Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda Implantaccedilatildeo de projetos e processos de fabricaccedilatildeo 2009 120 f Monografia (Graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo com Habilitaccedilatildeo em Agronegoacutecio) ndash Faculdade Almeida Rodrigues ndash FAR Rio Verde 2009

A pesquisa e o desenvolvimento de produtos adequados ao consumidor e a legislaccedilatildeo existente passa por etapas complexas ateacute chegar ao mercado No acircmbito empresarial eacute imprescindiacutevel que o custo de produccedilatildeo seja o miacutenimo possiacutevel para tanto os processos de fabricaccedilatildeo devem seguir uma ordenaccedilatildeo que seja possiacutevel determinar o acompanhamento produtivo a qualquer instante Colocando especificamente na oacutetica da Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda este estudo de caso abordaraacute a necessidade de uma adequaccedilatildeo do seu produto para que atenda agrave legislaccedilatildeo especiacutefica existente no caso os parachoques traseiros para caminhotildees bem como a adoccedilatildeo de processos produtivos mais eficientes gerando menos desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra No caso dos parachoques fabricado pela Ludwig Induacutestria este deve atender agrave legislaccedilatildeo de tracircnsito regularizada pela Resoluccedilatildeo do CONTRAN 15203 para que esteja em conformidade Apoacutes levantamento das dificuldades encontradas na empresa seratildeo propostas medidas de melhoria para implantaccedilatildeo na empresa visando agrave adequaccedilatildeo para um produto mais confiaacutevel aleacutem de ferramentas de auxiacutelio agrave produccedilatildeo como implantaccedilatildeo da aacuterea de Projetos responsaacutevel pelo desenvolvimento do produto e tambeacutem a implantaccedilatildeo da aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo responsaacutevel pela programaccedilatildeo da compra do material necessaacuterio agrave fabricaccedilatildeo levantamento dos custos de produccedilatildeo planejamento do cronograma acompanhamento da correta maneira de montagem e o encaminhamento do produto para testes de seguranccedila em oacutergatildeos responsaacuteveis assegurando a qualidade final do produto e confiabilidade na empresa

Palavras-chave projetos processos planejamento custo

7

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 ndash Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo 23

FIGURA 2 ndash Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa 24

FIGURA 3 ndash Matriz Thermo Rio 27

FIGURA 4 ndash Organograma estrutural Grupo Thermo Rio 29

FIGURA 5 ndash Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final 33

FIGURA 6 ndash Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final 33

FIGURA 7 ndash Modelo de desenho teacutecnico de componente de parachoque 37

FIGURA 8 ndash Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho 38

FIGURA 9 ndash Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa 40

FIGURA 10 ndash Modelo de procedimento operacional para maacutequinas 42

FIGURA 11 ndash Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro 43

8

LISTA DE ABREVIATURAS

CAD ndash Computer Aided Design ou Desenho Assistido por Computador

CONTRAN ndash Conselho Nacional de Tracircnsito

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito

DETRAN ndash Departamento de Tracircnsito

ISO ndash International Organization for Standardization

IT ndash Instruccedilatildeo de Trabalho

OSM ndash Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

PO ndash Procedimento Operacional

9

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

2 REVISAtildeO DA LITERATURA 13

21 Princiacutepios da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos 14

211 Desenvolvimento de Produtos 15

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo 16

213 Manuais Administrativos 17

2131 Codificaccedilatildeo 18

2132 Roteiro de Produccedilatildeo 19

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho 20

2134 Procedimento Operacional 20

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito 21

221Parachoques para Veiacuteculos Pesados 22

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO 26

31 Caracterizaccedilatildeo da empresa 27

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda 28

312 Missatildeo 28

313 Visatildeo 28

314 Organograma 29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 30

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa 30

411 Dificuldades Encontradas 30

42 Situaccedilatildeo Proposta 32

421 Implantaccedilatildeo de Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos 32

422 Implantaccedilatildeo de Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo 34

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais 35

10

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo 35

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo 38

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de trabalho 39

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional 41

4235 Placa de Identificaccedilatildeo 42

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 44

REFEREcircNCIAS 46

APEcircNDICES 47

ANEXOS 110

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

Atualmente existe uma forte tendecircncia em conciliar produtos e processos de

forma efetiva nas empresas Isto desencadeia um processo de evoluccedilatildeo constante

dentro da organizaccedilatildeo em vista que a cada instante surgem novas teacutecnicas de

produccedilatildeo mais eficientes

Outro fator que fortalece esta evoluccedilatildeo constante eacute a acirrada disputa pelo

mercado consumidor No entanto eacute imprescindiacutevel a existecircncia de responsabilidade

pelos produtos por parte dos fabricantes

Existem situaccedilotildees em que esta responsabilidade deve ser seguida de forma

mais criteriosa e legalizada eacute o ponto onde entram leis regulamentando a fabricaccedilatildeo

de determinados produtos

A Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda fabrica exclusivamente bauacutes

frigoriacuteficos para o transporte de produtos refrigerados Faz parte de sua linha de

produtos um acessoacuterio obrigatoacuterio em veiacuteculos pesados (caminhotildees) que eacute o

parachoque traseiro Para a fabricaccedilatildeo deste equipamento existe regulamentaccedilatildeo

proacutepria definida pela resoluccedilatildeo1522003 do CONTRAN

Atualmente o produto fabricado pela Ludwig natildeo se enquadra nos

paracircmetros da resoluccedilatildeo consequentemente eacute um produto natildeo conforme

Dentro deste contexto o presente estudo monograacutefico pretende abordar a

importacircncia de se fabricar um produto de qualidade e seguro bem como apresentar

soluccedilotildees viaacuteveis para uniformizar e facilitar o processo produtivo dentro da empresa

Para chegar a este ponto seraacute necessaacuterio avaliar o processo de produccedilatildeo

atual e identificar os pontos falhos e que necessitem ser melhorados

Desta forma definido o objeto de estudo inicialmente seraacute feita sua

apresentaccedilatildeo na revisatildeo de literatura onde se conceituaratildeo as definiccedilotildees de gestatildeo

que seratildeo abordadas para o desenvolvimento da proposta de implantaccedilatildeo para a

Ludwig Induacutestria bem como a observacircncia da legislaccedilatildeo de tracircnsito a que a

empresa deve submeter seus produtos

12

Em seguida seraacute apresentado o procedimento metodoloacutegico que foi seguido

para o desenvolvimento deste estudo e tambeacutem constaraacute uma breve descriccedilatildeo da

empresa estudada

Na sequecircncia seratildeo abordados os resultados e discussotildees alavancadas no

estudo bem como a apresentaccedilatildeo das sugestotildees de melhorias a serem implantadas

pela empresa

Ao finalizar seraacute apresentada a colusatildeo deste estudo onde tambeacutem seratildeo

analisadas as medidas tomadas pela empresa e a comparaccedilatildeo parcial dos

resultados obtidos com as propostas sugeridas

Complementando este estudo seguem o anexo da resoluccedilatildeo do CONTRAN

os apecircndices elaborados para a visualizaccedilatildeo completa dos procedimentos e

instruccedilotildees de trabalho propostos para a empresa

13

2 REVISAtildeO DA LITERATURA

Muito jaacute foi escrito revisado e comentado sobre administraccedilatildeo moderna mas

eacute sempre importante salientar que suas bases referenciais satildeo imutaacuteveis e isto natildeo

eacute algo que se possa ser questionado de forma simploacuteria em vista que jaacute eacute possiacutevel

determinar que ateacute os povos primitivos tiveram uma forma de administrar a sua

sociedade

Atualmente a administraccedilatildeo evoluiu consideravelmente e ainda estaacute em

evoluccedilatildeo constante adaptando-se agraves tecnologias disponiacuteveis e ao proacuteprio modo de

viver das pessoas

Ao analisar especificamente o ambiente empresarial encontram-se

conceitos desenvolvidos para que se possa obter o maacuteximo de eficiecircncia e eficaacutecia

nas suas operaccedilotildees Estes conceitos modernos de administrar tiveram suas origens

nos primoacuterdios da Revoluccedilatildeo Industrial ocorrida no entre os seacuteculos XVIII e XIX A

accedilatildeo do administrador de uma induacutestria nesta eacutepoca era focada em estruturar toda a

empresa com os conhecimentos miacutenimos de que dispunha isto tambeacutem acarretava

em treinar as pessoas para as funccedilotildees delegadas e acompanhar o desenvolvimento

de suas tarefas (AKTOUF 1996)

Taylor e Fayol no decorrer da segunda deacutecada do seacuteculo XX realizaram

estudos para tentar amenizar a dissonacircncia na produccedilatildeo das faacutebricas isto ocorreu

em virtude do crescimento da industrializaccedilatildeo que o mundo estava vislumbrando

naquela eacutepoca o que muitas vezes natildeo acompanhava uma gestatildeo eficiente

Hoje existem estudos e publicaccedilotildees dos mais variados tipos e aplicaccedilotildees

todos invariavelmente tambeacutem partiram dos estudos pioneiros da administraccedilatildeo

moderna de Taylor e Fayol Mas hoje existe consenso universal de que praacuteticas de

administraccedilatildeo aplicada nas induacutestrias obtecircm grande retorno desde que

devidamente bem planejada a sua implantaccedilatildeo Ainda nas palavras de Aktouf (1996

p 25)

quando falamos de administraccedilatildeo se trata de uma atividade ou mais precisamente de uma serie de atividades integradas e interdependentes destinadas a permitir que certa combinaccedilatildeo de meios (financeiros humanos materiais etc) possa gerar uma produccedilatildeo de bens ou serviccedilos economicamente e socialmente uacuteteis e se possiacutevel para a empresa com finalidade lucrativa rentaacuteveis

14

Diante disto vecirc-se que muito foi feito e contribuiacutedo pelo melhor desempenho

das organizaccedilotildees Neste aspecto o estudo da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

(OSampM) foi o que mais trabalhou o chatildeo de faacutebrica propriamente dito apresentando

soluccedilotildees inimaginaacuteveis no periacuteodo da Revoluccedilatildeo Industrial

Atualmente com o mercado globalizado e altamente competitivo em que se

encontra a utilizaccedilatildeo de ferramentas administrativas eacute uma forma de garantir a

permanecircncia no mercado aleacutem de ser o diferencial causador de uma gestatildeo

eficiente e controlada donde se obtecircm dados confiaacuteveis dos processos produtivos

21 Princiacutepios da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

Os estudos da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos (OSM) na Administraccedilatildeo

comeccedilaram a ser desenvolvidos no iniacutecio do seacuteculo XX nos Estados Unidos da

Ameacuterica (EUA) mas natildeo ganharam muita relevacircncia no meio empresarial agrave eacutepoca

(ROCHA1987)

As empresas tiveram mais aceitabilidade deste estudo no decorrer da 2ordf

Guerra Mundial pois com os esforccedilos de guerra grandes volumes de produccedilatildeo

eram exigidos e qualidade e padronizaccedilatildeo natildeo eram uma constante deste periacuteodo

As concepccedilotildees da OSM comeccedilaram a ser difundidas no Brasil por volta de

1955 muito tempo depois de outras naccedilotildees as terem adotado principalmente a

Inglaterra onde este movimento tomou mais forccedila

A OSM tal como se apresenta hoje difere muito daquela de 50 anos atraacutes

ateacute mesmo daquela dos anos 80 e 90 quando realmente o mercado vislumbrou um

boom de novas empresas adotando meacutetodos mais eficientes para produzir De certa

forma isto gerou maior competitividade entre as induacutestrias pois a consequente

reduccedilatildeo de custos de produccedilatildeo logo angariou mais adeptos e o produto final pocircde

se tornar mais barato para o consumidor final

Com o advento da Era da Informaacutetica muito se evoluiu neste conceito e para

as empresas tornou-se mais faacutecil estruturar organizar monitorar e colher os

resultados da produccedilatildeo Com base nisto tambeacutem foi possiacutevel departamentalizar

15

melhor a empresa e definir sua estrutura funcional para a adequaccedilatildeo conforme seu

ramo da atividade

No caso de empresas de produtos e bens industrializados observaram-se

maior foco no desenvolvimento de produtos voltados agraves necessidades do

consumidor com maior preocupaccedilatildeo em manter o cliente fiel agrave marca com o produto

de qualidade oferecido

211 Desenvolvimento de Produtos

Nas empresas de industrializaccedilatildeo a OSM possibilitou que as aacutereas de

projetos (Engenharia de Produtos e Engenharia de Processos) pudessem

acompanhar melhor o desenvolvimento do produto atraveacutes da comunicaccedilatildeo

existente entre outros departamentos Ainda hoje existem empresas desestruturadas

que fazem com que os departamentos internos travem uma verdadeira guerra fria

entre si prejudicando os resultados finais da companhia

A aacuterea de Engenharia de Desenvolvimento de Produto eacute de suma importacircncia

para empresa pois eacute dela que se cria o produto desejado pelo cliente eacute onde se

materializa o conceito desenvolvido atraveacutes de contato com as suas necessidades

ou como define Slack Chambers e Johnston (2002 p 118)

os projetistas de produtos tentam realizar projetos esteticamente agradaacuteveis que atendam ou excedam as expectativas dos consumidores Tambeacutem tentam projetar um produto que desempenha bem e eacute confiaacutevel durante seu tempo de vida uacutetil Aleacutem disso deveriam projetar o produto de forma que possa ser fabricado faacutecil e rapidamente

Para que isto seja possiacutevel recorre-se a uma ferramenta usada pelos

projetistas de produtos que eacute o Desenho Assistido por Computador ou em inglecircs

Computer Aided Design (CAD) com o qual eacute possiacutevel criar um produto virtual e fazer

os seus ajustes sem a necessidade de criaccedilatildeo de um modelo fiacutesico de imediato

Seguindo o pensamento de Slack Chambers e Johnston (2002) esta

ferramenta CAD apresenta vantagens como

16

- Rapidez no desenvolvimento do produto

- Simulaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo de um protoacutetipo virtual do produto

- Arquivos dos componentes virtuais sem ocupaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico

- Observaccedilatildeo de detalhes miacutenimos atraveacutes de ampliaccedilatildeo da tela

- Reduccedilatildeo de custos com a criaccedilatildeo de protoacutetipos fiacutesicos

Sob estes pontos de vista vecirc-se a clara necessidade de adoccedilatildeo desta

ferramenta para que a empresa reduza custos e se mantenha competitiva com

produto de qualidade

Ainda conforme Slack Chambers e Johnston (2002 p 159) ldquosimulaccedilotildees

baseadas em realidade virtual permitem que empresas testem novos produtos e

serviccedilos bem como visualizem e planejem os processos que os produzemrdquo

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Dentro do estudo da OSM tem-se tambeacutem a abrangecircncia de Planejamento e

Controle da Produccedilatildeo (PCP) Isto se faz necessaacuterio para garantir que o produto

desenvolvido virtualmente seja construiacutedo fisicamente dentro dos paracircmetros

estabelecidos garantindo assim a qualidade do produto Dentro do conceito de

Slack Chambers e Johnston (2002 p 314) ldquoEsse eacute o propoacutesito do planejamento e

controle ndash garantir que os processos da produccedilatildeo ocorram eficaz e eficientemente e

que produzam produtos e serviccedilos conforme requeridos pelos consumidoresrdquo

Como este eacute o passo final do ciclo do produto dentro da empresa justifica-se

maior controle do produto pois eacute daqui que sai o conceito de qualidade e de imagem

da empresa

Mas o PCP natildeo atua somente na produccedilatildeo como fiscal serve tambeacutem para

dar suporte agrave produccedilatildeo para que seja possiacutevel a sua execuccedilatildeo Com o PCP eacute

possiacutevel planejar a capacidade de produccedilatildeo da empresa e antever as necessidades

operacionais sejam elas de matildeo-de-obra energia maacutequinas estrutura fiacutesica

materiais logiacutestica etc enfim tudo o que for relativo agrave produccedilatildeo

Segundo a definiccedilatildeo de Correcirca Gianesi e Caon (2000 p18)

17

os sistemas de administraccedilatildeo da produccedilatildeo para cumprirem o seu papel de suporte ao atingimento dos objetivos estrateacutegicos da organizaccedilatildeo devem ser capazes de apoiar o tomador de decisotildees logiacutesticas a

Planejar as necessidades futuras de capacidade produtiva da organizaccedilatildeo

Planejar os materiais comprados

Planejar os niacuteveis de estoque de mateacuterias-primas semi-acabados e

produtos finais nos pontos certos

Programar atividades de produccedilatildeo para garantir que os recursos produtivos envolvidos estejam sendo utilizados em cada momento nas coisas certas e prioritaacuterias

Ser capaz de saber e de informar corretamente a respeito da situaccedilatildeo corrente dos recursos (pessoas equipamentos instalaccedilotildees materiais) e das ordens (de compra e produccedilatildeo)

Ser capaz de prometer os menores prazos possiacuteveis aos clientes e depois fazer cumpri-los

Ser capaz de reagir eficazmente

Como se pode notar satildeo situaccedilotildees que se mal planejadas podem pocircr a

imagem da empresa em risco de descreacutedito por qualquer falha que venha a ocorrer

no processo e que acaba por comprometer a satisfaccedilatildeo do consumidor

213 Manuais Administrativos

Nas definiccedilotildees da OSM o fluxo de informaccedilotildees que correm em uma empresa

eacute grande e aumentam a cada dia que passa em face de novas informaccedilotildees obtidas

e mais atualizadas Este fluxo se intensifica conforme o porte da organizaccedilatildeo que eacute

diretamente proporcional ao se porte ou seja quanto maior a empresa mais

informaccedilotildees precisam ser repassadas

Uma maneira de conseguir repassar as informaccedilotildees de forma precisa e

uniforme eacute a adoccedilatildeo de manuais administrativos pela organizaccedilatildeo e que satildeo

distribuiacutedos pelas dependecircncias da empresa para o faacutecil acesso Na definiccedilatildeo de

Araujo (1994 p144) ldquoo objetivo da manualizaccedilatildeo eacute permitir que a reuniatildeo de

informaccedilotildees dispostas de forma sistematizada criteriosa e segmentada atue como

instrumento facilitador do funcionamento da organizaccedilatildeordquo

A manualizaccedilatildeo de uma empresa vai de encontro conforme a sua

necessidade Por vezes empresas de meacutedio porte e com fluxograma bem definido

18

natildeo vecircem necessidade de sua adoccedilatildeo jaacute ao passo que outras menores afirmam ser

fundamental para o decorrer das atividades Como exemplo podemos citar uma

panificadora onde o Livro de Receitas eacute uma forma de manual Numa colocaccedilatildeo de

Rocha (1987 p 231)

nas empresas de grande porte o emprego de manuais eacute quase obrigatoacuterio face a multiplicidade de seus controles e abrangecircncia de seus sistemas operacionais Jaacute em empresas de meacutedio e pequeno porte seus dirigentes podem colocar duacutevida quanto agrave validade da confecccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de manuais pelo simples fato de desconhecer quais os tipos mais necessaacuterios para suas organizaccedilotildees

Estaacute aiacute o grande ponto de consenso organizacional e maturidade de mercado

para decidir sobre esta questatildeo

2131 Codificaccedilatildeo

Com a criaccedilatildeo dos manuais administrativos tambeacutem eacute recomendaacutevel a

criaccedilatildeo de um tipo de coacutedigo para a sua raacutepida localizaccedilatildeo (MARTINS 2003) Isto

se justifica mais com a pluralidade de manuais que se pretende trabalhar

Este tipo de codificaccedilatildeo fica a criteacuterio de escolha da empresa mas tambeacutem eacute

aconselhaacutevel a ter uma clara e objetiva distinccedilatildeo numeacuterica que podem ser formadas

famiacutelias grupos subgrupos e sequumlecircncia como no exemplo

XXXXXXXXXX ndash Denominaccedilatildeo de item

Sequecircncia

Subgrupo

Grupo

Famiacutelia

Com esta codificaccedilatildeo baacutesica jaacute eacute possiacutevel estabelecer vaacuterias sequecircncias

para cada tipo de aplicaccedilatildeo seja de manuais normas processos memorandos

enfim tudo o quer for passiacutevel de ser arquivado de forma ordenada

19

2132 Roteiro de Produccedilatildeo

O roteiro de produccedilatildeo aplica-se como uma ferramenta para padronizar as

etapas de fabricaccedilatildeo de maneira clara e uniforme Com o roteiro de produccedilatildeo eacute

possiacutevel acompanhar o caminho percorrido da peccedila a ser fabricada pelo interior da

induacutestria Com esta padronizaccedilatildeo consegue-se tambeacutem melhorar o layout interno

visando alocar maacutequinas e equipamentos mais proacuteximos possiacuteveis da sequecircncia de

operaccedilatildeo

Na visatildeo de Araujo (1994 p147) ldquoDevem descrever as fases e as operaccedilotildees

de cada rotina citando os oacutergatildeos e as pessoas que as executam bem como os

volumes de trabalho em cada fase os tempos de execuccedilatildeo e as distacircncias

percorridasrdquo Se pode considerar esta uma forma mais sucinta de descrever o

processo

No entanto Araujo (1994 p147) ainda afirma sua posiccedilatildeo com o seguinte

comentaacuterio ldquoTem a desvantagem de aprisionar o executante na medida em que

estabelece limites de tempo de distacircncia e de volume Positivamente natildeo eacute o

manual que mais se recomenda tratando-se de Brasilrdquo

Ao analisar sob outro ponto de vista afirmar que determinada teacutecnica natildeo eacute

aplicaacutevel no Brasil o autor mostra desconhecimento quanto ao universo de

empresas existentes no paiacutes bem como a aacuterea de atuaccedilatildeo de cada uma

A instalaccedilatildeo de induacutestrias de grande porte como Ford General Motors

Toyota entre outras trouxeram consigo estes meacutetodos de fora do paiacutes e aqui os

aplicaram tanto para uso interno como para aplicaccedilatildeo a seus fornecedores os quais

tiveram que se qualificar para se manterem competitivos

Esta qualificaccedilatildeo de qualidade invariavelmente estaacute baseada nas normas da

ISO 9000 e suas variantes A proacutepria ISO determina que deva existir no miacutenimo um

manual de procedimentos operacionais na empresa Entatildeo com as exigecircncias

solicitadas aos milhares de fornecedores de peccedilas somente do ramo automobiliacutestico

sem levar em consideraccedilatildeo os demais jaacute podemos perceber que eacute muito mais

frequente do que supocircs Araujo (1994)

20

Em relaccedilatildeo ao imaginar que no Brasil natildeo eacute possiacutevel aplicar este manual

tecircm-se exemplos de empresas que o usam e que obtecircm os resultados desejados

baseados em acompanhamento de produccedilatildeo pelos roteiros

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho

Este manual detalha especificamente como deve ser executada determinada

tarefa conforme Rocha (1987 p 234) ldquoEste tipo de Manual nada mais eacute do que o

conjunto de instruccedilotildees escritas elaborado para destacar em todos os seus detalhes

a rotina a ser seguida de uma funccedilatildeo especiacuteficardquo

Na sequecircncia do roteiro de fabricaccedilatildeo determina-se que deva ser realizada

certa tarefa em uma aacuterea qualquer da empresa Por exemplo a etapa de pintura no

roteiro de fabricaccedilatildeo indica que o passo seguinte na fabricaccedilatildeo de uma peccedila deveraacute

receber acabamento superficial Ao chegar esta peccedila na aacuterea de pintura o pintor iraacute

executaacute-la conforme orienta a instruccedilatildeo de trabalho que por sua vez iraacute indicar qual

o tipo de tinta a ser usado o tipo de solvente maneira de aplicaccedilatildeo modo de cura

etc

Assim se evidencia que a aplicabilidade da instruccedilatildeo de trabalho estaacute mais

relacionada agraves possiacuteveis variantes de cada tarefa

2134 Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional demonstra a correta maneira de

operar determinado equipamento ou maacutequina Isto se justifica pelo fato de que cada

maacutequina ou tarefa tem a sua particularidade de operaccedilatildeo Na colocaccedilatildeo de Oliveira

(2005 p 394) ldquoeacute a indicaccedilatildeo de como satildeo executados os trabalhos dentro do

processo administrativordquo

Como exemplo pode-se citar a utilizaccedilatildeo de uma calculadora baacutesica

comparada a uma calculadora cientiacutefica O uso da calculadora baacutesica natildeo requer

muita praacutetica para sua operaccedilatildeo na cientiacutefica existem vaacuterias funccedilotildees agrupadas em

21

poucas teclas dedicadas e eacute necessaacuterio o uso de outras funccedilotildees complementares

para a equaccedilatildeo de um caacutelculo Ou seja por mais que tenha o mesmo princiacutepio

(equaccedilotildees) seus modos de operaccedilotildees diferem e para isto eacute necessaacuterio um manual

operacional

Em um ambiente fabril este manual auxilia sobremaneira a operaccedilatildeo das

maacutequinas existentes dentro da induacutestria ou seja com uma ampla variedade de tipos

de maacutequinas e equipamentos com as mais variadas aplicaccedilotildees surgem por vezes

dificuldades em seu manuseio onde pode existir diferenccedila de operaccedilatildeo de uma

maacutequina semelhante mas de fabricante diferente

Estas diferenccedilas construtivas de fabricantes advecircm muito de seus proacuteprios

diferenciais em oferecer produtos ao mercado com a vantagem competitiva de

oferecer mais facilidade de operaccedilatildeo ou mesmo como adequaccedilatildeo ao processo

interno de fabricaccedilatildeo

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito

Ao comentar sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito deve-se considerar que as leis de

tracircnsito tambeacutem tecircm um caraacuteter de procedimento operacional pois eacute ela que indica

a maneira correta do condutor usar as vias de traacutefego

Analogamente com a induacutestria que deve conter um procedimento operacional

para ordenar a produccedilatildeo de forma contiacutenua as leis de tracircnsito orientam para que o

fluxo de veiacuteculo ocorra de forma segura onde todos devem seguir as orientaccedilotildees

estipuladas pela lei assim tambeacutem garantindo a seguranccedila tanto de pedestres como

de motoristas

Ao focar especificamente nos automoacuteveis nota-se que com o passar dos

anos estes sofreram inuacutemeras evoluccedilotildees tornaram-se mais eficientes velozes e

seguros Os fabricantes de veiacuteculos na busca por competitividade sempre

desenvolvem carros mais avanccedilados baseados nos mais modernos sistemas

mecacircnicos a fim de oferecer ao consumidor produtos de extrema confiabilidade

Mas eacute importante lembrar tambeacutem que os carros dependem do fator humano

para funcionar pois o condutor do veiacuteculo eacute o responsaacutevel pela sua utilizaccedilatildeo e este

22

nem sempre eacute o mais confiaacutevel Corroborando para este apontamento segundo

dados do Departamento Nacional de Tracircnsito ndash DENATRAN no ano de 2006 houve

um total de mais de 470000 acidentes de tracircnsito e deste nuacutemero cerca de 32000

acidentes envolvendo veiacuteculos pesados No graacutefico 1 pode-se visualizar melhor

estes dados

FONTE Anuaacuterio Estatiacutestico do DENATRAN - RENAEST 2006 adaptado pelo autor 2009

GRAacuteFICO 1 - Tipos de veiacuteculos envolvidos em acidentes de tracircnsito com viacutetimas

Segundo esta visatildeo faz-se jus que as empresas tenham foco no quesito

seguranccedila quanto ao desenvolvimento de equipamentos e acessoacuterios para veiacuteculos

221 Parachoques Para Veiacuteculos Pesados

Da mesma forma como foi comentado sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito para

posicionar sobre os parachoques para veiacuteculos pesados entende-se que existe lei

regulamentando a fabricaccedilatildeo destes componentes neste caso a normativa que

regulamenta a fabricaccedilatildeo de parachoques traseiro de caminhotildees assemelha-se a

uma instruccedilatildeo de trabalho

Novamente compara-se com a induacutestria onde deve existir uma instruccedilatildeo de

trabalho para que a tarefa seja realizada dentro dos paracircmetros estabelecidos as

195325

1496932809

13299397303

473399

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

Carros Ocircnibus Caminhatildeo Motos Outros Total

23

leis de tracircnsito orientam para que os componentes de seguranccedila fabricados

atendam requisitos miacutenimos aceitaacuteveis E isto se consegue atraveacutes de certificaccedilatildeo

de aprovaccedilatildeo dos produtos submetidos a ensaios de destruiccedilatildeo

Os fabricantes de implementos rodoviaacuterios jaacute fornecem o parachoque

acoplado agrave carroceria quando oferecido ao cliente final pois conforme o tipo de

carroceria a ser instalada se requer um tipo especiacutefico de parachoque

A legislaccedilatildeo brasileira regulamenta a fabricaccedilatildeo de itens de seguranccedila em

veiacuteculos automotores esta regulamentaccedilatildeo eacute formulada pelo DENATRAN No caso

especiacutefico de veiacuteculos de carga com peso bruto total acima de 4600 quilos existe a

resoluccedilatildeo nordm 152 de 29 de outubro de 2003 (ANEXO A)

Tal resoluccedilatildeo se justifica para que as empresas sigam um padratildeo de

fabricaccedilatildeo e assegurem a integridade dos ocupantes dos veiacuteculos em caso de

acidente Ainda conforme a proacutepria resoluccedilatildeo define ldquoEstabelece os requisitos

teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque traseiro para veiacuteculos de cargardquo

(CONTRAN Res 1522003)

FONTE DENATRAN Adaptado pelo autor 2009

FIGURA 1 - Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo

24

Na figura 1 vecirc-se o resultado de um acidente envolvendo veiculo de passeio

com veiacuteculo de carga

Em decorrecircncia de anaacutelise dos mais variados tipo de acidentes de tracircnsito

envolvendo caminhotildees de carga averiguou-se que muitos fabricantes deste

equipamento de seguranccedila natildeo seguiam normas especiacuteficas e o resultado era que

os parachoques natildeo suportavam o impacto traseiro de um veiacuteculo de passeio

comum provocando o mortal efeito guilhotina na carroceria do caminhatildeo Este efeito

eacute a entrada demasiada do veiacuteculo na parte inferior da traseira do caminhatildeo

chegando ateacute o habitaacuteculo dos passageiros

Ao observar a figura 1 nota-se que o parachoque natildeo resistiu ao impacto do

automoacutevel e se desprendeu da carroceria algo inaceitaacutevel conforme a normativa

vigente Observa-se tambeacutem que a estrutura do parachoque eacute visivelmente fraacutegil de

modo que ficou totalmente destruiacuteda com o impacto

Na figura 2 pode-se ver um equipamento fabricado por empresa idocircnea

dentro das normas estabelecidas pelo CONTRAN

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 2 - Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

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80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

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98

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100

101

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104

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106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 7: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

6

RESUMO

LISBOA Neimar Estudo de caso Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda Implantaccedilatildeo de projetos e processos de fabricaccedilatildeo 2009 120 f Monografia (Graduaccedilatildeo em Administraccedilatildeo com Habilitaccedilatildeo em Agronegoacutecio) ndash Faculdade Almeida Rodrigues ndash FAR Rio Verde 2009

A pesquisa e o desenvolvimento de produtos adequados ao consumidor e a legislaccedilatildeo existente passa por etapas complexas ateacute chegar ao mercado No acircmbito empresarial eacute imprescindiacutevel que o custo de produccedilatildeo seja o miacutenimo possiacutevel para tanto os processos de fabricaccedilatildeo devem seguir uma ordenaccedilatildeo que seja possiacutevel determinar o acompanhamento produtivo a qualquer instante Colocando especificamente na oacutetica da Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda este estudo de caso abordaraacute a necessidade de uma adequaccedilatildeo do seu produto para que atenda agrave legislaccedilatildeo especiacutefica existente no caso os parachoques traseiros para caminhotildees bem como a adoccedilatildeo de processos produtivos mais eficientes gerando menos desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra No caso dos parachoques fabricado pela Ludwig Induacutestria este deve atender agrave legislaccedilatildeo de tracircnsito regularizada pela Resoluccedilatildeo do CONTRAN 15203 para que esteja em conformidade Apoacutes levantamento das dificuldades encontradas na empresa seratildeo propostas medidas de melhoria para implantaccedilatildeo na empresa visando agrave adequaccedilatildeo para um produto mais confiaacutevel aleacutem de ferramentas de auxiacutelio agrave produccedilatildeo como implantaccedilatildeo da aacuterea de Projetos responsaacutevel pelo desenvolvimento do produto e tambeacutem a implantaccedilatildeo da aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo responsaacutevel pela programaccedilatildeo da compra do material necessaacuterio agrave fabricaccedilatildeo levantamento dos custos de produccedilatildeo planejamento do cronograma acompanhamento da correta maneira de montagem e o encaminhamento do produto para testes de seguranccedila em oacutergatildeos responsaacuteveis assegurando a qualidade final do produto e confiabilidade na empresa

Palavras-chave projetos processos planejamento custo

7

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 ndash Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo 23

FIGURA 2 ndash Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa 24

FIGURA 3 ndash Matriz Thermo Rio 27

FIGURA 4 ndash Organograma estrutural Grupo Thermo Rio 29

FIGURA 5 ndash Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final 33

FIGURA 6 ndash Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final 33

FIGURA 7 ndash Modelo de desenho teacutecnico de componente de parachoque 37

FIGURA 8 ndash Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho 38

FIGURA 9 ndash Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa 40

FIGURA 10 ndash Modelo de procedimento operacional para maacutequinas 42

FIGURA 11 ndash Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro 43

8

LISTA DE ABREVIATURAS

CAD ndash Computer Aided Design ou Desenho Assistido por Computador

CONTRAN ndash Conselho Nacional de Tracircnsito

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito

DETRAN ndash Departamento de Tracircnsito

ISO ndash International Organization for Standardization

IT ndash Instruccedilatildeo de Trabalho

OSM ndash Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

PO ndash Procedimento Operacional

9

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

2 REVISAtildeO DA LITERATURA 13

21 Princiacutepios da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos 14

211 Desenvolvimento de Produtos 15

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo 16

213 Manuais Administrativos 17

2131 Codificaccedilatildeo 18

2132 Roteiro de Produccedilatildeo 19

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho 20

2134 Procedimento Operacional 20

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito 21

221Parachoques para Veiacuteculos Pesados 22

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO 26

31 Caracterizaccedilatildeo da empresa 27

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda 28

312 Missatildeo 28

313 Visatildeo 28

314 Organograma 29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 30

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa 30

411 Dificuldades Encontradas 30

42 Situaccedilatildeo Proposta 32

421 Implantaccedilatildeo de Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos 32

422 Implantaccedilatildeo de Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo 34

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais 35

10

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo 35

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo 38

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de trabalho 39

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional 41

4235 Placa de Identificaccedilatildeo 42

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 44

REFEREcircNCIAS 46

APEcircNDICES 47

ANEXOS 110

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

Atualmente existe uma forte tendecircncia em conciliar produtos e processos de

forma efetiva nas empresas Isto desencadeia um processo de evoluccedilatildeo constante

dentro da organizaccedilatildeo em vista que a cada instante surgem novas teacutecnicas de

produccedilatildeo mais eficientes

Outro fator que fortalece esta evoluccedilatildeo constante eacute a acirrada disputa pelo

mercado consumidor No entanto eacute imprescindiacutevel a existecircncia de responsabilidade

pelos produtos por parte dos fabricantes

Existem situaccedilotildees em que esta responsabilidade deve ser seguida de forma

mais criteriosa e legalizada eacute o ponto onde entram leis regulamentando a fabricaccedilatildeo

de determinados produtos

A Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda fabrica exclusivamente bauacutes

frigoriacuteficos para o transporte de produtos refrigerados Faz parte de sua linha de

produtos um acessoacuterio obrigatoacuterio em veiacuteculos pesados (caminhotildees) que eacute o

parachoque traseiro Para a fabricaccedilatildeo deste equipamento existe regulamentaccedilatildeo

proacutepria definida pela resoluccedilatildeo1522003 do CONTRAN

Atualmente o produto fabricado pela Ludwig natildeo se enquadra nos

paracircmetros da resoluccedilatildeo consequentemente eacute um produto natildeo conforme

Dentro deste contexto o presente estudo monograacutefico pretende abordar a

importacircncia de se fabricar um produto de qualidade e seguro bem como apresentar

soluccedilotildees viaacuteveis para uniformizar e facilitar o processo produtivo dentro da empresa

Para chegar a este ponto seraacute necessaacuterio avaliar o processo de produccedilatildeo

atual e identificar os pontos falhos e que necessitem ser melhorados

Desta forma definido o objeto de estudo inicialmente seraacute feita sua

apresentaccedilatildeo na revisatildeo de literatura onde se conceituaratildeo as definiccedilotildees de gestatildeo

que seratildeo abordadas para o desenvolvimento da proposta de implantaccedilatildeo para a

Ludwig Induacutestria bem como a observacircncia da legislaccedilatildeo de tracircnsito a que a

empresa deve submeter seus produtos

12

Em seguida seraacute apresentado o procedimento metodoloacutegico que foi seguido

para o desenvolvimento deste estudo e tambeacutem constaraacute uma breve descriccedilatildeo da

empresa estudada

Na sequecircncia seratildeo abordados os resultados e discussotildees alavancadas no

estudo bem como a apresentaccedilatildeo das sugestotildees de melhorias a serem implantadas

pela empresa

Ao finalizar seraacute apresentada a colusatildeo deste estudo onde tambeacutem seratildeo

analisadas as medidas tomadas pela empresa e a comparaccedilatildeo parcial dos

resultados obtidos com as propostas sugeridas

Complementando este estudo seguem o anexo da resoluccedilatildeo do CONTRAN

os apecircndices elaborados para a visualizaccedilatildeo completa dos procedimentos e

instruccedilotildees de trabalho propostos para a empresa

13

2 REVISAtildeO DA LITERATURA

Muito jaacute foi escrito revisado e comentado sobre administraccedilatildeo moderna mas

eacute sempre importante salientar que suas bases referenciais satildeo imutaacuteveis e isto natildeo

eacute algo que se possa ser questionado de forma simploacuteria em vista que jaacute eacute possiacutevel

determinar que ateacute os povos primitivos tiveram uma forma de administrar a sua

sociedade

Atualmente a administraccedilatildeo evoluiu consideravelmente e ainda estaacute em

evoluccedilatildeo constante adaptando-se agraves tecnologias disponiacuteveis e ao proacuteprio modo de

viver das pessoas

Ao analisar especificamente o ambiente empresarial encontram-se

conceitos desenvolvidos para que se possa obter o maacuteximo de eficiecircncia e eficaacutecia

nas suas operaccedilotildees Estes conceitos modernos de administrar tiveram suas origens

nos primoacuterdios da Revoluccedilatildeo Industrial ocorrida no entre os seacuteculos XVIII e XIX A

accedilatildeo do administrador de uma induacutestria nesta eacutepoca era focada em estruturar toda a

empresa com os conhecimentos miacutenimos de que dispunha isto tambeacutem acarretava

em treinar as pessoas para as funccedilotildees delegadas e acompanhar o desenvolvimento

de suas tarefas (AKTOUF 1996)

Taylor e Fayol no decorrer da segunda deacutecada do seacuteculo XX realizaram

estudos para tentar amenizar a dissonacircncia na produccedilatildeo das faacutebricas isto ocorreu

em virtude do crescimento da industrializaccedilatildeo que o mundo estava vislumbrando

naquela eacutepoca o que muitas vezes natildeo acompanhava uma gestatildeo eficiente

Hoje existem estudos e publicaccedilotildees dos mais variados tipos e aplicaccedilotildees

todos invariavelmente tambeacutem partiram dos estudos pioneiros da administraccedilatildeo

moderna de Taylor e Fayol Mas hoje existe consenso universal de que praacuteticas de

administraccedilatildeo aplicada nas induacutestrias obtecircm grande retorno desde que

devidamente bem planejada a sua implantaccedilatildeo Ainda nas palavras de Aktouf (1996

p 25)

quando falamos de administraccedilatildeo se trata de uma atividade ou mais precisamente de uma serie de atividades integradas e interdependentes destinadas a permitir que certa combinaccedilatildeo de meios (financeiros humanos materiais etc) possa gerar uma produccedilatildeo de bens ou serviccedilos economicamente e socialmente uacuteteis e se possiacutevel para a empresa com finalidade lucrativa rentaacuteveis

14

Diante disto vecirc-se que muito foi feito e contribuiacutedo pelo melhor desempenho

das organizaccedilotildees Neste aspecto o estudo da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

(OSampM) foi o que mais trabalhou o chatildeo de faacutebrica propriamente dito apresentando

soluccedilotildees inimaginaacuteveis no periacuteodo da Revoluccedilatildeo Industrial

Atualmente com o mercado globalizado e altamente competitivo em que se

encontra a utilizaccedilatildeo de ferramentas administrativas eacute uma forma de garantir a

permanecircncia no mercado aleacutem de ser o diferencial causador de uma gestatildeo

eficiente e controlada donde se obtecircm dados confiaacuteveis dos processos produtivos

21 Princiacutepios da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

Os estudos da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos (OSM) na Administraccedilatildeo

comeccedilaram a ser desenvolvidos no iniacutecio do seacuteculo XX nos Estados Unidos da

Ameacuterica (EUA) mas natildeo ganharam muita relevacircncia no meio empresarial agrave eacutepoca

(ROCHA1987)

As empresas tiveram mais aceitabilidade deste estudo no decorrer da 2ordf

Guerra Mundial pois com os esforccedilos de guerra grandes volumes de produccedilatildeo

eram exigidos e qualidade e padronizaccedilatildeo natildeo eram uma constante deste periacuteodo

As concepccedilotildees da OSM comeccedilaram a ser difundidas no Brasil por volta de

1955 muito tempo depois de outras naccedilotildees as terem adotado principalmente a

Inglaterra onde este movimento tomou mais forccedila

A OSM tal como se apresenta hoje difere muito daquela de 50 anos atraacutes

ateacute mesmo daquela dos anos 80 e 90 quando realmente o mercado vislumbrou um

boom de novas empresas adotando meacutetodos mais eficientes para produzir De certa

forma isto gerou maior competitividade entre as induacutestrias pois a consequente

reduccedilatildeo de custos de produccedilatildeo logo angariou mais adeptos e o produto final pocircde

se tornar mais barato para o consumidor final

Com o advento da Era da Informaacutetica muito se evoluiu neste conceito e para

as empresas tornou-se mais faacutecil estruturar organizar monitorar e colher os

resultados da produccedilatildeo Com base nisto tambeacutem foi possiacutevel departamentalizar

15

melhor a empresa e definir sua estrutura funcional para a adequaccedilatildeo conforme seu

ramo da atividade

No caso de empresas de produtos e bens industrializados observaram-se

maior foco no desenvolvimento de produtos voltados agraves necessidades do

consumidor com maior preocupaccedilatildeo em manter o cliente fiel agrave marca com o produto

de qualidade oferecido

211 Desenvolvimento de Produtos

Nas empresas de industrializaccedilatildeo a OSM possibilitou que as aacutereas de

projetos (Engenharia de Produtos e Engenharia de Processos) pudessem

acompanhar melhor o desenvolvimento do produto atraveacutes da comunicaccedilatildeo

existente entre outros departamentos Ainda hoje existem empresas desestruturadas

que fazem com que os departamentos internos travem uma verdadeira guerra fria

entre si prejudicando os resultados finais da companhia

A aacuterea de Engenharia de Desenvolvimento de Produto eacute de suma importacircncia

para empresa pois eacute dela que se cria o produto desejado pelo cliente eacute onde se

materializa o conceito desenvolvido atraveacutes de contato com as suas necessidades

ou como define Slack Chambers e Johnston (2002 p 118)

os projetistas de produtos tentam realizar projetos esteticamente agradaacuteveis que atendam ou excedam as expectativas dos consumidores Tambeacutem tentam projetar um produto que desempenha bem e eacute confiaacutevel durante seu tempo de vida uacutetil Aleacutem disso deveriam projetar o produto de forma que possa ser fabricado faacutecil e rapidamente

Para que isto seja possiacutevel recorre-se a uma ferramenta usada pelos

projetistas de produtos que eacute o Desenho Assistido por Computador ou em inglecircs

Computer Aided Design (CAD) com o qual eacute possiacutevel criar um produto virtual e fazer

os seus ajustes sem a necessidade de criaccedilatildeo de um modelo fiacutesico de imediato

Seguindo o pensamento de Slack Chambers e Johnston (2002) esta

ferramenta CAD apresenta vantagens como

16

- Rapidez no desenvolvimento do produto

- Simulaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo de um protoacutetipo virtual do produto

- Arquivos dos componentes virtuais sem ocupaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico

- Observaccedilatildeo de detalhes miacutenimos atraveacutes de ampliaccedilatildeo da tela

- Reduccedilatildeo de custos com a criaccedilatildeo de protoacutetipos fiacutesicos

Sob estes pontos de vista vecirc-se a clara necessidade de adoccedilatildeo desta

ferramenta para que a empresa reduza custos e se mantenha competitiva com

produto de qualidade

Ainda conforme Slack Chambers e Johnston (2002 p 159) ldquosimulaccedilotildees

baseadas em realidade virtual permitem que empresas testem novos produtos e

serviccedilos bem como visualizem e planejem os processos que os produzemrdquo

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Dentro do estudo da OSM tem-se tambeacutem a abrangecircncia de Planejamento e

Controle da Produccedilatildeo (PCP) Isto se faz necessaacuterio para garantir que o produto

desenvolvido virtualmente seja construiacutedo fisicamente dentro dos paracircmetros

estabelecidos garantindo assim a qualidade do produto Dentro do conceito de

Slack Chambers e Johnston (2002 p 314) ldquoEsse eacute o propoacutesito do planejamento e

controle ndash garantir que os processos da produccedilatildeo ocorram eficaz e eficientemente e

que produzam produtos e serviccedilos conforme requeridos pelos consumidoresrdquo

Como este eacute o passo final do ciclo do produto dentro da empresa justifica-se

maior controle do produto pois eacute daqui que sai o conceito de qualidade e de imagem

da empresa

Mas o PCP natildeo atua somente na produccedilatildeo como fiscal serve tambeacutem para

dar suporte agrave produccedilatildeo para que seja possiacutevel a sua execuccedilatildeo Com o PCP eacute

possiacutevel planejar a capacidade de produccedilatildeo da empresa e antever as necessidades

operacionais sejam elas de matildeo-de-obra energia maacutequinas estrutura fiacutesica

materiais logiacutestica etc enfim tudo o que for relativo agrave produccedilatildeo

Segundo a definiccedilatildeo de Correcirca Gianesi e Caon (2000 p18)

17

os sistemas de administraccedilatildeo da produccedilatildeo para cumprirem o seu papel de suporte ao atingimento dos objetivos estrateacutegicos da organizaccedilatildeo devem ser capazes de apoiar o tomador de decisotildees logiacutesticas a

Planejar as necessidades futuras de capacidade produtiva da organizaccedilatildeo

Planejar os materiais comprados

Planejar os niacuteveis de estoque de mateacuterias-primas semi-acabados e

produtos finais nos pontos certos

Programar atividades de produccedilatildeo para garantir que os recursos produtivos envolvidos estejam sendo utilizados em cada momento nas coisas certas e prioritaacuterias

Ser capaz de saber e de informar corretamente a respeito da situaccedilatildeo corrente dos recursos (pessoas equipamentos instalaccedilotildees materiais) e das ordens (de compra e produccedilatildeo)

Ser capaz de prometer os menores prazos possiacuteveis aos clientes e depois fazer cumpri-los

Ser capaz de reagir eficazmente

Como se pode notar satildeo situaccedilotildees que se mal planejadas podem pocircr a

imagem da empresa em risco de descreacutedito por qualquer falha que venha a ocorrer

no processo e que acaba por comprometer a satisfaccedilatildeo do consumidor

213 Manuais Administrativos

Nas definiccedilotildees da OSM o fluxo de informaccedilotildees que correm em uma empresa

eacute grande e aumentam a cada dia que passa em face de novas informaccedilotildees obtidas

e mais atualizadas Este fluxo se intensifica conforme o porte da organizaccedilatildeo que eacute

diretamente proporcional ao se porte ou seja quanto maior a empresa mais

informaccedilotildees precisam ser repassadas

Uma maneira de conseguir repassar as informaccedilotildees de forma precisa e

uniforme eacute a adoccedilatildeo de manuais administrativos pela organizaccedilatildeo e que satildeo

distribuiacutedos pelas dependecircncias da empresa para o faacutecil acesso Na definiccedilatildeo de

Araujo (1994 p144) ldquoo objetivo da manualizaccedilatildeo eacute permitir que a reuniatildeo de

informaccedilotildees dispostas de forma sistematizada criteriosa e segmentada atue como

instrumento facilitador do funcionamento da organizaccedilatildeordquo

A manualizaccedilatildeo de uma empresa vai de encontro conforme a sua

necessidade Por vezes empresas de meacutedio porte e com fluxograma bem definido

18

natildeo vecircem necessidade de sua adoccedilatildeo jaacute ao passo que outras menores afirmam ser

fundamental para o decorrer das atividades Como exemplo podemos citar uma

panificadora onde o Livro de Receitas eacute uma forma de manual Numa colocaccedilatildeo de

Rocha (1987 p 231)

nas empresas de grande porte o emprego de manuais eacute quase obrigatoacuterio face a multiplicidade de seus controles e abrangecircncia de seus sistemas operacionais Jaacute em empresas de meacutedio e pequeno porte seus dirigentes podem colocar duacutevida quanto agrave validade da confecccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de manuais pelo simples fato de desconhecer quais os tipos mais necessaacuterios para suas organizaccedilotildees

Estaacute aiacute o grande ponto de consenso organizacional e maturidade de mercado

para decidir sobre esta questatildeo

2131 Codificaccedilatildeo

Com a criaccedilatildeo dos manuais administrativos tambeacutem eacute recomendaacutevel a

criaccedilatildeo de um tipo de coacutedigo para a sua raacutepida localizaccedilatildeo (MARTINS 2003) Isto

se justifica mais com a pluralidade de manuais que se pretende trabalhar

Este tipo de codificaccedilatildeo fica a criteacuterio de escolha da empresa mas tambeacutem eacute

aconselhaacutevel a ter uma clara e objetiva distinccedilatildeo numeacuterica que podem ser formadas

famiacutelias grupos subgrupos e sequumlecircncia como no exemplo

XXXXXXXXXX ndash Denominaccedilatildeo de item

Sequecircncia

Subgrupo

Grupo

Famiacutelia

Com esta codificaccedilatildeo baacutesica jaacute eacute possiacutevel estabelecer vaacuterias sequecircncias

para cada tipo de aplicaccedilatildeo seja de manuais normas processos memorandos

enfim tudo o quer for passiacutevel de ser arquivado de forma ordenada

19

2132 Roteiro de Produccedilatildeo

O roteiro de produccedilatildeo aplica-se como uma ferramenta para padronizar as

etapas de fabricaccedilatildeo de maneira clara e uniforme Com o roteiro de produccedilatildeo eacute

possiacutevel acompanhar o caminho percorrido da peccedila a ser fabricada pelo interior da

induacutestria Com esta padronizaccedilatildeo consegue-se tambeacutem melhorar o layout interno

visando alocar maacutequinas e equipamentos mais proacuteximos possiacuteveis da sequecircncia de

operaccedilatildeo

Na visatildeo de Araujo (1994 p147) ldquoDevem descrever as fases e as operaccedilotildees

de cada rotina citando os oacutergatildeos e as pessoas que as executam bem como os

volumes de trabalho em cada fase os tempos de execuccedilatildeo e as distacircncias

percorridasrdquo Se pode considerar esta uma forma mais sucinta de descrever o

processo

No entanto Araujo (1994 p147) ainda afirma sua posiccedilatildeo com o seguinte

comentaacuterio ldquoTem a desvantagem de aprisionar o executante na medida em que

estabelece limites de tempo de distacircncia e de volume Positivamente natildeo eacute o

manual que mais se recomenda tratando-se de Brasilrdquo

Ao analisar sob outro ponto de vista afirmar que determinada teacutecnica natildeo eacute

aplicaacutevel no Brasil o autor mostra desconhecimento quanto ao universo de

empresas existentes no paiacutes bem como a aacuterea de atuaccedilatildeo de cada uma

A instalaccedilatildeo de induacutestrias de grande porte como Ford General Motors

Toyota entre outras trouxeram consigo estes meacutetodos de fora do paiacutes e aqui os

aplicaram tanto para uso interno como para aplicaccedilatildeo a seus fornecedores os quais

tiveram que se qualificar para se manterem competitivos

Esta qualificaccedilatildeo de qualidade invariavelmente estaacute baseada nas normas da

ISO 9000 e suas variantes A proacutepria ISO determina que deva existir no miacutenimo um

manual de procedimentos operacionais na empresa Entatildeo com as exigecircncias

solicitadas aos milhares de fornecedores de peccedilas somente do ramo automobiliacutestico

sem levar em consideraccedilatildeo os demais jaacute podemos perceber que eacute muito mais

frequente do que supocircs Araujo (1994)

20

Em relaccedilatildeo ao imaginar que no Brasil natildeo eacute possiacutevel aplicar este manual

tecircm-se exemplos de empresas que o usam e que obtecircm os resultados desejados

baseados em acompanhamento de produccedilatildeo pelos roteiros

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho

Este manual detalha especificamente como deve ser executada determinada

tarefa conforme Rocha (1987 p 234) ldquoEste tipo de Manual nada mais eacute do que o

conjunto de instruccedilotildees escritas elaborado para destacar em todos os seus detalhes

a rotina a ser seguida de uma funccedilatildeo especiacuteficardquo

Na sequecircncia do roteiro de fabricaccedilatildeo determina-se que deva ser realizada

certa tarefa em uma aacuterea qualquer da empresa Por exemplo a etapa de pintura no

roteiro de fabricaccedilatildeo indica que o passo seguinte na fabricaccedilatildeo de uma peccedila deveraacute

receber acabamento superficial Ao chegar esta peccedila na aacuterea de pintura o pintor iraacute

executaacute-la conforme orienta a instruccedilatildeo de trabalho que por sua vez iraacute indicar qual

o tipo de tinta a ser usado o tipo de solvente maneira de aplicaccedilatildeo modo de cura

etc

Assim se evidencia que a aplicabilidade da instruccedilatildeo de trabalho estaacute mais

relacionada agraves possiacuteveis variantes de cada tarefa

2134 Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional demonstra a correta maneira de

operar determinado equipamento ou maacutequina Isto se justifica pelo fato de que cada

maacutequina ou tarefa tem a sua particularidade de operaccedilatildeo Na colocaccedilatildeo de Oliveira

(2005 p 394) ldquoeacute a indicaccedilatildeo de como satildeo executados os trabalhos dentro do

processo administrativordquo

Como exemplo pode-se citar a utilizaccedilatildeo de uma calculadora baacutesica

comparada a uma calculadora cientiacutefica O uso da calculadora baacutesica natildeo requer

muita praacutetica para sua operaccedilatildeo na cientiacutefica existem vaacuterias funccedilotildees agrupadas em

21

poucas teclas dedicadas e eacute necessaacuterio o uso de outras funccedilotildees complementares

para a equaccedilatildeo de um caacutelculo Ou seja por mais que tenha o mesmo princiacutepio

(equaccedilotildees) seus modos de operaccedilotildees diferem e para isto eacute necessaacuterio um manual

operacional

Em um ambiente fabril este manual auxilia sobremaneira a operaccedilatildeo das

maacutequinas existentes dentro da induacutestria ou seja com uma ampla variedade de tipos

de maacutequinas e equipamentos com as mais variadas aplicaccedilotildees surgem por vezes

dificuldades em seu manuseio onde pode existir diferenccedila de operaccedilatildeo de uma

maacutequina semelhante mas de fabricante diferente

Estas diferenccedilas construtivas de fabricantes advecircm muito de seus proacuteprios

diferenciais em oferecer produtos ao mercado com a vantagem competitiva de

oferecer mais facilidade de operaccedilatildeo ou mesmo como adequaccedilatildeo ao processo

interno de fabricaccedilatildeo

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito

Ao comentar sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito deve-se considerar que as leis de

tracircnsito tambeacutem tecircm um caraacuteter de procedimento operacional pois eacute ela que indica

a maneira correta do condutor usar as vias de traacutefego

Analogamente com a induacutestria que deve conter um procedimento operacional

para ordenar a produccedilatildeo de forma contiacutenua as leis de tracircnsito orientam para que o

fluxo de veiacuteculo ocorra de forma segura onde todos devem seguir as orientaccedilotildees

estipuladas pela lei assim tambeacutem garantindo a seguranccedila tanto de pedestres como

de motoristas

Ao focar especificamente nos automoacuteveis nota-se que com o passar dos

anos estes sofreram inuacutemeras evoluccedilotildees tornaram-se mais eficientes velozes e

seguros Os fabricantes de veiacuteculos na busca por competitividade sempre

desenvolvem carros mais avanccedilados baseados nos mais modernos sistemas

mecacircnicos a fim de oferecer ao consumidor produtos de extrema confiabilidade

Mas eacute importante lembrar tambeacutem que os carros dependem do fator humano

para funcionar pois o condutor do veiacuteculo eacute o responsaacutevel pela sua utilizaccedilatildeo e este

22

nem sempre eacute o mais confiaacutevel Corroborando para este apontamento segundo

dados do Departamento Nacional de Tracircnsito ndash DENATRAN no ano de 2006 houve

um total de mais de 470000 acidentes de tracircnsito e deste nuacutemero cerca de 32000

acidentes envolvendo veiacuteculos pesados No graacutefico 1 pode-se visualizar melhor

estes dados

FONTE Anuaacuterio Estatiacutestico do DENATRAN - RENAEST 2006 adaptado pelo autor 2009

GRAacuteFICO 1 - Tipos de veiacuteculos envolvidos em acidentes de tracircnsito com viacutetimas

Segundo esta visatildeo faz-se jus que as empresas tenham foco no quesito

seguranccedila quanto ao desenvolvimento de equipamentos e acessoacuterios para veiacuteculos

221 Parachoques Para Veiacuteculos Pesados

Da mesma forma como foi comentado sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito para

posicionar sobre os parachoques para veiacuteculos pesados entende-se que existe lei

regulamentando a fabricaccedilatildeo destes componentes neste caso a normativa que

regulamenta a fabricaccedilatildeo de parachoques traseiro de caminhotildees assemelha-se a

uma instruccedilatildeo de trabalho

Novamente compara-se com a induacutestria onde deve existir uma instruccedilatildeo de

trabalho para que a tarefa seja realizada dentro dos paracircmetros estabelecidos as

195325

1496932809

13299397303

473399

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

Carros Ocircnibus Caminhatildeo Motos Outros Total

23

leis de tracircnsito orientam para que os componentes de seguranccedila fabricados

atendam requisitos miacutenimos aceitaacuteveis E isto se consegue atraveacutes de certificaccedilatildeo

de aprovaccedilatildeo dos produtos submetidos a ensaios de destruiccedilatildeo

Os fabricantes de implementos rodoviaacuterios jaacute fornecem o parachoque

acoplado agrave carroceria quando oferecido ao cliente final pois conforme o tipo de

carroceria a ser instalada se requer um tipo especiacutefico de parachoque

A legislaccedilatildeo brasileira regulamenta a fabricaccedilatildeo de itens de seguranccedila em

veiacuteculos automotores esta regulamentaccedilatildeo eacute formulada pelo DENATRAN No caso

especiacutefico de veiacuteculos de carga com peso bruto total acima de 4600 quilos existe a

resoluccedilatildeo nordm 152 de 29 de outubro de 2003 (ANEXO A)

Tal resoluccedilatildeo se justifica para que as empresas sigam um padratildeo de

fabricaccedilatildeo e assegurem a integridade dos ocupantes dos veiacuteculos em caso de

acidente Ainda conforme a proacutepria resoluccedilatildeo define ldquoEstabelece os requisitos

teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque traseiro para veiacuteculos de cargardquo

(CONTRAN Res 1522003)

FONTE DENATRAN Adaptado pelo autor 2009

FIGURA 1 - Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo

24

Na figura 1 vecirc-se o resultado de um acidente envolvendo veiculo de passeio

com veiacuteculo de carga

Em decorrecircncia de anaacutelise dos mais variados tipo de acidentes de tracircnsito

envolvendo caminhotildees de carga averiguou-se que muitos fabricantes deste

equipamento de seguranccedila natildeo seguiam normas especiacuteficas e o resultado era que

os parachoques natildeo suportavam o impacto traseiro de um veiacuteculo de passeio

comum provocando o mortal efeito guilhotina na carroceria do caminhatildeo Este efeito

eacute a entrada demasiada do veiacuteculo na parte inferior da traseira do caminhatildeo

chegando ateacute o habitaacuteculo dos passageiros

Ao observar a figura 1 nota-se que o parachoque natildeo resistiu ao impacto do

automoacutevel e se desprendeu da carroceria algo inaceitaacutevel conforme a normativa

vigente Observa-se tambeacutem que a estrutura do parachoque eacute visivelmente fraacutegil de

modo que ficou totalmente destruiacuteda com o impacto

Na figura 2 pode-se ver um equipamento fabricado por empresa idocircnea

dentro das normas estabelecidas pelo CONTRAN

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 2 - Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

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55

56

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60

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72

73

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76

77

78

79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

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85

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87

88

89

90

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92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 8: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

7

LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 ndash Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo 23

FIGURA 2 ndash Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa 24

FIGURA 3 ndash Matriz Thermo Rio 27

FIGURA 4 ndash Organograma estrutural Grupo Thermo Rio 29

FIGURA 5 ndash Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final 33

FIGURA 6 ndash Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final 33

FIGURA 7 ndash Modelo de desenho teacutecnico de componente de parachoque 37

FIGURA 8 ndash Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho 38

FIGURA 9 ndash Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa 40

FIGURA 10 ndash Modelo de procedimento operacional para maacutequinas 42

FIGURA 11 ndash Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro 43

8

LISTA DE ABREVIATURAS

CAD ndash Computer Aided Design ou Desenho Assistido por Computador

CONTRAN ndash Conselho Nacional de Tracircnsito

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito

DETRAN ndash Departamento de Tracircnsito

ISO ndash International Organization for Standardization

IT ndash Instruccedilatildeo de Trabalho

OSM ndash Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

PO ndash Procedimento Operacional

9

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

2 REVISAtildeO DA LITERATURA 13

21 Princiacutepios da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos 14

211 Desenvolvimento de Produtos 15

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo 16

213 Manuais Administrativos 17

2131 Codificaccedilatildeo 18

2132 Roteiro de Produccedilatildeo 19

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho 20

2134 Procedimento Operacional 20

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito 21

221Parachoques para Veiacuteculos Pesados 22

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO 26

31 Caracterizaccedilatildeo da empresa 27

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda 28

312 Missatildeo 28

313 Visatildeo 28

314 Organograma 29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 30

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa 30

411 Dificuldades Encontradas 30

42 Situaccedilatildeo Proposta 32

421 Implantaccedilatildeo de Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos 32

422 Implantaccedilatildeo de Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo 34

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais 35

10

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo 35

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo 38

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de trabalho 39

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional 41

4235 Placa de Identificaccedilatildeo 42

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 44

REFEREcircNCIAS 46

APEcircNDICES 47

ANEXOS 110

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

Atualmente existe uma forte tendecircncia em conciliar produtos e processos de

forma efetiva nas empresas Isto desencadeia um processo de evoluccedilatildeo constante

dentro da organizaccedilatildeo em vista que a cada instante surgem novas teacutecnicas de

produccedilatildeo mais eficientes

Outro fator que fortalece esta evoluccedilatildeo constante eacute a acirrada disputa pelo

mercado consumidor No entanto eacute imprescindiacutevel a existecircncia de responsabilidade

pelos produtos por parte dos fabricantes

Existem situaccedilotildees em que esta responsabilidade deve ser seguida de forma

mais criteriosa e legalizada eacute o ponto onde entram leis regulamentando a fabricaccedilatildeo

de determinados produtos

A Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda fabrica exclusivamente bauacutes

frigoriacuteficos para o transporte de produtos refrigerados Faz parte de sua linha de

produtos um acessoacuterio obrigatoacuterio em veiacuteculos pesados (caminhotildees) que eacute o

parachoque traseiro Para a fabricaccedilatildeo deste equipamento existe regulamentaccedilatildeo

proacutepria definida pela resoluccedilatildeo1522003 do CONTRAN

Atualmente o produto fabricado pela Ludwig natildeo se enquadra nos

paracircmetros da resoluccedilatildeo consequentemente eacute um produto natildeo conforme

Dentro deste contexto o presente estudo monograacutefico pretende abordar a

importacircncia de se fabricar um produto de qualidade e seguro bem como apresentar

soluccedilotildees viaacuteveis para uniformizar e facilitar o processo produtivo dentro da empresa

Para chegar a este ponto seraacute necessaacuterio avaliar o processo de produccedilatildeo

atual e identificar os pontos falhos e que necessitem ser melhorados

Desta forma definido o objeto de estudo inicialmente seraacute feita sua

apresentaccedilatildeo na revisatildeo de literatura onde se conceituaratildeo as definiccedilotildees de gestatildeo

que seratildeo abordadas para o desenvolvimento da proposta de implantaccedilatildeo para a

Ludwig Induacutestria bem como a observacircncia da legislaccedilatildeo de tracircnsito a que a

empresa deve submeter seus produtos

12

Em seguida seraacute apresentado o procedimento metodoloacutegico que foi seguido

para o desenvolvimento deste estudo e tambeacutem constaraacute uma breve descriccedilatildeo da

empresa estudada

Na sequecircncia seratildeo abordados os resultados e discussotildees alavancadas no

estudo bem como a apresentaccedilatildeo das sugestotildees de melhorias a serem implantadas

pela empresa

Ao finalizar seraacute apresentada a colusatildeo deste estudo onde tambeacutem seratildeo

analisadas as medidas tomadas pela empresa e a comparaccedilatildeo parcial dos

resultados obtidos com as propostas sugeridas

Complementando este estudo seguem o anexo da resoluccedilatildeo do CONTRAN

os apecircndices elaborados para a visualizaccedilatildeo completa dos procedimentos e

instruccedilotildees de trabalho propostos para a empresa

13

2 REVISAtildeO DA LITERATURA

Muito jaacute foi escrito revisado e comentado sobre administraccedilatildeo moderna mas

eacute sempre importante salientar que suas bases referenciais satildeo imutaacuteveis e isto natildeo

eacute algo que se possa ser questionado de forma simploacuteria em vista que jaacute eacute possiacutevel

determinar que ateacute os povos primitivos tiveram uma forma de administrar a sua

sociedade

Atualmente a administraccedilatildeo evoluiu consideravelmente e ainda estaacute em

evoluccedilatildeo constante adaptando-se agraves tecnologias disponiacuteveis e ao proacuteprio modo de

viver das pessoas

Ao analisar especificamente o ambiente empresarial encontram-se

conceitos desenvolvidos para que se possa obter o maacuteximo de eficiecircncia e eficaacutecia

nas suas operaccedilotildees Estes conceitos modernos de administrar tiveram suas origens

nos primoacuterdios da Revoluccedilatildeo Industrial ocorrida no entre os seacuteculos XVIII e XIX A

accedilatildeo do administrador de uma induacutestria nesta eacutepoca era focada em estruturar toda a

empresa com os conhecimentos miacutenimos de que dispunha isto tambeacutem acarretava

em treinar as pessoas para as funccedilotildees delegadas e acompanhar o desenvolvimento

de suas tarefas (AKTOUF 1996)

Taylor e Fayol no decorrer da segunda deacutecada do seacuteculo XX realizaram

estudos para tentar amenizar a dissonacircncia na produccedilatildeo das faacutebricas isto ocorreu

em virtude do crescimento da industrializaccedilatildeo que o mundo estava vislumbrando

naquela eacutepoca o que muitas vezes natildeo acompanhava uma gestatildeo eficiente

Hoje existem estudos e publicaccedilotildees dos mais variados tipos e aplicaccedilotildees

todos invariavelmente tambeacutem partiram dos estudos pioneiros da administraccedilatildeo

moderna de Taylor e Fayol Mas hoje existe consenso universal de que praacuteticas de

administraccedilatildeo aplicada nas induacutestrias obtecircm grande retorno desde que

devidamente bem planejada a sua implantaccedilatildeo Ainda nas palavras de Aktouf (1996

p 25)

quando falamos de administraccedilatildeo se trata de uma atividade ou mais precisamente de uma serie de atividades integradas e interdependentes destinadas a permitir que certa combinaccedilatildeo de meios (financeiros humanos materiais etc) possa gerar uma produccedilatildeo de bens ou serviccedilos economicamente e socialmente uacuteteis e se possiacutevel para a empresa com finalidade lucrativa rentaacuteveis

14

Diante disto vecirc-se que muito foi feito e contribuiacutedo pelo melhor desempenho

das organizaccedilotildees Neste aspecto o estudo da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

(OSampM) foi o que mais trabalhou o chatildeo de faacutebrica propriamente dito apresentando

soluccedilotildees inimaginaacuteveis no periacuteodo da Revoluccedilatildeo Industrial

Atualmente com o mercado globalizado e altamente competitivo em que se

encontra a utilizaccedilatildeo de ferramentas administrativas eacute uma forma de garantir a

permanecircncia no mercado aleacutem de ser o diferencial causador de uma gestatildeo

eficiente e controlada donde se obtecircm dados confiaacuteveis dos processos produtivos

21 Princiacutepios da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

Os estudos da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos (OSM) na Administraccedilatildeo

comeccedilaram a ser desenvolvidos no iniacutecio do seacuteculo XX nos Estados Unidos da

Ameacuterica (EUA) mas natildeo ganharam muita relevacircncia no meio empresarial agrave eacutepoca

(ROCHA1987)

As empresas tiveram mais aceitabilidade deste estudo no decorrer da 2ordf

Guerra Mundial pois com os esforccedilos de guerra grandes volumes de produccedilatildeo

eram exigidos e qualidade e padronizaccedilatildeo natildeo eram uma constante deste periacuteodo

As concepccedilotildees da OSM comeccedilaram a ser difundidas no Brasil por volta de

1955 muito tempo depois de outras naccedilotildees as terem adotado principalmente a

Inglaterra onde este movimento tomou mais forccedila

A OSM tal como se apresenta hoje difere muito daquela de 50 anos atraacutes

ateacute mesmo daquela dos anos 80 e 90 quando realmente o mercado vislumbrou um

boom de novas empresas adotando meacutetodos mais eficientes para produzir De certa

forma isto gerou maior competitividade entre as induacutestrias pois a consequente

reduccedilatildeo de custos de produccedilatildeo logo angariou mais adeptos e o produto final pocircde

se tornar mais barato para o consumidor final

Com o advento da Era da Informaacutetica muito se evoluiu neste conceito e para

as empresas tornou-se mais faacutecil estruturar organizar monitorar e colher os

resultados da produccedilatildeo Com base nisto tambeacutem foi possiacutevel departamentalizar

15

melhor a empresa e definir sua estrutura funcional para a adequaccedilatildeo conforme seu

ramo da atividade

No caso de empresas de produtos e bens industrializados observaram-se

maior foco no desenvolvimento de produtos voltados agraves necessidades do

consumidor com maior preocupaccedilatildeo em manter o cliente fiel agrave marca com o produto

de qualidade oferecido

211 Desenvolvimento de Produtos

Nas empresas de industrializaccedilatildeo a OSM possibilitou que as aacutereas de

projetos (Engenharia de Produtos e Engenharia de Processos) pudessem

acompanhar melhor o desenvolvimento do produto atraveacutes da comunicaccedilatildeo

existente entre outros departamentos Ainda hoje existem empresas desestruturadas

que fazem com que os departamentos internos travem uma verdadeira guerra fria

entre si prejudicando os resultados finais da companhia

A aacuterea de Engenharia de Desenvolvimento de Produto eacute de suma importacircncia

para empresa pois eacute dela que se cria o produto desejado pelo cliente eacute onde se

materializa o conceito desenvolvido atraveacutes de contato com as suas necessidades

ou como define Slack Chambers e Johnston (2002 p 118)

os projetistas de produtos tentam realizar projetos esteticamente agradaacuteveis que atendam ou excedam as expectativas dos consumidores Tambeacutem tentam projetar um produto que desempenha bem e eacute confiaacutevel durante seu tempo de vida uacutetil Aleacutem disso deveriam projetar o produto de forma que possa ser fabricado faacutecil e rapidamente

Para que isto seja possiacutevel recorre-se a uma ferramenta usada pelos

projetistas de produtos que eacute o Desenho Assistido por Computador ou em inglecircs

Computer Aided Design (CAD) com o qual eacute possiacutevel criar um produto virtual e fazer

os seus ajustes sem a necessidade de criaccedilatildeo de um modelo fiacutesico de imediato

Seguindo o pensamento de Slack Chambers e Johnston (2002) esta

ferramenta CAD apresenta vantagens como

16

- Rapidez no desenvolvimento do produto

- Simulaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo de um protoacutetipo virtual do produto

- Arquivos dos componentes virtuais sem ocupaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico

- Observaccedilatildeo de detalhes miacutenimos atraveacutes de ampliaccedilatildeo da tela

- Reduccedilatildeo de custos com a criaccedilatildeo de protoacutetipos fiacutesicos

Sob estes pontos de vista vecirc-se a clara necessidade de adoccedilatildeo desta

ferramenta para que a empresa reduza custos e se mantenha competitiva com

produto de qualidade

Ainda conforme Slack Chambers e Johnston (2002 p 159) ldquosimulaccedilotildees

baseadas em realidade virtual permitem que empresas testem novos produtos e

serviccedilos bem como visualizem e planejem os processos que os produzemrdquo

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Dentro do estudo da OSM tem-se tambeacutem a abrangecircncia de Planejamento e

Controle da Produccedilatildeo (PCP) Isto se faz necessaacuterio para garantir que o produto

desenvolvido virtualmente seja construiacutedo fisicamente dentro dos paracircmetros

estabelecidos garantindo assim a qualidade do produto Dentro do conceito de

Slack Chambers e Johnston (2002 p 314) ldquoEsse eacute o propoacutesito do planejamento e

controle ndash garantir que os processos da produccedilatildeo ocorram eficaz e eficientemente e

que produzam produtos e serviccedilos conforme requeridos pelos consumidoresrdquo

Como este eacute o passo final do ciclo do produto dentro da empresa justifica-se

maior controle do produto pois eacute daqui que sai o conceito de qualidade e de imagem

da empresa

Mas o PCP natildeo atua somente na produccedilatildeo como fiscal serve tambeacutem para

dar suporte agrave produccedilatildeo para que seja possiacutevel a sua execuccedilatildeo Com o PCP eacute

possiacutevel planejar a capacidade de produccedilatildeo da empresa e antever as necessidades

operacionais sejam elas de matildeo-de-obra energia maacutequinas estrutura fiacutesica

materiais logiacutestica etc enfim tudo o que for relativo agrave produccedilatildeo

Segundo a definiccedilatildeo de Correcirca Gianesi e Caon (2000 p18)

17

os sistemas de administraccedilatildeo da produccedilatildeo para cumprirem o seu papel de suporte ao atingimento dos objetivos estrateacutegicos da organizaccedilatildeo devem ser capazes de apoiar o tomador de decisotildees logiacutesticas a

Planejar as necessidades futuras de capacidade produtiva da organizaccedilatildeo

Planejar os materiais comprados

Planejar os niacuteveis de estoque de mateacuterias-primas semi-acabados e

produtos finais nos pontos certos

Programar atividades de produccedilatildeo para garantir que os recursos produtivos envolvidos estejam sendo utilizados em cada momento nas coisas certas e prioritaacuterias

Ser capaz de saber e de informar corretamente a respeito da situaccedilatildeo corrente dos recursos (pessoas equipamentos instalaccedilotildees materiais) e das ordens (de compra e produccedilatildeo)

Ser capaz de prometer os menores prazos possiacuteveis aos clientes e depois fazer cumpri-los

Ser capaz de reagir eficazmente

Como se pode notar satildeo situaccedilotildees que se mal planejadas podem pocircr a

imagem da empresa em risco de descreacutedito por qualquer falha que venha a ocorrer

no processo e que acaba por comprometer a satisfaccedilatildeo do consumidor

213 Manuais Administrativos

Nas definiccedilotildees da OSM o fluxo de informaccedilotildees que correm em uma empresa

eacute grande e aumentam a cada dia que passa em face de novas informaccedilotildees obtidas

e mais atualizadas Este fluxo se intensifica conforme o porte da organizaccedilatildeo que eacute

diretamente proporcional ao se porte ou seja quanto maior a empresa mais

informaccedilotildees precisam ser repassadas

Uma maneira de conseguir repassar as informaccedilotildees de forma precisa e

uniforme eacute a adoccedilatildeo de manuais administrativos pela organizaccedilatildeo e que satildeo

distribuiacutedos pelas dependecircncias da empresa para o faacutecil acesso Na definiccedilatildeo de

Araujo (1994 p144) ldquoo objetivo da manualizaccedilatildeo eacute permitir que a reuniatildeo de

informaccedilotildees dispostas de forma sistematizada criteriosa e segmentada atue como

instrumento facilitador do funcionamento da organizaccedilatildeordquo

A manualizaccedilatildeo de uma empresa vai de encontro conforme a sua

necessidade Por vezes empresas de meacutedio porte e com fluxograma bem definido

18

natildeo vecircem necessidade de sua adoccedilatildeo jaacute ao passo que outras menores afirmam ser

fundamental para o decorrer das atividades Como exemplo podemos citar uma

panificadora onde o Livro de Receitas eacute uma forma de manual Numa colocaccedilatildeo de

Rocha (1987 p 231)

nas empresas de grande porte o emprego de manuais eacute quase obrigatoacuterio face a multiplicidade de seus controles e abrangecircncia de seus sistemas operacionais Jaacute em empresas de meacutedio e pequeno porte seus dirigentes podem colocar duacutevida quanto agrave validade da confecccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de manuais pelo simples fato de desconhecer quais os tipos mais necessaacuterios para suas organizaccedilotildees

Estaacute aiacute o grande ponto de consenso organizacional e maturidade de mercado

para decidir sobre esta questatildeo

2131 Codificaccedilatildeo

Com a criaccedilatildeo dos manuais administrativos tambeacutem eacute recomendaacutevel a

criaccedilatildeo de um tipo de coacutedigo para a sua raacutepida localizaccedilatildeo (MARTINS 2003) Isto

se justifica mais com a pluralidade de manuais que se pretende trabalhar

Este tipo de codificaccedilatildeo fica a criteacuterio de escolha da empresa mas tambeacutem eacute

aconselhaacutevel a ter uma clara e objetiva distinccedilatildeo numeacuterica que podem ser formadas

famiacutelias grupos subgrupos e sequumlecircncia como no exemplo

XXXXXXXXXX ndash Denominaccedilatildeo de item

Sequecircncia

Subgrupo

Grupo

Famiacutelia

Com esta codificaccedilatildeo baacutesica jaacute eacute possiacutevel estabelecer vaacuterias sequecircncias

para cada tipo de aplicaccedilatildeo seja de manuais normas processos memorandos

enfim tudo o quer for passiacutevel de ser arquivado de forma ordenada

19

2132 Roteiro de Produccedilatildeo

O roteiro de produccedilatildeo aplica-se como uma ferramenta para padronizar as

etapas de fabricaccedilatildeo de maneira clara e uniforme Com o roteiro de produccedilatildeo eacute

possiacutevel acompanhar o caminho percorrido da peccedila a ser fabricada pelo interior da

induacutestria Com esta padronizaccedilatildeo consegue-se tambeacutem melhorar o layout interno

visando alocar maacutequinas e equipamentos mais proacuteximos possiacuteveis da sequecircncia de

operaccedilatildeo

Na visatildeo de Araujo (1994 p147) ldquoDevem descrever as fases e as operaccedilotildees

de cada rotina citando os oacutergatildeos e as pessoas que as executam bem como os

volumes de trabalho em cada fase os tempos de execuccedilatildeo e as distacircncias

percorridasrdquo Se pode considerar esta uma forma mais sucinta de descrever o

processo

No entanto Araujo (1994 p147) ainda afirma sua posiccedilatildeo com o seguinte

comentaacuterio ldquoTem a desvantagem de aprisionar o executante na medida em que

estabelece limites de tempo de distacircncia e de volume Positivamente natildeo eacute o

manual que mais se recomenda tratando-se de Brasilrdquo

Ao analisar sob outro ponto de vista afirmar que determinada teacutecnica natildeo eacute

aplicaacutevel no Brasil o autor mostra desconhecimento quanto ao universo de

empresas existentes no paiacutes bem como a aacuterea de atuaccedilatildeo de cada uma

A instalaccedilatildeo de induacutestrias de grande porte como Ford General Motors

Toyota entre outras trouxeram consigo estes meacutetodos de fora do paiacutes e aqui os

aplicaram tanto para uso interno como para aplicaccedilatildeo a seus fornecedores os quais

tiveram que se qualificar para se manterem competitivos

Esta qualificaccedilatildeo de qualidade invariavelmente estaacute baseada nas normas da

ISO 9000 e suas variantes A proacutepria ISO determina que deva existir no miacutenimo um

manual de procedimentos operacionais na empresa Entatildeo com as exigecircncias

solicitadas aos milhares de fornecedores de peccedilas somente do ramo automobiliacutestico

sem levar em consideraccedilatildeo os demais jaacute podemos perceber que eacute muito mais

frequente do que supocircs Araujo (1994)

20

Em relaccedilatildeo ao imaginar que no Brasil natildeo eacute possiacutevel aplicar este manual

tecircm-se exemplos de empresas que o usam e que obtecircm os resultados desejados

baseados em acompanhamento de produccedilatildeo pelos roteiros

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho

Este manual detalha especificamente como deve ser executada determinada

tarefa conforme Rocha (1987 p 234) ldquoEste tipo de Manual nada mais eacute do que o

conjunto de instruccedilotildees escritas elaborado para destacar em todos os seus detalhes

a rotina a ser seguida de uma funccedilatildeo especiacuteficardquo

Na sequecircncia do roteiro de fabricaccedilatildeo determina-se que deva ser realizada

certa tarefa em uma aacuterea qualquer da empresa Por exemplo a etapa de pintura no

roteiro de fabricaccedilatildeo indica que o passo seguinte na fabricaccedilatildeo de uma peccedila deveraacute

receber acabamento superficial Ao chegar esta peccedila na aacuterea de pintura o pintor iraacute

executaacute-la conforme orienta a instruccedilatildeo de trabalho que por sua vez iraacute indicar qual

o tipo de tinta a ser usado o tipo de solvente maneira de aplicaccedilatildeo modo de cura

etc

Assim se evidencia que a aplicabilidade da instruccedilatildeo de trabalho estaacute mais

relacionada agraves possiacuteveis variantes de cada tarefa

2134 Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional demonstra a correta maneira de

operar determinado equipamento ou maacutequina Isto se justifica pelo fato de que cada

maacutequina ou tarefa tem a sua particularidade de operaccedilatildeo Na colocaccedilatildeo de Oliveira

(2005 p 394) ldquoeacute a indicaccedilatildeo de como satildeo executados os trabalhos dentro do

processo administrativordquo

Como exemplo pode-se citar a utilizaccedilatildeo de uma calculadora baacutesica

comparada a uma calculadora cientiacutefica O uso da calculadora baacutesica natildeo requer

muita praacutetica para sua operaccedilatildeo na cientiacutefica existem vaacuterias funccedilotildees agrupadas em

21

poucas teclas dedicadas e eacute necessaacuterio o uso de outras funccedilotildees complementares

para a equaccedilatildeo de um caacutelculo Ou seja por mais que tenha o mesmo princiacutepio

(equaccedilotildees) seus modos de operaccedilotildees diferem e para isto eacute necessaacuterio um manual

operacional

Em um ambiente fabril este manual auxilia sobremaneira a operaccedilatildeo das

maacutequinas existentes dentro da induacutestria ou seja com uma ampla variedade de tipos

de maacutequinas e equipamentos com as mais variadas aplicaccedilotildees surgem por vezes

dificuldades em seu manuseio onde pode existir diferenccedila de operaccedilatildeo de uma

maacutequina semelhante mas de fabricante diferente

Estas diferenccedilas construtivas de fabricantes advecircm muito de seus proacuteprios

diferenciais em oferecer produtos ao mercado com a vantagem competitiva de

oferecer mais facilidade de operaccedilatildeo ou mesmo como adequaccedilatildeo ao processo

interno de fabricaccedilatildeo

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito

Ao comentar sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito deve-se considerar que as leis de

tracircnsito tambeacutem tecircm um caraacuteter de procedimento operacional pois eacute ela que indica

a maneira correta do condutor usar as vias de traacutefego

Analogamente com a induacutestria que deve conter um procedimento operacional

para ordenar a produccedilatildeo de forma contiacutenua as leis de tracircnsito orientam para que o

fluxo de veiacuteculo ocorra de forma segura onde todos devem seguir as orientaccedilotildees

estipuladas pela lei assim tambeacutem garantindo a seguranccedila tanto de pedestres como

de motoristas

Ao focar especificamente nos automoacuteveis nota-se que com o passar dos

anos estes sofreram inuacutemeras evoluccedilotildees tornaram-se mais eficientes velozes e

seguros Os fabricantes de veiacuteculos na busca por competitividade sempre

desenvolvem carros mais avanccedilados baseados nos mais modernos sistemas

mecacircnicos a fim de oferecer ao consumidor produtos de extrema confiabilidade

Mas eacute importante lembrar tambeacutem que os carros dependem do fator humano

para funcionar pois o condutor do veiacuteculo eacute o responsaacutevel pela sua utilizaccedilatildeo e este

22

nem sempre eacute o mais confiaacutevel Corroborando para este apontamento segundo

dados do Departamento Nacional de Tracircnsito ndash DENATRAN no ano de 2006 houve

um total de mais de 470000 acidentes de tracircnsito e deste nuacutemero cerca de 32000

acidentes envolvendo veiacuteculos pesados No graacutefico 1 pode-se visualizar melhor

estes dados

FONTE Anuaacuterio Estatiacutestico do DENATRAN - RENAEST 2006 adaptado pelo autor 2009

GRAacuteFICO 1 - Tipos de veiacuteculos envolvidos em acidentes de tracircnsito com viacutetimas

Segundo esta visatildeo faz-se jus que as empresas tenham foco no quesito

seguranccedila quanto ao desenvolvimento de equipamentos e acessoacuterios para veiacuteculos

221 Parachoques Para Veiacuteculos Pesados

Da mesma forma como foi comentado sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito para

posicionar sobre os parachoques para veiacuteculos pesados entende-se que existe lei

regulamentando a fabricaccedilatildeo destes componentes neste caso a normativa que

regulamenta a fabricaccedilatildeo de parachoques traseiro de caminhotildees assemelha-se a

uma instruccedilatildeo de trabalho

Novamente compara-se com a induacutestria onde deve existir uma instruccedilatildeo de

trabalho para que a tarefa seja realizada dentro dos paracircmetros estabelecidos as

195325

1496932809

13299397303

473399

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

Carros Ocircnibus Caminhatildeo Motos Outros Total

23

leis de tracircnsito orientam para que os componentes de seguranccedila fabricados

atendam requisitos miacutenimos aceitaacuteveis E isto se consegue atraveacutes de certificaccedilatildeo

de aprovaccedilatildeo dos produtos submetidos a ensaios de destruiccedilatildeo

Os fabricantes de implementos rodoviaacuterios jaacute fornecem o parachoque

acoplado agrave carroceria quando oferecido ao cliente final pois conforme o tipo de

carroceria a ser instalada se requer um tipo especiacutefico de parachoque

A legislaccedilatildeo brasileira regulamenta a fabricaccedilatildeo de itens de seguranccedila em

veiacuteculos automotores esta regulamentaccedilatildeo eacute formulada pelo DENATRAN No caso

especiacutefico de veiacuteculos de carga com peso bruto total acima de 4600 quilos existe a

resoluccedilatildeo nordm 152 de 29 de outubro de 2003 (ANEXO A)

Tal resoluccedilatildeo se justifica para que as empresas sigam um padratildeo de

fabricaccedilatildeo e assegurem a integridade dos ocupantes dos veiacuteculos em caso de

acidente Ainda conforme a proacutepria resoluccedilatildeo define ldquoEstabelece os requisitos

teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque traseiro para veiacuteculos de cargardquo

(CONTRAN Res 1522003)

FONTE DENATRAN Adaptado pelo autor 2009

FIGURA 1 - Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo

24

Na figura 1 vecirc-se o resultado de um acidente envolvendo veiculo de passeio

com veiacuteculo de carga

Em decorrecircncia de anaacutelise dos mais variados tipo de acidentes de tracircnsito

envolvendo caminhotildees de carga averiguou-se que muitos fabricantes deste

equipamento de seguranccedila natildeo seguiam normas especiacuteficas e o resultado era que

os parachoques natildeo suportavam o impacto traseiro de um veiacuteculo de passeio

comum provocando o mortal efeito guilhotina na carroceria do caminhatildeo Este efeito

eacute a entrada demasiada do veiacuteculo na parte inferior da traseira do caminhatildeo

chegando ateacute o habitaacuteculo dos passageiros

Ao observar a figura 1 nota-se que o parachoque natildeo resistiu ao impacto do

automoacutevel e se desprendeu da carroceria algo inaceitaacutevel conforme a normativa

vigente Observa-se tambeacutem que a estrutura do parachoque eacute visivelmente fraacutegil de

modo que ficou totalmente destruiacuteda com o impacto

Na figura 2 pode-se ver um equipamento fabricado por empresa idocircnea

dentro das normas estabelecidas pelo CONTRAN

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 2 - Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 9: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

8

LISTA DE ABREVIATURAS

CAD ndash Computer Aided Design ou Desenho Assistido por Computador

CONTRAN ndash Conselho Nacional de Tracircnsito

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito

DETRAN ndash Departamento de Tracircnsito

ISO ndash International Organization for Standardization

IT ndash Instruccedilatildeo de Trabalho

OSM ndash Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

PO ndash Procedimento Operacional

9

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

2 REVISAtildeO DA LITERATURA 13

21 Princiacutepios da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos 14

211 Desenvolvimento de Produtos 15

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo 16

213 Manuais Administrativos 17

2131 Codificaccedilatildeo 18

2132 Roteiro de Produccedilatildeo 19

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho 20

2134 Procedimento Operacional 20

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito 21

221Parachoques para Veiacuteculos Pesados 22

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO 26

31 Caracterizaccedilatildeo da empresa 27

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda 28

312 Missatildeo 28

313 Visatildeo 28

314 Organograma 29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 30

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa 30

411 Dificuldades Encontradas 30

42 Situaccedilatildeo Proposta 32

421 Implantaccedilatildeo de Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos 32

422 Implantaccedilatildeo de Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo 34

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais 35

10

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo 35

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo 38

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de trabalho 39

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional 41

4235 Placa de Identificaccedilatildeo 42

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 44

REFEREcircNCIAS 46

APEcircNDICES 47

ANEXOS 110

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

Atualmente existe uma forte tendecircncia em conciliar produtos e processos de

forma efetiva nas empresas Isto desencadeia um processo de evoluccedilatildeo constante

dentro da organizaccedilatildeo em vista que a cada instante surgem novas teacutecnicas de

produccedilatildeo mais eficientes

Outro fator que fortalece esta evoluccedilatildeo constante eacute a acirrada disputa pelo

mercado consumidor No entanto eacute imprescindiacutevel a existecircncia de responsabilidade

pelos produtos por parte dos fabricantes

Existem situaccedilotildees em que esta responsabilidade deve ser seguida de forma

mais criteriosa e legalizada eacute o ponto onde entram leis regulamentando a fabricaccedilatildeo

de determinados produtos

A Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda fabrica exclusivamente bauacutes

frigoriacuteficos para o transporte de produtos refrigerados Faz parte de sua linha de

produtos um acessoacuterio obrigatoacuterio em veiacuteculos pesados (caminhotildees) que eacute o

parachoque traseiro Para a fabricaccedilatildeo deste equipamento existe regulamentaccedilatildeo

proacutepria definida pela resoluccedilatildeo1522003 do CONTRAN

Atualmente o produto fabricado pela Ludwig natildeo se enquadra nos

paracircmetros da resoluccedilatildeo consequentemente eacute um produto natildeo conforme

Dentro deste contexto o presente estudo monograacutefico pretende abordar a

importacircncia de se fabricar um produto de qualidade e seguro bem como apresentar

soluccedilotildees viaacuteveis para uniformizar e facilitar o processo produtivo dentro da empresa

Para chegar a este ponto seraacute necessaacuterio avaliar o processo de produccedilatildeo

atual e identificar os pontos falhos e que necessitem ser melhorados

Desta forma definido o objeto de estudo inicialmente seraacute feita sua

apresentaccedilatildeo na revisatildeo de literatura onde se conceituaratildeo as definiccedilotildees de gestatildeo

que seratildeo abordadas para o desenvolvimento da proposta de implantaccedilatildeo para a

Ludwig Induacutestria bem como a observacircncia da legislaccedilatildeo de tracircnsito a que a

empresa deve submeter seus produtos

12

Em seguida seraacute apresentado o procedimento metodoloacutegico que foi seguido

para o desenvolvimento deste estudo e tambeacutem constaraacute uma breve descriccedilatildeo da

empresa estudada

Na sequecircncia seratildeo abordados os resultados e discussotildees alavancadas no

estudo bem como a apresentaccedilatildeo das sugestotildees de melhorias a serem implantadas

pela empresa

Ao finalizar seraacute apresentada a colusatildeo deste estudo onde tambeacutem seratildeo

analisadas as medidas tomadas pela empresa e a comparaccedilatildeo parcial dos

resultados obtidos com as propostas sugeridas

Complementando este estudo seguem o anexo da resoluccedilatildeo do CONTRAN

os apecircndices elaborados para a visualizaccedilatildeo completa dos procedimentos e

instruccedilotildees de trabalho propostos para a empresa

13

2 REVISAtildeO DA LITERATURA

Muito jaacute foi escrito revisado e comentado sobre administraccedilatildeo moderna mas

eacute sempre importante salientar que suas bases referenciais satildeo imutaacuteveis e isto natildeo

eacute algo que se possa ser questionado de forma simploacuteria em vista que jaacute eacute possiacutevel

determinar que ateacute os povos primitivos tiveram uma forma de administrar a sua

sociedade

Atualmente a administraccedilatildeo evoluiu consideravelmente e ainda estaacute em

evoluccedilatildeo constante adaptando-se agraves tecnologias disponiacuteveis e ao proacuteprio modo de

viver das pessoas

Ao analisar especificamente o ambiente empresarial encontram-se

conceitos desenvolvidos para que se possa obter o maacuteximo de eficiecircncia e eficaacutecia

nas suas operaccedilotildees Estes conceitos modernos de administrar tiveram suas origens

nos primoacuterdios da Revoluccedilatildeo Industrial ocorrida no entre os seacuteculos XVIII e XIX A

accedilatildeo do administrador de uma induacutestria nesta eacutepoca era focada em estruturar toda a

empresa com os conhecimentos miacutenimos de que dispunha isto tambeacutem acarretava

em treinar as pessoas para as funccedilotildees delegadas e acompanhar o desenvolvimento

de suas tarefas (AKTOUF 1996)

Taylor e Fayol no decorrer da segunda deacutecada do seacuteculo XX realizaram

estudos para tentar amenizar a dissonacircncia na produccedilatildeo das faacutebricas isto ocorreu

em virtude do crescimento da industrializaccedilatildeo que o mundo estava vislumbrando

naquela eacutepoca o que muitas vezes natildeo acompanhava uma gestatildeo eficiente

Hoje existem estudos e publicaccedilotildees dos mais variados tipos e aplicaccedilotildees

todos invariavelmente tambeacutem partiram dos estudos pioneiros da administraccedilatildeo

moderna de Taylor e Fayol Mas hoje existe consenso universal de que praacuteticas de

administraccedilatildeo aplicada nas induacutestrias obtecircm grande retorno desde que

devidamente bem planejada a sua implantaccedilatildeo Ainda nas palavras de Aktouf (1996

p 25)

quando falamos de administraccedilatildeo se trata de uma atividade ou mais precisamente de uma serie de atividades integradas e interdependentes destinadas a permitir que certa combinaccedilatildeo de meios (financeiros humanos materiais etc) possa gerar uma produccedilatildeo de bens ou serviccedilos economicamente e socialmente uacuteteis e se possiacutevel para a empresa com finalidade lucrativa rentaacuteveis

14

Diante disto vecirc-se que muito foi feito e contribuiacutedo pelo melhor desempenho

das organizaccedilotildees Neste aspecto o estudo da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

(OSampM) foi o que mais trabalhou o chatildeo de faacutebrica propriamente dito apresentando

soluccedilotildees inimaginaacuteveis no periacuteodo da Revoluccedilatildeo Industrial

Atualmente com o mercado globalizado e altamente competitivo em que se

encontra a utilizaccedilatildeo de ferramentas administrativas eacute uma forma de garantir a

permanecircncia no mercado aleacutem de ser o diferencial causador de uma gestatildeo

eficiente e controlada donde se obtecircm dados confiaacuteveis dos processos produtivos

21 Princiacutepios da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

Os estudos da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos (OSM) na Administraccedilatildeo

comeccedilaram a ser desenvolvidos no iniacutecio do seacuteculo XX nos Estados Unidos da

Ameacuterica (EUA) mas natildeo ganharam muita relevacircncia no meio empresarial agrave eacutepoca

(ROCHA1987)

As empresas tiveram mais aceitabilidade deste estudo no decorrer da 2ordf

Guerra Mundial pois com os esforccedilos de guerra grandes volumes de produccedilatildeo

eram exigidos e qualidade e padronizaccedilatildeo natildeo eram uma constante deste periacuteodo

As concepccedilotildees da OSM comeccedilaram a ser difundidas no Brasil por volta de

1955 muito tempo depois de outras naccedilotildees as terem adotado principalmente a

Inglaterra onde este movimento tomou mais forccedila

A OSM tal como se apresenta hoje difere muito daquela de 50 anos atraacutes

ateacute mesmo daquela dos anos 80 e 90 quando realmente o mercado vislumbrou um

boom de novas empresas adotando meacutetodos mais eficientes para produzir De certa

forma isto gerou maior competitividade entre as induacutestrias pois a consequente

reduccedilatildeo de custos de produccedilatildeo logo angariou mais adeptos e o produto final pocircde

se tornar mais barato para o consumidor final

Com o advento da Era da Informaacutetica muito se evoluiu neste conceito e para

as empresas tornou-se mais faacutecil estruturar organizar monitorar e colher os

resultados da produccedilatildeo Com base nisto tambeacutem foi possiacutevel departamentalizar

15

melhor a empresa e definir sua estrutura funcional para a adequaccedilatildeo conforme seu

ramo da atividade

No caso de empresas de produtos e bens industrializados observaram-se

maior foco no desenvolvimento de produtos voltados agraves necessidades do

consumidor com maior preocupaccedilatildeo em manter o cliente fiel agrave marca com o produto

de qualidade oferecido

211 Desenvolvimento de Produtos

Nas empresas de industrializaccedilatildeo a OSM possibilitou que as aacutereas de

projetos (Engenharia de Produtos e Engenharia de Processos) pudessem

acompanhar melhor o desenvolvimento do produto atraveacutes da comunicaccedilatildeo

existente entre outros departamentos Ainda hoje existem empresas desestruturadas

que fazem com que os departamentos internos travem uma verdadeira guerra fria

entre si prejudicando os resultados finais da companhia

A aacuterea de Engenharia de Desenvolvimento de Produto eacute de suma importacircncia

para empresa pois eacute dela que se cria o produto desejado pelo cliente eacute onde se

materializa o conceito desenvolvido atraveacutes de contato com as suas necessidades

ou como define Slack Chambers e Johnston (2002 p 118)

os projetistas de produtos tentam realizar projetos esteticamente agradaacuteveis que atendam ou excedam as expectativas dos consumidores Tambeacutem tentam projetar um produto que desempenha bem e eacute confiaacutevel durante seu tempo de vida uacutetil Aleacutem disso deveriam projetar o produto de forma que possa ser fabricado faacutecil e rapidamente

Para que isto seja possiacutevel recorre-se a uma ferramenta usada pelos

projetistas de produtos que eacute o Desenho Assistido por Computador ou em inglecircs

Computer Aided Design (CAD) com o qual eacute possiacutevel criar um produto virtual e fazer

os seus ajustes sem a necessidade de criaccedilatildeo de um modelo fiacutesico de imediato

Seguindo o pensamento de Slack Chambers e Johnston (2002) esta

ferramenta CAD apresenta vantagens como

16

- Rapidez no desenvolvimento do produto

- Simulaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo de um protoacutetipo virtual do produto

- Arquivos dos componentes virtuais sem ocupaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico

- Observaccedilatildeo de detalhes miacutenimos atraveacutes de ampliaccedilatildeo da tela

- Reduccedilatildeo de custos com a criaccedilatildeo de protoacutetipos fiacutesicos

Sob estes pontos de vista vecirc-se a clara necessidade de adoccedilatildeo desta

ferramenta para que a empresa reduza custos e se mantenha competitiva com

produto de qualidade

Ainda conforme Slack Chambers e Johnston (2002 p 159) ldquosimulaccedilotildees

baseadas em realidade virtual permitem que empresas testem novos produtos e

serviccedilos bem como visualizem e planejem os processos que os produzemrdquo

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Dentro do estudo da OSM tem-se tambeacutem a abrangecircncia de Planejamento e

Controle da Produccedilatildeo (PCP) Isto se faz necessaacuterio para garantir que o produto

desenvolvido virtualmente seja construiacutedo fisicamente dentro dos paracircmetros

estabelecidos garantindo assim a qualidade do produto Dentro do conceito de

Slack Chambers e Johnston (2002 p 314) ldquoEsse eacute o propoacutesito do planejamento e

controle ndash garantir que os processos da produccedilatildeo ocorram eficaz e eficientemente e

que produzam produtos e serviccedilos conforme requeridos pelos consumidoresrdquo

Como este eacute o passo final do ciclo do produto dentro da empresa justifica-se

maior controle do produto pois eacute daqui que sai o conceito de qualidade e de imagem

da empresa

Mas o PCP natildeo atua somente na produccedilatildeo como fiscal serve tambeacutem para

dar suporte agrave produccedilatildeo para que seja possiacutevel a sua execuccedilatildeo Com o PCP eacute

possiacutevel planejar a capacidade de produccedilatildeo da empresa e antever as necessidades

operacionais sejam elas de matildeo-de-obra energia maacutequinas estrutura fiacutesica

materiais logiacutestica etc enfim tudo o que for relativo agrave produccedilatildeo

Segundo a definiccedilatildeo de Correcirca Gianesi e Caon (2000 p18)

17

os sistemas de administraccedilatildeo da produccedilatildeo para cumprirem o seu papel de suporte ao atingimento dos objetivos estrateacutegicos da organizaccedilatildeo devem ser capazes de apoiar o tomador de decisotildees logiacutesticas a

Planejar as necessidades futuras de capacidade produtiva da organizaccedilatildeo

Planejar os materiais comprados

Planejar os niacuteveis de estoque de mateacuterias-primas semi-acabados e

produtos finais nos pontos certos

Programar atividades de produccedilatildeo para garantir que os recursos produtivos envolvidos estejam sendo utilizados em cada momento nas coisas certas e prioritaacuterias

Ser capaz de saber e de informar corretamente a respeito da situaccedilatildeo corrente dos recursos (pessoas equipamentos instalaccedilotildees materiais) e das ordens (de compra e produccedilatildeo)

Ser capaz de prometer os menores prazos possiacuteveis aos clientes e depois fazer cumpri-los

Ser capaz de reagir eficazmente

Como se pode notar satildeo situaccedilotildees que se mal planejadas podem pocircr a

imagem da empresa em risco de descreacutedito por qualquer falha que venha a ocorrer

no processo e que acaba por comprometer a satisfaccedilatildeo do consumidor

213 Manuais Administrativos

Nas definiccedilotildees da OSM o fluxo de informaccedilotildees que correm em uma empresa

eacute grande e aumentam a cada dia que passa em face de novas informaccedilotildees obtidas

e mais atualizadas Este fluxo se intensifica conforme o porte da organizaccedilatildeo que eacute

diretamente proporcional ao se porte ou seja quanto maior a empresa mais

informaccedilotildees precisam ser repassadas

Uma maneira de conseguir repassar as informaccedilotildees de forma precisa e

uniforme eacute a adoccedilatildeo de manuais administrativos pela organizaccedilatildeo e que satildeo

distribuiacutedos pelas dependecircncias da empresa para o faacutecil acesso Na definiccedilatildeo de

Araujo (1994 p144) ldquoo objetivo da manualizaccedilatildeo eacute permitir que a reuniatildeo de

informaccedilotildees dispostas de forma sistematizada criteriosa e segmentada atue como

instrumento facilitador do funcionamento da organizaccedilatildeordquo

A manualizaccedilatildeo de uma empresa vai de encontro conforme a sua

necessidade Por vezes empresas de meacutedio porte e com fluxograma bem definido

18

natildeo vecircem necessidade de sua adoccedilatildeo jaacute ao passo que outras menores afirmam ser

fundamental para o decorrer das atividades Como exemplo podemos citar uma

panificadora onde o Livro de Receitas eacute uma forma de manual Numa colocaccedilatildeo de

Rocha (1987 p 231)

nas empresas de grande porte o emprego de manuais eacute quase obrigatoacuterio face a multiplicidade de seus controles e abrangecircncia de seus sistemas operacionais Jaacute em empresas de meacutedio e pequeno porte seus dirigentes podem colocar duacutevida quanto agrave validade da confecccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de manuais pelo simples fato de desconhecer quais os tipos mais necessaacuterios para suas organizaccedilotildees

Estaacute aiacute o grande ponto de consenso organizacional e maturidade de mercado

para decidir sobre esta questatildeo

2131 Codificaccedilatildeo

Com a criaccedilatildeo dos manuais administrativos tambeacutem eacute recomendaacutevel a

criaccedilatildeo de um tipo de coacutedigo para a sua raacutepida localizaccedilatildeo (MARTINS 2003) Isto

se justifica mais com a pluralidade de manuais que se pretende trabalhar

Este tipo de codificaccedilatildeo fica a criteacuterio de escolha da empresa mas tambeacutem eacute

aconselhaacutevel a ter uma clara e objetiva distinccedilatildeo numeacuterica que podem ser formadas

famiacutelias grupos subgrupos e sequumlecircncia como no exemplo

XXXXXXXXXX ndash Denominaccedilatildeo de item

Sequecircncia

Subgrupo

Grupo

Famiacutelia

Com esta codificaccedilatildeo baacutesica jaacute eacute possiacutevel estabelecer vaacuterias sequecircncias

para cada tipo de aplicaccedilatildeo seja de manuais normas processos memorandos

enfim tudo o quer for passiacutevel de ser arquivado de forma ordenada

19

2132 Roteiro de Produccedilatildeo

O roteiro de produccedilatildeo aplica-se como uma ferramenta para padronizar as

etapas de fabricaccedilatildeo de maneira clara e uniforme Com o roteiro de produccedilatildeo eacute

possiacutevel acompanhar o caminho percorrido da peccedila a ser fabricada pelo interior da

induacutestria Com esta padronizaccedilatildeo consegue-se tambeacutem melhorar o layout interno

visando alocar maacutequinas e equipamentos mais proacuteximos possiacuteveis da sequecircncia de

operaccedilatildeo

Na visatildeo de Araujo (1994 p147) ldquoDevem descrever as fases e as operaccedilotildees

de cada rotina citando os oacutergatildeos e as pessoas que as executam bem como os

volumes de trabalho em cada fase os tempos de execuccedilatildeo e as distacircncias

percorridasrdquo Se pode considerar esta uma forma mais sucinta de descrever o

processo

No entanto Araujo (1994 p147) ainda afirma sua posiccedilatildeo com o seguinte

comentaacuterio ldquoTem a desvantagem de aprisionar o executante na medida em que

estabelece limites de tempo de distacircncia e de volume Positivamente natildeo eacute o

manual que mais se recomenda tratando-se de Brasilrdquo

Ao analisar sob outro ponto de vista afirmar que determinada teacutecnica natildeo eacute

aplicaacutevel no Brasil o autor mostra desconhecimento quanto ao universo de

empresas existentes no paiacutes bem como a aacuterea de atuaccedilatildeo de cada uma

A instalaccedilatildeo de induacutestrias de grande porte como Ford General Motors

Toyota entre outras trouxeram consigo estes meacutetodos de fora do paiacutes e aqui os

aplicaram tanto para uso interno como para aplicaccedilatildeo a seus fornecedores os quais

tiveram que se qualificar para se manterem competitivos

Esta qualificaccedilatildeo de qualidade invariavelmente estaacute baseada nas normas da

ISO 9000 e suas variantes A proacutepria ISO determina que deva existir no miacutenimo um

manual de procedimentos operacionais na empresa Entatildeo com as exigecircncias

solicitadas aos milhares de fornecedores de peccedilas somente do ramo automobiliacutestico

sem levar em consideraccedilatildeo os demais jaacute podemos perceber que eacute muito mais

frequente do que supocircs Araujo (1994)

20

Em relaccedilatildeo ao imaginar que no Brasil natildeo eacute possiacutevel aplicar este manual

tecircm-se exemplos de empresas que o usam e que obtecircm os resultados desejados

baseados em acompanhamento de produccedilatildeo pelos roteiros

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho

Este manual detalha especificamente como deve ser executada determinada

tarefa conforme Rocha (1987 p 234) ldquoEste tipo de Manual nada mais eacute do que o

conjunto de instruccedilotildees escritas elaborado para destacar em todos os seus detalhes

a rotina a ser seguida de uma funccedilatildeo especiacuteficardquo

Na sequecircncia do roteiro de fabricaccedilatildeo determina-se que deva ser realizada

certa tarefa em uma aacuterea qualquer da empresa Por exemplo a etapa de pintura no

roteiro de fabricaccedilatildeo indica que o passo seguinte na fabricaccedilatildeo de uma peccedila deveraacute

receber acabamento superficial Ao chegar esta peccedila na aacuterea de pintura o pintor iraacute

executaacute-la conforme orienta a instruccedilatildeo de trabalho que por sua vez iraacute indicar qual

o tipo de tinta a ser usado o tipo de solvente maneira de aplicaccedilatildeo modo de cura

etc

Assim se evidencia que a aplicabilidade da instruccedilatildeo de trabalho estaacute mais

relacionada agraves possiacuteveis variantes de cada tarefa

2134 Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional demonstra a correta maneira de

operar determinado equipamento ou maacutequina Isto se justifica pelo fato de que cada

maacutequina ou tarefa tem a sua particularidade de operaccedilatildeo Na colocaccedilatildeo de Oliveira

(2005 p 394) ldquoeacute a indicaccedilatildeo de como satildeo executados os trabalhos dentro do

processo administrativordquo

Como exemplo pode-se citar a utilizaccedilatildeo de uma calculadora baacutesica

comparada a uma calculadora cientiacutefica O uso da calculadora baacutesica natildeo requer

muita praacutetica para sua operaccedilatildeo na cientiacutefica existem vaacuterias funccedilotildees agrupadas em

21

poucas teclas dedicadas e eacute necessaacuterio o uso de outras funccedilotildees complementares

para a equaccedilatildeo de um caacutelculo Ou seja por mais que tenha o mesmo princiacutepio

(equaccedilotildees) seus modos de operaccedilotildees diferem e para isto eacute necessaacuterio um manual

operacional

Em um ambiente fabril este manual auxilia sobremaneira a operaccedilatildeo das

maacutequinas existentes dentro da induacutestria ou seja com uma ampla variedade de tipos

de maacutequinas e equipamentos com as mais variadas aplicaccedilotildees surgem por vezes

dificuldades em seu manuseio onde pode existir diferenccedila de operaccedilatildeo de uma

maacutequina semelhante mas de fabricante diferente

Estas diferenccedilas construtivas de fabricantes advecircm muito de seus proacuteprios

diferenciais em oferecer produtos ao mercado com a vantagem competitiva de

oferecer mais facilidade de operaccedilatildeo ou mesmo como adequaccedilatildeo ao processo

interno de fabricaccedilatildeo

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito

Ao comentar sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito deve-se considerar que as leis de

tracircnsito tambeacutem tecircm um caraacuteter de procedimento operacional pois eacute ela que indica

a maneira correta do condutor usar as vias de traacutefego

Analogamente com a induacutestria que deve conter um procedimento operacional

para ordenar a produccedilatildeo de forma contiacutenua as leis de tracircnsito orientam para que o

fluxo de veiacuteculo ocorra de forma segura onde todos devem seguir as orientaccedilotildees

estipuladas pela lei assim tambeacutem garantindo a seguranccedila tanto de pedestres como

de motoristas

Ao focar especificamente nos automoacuteveis nota-se que com o passar dos

anos estes sofreram inuacutemeras evoluccedilotildees tornaram-se mais eficientes velozes e

seguros Os fabricantes de veiacuteculos na busca por competitividade sempre

desenvolvem carros mais avanccedilados baseados nos mais modernos sistemas

mecacircnicos a fim de oferecer ao consumidor produtos de extrema confiabilidade

Mas eacute importante lembrar tambeacutem que os carros dependem do fator humano

para funcionar pois o condutor do veiacuteculo eacute o responsaacutevel pela sua utilizaccedilatildeo e este

22

nem sempre eacute o mais confiaacutevel Corroborando para este apontamento segundo

dados do Departamento Nacional de Tracircnsito ndash DENATRAN no ano de 2006 houve

um total de mais de 470000 acidentes de tracircnsito e deste nuacutemero cerca de 32000

acidentes envolvendo veiacuteculos pesados No graacutefico 1 pode-se visualizar melhor

estes dados

FONTE Anuaacuterio Estatiacutestico do DENATRAN - RENAEST 2006 adaptado pelo autor 2009

GRAacuteFICO 1 - Tipos de veiacuteculos envolvidos em acidentes de tracircnsito com viacutetimas

Segundo esta visatildeo faz-se jus que as empresas tenham foco no quesito

seguranccedila quanto ao desenvolvimento de equipamentos e acessoacuterios para veiacuteculos

221 Parachoques Para Veiacuteculos Pesados

Da mesma forma como foi comentado sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito para

posicionar sobre os parachoques para veiacuteculos pesados entende-se que existe lei

regulamentando a fabricaccedilatildeo destes componentes neste caso a normativa que

regulamenta a fabricaccedilatildeo de parachoques traseiro de caminhotildees assemelha-se a

uma instruccedilatildeo de trabalho

Novamente compara-se com a induacutestria onde deve existir uma instruccedilatildeo de

trabalho para que a tarefa seja realizada dentro dos paracircmetros estabelecidos as

195325

1496932809

13299397303

473399

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

Carros Ocircnibus Caminhatildeo Motos Outros Total

23

leis de tracircnsito orientam para que os componentes de seguranccedila fabricados

atendam requisitos miacutenimos aceitaacuteveis E isto se consegue atraveacutes de certificaccedilatildeo

de aprovaccedilatildeo dos produtos submetidos a ensaios de destruiccedilatildeo

Os fabricantes de implementos rodoviaacuterios jaacute fornecem o parachoque

acoplado agrave carroceria quando oferecido ao cliente final pois conforme o tipo de

carroceria a ser instalada se requer um tipo especiacutefico de parachoque

A legislaccedilatildeo brasileira regulamenta a fabricaccedilatildeo de itens de seguranccedila em

veiacuteculos automotores esta regulamentaccedilatildeo eacute formulada pelo DENATRAN No caso

especiacutefico de veiacuteculos de carga com peso bruto total acima de 4600 quilos existe a

resoluccedilatildeo nordm 152 de 29 de outubro de 2003 (ANEXO A)

Tal resoluccedilatildeo se justifica para que as empresas sigam um padratildeo de

fabricaccedilatildeo e assegurem a integridade dos ocupantes dos veiacuteculos em caso de

acidente Ainda conforme a proacutepria resoluccedilatildeo define ldquoEstabelece os requisitos

teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque traseiro para veiacuteculos de cargardquo

(CONTRAN Res 1522003)

FONTE DENATRAN Adaptado pelo autor 2009

FIGURA 1 - Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo

24

Na figura 1 vecirc-se o resultado de um acidente envolvendo veiculo de passeio

com veiacuteculo de carga

Em decorrecircncia de anaacutelise dos mais variados tipo de acidentes de tracircnsito

envolvendo caminhotildees de carga averiguou-se que muitos fabricantes deste

equipamento de seguranccedila natildeo seguiam normas especiacuteficas e o resultado era que

os parachoques natildeo suportavam o impacto traseiro de um veiacuteculo de passeio

comum provocando o mortal efeito guilhotina na carroceria do caminhatildeo Este efeito

eacute a entrada demasiada do veiacuteculo na parte inferior da traseira do caminhatildeo

chegando ateacute o habitaacuteculo dos passageiros

Ao observar a figura 1 nota-se que o parachoque natildeo resistiu ao impacto do

automoacutevel e se desprendeu da carroceria algo inaceitaacutevel conforme a normativa

vigente Observa-se tambeacutem que a estrutura do parachoque eacute visivelmente fraacutegil de

modo que ficou totalmente destruiacuteda com o impacto

Na figura 2 pode-se ver um equipamento fabricado por empresa idocircnea

dentro das normas estabelecidas pelo CONTRAN

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 2 - Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 10: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

9

SUMAacuteRIO

1 INTRODUCcedilAtildeO 11

2 REVISAtildeO DA LITERATURA 13

21 Princiacutepios da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos 14

211 Desenvolvimento de Produtos 15

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo 16

213 Manuais Administrativos 17

2131 Codificaccedilatildeo 18

2132 Roteiro de Produccedilatildeo 19

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho 20

2134 Procedimento Operacional 20

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito 21

221Parachoques para Veiacuteculos Pesados 22

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO 26

31 Caracterizaccedilatildeo da empresa 27

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda 28

312 Missatildeo 28

313 Visatildeo 28

314 Organograma 29

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES 30

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa 30

411 Dificuldades Encontradas 30

42 Situaccedilatildeo Proposta 32

421 Implantaccedilatildeo de Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos 32

422 Implantaccedilatildeo de Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo 34

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais 35

10

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo 35

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo 38

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de trabalho 39

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional 41

4235 Placa de Identificaccedilatildeo 42

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 44

REFEREcircNCIAS 46

APEcircNDICES 47

ANEXOS 110

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

Atualmente existe uma forte tendecircncia em conciliar produtos e processos de

forma efetiva nas empresas Isto desencadeia um processo de evoluccedilatildeo constante

dentro da organizaccedilatildeo em vista que a cada instante surgem novas teacutecnicas de

produccedilatildeo mais eficientes

Outro fator que fortalece esta evoluccedilatildeo constante eacute a acirrada disputa pelo

mercado consumidor No entanto eacute imprescindiacutevel a existecircncia de responsabilidade

pelos produtos por parte dos fabricantes

Existem situaccedilotildees em que esta responsabilidade deve ser seguida de forma

mais criteriosa e legalizada eacute o ponto onde entram leis regulamentando a fabricaccedilatildeo

de determinados produtos

A Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda fabrica exclusivamente bauacutes

frigoriacuteficos para o transporte de produtos refrigerados Faz parte de sua linha de

produtos um acessoacuterio obrigatoacuterio em veiacuteculos pesados (caminhotildees) que eacute o

parachoque traseiro Para a fabricaccedilatildeo deste equipamento existe regulamentaccedilatildeo

proacutepria definida pela resoluccedilatildeo1522003 do CONTRAN

Atualmente o produto fabricado pela Ludwig natildeo se enquadra nos

paracircmetros da resoluccedilatildeo consequentemente eacute um produto natildeo conforme

Dentro deste contexto o presente estudo monograacutefico pretende abordar a

importacircncia de se fabricar um produto de qualidade e seguro bem como apresentar

soluccedilotildees viaacuteveis para uniformizar e facilitar o processo produtivo dentro da empresa

Para chegar a este ponto seraacute necessaacuterio avaliar o processo de produccedilatildeo

atual e identificar os pontos falhos e que necessitem ser melhorados

Desta forma definido o objeto de estudo inicialmente seraacute feita sua

apresentaccedilatildeo na revisatildeo de literatura onde se conceituaratildeo as definiccedilotildees de gestatildeo

que seratildeo abordadas para o desenvolvimento da proposta de implantaccedilatildeo para a

Ludwig Induacutestria bem como a observacircncia da legislaccedilatildeo de tracircnsito a que a

empresa deve submeter seus produtos

12

Em seguida seraacute apresentado o procedimento metodoloacutegico que foi seguido

para o desenvolvimento deste estudo e tambeacutem constaraacute uma breve descriccedilatildeo da

empresa estudada

Na sequecircncia seratildeo abordados os resultados e discussotildees alavancadas no

estudo bem como a apresentaccedilatildeo das sugestotildees de melhorias a serem implantadas

pela empresa

Ao finalizar seraacute apresentada a colusatildeo deste estudo onde tambeacutem seratildeo

analisadas as medidas tomadas pela empresa e a comparaccedilatildeo parcial dos

resultados obtidos com as propostas sugeridas

Complementando este estudo seguem o anexo da resoluccedilatildeo do CONTRAN

os apecircndices elaborados para a visualizaccedilatildeo completa dos procedimentos e

instruccedilotildees de trabalho propostos para a empresa

13

2 REVISAtildeO DA LITERATURA

Muito jaacute foi escrito revisado e comentado sobre administraccedilatildeo moderna mas

eacute sempre importante salientar que suas bases referenciais satildeo imutaacuteveis e isto natildeo

eacute algo que se possa ser questionado de forma simploacuteria em vista que jaacute eacute possiacutevel

determinar que ateacute os povos primitivos tiveram uma forma de administrar a sua

sociedade

Atualmente a administraccedilatildeo evoluiu consideravelmente e ainda estaacute em

evoluccedilatildeo constante adaptando-se agraves tecnologias disponiacuteveis e ao proacuteprio modo de

viver das pessoas

Ao analisar especificamente o ambiente empresarial encontram-se

conceitos desenvolvidos para que se possa obter o maacuteximo de eficiecircncia e eficaacutecia

nas suas operaccedilotildees Estes conceitos modernos de administrar tiveram suas origens

nos primoacuterdios da Revoluccedilatildeo Industrial ocorrida no entre os seacuteculos XVIII e XIX A

accedilatildeo do administrador de uma induacutestria nesta eacutepoca era focada em estruturar toda a

empresa com os conhecimentos miacutenimos de que dispunha isto tambeacutem acarretava

em treinar as pessoas para as funccedilotildees delegadas e acompanhar o desenvolvimento

de suas tarefas (AKTOUF 1996)

Taylor e Fayol no decorrer da segunda deacutecada do seacuteculo XX realizaram

estudos para tentar amenizar a dissonacircncia na produccedilatildeo das faacutebricas isto ocorreu

em virtude do crescimento da industrializaccedilatildeo que o mundo estava vislumbrando

naquela eacutepoca o que muitas vezes natildeo acompanhava uma gestatildeo eficiente

Hoje existem estudos e publicaccedilotildees dos mais variados tipos e aplicaccedilotildees

todos invariavelmente tambeacutem partiram dos estudos pioneiros da administraccedilatildeo

moderna de Taylor e Fayol Mas hoje existe consenso universal de que praacuteticas de

administraccedilatildeo aplicada nas induacutestrias obtecircm grande retorno desde que

devidamente bem planejada a sua implantaccedilatildeo Ainda nas palavras de Aktouf (1996

p 25)

quando falamos de administraccedilatildeo se trata de uma atividade ou mais precisamente de uma serie de atividades integradas e interdependentes destinadas a permitir que certa combinaccedilatildeo de meios (financeiros humanos materiais etc) possa gerar uma produccedilatildeo de bens ou serviccedilos economicamente e socialmente uacuteteis e se possiacutevel para a empresa com finalidade lucrativa rentaacuteveis

14

Diante disto vecirc-se que muito foi feito e contribuiacutedo pelo melhor desempenho

das organizaccedilotildees Neste aspecto o estudo da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

(OSampM) foi o que mais trabalhou o chatildeo de faacutebrica propriamente dito apresentando

soluccedilotildees inimaginaacuteveis no periacuteodo da Revoluccedilatildeo Industrial

Atualmente com o mercado globalizado e altamente competitivo em que se

encontra a utilizaccedilatildeo de ferramentas administrativas eacute uma forma de garantir a

permanecircncia no mercado aleacutem de ser o diferencial causador de uma gestatildeo

eficiente e controlada donde se obtecircm dados confiaacuteveis dos processos produtivos

21 Princiacutepios da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

Os estudos da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos (OSM) na Administraccedilatildeo

comeccedilaram a ser desenvolvidos no iniacutecio do seacuteculo XX nos Estados Unidos da

Ameacuterica (EUA) mas natildeo ganharam muita relevacircncia no meio empresarial agrave eacutepoca

(ROCHA1987)

As empresas tiveram mais aceitabilidade deste estudo no decorrer da 2ordf

Guerra Mundial pois com os esforccedilos de guerra grandes volumes de produccedilatildeo

eram exigidos e qualidade e padronizaccedilatildeo natildeo eram uma constante deste periacuteodo

As concepccedilotildees da OSM comeccedilaram a ser difundidas no Brasil por volta de

1955 muito tempo depois de outras naccedilotildees as terem adotado principalmente a

Inglaterra onde este movimento tomou mais forccedila

A OSM tal como se apresenta hoje difere muito daquela de 50 anos atraacutes

ateacute mesmo daquela dos anos 80 e 90 quando realmente o mercado vislumbrou um

boom de novas empresas adotando meacutetodos mais eficientes para produzir De certa

forma isto gerou maior competitividade entre as induacutestrias pois a consequente

reduccedilatildeo de custos de produccedilatildeo logo angariou mais adeptos e o produto final pocircde

se tornar mais barato para o consumidor final

Com o advento da Era da Informaacutetica muito se evoluiu neste conceito e para

as empresas tornou-se mais faacutecil estruturar organizar monitorar e colher os

resultados da produccedilatildeo Com base nisto tambeacutem foi possiacutevel departamentalizar

15

melhor a empresa e definir sua estrutura funcional para a adequaccedilatildeo conforme seu

ramo da atividade

No caso de empresas de produtos e bens industrializados observaram-se

maior foco no desenvolvimento de produtos voltados agraves necessidades do

consumidor com maior preocupaccedilatildeo em manter o cliente fiel agrave marca com o produto

de qualidade oferecido

211 Desenvolvimento de Produtos

Nas empresas de industrializaccedilatildeo a OSM possibilitou que as aacutereas de

projetos (Engenharia de Produtos e Engenharia de Processos) pudessem

acompanhar melhor o desenvolvimento do produto atraveacutes da comunicaccedilatildeo

existente entre outros departamentos Ainda hoje existem empresas desestruturadas

que fazem com que os departamentos internos travem uma verdadeira guerra fria

entre si prejudicando os resultados finais da companhia

A aacuterea de Engenharia de Desenvolvimento de Produto eacute de suma importacircncia

para empresa pois eacute dela que se cria o produto desejado pelo cliente eacute onde se

materializa o conceito desenvolvido atraveacutes de contato com as suas necessidades

ou como define Slack Chambers e Johnston (2002 p 118)

os projetistas de produtos tentam realizar projetos esteticamente agradaacuteveis que atendam ou excedam as expectativas dos consumidores Tambeacutem tentam projetar um produto que desempenha bem e eacute confiaacutevel durante seu tempo de vida uacutetil Aleacutem disso deveriam projetar o produto de forma que possa ser fabricado faacutecil e rapidamente

Para que isto seja possiacutevel recorre-se a uma ferramenta usada pelos

projetistas de produtos que eacute o Desenho Assistido por Computador ou em inglecircs

Computer Aided Design (CAD) com o qual eacute possiacutevel criar um produto virtual e fazer

os seus ajustes sem a necessidade de criaccedilatildeo de um modelo fiacutesico de imediato

Seguindo o pensamento de Slack Chambers e Johnston (2002) esta

ferramenta CAD apresenta vantagens como

16

- Rapidez no desenvolvimento do produto

- Simulaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo de um protoacutetipo virtual do produto

- Arquivos dos componentes virtuais sem ocupaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico

- Observaccedilatildeo de detalhes miacutenimos atraveacutes de ampliaccedilatildeo da tela

- Reduccedilatildeo de custos com a criaccedilatildeo de protoacutetipos fiacutesicos

Sob estes pontos de vista vecirc-se a clara necessidade de adoccedilatildeo desta

ferramenta para que a empresa reduza custos e se mantenha competitiva com

produto de qualidade

Ainda conforme Slack Chambers e Johnston (2002 p 159) ldquosimulaccedilotildees

baseadas em realidade virtual permitem que empresas testem novos produtos e

serviccedilos bem como visualizem e planejem os processos que os produzemrdquo

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Dentro do estudo da OSM tem-se tambeacutem a abrangecircncia de Planejamento e

Controle da Produccedilatildeo (PCP) Isto se faz necessaacuterio para garantir que o produto

desenvolvido virtualmente seja construiacutedo fisicamente dentro dos paracircmetros

estabelecidos garantindo assim a qualidade do produto Dentro do conceito de

Slack Chambers e Johnston (2002 p 314) ldquoEsse eacute o propoacutesito do planejamento e

controle ndash garantir que os processos da produccedilatildeo ocorram eficaz e eficientemente e

que produzam produtos e serviccedilos conforme requeridos pelos consumidoresrdquo

Como este eacute o passo final do ciclo do produto dentro da empresa justifica-se

maior controle do produto pois eacute daqui que sai o conceito de qualidade e de imagem

da empresa

Mas o PCP natildeo atua somente na produccedilatildeo como fiscal serve tambeacutem para

dar suporte agrave produccedilatildeo para que seja possiacutevel a sua execuccedilatildeo Com o PCP eacute

possiacutevel planejar a capacidade de produccedilatildeo da empresa e antever as necessidades

operacionais sejam elas de matildeo-de-obra energia maacutequinas estrutura fiacutesica

materiais logiacutestica etc enfim tudo o que for relativo agrave produccedilatildeo

Segundo a definiccedilatildeo de Correcirca Gianesi e Caon (2000 p18)

17

os sistemas de administraccedilatildeo da produccedilatildeo para cumprirem o seu papel de suporte ao atingimento dos objetivos estrateacutegicos da organizaccedilatildeo devem ser capazes de apoiar o tomador de decisotildees logiacutesticas a

Planejar as necessidades futuras de capacidade produtiva da organizaccedilatildeo

Planejar os materiais comprados

Planejar os niacuteveis de estoque de mateacuterias-primas semi-acabados e

produtos finais nos pontos certos

Programar atividades de produccedilatildeo para garantir que os recursos produtivos envolvidos estejam sendo utilizados em cada momento nas coisas certas e prioritaacuterias

Ser capaz de saber e de informar corretamente a respeito da situaccedilatildeo corrente dos recursos (pessoas equipamentos instalaccedilotildees materiais) e das ordens (de compra e produccedilatildeo)

Ser capaz de prometer os menores prazos possiacuteveis aos clientes e depois fazer cumpri-los

Ser capaz de reagir eficazmente

Como se pode notar satildeo situaccedilotildees que se mal planejadas podem pocircr a

imagem da empresa em risco de descreacutedito por qualquer falha que venha a ocorrer

no processo e que acaba por comprometer a satisfaccedilatildeo do consumidor

213 Manuais Administrativos

Nas definiccedilotildees da OSM o fluxo de informaccedilotildees que correm em uma empresa

eacute grande e aumentam a cada dia que passa em face de novas informaccedilotildees obtidas

e mais atualizadas Este fluxo se intensifica conforme o porte da organizaccedilatildeo que eacute

diretamente proporcional ao se porte ou seja quanto maior a empresa mais

informaccedilotildees precisam ser repassadas

Uma maneira de conseguir repassar as informaccedilotildees de forma precisa e

uniforme eacute a adoccedilatildeo de manuais administrativos pela organizaccedilatildeo e que satildeo

distribuiacutedos pelas dependecircncias da empresa para o faacutecil acesso Na definiccedilatildeo de

Araujo (1994 p144) ldquoo objetivo da manualizaccedilatildeo eacute permitir que a reuniatildeo de

informaccedilotildees dispostas de forma sistematizada criteriosa e segmentada atue como

instrumento facilitador do funcionamento da organizaccedilatildeordquo

A manualizaccedilatildeo de uma empresa vai de encontro conforme a sua

necessidade Por vezes empresas de meacutedio porte e com fluxograma bem definido

18

natildeo vecircem necessidade de sua adoccedilatildeo jaacute ao passo que outras menores afirmam ser

fundamental para o decorrer das atividades Como exemplo podemos citar uma

panificadora onde o Livro de Receitas eacute uma forma de manual Numa colocaccedilatildeo de

Rocha (1987 p 231)

nas empresas de grande porte o emprego de manuais eacute quase obrigatoacuterio face a multiplicidade de seus controles e abrangecircncia de seus sistemas operacionais Jaacute em empresas de meacutedio e pequeno porte seus dirigentes podem colocar duacutevida quanto agrave validade da confecccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de manuais pelo simples fato de desconhecer quais os tipos mais necessaacuterios para suas organizaccedilotildees

Estaacute aiacute o grande ponto de consenso organizacional e maturidade de mercado

para decidir sobre esta questatildeo

2131 Codificaccedilatildeo

Com a criaccedilatildeo dos manuais administrativos tambeacutem eacute recomendaacutevel a

criaccedilatildeo de um tipo de coacutedigo para a sua raacutepida localizaccedilatildeo (MARTINS 2003) Isto

se justifica mais com a pluralidade de manuais que se pretende trabalhar

Este tipo de codificaccedilatildeo fica a criteacuterio de escolha da empresa mas tambeacutem eacute

aconselhaacutevel a ter uma clara e objetiva distinccedilatildeo numeacuterica que podem ser formadas

famiacutelias grupos subgrupos e sequumlecircncia como no exemplo

XXXXXXXXXX ndash Denominaccedilatildeo de item

Sequecircncia

Subgrupo

Grupo

Famiacutelia

Com esta codificaccedilatildeo baacutesica jaacute eacute possiacutevel estabelecer vaacuterias sequecircncias

para cada tipo de aplicaccedilatildeo seja de manuais normas processos memorandos

enfim tudo o quer for passiacutevel de ser arquivado de forma ordenada

19

2132 Roteiro de Produccedilatildeo

O roteiro de produccedilatildeo aplica-se como uma ferramenta para padronizar as

etapas de fabricaccedilatildeo de maneira clara e uniforme Com o roteiro de produccedilatildeo eacute

possiacutevel acompanhar o caminho percorrido da peccedila a ser fabricada pelo interior da

induacutestria Com esta padronizaccedilatildeo consegue-se tambeacutem melhorar o layout interno

visando alocar maacutequinas e equipamentos mais proacuteximos possiacuteveis da sequecircncia de

operaccedilatildeo

Na visatildeo de Araujo (1994 p147) ldquoDevem descrever as fases e as operaccedilotildees

de cada rotina citando os oacutergatildeos e as pessoas que as executam bem como os

volumes de trabalho em cada fase os tempos de execuccedilatildeo e as distacircncias

percorridasrdquo Se pode considerar esta uma forma mais sucinta de descrever o

processo

No entanto Araujo (1994 p147) ainda afirma sua posiccedilatildeo com o seguinte

comentaacuterio ldquoTem a desvantagem de aprisionar o executante na medida em que

estabelece limites de tempo de distacircncia e de volume Positivamente natildeo eacute o

manual que mais se recomenda tratando-se de Brasilrdquo

Ao analisar sob outro ponto de vista afirmar que determinada teacutecnica natildeo eacute

aplicaacutevel no Brasil o autor mostra desconhecimento quanto ao universo de

empresas existentes no paiacutes bem como a aacuterea de atuaccedilatildeo de cada uma

A instalaccedilatildeo de induacutestrias de grande porte como Ford General Motors

Toyota entre outras trouxeram consigo estes meacutetodos de fora do paiacutes e aqui os

aplicaram tanto para uso interno como para aplicaccedilatildeo a seus fornecedores os quais

tiveram que se qualificar para se manterem competitivos

Esta qualificaccedilatildeo de qualidade invariavelmente estaacute baseada nas normas da

ISO 9000 e suas variantes A proacutepria ISO determina que deva existir no miacutenimo um

manual de procedimentos operacionais na empresa Entatildeo com as exigecircncias

solicitadas aos milhares de fornecedores de peccedilas somente do ramo automobiliacutestico

sem levar em consideraccedilatildeo os demais jaacute podemos perceber que eacute muito mais

frequente do que supocircs Araujo (1994)

20

Em relaccedilatildeo ao imaginar que no Brasil natildeo eacute possiacutevel aplicar este manual

tecircm-se exemplos de empresas que o usam e que obtecircm os resultados desejados

baseados em acompanhamento de produccedilatildeo pelos roteiros

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho

Este manual detalha especificamente como deve ser executada determinada

tarefa conforme Rocha (1987 p 234) ldquoEste tipo de Manual nada mais eacute do que o

conjunto de instruccedilotildees escritas elaborado para destacar em todos os seus detalhes

a rotina a ser seguida de uma funccedilatildeo especiacuteficardquo

Na sequecircncia do roteiro de fabricaccedilatildeo determina-se que deva ser realizada

certa tarefa em uma aacuterea qualquer da empresa Por exemplo a etapa de pintura no

roteiro de fabricaccedilatildeo indica que o passo seguinte na fabricaccedilatildeo de uma peccedila deveraacute

receber acabamento superficial Ao chegar esta peccedila na aacuterea de pintura o pintor iraacute

executaacute-la conforme orienta a instruccedilatildeo de trabalho que por sua vez iraacute indicar qual

o tipo de tinta a ser usado o tipo de solvente maneira de aplicaccedilatildeo modo de cura

etc

Assim se evidencia que a aplicabilidade da instruccedilatildeo de trabalho estaacute mais

relacionada agraves possiacuteveis variantes de cada tarefa

2134 Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional demonstra a correta maneira de

operar determinado equipamento ou maacutequina Isto se justifica pelo fato de que cada

maacutequina ou tarefa tem a sua particularidade de operaccedilatildeo Na colocaccedilatildeo de Oliveira

(2005 p 394) ldquoeacute a indicaccedilatildeo de como satildeo executados os trabalhos dentro do

processo administrativordquo

Como exemplo pode-se citar a utilizaccedilatildeo de uma calculadora baacutesica

comparada a uma calculadora cientiacutefica O uso da calculadora baacutesica natildeo requer

muita praacutetica para sua operaccedilatildeo na cientiacutefica existem vaacuterias funccedilotildees agrupadas em

21

poucas teclas dedicadas e eacute necessaacuterio o uso de outras funccedilotildees complementares

para a equaccedilatildeo de um caacutelculo Ou seja por mais que tenha o mesmo princiacutepio

(equaccedilotildees) seus modos de operaccedilotildees diferem e para isto eacute necessaacuterio um manual

operacional

Em um ambiente fabril este manual auxilia sobremaneira a operaccedilatildeo das

maacutequinas existentes dentro da induacutestria ou seja com uma ampla variedade de tipos

de maacutequinas e equipamentos com as mais variadas aplicaccedilotildees surgem por vezes

dificuldades em seu manuseio onde pode existir diferenccedila de operaccedilatildeo de uma

maacutequina semelhante mas de fabricante diferente

Estas diferenccedilas construtivas de fabricantes advecircm muito de seus proacuteprios

diferenciais em oferecer produtos ao mercado com a vantagem competitiva de

oferecer mais facilidade de operaccedilatildeo ou mesmo como adequaccedilatildeo ao processo

interno de fabricaccedilatildeo

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito

Ao comentar sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito deve-se considerar que as leis de

tracircnsito tambeacutem tecircm um caraacuteter de procedimento operacional pois eacute ela que indica

a maneira correta do condutor usar as vias de traacutefego

Analogamente com a induacutestria que deve conter um procedimento operacional

para ordenar a produccedilatildeo de forma contiacutenua as leis de tracircnsito orientam para que o

fluxo de veiacuteculo ocorra de forma segura onde todos devem seguir as orientaccedilotildees

estipuladas pela lei assim tambeacutem garantindo a seguranccedila tanto de pedestres como

de motoristas

Ao focar especificamente nos automoacuteveis nota-se que com o passar dos

anos estes sofreram inuacutemeras evoluccedilotildees tornaram-se mais eficientes velozes e

seguros Os fabricantes de veiacuteculos na busca por competitividade sempre

desenvolvem carros mais avanccedilados baseados nos mais modernos sistemas

mecacircnicos a fim de oferecer ao consumidor produtos de extrema confiabilidade

Mas eacute importante lembrar tambeacutem que os carros dependem do fator humano

para funcionar pois o condutor do veiacuteculo eacute o responsaacutevel pela sua utilizaccedilatildeo e este

22

nem sempre eacute o mais confiaacutevel Corroborando para este apontamento segundo

dados do Departamento Nacional de Tracircnsito ndash DENATRAN no ano de 2006 houve

um total de mais de 470000 acidentes de tracircnsito e deste nuacutemero cerca de 32000

acidentes envolvendo veiacuteculos pesados No graacutefico 1 pode-se visualizar melhor

estes dados

FONTE Anuaacuterio Estatiacutestico do DENATRAN - RENAEST 2006 adaptado pelo autor 2009

GRAacuteFICO 1 - Tipos de veiacuteculos envolvidos em acidentes de tracircnsito com viacutetimas

Segundo esta visatildeo faz-se jus que as empresas tenham foco no quesito

seguranccedila quanto ao desenvolvimento de equipamentos e acessoacuterios para veiacuteculos

221 Parachoques Para Veiacuteculos Pesados

Da mesma forma como foi comentado sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito para

posicionar sobre os parachoques para veiacuteculos pesados entende-se que existe lei

regulamentando a fabricaccedilatildeo destes componentes neste caso a normativa que

regulamenta a fabricaccedilatildeo de parachoques traseiro de caminhotildees assemelha-se a

uma instruccedilatildeo de trabalho

Novamente compara-se com a induacutestria onde deve existir uma instruccedilatildeo de

trabalho para que a tarefa seja realizada dentro dos paracircmetros estabelecidos as

195325

1496932809

13299397303

473399

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

Carros Ocircnibus Caminhatildeo Motos Outros Total

23

leis de tracircnsito orientam para que os componentes de seguranccedila fabricados

atendam requisitos miacutenimos aceitaacuteveis E isto se consegue atraveacutes de certificaccedilatildeo

de aprovaccedilatildeo dos produtos submetidos a ensaios de destruiccedilatildeo

Os fabricantes de implementos rodoviaacuterios jaacute fornecem o parachoque

acoplado agrave carroceria quando oferecido ao cliente final pois conforme o tipo de

carroceria a ser instalada se requer um tipo especiacutefico de parachoque

A legislaccedilatildeo brasileira regulamenta a fabricaccedilatildeo de itens de seguranccedila em

veiacuteculos automotores esta regulamentaccedilatildeo eacute formulada pelo DENATRAN No caso

especiacutefico de veiacuteculos de carga com peso bruto total acima de 4600 quilos existe a

resoluccedilatildeo nordm 152 de 29 de outubro de 2003 (ANEXO A)

Tal resoluccedilatildeo se justifica para que as empresas sigam um padratildeo de

fabricaccedilatildeo e assegurem a integridade dos ocupantes dos veiacuteculos em caso de

acidente Ainda conforme a proacutepria resoluccedilatildeo define ldquoEstabelece os requisitos

teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque traseiro para veiacuteculos de cargardquo

(CONTRAN Res 1522003)

FONTE DENATRAN Adaptado pelo autor 2009

FIGURA 1 - Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo

24

Na figura 1 vecirc-se o resultado de um acidente envolvendo veiculo de passeio

com veiacuteculo de carga

Em decorrecircncia de anaacutelise dos mais variados tipo de acidentes de tracircnsito

envolvendo caminhotildees de carga averiguou-se que muitos fabricantes deste

equipamento de seguranccedila natildeo seguiam normas especiacuteficas e o resultado era que

os parachoques natildeo suportavam o impacto traseiro de um veiacuteculo de passeio

comum provocando o mortal efeito guilhotina na carroceria do caminhatildeo Este efeito

eacute a entrada demasiada do veiacuteculo na parte inferior da traseira do caminhatildeo

chegando ateacute o habitaacuteculo dos passageiros

Ao observar a figura 1 nota-se que o parachoque natildeo resistiu ao impacto do

automoacutevel e se desprendeu da carroceria algo inaceitaacutevel conforme a normativa

vigente Observa-se tambeacutem que a estrutura do parachoque eacute visivelmente fraacutegil de

modo que ficou totalmente destruiacuteda com o impacto

Na figura 2 pode-se ver um equipamento fabricado por empresa idocircnea

dentro das normas estabelecidas pelo CONTRAN

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 2 - Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

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69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 11: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

10

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo 35

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo 38

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de trabalho 39

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional 41

4235 Placa de Identificaccedilatildeo 42

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS 44

REFEREcircNCIAS 46

APEcircNDICES 47

ANEXOS 110

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

Atualmente existe uma forte tendecircncia em conciliar produtos e processos de

forma efetiva nas empresas Isto desencadeia um processo de evoluccedilatildeo constante

dentro da organizaccedilatildeo em vista que a cada instante surgem novas teacutecnicas de

produccedilatildeo mais eficientes

Outro fator que fortalece esta evoluccedilatildeo constante eacute a acirrada disputa pelo

mercado consumidor No entanto eacute imprescindiacutevel a existecircncia de responsabilidade

pelos produtos por parte dos fabricantes

Existem situaccedilotildees em que esta responsabilidade deve ser seguida de forma

mais criteriosa e legalizada eacute o ponto onde entram leis regulamentando a fabricaccedilatildeo

de determinados produtos

A Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda fabrica exclusivamente bauacutes

frigoriacuteficos para o transporte de produtos refrigerados Faz parte de sua linha de

produtos um acessoacuterio obrigatoacuterio em veiacuteculos pesados (caminhotildees) que eacute o

parachoque traseiro Para a fabricaccedilatildeo deste equipamento existe regulamentaccedilatildeo

proacutepria definida pela resoluccedilatildeo1522003 do CONTRAN

Atualmente o produto fabricado pela Ludwig natildeo se enquadra nos

paracircmetros da resoluccedilatildeo consequentemente eacute um produto natildeo conforme

Dentro deste contexto o presente estudo monograacutefico pretende abordar a

importacircncia de se fabricar um produto de qualidade e seguro bem como apresentar

soluccedilotildees viaacuteveis para uniformizar e facilitar o processo produtivo dentro da empresa

Para chegar a este ponto seraacute necessaacuterio avaliar o processo de produccedilatildeo

atual e identificar os pontos falhos e que necessitem ser melhorados

Desta forma definido o objeto de estudo inicialmente seraacute feita sua

apresentaccedilatildeo na revisatildeo de literatura onde se conceituaratildeo as definiccedilotildees de gestatildeo

que seratildeo abordadas para o desenvolvimento da proposta de implantaccedilatildeo para a

Ludwig Induacutestria bem como a observacircncia da legislaccedilatildeo de tracircnsito a que a

empresa deve submeter seus produtos

12

Em seguida seraacute apresentado o procedimento metodoloacutegico que foi seguido

para o desenvolvimento deste estudo e tambeacutem constaraacute uma breve descriccedilatildeo da

empresa estudada

Na sequecircncia seratildeo abordados os resultados e discussotildees alavancadas no

estudo bem como a apresentaccedilatildeo das sugestotildees de melhorias a serem implantadas

pela empresa

Ao finalizar seraacute apresentada a colusatildeo deste estudo onde tambeacutem seratildeo

analisadas as medidas tomadas pela empresa e a comparaccedilatildeo parcial dos

resultados obtidos com as propostas sugeridas

Complementando este estudo seguem o anexo da resoluccedilatildeo do CONTRAN

os apecircndices elaborados para a visualizaccedilatildeo completa dos procedimentos e

instruccedilotildees de trabalho propostos para a empresa

13

2 REVISAtildeO DA LITERATURA

Muito jaacute foi escrito revisado e comentado sobre administraccedilatildeo moderna mas

eacute sempre importante salientar que suas bases referenciais satildeo imutaacuteveis e isto natildeo

eacute algo que se possa ser questionado de forma simploacuteria em vista que jaacute eacute possiacutevel

determinar que ateacute os povos primitivos tiveram uma forma de administrar a sua

sociedade

Atualmente a administraccedilatildeo evoluiu consideravelmente e ainda estaacute em

evoluccedilatildeo constante adaptando-se agraves tecnologias disponiacuteveis e ao proacuteprio modo de

viver das pessoas

Ao analisar especificamente o ambiente empresarial encontram-se

conceitos desenvolvidos para que se possa obter o maacuteximo de eficiecircncia e eficaacutecia

nas suas operaccedilotildees Estes conceitos modernos de administrar tiveram suas origens

nos primoacuterdios da Revoluccedilatildeo Industrial ocorrida no entre os seacuteculos XVIII e XIX A

accedilatildeo do administrador de uma induacutestria nesta eacutepoca era focada em estruturar toda a

empresa com os conhecimentos miacutenimos de que dispunha isto tambeacutem acarretava

em treinar as pessoas para as funccedilotildees delegadas e acompanhar o desenvolvimento

de suas tarefas (AKTOUF 1996)

Taylor e Fayol no decorrer da segunda deacutecada do seacuteculo XX realizaram

estudos para tentar amenizar a dissonacircncia na produccedilatildeo das faacutebricas isto ocorreu

em virtude do crescimento da industrializaccedilatildeo que o mundo estava vislumbrando

naquela eacutepoca o que muitas vezes natildeo acompanhava uma gestatildeo eficiente

Hoje existem estudos e publicaccedilotildees dos mais variados tipos e aplicaccedilotildees

todos invariavelmente tambeacutem partiram dos estudos pioneiros da administraccedilatildeo

moderna de Taylor e Fayol Mas hoje existe consenso universal de que praacuteticas de

administraccedilatildeo aplicada nas induacutestrias obtecircm grande retorno desde que

devidamente bem planejada a sua implantaccedilatildeo Ainda nas palavras de Aktouf (1996

p 25)

quando falamos de administraccedilatildeo se trata de uma atividade ou mais precisamente de uma serie de atividades integradas e interdependentes destinadas a permitir que certa combinaccedilatildeo de meios (financeiros humanos materiais etc) possa gerar uma produccedilatildeo de bens ou serviccedilos economicamente e socialmente uacuteteis e se possiacutevel para a empresa com finalidade lucrativa rentaacuteveis

14

Diante disto vecirc-se que muito foi feito e contribuiacutedo pelo melhor desempenho

das organizaccedilotildees Neste aspecto o estudo da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

(OSampM) foi o que mais trabalhou o chatildeo de faacutebrica propriamente dito apresentando

soluccedilotildees inimaginaacuteveis no periacuteodo da Revoluccedilatildeo Industrial

Atualmente com o mercado globalizado e altamente competitivo em que se

encontra a utilizaccedilatildeo de ferramentas administrativas eacute uma forma de garantir a

permanecircncia no mercado aleacutem de ser o diferencial causador de uma gestatildeo

eficiente e controlada donde se obtecircm dados confiaacuteveis dos processos produtivos

21 Princiacutepios da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

Os estudos da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos (OSM) na Administraccedilatildeo

comeccedilaram a ser desenvolvidos no iniacutecio do seacuteculo XX nos Estados Unidos da

Ameacuterica (EUA) mas natildeo ganharam muita relevacircncia no meio empresarial agrave eacutepoca

(ROCHA1987)

As empresas tiveram mais aceitabilidade deste estudo no decorrer da 2ordf

Guerra Mundial pois com os esforccedilos de guerra grandes volumes de produccedilatildeo

eram exigidos e qualidade e padronizaccedilatildeo natildeo eram uma constante deste periacuteodo

As concepccedilotildees da OSM comeccedilaram a ser difundidas no Brasil por volta de

1955 muito tempo depois de outras naccedilotildees as terem adotado principalmente a

Inglaterra onde este movimento tomou mais forccedila

A OSM tal como se apresenta hoje difere muito daquela de 50 anos atraacutes

ateacute mesmo daquela dos anos 80 e 90 quando realmente o mercado vislumbrou um

boom de novas empresas adotando meacutetodos mais eficientes para produzir De certa

forma isto gerou maior competitividade entre as induacutestrias pois a consequente

reduccedilatildeo de custos de produccedilatildeo logo angariou mais adeptos e o produto final pocircde

se tornar mais barato para o consumidor final

Com o advento da Era da Informaacutetica muito se evoluiu neste conceito e para

as empresas tornou-se mais faacutecil estruturar organizar monitorar e colher os

resultados da produccedilatildeo Com base nisto tambeacutem foi possiacutevel departamentalizar

15

melhor a empresa e definir sua estrutura funcional para a adequaccedilatildeo conforme seu

ramo da atividade

No caso de empresas de produtos e bens industrializados observaram-se

maior foco no desenvolvimento de produtos voltados agraves necessidades do

consumidor com maior preocupaccedilatildeo em manter o cliente fiel agrave marca com o produto

de qualidade oferecido

211 Desenvolvimento de Produtos

Nas empresas de industrializaccedilatildeo a OSM possibilitou que as aacutereas de

projetos (Engenharia de Produtos e Engenharia de Processos) pudessem

acompanhar melhor o desenvolvimento do produto atraveacutes da comunicaccedilatildeo

existente entre outros departamentos Ainda hoje existem empresas desestruturadas

que fazem com que os departamentos internos travem uma verdadeira guerra fria

entre si prejudicando os resultados finais da companhia

A aacuterea de Engenharia de Desenvolvimento de Produto eacute de suma importacircncia

para empresa pois eacute dela que se cria o produto desejado pelo cliente eacute onde se

materializa o conceito desenvolvido atraveacutes de contato com as suas necessidades

ou como define Slack Chambers e Johnston (2002 p 118)

os projetistas de produtos tentam realizar projetos esteticamente agradaacuteveis que atendam ou excedam as expectativas dos consumidores Tambeacutem tentam projetar um produto que desempenha bem e eacute confiaacutevel durante seu tempo de vida uacutetil Aleacutem disso deveriam projetar o produto de forma que possa ser fabricado faacutecil e rapidamente

Para que isto seja possiacutevel recorre-se a uma ferramenta usada pelos

projetistas de produtos que eacute o Desenho Assistido por Computador ou em inglecircs

Computer Aided Design (CAD) com o qual eacute possiacutevel criar um produto virtual e fazer

os seus ajustes sem a necessidade de criaccedilatildeo de um modelo fiacutesico de imediato

Seguindo o pensamento de Slack Chambers e Johnston (2002) esta

ferramenta CAD apresenta vantagens como

16

- Rapidez no desenvolvimento do produto

- Simulaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo de um protoacutetipo virtual do produto

- Arquivos dos componentes virtuais sem ocupaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico

- Observaccedilatildeo de detalhes miacutenimos atraveacutes de ampliaccedilatildeo da tela

- Reduccedilatildeo de custos com a criaccedilatildeo de protoacutetipos fiacutesicos

Sob estes pontos de vista vecirc-se a clara necessidade de adoccedilatildeo desta

ferramenta para que a empresa reduza custos e se mantenha competitiva com

produto de qualidade

Ainda conforme Slack Chambers e Johnston (2002 p 159) ldquosimulaccedilotildees

baseadas em realidade virtual permitem que empresas testem novos produtos e

serviccedilos bem como visualizem e planejem os processos que os produzemrdquo

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Dentro do estudo da OSM tem-se tambeacutem a abrangecircncia de Planejamento e

Controle da Produccedilatildeo (PCP) Isto se faz necessaacuterio para garantir que o produto

desenvolvido virtualmente seja construiacutedo fisicamente dentro dos paracircmetros

estabelecidos garantindo assim a qualidade do produto Dentro do conceito de

Slack Chambers e Johnston (2002 p 314) ldquoEsse eacute o propoacutesito do planejamento e

controle ndash garantir que os processos da produccedilatildeo ocorram eficaz e eficientemente e

que produzam produtos e serviccedilos conforme requeridos pelos consumidoresrdquo

Como este eacute o passo final do ciclo do produto dentro da empresa justifica-se

maior controle do produto pois eacute daqui que sai o conceito de qualidade e de imagem

da empresa

Mas o PCP natildeo atua somente na produccedilatildeo como fiscal serve tambeacutem para

dar suporte agrave produccedilatildeo para que seja possiacutevel a sua execuccedilatildeo Com o PCP eacute

possiacutevel planejar a capacidade de produccedilatildeo da empresa e antever as necessidades

operacionais sejam elas de matildeo-de-obra energia maacutequinas estrutura fiacutesica

materiais logiacutestica etc enfim tudo o que for relativo agrave produccedilatildeo

Segundo a definiccedilatildeo de Correcirca Gianesi e Caon (2000 p18)

17

os sistemas de administraccedilatildeo da produccedilatildeo para cumprirem o seu papel de suporte ao atingimento dos objetivos estrateacutegicos da organizaccedilatildeo devem ser capazes de apoiar o tomador de decisotildees logiacutesticas a

Planejar as necessidades futuras de capacidade produtiva da organizaccedilatildeo

Planejar os materiais comprados

Planejar os niacuteveis de estoque de mateacuterias-primas semi-acabados e

produtos finais nos pontos certos

Programar atividades de produccedilatildeo para garantir que os recursos produtivos envolvidos estejam sendo utilizados em cada momento nas coisas certas e prioritaacuterias

Ser capaz de saber e de informar corretamente a respeito da situaccedilatildeo corrente dos recursos (pessoas equipamentos instalaccedilotildees materiais) e das ordens (de compra e produccedilatildeo)

Ser capaz de prometer os menores prazos possiacuteveis aos clientes e depois fazer cumpri-los

Ser capaz de reagir eficazmente

Como se pode notar satildeo situaccedilotildees que se mal planejadas podem pocircr a

imagem da empresa em risco de descreacutedito por qualquer falha que venha a ocorrer

no processo e que acaba por comprometer a satisfaccedilatildeo do consumidor

213 Manuais Administrativos

Nas definiccedilotildees da OSM o fluxo de informaccedilotildees que correm em uma empresa

eacute grande e aumentam a cada dia que passa em face de novas informaccedilotildees obtidas

e mais atualizadas Este fluxo se intensifica conforme o porte da organizaccedilatildeo que eacute

diretamente proporcional ao se porte ou seja quanto maior a empresa mais

informaccedilotildees precisam ser repassadas

Uma maneira de conseguir repassar as informaccedilotildees de forma precisa e

uniforme eacute a adoccedilatildeo de manuais administrativos pela organizaccedilatildeo e que satildeo

distribuiacutedos pelas dependecircncias da empresa para o faacutecil acesso Na definiccedilatildeo de

Araujo (1994 p144) ldquoo objetivo da manualizaccedilatildeo eacute permitir que a reuniatildeo de

informaccedilotildees dispostas de forma sistematizada criteriosa e segmentada atue como

instrumento facilitador do funcionamento da organizaccedilatildeordquo

A manualizaccedilatildeo de uma empresa vai de encontro conforme a sua

necessidade Por vezes empresas de meacutedio porte e com fluxograma bem definido

18

natildeo vecircem necessidade de sua adoccedilatildeo jaacute ao passo que outras menores afirmam ser

fundamental para o decorrer das atividades Como exemplo podemos citar uma

panificadora onde o Livro de Receitas eacute uma forma de manual Numa colocaccedilatildeo de

Rocha (1987 p 231)

nas empresas de grande porte o emprego de manuais eacute quase obrigatoacuterio face a multiplicidade de seus controles e abrangecircncia de seus sistemas operacionais Jaacute em empresas de meacutedio e pequeno porte seus dirigentes podem colocar duacutevida quanto agrave validade da confecccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de manuais pelo simples fato de desconhecer quais os tipos mais necessaacuterios para suas organizaccedilotildees

Estaacute aiacute o grande ponto de consenso organizacional e maturidade de mercado

para decidir sobre esta questatildeo

2131 Codificaccedilatildeo

Com a criaccedilatildeo dos manuais administrativos tambeacutem eacute recomendaacutevel a

criaccedilatildeo de um tipo de coacutedigo para a sua raacutepida localizaccedilatildeo (MARTINS 2003) Isto

se justifica mais com a pluralidade de manuais que se pretende trabalhar

Este tipo de codificaccedilatildeo fica a criteacuterio de escolha da empresa mas tambeacutem eacute

aconselhaacutevel a ter uma clara e objetiva distinccedilatildeo numeacuterica que podem ser formadas

famiacutelias grupos subgrupos e sequumlecircncia como no exemplo

XXXXXXXXXX ndash Denominaccedilatildeo de item

Sequecircncia

Subgrupo

Grupo

Famiacutelia

Com esta codificaccedilatildeo baacutesica jaacute eacute possiacutevel estabelecer vaacuterias sequecircncias

para cada tipo de aplicaccedilatildeo seja de manuais normas processos memorandos

enfim tudo o quer for passiacutevel de ser arquivado de forma ordenada

19

2132 Roteiro de Produccedilatildeo

O roteiro de produccedilatildeo aplica-se como uma ferramenta para padronizar as

etapas de fabricaccedilatildeo de maneira clara e uniforme Com o roteiro de produccedilatildeo eacute

possiacutevel acompanhar o caminho percorrido da peccedila a ser fabricada pelo interior da

induacutestria Com esta padronizaccedilatildeo consegue-se tambeacutem melhorar o layout interno

visando alocar maacutequinas e equipamentos mais proacuteximos possiacuteveis da sequecircncia de

operaccedilatildeo

Na visatildeo de Araujo (1994 p147) ldquoDevem descrever as fases e as operaccedilotildees

de cada rotina citando os oacutergatildeos e as pessoas que as executam bem como os

volumes de trabalho em cada fase os tempos de execuccedilatildeo e as distacircncias

percorridasrdquo Se pode considerar esta uma forma mais sucinta de descrever o

processo

No entanto Araujo (1994 p147) ainda afirma sua posiccedilatildeo com o seguinte

comentaacuterio ldquoTem a desvantagem de aprisionar o executante na medida em que

estabelece limites de tempo de distacircncia e de volume Positivamente natildeo eacute o

manual que mais se recomenda tratando-se de Brasilrdquo

Ao analisar sob outro ponto de vista afirmar que determinada teacutecnica natildeo eacute

aplicaacutevel no Brasil o autor mostra desconhecimento quanto ao universo de

empresas existentes no paiacutes bem como a aacuterea de atuaccedilatildeo de cada uma

A instalaccedilatildeo de induacutestrias de grande porte como Ford General Motors

Toyota entre outras trouxeram consigo estes meacutetodos de fora do paiacutes e aqui os

aplicaram tanto para uso interno como para aplicaccedilatildeo a seus fornecedores os quais

tiveram que se qualificar para se manterem competitivos

Esta qualificaccedilatildeo de qualidade invariavelmente estaacute baseada nas normas da

ISO 9000 e suas variantes A proacutepria ISO determina que deva existir no miacutenimo um

manual de procedimentos operacionais na empresa Entatildeo com as exigecircncias

solicitadas aos milhares de fornecedores de peccedilas somente do ramo automobiliacutestico

sem levar em consideraccedilatildeo os demais jaacute podemos perceber que eacute muito mais

frequente do que supocircs Araujo (1994)

20

Em relaccedilatildeo ao imaginar que no Brasil natildeo eacute possiacutevel aplicar este manual

tecircm-se exemplos de empresas que o usam e que obtecircm os resultados desejados

baseados em acompanhamento de produccedilatildeo pelos roteiros

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho

Este manual detalha especificamente como deve ser executada determinada

tarefa conforme Rocha (1987 p 234) ldquoEste tipo de Manual nada mais eacute do que o

conjunto de instruccedilotildees escritas elaborado para destacar em todos os seus detalhes

a rotina a ser seguida de uma funccedilatildeo especiacuteficardquo

Na sequecircncia do roteiro de fabricaccedilatildeo determina-se que deva ser realizada

certa tarefa em uma aacuterea qualquer da empresa Por exemplo a etapa de pintura no

roteiro de fabricaccedilatildeo indica que o passo seguinte na fabricaccedilatildeo de uma peccedila deveraacute

receber acabamento superficial Ao chegar esta peccedila na aacuterea de pintura o pintor iraacute

executaacute-la conforme orienta a instruccedilatildeo de trabalho que por sua vez iraacute indicar qual

o tipo de tinta a ser usado o tipo de solvente maneira de aplicaccedilatildeo modo de cura

etc

Assim se evidencia que a aplicabilidade da instruccedilatildeo de trabalho estaacute mais

relacionada agraves possiacuteveis variantes de cada tarefa

2134 Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional demonstra a correta maneira de

operar determinado equipamento ou maacutequina Isto se justifica pelo fato de que cada

maacutequina ou tarefa tem a sua particularidade de operaccedilatildeo Na colocaccedilatildeo de Oliveira

(2005 p 394) ldquoeacute a indicaccedilatildeo de como satildeo executados os trabalhos dentro do

processo administrativordquo

Como exemplo pode-se citar a utilizaccedilatildeo de uma calculadora baacutesica

comparada a uma calculadora cientiacutefica O uso da calculadora baacutesica natildeo requer

muita praacutetica para sua operaccedilatildeo na cientiacutefica existem vaacuterias funccedilotildees agrupadas em

21

poucas teclas dedicadas e eacute necessaacuterio o uso de outras funccedilotildees complementares

para a equaccedilatildeo de um caacutelculo Ou seja por mais que tenha o mesmo princiacutepio

(equaccedilotildees) seus modos de operaccedilotildees diferem e para isto eacute necessaacuterio um manual

operacional

Em um ambiente fabril este manual auxilia sobremaneira a operaccedilatildeo das

maacutequinas existentes dentro da induacutestria ou seja com uma ampla variedade de tipos

de maacutequinas e equipamentos com as mais variadas aplicaccedilotildees surgem por vezes

dificuldades em seu manuseio onde pode existir diferenccedila de operaccedilatildeo de uma

maacutequina semelhante mas de fabricante diferente

Estas diferenccedilas construtivas de fabricantes advecircm muito de seus proacuteprios

diferenciais em oferecer produtos ao mercado com a vantagem competitiva de

oferecer mais facilidade de operaccedilatildeo ou mesmo como adequaccedilatildeo ao processo

interno de fabricaccedilatildeo

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito

Ao comentar sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito deve-se considerar que as leis de

tracircnsito tambeacutem tecircm um caraacuteter de procedimento operacional pois eacute ela que indica

a maneira correta do condutor usar as vias de traacutefego

Analogamente com a induacutestria que deve conter um procedimento operacional

para ordenar a produccedilatildeo de forma contiacutenua as leis de tracircnsito orientam para que o

fluxo de veiacuteculo ocorra de forma segura onde todos devem seguir as orientaccedilotildees

estipuladas pela lei assim tambeacutem garantindo a seguranccedila tanto de pedestres como

de motoristas

Ao focar especificamente nos automoacuteveis nota-se que com o passar dos

anos estes sofreram inuacutemeras evoluccedilotildees tornaram-se mais eficientes velozes e

seguros Os fabricantes de veiacuteculos na busca por competitividade sempre

desenvolvem carros mais avanccedilados baseados nos mais modernos sistemas

mecacircnicos a fim de oferecer ao consumidor produtos de extrema confiabilidade

Mas eacute importante lembrar tambeacutem que os carros dependem do fator humano

para funcionar pois o condutor do veiacuteculo eacute o responsaacutevel pela sua utilizaccedilatildeo e este

22

nem sempre eacute o mais confiaacutevel Corroborando para este apontamento segundo

dados do Departamento Nacional de Tracircnsito ndash DENATRAN no ano de 2006 houve

um total de mais de 470000 acidentes de tracircnsito e deste nuacutemero cerca de 32000

acidentes envolvendo veiacuteculos pesados No graacutefico 1 pode-se visualizar melhor

estes dados

FONTE Anuaacuterio Estatiacutestico do DENATRAN - RENAEST 2006 adaptado pelo autor 2009

GRAacuteFICO 1 - Tipos de veiacuteculos envolvidos em acidentes de tracircnsito com viacutetimas

Segundo esta visatildeo faz-se jus que as empresas tenham foco no quesito

seguranccedila quanto ao desenvolvimento de equipamentos e acessoacuterios para veiacuteculos

221 Parachoques Para Veiacuteculos Pesados

Da mesma forma como foi comentado sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito para

posicionar sobre os parachoques para veiacuteculos pesados entende-se que existe lei

regulamentando a fabricaccedilatildeo destes componentes neste caso a normativa que

regulamenta a fabricaccedilatildeo de parachoques traseiro de caminhotildees assemelha-se a

uma instruccedilatildeo de trabalho

Novamente compara-se com a induacutestria onde deve existir uma instruccedilatildeo de

trabalho para que a tarefa seja realizada dentro dos paracircmetros estabelecidos as

195325

1496932809

13299397303

473399

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

Carros Ocircnibus Caminhatildeo Motos Outros Total

23

leis de tracircnsito orientam para que os componentes de seguranccedila fabricados

atendam requisitos miacutenimos aceitaacuteveis E isto se consegue atraveacutes de certificaccedilatildeo

de aprovaccedilatildeo dos produtos submetidos a ensaios de destruiccedilatildeo

Os fabricantes de implementos rodoviaacuterios jaacute fornecem o parachoque

acoplado agrave carroceria quando oferecido ao cliente final pois conforme o tipo de

carroceria a ser instalada se requer um tipo especiacutefico de parachoque

A legislaccedilatildeo brasileira regulamenta a fabricaccedilatildeo de itens de seguranccedila em

veiacuteculos automotores esta regulamentaccedilatildeo eacute formulada pelo DENATRAN No caso

especiacutefico de veiacuteculos de carga com peso bruto total acima de 4600 quilos existe a

resoluccedilatildeo nordm 152 de 29 de outubro de 2003 (ANEXO A)

Tal resoluccedilatildeo se justifica para que as empresas sigam um padratildeo de

fabricaccedilatildeo e assegurem a integridade dos ocupantes dos veiacuteculos em caso de

acidente Ainda conforme a proacutepria resoluccedilatildeo define ldquoEstabelece os requisitos

teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque traseiro para veiacuteculos de cargardquo

(CONTRAN Res 1522003)

FONTE DENATRAN Adaptado pelo autor 2009

FIGURA 1 - Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo

24

Na figura 1 vecirc-se o resultado de um acidente envolvendo veiculo de passeio

com veiacuteculo de carga

Em decorrecircncia de anaacutelise dos mais variados tipo de acidentes de tracircnsito

envolvendo caminhotildees de carga averiguou-se que muitos fabricantes deste

equipamento de seguranccedila natildeo seguiam normas especiacuteficas e o resultado era que

os parachoques natildeo suportavam o impacto traseiro de um veiacuteculo de passeio

comum provocando o mortal efeito guilhotina na carroceria do caminhatildeo Este efeito

eacute a entrada demasiada do veiacuteculo na parte inferior da traseira do caminhatildeo

chegando ateacute o habitaacuteculo dos passageiros

Ao observar a figura 1 nota-se que o parachoque natildeo resistiu ao impacto do

automoacutevel e se desprendeu da carroceria algo inaceitaacutevel conforme a normativa

vigente Observa-se tambeacutem que a estrutura do parachoque eacute visivelmente fraacutegil de

modo que ficou totalmente destruiacuteda com o impacto

Na figura 2 pode-se ver um equipamento fabricado por empresa idocircnea

dentro das normas estabelecidas pelo CONTRAN

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 2 - Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 12: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

11

1 INTRODUCcedilAtildeO

Atualmente existe uma forte tendecircncia em conciliar produtos e processos de

forma efetiva nas empresas Isto desencadeia um processo de evoluccedilatildeo constante

dentro da organizaccedilatildeo em vista que a cada instante surgem novas teacutecnicas de

produccedilatildeo mais eficientes

Outro fator que fortalece esta evoluccedilatildeo constante eacute a acirrada disputa pelo

mercado consumidor No entanto eacute imprescindiacutevel a existecircncia de responsabilidade

pelos produtos por parte dos fabricantes

Existem situaccedilotildees em que esta responsabilidade deve ser seguida de forma

mais criteriosa e legalizada eacute o ponto onde entram leis regulamentando a fabricaccedilatildeo

de determinados produtos

A Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda fabrica exclusivamente bauacutes

frigoriacuteficos para o transporte de produtos refrigerados Faz parte de sua linha de

produtos um acessoacuterio obrigatoacuterio em veiacuteculos pesados (caminhotildees) que eacute o

parachoque traseiro Para a fabricaccedilatildeo deste equipamento existe regulamentaccedilatildeo

proacutepria definida pela resoluccedilatildeo1522003 do CONTRAN

Atualmente o produto fabricado pela Ludwig natildeo se enquadra nos

paracircmetros da resoluccedilatildeo consequentemente eacute um produto natildeo conforme

Dentro deste contexto o presente estudo monograacutefico pretende abordar a

importacircncia de se fabricar um produto de qualidade e seguro bem como apresentar

soluccedilotildees viaacuteveis para uniformizar e facilitar o processo produtivo dentro da empresa

Para chegar a este ponto seraacute necessaacuterio avaliar o processo de produccedilatildeo

atual e identificar os pontos falhos e que necessitem ser melhorados

Desta forma definido o objeto de estudo inicialmente seraacute feita sua

apresentaccedilatildeo na revisatildeo de literatura onde se conceituaratildeo as definiccedilotildees de gestatildeo

que seratildeo abordadas para o desenvolvimento da proposta de implantaccedilatildeo para a

Ludwig Induacutestria bem como a observacircncia da legislaccedilatildeo de tracircnsito a que a

empresa deve submeter seus produtos

12

Em seguida seraacute apresentado o procedimento metodoloacutegico que foi seguido

para o desenvolvimento deste estudo e tambeacutem constaraacute uma breve descriccedilatildeo da

empresa estudada

Na sequecircncia seratildeo abordados os resultados e discussotildees alavancadas no

estudo bem como a apresentaccedilatildeo das sugestotildees de melhorias a serem implantadas

pela empresa

Ao finalizar seraacute apresentada a colusatildeo deste estudo onde tambeacutem seratildeo

analisadas as medidas tomadas pela empresa e a comparaccedilatildeo parcial dos

resultados obtidos com as propostas sugeridas

Complementando este estudo seguem o anexo da resoluccedilatildeo do CONTRAN

os apecircndices elaborados para a visualizaccedilatildeo completa dos procedimentos e

instruccedilotildees de trabalho propostos para a empresa

13

2 REVISAtildeO DA LITERATURA

Muito jaacute foi escrito revisado e comentado sobre administraccedilatildeo moderna mas

eacute sempre importante salientar que suas bases referenciais satildeo imutaacuteveis e isto natildeo

eacute algo que se possa ser questionado de forma simploacuteria em vista que jaacute eacute possiacutevel

determinar que ateacute os povos primitivos tiveram uma forma de administrar a sua

sociedade

Atualmente a administraccedilatildeo evoluiu consideravelmente e ainda estaacute em

evoluccedilatildeo constante adaptando-se agraves tecnologias disponiacuteveis e ao proacuteprio modo de

viver das pessoas

Ao analisar especificamente o ambiente empresarial encontram-se

conceitos desenvolvidos para que se possa obter o maacuteximo de eficiecircncia e eficaacutecia

nas suas operaccedilotildees Estes conceitos modernos de administrar tiveram suas origens

nos primoacuterdios da Revoluccedilatildeo Industrial ocorrida no entre os seacuteculos XVIII e XIX A

accedilatildeo do administrador de uma induacutestria nesta eacutepoca era focada em estruturar toda a

empresa com os conhecimentos miacutenimos de que dispunha isto tambeacutem acarretava

em treinar as pessoas para as funccedilotildees delegadas e acompanhar o desenvolvimento

de suas tarefas (AKTOUF 1996)

Taylor e Fayol no decorrer da segunda deacutecada do seacuteculo XX realizaram

estudos para tentar amenizar a dissonacircncia na produccedilatildeo das faacutebricas isto ocorreu

em virtude do crescimento da industrializaccedilatildeo que o mundo estava vislumbrando

naquela eacutepoca o que muitas vezes natildeo acompanhava uma gestatildeo eficiente

Hoje existem estudos e publicaccedilotildees dos mais variados tipos e aplicaccedilotildees

todos invariavelmente tambeacutem partiram dos estudos pioneiros da administraccedilatildeo

moderna de Taylor e Fayol Mas hoje existe consenso universal de que praacuteticas de

administraccedilatildeo aplicada nas induacutestrias obtecircm grande retorno desde que

devidamente bem planejada a sua implantaccedilatildeo Ainda nas palavras de Aktouf (1996

p 25)

quando falamos de administraccedilatildeo se trata de uma atividade ou mais precisamente de uma serie de atividades integradas e interdependentes destinadas a permitir que certa combinaccedilatildeo de meios (financeiros humanos materiais etc) possa gerar uma produccedilatildeo de bens ou serviccedilos economicamente e socialmente uacuteteis e se possiacutevel para a empresa com finalidade lucrativa rentaacuteveis

14

Diante disto vecirc-se que muito foi feito e contribuiacutedo pelo melhor desempenho

das organizaccedilotildees Neste aspecto o estudo da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

(OSampM) foi o que mais trabalhou o chatildeo de faacutebrica propriamente dito apresentando

soluccedilotildees inimaginaacuteveis no periacuteodo da Revoluccedilatildeo Industrial

Atualmente com o mercado globalizado e altamente competitivo em que se

encontra a utilizaccedilatildeo de ferramentas administrativas eacute uma forma de garantir a

permanecircncia no mercado aleacutem de ser o diferencial causador de uma gestatildeo

eficiente e controlada donde se obtecircm dados confiaacuteveis dos processos produtivos

21 Princiacutepios da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

Os estudos da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos (OSM) na Administraccedilatildeo

comeccedilaram a ser desenvolvidos no iniacutecio do seacuteculo XX nos Estados Unidos da

Ameacuterica (EUA) mas natildeo ganharam muita relevacircncia no meio empresarial agrave eacutepoca

(ROCHA1987)

As empresas tiveram mais aceitabilidade deste estudo no decorrer da 2ordf

Guerra Mundial pois com os esforccedilos de guerra grandes volumes de produccedilatildeo

eram exigidos e qualidade e padronizaccedilatildeo natildeo eram uma constante deste periacuteodo

As concepccedilotildees da OSM comeccedilaram a ser difundidas no Brasil por volta de

1955 muito tempo depois de outras naccedilotildees as terem adotado principalmente a

Inglaterra onde este movimento tomou mais forccedila

A OSM tal como se apresenta hoje difere muito daquela de 50 anos atraacutes

ateacute mesmo daquela dos anos 80 e 90 quando realmente o mercado vislumbrou um

boom de novas empresas adotando meacutetodos mais eficientes para produzir De certa

forma isto gerou maior competitividade entre as induacutestrias pois a consequente

reduccedilatildeo de custos de produccedilatildeo logo angariou mais adeptos e o produto final pocircde

se tornar mais barato para o consumidor final

Com o advento da Era da Informaacutetica muito se evoluiu neste conceito e para

as empresas tornou-se mais faacutecil estruturar organizar monitorar e colher os

resultados da produccedilatildeo Com base nisto tambeacutem foi possiacutevel departamentalizar

15

melhor a empresa e definir sua estrutura funcional para a adequaccedilatildeo conforme seu

ramo da atividade

No caso de empresas de produtos e bens industrializados observaram-se

maior foco no desenvolvimento de produtos voltados agraves necessidades do

consumidor com maior preocupaccedilatildeo em manter o cliente fiel agrave marca com o produto

de qualidade oferecido

211 Desenvolvimento de Produtos

Nas empresas de industrializaccedilatildeo a OSM possibilitou que as aacutereas de

projetos (Engenharia de Produtos e Engenharia de Processos) pudessem

acompanhar melhor o desenvolvimento do produto atraveacutes da comunicaccedilatildeo

existente entre outros departamentos Ainda hoje existem empresas desestruturadas

que fazem com que os departamentos internos travem uma verdadeira guerra fria

entre si prejudicando os resultados finais da companhia

A aacuterea de Engenharia de Desenvolvimento de Produto eacute de suma importacircncia

para empresa pois eacute dela que se cria o produto desejado pelo cliente eacute onde se

materializa o conceito desenvolvido atraveacutes de contato com as suas necessidades

ou como define Slack Chambers e Johnston (2002 p 118)

os projetistas de produtos tentam realizar projetos esteticamente agradaacuteveis que atendam ou excedam as expectativas dos consumidores Tambeacutem tentam projetar um produto que desempenha bem e eacute confiaacutevel durante seu tempo de vida uacutetil Aleacutem disso deveriam projetar o produto de forma que possa ser fabricado faacutecil e rapidamente

Para que isto seja possiacutevel recorre-se a uma ferramenta usada pelos

projetistas de produtos que eacute o Desenho Assistido por Computador ou em inglecircs

Computer Aided Design (CAD) com o qual eacute possiacutevel criar um produto virtual e fazer

os seus ajustes sem a necessidade de criaccedilatildeo de um modelo fiacutesico de imediato

Seguindo o pensamento de Slack Chambers e Johnston (2002) esta

ferramenta CAD apresenta vantagens como

16

- Rapidez no desenvolvimento do produto

- Simulaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo de um protoacutetipo virtual do produto

- Arquivos dos componentes virtuais sem ocupaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico

- Observaccedilatildeo de detalhes miacutenimos atraveacutes de ampliaccedilatildeo da tela

- Reduccedilatildeo de custos com a criaccedilatildeo de protoacutetipos fiacutesicos

Sob estes pontos de vista vecirc-se a clara necessidade de adoccedilatildeo desta

ferramenta para que a empresa reduza custos e se mantenha competitiva com

produto de qualidade

Ainda conforme Slack Chambers e Johnston (2002 p 159) ldquosimulaccedilotildees

baseadas em realidade virtual permitem que empresas testem novos produtos e

serviccedilos bem como visualizem e planejem os processos que os produzemrdquo

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Dentro do estudo da OSM tem-se tambeacutem a abrangecircncia de Planejamento e

Controle da Produccedilatildeo (PCP) Isto se faz necessaacuterio para garantir que o produto

desenvolvido virtualmente seja construiacutedo fisicamente dentro dos paracircmetros

estabelecidos garantindo assim a qualidade do produto Dentro do conceito de

Slack Chambers e Johnston (2002 p 314) ldquoEsse eacute o propoacutesito do planejamento e

controle ndash garantir que os processos da produccedilatildeo ocorram eficaz e eficientemente e

que produzam produtos e serviccedilos conforme requeridos pelos consumidoresrdquo

Como este eacute o passo final do ciclo do produto dentro da empresa justifica-se

maior controle do produto pois eacute daqui que sai o conceito de qualidade e de imagem

da empresa

Mas o PCP natildeo atua somente na produccedilatildeo como fiscal serve tambeacutem para

dar suporte agrave produccedilatildeo para que seja possiacutevel a sua execuccedilatildeo Com o PCP eacute

possiacutevel planejar a capacidade de produccedilatildeo da empresa e antever as necessidades

operacionais sejam elas de matildeo-de-obra energia maacutequinas estrutura fiacutesica

materiais logiacutestica etc enfim tudo o que for relativo agrave produccedilatildeo

Segundo a definiccedilatildeo de Correcirca Gianesi e Caon (2000 p18)

17

os sistemas de administraccedilatildeo da produccedilatildeo para cumprirem o seu papel de suporte ao atingimento dos objetivos estrateacutegicos da organizaccedilatildeo devem ser capazes de apoiar o tomador de decisotildees logiacutesticas a

Planejar as necessidades futuras de capacidade produtiva da organizaccedilatildeo

Planejar os materiais comprados

Planejar os niacuteveis de estoque de mateacuterias-primas semi-acabados e

produtos finais nos pontos certos

Programar atividades de produccedilatildeo para garantir que os recursos produtivos envolvidos estejam sendo utilizados em cada momento nas coisas certas e prioritaacuterias

Ser capaz de saber e de informar corretamente a respeito da situaccedilatildeo corrente dos recursos (pessoas equipamentos instalaccedilotildees materiais) e das ordens (de compra e produccedilatildeo)

Ser capaz de prometer os menores prazos possiacuteveis aos clientes e depois fazer cumpri-los

Ser capaz de reagir eficazmente

Como se pode notar satildeo situaccedilotildees que se mal planejadas podem pocircr a

imagem da empresa em risco de descreacutedito por qualquer falha que venha a ocorrer

no processo e que acaba por comprometer a satisfaccedilatildeo do consumidor

213 Manuais Administrativos

Nas definiccedilotildees da OSM o fluxo de informaccedilotildees que correm em uma empresa

eacute grande e aumentam a cada dia que passa em face de novas informaccedilotildees obtidas

e mais atualizadas Este fluxo se intensifica conforme o porte da organizaccedilatildeo que eacute

diretamente proporcional ao se porte ou seja quanto maior a empresa mais

informaccedilotildees precisam ser repassadas

Uma maneira de conseguir repassar as informaccedilotildees de forma precisa e

uniforme eacute a adoccedilatildeo de manuais administrativos pela organizaccedilatildeo e que satildeo

distribuiacutedos pelas dependecircncias da empresa para o faacutecil acesso Na definiccedilatildeo de

Araujo (1994 p144) ldquoo objetivo da manualizaccedilatildeo eacute permitir que a reuniatildeo de

informaccedilotildees dispostas de forma sistematizada criteriosa e segmentada atue como

instrumento facilitador do funcionamento da organizaccedilatildeordquo

A manualizaccedilatildeo de uma empresa vai de encontro conforme a sua

necessidade Por vezes empresas de meacutedio porte e com fluxograma bem definido

18

natildeo vecircem necessidade de sua adoccedilatildeo jaacute ao passo que outras menores afirmam ser

fundamental para o decorrer das atividades Como exemplo podemos citar uma

panificadora onde o Livro de Receitas eacute uma forma de manual Numa colocaccedilatildeo de

Rocha (1987 p 231)

nas empresas de grande porte o emprego de manuais eacute quase obrigatoacuterio face a multiplicidade de seus controles e abrangecircncia de seus sistemas operacionais Jaacute em empresas de meacutedio e pequeno porte seus dirigentes podem colocar duacutevida quanto agrave validade da confecccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de manuais pelo simples fato de desconhecer quais os tipos mais necessaacuterios para suas organizaccedilotildees

Estaacute aiacute o grande ponto de consenso organizacional e maturidade de mercado

para decidir sobre esta questatildeo

2131 Codificaccedilatildeo

Com a criaccedilatildeo dos manuais administrativos tambeacutem eacute recomendaacutevel a

criaccedilatildeo de um tipo de coacutedigo para a sua raacutepida localizaccedilatildeo (MARTINS 2003) Isto

se justifica mais com a pluralidade de manuais que se pretende trabalhar

Este tipo de codificaccedilatildeo fica a criteacuterio de escolha da empresa mas tambeacutem eacute

aconselhaacutevel a ter uma clara e objetiva distinccedilatildeo numeacuterica que podem ser formadas

famiacutelias grupos subgrupos e sequumlecircncia como no exemplo

XXXXXXXXXX ndash Denominaccedilatildeo de item

Sequecircncia

Subgrupo

Grupo

Famiacutelia

Com esta codificaccedilatildeo baacutesica jaacute eacute possiacutevel estabelecer vaacuterias sequecircncias

para cada tipo de aplicaccedilatildeo seja de manuais normas processos memorandos

enfim tudo o quer for passiacutevel de ser arquivado de forma ordenada

19

2132 Roteiro de Produccedilatildeo

O roteiro de produccedilatildeo aplica-se como uma ferramenta para padronizar as

etapas de fabricaccedilatildeo de maneira clara e uniforme Com o roteiro de produccedilatildeo eacute

possiacutevel acompanhar o caminho percorrido da peccedila a ser fabricada pelo interior da

induacutestria Com esta padronizaccedilatildeo consegue-se tambeacutem melhorar o layout interno

visando alocar maacutequinas e equipamentos mais proacuteximos possiacuteveis da sequecircncia de

operaccedilatildeo

Na visatildeo de Araujo (1994 p147) ldquoDevem descrever as fases e as operaccedilotildees

de cada rotina citando os oacutergatildeos e as pessoas que as executam bem como os

volumes de trabalho em cada fase os tempos de execuccedilatildeo e as distacircncias

percorridasrdquo Se pode considerar esta uma forma mais sucinta de descrever o

processo

No entanto Araujo (1994 p147) ainda afirma sua posiccedilatildeo com o seguinte

comentaacuterio ldquoTem a desvantagem de aprisionar o executante na medida em que

estabelece limites de tempo de distacircncia e de volume Positivamente natildeo eacute o

manual que mais se recomenda tratando-se de Brasilrdquo

Ao analisar sob outro ponto de vista afirmar que determinada teacutecnica natildeo eacute

aplicaacutevel no Brasil o autor mostra desconhecimento quanto ao universo de

empresas existentes no paiacutes bem como a aacuterea de atuaccedilatildeo de cada uma

A instalaccedilatildeo de induacutestrias de grande porte como Ford General Motors

Toyota entre outras trouxeram consigo estes meacutetodos de fora do paiacutes e aqui os

aplicaram tanto para uso interno como para aplicaccedilatildeo a seus fornecedores os quais

tiveram que se qualificar para se manterem competitivos

Esta qualificaccedilatildeo de qualidade invariavelmente estaacute baseada nas normas da

ISO 9000 e suas variantes A proacutepria ISO determina que deva existir no miacutenimo um

manual de procedimentos operacionais na empresa Entatildeo com as exigecircncias

solicitadas aos milhares de fornecedores de peccedilas somente do ramo automobiliacutestico

sem levar em consideraccedilatildeo os demais jaacute podemos perceber que eacute muito mais

frequente do que supocircs Araujo (1994)

20

Em relaccedilatildeo ao imaginar que no Brasil natildeo eacute possiacutevel aplicar este manual

tecircm-se exemplos de empresas que o usam e que obtecircm os resultados desejados

baseados em acompanhamento de produccedilatildeo pelos roteiros

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho

Este manual detalha especificamente como deve ser executada determinada

tarefa conforme Rocha (1987 p 234) ldquoEste tipo de Manual nada mais eacute do que o

conjunto de instruccedilotildees escritas elaborado para destacar em todos os seus detalhes

a rotina a ser seguida de uma funccedilatildeo especiacuteficardquo

Na sequecircncia do roteiro de fabricaccedilatildeo determina-se que deva ser realizada

certa tarefa em uma aacuterea qualquer da empresa Por exemplo a etapa de pintura no

roteiro de fabricaccedilatildeo indica que o passo seguinte na fabricaccedilatildeo de uma peccedila deveraacute

receber acabamento superficial Ao chegar esta peccedila na aacuterea de pintura o pintor iraacute

executaacute-la conforme orienta a instruccedilatildeo de trabalho que por sua vez iraacute indicar qual

o tipo de tinta a ser usado o tipo de solvente maneira de aplicaccedilatildeo modo de cura

etc

Assim se evidencia que a aplicabilidade da instruccedilatildeo de trabalho estaacute mais

relacionada agraves possiacuteveis variantes de cada tarefa

2134 Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional demonstra a correta maneira de

operar determinado equipamento ou maacutequina Isto se justifica pelo fato de que cada

maacutequina ou tarefa tem a sua particularidade de operaccedilatildeo Na colocaccedilatildeo de Oliveira

(2005 p 394) ldquoeacute a indicaccedilatildeo de como satildeo executados os trabalhos dentro do

processo administrativordquo

Como exemplo pode-se citar a utilizaccedilatildeo de uma calculadora baacutesica

comparada a uma calculadora cientiacutefica O uso da calculadora baacutesica natildeo requer

muita praacutetica para sua operaccedilatildeo na cientiacutefica existem vaacuterias funccedilotildees agrupadas em

21

poucas teclas dedicadas e eacute necessaacuterio o uso de outras funccedilotildees complementares

para a equaccedilatildeo de um caacutelculo Ou seja por mais que tenha o mesmo princiacutepio

(equaccedilotildees) seus modos de operaccedilotildees diferem e para isto eacute necessaacuterio um manual

operacional

Em um ambiente fabril este manual auxilia sobremaneira a operaccedilatildeo das

maacutequinas existentes dentro da induacutestria ou seja com uma ampla variedade de tipos

de maacutequinas e equipamentos com as mais variadas aplicaccedilotildees surgem por vezes

dificuldades em seu manuseio onde pode existir diferenccedila de operaccedilatildeo de uma

maacutequina semelhante mas de fabricante diferente

Estas diferenccedilas construtivas de fabricantes advecircm muito de seus proacuteprios

diferenciais em oferecer produtos ao mercado com a vantagem competitiva de

oferecer mais facilidade de operaccedilatildeo ou mesmo como adequaccedilatildeo ao processo

interno de fabricaccedilatildeo

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito

Ao comentar sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito deve-se considerar que as leis de

tracircnsito tambeacutem tecircm um caraacuteter de procedimento operacional pois eacute ela que indica

a maneira correta do condutor usar as vias de traacutefego

Analogamente com a induacutestria que deve conter um procedimento operacional

para ordenar a produccedilatildeo de forma contiacutenua as leis de tracircnsito orientam para que o

fluxo de veiacuteculo ocorra de forma segura onde todos devem seguir as orientaccedilotildees

estipuladas pela lei assim tambeacutem garantindo a seguranccedila tanto de pedestres como

de motoristas

Ao focar especificamente nos automoacuteveis nota-se que com o passar dos

anos estes sofreram inuacutemeras evoluccedilotildees tornaram-se mais eficientes velozes e

seguros Os fabricantes de veiacuteculos na busca por competitividade sempre

desenvolvem carros mais avanccedilados baseados nos mais modernos sistemas

mecacircnicos a fim de oferecer ao consumidor produtos de extrema confiabilidade

Mas eacute importante lembrar tambeacutem que os carros dependem do fator humano

para funcionar pois o condutor do veiacuteculo eacute o responsaacutevel pela sua utilizaccedilatildeo e este

22

nem sempre eacute o mais confiaacutevel Corroborando para este apontamento segundo

dados do Departamento Nacional de Tracircnsito ndash DENATRAN no ano de 2006 houve

um total de mais de 470000 acidentes de tracircnsito e deste nuacutemero cerca de 32000

acidentes envolvendo veiacuteculos pesados No graacutefico 1 pode-se visualizar melhor

estes dados

FONTE Anuaacuterio Estatiacutestico do DENATRAN - RENAEST 2006 adaptado pelo autor 2009

GRAacuteFICO 1 - Tipos de veiacuteculos envolvidos em acidentes de tracircnsito com viacutetimas

Segundo esta visatildeo faz-se jus que as empresas tenham foco no quesito

seguranccedila quanto ao desenvolvimento de equipamentos e acessoacuterios para veiacuteculos

221 Parachoques Para Veiacuteculos Pesados

Da mesma forma como foi comentado sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito para

posicionar sobre os parachoques para veiacuteculos pesados entende-se que existe lei

regulamentando a fabricaccedilatildeo destes componentes neste caso a normativa que

regulamenta a fabricaccedilatildeo de parachoques traseiro de caminhotildees assemelha-se a

uma instruccedilatildeo de trabalho

Novamente compara-se com a induacutestria onde deve existir uma instruccedilatildeo de

trabalho para que a tarefa seja realizada dentro dos paracircmetros estabelecidos as

195325

1496932809

13299397303

473399

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

Carros Ocircnibus Caminhatildeo Motos Outros Total

23

leis de tracircnsito orientam para que os componentes de seguranccedila fabricados

atendam requisitos miacutenimos aceitaacuteveis E isto se consegue atraveacutes de certificaccedilatildeo

de aprovaccedilatildeo dos produtos submetidos a ensaios de destruiccedilatildeo

Os fabricantes de implementos rodoviaacuterios jaacute fornecem o parachoque

acoplado agrave carroceria quando oferecido ao cliente final pois conforme o tipo de

carroceria a ser instalada se requer um tipo especiacutefico de parachoque

A legislaccedilatildeo brasileira regulamenta a fabricaccedilatildeo de itens de seguranccedila em

veiacuteculos automotores esta regulamentaccedilatildeo eacute formulada pelo DENATRAN No caso

especiacutefico de veiacuteculos de carga com peso bruto total acima de 4600 quilos existe a

resoluccedilatildeo nordm 152 de 29 de outubro de 2003 (ANEXO A)

Tal resoluccedilatildeo se justifica para que as empresas sigam um padratildeo de

fabricaccedilatildeo e assegurem a integridade dos ocupantes dos veiacuteculos em caso de

acidente Ainda conforme a proacutepria resoluccedilatildeo define ldquoEstabelece os requisitos

teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque traseiro para veiacuteculos de cargardquo

(CONTRAN Res 1522003)

FONTE DENATRAN Adaptado pelo autor 2009

FIGURA 1 - Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo

24

Na figura 1 vecirc-se o resultado de um acidente envolvendo veiculo de passeio

com veiacuteculo de carga

Em decorrecircncia de anaacutelise dos mais variados tipo de acidentes de tracircnsito

envolvendo caminhotildees de carga averiguou-se que muitos fabricantes deste

equipamento de seguranccedila natildeo seguiam normas especiacuteficas e o resultado era que

os parachoques natildeo suportavam o impacto traseiro de um veiacuteculo de passeio

comum provocando o mortal efeito guilhotina na carroceria do caminhatildeo Este efeito

eacute a entrada demasiada do veiacuteculo na parte inferior da traseira do caminhatildeo

chegando ateacute o habitaacuteculo dos passageiros

Ao observar a figura 1 nota-se que o parachoque natildeo resistiu ao impacto do

automoacutevel e se desprendeu da carroceria algo inaceitaacutevel conforme a normativa

vigente Observa-se tambeacutem que a estrutura do parachoque eacute visivelmente fraacutegil de

modo que ficou totalmente destruiacuteda com o impacto

Na figura 2 pode-se ver um equipamento fabricado por empresa idocircnea

dentro das normas estabelecidas pelo CONTRAN

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 2 - Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 13: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

12

Em seguida seraacute apresentado o procedimento metodoloacutegico que foi seguido

para o desenvolvimento deste estudo e tambeacutem constaraacute uma breve descriccedilatildeo da

empresa estudada

Na sequecircncia seratildeo abordados os resultados e discussotildees alavancadas no

estudo bem como a apresentaccedilatildeo das sugestotildees de melhorias a serem implantadas

pela empresa

Ao finalizar seraacute apresentada a colusatildeo deste estudo onde tambeacutem seratildeo

analisadas as medidas tomadas pela empresa e a comparaccedilatildeo parcial dos

resultados obtidos com as propostas sugeridas

Complementando este estudo seguem o anexo da resoluccedilatildeo do CONTRAN

os apecircndices elaborados para a visualizaccedilatildeo completa dos procedimentos e

instruccedilotildees de trabalho propostos para a empresa

13

2 REVISAtildeO DA LITERATURA

Muito jaacute foi escrito revisado e comentado sobre administraccedilatildeo moderna mas

eacute sempre importante salientar que suas bases referenciais satildeo imutaacuteveis e isto natildeo

eacute algo que se possa ser questionado de forma simploacuteria em vista que jaacute eacute possiacutevel

determinar que ateacute os povos primitivos tiveram uma forma de administrar a sua

sociedade

Atualmente a administraccedilatildeo evoluiu consideravelmente e ainda estaacute em

evoluccedilatildeo constante adaptando-se agraves tecnologias disponiacuteveis e ao proacuteprio modo de

viver das pessoas

Ao analisar especificamente o ambiente empresarial encontram-se

conceitos desenvolvidos para que se possa obter o maacuteximo de eficiecircncia e eficaacutecia

nas suas operaccedilotildees Estes conceitos modernos de administrar tiveram suas origens

nos primoacuterdios da Revoluccedilatildeo Industrial ocorrida no entre os seacuteculos XVIII e XIX A

accedilatildeo do administrador de uma induacutestria nesta eacutepoca era focada em estruturar toda a

empresa com os conhecimentos miacutenimos de que dispunha isto tambeacutem acarretava

em treinar as pessoas para as funccedilotildees delegadas e acompanhar o desenvolvimento

de suas tarefas (AKTOUF 1996)

Taylor e Fayol no decorrer da segunda deacutecada do seacuteculo XX realizaram

estudos para tentar amenizar a dissonacircncia na produccedilatildeo das faacutebricas isto ocorreu

em virtude do crescimento da industrializaccedilatildeo que o mundo estava vislumbrando

naquela eacutepoca o que muitas vezes natildeo acompanhava uma gestatildeo eficiente

Hoje existem estudos e publicaccedilotildees dos mais variados tipos e aplicaccedilotildees

todos invariavelmente tambeacutem partiram dos estudos pioneiros da administraccedilatildeo

moderna de Taylor e Fayol Mas hoje existe consenso universal de que praacuteticas de

administraccedilatildeo aplicada nas induacutestrias obtecircm grande retorno desde que

devidamente bem planejada a sua implantaccedilatildeo Ainda nas palavras de Aktouf (1996

p 25)

quando falamos de administraccedilatildeo se trata de uma atividade ou mais precisamente de uma serie de atividades integradas e interdependentes destinadas a permitir que certa combinaccedilatildeo de meios (financeiros humanos materiais etc) possa gerar uma produccedilatildeo de bens ou serviccedilos economicamente e socialmente uacuteteis e se possiacutevel para a empresa com finalidade lucrativa rentaacuteveis

14

Diante disto vecirc-se que muito foi feito e contribuiacutedo pelo melhor desempenho

das organizaccedilotildees Neste aspecto o estudo da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

(OSampM) foi o que mais trabalhou o chatildeo de faacutebrica propriamente dito apresentando

soluccedilotildees inimaginaacuteveis no periacuteodo da Revoluccedilatildeo Industrial

Atualmente com o mercado globalizado e altamente competitivo em que se

encontra a utilizaccedilatildeo de ferramentas administrativas eacute uma forma de garantir a

permanecircncia no mercado aleacutem de ser o diferencial causador de uma gestatildeo

eficiente e controlada donde se obtecircm dados confiaacuteveis dos processos produtivos

21 Princiacutepios da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

Os estudos da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos (OSM) na Administraccedilatildeo

comeccedilaram a ser desenvolvidos no iniacutecio do seacuteculo XX nos Estados Unidos da

Ameacuterica (EUA) mas natildeo ganharam muita relevacircncia no meio empresarial agrave eacutepoca

(ROCHA1987)

As empresas tiveram mais aceitabilidade deste estudo no decorrer da 2ordf

Guerra Mundial pois com os esforccedilos de guerra grandes volumes de produccedilatildeo

eram exigidos e qualidade e padronizaccedilatildeo natildeo eram uma constante deste periacuteodo

As concepccedilotildees da OSM comeccedilaram a ser difundidas no Brasil por volta de

1955 muito tempo depois de outras naccedilotildees as terem adotado principalmente a

Inglaterra onde este movimento tomou mais forccedila

A OSM tal como se apresenta hoje difere muito daquela de 50 anos atraacutes

ateacute mesmo daquela dos anos 80 e 90 quando realmente o mercado vislumbrou um

boom de novas empresas adotando meacutetodos mais eficientes para produzir De certa

forma isto gerou maior competitividade entre as induacutestrias pois a consequente

reduccedilatildeo de custos de produccedilatildeo logo angariou mais adeptos e o produto final pocircde

se tornar mais barato para o consumidor final

Com o advento da Era da Informaacutetica muito se evoluiu neste conceito e para

as empresas tornou-se mais faacutecil estruturar organizar monitorar e colher os

resultados da produccedilatildeo Com base nisto tambeacutem foi possiacutevel departamentalizar

15

melhor a empresa e definir sua estrutura funcional para a adequaccedilatildeo conforme seu

ramo da atividade

No caso de empresas de produtos e bens industrializados observaram-se

maior foco no desenvolvimento de produtos voltados agraves necessidades do

consumidor com maior preocupaccedilatildeo em manter o cliente fiel agrave marca com o produto

de qualidade oferecido

211 Desenvolvimento de Produtos

Nas empresas de industrializaccedilatildeo a OSM possibilitou que as aacutereas de

projetos (Engenharia de Produtos e Engenharia de Processos) pudessem

acompanhar melhor o desenvolvimento do produto atraveacutes da comunicaccedilatildeo

existente entre outros departamentos Ainda hoje existem empresas desestruturadas

que fazem com que os departamentos internos travem uma verdadeira guerra fria

entre si prejudicando os resultados finais da companhia

A aacuterea de Engenharia de Desenvolvimento de Produto eacute de suma importacircncia

para empresa pois eacute dela que se cria o produto desejado pelo cliente eacute onde se

materializa o conceito desenvolvido atraveacutes de contato com as suas necessidades

ou como define Slack Chambers e Johnston (2002 p 118)

os projetistas de produtos tentam realizar projetos esteticamente agradaacuteveis que atendam ou excedam as expectativas dos consumidores Tambeacutem tentam projetar um produto que desempenha bem e eacute confiaacutevel durante seu tempo de vida uacutetil Aleacutem disso deveriam projetar o produto de forma que possa ser fabricado faacutecil e rapidamente

Para que isto seja possiacutevel recorre-se a uma ferramenta usada pelos

projetistas de produtos que eacute o Desenho Assistido por Computador ou em inglecircs

Computer Aided Design (CAD) com o qual eacute possiacutevel criar um produto virtual e fazer

os seus ajustes sem a necessidade de criaccedilatildeo de um modelo fiacutesico de imediato

Seguindo o pensamento de Slack Chambers e Johnston (2002) esta

ferramenta CAD apresenta vantagens como

16

- Rapidez no desenvolvimento do produto

- Simulaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo de um protoacutetipo virtual do produto

- Arquivos dos componentes virtuais sem ocupaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico

- Observaccedilatildeo de detalhes miacutenimos atraveacutes de ampliaccedilatildeo da tela

- Reduccedilatildeo de custos com a criaccedilatildeo de protoacutetipos fiacutesicos

Sob estes pontos de vista vecirc-se a clara necessidade de adoccedilatildeo desta

ferramenta para que a empresa reduza custos e se mantenha competitiva com

produto de qualidade

Ainda conforme Slack Chambers e Johnston (2002 p 159) ldquosimulaccedilotildees

baseadas em realidade virtual permitem que empresas testem novos produtos e

serviccedilos bem como visualizem e planejem os processos que os produzemrdquo

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Dentro do estudo da OSM tem-se tambeacutem a abrangecircncia de Planejamento e

Controle da Produccedilatildeo (PCP) Isto se faz necessaacuterio para garantir que o produto

desenvolvido virtualmente seja construiacutedo fisicamente dentro dos paracircmetros

estabelecidos garantindo assim a qualidade do produto Dentro do conceito de

Slack Chambers e Johnston (2002 p 314) ldquoEsse eacute o propoacutesito do planejamento e

controle ndash garantir que os processos da produccedilatildeo ocorram eficaz e eficientemente e

que produzam produtos e serviccedilos conforme requeridos pelos consumidoresrdquo

Como este eacute o passo final do ciclo do produto dentro da empresa justifica-se

maior controle do produto pois eacute daqui que sai o conceito de qualidade e de imagem

da empresa

Mas o PCP natildeo atua somente na produccedilatildeo como fiscal serve tambeacutem para

dar suporte agrave produccedilatildeo para que seja possiacutevel a sua execuccedilatildeo Com o PCP eacute

possiacutevel planejar a capacidade de produccedilatildeo da empresa e antever as necessidades

operacionais sejam elas de matildeo-de-obra energia maacutequinas estrutura fiacutesica

materiais logiacutestica etc enfim tudo o que for relativo agrave produccedilatildeo

Segundo a definiccedilatildeo de Correcirca Gianesi e Caon (2000 p18)

17

os sistemas de administraccedilatildeo da produccedilatildeo para cumprirem o seu papel de suporte ao atingimento dos objetivos estrateacutegicos da organizaccedilatildeo devem ser capazes de apoiar o tomador de decisotildees logiacutesticas a

Planejar as necessidades futuras de capacidade produtiva da organizaccedilatildeo

Planejar os materiais comprados

Planejar os niacuteveis de estoque de mateacuterias-primas semi-acabados e

produtos finais nos pontos certos

Programar atividades de produccedilatildeo para garantir que os recursos produtivos envolvidos estejam sendo utilizados em cada momento nas coisas certas e prioritaacuterias

Ser capaz de saber e de informar corretamente a respeito da situaccedilatildeo corrente dos recursos (pessoas equipamentos instalaccedilotildees materiais) e das ordens (de compra e produccedilatildeo)

Ser capaz de prometer os menores prazos possiacuteveis aos clientes e depois fazer cumpri-los

Ser capaz de reagir eficazmente

Como se pode notar satildeo situaccedilotildees que se mal planejadas podem pocircr a

imagem da empresa em risco de descreacutedito por qualquer falha que venha a ocorrer

no processo e que acaba por comprometer a satisfaccedilatildeo do consumidor

213 Manuais Administrativos

Nas definiccedilotildees da OSM o fluxo de informaccedilotildees que correm em uma empresa

eacute grande e aumentam a cada dia que passa em face de novas informaccedilotildees obtidas

e mais atualizadas Este fluxo se intensifica conforme o porte da organizaccedilatildeo que eacute

diretamente proporcional ao se porte ou seja quanto maior a empresa mais

informaccedilotildees precisam ser repassadas

Uma maneira de conseguir repassar as informaccedilotildees de forma precisa e

uniforme eacute a adoccedilatildeo de manuais administrativos pela organizaccedilatildeo e que satildeo

distribuiacutedos pelas dependecircncias da empresa para o faacutecil acesso Na definiccedilatildeo de

Araujo (1994 p144) ldquoo objetivo da manualizaccedilatildeo eacute permitir que a reuniatildeo de

informaccedilotildees dispostas de forma sistematizada criteriosa e segmentada atue como

instrumento facilitador do funcionamento da organizaccedilatildeordquo

A manualizaccedilatildeo de uma empresa vai de encontro conforme a sua

necessidade Por vezes empresas de meacutedio porte e com fluxograma bem definido

18

natildeo vecircem necessidade de sua adoccedilatildeo jaacute ao passo que outras menores afirmam ser

fundamental para o decorrer das atividades Como exemplo podemos citar uma

panificadora onde o Livro de Receitas eacute uma forma de manual Numa colocaccedilatildeo de

Rocha (1987 p 231)

nas empresas de grande porte o emprego de manuais eacute quase obrigatoacuterio face a multiplicidade de seus controles e abrangecircncia de seus sistemas operacionais Jaacute em empresas de meacutedio e pequeno porte seus dirigentes podem colocar duacutevida quanto agrave validade da confecccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de manuais pelo simples fato de desconhecer quais os tipos mais necessaacuterios para suas organizaccedilotildees

Estaacute aiacute o grande ponto de consenso organizacional e maturidade de mercado

para decidir sobre esta questatildeo

2131 Codificaccedilatildeo

Com a criaccedilatildeo dos manuais administrativos tambeacutem eacute recomendaacutevel a

criaccedilatildeo de um tipo de coacutedigo para a sua raacutepida localizaccedilatildeo (MARTINS 2003) Isto

se justifica mais com a pluralidade de manuais que se pretende trabalhar

Este tipo de codificaccedilatildeo fica a criteacuterio de escolha da empresa mas tambeacutem eacute

aconselhaacutevel a ter uma clara e objetiva distinccedilatildeo numeacuterica que podem ser formadas

famiacutelias grupos subgrupos e sequumlecircncia como no exemplo

XXXXXXXXXX ndash Denominaccedilatildeo de item

Sequecircncia

Subgrupo

Grupo

Famiacutelia

Com esta codificaccedilatildeo baacutesica jaacute eacute possiacutevel estabelecer vaacuterias sequecircncias

para cada tipo de aplicaccedilatildeo seja de manuais normas processos memorandos

enfim tudo o quer for passiacutevel de ser arquivado de forma ordenada

19

2132 Roteiro de Produccedilatildeo

O roteiro de produccedilatildeo aplica-se como uma ferramenta para padronizar as

etapas de fabricaccedilatildeo de maneira clara e uniforme Com o roteiro de produccedilatildeo eacute

possiacutevel acompanhar o caminho percorrido da peccedila a ser fabricada pelo interior da

induacutestria Com esta padronizaccedilatildeo consegue-se tambeacutem melhorar o layout interno

visando alocar maacutequinas e equipamentos mais proacuteximos possiacuteveis da sequecircncia de

operaccedilatildeo

Na visatildeo de Araujo (1994 p147) ldquoDevem descrever as fases e as operaccedilotildees

de cada rotina citando os oacutergatildeos e as pessoas que as executam bem como os

volumes de trabalho em cada fase os tempos de execuccedilatildeo e as distacircncias

percorridasrdquo Se pode considerar esta uma forma mais sucinta de descrever o

processo

No entanto Araujo (1994 p147) ainda afirma sua posiccedilatildeo com o seguinte

comentaacuterio ldquoTem a desvantagem de aprisionar o executante na medida em que

estabelece limites de tempo de distacircncia e de volume Positivamente natildeo eacute o

manual que mais se recomenda tratando-se de Brasilrdquo

Ao analisar sob outro ponto de vista afirmar que determinada teacutecnica natildeo eacute

aplicaacutevel no Brasil o autor mostra desconhecimento quanto ao universo de

empresas existentes no paiacutes bem como a aacuterea de atuaccedilatildeo de cada uma

A instalaccedilatildeo de induacutestrias de grande porte como Ford General Motors

Toyota entre outras trouxeram consigo estes meacutetodos de fora do paiacutes e aqui os

aplicaram tanto para uso interno como para aplicaccedilatildeo a seus fornecedores os quais

tiveram que se qualificar para se manterem competitivos

Esta qualificaccedilatildeo de qualidade invariavelmente estaacute baseada nas normas da

ISO 9000 e suas variantes A proacutepria ISO determina que deva existir no miacutenimo um

manual de procedimentos operacionais na empresa Entatildeo com as exigecircncias

solicitadas aos milhares de fornecedores de peccedilas somente do ramo automobiliacutestico

sem levar em consideraccedilatildeo os demais jaacute podemos perceber que eacute muito mais

frequente do que supocircs Araujo (1994)

20

Em relaccedilatildeo ao imaginar que no Brasil natildeo eacute possiacutevel aplicar este manual

tecircm-se exemplos de empresas que o usam e que obtecircm os resultados desejados

baseados em acompanhamento de produccedilatildeo pelos roteiros

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho

Este manual detalha especificamente como deve ser executada determinada

tarefa conforme Rocha (1987 p 234) ldquoEste tipo de Manual nada mais eacute do que o

conjunto de instruccedilotildees escritas elaborado para destacar em todos os seus detalhes

a rotina a ser seguida de uma funccedilatildeo especiacuteficardquo

Na sequecircncia do roteiro de fabricaccedilatildeo determina-se que deva ser realizada

certa tarefa em uma aacuterea qualquer da empresa Por exemplo a etapa de pintura no

roteiro de fabricaccedilatildeo indica que o passo seguinte na fabricaccedilatildeo de uma peccedila deveraacute

receber acabamento superficial Ao chegar esta peccedila na aacuterea de pintura o pintor iraacute

executaacute-la conforme orienta a instruccedilatildeo de trabalho que por sua vez iraacute indicar qual

o tipo de tinta a ser usado o tipo de solvente maneira de aplicaccedilatildeo modo de cura

etc

Assim se evidencia que a aplicabilidade da instruccedilatildeo de trabalho estaacute mais

relacionada agraves possiacuteveis variantes de cada tarefa

2134 Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional demonstra a correta maneira de

operar determinado equipamento ou maacutequina Isto se justifica pelo fato de que cada

maacutequina ou tarefa tem a sua particularidade de operaccedilatildeo Na colocaccedilatildeo de Oliveira

(2005 p 394) ldquoeacute a indicaccedilatildeo de como satildeo executados os trabalhos dentro do

processo administrativordquo

Como exemplo pode-se citar a utilizaccedilatildeo de uma calculadora baacutesica

comparada a uma calculadora cientiacutefica O uso da calculadora baacutesica natildeo requer

muita praacutetica para sua operaccedilatildeo na cientiacutefica existem vaacuterias funccedilotildees agrupadas em

21

poucas teclas dedicadas e eacute necessaacuterio o uso de outras funccedilotildees complementares

para a equaccedilatildeo de um caacutelculo Ou seja por mais que tenha o mesmo princiacutepio

(equaccedilotildees) seus modos de operaccedilotildees diferem e para isto eacute necessaacuterio um manual

operacional

Em um ambiente fabril este manual auxilia sobremaneira a operaccedilatildeo das

maacutequinas existentes dentro da induacutestria ou seja com uma ampla variedade de tipos

de maacutequinas e equipamentos com as mais variadas aplicaccedilotildees surgem por vezes

dificuldades em seu manuseio onde pode existir diferenccedila de operaccedilatildeo de uma

maacutequina semelhante mas de fabricante diferente

Estas diferenccedilas construtivas de fabricantes advecircm muito de seus proacuteprios

diferenciais em oferecer produtos ao mercado com a vantagem competitiva de

oferecer mais facilidade de operaccedilatildeo ou mesmo como adequaccedilatildeo ao processo

interno de fabricaccedilatildeo

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito

Ao comentar sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito deve-se considerar que as leis de

tracircnsito tambeacutem tecircm um caraacuteter de procedimento operacional pois eacute ela que indica

a maneira correta do condutor usar as vias de traacutefego

Analogamente com a induacutestria que deve conter um procedimento operacional

para ordenar a produccedilatildeo de forma contiacutenua as leis de tracircnsito orientam para que o

fluxo de veiacuteculo ocorra de forma segura onde todos devem seguir as orientaccedilotildees

estipuladas pela lei assim tambeacutem garantindo a seguranccedila tanto de pedestres como

de motoristas

Ao focar especificamente nos automoacuteveis nota-se que com o passar dos

anos estes sofreram inuacutemeras evoluccedilotildees tornaram-se mais eficientes velozes e

seguros Os fabricantes de veiacuteculos na busca por competitividade sempre

desenvolvem carros mais avanccedilados baseados nos mais modernos sistemas

mecacircnicos a fim de oferecer ao consumidor produtos de extrema confiabilidade

Mas eacute importante lembrar tambeacutem que os carros dependem do fator humano

para funcionar pois o condutor do veiacuteculo eacute o responsaacutevel pela sua utilizaccedilatildeo e este

22

nem sempre eacute o mais confiaacutevel Corroborando para este apontamento segundo

dados do Departamento Nacional de Tracircnsito ndash DENATRAN no ano de 2006 houve

um total de mais de 470000 acidentes de tracircnsito e deste nuacutemero cerca de 32000

acidentes envolvendo veiacuteculos pesados No graacutefico 1 pode-se visualizar melhor

estes dados

FONTE Anuaacuterio Estatiacutestico do DENATRAN - RENAEST 2006 adaptado pelo autor 2009

GRAacuteFICO 1 - Tipos de veiacuteculos envolvidos em acidentes de tracircnsito com viacutetimas

Segundo esta visatildeo faz-se jus que as empresas tenham foco no quesito

seguranccedila quanto ao desenvolvimento de equipamentos e acessoacuterios para veiacuteculos

221 Parachoques Para Veiacuteculos Pesados

Da mesma forma como foi comentado sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito para

posicionar sobre os parachoques para veiacuteculos pesados entende-se que existe lei

regulamentando a fabricaccedilatildeo destes componentes neste caso a normativa que

regulamenta a fabricaccedilatildeo de parachoques traseiro de caminhotildees assemelha-se a

uma instruccedilatildeo de trabalho

Novamente compara-se com a induacutestria onde deve existir uma instruccedilatildeo de

trabalho para que a tarefa seja realizada dentro dos paracircmetros estabelecidos as

195325

1496932809

13299397303

473399

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

Carros Ocircnibus Caminhatildeo Motos Outros Total

23

leis de tracircnsito orientam para que os componentes de seguranccedila fabricados

atendam requisitos miacutenimos aceitaacuteveis E isto se consegue atraveacutes de certificaccedilatildeo

de aprovaccedilatildeo dos produtos submetidos a ensaios de destruiccedilatildeo

Os fabricantes de implementos rodoviaacuterios jaacute fornecem o parachoque

acoplado agrave carroceria quando oferecido ao cliente final pois conforme o tipo de

carroceria a ser instalada se requer um tipo especiacutefico de parachoque

A legislaccedilatildeo brasileira regulamenta a fabricaccedilatildeo de itens de seguranccedila em

veiacuteculos automotores esta regulamentaccedilatildeo eacute formulada pelo DENATRAN No caso

especiacutefico de veiacuteculos de carga com peso bruto total acima de 4600 quilos existe a

resoluccedilatildeo nordm 152 de 29 de outubro de 2003 (ANEXO A)

Tal resoluccedilatildeo se justifica para que as empresas sigam um padratildeo de

fabricaccedilatildeo e assegurem a integridade dos ocupantes dos veiacuteculos em caso de

acidente Ainda conforme a proacutepria resoluccedilatildeo define ldquoEstabelece os requisitos

teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque traseiro para veiacuteculos de cargardquo

(CONTRAN Res 1522003)

FONTE DENATRAN Adaptado pelo autor 2009

FIGURA 1 - Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo

24

Na figura 1 vecirc-se o resultado de um acidente envolvendo veiculo de passeio

com veiacuteculo de carga

Em decorrecircncia de anaacutelise dos mais variados tipo de acidentes de tracircnsito

envolvendo caminhotildees de carga averiguou-se que muitos fabricantes deste

equipamento de seguranccedila natildeo seguiam normas especiacuteficas e o resultado era que

os parachoques natildeo suportavam o impacto traseiro de um veiacuteculo de passeio

comum provocando o mortal efeito guilhotina na carroceria do caminhatildeo Este efeito

eacute a entrada demasiada do veiacuteculo na parte inferior da traseira do caminhatildeo

chegando ateacute o habitaacuteculo dos passageiros

Ao observar a figura 1 nota-se que o parachoque natildeo resistiu ao impacto do

automoacutevel e se desprendeu da carroceria algo inaceitaacutevel conforme a normativa

vigente Observa-se tambeacutem que a estrutura do parachoque eacute visivelmente fraacutegil de

modo que ficou totalmente destruiacuteda com o impacto

Na figura 2 pode-se ver um equipamento fabricado por empresa idocircnea

dentro das normas estabelecidas pelo CONTRAN

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 2 - Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

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Page 14: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

13

2 REVISAtildeO DA LITERATURA

Muito jaacute foi escrito revisado e comentado sobre administraccedilatildeo moderna mas

eacute sempre importante salientar que suas bases referenciais satildeo imutaacuteveis e isto natildeo

eacute algo que se possa ser questionado de forma simploacuteria em vista que jaacute eacute possiacutevel

determinar que ateacute os povos primitivos tiveram uma forma de administrar a sua

sociedade

Atualmente a administraccedilatildeo evoluiu consideravelmente e ainda estaacute em

evoluccedilatildeo constante adaptando-se agraves tecnologias disponiacuteveis e ao proacuteprio modo de

viver das pessoas

Ao analisar especificamente o ambiente empresarial encontram-se

conceitos desenvolvidos para que se possa obter o maacuteximo de eficiecircncia e eficaacutecia

nas suas operaccedilotildees Estes conceitos modernos de administrar tiveram suas origens

nos primoacuterdios da Revoluccedilatildeo Industrial ocorrida no entre os seacuteculos XVIII e XIX A

accedilatildeo do administrador de uma induacutestria nesta eacutepoca era focada em estruturar toda a

empresa com os conhecimentos miacutenimos de que dispunha isto tambeacutem acarretava

em treinar as pessoas para as funccedilotildees delegadas e acompanhar o desenvolvimento

de suas tarefas (AKTOUF 1996)

Taylor e Fayol no decorrer da segunda deacutecada do seacuteculo XX realizaram

estudos para tentar amenizar a dissonacircncia na produccedilatildeo das faacutebricas isto ocorreu

em virtude do crescimento da industrializaccedilatildeo que o mundo estava vislumbrando

naquela eacutepoca o que muitas vezes natildeo acompanhava uma gestatildeo eficiente

Hoje existem estudos e publicaccedilotildees dos mais variados tipos e aplicaccedilotildees

todos invariavelmente tambeacutem partiram dos estudos pioneiros da administraccedilatildeo

moderna de Taylor e Fayol Mas hoje existe consenso universal de que praacuteticas de

administraccedilatildeo aplicada nas induacutestrias obtecircm grande retorno desde que

devidamente bem planejada a sua implantaccedilatildeo Ainda nas palavras de Aktouf (1996

p 25)

quando falamos de administraccedilatildeo se trata de uma atividade ou mais precisamente de uma serie de atividades integradas e interdependentes destinadas a permitir que certa combinaccedilatildeo de meios (financeiros humanos materiais etc) possa gerar uma produccedilatildeo de bens ou serviccedilos economicamente e socialmente uacuteteis e se possiacutevel para a empresa com finalidade lucrativa rentaacuteveis

14

Diante disto vecirc-se que muito foi feito e contribuiacutedo pelo melhor desempenho

das organizaccedilotildees Neste aspecto o estudo da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

(OSampM) foi o que mais trabalhou o chatildeo de faacutebrica propriamente dito apresentando

soluccedilotildees inimaginaacuteveis no periacuteodo da Revoluccedilatildeo Industrial

Atualmente com o mercado globalizado e altamente competitivo em que se

encontra a utilizaccedilatildeo de ferramentas administrativas eacute uma forma de garantir a

permanecircncia no mercado aleacutem de ser o diferencial causador de uma gestatildeo

eficiente e controlada donde se obtecircm dados confiaacuteveis dos processos produtivos

21 Princiacutepios da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

Os estudos da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos (OSM) na Administraccedilatildeo

comeccedilaram a ser desenvolvidos no iniacutecio do seacuteculo XX nos Estados Unidos da

Ameacuterica (EUA) mas natildeo ganharam muita relevacircncia no meio empresarial agrave eacutepoca

(ROCHA1987)

As empresas tiveram mais aceitabilidade deste estudo no decorrer da 2ordf

Guerra Mundial pois com os esforccedilos de guerra grandes volumes de produccedilatildeo

eram exigidos e qualidade e padronizaccedilatildeo natildeo eram uma constante deste periacuteodo

As concepccedilotildees da OSM comeccedilaram a ser difundidas no Brasil por volta de

1955 muito tempo depois de outras naccedilotildees as terem adotado principalmente a

Inglaterra onde este movimento tomou mais forccedila

A OSM tal como se apresenta hoje difere muito daquela de 50 anos atraacutes

ateacute mesmo daquela dos anos 80 e 90 quando realmente o mercado vislumbrou um

boom de novas empresas adotando meacutetodos mais eficientes para produzir De certa

forma isto gerou maior competitividade entre as induacutestrias pois a consequente

reduccedilatildeo de custos de produccedilatildeo logo angariou mais adeptos e o produto final pocircde

se tornar mais barato para o consumidor final

Com o advento da Era da Informaacutetica muito se evoluiu neste conceito e para

as empresas tornou-se mais faacutecil estruturar organizar monitorar e colher os

resultados da produccedilatildeo Com base nisto tambeacutem foi possiacutevel departamentalizar

15

melhor a empresa e definir sua estrutura funcional para a adequaccedilatildeo conforme seu

ramo da atividade

No caso de empresas de produtos e bens industrializados observaram-se

maior foco no desenvolvimento de produtos voltados agraves necessidades do

consumidor com maior preocupaccedilatildeo em manter o cliente fiel agrave marca com o produto

de qualidade oferecido

211 Desenvolvimento de Produtos

Nas empresas de industrializaccedilatildeo a OSM possibilitou que as aacutereas de

projetos (Engenharia de Produtos e Engenharia de Processos) pudessem

acompanhar melhor o desenvolvimento do produto atraveacutes da comunicaccedilatildeo

existente entre outros departamentos Ainda hoje existem empresas desestruturadas

que fazem com que os departamentos internos travem uma verdadeira guerra fria

entre si prejudicando os resultados finais da companhia

A aacuterea de Engenharia de Desenvolvimento de Produto eacute de suma importacircncia

para empresa pois eacute dela que se cria o produto desejado pelo cliente eacute onde se

materializa o conceito desenvolvido atraveacutes de contato com as suas necessidades

ou como define Slack Chambers e Johnston (2002 p 118)

os projetistas de produtos tentam realizar projetos esteticamente agradaacuteveis que atendam ou excedam as expectativas dos consumidores Tambeacutem tentam projetar um produto que desempenha bem e eacute confiaacutevel durante seu tempo de vida uacutetil Aleacutem disso deveriam projetar o produto de forma que possa ser fabricado faacutecil e rapidamente

Para que isto seja possiacutevel recorre-se a uma ferramenta usada pelos

projetistas de produtos que eacute o Desenho Assistido por Computador ou em inglecircs

Computer Aided Design (CAD) com o qual eacute possiacutevel criar um produto virtual e fazer

os seus ajustes sem a necessidade de criaccedilatildeo de um modelo fiacutesico de imediato

Seguindo o pensamento de Slack Chambers e Johnston (2002) esta

ferramenta CAD apresenta vantagens como

16

- Rapidez no desenvolvimento do produto

- Simulaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo de um protoacutetipo virtual do produto

- Arquivos dos componentes virtuais sem ocupaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico

- Observaccedilatildeo de detalhes miacutenimos atraveacutes de ampliaccedilatildeo da tela

- Reduccedilatildeo de custos com a criaccedilatildeo de protoacutetipos fiacutesicos

Sob estes pontos de vista vecirc-se a clara necessidade de adoccedilatildeo desta

ferramenta para que a empresa reduza custos e se mantenha competitiva com

produto de qualidade

Ainda conforme Slack Chambers e Johnston (2002 p 159) ldquosimulaccedilotildees

baseadas em realidade virtual permitem que empresas testem novos produtos e

serviccedilos bem como visualizem e planejem os processos que os produzemrdquo

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Dentro do estudo da OSM tem-se tambeacutem a abrangecircncia de Planejamento e

Controle da Produccedilatildeo (PCP) Isto se faz necessaacuterio para garantir que o produto

desenvolvido virtualmente seja construiacutedo fisicamente dentro dos paracircmetros

estabelecidos garantindo assim a qualidade do produto Dentro do conceito de

Slack Chambers e Johnston (2002 p 314) ldquoEsse eacute o propoacutesito do planejamento e

controle ndash garantir que os processos da produccedilatildeo ocorram eficaz e eficientemente e

que produzam produtos e serviccedilos conforme requeridos pelos consumidoresrdquo

Como este eacute o passo final do ciclo do produto dentro da empresa justifica-se

maior controle do produto pois eacute daqui que sai o conceito de qualidade e de imagem

da empresa

Mas o PCP natildeo atua somente na produccedilatildeo como fiscal serve tambeacutem para

dar suporte agrave produccedilatildeo para que seja possiacutevel a sua execuccedilatildeo Com o PCP eacute

possiacutevel planejar a capacidade de produccedilatildeo da empresa e antever as necessidades

operacionais sejam elas de matildeo-de-obra energia maacutequinas estrutura fiacutesica

materiais logiacutestica etc enfim tudo o que for relativo agrave produccedilatildeo

Segundo a definiccedilatildeo de Correcirca Gianesi e Caon (2000 p18)

17

os sistemas de administraccedilatildeo da produccedilatildeo para cumprirem o seu papel de suporte ao atingimento dos objetivos estrateacutegicos da organizaccedilatildeo devem ser capazes de apoiar o tomador de decisotildees logiacutesticas a

Planejar as necessidades futuras de capacidade produtiva da organizaccedilatildeo

Planejar os materiais comprados

Planejar os niacuteveis de estoque de mateacuterias-primas semi-acabados e

produtos finais nos pontos certos

Programar atividades de produccedilatildeo para garantir que os recursos produtivos envolvidos estejam sendo utilizados em cada momento nas coisas certas e prioritaacuterias

Ser capaz de saber e de informar corretamente a respeito da situaccedilatildeo corrente dos recursos (pessoas equipamentos instalaccedilotildees materiais) e das ordens (de compra e produccedilatildeo)

Ser capaz de prometer os menores prazos possiacuteveis aos clientes e depois fazer cumpri-los

Ser capaz de reagir eficazmente

Como se pode notar satildeo situaccedilotildees que se mal planejadas podem pocircr a

imagem da empresa em risco de descreacutedito por qualquer falha que venha a ocorrer

no processo e que acaba por comprometer a satisfaccedilatildeo do consumidor

213 Manuais Administrativos

Nas definiccedilotildees da OSM o fluxo de informaccedilotildees que correm em uma empresa

eacute grande e aumentam a cada dia que passa em face de novas informaccedilotildees obtidas

e mais atualizadas Este fluxo se intensifica conforme o porte da organizaccedilatildeo que eacute

diretamente proporcional ao se porte ou seja quanto maior a empresa mais

informaccedilotildees precisam ser repassadas

Uma maneira de conseguir repassar as informaccedilotildees de forma precisa e

uniforme eacute a adoccedilatildeo de manuais administrativos pela organizaccedilatildeo e que satildeo

distribuiacutedos pelas dependecircncias da empresa para o faacutecil acesso Na definiccedilatildeo de

Araujo (1994 p144) ldquoo objetivo da manualizaccedilatildeo eacute permitir que a reuniatildeo de

informaccedilotildees dispostas de forma sistematizada criteriosa e segmentada atue como

instrumento facilitador do funcionamento da organizaccedilatildeordquo

A manualizaccedilatildeo de uma empresa vai de encontro conforme a sua

necessidade Por vezes empresas de meacutedio porte e com fluxograma bem definido

18

natildeo vecircem necessidade de sua adoccedilatildeo jaacute ao passo que outras menores afirmam ser

fundamental para o decorrer das atividades Como exemplo podemos citar uma

panificadora onde o Livro de Receitas eacute uma forma de manual Numa colocaccedilatildeo de

Rocha (1987 p 231)

nas empresas de grande porte o emprego de manuais eacute quase obrigatoacuterio face a multiplicidade de seus controles e abrangecircncia de seus sistemas operacionais Jaacute em empresas de meacutedio e pequeno porte seus dirigentes podem colocar duacutevida quanto agrave validade da confecccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de manuais pelo simples fato de desconhecer quais os tipos mais necessaacuterios para suas organizaccedilotildees

Estaacute aiacute o grande ponto de consenso organizacional e maturidade de mercado

para decidir sobre esta questatildeo

2131 Codificaccedilatildeo

Com a criaccedilatildeo dos manuais administrativos tambeacutem eacute recomendaacutevel a

criaccedilatildeo de um tipo de coacutedigo para a sua raacutepida localizaccedilatildeo (MARTINS 2003) Isto

se justifica mais com a pluralidade de manuais que se pretende trabalhar

Este tipo de codificaccedilatildeo fica a criteacuterio de escolha da empresa mas tambeacutem eacute

aconselhaacutevel a ter uma clara e objetiva distinccedilatildeo numeacuterica que podem ser formadas

famiacutelias grupos subgrupos e sequumlecircncia como no exemplo

XXXXXXXXXX ndash Denominaccedilatildeo de item

Sequecircncia

Subgrupo

Grupo

Famiacutelia

Com esta codificaccedilatildeo baacutesica jaacute eacute possiacutevel estabelecer vaacuterias sequecircncias

para cada tipo de aplicaccedilatildeo seja de manuais normas processos memorandos

enfim tudo o quer for passiacutevel de ser arquivado de forma ordenada

19

2132 Roteiro de Produccedilatildeo

O roteiro de produccedilatildeo aplica-se como uma ferramenta para padronizar as

etapas de fabricaccedilatildeo de maneira clara e uniforme Com o roteiro de produccedilatildeo eacute

possiacutevel acompanhar o caminho percorrido da peccedila a ser fabricada pelo interior da

induacutestria Com esta padronizaccedilatildeo consegue-se tambeacutem melhorar o layout interno

visando alocar maacutequinas e equipamentos mais proacuteximos possiacuteveis da sequecircncia de

operaccedilatildeo

Na visatildeo de Araujo (1994 p147) ldquoDevem descrever as fases e as operaccedilotildees

de cada rotina citando os oacutergatildeos e as pessoas que as executam bem como os

volumes de trabalho em cada fase os tempos de execuccedilatildeo e as distacircncias

percorridasrdquo Se pode considerar esta uma forma mais sucinta de descrever o

processo

No entanto Araujo (1994 p147) ainda afirma sua posiccedilatildeo com o seguinte

comentaacuterio ldquoTem a desvantagem de aprisionar o executante na medida em que

estabelece limites de tempo de distacircncia e de volume Positivamente natildeo eacute o

manual que mais se recomenda tratando-se de Brasilrdquo

Ao analisar sob outro ponto de vista afirmar que determinada teacutecnica natildeo eacute

aplicaacutevel no Brasil o autor mostra desconhecimento quanto ao universo de

empresas existentes no paiacutes bem como a aacuterea de atuaccedilatildeo de cada uma

A instalaccedilatildeo de induacutestrias de grande porte como Ford General Motors

Toyota entre outras trouxeram consigo estes meacutetodos de fora do paiacutes e aqui os

aplicaram tanto para uso interno como para aplicaccedilatildeo a seus fornecedores os quais

tiveram que se qualificar para se manterem competitivos

Esta qualificaccedilatildeo de qualidade invariavelmente estaacute baseada nas normas da

ISO 9000 e suas variantes A proacutepria ISO determina que deva existir no miacutenimo um

manual de procedimentos operacionais na empresa Entatildeo com as exigecircncias

solicitadas aos milhares de fornecedores de peccedilas somente do ramo automobiliacutestico

sem levar em consideraccedilatildeo os demais jaacute podemos perceber que eacute muito mais

frequente do que supocircs Araujo (1994)

20

Em relaccedilatildeo ao imaginar que no Brasil natildeo eacute possiacutevel aplicar este manual

tecircm-se exemplos de empresas que o usam e que obtecircm os resultados desejados

baseados em acompanhamento de produccedilatildeo pelos roteiros

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho

Este manual detalha especificamente como deve ser executada determinada

tarefa conforme Rocha (1987 p 234) ldquoEste tipo de Manual nada mais eacute do que o

conjunto de instruccedilotildees escritas elaborado para destacar em todos os seus detalhes

a rotina a ser seguida de uma funccedilatildeo especiacuteficardquo

Na sequecircncia do roteiro de fabricaccedilatildeo determina-se que deva ser realizada

certa tarefa em uma aacuterea qualquer da empresa Por exemplo a etapa de pintura no

roteiro de fabricaccedilatildeo indica que o passo seguinte na fabricaccedilatildeo de uma peccedila deveraacute

receber acabamento superficial Ao chegar esta peccedila na aacuterea de pintura o pintor iraacute

executaacute-la conforme orienta a instruccedilatildeo de trabalho que por sua vez iraacute indicar qual

o tipo de tinta a ser usado o tipo de solvente maneira de aplicaccedilatildeo modo de cura

etc

Assim se evidencia que a aplicabilidade da instruccedilatildeo de trabalho estaacute mais

relacionada agraves possiacuteveis variantes de cada tarefa

2134 Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional demonstra a correta maneira de

operar determinado equipamento ou maacutequina Isto se justifica pelo fato de que cada

maacutequina ou tarefa tem a sua particularidade de operaccedilatildeo Na colocaccedilatildeo de Oliveira

(2005 p 394) ldquoeacute a indicaccedilatildeo de como satildeo executados os trabalhos dentro do

processo administrativordquo

Como exemplo pode-se citar a utilizaccedilatildeo de uma calculadora baacutesica

comparada a uma calculadora cientiacutefica O uso da calculadora baacutesica natildeo requer

muita praacutetica para sua operaccedilatildeo na cientiacutefica existem vaacuterias funccedilotildees agrupadas em

21

poucas teclas dedicadas e eacute necessaacuterio o uso de outras funccedilotildees complementares

para a equaccedilatildeo de um caacutelculo Ou seja por mais que tenha o mesmo princiacutepio

(equaccedilotildees) seus modos de operaccedilotildees diferem e para isto eacute necessaacuterio um manual

operacional

Em um ambiente fabril este manual auxilia sobremaneira a operaccedilatildeo das

maacutequinas existentes dentro da induacutestria ou seja com uma ampla variedade de tipos

de maacutequinas e equipamentos com as mais variadas aplicaccedilotildees surgem por vezes

dificuldades em seu manuseio onde pode existir diferenccedila de operaccedilatildeo de uma

maacutequina semelhante mas de fabricante diferente

Estas diferenccedilas construtivas de fabricantes advecircm muito de seus proacuteprios

diferenciais em oferecer produtos ao mercado com a vantagem competitiva de

oferecer mais facilidade de operaccedilatildeo ou mesmo como adequaccedilatildeo ao processo

interno de fabricaccedilatildeo

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito

Ao comentar sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito deve-se considerar que as leis de

tracircnsito tambeacutem tecircm um caraacuteter de procedimento operacional pois eacute ela que indica

a maneira correta do condutor usar as vias de traacutefego

Analogamente com a induacutestria que deve conter um procedimento operacional

para ordenar a produccedilatildeo de forma contiacutenua as leis de tracircnsito orientam para que o

fluxo de veiacuteculo ocorra de forma segura onde todos devem seguir as orientaccedilotildees

estipuladas pela lei assim tambeacutem garantindo a seguranccedila tanto de pedestres como

de motoristas

Ao focar especificamente nos automoacuteveis nota-se que com o passar dos

anos estes sofreram inuacutemeras evoluccedilotildees tornaram-se mais eficientes velozes e

seguros Os fabricantes de veiacuteculos na busca por competitividade sempre

desenvolvem carros mais avanccedilados baseados nos mais modernos sistemas

mecacircnicos a fim de oferecer ao consumidor produtos de extrema confiabilidade

Mas eacute importante lembrar tambeacutem que os carros dependem do fator humano

para funcionar pois o condutor do veiacuteculo eacute o responsaacutevel pela sua utilizaccedilatildeo e este

22

nem sempre eacute o mais confiaacutevel Corroborando para este apontamento segundo

dados do Departamento Nacional de Tracircnsito ndash DENATRAN no ano de 2006 houve

um total de mais de 470000 acidentes de tracircnsito e deste nuacutemero cerca de 32000

acidentes envolvendo veiacuteculos pesados No graacutefico 1 pode-se visualizar melhor

estes dados

FONTE Anuaacuterio Estatiacutestico do DENATRAN - RENAEST 2006 adaptado pelo autor 2009

GRAacuteFICO 1 - Tipos de veiacuteculos envolvidos em acidentes de tracircnsito com viacutetimas

Segundo esta visatildeo faz-se jus que as empresas tenham foco no quesito

seguranccedila quanto ao desenvolvimento de equipamentos e acessoacuterios para veiacuteculos

221 Parachoques Para Veiacuteculos Pesados

Da mesma forma como foi comentado sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito para

posicionar sobre os parachoques para veiacuteculos pesados entende-se que existe lei

regulamentando a fabricaccedilatildeo destes componentes neste caso a normativa que

regulamenta a fabricaccedilatildeo de parachoques traseiro de caminhotildees assemelha-se a

uma instruccedilatildeo de trabalho

Novamente compara-se com a induacutestria onde deve existir uma instruccedilatildeo de

trabalho para que a tarefa seja realizada dentro dos paracircmetros estabelecidos as

195325

1496932809

13299397303

473399

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

Carros Ocircnibus Caminhatildeo Motos Outros Total

23

leis de tracircnsito orientam para que os componentes de seguranccedila fabricados

atendam requisitos miacutenimos aceitaacuteveis E isto se consegue atraveacutes de certificaccedilatildeo

de aprovaccedilatildeo dos produtos submetidos a ensaios de destruiccedilatildeo

Os fabricantes de implementos rodoviaacuterios jaacute fornecem o parachoque

acoplado agrave carroceria quando oferecido ao cliente final pois conforme o tipo de

carroceria a ser instalada se requer um tipo especiacutefico de parachoque

A legislaccedilatildeo brasileira regulamenta a fabricaccedilatildeo de itens de seguranccedila em

veiacuteculos automotores esta regulamentaccedilatildeo eacute formulada pelo DENATRAN No caso

especiacutefico de veiacuteculos de carga com peso bruto total acima de 4600 quilos existe a

resoluccedilatildeo nordm 152 de 29 de outubro de 2003 (ANEXO A)

Tal resoluccedilatildeo se justifica para que as empresas sigam um padratildeo de

fabricaccedilatildeo e assegurem a integridade dos ocupantes dos veiacuteculos em caso de

acidente Ainda conforme a proacutepria resoluccedilatildeo define ldquoEstabelece os requisitos

teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque traseiro para veiacuteculos de cargardquo

(CONTRAN Res 1522003)

FONTE DENATRAN Adaptado pelo autor 2009

FIGURA 1 - Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo

24

Na figura 1 vecirc-se o resultado de um acidente envolvendo veiculo de passeio

com veiacuteculo de carga

Em decorrecircncia de anaacutelise dos mais variados tipo de acidentes de tracircnsito

envolvendo caminhotildees de carga averiguou-se que muitos fabricantes deste

equipamento de seguranccedila natildeo seguiam normas especiacuteficas e o resultado era que

os parachoques natildeo suportavam o impacto traseiro de um veiacuteculo de passeio

comum provocando o mortal efeito guilhotina na carroceria do caminhatildeo Este efeito

eacute a entrada demasiada do veiacuteculo na parte inferior da traseira do caminhatildeo

chegando ateacute o habitaacuteculo dos passageiros

Ao observar a figura 1 nota-se que o parachoque natildeo resistiu ao impacto do

automoacutevel e se desprendeu da carroceria algo inaceitaacutevel conforme a normativa

vigente Observa-se tambeacutem que a estrutura do parachoque eacute visivelmente fraacutegil de

modo que ficou totalmente destruiacuteda com o impacto

Na figura 2 pode-se ver um equipamento fabricado por empresa idocircnea

dentro das normas estabelecidas pelo CONTRAN

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 2 - Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 15: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

14

Diante disto vecirc-se que muito foi feito e contribuiacutedo pelo melhor desempenho

das organizaccedilotildees Neste aspecto o estudo da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

(OSampM) foi o que mais trabalhou o chatildeo de faacutebrica propriamente dito apresentando

soluccedilotildees inimaginaacuteveis no periacuteodo da Revoluccedilatildeo Industrial

Atualmente com o mercado globalizado e altamente competitivo em que se

encontra a utilizaccedilatildeo de ferramentas administrativas eacute uma forma de garantir a

permanecircncia no mercado aleacutem de ser o diferencial causador de uma gestatildeo

eficiente e controlada donde se obtecircm dados confiaacuteveis dos processos produtivos

21 Princiacutepios da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos

Os estudos da Organizaccedilatildeo Sistemas e Meacutetodos (OSM) na Administraccedilatildeo

comeccedilaram a ser desenvolvidos no iniacutecio do seacuteculo XX nos Estados Unidos da

Ameacuterica (EUA) mas natildeo ganharam muita relevacircncia no meio empresarial agrave eacutepoca

(ROCHA1987)

As empresas tiveram mais aceitabilidade deste estudo no decorrer da 2ordf

Guerra Mundial pois com os esforccedilos de guerra grandes volumes de produccedilatildeo

eram exigidos e qualidade e padronizaccedilatildeo natildeo eram uma constante deste periacuteodo

As concepccedilotildees da OSM comeccedilaram a ser difundidas no Brasil por volta de

1955 muito tempo depois de outras naccedilotildees as terem adotado principalmente a

Inglaterra onde este movimento tomou mais forccedila

A OSM tal como se apresenta hoje difere muito daquela de 50 anos atraacutes

ateacute mesmo daquela dos anos 80 e 90 quando realmente o mercado vislumbrou um

boom de novas empresas adotando meacutetodos mais eficientes para produzir De certa

forma isto gerou maior competitividade entre as induacutestrias pois a consequente

reduccedilatildeo de custos de produccedilatildeo logo angariou mais adeptos e o produto final pocircde

se tornar mais barato para o consumidor final

Com o advento da Era da Informaacutetica muito se evoluiu neste conceito e para

as empresas tornou-se mais faacutecil estruturar organizar monitorar e colher os

resultados da produccedilatildeo Com base nisto tambeacutem foi possiacutevel departamentalizar

15

melhor a empresa e definir sua estrutura funcional para a adequaccedilatildeo conforme seu

ramo da atividade

No caso de empresas de produtos e bens industrializados observaram-se

maior foco no desenvolvimento de produtos voltados agraves necessidades do

consumidor com maior preocupaccedilatildeo em manter o cliente fiel agrave marca com o produto

de qualidade oferecido

211 Desenvolvimento de Produtos

Nas empresas de industrializaccedilatildeo a OSM possibilitou que as aacutereas de

projetos (Engenharia de Produtos e Engenharia de Processos) pudessem

acompanhar melhor o desenvolvimento do produto atraveacutes da comunicaccedilatildeo

existente entre outros departamentos Ainda hoje existem empresas desestruturadas

que fazem com que os departamentos internos travem uma verdadeira guerra fria

entre si prejudicando os resultados finais da companhia

A aacuterea de Engenharia de Desenvolvimento de Produto eacute de suma importacircncia

para empresa pois eacute dela que se cria o produto desejado pelo cliente eacute onde se

materializa o conceito desenvolvido atraveacutes de contato com as suas necessidades

ou como define Slack Chambers e Johnston (2002 p 118)

os projetistas de produtos tentam realizar projetos esteticamente agradaacuteveis que atendam ou excedam as expectativas dos consumidores Tambeacutem tentam projetar um produto que desempenha bem e eacute confiaacutevel durante seu tempo de vida uacutetil Aleacutem disso deveriam projetar o produto de forma que possa ser fabricado faacutecil e rapidamente

Para que isto seja possiacutevel recorre-se a uma ferramenta usada pelos

projetistas de produtos que eacute o Desenho Assistido por Computador ou em inglecircs

Computer Aided Design (CAD) com o qual eacute possiacutevel criar um produto virtual e fazer

os seus ajustes sem a necessidade de criaccedilatildeo de um modelo fiacutesico de imediato

Seguindo o pensamento de Slack Chambers e Johnston (2002) esta

ferramenta CAD apresenta vantagens como

16

- Rapidez no desenvolvimento do produto

- Simulaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo de um protoacutetipo virtual do produto

- Arquivos dos componentes virtuais sem ocupaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico

- Observaccedilatildeo de detalhes miacutenimos atraveacutes de ampliaccedilatildeo da tela

- Reduccedilatildeo de custos com a criaccedilatildeo de protoacutetipos fiacutesicos

Sob estes pontos de vista vecirc-se a clara necessidade de adoccedilatildeo desta

ferramenta para que a empresa reduza custos e se mantenha competitiva com

produto de qualidade

Ainda conforme Slack Chambers e Johnston (2002 p 159) ldquosimulaccedilotildees

baseadas em realidade virtual permitem que empresas testem novos produtos e

serviccedilos bem como visualizem e planejem os processos que os produzemrdquo

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Dentro do estudo da OSM tem-se tambeacutem a abrangecircncia de Planejamento e

Controle da Produccedilatildeo (PCP) Isto se faz necessaacuterio para garantir que o produto

desenvolvido virtualmente seja construiacutedo fisicamente dentro dos paracircmetros

estabelecidos garantindo assim a qualidade do produto Dentro do conceito de

Slack Chambers e Johnston (2002 p 314) ldquoEsse eacute o propoacutesito do planejamento e

controle ndash garantir que os processos da produccedilatildeo ocorram eficaz e eficientemente e

que produzam produtos e serviccedilos conforme requeridos pelos consumidoresrdquo

Como este eacute o passo final do ciclo do produto dentro da empresa justifica-se

maior controle do produto pois eacute daqui que sai o conceito de qualidade e de imagem

da empresa

Mas o PCP natildeo atua somente na produccedilatildeo como fiscal serve tambeacutem para

dar suporte agrave produccedilatildeo para que seja possiacutevel a sua execuccedilatildeo Com o PCP eacute

possiacutevel planejar a capacidade de produccedilatildeo da empresa e antever as necessidades

operacionais sejam elas de matildeo-de-obra energia maacutequinas estrutura fiacutesica

materiais logiacutestica etc enfim tudo o que for relativo agrave produccedilatildeo

Segundo a definiccedilatildeo de Correcirca Gianesi e Caon (2000 p18)

17

os sistemas de administraccedilatildeo da produccedilatildeo para cumprirem o seu papel de suporte ao atingimento dos objetivos estrateacutegicos da organizaccedilatildeo devem ser capazes de apoiar o tomador de decisotildees logiacutesticas a

Planejar as necessidades futuras de capacidade produtiva da organizaccedilatildeo

Planejar os materiais comprados

Planejar os niacuteveis de estoque de mateacuterias-primas semi-acabados e

produtos finais nos pontos certos

Programar atividades de produccedilatildeo para garantir que os recursos produtivos envolvidos estejam sendo utilizados em cada momento nas coisas certas e prioritaacuterias

Ser capaz de saber e de informar corretamente a respeito da situaccedilatildeo corrente dos recursos (pessoas equipamentos instalaccedilotildees materiais) e das ordens (de compra e produccedilatildeo)

Ser capaz de prometer os menores prazos possiacuteveis aos clientes e depois fazer cumpri-los

Ser capaz de reagir eficazmente

Como se pode notar satildeo situaccedilotildees que se mal planejadas podem pocircr a

imagem da empresa em risco de descreacutedito por qualquer falha que venha a ocorrer

no processo e que acaba por comprometer a satisfaccedilatildeo do consumidor

213 Manuais Administrativos

Nas definiccedilotildees da OSM o fluxo de informaccedilotildees que correm em uma empresa

eacute grande e aumentam a cada dia que passa em face de novas informaccedilotildees obtidas

e mais atualizadas Este fluxo se intensifica conforme o porte da organizaccedilatildeo que eacute

diretamente proporcional ao se porte ou seja quanto maior a empresa mais

informaccedilotildees precisam ser repassadas

Uma maneira de conseguir repassar as informaccedilotildees de forma precisa e

uniforme eacute a adoccedilatildeo de manuais administrativos pela organizaccedilatildeo e que satildeo

distribuiacutedos pelas dependecircncias da empresa para o faacutecil acesso Na definiccedilatildeo de

Araujo (1994 p144) ldquoo objetivo da manualizaccedilatildeo eacute permitir que a reuniatildeo de

informaccedilotildees dispostas de forma sistematizada criteriosa e segmentada atue como

instrumento facilitador do funcionamento da organizaccedilatildeordquo

A manualizaccedilatildeo de uma empresa vai de encontro conforme a sua

necessidade Por vezes empresas de meacutedio porte e com fluxograma bem definido

18

natildeo vecircem necessidade de sua adoccedilatildeo jaacute ao passo que outras menores afirmam ser

fundamental para o decorrer das atividades Como exemplo podemos citar uma

panificadora onde o Livro de Receitas eacute uma forma de manual Numa colocaccedilatildeo de

Rocha (1987 p 231)

nas empresas de grande porte o emprego de manuais eacute quase obrigatoacuterio face a multiplicidade de seus controles e abrangecircncia de seus sistemas operacionais Jaacute em empresas de meacutedio e pequeno porte seus dirigentes podem colocar duacutevida quanto agrave validade da confecccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de manuais pelo simples fato de desconhecer quais os tipos mais necessaacuterios para suas organizaccedilotildees

Estaacute aiacute o grande ponto de consenso organizacional e maturidade de mercado

para decidir sobre esta questatildeo

2131 Codificaccedilatildeo

Com a criaccedilatildeo dos manuais administrativos tambeacutem eacute recomendaacutevel a

criaccedilatildeo de um tipo de coacutedigo para a sua raacutepida localizaccedilatildeo (MARTINS 2003) Isto

se justifica mais com a pluralidade de manuais que se pretende trabalhar

Este tipo de codificaccedilatildeo fica a criteacuterio de escolha da empresa mas tambeacutem eacute

aconselhaacutevel a ter uma clara e objetiva distinccedilatildeo numeacuterica que podem ser formadas

famiacutelias grupos subgrupos e sequumlecircncia como no exemplo

XXXXXXXXXX ndash Denominaccedilatildeo de item

Sequecircncia

Subgrupo

Grupo

Famiacutelia

Com esta codificaccedilatildeo baacutesica jaacute eacute possiacutevel estabelecer vaacuterias sequecircncias

para cada tipo de aplicaccedilatildeo seja de manuais normas processos memorandos

enfim tudo o quer for passiacutevel de ser arquivado de forma ordenada

19

2132 Roteiro de Produccedilatildeo

O roteiro de produccedilatildeo aplica-se como uma ferramenta para padronizar as

etapas de fabricaccedilatildeo de maneira clara e uniforme Com o roteiro de produccedilatildeo eacute

possiacutevel acompanhar o caminho percorrido da peccedila a ser fabricada pelo interior da

induacutestria Com esta padronizaccedilatildeo consegue-se tambeacutem melhorar o layout interno

visando alocar maacutequinas e equipamentos mais proacuteximos possiacuteveis da sequecircncia de

operaccedilatildeo

Na visatildeo de Araujo (1994 p147) ldquoDevem descrever as fases e as operaccedilotildees

de cada rotina citando os oacutergatildeos e as pessoas que as executam bem como os

volumes de trabalho em cada fase os tempos de execuccedilatildeo e as distacircncias

percorridasrdquo Se pode considerar esta uma forma mais sucinta de descrever o

processo

No entanto Araujo (1994 p147) ainda afirma sua posiccedilatildeo com o seguinte

comentaacuterio ldquoTem a desvantagem de aprisionar o executante na medida em que

estabelece limites de tempo de distacircncia e de volume Positivamente natildeo eacute o

manual que mais se recomenda tratando-se de Brasilrdquo

Ao analisar sob outro ponto de vista afirmar que determinada teacutecnica natildeo eacute

aplicaacutevel no Brasil o autor mostra desconhecimento quanto ao universo de

empresas existentes no paiacutes bem como a aacuterea de atuaccedilatildeo de cada uma

A instalaccedilatildeo de induacutestrias de grande porte como Ford General Motors

Toyota entre outras trouxeram consigo estes meacutetodos de fora do paiacutes e aqui os

aplicaram tanto para uso interno como para aplicaccedilatildeo a seus fornecedores os quais

tiveram que se qualificar para se manterem competitivos

Esta qualificaccedilatildeo de qualidade invariavelmente estaacute baseada nas normas da

ISO 9000 e suas variantes A proacutepria ISO determina que deva existir no miacutenimo um

manual de procedimentos operacionais na empresa Entatildeo com as exigecircncias

solicitadas aos milhares de fornecedores de peccedilas somente do ramo automobiliacutestico

sem levar em consideraccedilatildeo os demais jaacute podemos perceber que eacute muito mais

frequente do que supocircs Araujo (1994)

20

Em relaccedilatildeo ao imaginar que no Brasil natildeo eacute possiacutevel aplicar este manual

tecircm-se exemplos de empresas que o usam e que obtecircm os resultados desejados

baseados em acompanhamento de produccedilatildeo pelos roteiros

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho

Este manual detalha especificamente como deve ser executada determinada

tarefa conforme Rocha (1987 p 234) ldquoEste tipo de Manual nada mais eacute do que o

conjunto de instruccedilotildees escritas elaborado para destacar em todos os seus detalhes

a rotina a ser seguida de uma funccedilatildeo especiacuteficardquo

Na sequecircncia do roteiro de fabricaccedilatildeo determina-se que deva ser realizada

certa tarefa em uma aacuterea qualquer da empresa Por exemplo a etapa de pintura no

roteiro de fabricaccedilatildeo indica que o passo seguinte na fabricaccedilatildeo de uma peccedila deveraacute

receber acabamento superficial Ao chegar esta peccedila na aacuterea de pintura o pintor iraacute

executaacute-la conforme orienta a instruccedilatildeo de trabalho que por sua vez iraacute indicar qual

o tipo de tinta a ser usado o tipo de solvente maneira de aplicaccedilatildeo modo de cura

etc

Assim se evidencia que a aplicabilidade da instruccedilatildeo de trabalho estaacute mais

relacionada agraves possiacuteveis variantes de cada tarefa

2134 Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional demonstra a correta maneira de

operar determinado equipamento ou maacutequina Isto se justifica pelo fato de que cada

maacutequina ou tarefa tem a sua particularidade de operaccedilatildeo Na colocaccedilatildeo de Oliveira

(2005 p 394) ldquoeacute a indicaccedilatildeo de como satildeo executados os trabalhos dentro do

processo administrativordquo

Como exemplo pode-se citar a utilizaccedilatildeo de uma calculadora baacutesica

comparada a uma calculadora cientiacutefica O uso da calculadora baacutesica natildeo requer

muita praacutetica para sua operaccedilatildeo na cientiacutefica existem vaacuterias funccedilotildees agrupadas em

21

poucas teclas dedicadas e eacute necessaacuterio o uso de outras funccedilotildees complementares

para a equaccedilatildeo de um caacutelculo Ou seja por mais que tenha o mesmo princiacutepio

(equaccedilotildees) seus modos de operaccedilotildees diferem e para isto eacute necessaacuterio um manual

operacional

Em um ambiente fabril este manual auxilia sobremaneira a operaccedilatildeo das

maacutequinas existentes dentro da induacutestria ou seja com uma ampla variedade de tipos

de maacutequinas e equipamentos com as mais variadas aplicaccedilotildees surgem por vezes

dificuldades em seu manuseio onde pode existir diferenccedila de operaccedilatildeo de uma

maacutequina semelhante mas de fabricante diferente

Estas diferenccedilas construtivas de fabricantes advecircm muito de seus proacuteprios

diferenciais em oferecer produtos ao mercado com a vantagem competitiva de

oferecer mais facilidade de operaccedilatildeo ou mesmo como adequaccedilatildeo ao processo

interno de fabricaccedilatildeo

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito

Ao comentar sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito deve-se considerar que as leis de

tracircnsito tambeacutem tecircm um caraacuteter de procedimento operacional pois eacute ela que indica

a maneira correta do condutor usar as vias de traacutefego

Analogamente com a induacutestria que deve conter um procedimento operacional

para ordenar a produccedilatildeo de forma contiacutenua as leis de tracircnsito orientam para que o

fluxo de veiacuteculo ocorra de forma segura onde todos devem seguir as orientaccedilotildees

estipuladas pela lei assim tambeacutem garantindo a seguranccedila tanto de pedestres como

de motoristas

Ao focar especificamente nos automoacuteveis nota-se que com o passar dos

anos estes sofreram inuacutemeras evoluccedilotildees tornaram-se mais eficientes velozes e

seguros Os fabricantes de veiacuteculos na busca por competitividade sempre

desenvolvem carros mais avanccedilados baseados nos mais modernos sistemas

mecacircnicos a fim de oferecer ao consumidor produtos de extrema confiabilidade

Mas eacute importante lembrar tambeacutem que os carros dependem do fator humano

para funcionar pois o condutor do veiacuteculo eacute o responsaacutevel pela sua utilizaccedilatildeo e este

22

nem sempre eacute o mais confiaacutevel Corroborando para este apontamento segundo

dados do Departamento Nacional de Tracircnsito ndash DENATRAN no ano de 2006 houve

um total de mais de 470000 acidentes de tracircnsito e deste nuacutemero cerca de 32000

acidentes envolvendo veiacuteculos pesados No graacutefico 1 pode-se visualizar melhor

estes dados

FONTE Anuaacuterio Estatiacutestico do DENATRAN - RENAEST 2006 adaptado pelo autor 2009

GRAacuteFICO 1 - Tipos de veiacuteculos envolvidos em acidentes de tracircnsito com viacutetimas

Segundo esta visatildeo faz-se jus que as empresas tenham foco no quesito

seguranccedila quanto ao desenvolvimento de equipamentos e acessoacuterios para veiacuteculos

221 Parachoques Para Veiacuteculos Pesados

Da mesma forma como foi comentado sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito para

posicionar sobre os parachoques para veiacuteculos pesados entende-se que existe lei

regulamentando a fabricaccedilatildeo destes componentes neste caso a normativa que

regulamenta a fabricaccedilatildeo de parachoques traseiro de caminhotildees assemelha-se a

uma instruccedilatildeo de trabalho

Novamente compara-se com a induacutestria onde deve existir uma instruccedilatildeo de

trabalho para que a tarefa seja realizada dentro dos paracircmetros estabelecidos as

195325

1496932809

13299397303

473399

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

Carros Ocircnibus Caminhatildeo Motos Outros Total

23

leis de tracircnsito orientam para que os componentes de seguranccedila fabricados

atendam requisitos miacutenimos aceitaacuteveis E isto se consegue atraveacutes de certificaccedilatildeo

de aprovaccedilatildeo dos produtos submetidos a ensaios de destruiccedilatildeo

Os fabricantes de implementos rodoviaacuterios jaacute fornecem o parachoque

acoplado agrave carroceria quando oferecido ao cliente final pois conforme o tipo de

carroceria a ser instalada se requer um tipo especiacutefico de parachoque

A legislaccedilatildeo brasileira regulamenta a fabricaccedilatildeo de itens de seguranccedila em

veiacuteculos automotores esta regulamentaccedilatildeo eacute formulada pelo DENATRAN No caso

especiacutefico de veiacuteculos de carga com peso bruto total acima de 4600 quilos existe a

resoluccedilatildeo nordm 152 de 29 de outubro de 2003 (ANEXO A)

Tal resoluccedilatildeo se justifica para que as empresas sigam um padratildeo de

fabricaccedilatildeo e assegurem a integridade dos ocupantes dos veiacuteculos em caso de

acidente Ainda conforme a proacutepria resoluccedilatildeo define ldquoEstabelece os requisitos

teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque traseiro para veiacuteculos de cargardquo

(CONTRAN Res 1522003)

FONTE DENATRAN Adaptado pelo autor 2009

FIGURA 1 - Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo

24

Na figura 1 vecirc-se o resultado de um acidente envolvendo veiculo de passeio

com veiacuteculo de carga

Em decorrecircncia de anaacutelise dos mais variados tipo de acidentes de tracircnsito

envolvendo caminhotildees de carga averiguou-se que muitos fabricantes deste

equipamento de seguranccedila natildeo seguiam normas especiacuteficas e o resultado era que

os parachoques natildeo suportavam o impacto traseiro de um veiacuteculo de passeio

comum provocando o mortal efeito guilhotina na carroceria do caminhatildeo Este efeito

eacute a entrada demasiada do veiacuteculo na parte inferior da traseira do caminhatildeo

chegando ateacute o habitaacuteculo dos passageiros

Ao observar a figura 1 nota-se que o parachoque natildeo resistiu ao impacto do

automoacutevel e se desprendeu da carroceria algo inaceitaacutevel conforme a normativa

vigente Observa-se tambeacutem que a estrutura do parachoque eacute visivelmente fraacutegil de

modo que ficou totalmente destruiacuteda com o impacto

Na figura 2 pode-se ver um equipamento fabricado por empresa idocircnea

dentro das normas estabelecidas pelo CONTRAN

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 2 - Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

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RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 16: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

15

melhor a empresa e definir sua estrutura funcional para a adequaccedilatildeo conforme seu

ramo da atividade

No caso de empresas de produtos e bens industrializados observaram-se

maior foco no desenvolvimento de produtos voltados agraves necessidades do

consumidor com maior preocupaccedilatildeo em manter o cliente fiel agrave marca com o produto

de qualidade oferecido

211 Desenvolvimento de Produtos

Nas empresas de industrializaccedilatildeo a OSM possibilitou que as aacutereas de

projetos (Engenharia de Produtos e Engenharia de Processos) pudessem

acompanhar melhor o desenvolvimento do produto atraveacutes da comunicaccedilatildeo

existente entre outros departamentos Ainda hoje existem empresas desestruturadas

que fazem com que os departamentos internos travem uma verdadeira guerra fria

entre si prejudicando os resultados finais da companhia

A aacuterea de Engenharia de Desenvolvimento de Produto eacute de suma importacircncia

para empresa pois eacute dela que se cria o produto desejado pelo cliente eacute onde se

materializa o conceito desenvolvido atraveacutes de contato com as suas necessidades

ou como define Slack Chambers e Johnston (2002 p 118)

os projetistas de produtos tentam realizar projetos esteticamente agradaacuteveis que atendam ou excedam as expectativas dos consumidores Tambeacutem tentam projetar um produto que desempenha bem e eacute confiaacutevel durante seu tempo de vida uacutetil Aleacutem disso deveriam projetar o produto de forma que possa ser fabricado faacutecil e rapidamente

Para que isto seja possiacutevel recorre-se a uma ferramenta usada pelos

projetistas de produtos que eacute o Desenho Assistido por Computador ou em inglecircs

Computer Aided Design (CAD) com o qual eacute possiacutevel criar um produto virtual e fazer

os seus ajustes sem a necessidade de criaccedilatildeo de um modelo fiacutesico de imediato

Seguindo o pensamento de Slack Chambers e Johnston (2002) esta

ferramenta CAD apresenta vantagens como

16

- Rapidez no desenvolvimento do produto

- Simulaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo de um protoacutetipo virtual do produto

- Arquivos dos componentes virtuais sem ocupaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico

- Observaccedilatildeo de detalhes miacutenimos atraveacutes de ampliaccedilatildeo da tela

- Reduccedilatildeo de custos com a criaccedilatildeo de protoacutetipos fiacutesicos

Sob estes pontos de vista vecirc-se a clara necessidade de adoccedilatildeo desta

ferramenta para que a empresa reduza custos e se mantenha competitiva com

produto de qualidade

Ainda conforme Slack Chambers e Johnston (2002 p 159) ldquosimulaccedilotildees

baseadas em realidade virtual permitem que empresas testem novos produtos e

serviccedilos bem como visualizem e planejem os processos que os produzemrdquo

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Dentro do estudo da OSM tem-se tambeacutem a abrangecircncia de Planejamento e

Controle da Produccedilatildeo (PCP) Isto se faz necessaacuterio para garantir que o produto

desenvolvido virtualmente seja construiacutedo fisicamente dentro dos paracircmetros

estabelecidos garantindo assim a qualidade do produto Dentro do conceito de

Slack Chambers e Johnston (2002 p 314) ldquoEsse eacute o propoacutesito do planejamento e

controle ndash garantir que os processos da produccedilatildeo ocorram eficaz e eficientemente e

que produzam produtos e serviccedilos conforme requeridos pelos consumidoresrdquo

Como este eacute o passo final do ciclo do produto dentro da empresa justifica-se

maior controle do produto pois eacute daqui que sai o conceito de qualidade e de imagem

da empresa

Mas o PCP natildeo atua somente na produccedilatildeo como fiscal serve tambeacutem para

dar suporte agrave produccedilatildeo para que seja possiacutevel a sua execuccedilatildeo Com o PCP eacute

possiacutevel planejar a capacidade de produccedilatildeo da empresa e antever as necessidades

operacionais sejam elas de matildeo-de-obra energia maacutequinas estrutura fiacutesica

materiais logiacutestica etc enfim tudo o que for relativo agrave produccedilatildeo

Segundo a definiccedilatildeo de Correcirca Gianesi e Caon (2000 p18)

17

os sistemas de administraccedilatildeo da produccedilatildeo para cumprirem o seu papel de suporte ao atingimento dos objetivos estrateacutegicos da organizaccedilatildeo devem ser capazes de apoiar o tomador de decisotildees logiacutesticas a

Planejar as necessidades futuras de capacidade produtiva da organizaccedilatildeo

Planejar os materiais comprados

Planejar os niacuteveis de estoque de mateacuterias-primas semi-acabados e

produtos finais nos pontos certos

Programar atividades de produccedilatildeo para garantir que os recursos produtivos envolvidos estejam sendo utilizados em cada momento nas coisas certas e prioritaacuterias

Ser capaz de saber e de informar corretamente a respeito da situaccedilatildeo corrente dos recursos (pessoas equipamentos instalaccedilotildees materiais) e das ordens (de compra e produccedilatildeo)

Ser capaz de prometer os menores prazos possiacuteveis aos clientes e depois fazer cumpri-los

Ser capaz de reagir eficazmente

Como se pode notar satildeo situaccedilotildees que se mal planejadas podem pocircr a

imagem da empresa em risco de descreacutedito por qualquer falha que venha a ocorrer

no processo e que acaba por comprometer a satisfaccedilatildeo do consumidor

213 Manuais Administrativos

Nas definiccedilotildees da OSM o fluxo de informaccedilotildees que correm em uma empresa

eacute grande e aumentam a cada dia que passa em face de novas informaccedilotildees obtidas

e mais atualizadas Este fluxo se intensifica conforme o porte da organizaccedilatildeo que eacute

diretamente proporcional ao se porte ou seja quanto maior a empresa mais

informaccedilotildees precisam ser repassadas

Uma maneira de conseguir repassar as informaccedilotildees de forma precisa e

uniforme eacute a adoccedilatildeo de manuais administrativos pela organizaccedilatildeo e que satildeo

distribuiacutedos pelas dependecircncias da empresa para o faacutecil acesso Na definiccedilatildeo de

Araujo (1994 p144) ldquoo objetivo da manualizaccedilatildeo eacute permitir que a reuniatildeo de

informaccedilotildees dispostas de forma sistematizada criteriosa e segmentada atue como

instrumento facilitador do funcionamento da organizaccedilatildeordquo

A manualizaccedilatildeo de uma empresa vai de encontro conforme a sua

necessidade Por vezes empresas de meacutedio porte e com fluxograma bem definido

18

natildeo vecircem necessidade de sua adoccedilatildeo jaacute ao passo que outras menores afirmam ser

fundamental para o decorrer das atividades Como exemplo podemos citar uma

panificadora onde o Livro de Receitas eacute uma forma de manual Numa colocaccedilatildeo de

Rocha (1987 p 231)

nas empresas de grande porte o emprego de manuais eacute quase obrigatoacuterio face a multiplicidade de seus controles e abrangecircncia de seus sistemas operacionais Jaacute em empresas de meacutedio e pequeno porte seus dirigentes podem colocar duacutevida quanto agrave validade da confecccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de manuais pelo simples fato de desconhecer quais os tipos mais necessaacuterios para suas organizaccedilotildees

Estaacute aiacute o grande ponto de consenso organizacional e maturidade de mercado

para decidir sobre esta questatildeo

2131 Codificaccedilatildeo

Com a criaccedilatildeo dos manuais administrativos tambeacutem eacute recomendaacutevel a

criaccedilatildeo de um tipo de coacutedigo para a sua raacutepida localizaccedilatildeo (MARTINS 2003) Isto

se justifica mais com a pluralidade de manuais que se pretende trabalhar

Este tipo de codificaccedilatildeo fica a criteacuterio de escolha da empresa mas tambeacutem eacute

aconselhaacutevel a ter uma clara e objetiva distinccedilatildeo numeacuterica que podem ser formadas

famiacutelias grupos subgrupos e sequumlecircncia como no exemplo

XXXXXXXXXX ndash Denominaccedilatildeo de item

Sequecircncia

Subgrupo

Grupo

Famiacutelia

Com esta codificaccedilatildeo baacutesica jaacute eacute possiacutevel estabelecer vaacuterias sequecircncias

para cada tipo de aplicaccedilatildeo seja de manuais normas processos memorandos

enfim tudo o quer for passiacutevel de ser arquivado de forma ordenada

19

2132 Roteiro de Produccedilatildeo

O roteiro de produccedilatildeo aplica-se como uma ferramenta para padronizar as

etapas de fabricaccedilatildeo de maneira clara e uniforme Com o roteiro de produccedilatildeo eacute

possiacutevel acompanhar o caminho percorrido da peccedila a ser fabricada pelo interior da

induacutestria Com esta padronizaccedilatildeo consegue-se tambeacutem melhorar o layout interno

visando alocar maacutequinas e equipamentos mais proacuteximos possiacuteveis da sequecircncia de

operaccedilatildeo

Na visatildeo de Araujo (1994 p147) ldquoDevem descrever as fases e as operaccedilotildees

de cada rotina citando os oacutergatildeos e as pessoas que as executam bem como os

volumes de trabalho em cada fase os tempos de execuccedilatildeo e as distacircncias

percorridasrdquo Se pode considerar esta uma forma mais sucinta de descrever o

processo

No entanto Araujo (1994 p147) ainda afirma sua posiccedilatildeo com o seguinte

comentaacuterio ldquoTem a desvantagem de aprisionar o executante na medida em que

estabelece limites de tempo de distacircncia e de volume Positivamente natildeo eacute o

manual que mais se recomenda tratando-se de Brasilrdquo

Ao analisar sob outro ponto de vista afirmar que determinada teacutecnica natildeo eacute

aplicaacutevel no Brasil o autor mostra desconhecimento quanto ao universo de

empresas existentes no paiacutes bem como a aacuterea de atuaccedilatildeo de cada uma

A instalaccedilatildeo de induacutestrias de grande porte como Ford General Motors

Toyota entre outras trouxeram consigo estes meacutetodos de fora do paiacutes e aqui os

aplicaram tanto para uso interno como para aplicaccedilatildeo a seus fornecedores os quais

tiveram que se qualificar para se manterem competitivos

Esta qualificaccedilatildeo de qualidade invariavelmente estaacute baseada nas normas da

ISO 9000 e suas variantes A proacutepria ISO determina que deva existir no miacutenimo um

manual de procedimentos operacionais na empresa Entatildeo com as exigecircncias

solicitadas aos milhares de fornecedores de peccedilas somente do ramo automobiliacutestico

sem levar em consideraccedilatildeo os demais jaacute podemos perceber que eacute muito mais

frequente do que supocircs Araujo (1994)

20

Em relaccedilatildeo ao imaginar que no Brasil natildeo eacute possiacutevel aplicar este manual

tecircm-se exemplos de empresas que o usam e que obtecircm os resultados desejados

baseados em acompanhamento de produccedilatildeo pelos roteiros

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho

Este manual detalha especificamente como deve ser executada determinada

tarefa conforme Rocha (1987 p 234) ldquoEste tipo de Manual nada mais eacute do que o

conjunto de instruccedilotildees escritas elaborado para destacar em todos os seus detalhes

a rotina a ser seguida de uma funccedilatildeo especiacuteficardquo

Na sequecircncia do roteiro de fabricaccedilatildeo determina-se que deva ser realizada

certa tarefa em uma aacuterea qualquer da empresa Por exemplo a etapa de pintura no

roteiro de fabricaccedilatildeo indica que o passo seguinte na fabricaccedilatildeo de uma peccedila deveraacute

receber acabamento superficial Ao chegar esta peccedila na aacuterea de pintura o pintor iraacute

executaacute-la conforme orienta a instruccedilatildeo de trabalho que por sua vez iraacute indicar qual

o tipo de tinta a ser usado o tipo de solvente maneira de aplicaccedilatildeo modo de cura

etc

Assim se evidencia que a aplicabilidade da instruccedilatildeo de trabalho estaacute mais

relacionada agraves possiacuteveis variantes de cada tarefa

2134 Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional demonstra a correta maneira de

operar determinado equipamento ou maacutequina Isto se justifica pelo fato de que cada

maacutequina ou tarefa tem a sua particularidade de operaccedilatildeo Na colocaccedilatildeo de Oliveira

(2005 p 394) ldquoeacute a indicaccedilatildeo de como satildeo executados os trabalhos dentro do

processo administrativordquo

Como exemplo pode-se citar a utilizaccedilatildeo de uma calculadora baacutesica

comparada a uma calculadora cientiacutefica O uso da calculadora baacutesica natildeo requer

muita praacutetica para sua operaccedilatildeo na cientiacutefica existem vaacuterias funccedilotildees agrupadas em

21

poucas teclas dedicadas e eacute necessaacuterio o uso de outras funccedilotildees complementares

para a equaccedilatildeo de um caacutelculo Ou seja por mais que tenha o mesmo princiacutepio

(equaccedilotildees) seus modos de operaccedilotildees diferem e para isto eacute necessaacuterio um manual

operacional

Em um ambiente fabril este manual auxilia sobremaneira a operaccedilatildeo das

maacutequinas existentes dentro da induacutestria ou seja com uma ampla variedade de tipos

de maacutequinas e equipamentos com as mais variadas aplicaccedilotildees surgem por vezes

dificuldades em seu manuseio onde pode existir diferenccedila de operaccedilatildeo de uma

maacutequina semelhante mas de fabricante diferente

Estas diferenccedilas construtivas de fabricantes advecircm muito de seus proacuteprios

diferenciais em oferecer produtos ao mercado com a vantagem competitiva de

oferecer mais facilidade de operaccedilatildeo ou mesmo como adequaccedilatildeo ao processo

interno de fabricaccedilatildeo

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito

Ao comentar sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito deve-se considerar que as leis de

tracircnsito tambeacutem tecircm um caraacuteter de procedimento operacional pois eacute ela que indica

a maneira correta do condutor usar as vias de traacutefego

Analogamente com a induacutestria que deve conter um procedimento operacional

para ordenar a produccedilatildeo de forma contiacutenua as leis de tracircnsito orientam para que o

fluxo de veiacuteculo ocorra de forma segura onde todos devem seguir as orientaccedilotildees

estipuladas pela lei assim tambeacutem garantindo a seguranccedila tanto de pedestres como

de motoristas

Ao focar especificamente nos automoacuteveis nota-se que com o passar dos

anos estes sofreram inuacutemeras evoluccedilotildees tornaram-se mais eficientes velozes e

seguros Os fabricantes de veiacuteculos na busca por competitividade sempre

desenvolvem carros mais avanccedilados baseados nos mais modernos sistemas

mecacircnicos a fim de oferecer ao consumidor produtos de extrema confiabilidade

Mas eacute importante lembrar tambeacutem que os carros dependem do fator humano

para funcionar pois o condutor do veiacuteculo eacute o responsaacutevel pela sua utilizaccedilatildeo e este

22

nem sempre eacute o mais confiaacutevel Corroborando para este apontamento segundo

dados do Departamento Nacional de Tracircnsito ndash DENATRAN no ano de 2006 houve

um total de mais de 470000 acidentes de tracircnsito e deste nuacutemero cerca de 32000

acidentes envolvendo veiacuteculos pesados No graacutefico 1 pode-se visualizar melhor

estes dados

FONTE Anuaacuterio Estatiacutestico do DENATRAN - RENAEST 2006 adaptado pelo autor 2009

GRAacuteFICO 1 - Tipos de veiacuteculos envolvidos em acidentes de tracircnsito com viacutetimas

Segundo esta visatildeo faz-se jus que as empresas tenham foco no quesito

seguranccedila quanto ao desenvolvimento de equipamentos e acessoacuterios para veiacuteculos

221 Parachoques Para Veiacuteculos Pesados

Da mesma forma como foi comentado sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito para

posicionar sobre os parachoques para veiacuteculos pesados entende-se que existe lei

regulamentando a fabricaccedilatildeo destes componentes neste caso a normativa que

regulamenta a fabricaccedilatildeo de parachoques traseiro de caminhotildees assemelha-se a

uma instruccedilatildeo de trabalho

Novamente compara-se com a induacutestria onde deve existir uma instruccedilatildeo de

trabalho para que a tarefa seja realizada dentro dos paracircmetros estabelecidos as

195325

1496932809

13299397303

473399

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

Carros Ocircnibus Caminhatildeo Motos Outros Total

23

leis de tracircnsito orientam para que os componentes de seguranccedila fabricados

atendam requisitos miacutenimos aceitaacuteveis E isto se consegue atraveacutes de certificaccedilatildeo

de aprovaccedilatildeo dos produtos submetidos a ensaios de destruiccedilatildeo

Os fabricantes de implementos rodoviaacuterios jaacute fornecem o parachoque

acoplado agrave carroceria quando oferecido ao cliente final pois conforme o tipo de

carroceria a ser instalada se requer um tipo especiacutefico de parachoque

A legislaccedilatildeo brasileira regulamenta a fabricaccedilatildeo de itens de seguranccedila em

veiacuteculos automotores esta regulamentaccedilatildeo eacute formulada pelo DENATRAN No caso

especiacutefico de veiacuteculos de carga com peso bruto total acima de 4600 quilos existe a

resoluccedilatildeo nordm 152 de 29 de outubro de 2003 (ANEXO A)

Tal resoluccedilatildeo se justifica para que as empresas sigam um padratildeo de

fabricaccedilatildeo e assegurem a integridade dos ocupantes dos veiacuteculos em caso de

acidente Ainda conforme a proacutepria resoluccedilatildeo define ldquoEstabelece os requisitos

teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque traseiro para veiacuteculos de cargardquo

(CONTRAN Res 1522003)

FONTE DENATRAN Adaptado pelo autor 2009

FIGURA 1 - Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo

24

Na figura 1 vecirc-se o resultado de um acidente envolvendo veiculo de passeio

com veiacuteculo de carga

Em decorrecircncia de anaacutelise dos mais variados tipo de acidentes de tracircnsito

envolvendo caminhotildees de carga averiguou-se que muitos fabricantes deste

equipamento de seguranccedila natildeo seguiam normas especiacuteficas e o resultado era que

os parachoques natildeo suportavam o impacto traseiro de um veiacuteculo de passeio

comum provocando o mortal efeito guilhotina na carroceria do caminhatildeo Este efeito

eacute a entrada demasiada do veiacuteculo na parte inferior da traseira do caminhatildeo

chegando ateacute o habitaacuteculo dos passageiros

Ao observar a figura 1 nota-se que o parachoque natildeo resistiu ao impacto do

automoacutevel e se desprendeu da carroceria algo inaceitaacutevel conforme a normativa

vigente Observa-se tambeacutem que a estrutura do parachoque eacute visivelmente fraacutegil de

modo que ficou totalmente destruiacuteda com o impacto

Na figura 2 pode-se ver um equipamento fabricado por empresa idocircnea

dentro das normas estabelecidas pelo CONTRAN

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 2 - Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

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80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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88

89

90

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93

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95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 17: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

16

- Rapidez no desenvolvimento do produto

- Simulaccedilatildeo e manipulaccedilatildeo de um protoacutetipo virtual do produto

- Arquivos dos componentes virtuais sem ocupaccedilatildeo de espaccedilo fiacutesico

- Observaccedilatildeo de detalhes miacutenimos atraveacutes de ampliaccedilatildeo da tela

- Reduccedilatildeo de custos com a criaccedilatildeo de protoacutetipos fiacutesicos

Sob estes pontos de vista vecirc-se a clara necessidade de adoccedilatildeo desta

ferramenta para que a empresa reduza custos e se mantenha competitiva com

produto de qualidade

Ainda conforme Slack Chambers e Johnston (2002 p 159) ldquosimulaccedilotildees

baseadas em realidade virtual permitem que empresas testem novos produtos e

serviccedilos bem como visualizem e planejem os processos que os produzemrdquo

212 Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Dentro do estudo da OSM tem-se tambeacutem a abrangecircncia de Planejamento e

Controle da Produccedilatildeo (PCP) Isto se faz necessaacuterio para garantir que o produto

desenvolvido virtualmente seja construiacutedo fisicamente dentro dos paracircmetros

estabelecidos garantindo assim a qualidade do produto Dentro do conceito de

Slack Chambers e Johnston (2002 p 314) ldquoEsse eacute o propoacutesito do planejamento e

controle ndash garantir que os processos da produccedilatildeo ocorram eficaz e eficientemente e

que produzam produtos e serviccedilos conforme requeridos pelos consumidoresrdquo

Como este eacute o passo final do ciclo do produto dentro da empresa justifica-se

maior controle do produto pois eacute daqui que sai o conceito de qualidade e de imagem

da empresa

Mas o PCP natildeo atua somente na produccedilatildeo como fiscal serve tambeacutem para

dar suporte agrave produccedilatildeo para que seja possiacutevel a sua execuccedilatildeo Com o PCP eacute

possiacutevel planejar a capacidade de produccedilatildeo da empresa e antever as necessidades

operacionais sejam elas de matildeo-de-obra energia maacutequinas estrutura fiacutesica

materiais logiacutestica etc enfim tudo o que for relativo agrave produccedilatildeo

Segundo a definiccedilatildeo de Correcirca Gianesi e Caon (2000 p18)

17

os sistemas de administraccedilatildeo da produccedilatildeo para cumprirem o seu papel de suporte ao atingimento dos objetivos estrateacutegicos da organizaccedilatildeo devem ser capazes de apoiar o tomador de decisotildees logiacutesticas a

Planejar as necessidades futuras de capacidade produtiva da organizaccedilatildeo

Planejar os materiais comprados

Planejar os niacuteveis de estoque de mateacuterias-primas semi-acabados e

produtos finais nos pontos certos

Programar atividades de produccedilatildeo para garantir que os recursos produtivos envolvidos estejam sendo utilizados em cada momento nas coisas certas e prioritaacuterias

Ser capaz de saber e de informar corretamente a respeito da situaccedilatildeo corrente dos recursos (pessoas equipamentos instalaccedilotildees materiais) e das ordens (de compra e produccedilatildeo)

Ser capaz de prometer os menores prazos possiacuteveis aos clientes e depois fazer cumpri-los

Ser capaz de reagir eficazmente

Como se pode notar satildeo situaccedilotildees que se mal planejadas podem pocircr a

imagem da empresa em risco de descreacutedito por qualquer falha que venha a ocorrer

no processo e que acaba por comprometer a satisfaccedilatildeo do consumidor

213 Manuais Administrativos

Nas definiccedilotildees da OSM o fluxo de informaccedilotildees que correm em uma empresa

eacute grande e aumentam a cada dia que passa em face de novas informaccedilotildees obtidas

e mais atualizadas Este fluxo se intensifica conforme o porte da organizaccedilatildeo que eacute

diretamente proporcional ao se porte ou seja quanto maior a empresa mais

informaccedilotildees precisam ser repassadas

Uma maneira de conseguir repassar as informaccedilotildees de forma precisa e

uniforme eacute a adoccedilatildeo de manuais administrativos pela organizaccedilatildeo e que satildeo

distribuiacutedos pelas dependecircncias da empresa para o faacutecil acesso Na definiccedilatildeo de

Araujo (1994 p144) ldquoo objetivo da manualizaccedilatildeo eacute permitir que a reuniatildeo de

informaccedilotildees dispostas de forma sistematizada criteriosa e segmentada atue como

instrumento facilitador do funcionamento da organizaccedilatildeordquo

A manualizaccedilatildeo de uma empresa vai de encontro conforme a sua

necessidade Por vezes empresas de meacutedio porte e com fluxograma bem definido

18

natildeo vecircem necessidade de sua adoccedilatildeo jaacute ao passo que outras menores afirmam ser

fundamental para o decorrer das atividades Como exemplo podemos citar uma

panificadora onde o Livro de Receitas eacute uma forma de manual Numa colocaccedilatildeo de

Rocha (1987 p 231)

nas empresas de grande porte o emprego de manuais eacute quase obrigatoacuterio face a multiplicidade de seus controles e abrangecircncia de seus sistemas operacionais Jaacute em empresas de meacutedio e pequeno porte seus dirigentes podem colocar duacutevida quanto agrave validade da confecccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de manuais pelo simples fato de desconhecer quais os tipos mais necessaacuterios para suas organizaccedilotildees

Estaacute aiacute o grande ponto de consenso organizacional e maturidade de mercado

para decidir sobre esta questatildeo

2131 Codificaccedilatildeo

Com a criaccedilatildeo dos manuais administrativos tambeacutem eacute recomendaacutevel a

criaccedilatildeo de um tipo de coacutedigo para a sua raacutepida localizaccedilatildeo (MARTINS 2003) Isto

se justifica mais com a pluralidade de manuais que se pretende trabalhar

Este tipo de codificaccedilatildeo fica a criteacuterio de escolha da empresa mas tambeacutem eacute

aconselhaacutevel a ter uma clara e objetiva distinccedilatildeo numeacuterica que podem ser formadas

famiacutelias grupos subgrupos e sequumlecircncia como no exemplo

XXXXXXXXXX ndash Denominaccedilatildeo de item

Sequecircncia

Subgrupo

Grupo

Famiacutelia

Com esta codificaccedilatildeo baacutesica jaacute eacute possiacutevel estabelecer vaacuterias sequecircncias

para cada tipo de aplicaccedilatildeo seja de manuais normas processos memorandos

enfim tudo o quer for passiacutevel de ser arquivado de forma ordenada

19

2132 Roteiro de Produccedilatildeo

O roteiro de produccedilatildeo aplica-se como uma ferramenta para padronizar as

etapas de fabricaccedilatildeo de maneira clara e uniforme Com o roteiro de produccedilatildeo eacute

possiacutevel acompanhar o caminho percorrido da peccedila a ser fabricada pelo interior da

induacutestria Com esta padronizaccedilatildeo consegue-se tambeacutem melhorar o layout interno

visando alocar maacutequinas e equipamentos mais proacuteximos possiacuteveis da sequecircncia de

operaccedilatildeo

Na visatildeo de Araujo (1994 p147) ldquoDevem descrever as fases e as operaccedilotildees

de cada rotina citando os oacutergatildeos e as pessoas que as executam bem como os

volumes de trabalho em cada fase os tempos de execuccedilatildeo e as distacircncias

percorridasrdquo Se pode considerar esta uma forma mais sucinta de descrever o

processo

No entanto Araujo (1994 p147) ainda afirma sua posiccedilatildeo com o seguinte

comentaacuterio ldquoTem a desvantagem de aprisionar o executante na medida em que

estabelece limites de tempo de distacircncia e de volume Positivamente natildeo eacute o

manual que mais se recomenda tratando-se de Brasilrdquo

Ao analisar sob outro ponto de vista afirmar que determinada teacutecnica natildeo eacute

aplicaacutevel no Brasil o autor mostra desconhecimento quanto ao universo de

empresas existentes no paiacutes bem como a aacuterea de atuaccedilatildeo de cada uma

A instalaccedilatildeo de induacutestrias de grande porte como Ford General Motors

Toyota entre outras trouxeram consigo estes meacutetodos de fora do paiacutes e aqui os

aplicaram tanto para uso interno como para aplicaccedilatildeo a seus fornecedores os quais

tiveram que se qualificar para se manterem competitivos

Esta qualificaccedilatildeo de qualidade invariavelmente estaacute baseada nas normas da

ISO 9000 e suas variantes A proacutepria ISO determina que deva existir no miacutenimo um

manual de procedimentos operacionais na empresa Entatildeo com as exigecircncias

solicitadas aos milhares de fornecedores de peccedilas somente do ramo automobiliacutestico

sem levar em consideraccedilatildeo os demais jaacute podemos perceber que eacute muito mais

frequente do que supocircs Araujo (1994)

20

Em relaccedilatildeo ao imaginar que no Brasil natildeo eacute possiacutevel aplicar este manual

tecircm-se exemplos de empresas que o usam e que obtecircm os resultados desejados

baseados em acompanhamento de produccedilatildeo pelos roteiros

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho

Este manual detalha especificamente como deve ser executada determinada

tarefa conforme Rocha (1987 p 234) ldquoEste tipo de Manual nada mais eacute do que o

conjunto de instruccedilotildees escritas elaborado para destacar em todos os seus detalhes

a rotina a ser seguida de uma funccedilatildeo especiacuteficardquo

Na sequecircncia do roteiro de fabricaccedilatildeo determina-se que deva ser realizada

certa tarefa em uma aacuterea qualquer da empresa Por exemplo a etapa de pintura no

roteiro de fabricaccedilatildeo indica que o passo seguinte na fabricaccedilatildeo de uma peccedila deveraacute

receber acabamento superficial Ao chegar esta peccedila na aacuterea de pintura o pintor iraacute

executaacute-la conforme orienta a instruccedilatildeo de trabalho que por sua vez iraacute indicar qual

o tipo de tinta a ser usado o tipo de solvente maneira de aplicaccedilatildeo modo de cura

etc

Assim se evidencia que a aplicabilidade da instruccedilatildeo de trabalho estaacute mais

relacionada agraves possiacuteveis variantes de cada tarefa

2134 Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional demonstra a correta maneira de

operar determinado equipamento ou maacutequina Isto se justifica pelo fato de que cada

maacutequina ou tarefa tem a sua particularidade de operaccedilatildeo Na colocaccedilatildeo de Oliveira

(2005 p 394) ldquoeacute a indicaccedilatildeo de como satildeo executados os trabalhos dentro do

processo administrativordquo

Como exemplo pode-se citar a utilizaccedilatildeo de uma calculadora baacutesica

comparada a uma calculadora cientiacutefica O uso da calculadora baacutesica natildeo requer

muita praacutetica para sua operaccedilatildeo na cientiacutefica existem vaacuterias funccedilotildees agrupadas em

21

poucas teclas dedicadas e eacute necessaacuterio o uso de outras funccedilotildees complementares

para a equaccedilatildeo de um caacutelculo Ou seja por mais que tenha o mesmo princiacutepio

(equaccedilotildees) seus modos de operaccedilotildees diferem e para isto eacute necessaacuterio um manual

operacional

Em um ambiente fabril este manual auxilia sobremaneira a operaccedilatildeo das

maacutequinas existentes dentro da induacutestria ou seja com uma ampla variedade de tipos

de maacutequinas e equipamentos com as mais variadas aplicaccedilotildees surgem por vezes

dificuldades em seu manuseio onde pode existir diferenccedila de operaccedilatildeo de uma

maacutequina semelhante mas de fabricante diferente

Estas diferenccedilas construtivas de fabricantes advecircm muito de seus proacuteprios

diferenciais em oferecer produtos ao mercado com a vantagem competitiva de

oferecer mais facilidade de operaccedilatildeo ou mesmo como adequaccedilatildeo ao processo

interno de fabricaccedilatildeo

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito

Ao comentar sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito deve-se considerar que as leis de

tracircnsito tambeacutem tecircm um caraacuteter de procedimento operacional pois eacute ela que indica

a maneira correta do condutor usar as vias de traacutefego

Analogamente com a induacutestria que deve conter um procedimento operacional

para ordenar a produccedilatildeo de forma contiacutenua as leis de tracircnsito orientam para que o

fluxo de veiacuteculo ocorra de forma segura onde todos devem seguir as orientaccedilotildees

estipuladas pela lei assim tambeacutem garantindo a seguranccedila tanto de pedestres como

de motoristas

Ao focar especificamente nos automoacuteveis nota-se que com o passar dos

anos estes sofreram inuacutemeras evoluccedilotildees tornaram-se mais eficientes velozes e

seguros Os fabricantes de veiacuteculos na busca por competitividade sempre

desenvolvem carros mais avanccedilados baseados nos mais modernos sistemas

mecacircnicos a fim de oferecer ao consumidor produtos de extrema confiabilidade

Mas eacute importante lembrar tambeacutem que os carros dependem do fator humano

para funcionar pois o condutor do veiacuteculo eacute o responsaacutevel pela sua utilizaccedilatildeo e este

22

nem sempre eacute o mais confiaacutevel Corroborando para este apontamento segundo

dados do Departamento Nacional de Tracircnsito ndash DENATRAN no ano de 2006 houve

um total de mais de 470000 acidentes de tracircnsito e deste nuacutemero cerca de 32000

acidentes envolvendo veiacuteculos pesados No graacutefico 1 pode-se visualizar melhor

estes dados

FONTE Anuaacuterio Estatiacutestico do DENATRAN - RENAEST 2006 adaptado pelo autor 2009

GRAacuteFICO 1 - Tipos de veiacuteculos envolvidos em acidentes de tracircnsito com viacutetimas

Segundo esta visatildeo faz-se jus que as empresas tenham foco no quesito

seguranccedila quanto ao desenvolvimento de equipamentos e acessoacuterios para veiacuteculos

221 Parachoques Para Veiacuteculos Pesados

Da mesma forma como foi comentado sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito para

posicionar sobre os parachoques para veiacuteculos pesados entende-se que existe lei

regulamentando a fabricaccedilatildeo destes componentes neste caso a normativa que

regulamenta a fabricaccedilatildeo de parachoques traseiro de caminhotildees assemelha-se a

uma instruccedilatildeo de trabalho

Novamente compara-se com a induacutestria onde deve existir uma instruccedilatildeo de

trabalho para que a tarefa seja realizada dentro dos paracircmetros estabelecidos as

195325

1496932809

13299397303

473399

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

Carros Ocircnibus Caminhatildeo Motos Outros Total

23

leis de tracircnsito orientam para que os componentes de seguranccedila fabricados

atendam requisitos miacutenimos aceitaacuteveis E isto se consegue atraveacutes de certificaccedilatildeo

de aprovaccedilatildeo dos produtos submetidos a ensaios de destruiccedilatildeo

Os fabricantes de implementos rodoviaacuterios jaacute fornecem o parachoque

acoplado agrave carroceria quando oferecido ao cliente final pois conforme o tipo de

carroceria a ser instalada se requer um tipo especiacutefico de parachoque

A legislaccedilatildeo brasileira regulamenta a fabricaccedilatildeo de itens de seguranccedila em

veiacuteculos automotores esta regulamentaccedilatildeo eacute formulada pelo DENATRAN No caso

especiacutefico de veiacuteculos de carga com peso bruto total acima de 4600 quilos existe a

resoluccedilatildeo nordm 152 de 29 de outubro de 2003 (ANEXO A)

Tal resoluccedilatildeo se justifica para que as empresas sigam um padratildeo de

fabricaccedilatildeo e assegurem a integridade dos ocupantes dos veiacuteculos em caso de

acidente Ainda conforme a proacutepria resoluccedilatildeo define ldquoEstabelece os requisitos

teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque traseiro para veiacuteculos de cargardquo

(CONTRAN Res 1522003)

FONTE DENATRAN Adaptado pelo autor 2009

FIGURA 1 - Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo

24

Na figura 1 vecirc-se o resultado de um acidente envolvendo veiculo de passeio

com veiacuteculo de carga

Em decorrecircncia de anaacutelise dos mais variados tipo de acidentes de tracircnsito

envolvendo caminhotildees de carga averiguou-se que muitos fabricantes deste

equipamento de seguranccedila natildeo seguiam normas especiacuteficas e o resultado era que

os parachoques natildeo suportavam o impacto traseiro de um veiacuteculo de passeio

comum provocando o mortal efeito guilhotina na carroceria do caminhatildeo Este efeito

eacute a entrada demasiada do veiacuteculo na parte inferior da traseira do caminhatildeo

chegando ateacute o habitaacuteculo dos passageiros

Ao observar a figura 1 nota-se que o parachoque natildeo resistiu ao impacto do

automoacutevel e se desprendeu da carroceria algo inaceitaacutevel conforme a normativa

vigente Observa-se tambeacutem que a estrutura do parachoque eacute visivelmente fraacutegil de

modo que ficou totalmente destruiacuteda com o impacto

Na figura 2 pode-se ver um equipamento fabricado por empresa idocircnea

dentro das normas estabelecidas pelo CONTRAN

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 2 - Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 18: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

17

os sistemas de administraccedilatildeo da produccedilatildeo para cumprirem o seu papel de suporte ao atingimento dos objetivos estrateacutegicos da organizaccedilatildeo devem ser capazes de apoiar o tomador de decisotildees logiacutesticas a

Planejar as necessidades futuras de capacidade produtiva da organizaccedilatildeo

Planejar os materiais comprados

Planejar os niacuteveis de estoque de mateacuterias-primas semi-acabados e

produtos finais nos pontos certos

Programar atividades de produccedilatildeo para garantir que os recursos produtivos envolvidos estejam sendo utilizados em cada momento nas coisas certas e prioritaacuterias

Ser capaz de saber e de informar corretamente a respeito da situaccedilatildeo corrente dos recursos (pessoas equipamentos instalaccedilotildees materiais) e das ordens (de compra e produccedilatildeo)

Ser capaz de prometer os menores prazos possiacuteveis aos clientes e depois fazer cumpri-los

Ser capaz de reagir eficazmente

Como se pode notar satildeo situaccedilotildees que se mal planejadas podem pocircr a

imagem da empresa em risco de descreacutedito por qualquer falha que venha a ocorrer

no processo e que acaba por comprometer a satisfaccedilatildeo do consumidor

213 Manuais Administrativos

Nas definiccedilotildees da OSM o fluxo de informaccedilotildees que correm em uma empresa

eacute grande e aumentam a cada dia que passa em face de novas informaccedilotildees obtidas

e mais atualizadas Este fluxo se intensifica conforme o porte da organizaccedilatildeo que eacute

diretamente proporcional ao se porte ou seja quanto maior a empresa mais

informaccedilotildees precisam ser repassadas

Uma maneira de conseguir repassar as informaccedilotildees de forma precisa e

uniforme eacute a adoccedilatildeo de manuais administrativos pela organizaccedilatildeo e que satildeo

distribuiacutedos pelas dependecircncias da empresa para o faacutecil acesso Na definiccedilatildeo de

Araujo (1994 p144) ldquoo objetivo da manualizaccedilatildeo eacute permitir que a reuniatildeo de

informaccedilotildees dispostas de forma sistematizada criteriosa e segmentada atue como

instrumento facilitador do funcionamento da organizaccedilatildeordquo

A manualizaccedilatildeo de uma empresa vai de encontro conforme a sua

necessidade Por vezes empresas de meacutedio porte e com fluxograma bem definido

18

natildeo vecircem necessidade de sua adoccedilatildeo jaacute ao passo que outras menores afirmam ser

fundamental para o decorrer das atividades Como exemplo podemos citar uma

panificadora onde o Livro de Receitas eacute uma forma de manual Numa colocaccedilatildeo de

Rocha (1987 p 231)

nas empresas de grande porte o emprego de manuais eacute quase obrigatoacuterio face a multiplicidade de seus controles e abrangecircncia de seus sistemas operacionais Jaacute em empresas de meacutedio e pequeno porte seus dirigentes podem colocar duacutevida quanto agrave validade da confecccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de manuais pelo simples fato de desconhecer quais os tipos mais necessaacuterios para suas organizaccedilotildees

Estaacute aiacute o grande ponto de consenso organizacional e maturidade de mercado

para decidir sobre esta questatildeo

2131 Codificaccedilatildeo

Com a criaccedilatildeo dos manuais administrativos tambeacutem eacute recomendaacutevel a

criaccedilatildeo de um tipo de coacutedigo para a sua raacutepida localizaccedilatildeo (MARTINS 2003) Isto

se justifica mais com a pluralidade de manuais que se pretende trabalhar

Este tipo de codificaccedilatildeo fica a criteacuterio de escolha da empresa mas tambeacutem eacute

aconselhaacutevel a ter uma clara e objetiva distinccedilatildeo numeacuterica que podem ser formadas

famiacutelias grupos subgrupos e sequumlecircncia como no exemplo

XXXXXXXXXX ndash Denominaccedilatildeo de item

Sequecircncia

Subgrupo

Grupo

Famiacutelia

Com esta codificaccedilatildeo baacutesica jaacute eacute possiacutevel estabelecer vaacuterias sequecircncias

para cada tipo de aplicaccedilatildeo seja de manuais normas processos memorandos

enfim tudo o quer for passiacutevel de ser arquivado de forma ordenada

19

2132 Roteiro de Produccedilatildeo

O roteiro de produccedilatildeo aplica-se como uma ferramenta para padronizar as

etapas de fabricaccedilatildeo de maneira clara e uniforme Com o roteiro de produccedilatildeo eacute

possiacutevel acompanhar o caminho percorrido da peccedila a ser fabricada pelo interior da

induacutestria Com esta padronizaccedilatildeo consegue-se tambeacutem melhorar o layout interno

visando alocar maacutequinas e equipamentos mais proacuteximos possiacuteveis da sequecircncia de

operaccedilatildeo

Na visatildeo de Araujo (1994 p147) ldquoDevem descrever as fases e as operaccedilotildees

de cada rotina citando os oacutergatildeos e as pessoas que as executam bem como os

volumes de trabalho em cada fase os tempos de execuccedilatildeo e as distacircncias

percorridasrdquo Se pode considerar esta uma forma mais sucinta de descrever o

processo

No entanto Araujo (1994 p147) ainda afirma sua posiccedilatildeo com o seguinte

comentaacuterio ldquoTem a desvantagem de aprisionar o executante na medida em que

estabelece limites de tempo de distacircncia e de volume Positivamente natildeo eacute o

manual que mais se recomenda tratando-se de Brasilrdquo

Ao analisar sob outro ponto de vista afirmar que determinada teacutecnica natildeo eacute

aplicaacutevel no Brasil o autor mostra desconhecimento quanto ao universo de

empresas existentes no paiacutes bem como a aacuterea de atuaccedilatildeo de cada uma

A instalaccedilatildeo de induacutestrias de grande porte como Ford General Motors

Toyota entre outras trouxeram consigo estes meacutetodos de fora do paiacutes e aqui os

aplicaram tanto para uso interno como para aplicaccedilatildeo a seus fornecedores os quais

tiveram que se qualificar para se manterem competitivos

Esta qualificaccedilatildeo de qualidade invariavelmente estaacute baseada nas normas da

ISO 9000 e suas variantes A proacutepria ISO determina que deva existir no miacutenimo um

manual de procedimentos operacionais na empresa Entatildeo com as exigecircncias

solicitadas aos milhares de fornecedores de peccedilas somente do ramo automobiliacutestico

sem levar em consideraccedilatildeo os demais jaacute podemos perceber que eacute muito mais

frequente do que supocircs Araujo (1994)

20

Em relaccedilatildeo ao imaginar que no Brasil natildeo eacute possiacutevel aplicar este manual

tecircm-se exemplos de empresas que o usam e que obtecircm os resultados desejados

baseados em acompanhamento de produccedilatildeo pelos roteiros

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho

Este manual detalha especificamente como deve ser executada determinada

tarefa conforme Rocha (1987 p 234) ldquoEste tipo de Manual nada mais eacute do que o

conjunto de instruccedilotildees escritas elaborado para destacar em todos os seus detalhes

a rotina a ser seguida de uma funccedilatildeo especiacuteficardquo

Na sequecircncia do roteiro de fabricaccedilatildeo determina-se que deva ser realizada

certa tarefa em uma aacuterea qualquer da empresa Por exemplo a etapa de pintura no

roteiro de fabricaccedilatildeo indica que o passo seguinte na fabricaccedilatildeo de uma peccedila deveraacute

receber acabamento superficial Ao chegar esta peccedila na aacuterea de pintura o pintor iraacute

executaacute-la conforme orienta a instruccedilatildeo de trabalho que por sua vez iraacute indicar qual

o tipo de tinta a ser usado o tipo de solvente maneira de aplicaccedilatildeo modo de cura

etc

Assim se evidencia que a aplicabilidade da instruccedilatildeo de trabalho estaacute mais

relacionada agraves possiacuteveis variantes de cada tarefa

2134 Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional demonstra a correta maneira de

operar determinado equipamento ou maacutequina Isto se justifica pelo fato de que cada

maacutequina ou tarefa tem a sua particularidade de operaccedilatildeo Na colocaccedilatildeo de Oliveira

(2005 p 394) ldquoeacute a indicaccedilatildeo de como satildeo executados os trabalhos dentro do

processo administrativordquo

Como exemplo pode-se citar a utilizaccedilatildeo de uma calculadora baacutesica

comparada a uma calculadora cientiacutefica O uso da calculadora baacutesica natildeo requer

muita praacutetica para sua operaccedilatildeo na cientiacutefica existem vaacuterias funccedilotildees agrupadas em

21

poucas teclas dedicadas e eacute necessaacuterio o uso de outras funccedilotildees complementares

para a equaccedilatildeo de um caacutelculo Ou seja por mais que tenha o mesmo princiacutepio

(equaccedilotildees) seus modos de operaccedilotildees diferem e para isto eacute necessaacuterio um manual

operacional

Em um ambiente fabril este manual auxilia sobremaneira a operaccedilatildeo das

maacutequinas existentes dentro da induacutestria ou seja com uma ampla variedade de tipos

de maacutequinas e equipamentos com as mais variadas aplicaccedilotildees surgem por vezes

dificuldades em seu manuseio onde pode existir diferenccedila de operaccedilatildeo de uma

maacutequina semelhante mas de fabricante diferente

Estas diferenccedilas construtivas de fabricantes advecircm muito de seus proacuteprios

diferenciais em oferecer produtos ao mercado com a vantagem competitiva de

oferecer mais facilidade de operaccedilatildeo ou mesmo como adequaccedilatildeo ao processo

interno de fabricaccedilatildeo

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito

Ao comentar sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito deve-se considerar que as leis de

tracircnsito tambeacutem tecircm um caraacuteter de procedimento operacional pois eacute ela que indica

a maneira correta do condutor usar as vias de traacutefego

Analogamente com a induacutestria que deve conter um procedimento operacional

para ordenar a produccedilatildeo de forma contiacutenua as leis de tracircnsito orientam para que o

fluxo de veiacuteculo ocorra de forma segura onde todos devem seguir as orientaccedilotildees

estipuladas pela lei assim tambeacutem garantindo a seguranccedila tanto de pedestres como

de motoristas

Ao focar especificamente nos automoacuteveis nota-se que com o passar dos

anos estes sofreram inuacutemeras evoluccedilotildees tornaram-se mais eficientes velozes e

seguros Os fabricantes de veiacuteculos na busca por competitividade sempre

desenvolvem carros mais avanccedilados baseados nos mais modernos sistemas

mecacircnicos a fim de oferecer ao consumidor produtos de extrema confiabilidade

Mas eacute importante lembrar tambeacutem que os carros dependem do fator humano

para funcionar pois o condutor do veiacuteculo eacute o responsaacutevel pela sua utilizaccedilatildeo e este

22

nem sempre eacute o mais confiaacutevel Corroborando para este apontamento segundo

dados do Departamento Nacional de Tracircnsito ndash DENATRAN no ano de 2006 houve

um total de mais de 470000 acidentes de tracircnsito e deste nuacutemero cerca de 32000

acidentes envolvendo veiacuteculos pesados No graacutefico 1 pode-se visualizar melhor

estes dados

FONTE Anuaacuterio Estatiacutestico do DENATRAN - RENAEST 2006 adaptado pelo autor 2009

GRAacuteFICO 1 - Tipos de veiacuteculos envolvidos em acidentes de tracircnsito com viacutetimas

Segundo esta visatildeo faz-se jus que as empresas tenham foco no quesito

seguranccedila quanto ao desenvolvimento de equipamentos e acessoacuterios para veiacuteculos

221 Parachoques Para Veiacuteculos Pesados

Da mesma forma como foi comentado sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito para

posicionar sobre os parachoques para veiacuteculos pesados entende-se que existe lei

regulamentando a fabricaccedilatildeo destes componentes neste caso a normativa que

regulamenta a fabricaccedilatildeo de parachoques traseiro de caminhotildees assemelha-se a

uma instruccedilatildeo de trabalho

Novamente compara-se com a induacutestria onde deve existir uma instruccedilatildeo de

trabalho para que a tarefa seja realizada dentro dos paracircmetros estabelecidos as

195325

1496932809

13299397303

473399

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

Carros Ocircnibus Caminhatildeo Motos Outros Total

23

leis de tracircnsito orientam para que os componentes de seguranccedila fabricados

atendam requisitos miacutenimos aceitaacuteveis E isto se consegue atraveacutes de certificaccedilatildeo

de aprovaccedilatildeo dos produtos submetidos a ensaios de destruiccedilatildeo

Os fabricantes de implementos rodoviaacuterios jaacute fornecem o parachoque

acoplado agrave carroceria quando oferecido ao cliente final pois conforme o tipo de

carroceria a ser instalada se requer um tipo especiacutefico de parachoque

A legislaccedilatildeo brasileira regulamenta a fabricaccedilatildeo de itens de seguranccedila em

veiacuteculos automotores esta regulamentaccedilatildeo eacute formulada pelo DENATRAN No caso

especiacutefico de veiacuteculos de carga com peso bruto total acima de 4600 quilos existe a

resoluccedilatildeo nordm 152 de 29 de outubro de 2003 (ANEXO A)

Tal resoluccedilatildeo se justifica para que as empresas sigam um padratildeo de

fabricaccedilatildeo e assegurem a integridade dos ocupantes dos veiacuteculos em caso de

acidente Ainda conforme a proacutepria resoluccedilatildeo define ldquoEstabelece os requisitos

teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque traseiro para veiacuteculos de cargardquo

(CONTRAN Res 1522003)

FONTE DENATRAN Adaptado pelo autor 2009

FIGURA 1 - Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo

24

Na figura 1 vecirc-se o resultado de um acidente envolvendo veiculo de passeio

com veiacuteculo de carga

Em decorrecircncia de anaacutelise dos mais variados tipo de acidentes de tracircnsito

envolvendo caminhotildees de carga averiguou-se que muitos fabricantes deste

equipamento de seguranccedila natildeo seguiam normas especiacuteficas e o resultado era que

os parachoques natildeo suportavam o impacto traseiro de um veiacuteculo de passeio

comum provocando o mortal efeito guilhotina na carroceria do caminhatildeo Este efeito

eacute a entrada demasiada do veiacuteculo na parte inferior da traseira do caminhatildeo

chegando ateacute o habitaacuteculo dos passageiros

Ao observar a figura 1 nota-se que o parachoque natildeo resistiu ao impacto do

automoacutevel e se desprendeu da carroceria algo inaceitaacutevel conforme a normativa

vigente Observa-se tambeacutem que a estrutura do parachoque eacute visivelmente fraacutegil de

modo que ficou totalmente destruiacuteda com o impacto

Na figura 2 pode-se ver um equipamento fabricado por empresa idocircnea

dentro das normas estabelecidas pelo CONTRAN

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 2 - Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 19: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

18

natildeo vecircem necessidade de sua adoccedilatildeo jaacute ao passo que outras menores afirmam ser

fundamental para o decorrer das atividades Como exemplo podemos citar uma

panificadora onde o Livro de Receitas eacute uma forma de manual Numa colocaccedilatildeo de

Rocha (1987 p 231)

nas empresas de grande porte o emprego de manuais eacute quase obrigatoacuterio face a multiplicidade de seus controles e abrangecircncia de seus sistemas operacionais Jaacute em empresas de meacutedio e pequeno porte seus dirigentes podem colocar duacutevida quanto agrave validade da confecccedilatildeo e utilizaccedilatildeo de manuais pelo simples fato de desconhecer quais os tipos mais necessaacuterios para suas organizaccedilotildees

Estaacute aiacute o grande ponto de consenso organizacional e maturidade de mercado

para decidir sobre esta questatildeo

2131 Codificaccedilatildeo

Com a criaccedilatildeo dos manuais administrativos tambeacutem eacute recomendaacutevel a

criaccedilatildeo de um tipo de coacutedigo para a sua raacutepida localizaccedilatildeo (MARTINS 2003) Isto

se justifica mais com a pluralidade de manuais que se pretende trabalhar

Este tipo de codificaccedilatildeo fica a criteacuterio de escolha da empresa mas tambeacutem eacute

aconselhaacutevel a ter uma clara e objetiva distinccedilatildeo numeacuterica que podem ser formadas

famiacutelias grupos subgrupos e sequumlecircncia como no exemplo

XXXXXXXXXX ndash Denominaccedilatildeo de item

Sequecircncia

Subgrupo

Grupo

Famiacutelia

Com esta codificaccedilatildeo baacutesica jaacute eacute possiacutevel estabelecer vaacuterias sequecircncias

para cada tipo de aplicaccedilatildeo seja de manuais normas processos memorandos

enfim tudo o quer for passiacutevel de ser arquivado de forma ordenada

19

2132 Roteiro de Produccedilatildeo

O roteiro de produccedilatildeo aplica-se como uma ferramenta para padronizar as

etapas de fabricaccedilatildeo de maneira clara e uniforme Com o roteiro de produccedilatildeo eacute

possiacutevel acompanhar o caminho percorrido da peccedila a ser fabricada pelo interior da

induacutestria Com esta padronizaccedilatildeo consegue-se tambeacutem melhorar o layout interno

visando alocar maacutequinas e equipamentos mais proacuteximos possiacuteveis da sequecircncia de

operaccedilatildeo

Na visatildeo de Araujo (1994 p147) ldquoDevem descrever as fases e as operaccedilotildees

de cada rotina citando os oacutergatildeos e as pessoas que as executam bem como os

volumes de trabalho em cada fase os tempos de execuccedilatildeo e as distacircncias

percorridasrdquo Se pode considerar esta uma forma mais sucinta de descrever o

processo

No entanto Araujo (1994 p147) ainda afirma sua posiccedilatildeo com o seguinte

comentaacuterio ldquoTem a desvantagem de aprisionar o executante na medida em que

estabelece limites de tempo de distacircncia e de volume Positivamente natildeo eacute o

manual que mais se recomenda tratando-se de Brasilrdquo

Ao analisar sob outro ponto de vista afirmar que determinada teacutecnica natildeo eacute

aplicaacutevel no Brasil o autor mostra desconhecimento quanto ao universo de

empresas existentes no paiacutes bem como a aacuterea de atuaccedilatildeo de cada uma

A instalaccedilatildeo de induacutestrias de grande porte como Ford General Motors

Toyota entre outras trouxeram consigo estes meacutetodos de fora do paiacutes e aqui os

aplicaram tanto para uso interno como para aplicaccedilatildeo a seus fornecedores os quais

tiveram que se qualificar para se manterem competitivos

Esta qualificaccedilatildeo de qualidade invariavelmente estaacute baseada nas normas da

ISO 9000 e suas variantes A proacutepria ISO determina que deva existir no miacutenimo um

manual de procedimentos operacionais na empresa Entatildeo com as exigecircncias

solicitadas aos milhares de fornecedores de peccedilas somente do ramo automobiliacutestico

sem levar em consideraccedilatildeo os demais jaacute podemos perceber que eacute muito mais

frequente do que supocircs Araujo (1994)

20

Em relaccedilatildeo ao imaginar que no Brasil natildeo eacute possiacutevel aplicar este manual

tecircm-se exemplos de empresas que o usam e que obtecircm os resultados desejados

baseados em acompanhamento de produccedilatildeo pelos roteiros

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho

Este manual detalha especificamente como deve ser executada determinada

tarefa conforme Rocha (1987 p 234) ldquoEste tipo de Manual nada mais eacute do que o

conjunto de instruccedilotildees escritas elaborado para destacar em todos os seus detalhes

a rotina a ser seguida de uma funccedilatildeo especiacuteficardquo

Na sequecircncia do roteiro de fabricaccedilatildeo determina-se que deva ser realizada

certa tarefa em uma aacuterea qualquer da empresa Por exemplo a etapa de pintura no

roteiro de fabricaccedilatildeo indica que o passo seguinte na fabricaccedilatildeo de uma peccedila deveraacute

receber acabamento superficial Ao chegar esta peccedila na aacuterea de pintura o pintor iraacute

executaacute-la conforme orienta a instruccedilatildeo de trabalho que por sua vez iraacute indicar qual

o tipo de tinta a ser usado o tipo de solvente maneira de aplicaccedilatildeo modo de cura

etc

Assim se evidencia que a aplicabilidade da instruccedilatildeo de trabalho estaacute mais

relacionada agraves possiacuteveis variantes de cada tarefa

2134 Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional demonstra a correta maneira de

operar determinado equipamento ou maacutequina Isto se justifica pelo fato de que cada

maacutequina ou tarefa tem a sua particularidade de operaccedilatildeo Na colocaccedilatildeo de Oliveira

(2005 p 394) ldquoeacute a indicaccedilatildeo de como satildeo executados os trabalhos dentro do

processo administrativordquo

Como exemplo pode-se citar a utilizaccedilatildeo de uma calculadora baacutesica

comparada a uma calculadora cientiacutefica O uso da calculadora baacutesica natildeo requer

muita praacutetica para sua operaccedilatildeo na cientiacutefica existem vaacuterias funccedilotildees agrupadas em

21

poucas teclas dedicadas e eacute necessaacuterio o uso de outras funccedilotildees complementares

para a equaccedilatildeo de um caacutelculo Ou seja por mais que tenha o mesmo princiacutepio

(equaccedilotildees) seus modos de operaccedilotildees diferem e para isto eacute necessaacuterio um manual

operacional

Em um ambiente fabril este manual auxilia sobremaneira a operaccedilatildeo das

maacutequinas existentes dentro da induacutestria ou seja com uma ampla variedade de tipos

de maacutequinas e equipamentos com as mais variadas aplicaccedilotildees surgem por vezes

dificuldades em seu manuseio onde pode existir diferenccedila de operaccedilatildeo de uma

maacutequina semelhante mas de fabricante diferente

Estas diferenccedilas construtivas de fabricantes advecircm muito de seus proacuteprios

diferenciais em oferecer produtos ao mercado com a vantagem competitiva de

oferecer mais facilidade de operaccedilatildeo ou mesmo como adequaccedilatildeo ao processo

interno de fabricaccedilatildeo

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito

Ao comentar sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito deve-se considerar que as leis de

tracircnsito tambeacutem tecircm um caraacuteter de procedimento operacional pois eacute ela que indica

a maneira correta do condutor usar as vias de traacutefego

Analogamente com a induacutestria que deve conter um procedimento operacional

para ordenar a produccedilatildeo de forma contiacutenua as leis de tracircnsito orientam para que o

fluxo de veiacuteculo ocorra de forma segura onde todos devem seguir as orientaccedilotildees

estipuladas pela lei assim tambeacutem garantindo a seguranccedila tanto de pedestres como

de motoristas

Ao focar especificamente nos automoacuteveis nota-se que com o passar dos

anos estes sofreram inuacutemeras evoluccedilotildees tornaram-se mais eficientes velozes e

seguros Os fabricantes de veiacuteculos na busca por competitividade sempre

desenvolvem carros mais avanccedilados baseados nos mais modernos sistemas

mecacircnicos a fim de oferecer ao consumidor produtos de extrema confiabilidade

Mas eacute importante lembrar tambeacutem que os carros dependem do fator humano

para funcionar pois o condutor do veiacuteculo eacute o responsaacutevel pela sua utilizaccedilatildeo e este

22

nem sempre eacute o mais confiaacutevel Corroborando para este apontamento segundo

dados do Departamento Nacional de Tracircnsito ndash DENATRAN no ano de 2006 houve

um total de mais de 470000 acidentes de tracircnsito e deste nuacutemero cerca de 32000

acidentes envolvendo veiacuteculos pesados No graacutefico 1 pode-se visualizar melhor

estes dados

FONTE Anuaacuterio Estatiacutestico do DENATRAN - RENAEST 2006 adaptado pelo autor 2009

GRAacuteFICO 1 - Tipos de veiacuteculos envolvidos em acidentes de tracircnsito com viacutetimas

Segundo esta visatildeo faz-se jus que as empresas tenham foco no quesito

seguranccedila quanto ao desenvolvimento de equipamentos e acessoacuterios para veiacuteculos

221 Parachoques Para Veiacuteculos Pesados

Da mesma forma como foi comentado sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito para

posicionar sobre os parachoques para veiacuteculos pesados entende-se que existe lei

regulamentando a fabricaccedilatildeo destes componentes neste caso a normativa que

regulamenta a fabricaccedilatildeo de parachoques traseiro de caminhotildees assemelha-se a

uma instruccedilatildeo de trabalho

Novamente compara-se com a induacutestria onde deve existir uma instruccedilatildeo de

trabalho para que a tarefa seja realizada dentro dos paracircmetros estabelecidos as

195325

1496932809

13299397303

473399

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

Carros Ocircnibus Caminhatildeo Motos Outros Total

23

leis de tracircnsito orientam para que os componentes de seguranccedila fabricados

atendam requisitos miacutenimos aceitaacuteveis E isto se consegue atraveacutes de certificaccedilatildeo

de aprovaccedilatildeo dos produtos submetidos a ensaios de destruiccedilatildeo

Os fabricantes de implementos rodoviaacuterios jaacute fornecem o parachoque

acoplado agrave carroceria quando oferecido ao cliente final pois conforme o tipo de

carroceria a ser instalada se requer um tipo especiacutefico de parachoque

A legislaccedilatildeo brasileira regulamenta a fabricaccedilatildeo de itens de seguranccedila em

veiacuteculos automotores esta regulamentaccedilatildeo eacute formulada pelo DENATRAN No caso

especiacutefico de veiacuteculos de carga com peso bruto total acima de 4600 quilos existe a

resoluccedilatildeo nordm 152 de 29 de outubro de 2003 (ANEXO A)

Tal resoluccedilatildeo se justifica para que as empresas sigam um padratildeo de

fabricaccedilatildeo e assegurem a integridade dos ocupantes dos veiacuteculos em caso de

acidente Ainda conforme a proacutepria resoluccedilatildeo define ldquoEstabelece os requisitos

teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque traseiro para veiacuteculos de cargardquo

(CONTRAN Res 1522003)

FONTE DENATRAN Adaptado pelo autor 2009

FIGURA 1 - Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo

24

Na figura 1 vecirc-se o resultado de um acidente envolvendo veiculo de passeio

com veiacuteculo de carga

Em decorrecircncia de anaacutelise dos mais variados tipo de acidentes de tracircnsito

envolvendo caminhotildees de carga averiguou-se que muitos fabricantes deste

equipamento de seguranccedila natildeo seguiam normas especiacuteficas e o resultado era que

os parachoques natildeo suportavam o impacto traseiro de um veiacuteculo de passeio

comum provocando o mortal efeito guilhotina na carroceria do caminhatildeo Este efeito

eacute a entrada demasiada do veiacuteculo na parte inferior da traseira do caminhatildeo

chegando ateacute o habitaacuteculo dos passageiros

Ao observar a figura 1 nota-se que o parachoque natildeo resistiu ao impacto do

automoacutevel e se desprendeu da carroceria algo inaceitaacutevel conforme a normativa

vigente Observa-se tambeacutem que a estrutura do parachoque eacute visivelmente fraacutegil de

modo que ficou totalmente destruiacuteda com o impacto

Na figura 2 pode-se ver um equipamento fabricado por empresa idocircnea

dentro das normas estabelecidas pelo CONTRAN

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 2 - Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

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80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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93

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

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101

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104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 20: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

19

2132 Roteiro de Produccedilatildeo

O roteiro de produccedilatildeo aplica-se como uma ferramenta para padronizar as

etapas de fabricaccedilatildeo de maneira clara e uniforme Com o roteiro de produccedilatildeo eacute

possiacutevel acompanhar o caminho percorrido da peccedila a ser fabricada pelo interior da

induacutestria Com esta padronizaccedilatildeo consegue-se tambeacutem melhorar o layout interno

visando alocar maacutequinas e equipamentos mais proacuteximos possiacuteveis da sequecircncia de

operaccedilatildeo

Na visatildeo de Araujo (1994 p147) ldquoDevem descrever as fases e as operaccedilotildees

de cada rotina citando os oacutergatildeos e as pessoas que as executam bem como os

volumes de trabalho em cada fase os tempos de execuccedilatildeo e as distacircncias

percorridasrdquo Se pode considerar esta uma forma mais sucinta de descrever o

processo

No entanto Araujo (1994 p147) ainda afirma sua posiccedilatildeo com o seguinte

comentaacuterio ldquoTem a desvantagem de aprisionar o executante na medida em que

estabelece limites de tempo de distacircncia e de volume Positivamente natildeo eacute o

manual que mais se recomenda tratando-se de Brasilrdquo

Ao analisar sob outro ponto de vista afirmar que determinada teacutecnica natildeo eacute

aplicaacutevel no Brasil o autor mostra desconhecimento quanto ao universo de

empresas existentes no paiacutes bem como a aacuterea de atuaccedilatildeo de cada uma

A instalaccedilatildeo de induacutestrias de grande porte como Ford General Motors

Toyota entre outras trouxeram consigo estes meacutetodos de fora do paiacutes e aqui os

aplicaram tanto para uso interno como para aplicaccedilatildeo a seus fornecedores os quais

tiveram que se qualificar para se manterem competitivos

Esta qualificaccedilatildeo de qualidade invariavelmente estaacute baseada nas normas da

ISO 9000 e suas variantes A proacutepria ISO determina que deva existir no miacutenimo um

manual de procedimentos operacionais na empresa Entatildeo com as exigecircncias

solicitadas aos milhares de fornecedores de peccedilas somente do ramo automobiliacutestico

sem levar em consideraccedilatildeo os demais jaacute podemos perceber que eacute muito mais

frequente do que supocircs Araujo (1994)

20

Em relaccedilatildeo ao imaginar que no Brasil natildeo eacute possiacutevel aplicar este manual

tecircm-se exemplos de empresas que o usam e que obtecircm os resultados desejados

baseados em acompanhamento de produccedilatildeo pelos roteiros

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho

Este manual detalha especificamente como deve ser executada determinada

tarefa conforme Rocha (1987 p 234) ldquoEste tipo de Manual nada mais eacute do que o

conjunto de instruccedilotildees escritas elaborado para destacar em todos os seus detalhes

a rotina a ser seguida de uma funccedilatildeo especiacuteficardquo

Na sequecircncia do roteiro de fabricaccedilatildeo determina-se que deva ser realizada

certa tarefa em uma aacuterea qualquer da empresa Por exemplo a etapa de pintura no

roteiro de fabricaccedilatildeo indica que o passo seguinte na fabricaccedilatildeo de uma peccedila deveraacute

receber acabamento superficial Ao chegar esta peccedila na aacuterea de pintura o pintor iraacute

executaacute-la conforme orienta a instruccedilatildeo de trabalho que por sua vez iraacute indicar qual

o tipo de tinta a ser usado o tipo de solvente maneira de aplicaccedilatildeo modo de cura

etc

Assim se evidencia que a aplicabilidade da instruccedilatildeo de trabalho estaacute mais

relacionada agraves possiacuteveis variantes de cada tarefa

2134 Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional demonstra a correta maneira de

operar determinado equipamento ou maacutequina Isto se justifica pelo fato de que cada

maacutequina ou tarefa tem a sua particularidade de operaccedilatildeo Na colocaccedilatildeo de Oliveira

(2005 p 394) ldquoeacute a indicaccedilatildeo de como satildeo executados os trabalhos dentro do

processo administrativordquo

Como exemplo pode-se citar a utilizaccedilatildeo de uma calculadora baacutesica

comparada a uma calculadora cientiacutefica O uso da calculadora baacutesica natildeo requer

muita praacutetica para sua operaccedilatildeo na cientiacutefica existem vaacuterias funccedilotildees agrupadas em

21

poucas teclas dedicadas e eacute necessaacuterio o uso de outras funccedilotildees complementares

para a equaccedilatildeo de um caacutelculo Ou seja por mais que tenha o mesmo princiacutepio

(equaccedilotildees) seus modos de operaccedilotildees diferem e para isto eacute necessaacuterio um manual

operacional

Em um ambiente fabril este manual auxilia sobremaneira a operaccedilatildeo das

maacutequinas existentes dentro da induacutestria ou seja com uma ampla variedade de tipos

de maacutequinas e equipamentos com as mais variadas aplicaccedilotildees surgem por vezes

dificuldades em seu manuseio onde pode existir diferenccedila de operaccedilatildeo de uma

maacutequina semelhante mas de fabricante diferente

Estas diferenccedilas construtivas de fabricantes advecircm muito de seus proacuteprios

diferenciais em oferecer produtos ao mercado com a vantagem competitiva de

oferecer mais facilidade de operaccedilatildeo ou mesmo como adequaccedilatildeo ao processo

interno de fabricaccedilatildeo

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito

Ao comentar sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito deve-se considerar que as leis de

tracircnsito tambeacutem tecircm um caraacuteter de procedimento operacional pois eacute ela que indica

a maneira correta do condutor usar as vias de traacutefego

Analogamente com a induacutestria que deve conter um procedimento operacional

para ordenar a produccedilatildeo de forma contiacutenua as leis de tracircnsito orientam para que o

fluxo de veiacuteculo ocorra de forma segura onde todos devem seguir as orientaccedilotildees

estipuladas pela lei assim tambeacutem garantindo a seguranccedila tanto de pedestres como

de motoristas

Ao focar especificamente nos automoacuteveis nota-se que com o passar dos

anos estes sofreram inuacutemeras evoluccedilotildees tornaram-se mais eficientes velozes e

seguros Os fabricantes de veiacuteculos na busca por competitividade sempre

desenvolvem carros mais avanccedilados baseados nos mais modernos sistemas

mecacircnicos a fim de oferecer ao consumidor produtos de extrema confiabilidade

Mas eacute importante lembrar tambeacutem que os carros dependem do fator humano

para funcionar pois o condutor do veiacuteculo eacute o responsaacutevel pela sua utilizaccedilatildeo e este

22

nem sempre eacute o mais confiaacutevel Corroborando para este apontamento segundo

dados do Departamento Nacional de Tracircnsito ndash DENATRAN no ano de 2006 houve

um total de mais de 470000 acidentes de tracircnsito e deste nuacutemero cerca de 32000

acidentes envolvendo veiacuteculos pesados No graacutefico 1 pode-se visualizar melhor

estes dados

FONTE Anuaacuterio Estatiacutestico do DENATRAN - RENAEST 2006 adaptado pelo autor 2009

GRAacuteFICO 1 - Tipos de veiacuteculos envolvidos em acidentes de tracircnsito com viacutetimas

Segundo esta visatildeo faz-se jus que as empresas tenham foco no quesito

seguranccedila quanto ao desenvolvimento de equipamentos e acessoacuterios para veiacuteculos

221 Parachoques Para Veiacuteculos Pesados

Da mesma forma como foi comentado sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito para

posicionar sobre os parachoques para veiacuteculos pesados entende-se que existe lei

regulamentando a fabricaccedilatildeo destes componentes neste caso a normativa que

regulamenta a fabricaccedilatildeo de parachoques traseiro de caminhotildees assemelha-se a

uma instruccedilatildeo de trabalho

Novamente compara-se com a induacutestria onde deve existir uma instruccedilatildeo de

trabalho para que a tarefa seja realizada dentro dos paracircmetros estabelecidos as

195325

1496932809

13299397303

473399

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

Carros Ocircnibus Caminhatildeo Motos Outros Total

23

leis de tracircnsito orientam para que os componentes de seguranccedila fabricados

atendam requisitos miacutenimos aceitaacuteveis E isto se consegue atraveacutes de certificaccedilatildeo

de aprovaccedilatildeo dos produtos submetidos a ensaios de destruiccedilatildeo

Os fabricantes de implementos rodoviaacuterios jaacute fornecem o parachoque

acoplado agrave carroceria quando oferecido ao cliente final pois conforme o tipo de

carroceria a ser instalada se requer um tipo especiacutefico de parachoque

A legislaccedilatildeo brasileira regulamenta a fabricaccedilatildeo de itens de seguranccedila em

veiacuteculos automotores esta regulamentaccedilatildeo eacute formulada pelo DENATRAN No caso

especiacutefico de veiacuteculos de carga com peso bruto total acima de 4600 quilos existe a

resoluccedilatildeo nordm 152 de 29 de outubro de 2003 (ANEXO A)

Tal resoluccedilatildeo se justifica para que as empresas sigam um padratildeo de

fabricaccedilatildeo e assegurem a integridade dos ocupantes dos veiacuteculos em caso de

acidente Ainda conforme a proacutepria resoluccedilatildeo define ldquoEstabelece os requisitos

teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque traseiro para veiacuteculos de cargardquo

(CONTRAN Res 1522003)

FONTE DENATRAN Adaptado pelo autor 2009

FIGURA 1 - Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo

24

Na figura 1 vecirc-se o resultado de um acidente envolvendo veiculo de passeio

com veiacuteculo de carga

Em decorrecircncia de anaacutelise dos mais variados tipo de acidentes de tracircnsito

envolvendo caminhotildees de carga averiguou-se que muitos fabricantes deste

equipamento de seguranccedila natildeo seguiam normas especiacuteficas e o resultado era que

os parachoques natildeo suportavam o impacto traseiro de um veiacuteculo de passeio

comum provocando o mortal efeito guilhotina na carroceria do caminhatildeo Este efeito

eacute a entrada demasiada do veiacuteculo na parte inferior da traseira do caminhatildeo

chegando ateacute o habitaacuteculo dos passageiros

Ao observar a figura 1 nota-se que o parachoque natildeo resistiu ao impacto do

automoacutevel e se desprendeu da carroceria algo inaceitaacutevel conforme a normativa

vigente Observa-se tambeacutem que a estrutura do parachoque eacute visivelmente fraacutegil de

modo que ficou totalmente destruiacuteda com o impacto

Na figura 2 pode-se ver um equipamento fabricado por empresa idocircnea

dentro das normas estabelecidas pelo CONTRAN

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 2 - Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

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80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

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107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 21: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

20

Em relaccedilatildeo ao imaginar que no Brasil natildeo eacute possiacutevel aplicar este manual

tecircm-se exemplos de empresas que o usam e que obtecircm os resultados desejados

baseados em acompanhamento de produccedilatildeo pelos roteiros

2133 Instruccedilatildeo de Trabalho

Este manual detalha especificamente como deve ser executada determinada

tarefa conforme Rocha (1987 p 234) ldquoEste tipo de Manual nada mais eacute do que o

conjunto de instruccedilotildees escritas elaborado para destacar em todos os seus detalhes

a rotina a ser seguida de uma funccedilatildeo especiacuteficardquo

Na sequecircncia do roteiro de fabricaccedilatildeo determina-se que deva ser realizada

certa tarefa em uma aacuterea qualquer da empresa Por exemplo a etapa de pintura no

roteiro de fabricaccedilatildeo indica que o passo seguinte na fabricaccedilatildeo de uma peccedila deveraacute

receber acabamento superficial Ao chegar esta peccedila na aacuterea de pintura o pintor iraacute

executaacute-la conforme orienta a instruccedilatildeo de trabalho que por sua vez iraacute indicar qual

o tipo de tinta a ser usado o tipo de solvente maneira de aplicaccedilatildeo modo de cura

etc

Assim se evidencia que a aplicabilidade da instruccedilatildeo de trabalho estaacute mais

relacionada agraves possiacuteveis variantes de cada tarefa

2134 Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional demonstra a correta maneira de

operar determinado equipamento ou maacutequina Isto se justifica pelo fato de que cada

maacutequina ou tarefa tem a sua particularidade de operaccedilatildeo Na colocaccedilatildeo de Oliveira

(2005 p 394) ldquoeacute a indicaccedilatildeo de como satildeo executados os trabalhos dentro do

processo administrativordquo

Como exemplo pode-se citar a utilizaccedilatildeo de uma calculadora baacutesica

comparada a uma calculadora cientiacutefica O uso da calculadora baacutesica natildeo requer

muita praacutetica para sua operaccedilatildeo na cientiacutefica existem vaacuterias funccedilotildees agrupadas em

21

poucas teclas dedicadas e eacute necessaacuterio o uso de outras funccedilotildees complementares

para a equaccedilatildeo de um caacutelculo Ou seja por mais que tenha o mesmo princiacutepio

(equaccedilotildees) seus modos de operaccedilotildees diferem e para isto eacute necessaacuterio um manual

operacional

Em um ambiente fabril este manual auxilia sobremaneira a operaccedilatildeo das

maacutequinas existentes dentro da induacutestria ou seja com uma ampla variedade de tipos

de maacutequinas e equipamentos com as mais variadas aplicaccedilotildees surgem por vezes

dificuldades em seu manuseio onde pode existir diferenccedila de operaccedilatildeo de uma

maacutequina semelhante mas de fabricante diferente

Estas diferenccedilas construtivas de fabricantes advecircm muito de seus proacuteprios

diferenciais em oferecer produtos ao mercado com a vantagem competitiva de

oferecer mais facilidade de operaccedilatildeo ou mesmo como adequaccedilatildeo ao processo

interno de fabricaccedilatildeo

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito

Ao comentar sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito deve-se considerar que as leis de

tracircnsito tambeacutem tecircm um caraacuteter de procedimento operacional pois eacute ela que indica

a maneira correta do condutor usar as vias de traacutefego

Analogamente com a induacutestria que deve conter um procedimento operacional

para ordenar a produccedilatildeo de forma contiacutenua as leis de tracircnsito orientam para que o

fluxo de veiacuteculo ocorra de forma segura onde todos devem seguir as orientaccedilotildees

estipuladas pela lei assim tambeacutem garantindo a seguranccedila tanto de pedestres como

de motoristas

Ao focar especificamente nos automoacuteveis nota-se que com o passar dos

anos estes sofreram inuacutemeras evoluccedilotildees tornaram-se mais eficientes velozes e

seguros Os fabricantes de veiacuteculos na busca por competitividade sempre

desenvolvem carros mais avanccedilados baseados nos mais modernos sistemas

mecacircnicos a fim de oferecer ao consumidor produtos de extrema confiabilidade

Mas eacute importante lembrar tambeacutem que os carros dependem do fator humano

para funcionar pois o condutor do veiacuteculo eacute o responsaacutevel pela sua utilizaccedilatildeo e este

22

nem sempre eacute o mais confiaacutevel Corroborando para este apontamento segundo

dados do Departamento Nacional de Tracircnsito ndash DENATRAN no ano de 2006 houve

um total de mais de 470000 acidentes de tracircnsito e deste nuacutemero cerca de 32000

acidentes envolvendo veiacuteculos pesados No graacutefico 1 pode-se visualizar melhor

estes dados

FONTE Anuaacuterio Estatiacutestico do DENATRAN - RENAEST 2006 adaptado pelo autor 2009

GRAacuteFICO 1 - Tipos de veiacuteculos envolvidos em acidentes de tracircnsito com viacutetimas

Segundo esta visatildeo faz-se jus que as empresas tenham foco no quesito

seguranccedila quanto ao desenvolvimento de equipamentos e acessoacuterios para veiacuteculos

221 Parachoques Para Veiacuteculos Pesados

Da mesma forma como foi comentado sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito para

posicionar sobre os parachoques para veiacuteculos pesados entende-se que existe lei

regulamentando a fabricaccedilatildeo destes componentes neste caso a normativa que

regulamenta a fabricaccedilatildeo de parachoques traseiro de caminhotildees assemelha-se a

uma instruccedilatildeo de trabalho

Novamente compara-se com a induacutestria onde deve existir uma instruccedilatildeo de

trabalho para que a tarefa seja realizada dentro dos paracircmetros estabelecidos as

195325

1496932809

13299397303

473399

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

Carros Ocircnibus Caminhatildeo Motos Outros Total

23

leis de tracircnsito orientam para que os componentes de seguranccedila fabricados

atendam requisitos miacutenimos aceitaacuteveis E isto se consegue atraveacutes de certificaccedilatildeo

de aprovaccedilatildeo dos produtos submetidos a ensaios de destruiccedilatildeo

Os fabricantes de implementos rodoviaacuterios jaacute fornecem o parachoque

acoplado agrave carroceria quando oferecido ao cliente final pois conforme o tipo de

carroceria a ser instalada se requer um tipo especiacutefico de parachoque

A legislaccedilatildeo brasileira regulamenta a fabricaccedilatildeo de itens de seguranccedila em

veiacuteculos automotores esta regulamentaccedilatildeo eacute formulada pelo DENATRAN No caso

especiacutefico de veiacuteculos de carga com peso bruto total acima de 4600 quilos existe a

resoluccedilatildeo nordm 152 de 29 de outubro de 2003 (ANEXO A)

Tal resoluccedilatildeo se justifica para que as empresas sigam um padratildeo de

fabricaccedilatildeo e assegurem a integridade dos ocupantes dos veiacuteculos em caso de

acidente Ainda conforme a proacutepria resoluccedilatildeo define ldquoEstabelece os requisitos

teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque traseiro para veiacuteculos de cargardquo

(CONTRAN Res 1522003)

FONTE DENATRAN Adaptado pelo autor 2009

FIGURA 1 - Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo

24

Na figura 1 vecirc-se o resultado de um acidente envolvendo veiculo de passeio

com veiacuteculo de carga

Em decorrecircncia de anaacutelise dos mais variados tipo de acidentes de tracircnsito

envolvendo caminhotildees de carga averiguou-se que muitos fabricantes deste

equipamento de seguranccedila natildeo seguiam normas especiacuteficas e o resultado era que

os parachoques natildeo suportavam o impacto traseiro de um veiacuteculo de passeio

comum provocando o mortal efeito guilhotina na carroceria do caminhatildeo Este efeito

eacute a entrada demasiada do veiacuteculo na parte inferior da traseira do caminhatildeo

chegando ateacute o habitaacuteculo dos passageiros

Ao observar a figura 1 nota-se que o parachoque natildeo resistiu ao impacto do

automoacutevel e se desprendeu da carroceria algo inaceitaacutevel conforme a normativa

vigente Observa-se tambeacutem que a estrutura do parachoque eacute visivelmente fraacutegil de

modo que ficou totalmente destruiacuteda com o impacto

Na figura 2 pode-se ver um equipamento fabricado por empresa idocircnea

dentro das normas estabelecidas pelo CONTRAN

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 2 - Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

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73

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76

77

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79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

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95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

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98

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100

101

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103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 22: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

21

poucas teclas dedicadas e eacute necessaacuterio o uso de outras funccedilotildees complementares

para a equaccedilatildeo de um caacutelculo Ou seja por mais que tenha o mesmo princiacutepio

(equaccedilotildees) seus modos de operaccedilotildees diferem e para isto eacute necessaacuterio um manual

operacional

Em um ambiente fabril este manual auxilia sobremaneira a operaccedilatildeo das

maacutequinas existentes dentro da induacutestria ou seja com uma ampla variedade de tipos

de maacutequinas e equipamentos com as mais variadas aplicaccedilotildees surgem por vezes

dificuldades em seu manuseio onde pode existir diferenccedila de operaccedilatildeo de uma

maacutequina semelhante mas de fabricante diferente

Estas diferenccedilas construtivas de fabricantes advecircm muito de seus proacuteprios

diferenciais em oferecer produtos ao mercado com a vantagem competitiva de

oferecer mais facilidade de operaccedilatildeo ou mesmo como adequaccedilatildeo ao processo

interno de fabricaccedilatildeo

22 Legislaccedilatildeo de Tracircnsito

Ao comentar sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito deve-se considerar que as leis de

tracircnsito tambeacutem tecircm um caraacuteter de procedimento operacional pois eacute ela que indica

a maneira correta do condutor usar as vias de traacutefego

Analogamente com a induacutestria que deve conter um procedimento operacional

para ordenar a produccedilatildeo de forma contiacutenua as leis de tracircnsito orientam para que o

fluxo de veiacuteculo ocorra de forma segura onde todos devem seguir as orientaccedilotildees

estipuladas pela lei assim tambeacutem garantindo a seguranccedila tanto de pedestres como

de motoristas

Ao focar especificamente nos automoacuteveis nota-se que com o passar dos

anos estes sofreram inuacutemeras evoluccedilotildees tornaram-se mais eficientes velozes e

seguros Os fabricantes de veiacuteculos na busca por competitividade sempre

desenvolvem carros mais avanccedilados baseados nos mais modernos sistemas

mecacircnicos a fim de oferecer ao consumidor produtos de extrema confiabilidade

Mas eacute importante lembrar tambeacutem que os carros dependem do fator humano

para funcionar pois o condutor do veiacuteculo eacute o responsaacutevel pela sua utilizaccedilatildeo e este

22

nem sempre eacute o mais confiaacutevel Corroborando para este apontamento segundo

dados do Departamento Nacional de Tracircnsito ndash DENATRAN no ano de 2006 houve

um total de mais de 470000 acidentes de tracircnsito e deste nuacutemero cerca de 32000

acidentes envolvendo veiacuteculos pesados No graacutefico 1 pode-se visualizar melhor

estes dados

FONTE Anuaacuterio Estatiacutestico do DENATRAN - RENAEST 2006 adaptado pelo autor 2009

GRAacuteFICO 1 - Tipos de veiacuteculos envolvidos em acidentes de tracircnsito com viacutetimas

Segundo esta visatildeo faz-se jus que as empresas tenham foco no quesito

seguranccedila quanto ao desenvolvimento de equipamentos e acessoacuterios para veiacuteculos

221 Parachoques Para Veiacuteculos Pesados

Da mesma forma como foi comentado sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito para

posicionar sobre os parachoques para veiacuteculos pesados entende-se que existe lei

regulamentando a fabricaccedilatildeo destes componentes neste caso a normativa que

regulamenta a fabricaccedilatildeo de parachoques traseiro de caminhotildees assemelha-se a

uma instruccedilatildeo de trabalho

Novamente compara-se com a induacutestria onde deve existir uma instruccedilatildeo de

trabalho para que a tarefa seja realizada dentro dos paracircmetros estabelecidos as

195325

1496932809

13299397303

473399

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

Carros Ocircnibus Caminhatildeo Motos Outros Total

23

leis de tracircnsito orientam para que os componentes de seguranccedila fabricados

atendam requisitos miacutenimos aceitaacuteveis E isto se consegue atraveacutes de certificaccedilatildeo

de aprovaccedilatildeo dos produtos submetidos a ensaios de destruiccedilatildeo

Os fabricantes de implementos rodoviaacuterios jaacute fornecem o parachoque

acoplado agrave carroceria quando oferecido ao cliente final pois conforme o tipo de

carroceria a ser instalada se requer um tipo especiacutefico de parachoque

A legislaccedilatildeo brasileira regulamenta a fabricaccedilatildeo de itens de seguranccedila em

veiacuteculos automotores esta regulamentaccedilatildeo eacute formulada pelo DENATRAN No caso

especiacutefico de veiacuteculos de carga com peso bruto total acima de 4600 quilos existe a

resoluccedilatildeo nordm 152 de 29 de outubro de 2003 (ANEXO A)

Tal resoluccedilatildeo se justifica para que as empresas sigam um padratildeo de

fabricaccedilatildeo e assegurem a integridade dos ocupantes dos veiacuteculos em caso de

acidente Ainda conforme a proacutepria resoluccedilatildeo define ldquoEstabelece os requisitos

teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque traseiro para veiacuteculos de cargardquo

(CONTRAN Res 1522003)

FONTE DENATRAN Adaptado pelo autor 2009

FIGURA 1 - Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo

24

Na figura 1 vecirc-se o resultado de um acidente envolvendo veiculo de passeio

com veiacuteculo de carga

Em decorrecircncia de anaacutelise dos mais variados tipo de acidentes de tracircnsito

envolvendo caminhotildees de carga averiguou-se que muitos fabricantes deste

equipamento de seguranccedila natildeo seguiam normas especiacuteficas e o resultado era que

os parachoques natildeo suportavam o impacto traseiro de um veiacuteculo de passeio

comum provocando o mortal efeito guilhotina na carroceria do caminhatildeo Este efeito

eacute a entrada demasiada do veiacuteculo na parte inferior da traseira do caminhatildeo

chegando ateacute o habitaacuteculo dos passageiros

Ao observar a figura 1 nota-se que o parachoque natildeo resistiu ao impacto do

automoacutevel e se desprendeu da carroceria algo inaceitaacutevel conforme a normativa

vigente Observa-se tambeacutem que a estrutura do parachoque eacute visivelmente fraacutegil de

modo que ficou totalmente destruiacuteda com o impacto

Na figura 2 pode-se ver um equipamento fabricado por empresa idocircnea

dentro das normas estabelecidas pelo CONTRAN

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 2 - Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

54

55

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60

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70

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72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

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84

85

86

87

88

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90

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93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

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100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 23: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

22

nem sempre eacute o mais confiaacutevel Corroborando para este apontamento segundo

dados do Departamento Nacional de Tracircnsito ndash DENATRAN no ano de 2006 houve

um total de mais de 470000 acidentes de tracircnsito e deste nuacutemero cerca de 32000

acidentes envolvendo veiacuteculos pesados No graacutefico 1 pode-se visualizar melhor

estes dados

FONTE Anuaacuterio Estatiacutestico do DENATRAN - RENAEST 2006 adaptado pelo autor 2009

GRAacuteFICO 1 - Tipos de veiacuteculos envolvidos em acidentes de tracircnsito com viacutetimas

Segundo esta visatildeo faz-se jus que as empresas tenham foco no quesito

seguranccedila quanto ao desenvolvimento de equipamentos e acessoacuterios para veiacuteculos

221 Parachoques Para Veiacuteculos Pesados

Da mesma forma como foi comentado sobre legislaccedilatildeo de tracircnsito para

posicionar sobre os parachoques para veiacuteculos pesados entende-se que existe lei

regulamentando a fabricaccedilatildeo destes componentes neste caso a normativa que

regulamenta a fabricaccedilatildeo de parachoques traseiro de caminhotildees assemelha-se a

uma instruccedilatildeo de trabalho

Novamente compara-se com a induacutestria onde deve existir uma instruccedilatildeo de

trabalho para que a tarefa seja realizada dentro dos paracircmetros estabelecidos as

195325

1496932809

13299397303

473399

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

500000

Carros Ocircnibus Caminhatildeo Motos Outros Total

23

leis de tracircnsito orientam para que os componentes de seguranccedila fabricados

atendam requisitos miacutenimos aceitaacuteveis E isto se consegue atraveacutes de certificaccedilatildeo

de aprovaccedilatildeo dos produtos submetidos a ensaios de destruiccedilatildeo

Os fabricantes de implementos rodoviaacuterios jaacute fornecem o parachoque

acoplado agrave carroceria quando oferecido ao cliente final pois conforme o tipo de

carroceria a ser instalada se requer um tipo especiacutefico de parachoque

A legislaccedilatildeo brasileira regulamenta a fabricaccedilatildeo de itens de seguranccedila em

veiacuteculos automotores esta regulamentaccedilatildeo eacute formulada pelo DENATRAN No caso

especiacutefico de veiacuteculos de carga com peso bruto total acima de 4600 quilos existe a

resoluccedilatildeo nordm 152 de 29 de outubro de 2003 (ANEXO A)

Tal resoluccedilatildeo se justifica para que as empresas sigam um padratildeo de

fabricaccedilatildeo e assegurem a integridade dos ocupantes dos veiacuteculos em caso de

acidente Ainda conforme a proacutepria resoluccedilatildeo define ldquoEstabelece os requisitos

teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque traseiro para veiacuteculos de cargardquo

(CONTRAN Res 1522003)

FONTE DENATRAN Adaptado pelo autor 2009

FIGURA 1 - Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo

24

Na figura 1 vecirc-se o resultado de um acidente envolvendo veiculo de passeio

com veiacuteculo de carga

Em decorrecircncia de anaacutelise dos mais variados tipo de acidentes de tracircnsito

envolvendo caminhotildees de carga averiguou-se que muitos fabricantes deste

equipamento de seguranccedila natildeo seguiam normas especiacuteficas e o resultado era que

os parachoques natildeo suportavam o impacto traseiro de um veiacuteculo de passeio

comum provocando o mortal efeito guilhotina na carroceria do caminhatildeo Este efeito

eacute a entrada demasiada do veiacuteculo na parte inferior da traseira do caminhatildeo

chegando ateacute o habitaacuteculo dos passageiros

Ao observar a figura 1 nota-se que o parachoque natildeo resistiu ao impacto do

automoacutevel e se desprendeu da carroceria algo inaceitaacutevel conforme a normativa

vigente Observa-se tambeacutem que a estrutura do parachoque eacute visivelmente fraacutegil de

modo que ficou totalmente destruiacuteda com o impacto

Na figura 2 pode-se ver um equipamento fabricado por empresa idocircnea

dentro das normas estabelecidas pelo CONTRAN

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 2 - Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

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80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 24: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

23

leis de tracircnsito orientam para que os componentes de seguranccedila fabricados

atendam requisitos miacutenimos aceitaacuteveis E isto se consegue atraveacutes de certificaccedilatildeo

de aprovaccedilatildeo dos produtos submetidos a ensaios de destruiccedilatildeo

Os fabricantes de implementos rodoviaacuterios jaacute fornecem o parachoque

acoplado agrave carroceria quando oferecido ao cliente final pois conforme o tipo de

carroceria a ser instalada se requer um tipo especiacutefico de parachoque

A legislaccedilatildeo brasileira regulamenta a fabricaccedilatildeo de itens de seguranccedila em

veiacuteculos automotores esta regulamentaccedilatildeo eacute formulada pelo DENATRAN No caso

especiacutefico de veiacuteculos de carga com peso bruto total acima de 4600 quilos existe a

resoluccedilatildeo nordm 152 de 29 de outubro de 2003 (ANEXO A)

Tal resoluccedilatildeo se justifica para que as empresas sigam um padratildeo de

fabricaccedilatildeo e assegurem a integridade dos ocupantes dos veiacuteculos em caso de

acidente Ainda conforme a proacutepria resoluccedilatildeo define ldquoEstabelece os requisitos

teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque traseiro para veiacuteculos de cargardquo

(CONTRAN Res 1522003)

FONTE DENATRAN Adaptado pelo autor 2009

FIGURA 1 - Colisatildeo traseira de automoacutevel em caminhatildeo

24

Na figura 1 vecirc-se o resultado de um acidente envolvendo veiculo de passeio

com veiacuteculo de carga

Em decorrecircncia de anaacutelise dos mais variados tipo de acidentes de tracircnsito

envolvendo caminhotildees de carga averiguou-se que muitos fabricantes deste

equipamento de seguranccedila natildeo seguiam normas especiacuteficas e o resultado era que

os parachoques natildeo suportavam o impacto traseiro de um veiacuteculo de passeio

comum provocando o mortal efeito guilhotina na carroceria do caminhatildeo Este efeito

eacute a entrada demasiada do veiacuteculo na parte inferior da traseira do caminhatildeo

chegando ateacute o habitaacuteculo dos passageiros

Ao observar a figura 1 nota-se que o parachoque natildeo resistiu ao impacto do

automoacutevel e se desprendeu da carroceria algo inaceitaacutevel conforme a normativa

vigente Observa-se tambeacutem que a estrutura do parachoque eacute visivelmente fraacutegil de

modo que ficou totalmente destruiacuteda com o impacto

Na figura 2 pode-se ver um equipamento fabricado por empresa idocircnea

dentro das normas estabelecidas pelo CONTRAN

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 2 - Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 25: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

24

Na figura 1 vecirc-se o resultado de um acidente envolvendo veiculo de passeio

com veiacuteculo de carga

Em decorrecircncia de anaacutelise dos mais variados tipo de acidentes de tracircnsito

envolvendo caminhotildees de carga averiguou-se que muitos fabricantes deste

equipamento de seguranccedila natildeo seguiam normas especiacuteficas e o resultado era que

os parachoques natildeo suportavam o impacto traseiro de um veiacuteculo de passeio

comum provocando o mortal efeito guilhotina na carroceria do caminhatildeo Este efeito

eacute a entrada demasiada do veiacuteculo na parte inferior da traseira do caminhatildeo

chegando ateacute o habitaacuteculo dos passageiros

Ao observar a figura 1 nota-se que o parachoque natildeo resistiu ao impacto do

automoacutevel e se desprendeu da carroceria algo inaceitaacutevel conforme a normativa

vigente Observa-se tambeacutem que a estrutura do parachoque eacute visivelmente fraacutegil de

modo que ficou totalmente destruiacuteda com o impacto

Na figura 2 pode-se ver um equipamento fabricado por empresa idocircnea

dentro das normas estabelecidas pelo CONTRAN

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 2 - Parachoque traseiro de caminhatildeo conforme normativa

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

61

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63

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65

66

67

68

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 26: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

25

Este equipamento foi aprovado nos testes de seguranccedila exigidos pela

legislaccedilatildeo atual prova disto eacute a plaqueta de identificaccedilatildeo e aprovaccedilatildeo do

componente conforme laudo teacutecnico apresentado por oacutergatildeo de certificaccedilatildeo ligado ao

DENATRAN como mostra na indicaccedilatildeo da seta na figura

De acordo com a resoluccedilatildeo nordm 152 este item deve apresentar deformaccedilatildeo

miacutenima de modo que evite o adentramento do veiacuteculo sob a carroceria desta

maneira diminui as chances de lesotildees mais seacuterias que possam ocorrer no momento

do acidente

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

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80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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89

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95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

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98

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100

101

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103

104

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106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 27: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

26

3 PROCEDIMENTO METODOLOacuteGICO

O presente estudo monograacutefico foi desenvolvido seguindo a concepccedilatildeo de

estudo de caso Este estudo foi tomado na Ludwig Induacutestria (ANEXO C) no periacuteodo

entre dezembro de 2008 e abril de 2009 onde se realizou uma pesquisa descritiva e

observativa

Optou-se por estudo de caso em virtude da viabilidade de obtenccedilatildeo de dados

com a interaccedilatildeo entre tarefas rotineiras de produccedilatildeo e a percepccedilatildeo de algumas

deficiecircncias no processo produtivo

Este estudo de caso delimitou-se em avaliar somente o conjunto do

parachoque fabricado pela empresa sem levar em consideraccedilatildeo os demais

produtos Justifica-se a escolha do parachoque por ser o produto que tem a

responsabilidade de ajudar a preservar vidas em caso de acidente diminuindo a

possibilidade de agravamento das lesotildees

Dentro deste panorama torna-se imprescindiacutevel implantar melhorias na

fabricaccedilatildeo deste equipamento pois com as sucessivas inconsistecircncias apontadas

gera um alto custo operacional na empresa encarecendo o produto final

Para o desenvolvimento do estudo de caso iniciou-se com a avaliaccedilatildeo da

conjuntura atual da empresa Nesta etapa buscou-se acompanhar o processo atual

de fabricaccedilatildeo dos equipamentos e verificar as falhas do processo Com este

levantamento foi possiacutevel determinar quais os pontos principais a serem abordados

na proposta de melhoria

Em um segundo momento foi pesquisado o embasamento teoacuterico Depois de

acompanhar a fabricaccedilatildeo e constatadas as falhas do processo de produccedilatildeo atual foi

necessaacuterio ordenar e processar as informaccedilotildees para em seguida encontrar estudos

publicaccedilotildees livros revistas e contatos com profissionais da aacuterea para coletar

informaccedilotildees a fim de elaborar uma proposta para sanar estas deficiecircncias

Complementando o estudo de caso foram apresentadas possiacuteveis

alternativas para a empresa adotar as quais consistem em elaboraccedilatildeo dos projetos

e manuais como ferramentas para melhorar a eficiecircncia do processo e a eficaacutecia do

produto

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

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APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 28: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

27

31 Caracterizaccedilatildeo da Empresa

A Thermo Rio foi fundada em 1999 instalando-se na cidade de Rio Verde ndash

GO tendo como responsabilidade representar distribuir e dar assistecircncia a

equipamentos de refrigeraccedilatildeo veicular da marca Thermo King Eacute uma empresa de

prestaccedilatildeo de serviccedilos em equipamentos refrigeradores e peccedilas para refrigeraccedilatildeo de

transportes e industrializaccedilatildeo de bauacutes refrigerados

A Thermo Rio Refrigeraccedilatildeo Ltda trabalha na aacuterea de distribuiccedilatildeo de peccedilas

serviccedilos de refrigeraccedilatildeo industrial e de transporte vendas de equipamentos novos e

usados poacutes-vendas reformas de carretas e cacircmaras frigoriacuteficas

A matriz situada em Rio Verde no estado de Goiaacutes conta com uma aacuterea

superior a 24 mil metros com mais de 3500 de aacuterea construiacuteda e projeto de

ampliaccedilatildeo para mais 2000 metros Ao todo satildeo mais de 70000 metros de aacuterea em

todas as unidades

Tem mais de nove anos de atuaccedilatildeo nacional Conhecimento e especializaccedilatildeo

em parcerias com o maior distribuidor de produtos e equipamentos de refrigeraccedilatildeo e

alianccedilas com importantes organizaccedilotildees Eacute tambeacutem a maior empresa de refrigeraccedilatildeo

frigoriacutefica do centro-oeste brasileiro e a maior em manutenccedilatildeo de frota de transporte

refrigerado de cargas vivas

FONTE Capturado pelo autor 2009

FIGURA 3 - Matriz Thermo Rio

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 29: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

28

311 Ludwig Induacutestria de Carrocerias Ltda

A Thermo Rio conta com uma empresa especializada na construccedilatildeo e

reforma de carrocerias frigoriacuteficas tendo sempre como prioridade a utilizaccedilatildeo de

mateacuterias-primas de alta qualidade assegurando uma elevada performance para

atender assim agraves necessidades dos clientes Esta empresa eacute a Ludwig Induacutestria de

Carrocerias que tambeacutem esta situada em Rio Verde

A fabricaccedilatildeo de carrocerias frigoriacuteficas deve atender agraves caracteriacutesticas

especificas de construccedilatildeo como vedaccedilatildeo contra intempeacuteries externas (chuva

poeira ar umidade etc) aleacutem de assegurar a qualidade do produto o qual eacute

transportado

O ambiente interno de um bauacute frigoriacutefico eacute climatizado ou seja satildeo

controladas a temperatura e a umidade Para que este ambiente seja possiacutevel o

equipamento de refrigeraccedilatildeo a ser instalado deve ser dimensionado para o volume

interno do bauacute que varia conforme o caminhatildeo onde bauacute seraacute instalado

Esta conjuntura de fatores faz com que o processo de fabricaccedilatildeo do bauacute seja

extremamente detalhista e com isto consiga assegurar a confiabilidade do produto

312 Missatildeo

Atuar no segmento de refrigeraccedilatildeo para transportes de forma diferenciada

com peccedilas e equipamentos de alta qualidade e tecnologia avanccedilada de forma

responsaacutevel agregando valor aos clientes e agrave empresa atraveacutes de uma eficiente

gestatildeo dos recursos humanos e tecnoloacutegicos contribuindo para o desenvolvimento

regional e nacional

313 Visatildeo

Tornar-se liacuteder no mercado de equipamentos peccedilas e implementos para

transporte refrigerado

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

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80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

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100

101

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104

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106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 30: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

314 Organograma

FONTE

FIGURA 4

ADMINISTRATIVO

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

FONTE

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

FIGURA 4

- Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA

ADMINISTRATIVO

314 Organograma

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOMATRIZ

RIO VERDE - GO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

THERMO RIOFILIAL 2

ARAGUAINA - TO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

DIRETORIA

Thermo Rio adaptado pelo autor 2009

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

ALMOXARIFADO

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

Organograma estrutural do grupo Thermo Rio

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE

ADMINISTRATIVO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE

ADMINISTRATIVO

COORDENACcedilAtildeO

APOIO

THERMO RIOFILIAL 1

V GRANDE - MT

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

LUDWIG INDFILIAL 3

RIO VERDE - GO

COORDENACcedilAtildeO

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

MANUTENCcedilAtildeO EQUIPAMENTOS

ALMOXARIFADO

OFICINA

PRODUCcedilAtildeO

ALMOXARIFADO

OFICINA

29

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

54

55

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57

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60

61

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69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 31: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

30

4 RESULTADOS E DISCUSSOtildeES

41 Situaccedilatildeo Atual na Empresa

Ao analisar criteriosamente o ambiente da Ludwig Induacutestria Ltda percebe-se

que o sistema de produccedilatildeo atual do parachoque traseiro dos caminhotildees eacute algo

defasado com meacutetodos natildeo condizentes com o potencial da empresa tanto para

sua estrutura quanto para sua imagem como fabricante de equipamentos de

seguranccedila

Esta observaccedilatildeo inicial nos orienta como deve ser trabalhada a implantaccedilatildeo

dos manuais administrativos na empresa devido ao fato que um determinado

componente pode levar a integraccedilatildeo de vaacuterias aacutereas da empresa para a sua

confecccedilatildeo e isto deve ser feito de maneira que todas tenham sintonia tornando

possiacutevel o acompanhamento individual de cada componente

No decorrer da anaacutelise da empresa constatou-se que simplesmente se

fabrica o parachoque conforme dimensional tirado ao acaso no instante de montaacute-lo

ou seja a empresa possui um estoque de peccedilas (vigas e perfis) de medidas padrotildees

e no instante da montagem estas peccedilas satildeo cortadas e soldadas conforme a

necessidade e possibilidade de instalaccedilatildeo o que gera formatos de parachoques os

mais variados possiacuteveis

411 Dificuldades Encontradas

Na observacircncia do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da Ludwig

Induacutestria constataram-se algumas deficiecircncias

- Fabricaccedilatildeo com medidas tomadas ao acaso (sem projeto padratildeo)

- Construccedilatildeo sem seguimento das normas do CONTRAN

- Montagem dos componentes sem sequecircncia adequada

- Desperdiacutecio de material (uso de materiais desnecessaacuterios)

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

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60

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79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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89

90

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93

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95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

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100

101

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103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 32: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

31

- Retrabalho

- Alto volume de sucatas (variaccedilatildeo entre 2 kg a 10 kg de chapas de accedilo)

- Alto tempo de fabricaccedilatildeo (variaccedilatildeo entre 6 a 8 horas)

Nestas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente que existe possibilidade de

melhoria a ser implantada

Toma-se por exemplo o desperdiacutecio de material onde por natildeo ter um projeto

padratildeo de construccedilatildeo acaba-se por utilizar mais material do que realmente

necessaacuterio como no caso de chapas de accedilo Chapas de accedilo satildeo compradas e

pagas por peso o que hoje estaacute em torno de R$ 1200 o quilo conforme orccedilamento

da empresa (ANEXO B)

Fabricar uma peccedila com uma espessura de material superdimensionada

acarreta maior custo de fabricaccedilatildeo sem que se consiga agregar maior valor no preccedilo

final de venda ao consumidor

Outro caso eacute o proacuteprio sucateamento de material onde a peccedila final eacute cortada

no momento de instalaccedilatildeo e o recorte que sobra vai diretamente para a sucata

Valorizando somente o custo do material que vai pra sucata pode chegar algo em

torno de R$ 10000 isto sem considerar o valor de serviccedilo para a execuccedilatildeo de corte

dobra e solda da peccedila

Mais uma situaccedilatildeo eacute o alto tempo de fabricaccedilatildeo do parachoque muito em

funccedilatildeo das necessaacuterias correccedilotildees do dimensional para a instalaccedilatildeo no caminhatildeo

que varia de dimensatildeo das longarinas para fixaccedilatildeo conforme cada fabricante

oferece Neste caso o tempo de fabricaccedilatildeo acarreta em maior ocupaccedilatildeo de matildeo-de-

obra novamente encarecendo o custo de produccedilatildeo e sem agregar valor ao produto

Com base no valor da hora de matildeo-de-obra estipulado pela Ludwig Induacutestria

que hoje estaacute em R$ 4500 a hora por funcionaacuterio e com a necessidade de dois

funcionaacuterios para executar a tarefa tem-se um custo de matildeo-de-obra de

aproximadamente R$ 70000

Ateacute este ponto numa anaacutelise simploacuteria do processo foi possiacutevel detectar que

se tem um custo de fabricaccedilatildeo elevado para o parachoque onde se pode chegar ateacute

a mais de R$ 80000 no preccedilo de venda final do produto

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 33: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

32

42 Situaccedilatildeo Proposta

Apoacutes levantamento do processo de fabricaccedilatildeo atual dos parachoques da

Ludwig Induacutestria e constatadas as irregularidades foi realizada consulta com

profissionais da aacuterea para encontrar sugestotildees de quais meacutetodos seriam os mais

indicados para a melhoria do processo de fabricaccedilatildeo com base em uma nova

concepccedilatildeo de modo de trabalho

Nesta consulta foi revelador que o primordial eacute ter um projeto especiacutefico para

o modelo de parachoque que a empresa estava dimensionando e atendesse agrave

legislaccedilatildeo de tracircnsito vigente e que para poder chegar a um custo de fabricaccedilatildeo

miacutenimo tambeacutem eacute aconselhaacutevel o acompanhamento da produccedilatildeo atraveacutes de algum

meio de informaccedilatildeo que tanto a alta administraccedilatildeo tivesse acesso como o niacutevel

operacional

421 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produtos

O primeiro passo tomado neste sentido foi a sugestatildeo de implantaccedilatildeo da aacuterea

de desenvolvimento de produtos na empresa Com esta aacuterea seraacute possiacutevel fazer um

levantamento da capacidade operacional da induacutestria quais as maacutequinas e

equipamentos disponiacuteveis para a fabricaccedilatildeo de peccedilas

Com estes dados em matildeo seraacute tambeacutem realizada pesquisa em livros

teacutecnicos de metaluacutergica para dimensionar estruturalmente o parachoque conforme

as exigecircncias do CONTRAN e em seguida desenhado o produto virtualmente em

ambiente CAD onde seraacute visualizado em primeira instacircncia o que seraacute o produto

final da empresa como sugere a figura 5

Aleacutem disso com este projeto podem-se determinar todos os detalhes do

produto desde o aproveitamento do material ateacute o conjunto de montagem aleacutem de

checagem das interferecircncias que porventura venham a ocorrer sendo possiacutevel

tambeacutem ajustar o dimensional antes mesmo de ser fabricado

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

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60

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72

73

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76

77

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79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

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85

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87

88

89

90

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93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 34: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

33

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 5 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo do produto final

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 6 - Ambiente CAD com visualizaccedilatildeo explodida do produto final

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 35: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

34

Na figura 6 mostra-se o esquema de montagem correto do parachoque

atraveacutes de uma visualizaccedilatildeo explodida do produto utilizando-se dos recursos do

CAD para verificar os eixos de alinhamento

Com o detalhamento do produto pela aacuterea do projeto fica visiacutevel a quantidade

de componentes que formam o produto final sendo que cada qual tem sua funccedilatildeo

assegurando assim a qualidade do conjunto montado

Na representaccedilatildeo das figuras 5 e 6 visualiza-se apenas o projeto preliminar

do produto Para a fabricaccedilatildeo do produto eacute necessaacuterio o desmembramento do

conjunto e o detalhamento de cada peccedila a ser fabricado em um desenho proacuteprio

especificando todas as dimensotildees material a ser usado e demais informaccedilotildees

pertinentes agrave peccedila Este detalhamento das peccedilas seraacute visualizado no exemplo da

figura 7

422 Implantaccedilatildeo da Aacuterea de Planejamento e Controle da Produccedilatildeo

Com o projeto do produto detalhado em matildeo seraacute possiacutevel determinar quais

as operaccedilotildees necessaacuterias para que o parachoque tome forma final e a aacuterea de

Planejamento e Controle da Produccedilatildeo tem a responsabilidade de assegurar que isto

seja possiacutevel

Com o PCP implantado poderaacute ser feito o levantamento preacutevio de custo do

produto final pois com o planejamento da produccedilatildeo seratildeo identificados quais os

custos de cada etapa do valor do material empregado para a fabricaccedilatildeo a

quantidade de horas tomadas para a execuccedilatildeo de cada tarefa quais as maacutequinas

necessaacuterias etc

O PCP tambeacutem tem a responsabilidade de programar as compras de

materiais maacutequinas e equipamentos necessaacuterios para atender agrave produccedilatildeo em vista

que teraacute em matildeos a quantidade de mateacuteria-prima a ser usada em cada peccedila Entatildeo

com previsatildeo nas vendas da empresa deveraacute providenciar a compra destas

mateacuterias a fim de natildeo faltar peccedilas durante a fabricaccedilatildeo o que certamente

ocasionaria atraso de entrega comprometendo as garantias de prazo da empresa

para com o cliente

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 36: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

35

423 Elaboraccedilatildeo de Manuais Operacionais

Outra sugestatildeo proposta foi a adoccedilatildeo de manuais operacionais pela empresa

Estes manuais tecircm o intuito de facilitar o entendimento da maneira correta de

fabricaccedilatildeo do produto tanto em cada etapa do processo como em detalhamento de

cada tarefa orientada pelo processo

Para chegar ao desenvolvimento dos manuais foi observado o atual processo

de fabricaccedilatildeo e suas deficiecircncias onde um dos principais pontos relacionados era a

falta de uniformidade de execuccedilatildeo do produto tanto em projeto como em

construccedilatildeo

Para que as informaccedilotildees certas cheguem agraves pessoas certas no momento

certo eacute apontado a adoccedilatildeo dos manuais para contribuiacuterem com a fluidez do

serviccedilo

4231 Desenvolvimento de Sistema de Codificaccedilatildeo

Antes de comeccedilar mesmo a trabalhar com os manuais propriamente ditos eacute

necessaacuteria uma codificaccedilatildeo para estes como forma de diferenciaacute-los de suas

diversas aplicaccedilotildees e mesmo a sua localizaccedilatildeo correta e exata no momento em que

for solicitado

No caso da Ludwig Induacutestria eacute plenamente aceitaacutevel uma codificaccedilatildeo mais

simploacuteria em virtude de sua estrutura enxuta e de pouca variedade de produtos

trabalhados pela empresa

Conveacutem salientar que o desenvolvimento de sistema de codificaccedilatildeo deve ser

elaborado criteriosamente de maneira que esta possa ser plenamente utilizaacutevel no

futuro em funccedilatildeo do possiacutevel crescimento estrutural da empresa Assim o natural

aumento de produtos agregados agrave linha de produccedilatildeo possam servir-se desta

codificaccedilatildeo respeitando os produtos existentes e complementando-se com os novos

projetos a serem desenvolvidos

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

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70

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80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

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107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 37: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

36

Dentro deste conceito eacute imprescindiacutevel delegar a responsabilidade de criaccedilatildeo

de coacutedigos agrave aacuterea de desenvolvimento de produtos

Para esta aplicaccedilatildeo eacute sugerido o desenvolvimento de uma codificaccedilatildeo

baseada em grupos subgrupos e classe como apresentado a seguir

GRUPO SUBGRUPO CLASSE

00

- GERAL 00

- GERAL 00

- GERAL

10

- PRODUTO

10

- BAUacute OVO

45

- METROS

20

- PROCESSOS

20

- BAUacute PINTO

50

- METROS

30

- PROCEDIMENTOS

30

- BAUacute FRIGORIacuteFICO

55

- METROS

40

- INSTRUCcedilOtildeES

40

- PISO EMBUTIDO

60

- METROS

50

- DIVERSOS

50

- DIVERSOS

65

- METROS

Detalhando esta numeraccedilatildeo seraacute definido como GRUPO o conjunto de

iniciais de coacutedigos que indicaratildeo se tratar de um produto de um processo de

fabricaccedilatildeo (roteiro) de um procedimento operacional de uma instruccedilatildeo de trabalho

ou outra aplicaccedilatildeo diversa

Em seguida o coacutedigo seraacute composto por um SUBGRUPO que identificaraacute

sobre que tipo de produto ou equipamento foi desenvolvido no respectivo coacutedigo

Complementando a criaccedilatildeo do coacutedigo teraacute tambeacutem a distinccedilatildeo entre

tamanhos dos produtos ou uma aplicaccedilatildeo geral comum a todos os equipamentos

No exemplo representado pelo tamanho 60 quer dizer que se refere ao

comprimento de 600 metros

E por fim tem a proacutepria sequumlecircncia numeacuterica de criaccedilatildeo do coacutedigo dentro da

sua mesma definiccedilatildeo a qual receberaacute uma denominaccedilatildeo adequada

Em suma um coacutedigo eacute formado por trecircs seacuteries de numerais mais uma

sequumlecircncia proacutepria dentre do seu grupo como no exemplo a seguir

1000000045 ndash Pino Oslash30

Sequecircncia

Classe

Subgrupo

Grupo

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

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80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

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107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 38: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

37

Ou seja o coacutedigo gerado para o Pino Oslash30 quer dizer que ele pertence ao

grupo dos produtos de fabricaccedilatildeo para aplicaccedilatildeo geral em todos os tamanhos de

carrocerias

Na figura 7 tem-se um exemplo do desenho teacutecnico da peccedila aplicada na

construccedilatildeo do parachoque Observar que o desenho estaacute todo detalhado para ser

de faacutecil entendimento a sua fabricaccedilatildeo observar ainda as informaccedilotildees adicionais

constantes na legenda (APEcircNDICE A)

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 7 - Modelo de desenho teacutecnico de componente do parachoque

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

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70

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72

73

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76

77

78

79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

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84

85

86

87

88

89

90

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92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 39: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

38

4232 Implantaccedilatildeo de Roteiro de Produccedilatildeo

A interpretaccedilatildeo eacute que com a aplicaccedilatildeo de um roteiro de fabricaccedilatildeo para as

peccedilas na induacutestria se conseguiraacute acompanhar melhor a sua construccedilatildeo bem como

avaliar o tempo necessaacuterio para a sua fabricaccedilatildeo desta forma tambeacutem seraacute

possiacutevel estabelecer uma previsatildeo de entrega dos pedidos dos clientes

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 8 - Modelo de roteiro de fabricaccedilatildeo que acompanha o desenho

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

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56

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60

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72

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77

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79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

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84

85

86

87

88

89

90

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92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 40: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

39

Na figura 8 visualiza-se o modelo do roteiro com a indicaccedilatildeo do seu referido

coacutedigo coincidindo com coacutedigo do desenho somente mudando de grupo Observa-

se tambeacutem que no roteiro estaacute especificado de que componente agrupador maior o

desenho eou processo faz parte e este do conjunto de montagem final

Este roteiro eacute especificado para cada desenho criado pela aacuterea de

desenvolvimento de produto de modo que todo e qualquer item a ser fabricado

tenha um acompanhamento do PCP e mesmo o funcionaacuterio saiba o que deve ser

feito naquele instante e o destino que deve ser dado apoacutes a execuccedilatildeo da tarefa

O roteiro de fabricaccedilatildeo deve acompanhar o seu respectivo desenho de

produto para que seja distinguiacutevel dos demais componentes que formam o produto

final

Este eacute o mesmo desenho que vai para a induacutestria para ser fabricado e em

seu verso tambeacutem vai o processo de fabricaccedilatildeo (roteiro) para ser acompanhado

em todas as aacutereas de produccedilatildeo seguindo a ordem dos passos conforme estaacute

descrita assim evitaraacute ser entregue em local natildeo condizente com a sua montagem

(APEcircNDICE A)

4233 Implantaccedilatildeo de Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho

O modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho proposto para a Ludwig Induacutestria se

baseia na complexidade de operaccedilotildees que satildeo necessaacuterias para as execuccedilotildees da

cada tarefa do processo Uma peccedila sofre vaacuterias etapas de transformaccedilatildeo ateacute

adquirir sua forma final que seraacute montada no conjunto do parachoque

A Instruccedilatildeo de Trabalho estaacute inserida no roteiro de processo Esta instruccedilatildeo

pode servir a vaacuterias peccedilas com fabricaccedilatildeo semelhante ou a uma uacutenica peccedila em

virtude de suas particularidades exclusivas que natildeo possuem outra caracteriacutestica de

construccedilatildeo em comum agraves demais

Uma peccedila a ser fabricada pode ter vaacuterias etapas de fabricaccedilatildeo e em cada

etapa poderaacute ou natildeo ter uma instruccedilatildeo de trabalho orientando a sua correta maneira

de execuccedilatildeo Isto varia conforme a forma funccedilatildeo aplicaccedilatildeo e funcionalidade de

cada peccedila (APEcircNDICE B)

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

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80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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89

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93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

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100

101

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103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 41: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

40

Na figura 9 observa-se um modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho para pintura

neste modelo estatildeo descritos todos os passos necessaacuterios para a execuccedilatildeo da

tarefa algo que natildeo teria nexo de ser detalhado no roteiro de fabricaccedilatildeo Outro

detalhe apontado na figura 8 eacute o coacutedigo proacuteprio para esta tarefa sem ligaccedilatildeo direta

com coacutedigo de desenho justamente por ser uma tarefa que pode ser aplicada agraves

demais peccedilas do parachoque

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 9 - Modelo de instruccedilatildeo de trabalho para execuccedilatildeo de tarefa

41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

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70

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79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

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85

86

87

88

89

90

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92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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41

4234 Implantaccedilatildeo de Manual de Procedimento Operacional

O manual de Procedimento Operacional aplica-se mais frequentemente a

maacutequinas e equipamentos da induacutestria A Ludwig Induacutestria por possuir vasta gama

de maacutequinas operacionais deve elaborar um manual operacional para cada tipo de

maacutequina (APEcircNDICE C)

Apoacutes levantamento de todas as maacutequinas operacionais disponiacuteveis na Ludwig

Induacutestria e a localizaccedilatildeo de seus respectivos manuais de operaccedilatildeo e manutenccedilatildeo

foram destacados os principais pontos necessaacuterios ao funcionamento baacutesico da

cada maacutequina e com estes pontos foi desenvolvido um manual mais praacutetico e

compacto para uso no dia-a-dia da produccedilatildeo deixando o manual original para

situaccedilotildees emergenciais ou para algo que ocorra eventualmente em seu

funcionamento como exemplo reposiccedilatildeo de uma peccedila consumiacutevel

A intenccedilatildeo deste manual eacute justamente para ser de uso diaacuterio e de faacutecil

entendimento pelo operador de maneira que siga o mesmo procedimento para

operar a maacutequina ou equipamento Desta forma deixa-se o manual original da

maacutequina para uso mais reservado mantendo assim a sua conservaccedilatildeo pois com o

manuseio diaacuterio deste manual certamente acarretaria em danos e sua reposiccedilatildeo

torna-se mais difiacutecil

A situaccedilatildeo de aplicaccedilatildeo do Manual de Procedimentos Operacionais eacute atraveacutes

do seguimento do roteiro de processo onde em determinado passo estaacute definido

para executar uma operaccedilatildeo que envolva uma maacutequina entatildeo seraacute indicado junto

ao roteiro qual maacutequina seraacute usada e o seu correspondente manual de

procedimento

Da mesma forma que no Manual de Instruccedilatildeo de Trabalho o Manual de

Procedimento Operacional segue codificaccedilatildeo proacutepria sem ligaccedilatildeo direta com coacutedigo

de desenho justamente por ser uma operaccedilatildeo que pode ser aplicada agraves demais

peccedilas do parachoque

Na figura 10 visualiza-se um modelo de Procedimento Operacional proposto

para a Ludwig Induacutestria neste caso usa-se uma maacutequina de solda como exemplo

Observar o cabeccedilalho quanto agrave codificaccedilatildeo proacutepria e agrave descriccedilatildeo do equipamento

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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107

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110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 43: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

42

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 10 - Modelo de procedimento operacional para maacutequinas

4235 Placa de Identificaccedilatildeo

A placa de identificaccedilatildeo do equipamento de seguranccedila eacute de exigecircncia do

CONTRAN Esta plaqueta assegura que o produto foi aprovado nos testes de

seguranccedila a que foi submetido e fica fixada em cada parachoque daquele modelo

produzido Nela fica caracterizado o nome da empresa que produziu o equipamento

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

54

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56

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58

59

60

61

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63

64

65

66

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70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

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84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 44: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

43

a descriccedilatildeo da norma a que estaacute sendo seguida aleacutem da empresa responsaacutevel por

emitir o laudo de aprovaccedilatildeo do equipamento

Na figura 11 apresenta-se um modelo de plaqueta de identificaccedilatildeo que pode

ser adotado pela Ludwig Induacutestria

FONTE Elaborado pelo autor 2009

FIGURA 11 - Modelo de placa de identificaccedilatildeo para parachoque traseiro

Eacute importante salientar que cada alteraccedilatildeo sofrida no produto seja ela de

projeto ou de processo deve ser feito novo ensaio de resistecircncia e emitido novo

laudo teacutecnico

Esta plaqueta indica somente que o produto estaacute conforme e natildeo tem relaccedilatildeo

direta com o processo de fabricaccedilatildeo adotado pela empresa Isto que dizer que eacute

possiacutevel ter um produto de boa qualidade fabricado sem observacircncia de nenhum

meacutetodo ou processo produtivo ou mesmo ter os mais completos procedimentos

operacionais e o produto final apresentar irregularidades por causa de um projeto

mal elaborado

No entanto o casamento entre produto meacutetodos e processos resultaraacute em

uma natural busca pela perfeiccedilatildeo onde sempre seraacute possiacutevel obter algum ganho de

produtividade em alguma parte envolvida

LUDWIG INDUacuteSTRIA DE CARROCERIAS LTDA

CNPJ 079067370001-17

RELATOacuteRIO XXXXXXXX PARACHOQUE TRASEIRO COD 1000000062

RESOLUCcedilAtildeO CONTRAN 15203

(INSTITUICcedilAtildeO CERTIFICADORA)

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

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REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

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Page 45: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

44

5 CONSIDERACcedilOtildeES FINAIS

Diante do exposto neste estudo monograacutefico foi possiacutevel chegar a algumas

consideraccedilotildees sobre os produtos e processos da empresa Ludwig Induacutestria de

Carrocerias Ltda

Primeiro sobre o caso especiacutefico do parachoque traseiro este se mostrou

como um produto que deve ser melhorado e dado a sua devida importacircncia como

item de seguranccedila cuja funcionalidade eacute ajudar a preservar vidas

Conjuntamente o processo atual de fabricaccedilatildeo mostra-se ineficiente gerando

desperdiacutecio de material e matildeo-de-obra elevando o custo de fabricaccedilatildeo

Desta forma apresentado agrave diretoria do grupo Thermo Rio no mecircs de abril do

corrente ano foi sugerido realizar um teste parcial para fabricaccedilatildeo do parachoque da

forma proposta

Este teste contemplou a implantaccedilatildeo da Aacuterea de Desenvolvimento de Produto

na empresa em um primeiro instante

Com a Aacuterea de Desenvolvimento de Produto foi definido o projeto construtivo

padratildeo do parachoque Este projeto foi elaborado com o auxilio do CAD

Detalhado o projeto do produto com os respectivos desenhos individuais de

cada peccedila e dos conjuntos de montagem o proacuteximo passo foi a fabricaccedilatildeo das

peccedilas

Para a fabricaccedilatildeo das peccedilas optou-se por terceirizar a produccedilatildeo de alguns

componentes individuais principalmente das peccedilas de chapa de accedilo que requerem

corte e dobra em maacutequinas especiacuteficas

Coube a Ludwig Induacutestria somente o processo de montagem dos conjuntos

finais

Com a realizaccedilatildeo deste teste chegou-se ao resultado esperado Como

destaque cita-se que foi eliminado o desperdiacutecio e sucateamento da mateacuteria-prima

em virtude do projeto considerar o maacuteximo de aproveitamento de material

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 46: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

45

Outro ponto a destacar eacute a consideraacutevel reduccedilatildeo do tempo de fabricaccedilatildeo

Com o processo proposto de somente montar e soldar o conjunto final reduziu-se a

aproximadamente 3 horas de serviccedilo para a finalizaccedilatildeo do produto

Agrupando somente estes dois dados eacute possiacutevel obter uma reduccedilatildeo de

aproximadamente R$ 55000 do custo de produccedilatildeo final do parachoque

Sob estas condiccedilotildees de fabricaccedilatildeo fica evidente o ganho de produtividade

com a adoccedilatildeo das propostas sugeridas

A proacutexima etapa a ser contemplada eacute a implantaccedilatildeo gradual dos manuais

operacionais onde tambeacutem se espera chegar a resultados satisfatoacuterios aleacutem de

obter a aprovaccedilatildeo de qualidade do produto baseado nas normas do CONTRAN

Com a implantaccedilatildeo completa do PCP e dos manuais operacionais seraacute

possiacutevel mensurar detalhadamente cada etapa de produccedilatildeo levantar custos de

materiais e de serviccedilos executados assim ter maior controle dos custos de

fabricaccedilatildeo para poder determinar o preccedilo final de venda

Em um futuro breve objetiva-se estender a elaboraccedilatildeo dos projetos e

processos aos demais produtos da empresa

Estas propostas natildeo representam por si soacute a soluccedilatildeo definitiva das

deficiecircncias apontadas na empresa mas faz parte de um conjunto de accedilotildees que

devem ser alavancadas pela diretoria

Algumas destas accedilotildees que deveratildeo ser somadas as aqui apresentadas

devem englobar contrataccedilatildeo de profissionais qualificados e com experiecircncia no

ramo de atividade da empresa ou mesmo promover treinamentos internos para

familiarizar os funcionaacuterios com os novos procedimentos

46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

61

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64

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68

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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46

REFEREcircNCIAS

AKTOUF Omar A administraccedilatildeo entre a tradiccedilatildeo e a renovaccedilatildeo Organizaccedilatildeo adaptaccedilatildeo e revisatildeo da ediccedilatildeo brasileira de Roberto C Fachin e Tacircnia Fischer Satildeo Paulo Atlas 1996

ARAUacuteJO Luiz Ceacutesar Gonccedilalves de Organizaccedilatildeo e meacutetodos integrando comportamento estrutura tecnologia e estrateacutegia 4 ed Satildeo Paulo Atlas 1994

CAMPOS Vicente Falconi TQC gerenciamento da rotina do trabalho do dia-a-dia Belo Horizonte Fundaccedilatildeo Christiano Ottoni Escola de Engenharia da UFMG Rio de Janeiro Bloch 1994

CORREcircA Henrique L GIANESI Irineu G N CAON Mauro Planejamento programaccedilatildeo e controle da produccedilatildeo MRP IIERP conceitos uso e implantaccedilatildeo 3 ed Satildeo Paulo Atlas 2000

DENATRAN ndash Departamento Nacional de Tracircnsito 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwdenatrangovbrgt Acesso em 20 jan 2009

MARTINS Petrocircnio Garcia Administraccedilatildeo de Materiais e recursos patrimoniais Satildeo Paulo Saraiva 2003

OLIVEIRA Djalma de Pinho Rebouccedilas de Sistemas organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem gerencial 15 ed Satildeo Paulo Atlas 2005

ROCHA Luiacutes Osvaldo Leal da Organizaccedilatildeo e meacutetodos uma abordagem praacutetica 3 ed Satildeo Paulo Atlas 1987

SLACK Nigel CHAMBERS Stuart JOHNSTON Robert Administraccedilatildeo da produccedilatildeo 2 Ed Traduccedilatildeo de Maria Teresa Correcirca de Oliveira e Faacutebio Alher Satildeo Paulo Atlas 2002

THERMO RIO Grupo Thermo Rio 2009 Disponiacutevel em lthttpwwwthermoriocombrgt Acesso em 20 jan 2009

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 48: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

47

APEcircNDICES

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

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53

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55

56

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58

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 49: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

48

APEcircNDICE A ndash Modelo de Roteiro de Produccedilatildeo (Processo)

49

50

51

52

53

54

55

56

57

58

59

60

61

62

63

64

65

66

67

68

69

70

71

72

73

74

75

76

77

78

79

80

81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

82

83

84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 52: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

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ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

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54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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84

85

86

87

88

89

90

91

92

93

94

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

96

97

98

99

100

101

102

103

104

105

106

107

108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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106

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108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

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54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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ANEXOS

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RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

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RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

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ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

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54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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90

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 76: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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Page 80: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 81: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

80

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APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

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81

APEcircNDICE B ndash Modelo de Instruccedilatildeo de Trabalho

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 86: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

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RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 91: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 96: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

95

APEcircNDICE C ndash Modelo de Procedimento Operacional

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107

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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ANEXOS

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RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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ANEXOS

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RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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ANEXOS

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RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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ANEXOS

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RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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108

109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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109

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 111: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

110

ANEXOS

111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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111

RESOLUCcedilAtildeO Ndeg152 DE 29 DE OUTUBRO DE 2003

Estabelece os requisitos teacutecnicos de fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de

parachoque traseiro para veiacuteculos de carga

O CONSELHO NACIONAL DE TRAcircNSITO ndash CONTRAN usando da

competecircncia que lhe confere o inciso I do art 12 da Lei ndeg 9503 de 23 de setembro

de1997 que institui o Coacutedigo de Tracircnsito Brasileiro ndash CTB e conforme o Decreto

ndeg4711 de 29 de maio de 2003 que dispotildee sobre a Coordenaccedilatildeo do Sistema

Nacional de Tracircnsito e Considerando a necessidade de aperfeiccediloar e atualizar os

requisitos de seguranccedila para os veiacuteculos de carga nacionais e importados resolve

Art 1o ndash Os veiacuteculos de carga com peso bruto total (PBT) superior a quatro

mil e seiscentos quilogramas fabricados no paiacutes importados ou encarroccedilados a

partir de 1ordm de julho de 2004 somente poderatildeo ser registrados e licenciados se

estiverem dotados do paacutera-choque traseiro que atenda agraves especificaccedilotildees constantes

do Anexo desta Resoluccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O veiacuteculo de carga com peso bruto total (PBT) superior a

quatro mil e seiscentos quilogramas cujas caracteriacutesticas originais da carroccedilaria

forem alteradas ou quando nele for instalado algum tipo de implemento a partir da

data determinada no caput tambeacutem deveraacute atender agraves especificaccedilotildees constantes do

Anexo desta Resoluccedilatildeo

Art 2ordm ndash Natildeo estatildeo sujeitos ao cumprimento desta Resoluccedilatildeo os seguintes

veiacuteculos

I ndash inacabados ou incompletos

II ndash destinados agrave exportaccedilatildeo

III ndash caminhotildees-tratores

IV ndash produzidos especialmente para cargas autoportantes ou outros itens

muito longos

V ndash aqueles nos quais a aplicaccedilatildeo do parachoque traseiro especificado nesta

Resoluccedilatildeo seja incompatiacutevel com a sua utilizaccedilatildeo

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 113: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

112

VI ndash aqueles que possuam carroccedilaria e parachoque traseiro incorporados ao

projeto original do fabricante

VII ndash viaturas militares

VIII ndash de coleccedilatildeo

Paraacutegrafo Uacutenico ndash O oacutergatildeo maacuteximo executivo de tracircnsito da Uniatildeo analisaraacute e

decidiraacute quais veiacuteculos se enquadram no inciso V

Art3o ndash Esta Resoluccedilatildeo entraraacute em vigor na data da sua publicaccedilatildeo

AILTON BRASILIENSE PIRES

Presidente

RENATO DE ARAUacuteJO JUacuteNIOR

Ministeacuterio da Ciecircncia e Tecnologia ndash Titular

TELMO HENRIQUE SIQUEIRA MEGALE

Ministeacuterio da Defesa ndash Suplente

JUSCELINO CUNHA

Ministeacuterio da Educaccedilatildeo ndash Titular

CARLOS ALBERTO FERREIRA DOS SANTOS

Ministeacuterio do Meio Ambiente ndash Suplente

113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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113

ANEXO

PARACHOQUE TRASEIRO

Objetivo

Estabelecer requisitos miacutenimos para fabricaccedilatildeo e instalaccedilatildeo de parachoque

traseiro a ser fixado em veiacuteculo de carga reboque e semi-reboque com peso bruto

total (PBT) superior a 4600 kg

Finalidade

Impedir ou reduzir a extensatildeo de danos materiais na parte superior do

compartimento de passageiros dos veiacuteculos que se chocarem contra a traseira dos

veiacuteculos de carga evitando ou minimizando os traumas nas partes superiores dos

corpos das viacutetimas

1 Campo de Aplicaccedilatildeo

Todos os veiacuteculos de carga reboques e semi-reboques com peso bruto total

(PBT) superior a 4600 kg excetuando-se os veiacuteculos descritos no artigo 2ordm desta

Resoluccedilatildeo

2 Requisitos

21 Compete agrave empresa responsaacutevel pela complementaccedilatildeo dos veiacuteculos

especificados no Inciso I do artigo 2ordm o cumprimento das exigecircncias estabelecidas

nesta Resoluccedilatildeo

22 Os veiacuteculos enquadrados nos Incisos IV e V do artigo 2ordm deveratildeo trazer

no campo do CRLV (Certificado de Registro e Licenciamento de Veiacuteculos) a

seguinte anotaccedilatildeo Parachoque Item IV ou V do artigo 2ordm da Resoluccedilatildeo nordm 15203

23 O Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo poderaacute solicitar a

qualquer momento agraves empresas fabricantes agraves responsaacuteveis pela complementaccedilatildeo

dos veiacuteculos e agraves importadoras a apresentaccedilatildeo dos resultados de ensaios que

comprovem o atendimento das exigecircncias estabelecidas nesta Resoluccedilatildeo

114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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114

24 Os oacutergatildeos e as entidades de tracircnsito e rodoviaacuterios deveratildeo na esfera de

suas respectivas competecircncias cumprir e fazer cumprir o que dispotildee esta

Resoluccedilatildeo

3 Definiccedilotildees

Para os efeitos de aplicaccedilatildeo desta Resoluccedilatildeo define-se

31 Parachoque traseiro Dispositivo de proteccedilatildeo constituiacutedo de uma travessa

e elementos de fixaccedilatildeo para montagem fixado agraves longarinas ou ao elemento que

desempenha as funccedilotildees destas e destinado a atenuar as lesotildees corporais e a

reduzir os danos materiais consequumlentes de colisatildeo envolvendo a traseira deste

veiacuteculo

32 Chassi Parte do veiacuteculo constituiacuteda dos componentes necessaacuterios ao seu

deslocamento e que suporta a carroccedilaria

33 Longarina Elemento estrutural principal do quadro do chassi ou da

carroccedilaria posicionado longitudinalmente no veiacuteculo

34 Tara (Massa do Veiacuteculo em Ordem de Marcha) Eacute o peso proacuteprio do

veiacuteculo acrescido dos pesos da carroccedilaria eou equipamento do combustiacutevel das

ferramentas e dos acessoacuterios da roda sobressalente do extintor de incecircndio e do

fluido de arrefecimento expresso em quilogramas

35 Lotaccedilatildeo Eacute a carga uacutetil maacutexima incluindo condutor e passageiros que o

veiacuteculo transporta expressa em quilogramas

36 Peso Bruto Total (Massa Total Maacutexima) Eacute o peso maacuteximo que o veiacuteculo

transmite ao pavimento constituiacutedo da soma da tara mais a lotaccedilatildeo expressa em

quilogramas

37 Parachoque retraacutetil Dispositivo de proteccedilatildeo equipado com sistema de

articulaccedilatildeo que permite variar a distacircncia ao solo girando no sentido contraacuterio agrave

marcha do veiacuteculo quando este se desloca para frente em situaccedilatildeo transitoacuteria

devendo voltar agrave posiccedilatildeo original sem interferecircncia do operador assim que o

obstaacuteculo seja transposto

4 Requisitos especiacuteficos

Os parachoques traseiros devem atender agraves condiccedilotildees

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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Page 116: Estudo de caso: Ludwig Indústria de Carrocerias Ltda. Implantação de projetos e processos de fabricação

115

41 A altura da borda inferior do parachoque traseiro medida com o veiacuteculo

com sua massa em ordem de marcha - Tara seraacute de quatrocentos miliacutemetros em

relaccedilatildeo ao plano de apoio das rodas (Figura 1) sendo que nenhum ponto da borda

inferior do parachoque traseiro poderaacute exceder este limite

42 O elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser localizado de

maneira a constituir a extremidade traseira do veiacuteculo (Figura 1)

43 O comprimento do elemento horizontal do parachoque traseiro deve ser

no maacuteximo igual agrave largura da carroccedilaria ou equipamento ou agrave distacircncia entre as

bordas externas dos aros das rodas o que for maior e no maacuteximo cem miliacutemetros

menor em cada lado (Figura 2)

44 A altura da seccedilatildeo do elemento horizontal do parachoque traseiro natildeo

pode ser inferior a cem miliacutemetros (Figura 2) As extremidades laterais do elemento

horizontal do parachoque natildeo devem possuir bordas cortantes O parachoque deve

ser de formato uniforme retiliacuteneo sem emendas e sem furos constituiacutedo de apenas

um material

45 O parachoque traseiro pode ser projetado de maneira tal que sua altura

possa ser variaacutevel de acordo com necessidades eventuais (exemplo manobras

operaccedilotildees de carga e descarga)

Para variaccedilotildees acidentais de posiccedilatildeo deve ser previsto um mecanismo de

retorno agrave posiccedilatildeo de trabalho sem interferecircncia do operador

46 O alongamento do chassi deve ser feito de acordo com as especificaccedilotildees

do fabricante do veiacuteculo

47 A solda deve ser de material compatiacutevel com o do chassi

48 O parachoque deve ter forma e dimensotildees projetadas de modo a permitir

quando instalado a visualizaccedilatildeo da sinalizaccedilatildeo luminosa e da placa de identificaccedilatildeo

do veiacuteculo natildeo prejudicando os requisitos estabelecidos nas especificaccedilotildees de

iluminaccedilatildeo e sinalizaccedilatildeo veicular

49 O parachoque deveraacute possuir faixas obliacutequas com uma inclinaccedilatildeo de 45

graus em relaccedilatildeo ao plano horizontal e 500 +- 50 mm de largura nas cores branca

e vermelha refletivas conforme figura e especificaccedilotildees abaixo

116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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116

Sistema de pintura da estrutura metaacutelica ndash Primer anticorrosivo acabamento

com base de resina acriacutelica melamina ou alquiacutedica melanina conforme as seguintes

especificaccedilotildees

middot Soacutelidos 50 miacutenimo por peso

middot Salt spray 120 horas

middot Impacto 40 kgcm2

middot Aderecircncia 100 corte em grade

middot Dureza 25 a 31 SHR

middot Brilho miacutenimo 80 a 60 graus

middot Temperatura de secagem 120 oC a 160 degC

middot Tempo 20 min a 30 min

middot Fineza miacutenimo 7 H

middot Viscosidade fornecimento 60s a 80s ndash CF-4

middot Cor cinza coacutedigo RAL 7001

- Especificaccedilotildees dos limites de cor (diurna)

117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

122

123

124

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117

Os quatros pares de coordenadas de cromaticidade deveratildeo determinar a cor

aceitaacutevel nos termos da CIE sistema colorimeacutetrico estacircndar de padratildeo com

iluminante D65 Meacutetodo ASTME ndash 1164 com valores determinados e um

equipamento rdquoHunter Lab Labscan II 045 spectrocolorimeterldquo com opccedilatildeo CMR559

Computaccedilatildeo realizada de acordo com E-308

- Especificaccedilatildeo do coeficiente miacutenimo de retrorrefletividade em candelas por

Lux por metro quadrado (orientaccedilatildeo 0 e 90o)

Os coeficientes de retrorrefletividade natildeo deveratildeo ser inferiores aos valores

miacutenimos especificados As mediccedilotildees seratildeo feitas de acordo com o meacutetodo ASTME-

810 Todos os acircngulos de entrada deveratildeo ser medidos nos acircngulos de observaccedilatildeo

de 02deg e 05deg A orientaccedilatildeo 90deg eacute definida com a fonte de luz girando na mesma

direccedilatildeo em que o dispositivo seraacute afixado no veiacuteculo

Nota O retrorrefletor deveraacute ter suas caracteriacutesticas especificadas por esta

Resoluccedilatildeo atestada por uma entidade ou instituiccedilatildeo reconhecida pelo Oacutergatildeo

Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da Uniatildeo - DENATRAN e deveraacute exibir em sua

construccedilatildeo uma marca de seguranccedila comprobatoacuteria desse laudo com a gravaccedilatildeo

das palavras APROVADO DENATRAN com 3 mm de altura e 50 mm de

comprimento em cada segmento da cor branca do retrorrefletor

118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

119

apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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118

410 O suporte e os elementos de fixaccedilatildeo devem ter formas e dimensotildees que

atendam agraves especificaccedilotildees deste Anexo

411 Para veiacuteculos com tanques para transporte de produtos perigosos o

parachoque traseiro deve estar afastado no miacutenimo 150 mm do tanque ou do

uacuteltimo acessoacuterio devendo ser fixado nas longarinas do chassi do veiacuteculo (Figura 3)

5 Meacutetodo de Ensaio

51 Aparelhagem

511 Cilindros com articulaccedilotildees adequadas (por exemplo juntas de

articulaccedilatildeo) para aplicaccedilatildeo das forccedilas especificadas no item 53

512 Superfiacutecie de contato (cilindropaacutera-choque) com 250 mm de altura 200

mm de largura e 25 mm de espessura com raio de curvatura de 5 plusmn1 mm nas

arestas

513 Dispositivo para mediccedilatildeo das forccedilas especificadas na Tabela 1

(Aplicaccedilatildeo de forccedilas)

52 Execuccedilatildeo do Ensaio

521 Ensaio com paacutera-choque no veiacuteculo

5211 O parachoque traseiro deve estar instalado no veiacuteculo na posiccedilatildeo de

trabalho com o veiacuteculo com Massa em Ordem de Marcha ndash Tara de acordo com os

requisitos do item 4 e Figura 1 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser

aplicadas em separado devendo a ordem ser P1 P3 e P2

5212 As forccedilas especificadas na Tabela 1 devem ser aplicadas

paralelamente ao eixo longitudinal meacutedio do veiacuteculo atraveacutes de uma superfiacutecie de

contato especificada em 5211

5213 O centro de cada superfiacutecie deve ser posicionado nos pontos P1 P2 e

P3

5214 Os pontos P1 estatildeo localizados a 200 mm da extremidade da

carroccedilaria ou equipamento o que for maior O ponto P3 eacute o ponto central do paacutera-

choque traseiro e os pontos P2 satildeo simeacutetricos em relaccedilatildeo ao ponto P3 distanciados

de 700 mm (miacutenimo) e 1000 mm (maacuteximo) entre si podendo a posiccedilatildeo exata ser

especificada pelo instalador do paacutera-choque traseiro A altura acima do plano de

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apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

120

54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

121

63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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apoio dos pontos P1 P2 e P3 deve ser definida como sendo o ponto meacutedio da altura

da seccedilatildeo do elemento horizontal natildeo excedendo de 600 mm do plano de apoio com

o veiacuteculo com a Massa em Ordem de Marcha - Tara (Figura 2)

5215 Para evitar o deslocamento do veiacuteculo este deve ser fixado por

quaisquer meios em qualquer parte de sua estrutura ou eixos exceto na parte do

chassi situada apoacutes o uacuteltimo eixo

5216 O ensaio deve ser efetuado no caso mais criacutetico considerando-se o

projeto e a aplicaccedilatildeo dentro de uma mesma famiacutelia de parachoque traseiro

Considera-se como mais criacutetico aquele parachoque que apresentar a maior distacircncia

entre o ponto P1 e a extremidade traseira da longarina (ponto B figura 2)

Independentemente do resultado o parachoque traseiro ensaiado natildeo deve ser

reutilizado

522 O Ensaio com o parachoque instalado em dispositivo

5221 O dispositivo dever ser construiacutedo e fixado de maneira a suportar os

requisitos do ensaio natildeo sofrendo deformaccedilatildeo ou deslocamento

5222 O parachoque deve ser instalado no dispositivo em posiccedilatildeo

equivalente agrave de trabalho

5223 Aplicam-se ao ensaio do parachoque em dispositivo os mesmos

criteacuterios de ensaio definidos no item 521

53 Procedimento

Aplicar aos pontos P1 P2 e P3 uma forccedila horizontal conforme descrito na

Tabela 1 deste Anexo poreacutem natildeo excedendo a 100000N nos pontos P1 e P3 e

150000N no ponto P2

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54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

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63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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54 Resultados

O parachoque deve ser avaliado por Instituiccedilatildeo ou Entidade que possua

laboratoacuterio de ensaios reconhecida pelo Oacutergatildeo Maacuteximo Executivo de Tracircnsito da

Uniatildeo - DENATRAN que emitiraacute Relatoacuterio Teacutecnico de aprovaccedilatildeo ou reprovaccedilatildeo do

parachoque contendo no miacutenimo os seguintes dados

a Nome do fabricante e instalador do parachoque

b Peso Bruto Total do veiacuteculo

c Valor das forccedilas aplicadas nos pontos P1 P2 e P3

d Distacircncia horizontal entre a face posterior do elemento horizontal do

parachoque nos pontos P1 P2 e P3 e o referencial no chassi na direccedilatildeo do uacuteltimo

eixo do veiacuteculo apoacutes o ensaio e descriccedilatildeo do equipamento utilizado no ensaio

6 Aceitaccedilatildeo e Rejeiccedilatildeo

61 Considera-se aprovado dimensionalmente o parachoque que atender aos

requisitos do item 4 e figuras

62 A deformaccedilatildeo permanente maacutexima nos pontos P1 P2 e P3 natildeo pode ser

superior a 125 mm apoacutes o ensaio em relaccedilatildeo agrave posiccedilatildeo original

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63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

d Instituiccedilatildeo ou Entidade que emitiu o relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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63 Natildeo seratildeo aceitas trincas de soldas ou fraturas causadas pelo ensaio no

conjunto parachoquechassi do veiacuteculo

64 Os parachoques traseiros aprovados devem conter uma plaqueta de

identificaccedilatildeo resistente ao tempo contendo as seguintes informaccedilotildees

a Nome do fabricante

b Ndeg CNPJ do fabricante

c Nuacutemero do relatoacuterio teacutecnico de aprovaccedilatildeo

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