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I I N N T T E E G G R R A A Ç Ç Ã Ã O O D D O O S S S S M M M M Fevereiro 2009

Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

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No prosseguimento de uma politica visando a concretização dos objectivospreconizados no Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos(PERSU II), mormente no seu Eixo – III - QUALIFICAÇÃO E OPTIMIZAÇÃO DAGESTÃO DE RESÍDUOS e mais concretamente na sua medida 1. Optimização dosSistemas de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) por via de um processo dereconfiguração e integração, com base em “critérios de eficiência,promovendo-se sinergias e economias de escala, a par de uma maioreficácia e eficiência de gestão de recursos” e procurando ainda assegurar odesiderato também constante do PERSU II, de garantir “a sustentabilidade parao sector num quadro de custos, tanto quanto possível homogéneo em todoo País”, é objectivo deste documento:

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Page 1: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

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Page 2: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração VALORSUL/RESIOESTE

INDICE

1. EQUIPA TÉCNICA .................................................................................. 1

2. NOTA INTRODUTÓRIA ........................................................................... 1

3. PRESSUPOSTOS GERAIS........................................................................ 2

4. MODELOS TÉCNICOS ACTUAIS .............................................................. 5

4.1. RESIOESTE ................................................................................... 5

4.2. VALORSUL .................................................................................... 8

5. MODELO TÉCNICO DA INTEGRAÇÃO .................................................... 10

5.1. CARACTERIZAÇÃO DA “NOVA EMPRESA” A CONSTITUIR ....................... 10

5.1.1 Municípios, Área Geográfica, População e Produção de RSU ......................... 11

5.1.2 Resíduos – Indiferenciados, Multimaterial, Orgânicos .................................. 13

5.2. ALTERAÇÕES FUTURAS RELEVANTES NA “NOVA EMPRESA” .................... 14

5.2.1 Independentes da Integração................................................................... 14

5.2.2 Consequência da Integração .................................................................... 16

5.3. MODELO TÉCNICO RESULTANTE ........................................................... 18

5.3.1 UTV – Unidades de Tratamento e Valorização............................................. 18

5.3.2 Produção e Recepção de Resíduos ............................................................ 19

6. EVEF – ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÓMICA E FINANCEIRA DA “NOVA EMPRESA” ..................................................................................... 19

6.1. PRESSUPOSTOS ECONÓMICOS E FINANCEIROS ....................................... 20

6.2. INVESTIMENTOS .............................................................................. 20

6.2.1 Investimentos de Base ............................................................................ 21

6.2.2 Investimentos de Substituição ................................................................. 21

6.3. TRATAMENTO NAS UNIDADES ............................................................. 22

6.4. CUSTOS ......................................................................................... 22

6.4.1 Variáveis ............................................................................................... 22

6.4.2 Fixos ..................................................................................................... 26

6.4.3 Pessoal ................................................................................................. 27

6.4.4 Amortizações ......................................................................................... 28

6.4.5 Outros Custos ........................................................................................ 29

6.5. PROVEITOS .................................................................................... 29

6.5.1 Produção nas Unidades ........................................................................... 29

6.5.2 Produtos Finais....................................................................................... 31

6.5.3 Cenário de Preços ................................................................................... 32

6.5.4 Volume de Negócios ............................................................................... 32

6.5.5 Outros Proveitos ..................................................................................... 33

6.6. PROJECTO TARIFÁRIO ...................................................................... 33

6.7. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PREVISIONAIS ..................................... 35

7. ABORDAGEM JURIDICA ....................................................................... 36

8. CONCLUSÕES ...................................................................................... 37

ANEXOS .................................................................................................... 40

I - PROJECTO TARIFÁRIO ............................................................................ 40

II - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS ...................................................... 41

Page 3: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 1

1.1.1.1. EQUIPA TÉCNICA

O presente estudo foi elaborado pela seguinte equipa técnica:

- Cristina Saraiva - Directora Financeira da EGF;

- Marta Loia Guerreiro – Directora Técnica da RESIOESTE;

- Sandra Fernandes - Directora Financeira da RESIOESTE;

- Susana Costa de Araújo - Directora Financeira da VALORSUL;

Coordenação do estudo

- Emídio Xavier – Presidente do Conselho de Administração da EGF e da VALORSUL;

- João Pedro Rodrigues – Administrador da EGF e da Valorsul;

- Luís Faísca – Administrador da EGF;

- Nuno Pinto - Presidente do Conselho de Administração da RESIOESTE;

- João Figueiredo – Presidente da Comissão Executiva da VALORSUL;

- Damas Antunes – Administrador Delegado da RESIOESTE;

2.2.2.2. NOTA INTRODUTÓRIA

No prosseguimento de uma politica visando a concretização dos objectivos

preconizados no Plano Estratégico para os Resíduos Sólidos Urbanos

(PERSU II), mormente no seu Eixo – III - QUALIFICAÇÃO E OPTIMIZAÇÃO DA

GESTÃO DE RESÍDUOS e mais concretamente na sua medida 1. Optimização dos

Sistemas de Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) por via de um processo de

reconfiguração e integração, com base em “critérios de eficiência,

promovendo-se sinergias e economias de escala, a par de uma maior

eficácia e eficiência de gestão de recursos” e procurando ainda assegurar o

desiderato também constante do PERSU II, de garantir “a sustentabilidade para

o sector num quadro de custos, tanto quanto possível homogéneo em todo

o País”, é objectivo deste documento:

Page 4: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 2

Actualizar, com a base nas novas projecções elaboradas durante 2008, o anterior

estudo, elaborado em Junho de 2007 intitulado “Integração Resioeste/Valorsul”,

nomeadamente:

a) Abordando o redesenho técnico de um novo Sistema Multimunicipal (SMM),

na sequência do cenário de integração das empresas RESIOESTE e

VALORSUL, das respectivas Concessões actuais e áreas geográficas de

actuação;

b) Apresentando a actualização do estudo de análise dos impactos económicos

e financeiros da eventual integração dos referidos SMM;

c) Enunciando uma abordagem jurídica preliminar à solução apresentada.

3.3.3.3. PRESSUPOSTOS GERAIS

Os resultados e conclusões do presente Estudo de Viabilidade Económica e

Financeira (EVEF) da integração que se pretende efectuar, assenta num conjunto

de pressupostos de índole técnica, económica e administrativa, de carácter genérico

e que se passam a referir:

• Alargamento do prazo das concessões, de 2020 para 2025 no caso da

VALORSUL e de 2023 para 2025 no caso da RESIOESTE;

• Utilização da capacidade excedentária existente nas 3 linhas da VALORSUL

em funcionamento, por transferência de resíduos provenientes da

RESIOESTE;

• O compromisso existente entre a RESIOESTE e a VALORLIS para a partilha

de uma instalação de digestão anaeróbia a construir neste último sistema,

será integralmente cumprido pela nova entidade a criar;

• A entidade resultante da integração passará a ter 5 pólos de laboração, no

Casal de São Braz na AMADORA, no Outeiro da Cabeça no CADAVAL, no

Lumiar em LISBOA, em São João da Talha em LOURES (também Sede

Social) e em Mato da Cruz em VILA FRANCA DE XIRA;

• O Capital Social da nova entidade a criar, será o resultante da soma

aritmética dos Capitais Sociais de cada uma das Partes e existentes à data

da Integração, o qual será remunerado de acordo com o estabelecido em

ambos os Contratos de Concessão (TBA + 3%). Nesta data, o Capital Social

da Valorsul é de 22,5M€ e o da Resioeste de 2,7 M pelo que o Capital Social

da NOVA EMPRESA será de 25,2M €;

• Considerou-se que a Resioeste honrará, durante 2008, os compromissos de

distribuição aos seus actuais accionistas em conformidade com o contrato de

concessão, não havendo portanto quaisquer dividas de remunerações em

Page 5: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 3

atraso, no momento da Integração. Quanto aos Resultados Transitados da

Valorsul, também em conformidade com o contrato de concessão, procurar-

se-á assegurar, em acordo parassocial, que os ganhos de produtividade a

apurar, caso o Concedente e o Regulador o venham a permitir, poderão vir a

ser distribuídos aos accionistas actuais da empresa.

• Considerou-se a distribuição de 4M€, a título de ganhos de produtividade da

rubrica de Resultados Transitados a 31.12.2008 pelos actuais accionistas da

Valorsul, nos termos do Despacho MAOTDR de 17.10.2008;

• Consideraram-se 4M€ em investimentos para Beneficiações Ambientais, a

realizar em 2009 nos Municípios actualmente accionistas da Valorsul;

• Consideraram-se cerca de 7,5M€ para Investimentos de Substituição, não

previstos nos estudos económicos das empresas e que possam resultar de

um maior desgaste dos equipamentos por via do alargamento do prazo da

concessão;

• Os valores de contrapartida (VC) da recolha selectiva multimaterial

assumidos para a NOVA EMPRESA a criar, foram retirados do EVEF-09

(Estudo de Viabilidade Económica e Financeira) da Valorsul, uma vez que a

NOVA EMPRESA se inserirá na Tipologia 3 da SPV, isto é, na actual tipologia

em que já opera a Valorsul. ;

• Uma vez que, no caso da VALORSUL, a recolha selectiva é efectuada pelos

Municípios, manteve-se para os mesmos a devolução de 75% dos valores de

Contrapartida pagos pela Sociedade Ponto Verde (SPV), no respeitante aos

quantitativos de embalagens enviados para reciclagem provenientes da sua

área geográfica;

• Já para os quantitativos da área geográfica da RESIOESTE e uma vez que as

recolhas selectivas estão a cargo desta empresa, os Valores de

Contrapartida reverterão, na sua totalidade, para a NOVA EMPRESA;

• Os preços considerados para a remuneração da energia eléctrica a injectar

na rede (incineração, biogás de aterro e de digestão anaeróbia) são os

definidos pela legislação em vigor;

• Estão integradas no presente estudo, as taxas praticadas actualmente pela

autoridade reguladora, o Instituto Regulador das Águas e Resíduos (IRAR);

• Não se considerou, no presente estudo a Taxa de Gestão de Resíduos (TGR),

a cobrar, a partir de 2007 pela APA na qualidade de Autoridade Nacional dos

Resíduos (ANR), uma vez que os EVEF de base das duas empresas não

consideravam esta taxa incluída na tarifa a praticar. Não obstante, a referida

TGR, será, a preços de 2008, de 2,5€ para cada Mg de RSU depositados em

Aterro e 1€/Mg de RSU para aqueles que são tratados por Incineração,

atingindo em 2011, um valor de 4€/Mg para Aterros, pelo que o balanço da

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Integração RESIOESTE/VALORSUL 4

sua cobrança será ainda mais benéfico para os utilizadores da “NOVA

EMPRESA” uma vez que se irão desviar RSU de Aterro para a Incineradora.

• Para os Resíduos Equiparados a Urbanos (REU) provenientes de Entidades

Particulares, utilizou-se no presente estudo, uma tarifa de 51,17€/Mg em

2008, actualizada pelo índice de inflação, para os anos seguintes.

• Em conformidade com os pressupostos do último EVEF da Valorsul, esta

empresa deixará de receber RSU provenientes do sistema vizinho AMTRES

em 31 de Dezembro de 2009, sendo que as quantidades a receber neste ano

estarão sujeitas ao limite da capacidade excedentária da CTRSU, após

entrada dos resíduos provenientes da Resioeste;

• A RESIOESTE passará a transferir RSU para a VALORSUL, a partir de 1 de

Janeiro de 2009, nos quantitativos correspondentes à capacidade

excedentária da Incineradora, de modo a proceder-se à utilização da

capacidade plena desta instalação, sempre que tal seja economicamente

vantajoso numa relação de benefício económico versus custos de logística e

transporte.

• Todos os indicadores técnicos e económicos adoptados para a realização do

presente estudo (custos unitários, consumos específicos, taxas bancárias,

montantes de investimento, etc.), representam a melhor estimativa e

conhecimento das duas empresas envolvidas, à presente data;

• Assumem particular relevância os custos de aquisição com os combustíveis e

energia eléctrica que, na actual conjuntura, apresentam uma acentuada

volatilidade.

Torna-se evidente que a alteração destes pressupostos, bem como qualquer

alteração do quadro legal de enquadramento da actividade do sector, implicarão

forçosamente uma alteração dos resultados económicos agora apresentados.

Page 7: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 5

4.4.4.4. MODELOS TÉCNICOS ACTUAIS

4.1.4.1.4.1.4.1. RESIOESTE

O Sistema Multimunicipal de Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos do

Oeste - RESIOESTE, foi criado ao abrigo do Decreto-Lei nº 366/97, de 20 de

Dezembro, e é integrado pelos seguintes Municípios: Alcobaça, Alenquer, Arruda

dos Vinhos, Azambuja, Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lourinhã, Nazaré,

Óbidos, Peniche, Rio Maior, Sobral de Monte Agraço e Torres Vedras.

Este sistema serve uma população de cerca de 403 mil habitantes1 e abrange uma

área geográfica 2de intervenção de cerca de 2.756 km2.

A entidade gestora deste SMM é a RESIOESTE – Valorização e Tratamento de

Resíduos Sólidos, S.A., sociedade constituída ao abrigo do diploma legal atrás

referido e à qual foi atribuída a concessão da exploração e gestão do sistema, por

um prazo de 25 anos, terminando assim o período de concessão em 2023.

A RESIOESTE foi responsável pelo encerramento de 9 lixeiras existentes na sua

área de abrangência, tendo actualmente a seu cargo a exploração das seguintes

infra-estruturas:

� um aterro sanitário (Aterro Sanitário do Oeste) que inclui uma estação de

tratamento de águas lixiviantes (ETAL), e duas unidades de queima do biogás,

prevendo-se para 2009 o início da sua valorização energética;

1 , fonte: Dados INE 2006. 2 , fonte: Dados INE 2006.

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Integração RESIOESTE/VALORSUL 6

� cinco estações de transferência de resíduos sólidos urbanos, que englobam

no seu perímetro um ecocentro, embora existam seis estações de transferência

integradas no SMM (a restante é propriedade e explorada pelo Município servido

– Peniche);

� sistema de recolha selectiva de vidro, embalagens e papel/cartão, sendo

que, no final de 2007, existiam 2.119 ecopontos instalados na área de

abrangência da RESIOESTE, dos quais 1.662 possuem contentores para os três

fluxos de resíduos, perfazendo um total de 5.542 contentores;

� um centro de triagem de plástico/metal e processamento de papel/cartão,

incluindo uma área de armazenamento de fardos para posterior

encaminhamento para reciclagem e um depósito de armazenamento de vidro;

� serviços de apoio geral nos quais se incluem uma oficina de manutenção

geral, serviço de vigilância e controlo de entradas e outros serviços de apoio

como sejam manutenção de espaços verdes e limpeza e desobstrução de

colectores.

O aterro sanitário, o centro de triagem de plástico/metal e processamento de

papel/cartão, e os serviços de apoio geral situam-se no mesmo perímetro, tendo a

denominação global de Centro de Tratamento de Resíduos do Oeste (CTRO). o qual

se localiza no Concelho do Cadaval, Outeiro da Cabeça, freguesia de Pêro Moniz.

As estações de transferência situam-se nos Concelhos de Sobral de Monte Agraço,

Alenquer (Ota), Rio Maior, Óbidos (Gaeiras) e Nazaré, existindo ainda a estação de

transferência de Peniche, que embora não pertencente ao SMM, é explorada pela

RESIOESTE. No quadro seguinte são apresentados os Municípios servidos pelas

estações de transferência referidas.

Quadro 4.1 - Estações de Transferência (ET) do SMM e respectivos Municípios servidos

Estações de Transferência Municípios Servidos

ET Sobral de Monte Agraço Sobral de Monte Agraço

Arruda dos Vinhos

ET Alenquer (Ota) Alenquer

Azambuja

ET Rio Maior Rio Maior

ET Óbidos (Gaeiras) Óbidos

Caldas da Rainha

ET Nazaré Nazaré

Alcobaça

ET Peniche Peniche

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Integração RESIOESTE/VALORSUL 7

Os resíduos indiferenciados produzidos nos Municípios do Bombarral, Cadaval,

Lourinhã, Torres Vedras e parte do Município de Alenquer são transportados

directamente para o CTRO pelos serviços de recolha dos Municípios respectivos. Os

restantes são encaminhados numa primeira fase para a estação de transferência da

sua área geográfica, sendo posteriormente transportados para o CTRO por meios

próprios da RESIOESTE.

Todos os ecopontos são recolhidos periodicamente pela RESIOESTE através de

circuitos de recolha uni-material, possuindo para tal a empresa uma frota própria

de viaturas. Todos os materiais recolhidos são descarregados ou no centro de

triagem de plástico/metal e processamento de papel/cartão ou no depósito do vidro

existentes no CTRO.

Existem ainda 13 viaturas afectas à recolha selectiva do papel/cartão, adquiridas

pela empresa e operadas pelos Municípios, entregando os materiais recolhidos

directamente no centro de processamento.

As nove lixeiras existentes na área de abrangência da RESIOESTE serão entregues

aos Municípios respectivos no presente ano, após recepção definitiva de todas as

obras.

Figura 4.1 – Modelo Técnico RESIOESTE

ET- Est. Transferência/ Ecocentro

AS- Aterro Sanitário

CTE – Centro de Triagem

ET- Est. Transferência/ Ecocentro

AS- Aterro Sanitário

CTE – Centro de Triagem

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Integração RESIOESTE/VALORSUL 8

No final de 2007 a RESIOESTE possuía no seu quadro de pessoal um total de 128

funcionários, tendo recebido nas suas infra-estruturas um montante de 196,4 mil

Mg de resíduos, das quais 182,7 mil Mg tiveram origem na recolha indiferenciada e

13,7 mil Mg nas recolhas selectivas realizadas.

4.2.4.2.4.2.4.2. VALORSUL

O Sistema Multimunicipal de Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos da área

Metropolitana de Lisboa Norte, foi criado ao abrigo do Decreto-Lei nº 297/94, de 21

de Novembro. A VALORSUL- Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos da Área

Metropolitana de Lisboa (Norte) S.A, é a empresa concessionária deste SMM, tendo

como tal, a responsabilidade de tratar e valorizar os RSU recolhidos na área dos

Municípios de Amadora, Lisboa, Loures, Odivelas e Vila Franca de Xira. Esta

responsabilidade está consagrada, para um período de 25 anos, no Contrato de

Concessão assinado com o Ministério do Ambiente em 1995.

Este sistema serve uma população de cerca de 1.176 mil habitantes3 e abrange

uma área geográfica4 de intervenção da ordem dos 622 km2.

A VALORSUL procedeu ao encerramento, selagem e arranjo paisagístico de todos os

aterros e lixeiras na área da sua intervenção, nomeadamente os aterros de Mato da

Cruz (parte já explorada pelos Municípios), Sta. Iria e Vale do Forno e as lixeiras de

3 , Fonte: Dados do INE 2006. 4 , Fonte: Dados do INE 2006.

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Integração RESIOESTE/VALORSUL 9

Boba, Carenque e Montemor. O modelo técnico adoptado é constituído por várias

Unidades de Tratamento e Valorização (UTV), nomeadamente:

� um Centro de Triagem para triagem / enfardamento / armazenagem dos

fluxos multimateriais recolhidos pelos Municípios;

� uma Unidade de Valorização Orgânica por digestão anaeróbia a partir de

recolha selectiva de matéria orgânica;

� uma Central de Valorização Energética por incineração dos resíduos

provenientes da recolha indiferenciada;

� uma Unidade de Valorização de Escórias produzidas na incineração;

� um Aterro Sanitário fusível do sistema para deposição dos resíduos não

susceptíveis de serem valorizados nas restantes unidades do sistema.

Cada UTV foi construída num dos Municípios da área geográfica de intervenção,

pelo que, a Sede social da empresa e a Central de Tratamento de Resíduos Sólidos

Urbanos por Valorização Energética (CTRSU) situam-se em São João da Talha, no

Município de Loures, o aterro sanitário (AS) e a Instalação de Tratamento e

Valorização de escórias (ITVE) na localidade de Mato da Cruz em Vila Franca de

Xira, o centro de triagem e ecocentro (CTE) no Lumiar em Lisboa e a Estação de

Tratamento e Valorização Orgânica (ETVO) na localidade de Casal de São Braz na

Amadora.

Os RSU indiferenciados da área de intervenção da VALORSUL são recolhidos pelos

serviços Municipais respectivos sendo posteriormente encaminhados para a CTRSU

ou para o AS consoante a tipologia dos resíduos e respectiva autorização de

descarga acordada. A VALORSUL recebe também RSU provenientes de grandes

produtores particulares da região, bem como da Associação de Municípios de

Cascais, Mafra, Oeiras e Sintra (AMTRES), estes ao abrigo do disposto no Despacho

n.º 16104/2003 (2.ª série), de 19 de Julho, do Senhor Ministro das Cidades,

Ordenamento do Território e Ambiente.

A recolha selectiva das fileiras multimateriais está também a cargo dos Municípios

que entregam o vidro, papel, e embalagens recolhidas, no CTE do Lumiar. A

VALORSUL tem vindo a apoiar os Municípios nesta actividade, contribuindo ao nível

do investimento na aquisição de parte da frota necessária bem como de ecopontos.

Quanto à recolha selectiva de orgânicos para alimentação da ETVO, a mesma tem

vindo a ser efectuada em Grandes Produtores (cantinas, mercados, restaurantes,

etc), parte a cargo dos Municípios e parte a cargo da VALORSUL.

Page 12: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 10

Figura 4.2 – Modelo Técnico VALORSUL

No final de 2007 a VALORSUL possuía no seu quadro de pessoal um total de 254

funcionários, tendo recebido nas suas infra-estruturas um total de 775 mil Mg de

resíduos, das quais 683 mil Mg tiveram origem na recolha indiferenciada, 60 mil g.

nas recolhas selectivas multimaterial e 32 mil Mg na recolha selectiva de orgânicos.

5.5.5.5. MODELO TÉCNICO DA INTEGRAÇÃO

5.1.5.1.5.1.5.1. CARACTERIZAÇÃO DA “NOVA EMPRESA” A CONSTITUIR

Tendo em consideração a situação actual dos dois sistemas, e a expectativa da sua

integração em 01/01/2009, apresenta-se neste capitulo uma primeira consolidação

dos principais indicadores das duas empresas, de modo a obter-se uma primeira

configuração do que será a empresa/SMM a constituir.

ETVO – Estação de Tratamento e Valorização Orgânica

CTE – Central de Triagem e Ecocentro

CTRSU – Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos

ITVE – Instalação de Tratamento e Valorização de Escórias

AS – Aterro Sanitário

ETVO – Estação de Tratamento e Valorização Orgânica

CTE – Central de Triagem e Ecocentro

CTRSU – Central de Tratamento de Resíduos Sólidos Urbanos

ITVE – Instalação de Tratamento e Valorização de Escórias

AS – Aterro Sanitário

Page 13: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 11

Figura 5.1 – Modelo Técnico “NOVA EMPRESA”

5.1.1 Municípios, Área Geográfica, População e Produção de RSU

O novo SMM resultante da integração, irá responder às necessidades de tratamento

e valorização de RSU, em 19 Municípios, numa área geográfica de 3.378 km2,

servindo uma população de cerca de 1.579 mil habitantes.

Os resíduos sob gestão, estimam-se em cerca de 971 mil Mg, reportando-nos aos

dados de produção, da RESIOESTE e da VALORSUL em 2007, cuja distribuição por

Município se apresenta no quadro seguinte.

Quadro 5.1 – Indicadores de Dimensão, Municípios, População, Área e Produção de Resíduos5

5 , * - Dados INE de 2006;

** - Os quantitativos de Loures e Odivelas estão considerados em Loures por a Recolha ser efectuada

por este Município.

CTE - Central de Triagem

ETVO – E. Tratamento e Valorização Orgânica

CTRSU – Central de Incineração

ITVE – I. Tratamento e Valorização de Escórias

AS – Aterro Sanitário

ET – Estação de Transferência

CTE - Central de Triagem

ETVO – E. Tratamento e Valorização Orgânica

CTRSU – Central de Incineração

ITVE – I. Tratamento e Valorização de Escórias

AS – Aterro Sanitário

ET – Estação de Transferência

Page 14: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 12

Figura 5.2 – População por Município (nº de habitantes)

Municipio População Área (km2)

Resíduos 2006 (Mg)

Resíduos 2007 (Mg)

Alcobaça 55.597 408,1 25.723 24.641Alenquer 44.791 304,2 19.989 20.081Arruda dos Vinhos 11.795 78,0 5.432 5.516Azambuja 21.748 262,7 10.559 10.720Bombarral 13.856 91,3 6.211 6.162Cadaval 14.525 174,9 6.403 6.341Caldas da Rainha 52.270 255,7 24.004 24.146Lourinhã 25.157 147,2 11.666 11.698Nazaré 14.701 82,4 11.177 11.060Óbidos 11.301 141,6 5.998 5.917Peniche 28.488 77,6 20.230 20.329Rio Maior 21.778 272,8 8.780 8.860Sobral Monte Agraço 10.185 52,1 4.341 4.335Torres Vedras 76.696 407,1 36.616 36.612Lisboa 519.795 84,8 330.771 323.883Loures ** 198.638 169,3 162.678 160.946Odivelas 146.534 26,4V.F.Xira 135.651 317,7 59.329 58.773Amadora 175.490 23,8 88.478 86.316Outras Entidades 168.086 144.512

RESIOESTE 402.888 2.756 197.853 196.419VALORSUL 1.176.108 622 808.620 774.430

NOVA EMPRESA 1.578.996 3.378 1.006.473 970.849**, inclui Resíduos de Odivelas

Alcobaça

Alenquer

Arruda dos Vinhos

Azambuja

Bombarral

Cadaval

Caldas da Rainha

Lourinhã

Nazaré

Óbidos

Peniche

Rio Maior

Sobral Monte Agraço

Torres Vedras

Lisboa

Loures **

Odivelas

V.F.Xira

Amadora

Page 15: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 13

Figura 5.3 – Área, em Km2 por Município

Figura 5.4 – Resíduos produzidos (em Mg, ano 2007) por Município

5.1.2 Resíduos – Indiferenciados, Multimaterial, Orgânicos

Os resíduos sob gestão, cerca de 971 mil Mg, tendo em consideração o tipo de

recolha dos mesmos e reportando-nos a 2007, tinham a seguinte configuração:

Quadro 5.2 – Recepção de Resíduos – por tipo de Recolha

Alcobaça

Alenquer

Arruda dos Vinhos

Azambuja

Bombarral

Cadaval

Caldas da Rainha

Lourinhã

Nazaré

Óbidos

Peniche

Rio Maior

Sobral Monte Agraço

Torres Vedras

Lisboa

Loures **

Odivelas

V.F.Xira

Amadora

Alcobaça

Alenquer

Arruda dos Vinhos

Azambuja

Bombarral

Cadaval

Caldas da Rainha

Lourinhã

Nazaré

Óbidos

Peniche

Rio Maior

Sobral Monte Agraço

Torres Vedras

Lisboa

Loures **

Odivelas

V.F.Xira

Amadora

Resíduos (Mg) Valorsul Resioeste NOVA EMPRESARSU municipal indiferenciado 558.639 182.714 741.353RSU particular indiferenciado 60.958 60.958RSU fora concessão 62.705 62.705Recolha Selectiva Multimaterial 59.999 13.706 73.705 - vidro 18.537 5.623 24.161 - papel 32.518 5.548 38.066 - embalagens 8.943 2.535 11.478Recolha Selectiva de Orgânicos 32.129 32.129

Total de Resíduos 2007 774.430 196.419 970.849

Page 16: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 14

5.2.5.2.5.2.5.2. ALTERAÇÕES FUTURAS RELEVANTES NA “NOVA EMPRESA”

Apresentam-se neste capítulo as principais alterações futuras previstas ao nível do

SMM a criar por integração da RESIOESTE e da VALORSUL, do ponto de vista dos

investimentos e do modelo técnico.

Subdividiram-se as acções a tomar em duas vertentes, nomeadamente, i) aquelas

que as empresas, por si só, considerariam relevantes e estratégicas para maximizar

o seu potencial de desenvolvimento futuro independentemente de qualquer fusão e

ii) os investimentos e novas medidas a tomar consequência da integração.

5.2.1 Independentes da Integração

A RESIOESTE e a VALORSUL, como empresas concessionárias e reguladas,

mantêm, actualizado anualmente, um EVEF até final das respectivas concessões, o

qual integra as principais variáveis de actividade, nomeadamente recepção e

tratamento de Residuos, Investimentos, Custos e Proveitos associados à actividade.

Apresentam-se nesta fase do documento as principais linhas de intervenção futura

que se encontram previstas nos EVEF das duas empresas, independentes da

integração, ou não, dos Sistemas.

a) Recolha Indiferenciada

Ao nível da gestão dos RSU indiferenciados, é de realçar a seguinte alteração ao

Modelo Técnico da RESIOESTE

⇒ Ampliação, da estação de transferência de Rio Maior de modo a possibilitar a

recepção, nesta instalação, de parte dos RSU provenientes do Município de

Alcobaça com o objectivo da diminuição da distância do transporte destes

resíduos para o aterro sanitário do Oeste.

Ainda no âmbito da recolha indiferenciada ajustou-se o modelo face às alterações

que se preconizam necessárias nos transportes de RSU da ET da Nazaré para a

VALORLIS, em resultado da afinação da Estratégia de Orgânica comum.

No que se refere à área de intervenção da VALORSUL, assinale-se, como relevante

independentemente da Fusão:

� A aquisição dos terrenos em 2010 e 2011 para a construção de células para a

deposição de RSU’s em terrenos localizados no topo Este do Aterro e em 2014 e

2015 para o alargamento da célula de Cinzas.O investimento a realizar com a

unidade de valorização de biogás produzido no AS de Mato da Cruz;

Page 17: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 15

� Inserido numa estratégia de requalificação ambiental nas zonas envolventes das

UTV da VALORSUL ou antigos locais de deposição de resíduos, encontram-se

previstas obras, em curso, de beneficiações ambientais nas freguesias da

envolvente da CTRSU, autorizadas pelo Senhor Ministro do Ambiente,

Ordenamento do Território e Desenvolvimento Regional.

b) Recolha Selectiva e Triagem de Embalagens e Papel/Cartão

Não foram efectuadas alterações significativas aos Modelo Técnico da RESIOESTE e

da VALORSUL nesta área de actividade.

c) Valorização Energética do Biogás

As alterações ao Modelo Técnico da RESIOESTE no âmbito da valorização

energética do biogás resultam da introdução da tecnologia de pilhas de combustível

(AGNI) para produção de energia eléctrica. Na VALORSUL, o aproveitamento do

potêncial energético do biogás para produção de energia eléctrica será com base na

tecnologia convencional com utilização de motogeradores..

d) Valorização Orgânica

Em termos da valorização orgânica de resíduos urbanos biodegradáveis (RUB) a

RESIOESTE possui um projecto conjunto com a VALORLIS definido com base na

estratégia nacional, elaborada em 2003, neste domínio, agora reiterada no PERSU

II. Para a prossecução do projecto em causa, a VALORLIS apresentou em 2004

uma candidatura ao Fundo de Coesão do Projecto de Valorização dos Resíduos

Urbanos Biodegradáveis dos Sistemas Multimunicipais das Alta Estremadura, cuja

aprovação consta da Decisão C(2005) 1332.

A Central de Valorização Orgânica (CVO), a implementar em Leiria, pelo processo

de Tratamento Mecânico e Biológico por Digestão Anaeróbia (TMB/DA), encontra-

se em fase de construção, sendo que a solução a implementar terá, numa primeira

fase até 2014, capacidade para tratamento de 20.000 t/ano de RUB, com origem

em resíduos indiferenciados, ficando preparada a possibilidade da sua ampliação

com uma nova linha para processamento de mais 10.000 Mg de RUB recolhidos

selectivamente.

A Resioeste entregará anualmente, com início em 2010, 25.000 Mg de RSU

recolhidos indiferenciadamente, os quais serão transportados a partir da Estação de

Transferência da Nazaré (geograficamente mais próxima), por meios próprios da

RESIOESTE para a Central de Valorização Orgânica em Leiria.

Page 18: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 16

Relativamente à compostagem caseira esta encontra-se também prevista nos

moldes apresentados na candidatura ao Fundo de Coesão, i.e., aquisição de um

total de 19.000 compostores domésticos entre 2007 e 2012, sendo estes repartidos

em igual número pelos dois sistemas, cabendo à NOVA EMPRESA a aquisição da

parte ainda não adquirida pela RESIOESTE.

Já na área de intervenção da VALORSUL continuar-se-á a alimentar a ETVO com a

matéria orgânica recolhida selectivamente, sendo de destacar que a actual

capacidade associada a esta instalação, de 40 mil Mg/ano, numa primeira fase, será

expandida para 60 mil Mg/ano numa segunda fase, prevista a sua entrada em

exploração em 2011.

5.2.2 Consequência da Integração

O novo modelo técnico definido pretende maximizar as sinergias da exploração

conjunta pela RESIOESTE e pela VALORSUL do conjunto de infra-estruturas

existentes, apresentando-se neste ponto as alterações que se perspectivam

relevantes na NOVA EMPRESA, em consequência da integração dos 2 SMM e que,

como tal, serão também pressupostos a considerar no EVEF de Integração,

apresentado nos próximos Capítulos.

a) Recolha Indiferenciada

Ao nível da recolha indiferenciada as alterações preconizadas prendem-se

essencialmente com a alteração do destino final de parte de resíduos provenientes

deste fluxo. Assim, a solução de deposição integral em aterro sanitário dos resíduos

indiferenciados produzidos na área de abrangência da RESIOESTE, será substituída

por uma solução mista de deposição em aterro, incineração e valorização orgânica.

Para tal preconiza-se o envio faseado para a Central de Tratamento de RSU

(CTRSU), localizada em S. João da Talha, dos quantitativos de resíduos constantes

do Quadro seguinte, calculados de modo a utilizar a capacidade excedentária da

CTRSU e assim maximizar os benefícios da integração dos SMM.

Page 19: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 17

Quadro 5.3 – Desvio de RSU para a CTRSU

Ano RSU a transportar para a CTRSU (Mg)

2009 86.000

2010 92.000

2011 95.000

2012 100.000

2013 a 2025 115.000

O transporte dos RSU para a CTRSU será efectuada por meios próprios da NOVA

EMPRESA, recorrendo à frota de tractores e semi-reboques que será alvo de

redimensionamento. Os resíduos terão origem nas estações de transferência de

maior proximidade tendo em conta a rede viária existente.

Sendo o concelho de Torres Vedras o que maior peso tem no cômputo geral da

produção de resíduos dos Municípios da área de abrangência da RESIOESTE

(aproximadamente 18%), preconiza-se a construção uma nova estação de

transferência neste Município, de modo a receber a totalidade dos resíduos

produzidos neste Concelho.

A opção pela construção desta nova infra-estrutura, cujo arranque de exploração se

perspectiva para o início de 2010, permitirá a redução significativa do horário de

funcionamento da frente de deposição do aterro sanitário do oeste, que passará dos

actuais 2 turnos, seis dias por semana, a 1 turno, seis dias por semana.

b) Recolha Selectiva e Triagem Multimaterial

Não se prevêem, nesta fase, quaisquer alterações aos Modelos Técnicos actuais,

mantendo-se na NOVA EMPRESA as actividades de recolha selectiva e triagem dos

materiais recolhidos, em moldes idênticos aos existentes.

c) Valorização Energética do Biogás

A nível da valorização energética do biogás produzido nos Aterros, mantém-se na

NOVA EMPRESA os investimentos e respectiva exploração das duas unidades de

Biogás já antes previstas, nomeadamente em Mato da Cruz e no Cadaval.

d) Valorização Orgânica

A estratégia de Valorização Orgânica do SMM a criar será o somatório das actuais

estratégias da RESIOESTE e VALORSUL, já anteriormente explicitadas, uma vez

Page 20: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 18

que se mantêm os compromissos nacionais de partilha com a VALORLIS da Unidade

a construir por esta última, bem como a expansão da ETVO da Amadora.

5.3.5.3.5.3.5.3. MODELO TÉCNICO RESULTANTE

5.3.1 UTV – Unidades de Tratamento e Valorização

A NOVA EMPRESA, resultado da fusão dos SMM concessionados à RESIOESTE e à

VALORSUL, irá ter as seguintes unidades de tratamento e valorização:

� Dois Centros de Triagem para triagem / enfardamento / armazenagem dos

fluxos multimateriais recolhidos, um no Cadaval e outro em Lisboa, englobando

este último um ecocentro no seu perímetro;

� Uma unidade de Valorização Orgânica por digestão anaeróbia a partir de

recolha selectiva de matéria orgânica, na Amadora;

� Partilha da Utilização de Uma unidade de Valorização Orgânica, em conjunto

com a Valorlis, a construir em Leiria.

� Uma Central de Valorização Energética por incineração dos resíduos

provenientes da recolha indiferenciada, em Loures;

� Uma unidade de Valorização de Escórias produzidas na incineração, em Vila

Franca de Xira;

� Dois Aterros Sanitários, um no Cadaval e outro em Vila Franca de Xira,

unidades fusíveis do sistema para deposição dos resíduos não susceptíveis de

serem valorizados nas restantes unidades, bem como dos refugos resultantes

dos processos.

� Sete estações de transferência de resíduos sólidos urbanos, que englobam no

seu perímetro um ecocentro.

� Sistema de recolha selectiva de embalagens e papel/cartão, englobando

para os 14 Municípios mais a Norte a própria actividade de recolha, e

estendendo a toda a área geográfica as infra-estruturas de Ecopontos

necessários para o cumprimento dos objectivos desta actividade.

� Serviços de apoio geral nos quais se incluem, oficinas de manutenção geral,

serviços de vigilância e controlo de entradas e outros serviços de apoio como

sejam manutenção de espaços verdes e limpeza e desobstrução de colectores.

Page 21: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 19

5.3.2 Produção e Recepção de Resíduos

Tendo por base as estimativas actuais de produção das duas empresas, as quais

foram apuradas tendo por base quer o histórico das empresas e ainda as

respectivas expectativas de crescimento da população, capitação e produção de

resíduos, apresenta-se no quadro seguinte, a Produção de RSU, pelas suas

componentes globais, para a NOVA EMPRESA.

Quadro 5.4 – Produção de RSU

6.6.6.6. EVEF – ESTUDO DE VIABILIDADE ECONÓMICA E

FINANCEIRA DA “NOVA EMPRESA”

Tendo por base os EVEF das duas empresas, actualizados e revistos, no caso da

Valorsul, aquando da elaboração do Orçamento e Projecto Tarifário de 2009 e para

a Resioeste aquando da elaboração do OPT 2008 (com os ajustamentos entendidos

necessários), a equipa de projecto elaborou um EVEF de integração dos 2 Sistemas.

Para o efeito, utilizou-se o modelo da VALORSUL e integrou-se neste, todos os

dados e pressupostos de actividade constantes do EVEF da RESIOESTE.

Consideraram-se ainda todas as sinergias que poderão advir da integração,

nomeadamente as alterações nos processos, na transferência de resíduos, possíveis

reduções de investimento, reenquadramento e reduções ao nível dos Recursos

Humanos, nivelamento salarial etc.

Por simplificação optou-se por, no ano previsto para a integração, 01-01-2009,

considerar que a NOVA EMPRESA, ao nível do Balanço, resultaria do somatório de

activos e passivos estimados nessa data para a RESIOESTE e a VALORSUL. Esta

decisão terá que ser validada posteriormente, de acordo com o modelo jurídico de

integração que vier eventualmente a ser implementado.

Elaboraram-se as estimativas de actividade e económicas e financeiras até ao

último ano previsto para a concessão da NOVA EMPRESA, tendo como pressupostos

de base os já referidos no capítulo 3.

O EVEF foi elaborado, numa primeira fase a preços constantes, sendo que os mapas

finais, Projecto Tarifário e Demonstrações Financeiras Previsionais, são já

Produção RSU (mil Mg) 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Recolha Indiferenciada 832,7 802,5 787,2 774,0 769,1 764,3 748,3 735,7 735,4 735,2 - RSU municipais 748,4 747,9 732,7 719,5 714,7 709,8 693,9 681,3 681,0 680,8 - RSU particulares 54,8 54,6 54,5 54,5 54,5 54,5 54,4 54,4 54,4 54,4 - RSU particulares f/AML 29,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Recolha Selectiva 128,0 133,6 150,5 162,8 166,8 170,8 179,8 183,8 184,1 184,3 - Multimaterial 88,0 93,6 98,8 102,8 106,8 110,8 114,8 118,8 119,1 119,3 - Orgânicos 40,0 40,0 51,7 60,0 60,0 60,0 65,0 65,0 65,0 65,0Total 960,7 936,1 937,8 936,8 936,0 935,1 928,1 919,5 919,5 919,5

Page 22: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 20

convertidos e apresentados a preços correntes, através dos índices de inflação

considerados.

Por uma mais clara leitura dos dados, optou-se por apresentar ao longo

deste relatório apenas os valores dos primeiros 10 anos, isto é, de 2009

(primeiro ano de exploração em comum) até 2018 (ano em que se

pressupõe já uma maturidade da “NOVA EMPRESA”).

Neste capítulo, tentar-se-ão identificar os principais pressupostos e resultados do

modelo económico e financeiro.

6.1.6.1.6.1.6.1. PRESSUPOSTOS ECONÓMICOS E FINANCEIROS

Nos quadros seguintes apresentam-se os principais pressupostos macro e micro

económicos considerados na elaboração do presente EVEF.

Quadro 6.1 – Pressupostos Económico-financeiros

6.2.6.2.6.2.6.2. INVESTIMENTOS

Os Investimentos futuros na “NOVA EMPRESA” foram subdivididos em duas classes,

nomeadamente:

a) Investimentos Base no sistema, sejam eles investimentos de raiz, correntes, de

desenvolvimento ou de modernização, e

b) Investimentos de Substituição, entendidos como aqueles necessários à

manutenção do sistema, e nos termos do clausulado usual dos Contratos de

Concessão.

Pressupostos económicos 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Taxa de IRC e derrama 26,5% 26,5% 26,5% 26,5% 26,5% 26,5% 26,5% 26,5% 26,5% 26,5%Taxa de IVA normal 20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0% 20,0%Taxa de IVA de energia e tarifas 5,0% 5,0% 5,0% 5,0% 5,0% 5,0% 5,0% 5,0% 5,0% 5,0%Prazo médio de pagamentos (dias)

Fornecedores 45,0 45,0 45,0 45,0 45,0 45,0 45,0 45,0 45,0 45,0 Fornecedores de imobilizado 60,0 60,0 60,0 60,0 60,0 60,0 60,0 60,0 60,0 60,0Prazo médio de recebimentos (dias) Tarifas 75,0 75,0 75,0 75,0 75,0 75,0 75,0 75,0 75,0 75,0 Outros 45,0 45,0 45,0 45,0 45,0 45,0 45,0 45,0 45,0 45,0Tesouraria residual (% dos proveitos) 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5% 0,5%

Pressupostos financeiros 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Taxa de inflação 2,5% 2,5% 2,5% 2,5% 2,5% 2,5% 2,5% 2,5% 2,5% 2,5%Taxa de juro MLP - empréstimos BEI 4,6% 4,5% 4,5% 4,3% 4,1% 3,7% 4,0% 4,0% 4,0% 4,0%Taxa de juro CP - empréstimos 6,1% 6,1% 6,1% 6,1% 6,1% 6,1% 6,1% 6,1% 6,1% 6,1%Taxa de juro de aplicações financeiras 5,1% 5,1% 5,1% 5,1% 5,1% 5,1% 5,1% 5,1% 5,1% 5,1%Taxa de juro de aplicações de fundos 5,1% 5,1% 5,1% 5,1% 5,1% 5,1% 5,1% 5,1% 5,1% 5,1%TBA 5,0% 5,0% 5,0% 5,0% 5,0% 5,0% 5,0% 5,0% 5,0% 5,0%Taxa de rendimento 2,0% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0%Taxa de risco 2,0% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0% 2,0%

Page 23: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 21

6.2.1 Investimentos de Base

Consideram-se neste capítulo todas as aquisições de imobilizado necessário ao

desenvolvimento das várias UTV da NOVA EMPRESA, bem como aqueles que

adquiridos ou construídos de raiz permitem a concretização dos objectivos

produtivos e ambientais do sistema. Com base nos 2 EVEF das empresas bem como

nas alterações consequência da integração, já explicitados anteriormente, apurou-

se o Investimento Base total. A este nível, refira-se, que como consequência da

integração dos dois SMM, o Investimento de Base na NOVA EMPRESA, para o

período 2009-2018, será o que se configura no quadro 6.2, seguinte:

Quadro 6.2 – Investimentos de Base

6.2.2 Investimentos de Substituição

No Contrato de Concessão refere-se que “a concessionária obriga-se a manter em

bom estado de funcionamento, conservação e segurança, a expensas suas, os bens

e meios afectos à concessão (…)“ e também que “para acorrer aos encargos

necessários à realização do investimento de substituição de bens depreciados por

uso ou obsolescência técnica, a concessionária, (…) procederá à criação de um

Fundo de Renovação (…).”.

Para dar cumprimento ao estabelecido no Contrato de Concessão foi efectuado um

plano de substituição dos equipamentos da NOVA EMPRESA.

Nos quadros seguintes apresentam-se os valores para o investimento de

substituição considerados em cada UTV de acordo com o ano previsível de

investimento.

Quadro 6.3 – Investimentos de Substituição

Investimentos de Base (mil €)

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

CTRSU 1.202,1 131,3 59,2 115,9 62,2 63,8 124,8 67,0 68,7 38,4AS - Mato Cruz 3.136,7 3.092,3 1.611,7 110,4 158,4 1.206,1 5.135,1 36,6 99,9 102,4AS - Cadaval / ET's 1.418,1 0,0 0,0 0,0 158,4 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0ITVE 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0ETVO 532,4 1.575,9 2.046,1 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0CT - Lumiar 638,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0CT - Cadaval + Recolha 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Biogás - Cadaval 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Estrutura e Outros 4.274,7 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Total 11.202,0 4.799,6 3.717,1 226,3 379,0 1.269,9 5.259,9 103,6 168,6 140,8

Investimentos de Substituição (mil €)

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

CTRSU 4.571,2 2.243,1 1.249,2 361,5 220,6 4.621,4 548,7 530,0 1.826,5 0,0AS - Mato Cruz 7,9 50,3 116,1 52,8 128,4 206,9 342,9 205,2 222,9 55,6AS - Cadaval / ET's 1.973,9 35,2 433,7 1.439,8 1.315,7 337,0 369,0 757,2 985,2 186,4ITVE 0,0 29,9 56,5 168,3 13,3 176,0 23,8 14,3 190,5 17,3ETVO 129,2 94,0 335,0 575,6 1.516,8 675,9 256,8 170,0 237,9 235,0CT - Lumiar 37,4 427,6 234,8 321,3 406,7 225,6 401,1 371,5 453,3 70,0CT - Cadaval + Recolha 3.566,6 442,3 594,4 579,7 556,9 278,2 765,7 798,2 1.422,1 778,1Biogás - Cadaval 2.529,2 0,0 9,5 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 11,0 1.280,1Estrutura e Outros 203,8 1.138,5 1.134,0 1.191,9 1.217,6 1.239,4 1.270,4 1.301,7 83,5 78,7Total 13.019,2 4.461,0 4.163,3 4.690,9 5.376,0 7.760,4 3.978,3 4.148,2 5.432,8 2.701,2

Page 24: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 22

6.3.6.3.6.3.6.3. TRATAMENTO NAS UNIDADES

Para o cálculo dos custos variáveis considerados no presente estudo foram

utilizados os custos unitários indicados no ponto seguinte, usando como factor

multiplicativo as quantidades tratadas/recebidas em cada uma das UTV. No quadro

seguinte são apresentadas as quantidades referidas:

Quadro 6.4 – Resíduos Tratados / Valorizados por UTV

6.4.6.4.6.4.6.4. CUSTOS

6.4.1 Variáveis

Os consumos de processo, considerados como custos variáveis em função das

quantidades tratadas e valorizadas, foram calculados a partir de pressupostos de

consumo unitário (por norma por Mg de resíduo) e de preços unitários. Uma vez

mais no EVEF de Integração utilizaram-se os pressupostos de base dos dois EVEF

das empresas, os quais encerram o conhecimento histórico da actividade

desenvolvida. Foram consideradas as adaptações e redimensionamento das

estruturas da actual RESIOESTE face à integração e respectivo impacto nos custos,

sendo as principais, as seguintes:

� Redimensionamento dos transportes de RSU, para fazer face à entrega na

VALORLIS de 25.000 Mg de RSU para tratamento em TMB/DA;

Tratamento nas UTV (mil

Mg)2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

ET's

- Alenquer 26,0 14,2 17,7 23,1 25,5 25,4 24,5 24,2 24,1 24,1 - Óbidos 28,2 39,6 35,6 30,1 27,6 27,6 26,5 27,2 27,7 27,9 - Nazaré 34,7 34,5 34,2 34,2 34,1 34,0 32,7 32,2 32,2 32,1 - Rio Maior 8,5 8,4 8,4 8,3 8,3 8,3 8,0 7,9 7,9 7,8 - Sobral 9,4 9,4 9,3 9,3 9,3 9,3 8,9 8,8 8,8 8,8 - Peniche 20,0 19,9 19,7 19,7 19,7 19,6 18,9 18,7 18,7 18,7 - Torres Vedras 0,0 33,4 33,2 32,9 32,8 32,7 32,6 31,4 31,0 30,9CTRSU 599,0 580,1 571,9 565,9 578,8 574,6 565,7 554,5 554,5 554,5 - RSU - AML 470,5 471,0 457,3 444,6 440,1 435,7 426,7 416,4 416,4 416,4 - RSU - Oeste 85,7 91,8 94,7 99,7 116,7 116,7 116,3 115,1 115,1 115,1 - Refugos 13,2 17,3 19,8 21,6 21,9 22,2 22,7 23,0 23,0 23,0ITVE 107,9 104,5 103,0 102,0 104,3 103,5 101,9 99,9 99,9 99,9AS - Mato da Cruz 244,0 242,1 241,3 240,7 241,8 241,4 240,6 239,6 239,6 239,6 - RSU 147,1 146,9 146,8 146,8 146,8 146,8 146,7 146,7 146,7 146,7 - Refugos 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 - C inzas e Inertes 96,9 95,2 94,4 93,9 95,0 94,6 93,8 92,8 92,8 92,8AS - Cadaval 74,9 67,8 63,4 58,0 40,5 40,1 33,6 32,5 32,2 32,0 - RSU (directos + ET's) 74,9 67,8 63,4 58,0 40,5 40,1 33,6 32,5 32,2 32,0CTE - Lumiar 68,3 71,7 75,1 78,8 82,6 86,3 90,1 93,8 93,8 93,8 - Vidro 21,2 22,4 23,5 24,6 25,8 27,0 28,2 29,3 29,3 29,3 - Papel 36,3 37,8 39,2 41,2 43,1 45,1 47,0 49,0 49,0 49,0 - Embalagem 10,8 11,6 12,4 13,0 13,7 14,3 14,9 15,5 15,5 15,5CTE - Cadaval 19,6 21,9 23,7 24,0 24,2 24,5 24,7 25,0 25,2 25,5 - Vidro 7,5 8,5 9,4 9,5 9,6 9,7 9,8 9,9 10,0 10,1 - Papel 7,8 8,5 8,9 9,0 9,1 9,2 9,3 9,3 9,4 9,5 - Embalagem 4,3 4,9 5,4 5,5 5,5 5,6 5,6 5,7 5,8 5,8ETVO 40,0 40,0 51,7 60,0 60,0 60,0 60,0 60,0 60,0 60,0Desvio p/ Valorlis 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 25,0 30,0 30,0 30,0 30,0

Page 25: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 23

� Exploração da ET de Rio Maior, alvo de ampliação, com um acréscimo de 40%

nos custos reais como consequência do aumento percentual dos quantitativos de

resíduos recebidos;

� Redimensionamento do sistema de transporte de RSU, tendo em conta os

quantitativos de resíduos a transferir para a CTRSU e custos inerentes à

construção e exploração da ET de Torres Vedras, considerando-se que os custos

de exploração desta ET seriam idênticos aos reais da ET de Óbidos com uma

majoração de 18% (correspondente à diferença percentual dos quantitativos de

resíduos recebidos).

� Ao nível da estrutura os custos com FSE foram reduzidos em cerca de

200.000€/ano.

Neste enquadramento, apresentam-se nos quadros seguintes os principais

pressupostos assumidos em termos de consumos e preços unitários (a preços

constantes). Refira-se que, o facto de Unidades de Tratamento análogas nas duas

empresas não apresentarem a mesma decomposição de custos variáveis resulta da

classificação dos custos entre variáveis e fixos não ser a mesma, no entanto, nos

custos operacionais totais, estão incluídas todas as rubricas de custos.

Quadros 6.5 – Consumos e Preços Unitários nas UTV

Recolha Selectiva e CTE Cadaval 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018a) Consumos unitários

Gasóleo - Papel (l/Mg) 19,0 19,0 19,0 19,0 19,0 19,0 19,0 19,0 19,0 19,0Gasóleo - Vidro (l/Mg) 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0 8,0Gasóleo - Embalagens (l/Mg) 41,9 41,9 41,9 41,9 41,9 41,9 41,9 41,9 41,9 41,9Fita - p/ papel cartão (rolo/Mg) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Arame - p/ embalagens (kg/Mg) 5,2 5,2 5,2 5,2 5,2 5,2 5,2 5,2 5,2 5,2Electricidade - Papel (kWh/Mg) 1,7 1,7 1,7 1,7 1,7 1,7 1,7 1,7 1,7 1,7Electricidade - Embalagens (kWh/Mg) 3,1 3,1 3,1 3,1 3,1 3,1 3,1 3,1 3,1 3,1b) Preços unitários

Gasóleo (€/l) 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1Fita - p/ papel cartão (euros/ml) 40,9 40,9 40,9 40,9 40,9 40,9 40,9 40,9 40,9 40,9Arame - p/ embalagens (euros/kg) 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7Electricidade (euros/kWh) 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0

ET's 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018a) Consumos unitários

Gasóleo (l/100 Km) 46,0 46,0 46,0 46,0 46,0 46,0 46,0 46,0 46,0 46,0Electricidade (Alenquer e Nazaré) (€/Mg) 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2Electricidade (Óbidos, T. Vedras,) (€/Mg) 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2Electricidade (Sobral, R. Maior) (€/Mg) 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3Óleo (l/100Km) 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5b) Preços unitários

Óleo (euros/l) 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5Gasóleo (€/l) 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1

AS Cadaval 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018a) Consumos unitários

Gasóleo (l/Mg) 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3Reagentes ETAR - P.efluentes (m3/dia) 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0 250,0b) Preços unitários

Gasóleo (€/l) 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1 1,1Reagentes ETAR - P.efluentes (€/m3) 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2

Page 26: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 24

CTRSU 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018a) Consumos unitários

Cal (kg / MgRSU) 6,1 6,1 6,1 6,1 6,1 6,1 6,1 6,1 6,1 6,1Carvão activado (kg / MgRSU) 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4Amónia (kg / MgRSU) 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5Hipoclorito de sódio (kg / MgRSU) 1,7 1,7 1,7 1,7 1,7 1,7 1,7 1,7 1,7 1,7Fosfatos (kg / MgRSU) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Gás natural (Nm3 / MgRSU) 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2 2,2Cimento (kg / Mgcinzas) 626,0 626,0 626,0 626,0 626,0 626,0 626,0 626,0 626,0 626,0Água municipal (m3 / MgRSU) 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3Energia eléctrica (kWh / MgRSU) 0,5 2,1 2,1 2,1 2,1 2,1 2,1 2,1 2,1 2,1b) Preços unitários

Cal (€ / Mg) 91,9 91,9 91,9 91,9 91,9 91,9 91,9 91,9 91,9 91,9Carvão activado ( €/ Mg) 738,0 738,0 738,0 738,0 738,0 738,0 738,0 738,0 738,0 738,0Amónia (€ / Mg) 158,0 158,0 158,0 158,0 158,0 158,0 158,0 158,0 158,0 158,0Hipoclorito de sódio (€ / Mg) 71,6 71,6 71,6 71,6 71,6 71,6 71,6 71,6 71,6 71,6Fosfatos (Optisperce HP-5462/ Cortrol) (€ / Mg) 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0 7,0Gás natural ( € / 103 Nm3) 370,0 370,0 370,0 370,0 370,0 370,0 370,0 370,0 370,0 370,0Gás natural (€ / mês) 690,6 690,6 690,6 690,6 690,6 690,6 690,6 690,6 690,6 690,6Cimento (€ / Mg) 82,5 82,5 82,5 82,5 82,5 82,5 82,5 82,5 82,5 82,5Água municipal (€ / m3) 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0Energia eléctrica (€ / kWh) 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1

AS Mato da Cruz 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018a) Consumos unitários

Gasóleo (dm3 / Mg) 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7Energia eléctrica (kWh / Mg) 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0Água (m3 / Mg) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Produção efluentes ETAR (m3 / dia) 140,0 140,0 140,0 140,0 140,0 140,0 140,0 140,0 140,0 140,0Reagentes ETAR (kg / m3) 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0Brita / tout venant ( € /ano) 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2Chapas e perf is de ferro ( € / ano) 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8Óleos lubrif icantes ( € / Mg) 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1Outros consumíveis (€ / Mg) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0b) Preços unitários

Gasóleo (€ / l) 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3Energia eléctrica (€ / kWh) 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1Água (€ / m3) 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0 4,0Reagentes ETAR (€ / kg) 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3

CTE Lumiar 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018a) Consumos unitários

Arame - p/ papel cartão (kg / Mg) 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0 3,0Arame - p/ embalagens (kg / Mg) 2,6 2,6 2,8 2,8 2,8 2,8 2,8 2,8 2,8 2,8Energia eléctrica (kWh / Mg) 22,9 22,9 22,9 22,9 22,9 22,9 22,9 22,9 22,9 22,9Gasóleo (l / Mg) 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2Água (m3 / Mg) 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3Lubrificantes (€ / Mg) 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1Outros consumíveis (€ / Mg) 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3b) Preços unitários

Arame para papel / cartão (€ / kg) 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9Arame para embalagens (€ / kg) 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8Energia eléctrica (€ / kWh) 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1Gasóleo (€ / l) 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3Água (€ / m3) 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4 2,4

ITVE 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018a) Consumos unitários

Energia eléctrica (kWh/Mg) 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3Gasóleo (l / Mg) 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8Água (m3 / Mg) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0b) Preços unitários

Energia eléctrica 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1Gasóleo 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3Água 3,4 3,4 3,4 3,4 3,4 3,4 3,4 3,4 3,4 3,4

Page 27: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 25

Partindo dos custos e consumos unitários atrás identificados, apresentam-se no

mapa seguinte os valores apurados para os principais consumos por ano e por UTV.

Quadros 6.6 – Custos Variáveis

ETVO 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018a) Consumos unitários

Electricidade (kWh / Mg RO) 93,3 97,7 97,7 97,7 97,7 97,7 97,7 97,7 97,7 97,7Gasóleo (l / Mg RO) 1,4 1,4 1,4 1,4 1,4 1,4 1,4 1,4 1,4 1,4Óleos e lubrif icantes (l / Mg RO) 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2 0,2Material estruturante (Mg / Mg RO) 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Água (m3 / Mg RO) 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9 0,9Floculante (kg / Mg RO) 0,5 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6Ácido sulfúrico (kg / Mg RO) 1,1 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0 1,0Outros consumíveis (€ / Mg RO) 0,6 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5b) Preços unitários

Electricidade (€ / kWh) 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1Água (€ / m3) 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0 2,0Gasóleo (€ / l) 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3 1,3Óleos / lubrif icantes (€ / l) 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5 1,5Floculante (€ / kg) 3,7 3,7 3,7 3,7 3,7 3,7 3,7 3,7 3,7 3,7Material estruturante (€ / Mg) 35,0 35,0 35,0 35,0 35,0 35,0 35,0 35,0 35,0 35,0Ácido sulfurico (€ / kg) 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3 0,3Transporte de rejeitados (€ / Mg) - Em FSE 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0 5,0Tarifa de recolha de resíduos (€ / Mg) - Em FSE 49,9 49,9 49,9 49,9 49,9 49,9 49,9 49,9 49,9 49,9

C. Variáveis (103 €) 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

ETVO 648,3 669,5 865,4 1.004,3 1.004,3 1.004,3 1.004,3 1.004,3 1.004,3 1.004,3Gasóleo 73,3 70,7 91,4 106,0 106,0 106,0 106,0 106,0 106,0 106,0Electricidade 359,3 376,4 486,6 564,7 564,7 564,7 564,7 564,7 564,7 564,7Óleos e lubrif icantes 14,4 14,4 18,6 21,6 21,6 21,6 21,6 21,6 21,6 21,6Material estruturante 14,0 14,0 18,1 21,0 21,0 21,0 21,0 21,0 21,0 21,0Água 72,0 72,0 93,1 108,0 108,0 108,0 108,0 108,0 108,0 108,0Floculante 78,6 89,9 116,1 134,8 134,8 134,8 134,8 134,8 134,8 134,8Ácido sulfúrico 14,4 12,6 16,3 19,0 19,0 19,0 19,0 19,0 19,0 19,0Outros consumíveis 22,3 19,5 25,2 29,3 29,3 29,3 29,3 29,3 29,3 29,3

CTE - Lumiar 446,5 467,9 490,9 515,5 540,0 564,6 589,1 613,7 613,7 613,7Arame para papel / cartão 93,7 97,4 101,1 106,2 111,2 116,3 121,4 126,4 126,4 126,4Arame para embalagens 21,3 22,6 25,6 26,9 28,2 29,4 30,7 32,0 32,0 32,0Energia eléctrica 150,7 158,1 165,6 173,8 182,1 190,4 198,7 207,0 207,0 207,0Gasóleo 107,3 112,6 117,9 123,8 129,7 135,6 141,5 147,4 147,4 147,4Água 48,2 50,6 52,9 55,6 58,2 60,9 63,5 66,2 66,2 66,2Lubrif icantes 6,8 7,2 7,5 7,9 8,3 8,6 9,0 9,4 9,4 9,4Outros consumíveis 18,5 19,4 20,3 21,3 22,3 23,3 24,3 25,3 25,3 25,3

CTRSU 2.932,4 2.933,0 2.891,5 2.861,5 2.926,3 2.905,4 2.860,4 2.804,0 2.804,0 2.804,1Cal 335,8 325,2 320,6 317,3 324,5 322,2 317,2 310,9 310,9 310,9Carvão activado 172,4 167,0 164,6 162,9 166,6 165,4 162,8 159,6 159,6 159,6Amónia 137,2 132,9 131,0 129,6 132,6 131,6 129,6 127,0 127,0 127,0Hipoclorito de sódio 74,3 71,9 70,9 70,2 71,8 71,3 70,2 68,8 68,8 68,8Fosfatos 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Gás natural 493,6 478,3 471,7 466,8 477,3 473,9 466,7 457,6 457,6 457,6Cimento 1.114,1 1.078,9 1.063,6 1.052,6 1.076,5 1.068,8 1.052,2 1.031,3 1.031,4 1.031,4Água municipal 575,0 556,9 549,0 543,3 555,6 551,6 543,1 532,3 532,3 532,3Energia eléctrica 29,9 121,8 120,1 118,8 121,5 120,7 118,8 116,4 116,4 116,5

ITVE 123,7 119,8 118,1 116,8 119,5 118,6 116,8 114,5 114,5 114,5Energia eléctrica 11,8 11,5 11,3 11,2 11,4 11,3 11,2 10,9 10,9 10,9Gasóleo 106,0 102,6 101,2 100,1 102,4 101,7 100,1 98,1 98,1 98,1Água 5,9 5,7 5,6 5,5 5,7 5,6 5,5 5,4 5,4 5,4

Page 28: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 26

6.4.2 Fixos

Os outros custos de exploração necessários ao desenvolvimento da actividade mas

com um carácter de custo fixo, sejam eles de carácter contratual ou não, são

apresentados em unidades monetárias, por não serem significativamente

dependentes das quantidades de resíduos. Apresenta-se seguidamente um resumo

desses custos, para as diferentes áreas operacionais da empresa. A maioria destes

custos referem-se a prestações de serviços de terceiros, como sejam seguros,

trabalhos especializados, rendas e alugueres, taxa do IRAR, etc, excluindo os

custos com pessoal.

Quadros 6.7 – Custos Fixos

Refira-se que o incremento significativo de C. Fixos nas Unidades da RESIOESTE a

partir de 2010 se deve ao pagamento à VALORLIS de 50% dos custos de

Investimento e Exploração da Unidade de TMB/DA que entra em início de actividade

nesse ano. Refira-se que o valor apresentado é o custo total liquido após dedução

dos proveitos gerados pela instalação.

C. Variáveis (103 €) 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

AS - Mato da Cruz 326,2 323,9 322,9 322,1 323,5 323,0 322,0 320,7 320,7 320,7Gasóleo 207,6 206,0 205,3 204,8 205,8 205,4 204,7 203,8 203,8 203,8Energia eléctrica 41,8 41,4 41,3 41,2 41,4 41,3 41,2 41,0 41,0 41,0Água 29,3 29,0 29,0 28,9 29,0 29,0 28,9 28,7 28,7 28,7Brita / tout venant 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2 1,2Chapas e perfis de ferro 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8 0,8Reagentes ETAR 16,4 16,4 16,4 16,4 16,4 16,4 16,4 16,4 16,4 16,4Óleos lubrif icantes 22,0 21,8 21,7 21,7 21,8 21,7 21,7 21,6 21,6 21,6Outros consumíveis 7,3 7,3 7,2 7,2 7,3 7,2 7,2 7,2 7,2 7,2Rec. Triagem - Cadaval 543,8 634,1 714,8 751,9 791,0 832,2 875,6 921,4 969,6 1.020,5Gasóleo 483,9 565,7 639,6 674,4 711,0 749,6 790,4 833,3 878,6 926,4Fita - p/ papel cartão 7,7 8,4 8,7 8,8 8,9 9,0 9,0 9,1 9,2 9,2Arame - p/ embalagens 10,5 12,0 13,2 13,3 13,4 13,5 13,6 13,7 13,8 13,9Óleos lubrificantes 13,3 14,8 16,0 16,1 16,3 16,4 16,5 16,7 16,8 16,9Electricidade 28,5 33,2 37,3 39,3 41,5 43,7 46,1 48,6 51,3 54,0

AS - Cadaval 146,3 99,9 93,6 85,7 60,6 59,9 50,6 48,9 48,5 48,1Gasóleo 144,0 98,1 91,9 84,0 59,3 58,6 49,4 47,7 47,3 46,9Óleos lubrificantes 1,7 1,1 1,1 1,0 0,7 0,7 0,6 0,6 0,6 0,5Reagentes ETAR - P.efluentes 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7 0,7Est. Transferência 489,1 498,2 498,2 501,7 544,4 544,3 535,4 530,7 531,6 532,4Gasóleo e Óleos 470,8 471,9 471,0 473,7 515,3 514,0 504,7 499,0 498,5 497,8Electricidade 18,3 26,4 27,2 28,0 29,1 30,3 30,7 31,7 33,1 34,6

TOTAL 5.656,4 5.746,3 5.995,3 6.159,5 6.309,6 6.352,3 6.354,2 6.358,1 6.407,0 6.458,2

C. Fixos (103 €) 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

ETVO 569,9 415,5 564,6 435,5 572,9 435,5 572,9 435,5 572,9 435,5CTE - Lumiar 7.861,3 8.306,1 8.755,0 7.295,4 7.631,8 7.968,2 8.304,5 8.640,9 8.640,9 8.640,9CTRSU 3.791,9 4.000,8 4.129,1 3.986,1 4.211,8 3.832,4 4.014,4 4.017,0 3.845,0 4.291,8ITVE 42,1 42,1 42,1 42,1 42,1 42,1 42,1 42,1 42,1 42,1AS - Mato da Cruz 704,5 1.079,5 815,5 815,5 815,5 815,5 815,5 815,5 815,5 815,5OGA 802,0 796,3 796,7 766,1 765,9 765,7 764,1 762,2 762,2 762,2Rec. Triagem - Cadaval 392,8 426,7 455,9 466,8 476,9 487,0 497,9 510,2 522,4 534,2AS - Cadaval 807,9 794,6 800,8 806,5 803,4 813,2 818,7 828,9 840,2 851,9Est. Transferência 447,9 452,8 456,7 464,9 491,7 496,6 494,8 497,1 503,5 509,2Valorlis - desvio 292,7 1.097,7 1.132,4 1.492,8 1.494,6 1.497,2 1.526,6 1.531,9 1.537,1 1.543,0Apoio Cadaval 83,8 83,8 83,7 83,9 83,9 84,0 84,1 84,3 84,5 84,7ESTRUTURA 4.770,1 4.800,2 4.759,5 4.354,9 4.355,5 4.385,1 4.355,5 4.355,5 4.360,1 4.355,5

Total 20.566,9 22.296,2 22.792,0 21.010,5 21.746,1 21.622,4 22.291,1 22.520,9 22.526,2 22.866,5

Page 29: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 27

6.4.3 Pessoal

Os custos com pessoal foram calculados, tendo em conta pressupostos de

crescimento da massa salarial e também de evolução do quadro de pessoal por

UTV. Quanto à composição da totalidade dos encargos com pessoal, consideraram-

se os valores históricos da grelha salarial da VALORSUL, bem como os percentuais

actuais de outros encargos para as diferentes categorias profissionais,

nomeadamente no que respeita a subsídios, encargos com a segurança social,

seguros de vida e de acidentes de trabalho, entre outros.

Considerou-se ainda, a integração dos colaboradores da RESIOESTE na grelha da

VALORSUL com os ajustamentos e reduções óbvias da integração, nomeadamente:

� Foram consideradas as seguintes reduções no Modelo da RESIOESTE:

o substituição do conselho de administração e assembleia-geral por órgãos

sociais comuns, anulando os custos actuais com os órgãos sociais e com a

respectiva secretaria (redução de 2 funcionários a tempo inteiro: 1

administrador delegado e 1 secretária);

o redução da Direcção Administrativa e Financeira que passará a ser

constituída por um técnico superior, um administrativo e uma telefonista

(redução de 3 funcionários: 1 director, 1 técnico superior e 1 administrativo);

o redução da Direcção Técnica pela dispensa de 1 encarregado de serviços de

apoio geral (redução de 1 funcionário);

o redução da equipa da frente de trabalho no aterro para 5 pessoas para

trabalhar um turno de 8 horas seis dias por semana incluindo feriados

(redução de 4 funcionários).

� Por outro lado existirão aumentos que decorreram das seguintes acções:

o O funcionamento da ET de Torres Vedras, tendo em conta os circuitos de

recolha existentes, será das 08:00 h às 00:00 h, seis dias por semana

incluído feriados, pelo que se preconiza a afectação de 3 funcionários;

o O redimensionamento dos motoristas de transporte de RSU, tendo em conta

as necessidades anuais de transporte resultantes do desvio de RSU da ET da

Nazaré para o TMB/DA da VALORLIS, da entrega dos RSU da freguesia da

Benedita na ET de Rio Maior e do envio de RSU para a CTRSU. Numa fase

inicial serão necessários mais 3 motoristas afectos ao transporte de RSU,

estimando-se que seja necessário mais um motorista a partir de 2014.

Em suma, considerou-se até ao arranque da integração, em 2009, uma redução

total de 10 funcionários e um aumento de 6. Por outro lado, face ao efeito do

Page 30: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 28

acréscimo natural dos materiais recolhidos selectivamente, o mesmo implicará um

aumento significativo de motoristas, ajudantes e eventualmente triadores, pelo que

se verifica que em 2009, só nesta actividade e no Cadaval, se terá um aumento de

4 funcionários. A redução que se verifica em 2010 resulta da automatização da

Unidade de Triagem localizada no Cadaval.

A NOVA EMPRESA terá uma evolução futura ao nível dos colaboradores como a que

se perspectiva no quadro seguinte:

Quadros 6.8 – Nº de Colaboradores

Apresentam-se aqui, tendo em conta os pressupostos assumidos, o valor dos

custos com pessoal por UTV e por natureza de custo.

Quadros 6.9 – Custos com Pessoal

6.4.4 Amortizações

Para o cálculo das amortizações, optou-se pela utilização da política de

amortizações preconizada na 4ª Directriz Contabilística (DC4). Esta opção resulta

da manutenção da política já adoptada pelas 2 actuais empresas desde 2001/2, não

só por via das recomendações expressas pelo IRAR, mas também pela adopção

desta metodologia em todo o Grupo AdP/EGF.

Colaboradores 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

ETVO 41 41 41 41 41 41 41 41 41 41CTE - Lumiar 45 46 46 46 46 46 46 46 46 46CTRSU 78 78 78 78 78 78 78 78 78 78ITVE 8 8 8 8 8 8 8 8 8 8AS Mato da Cruz 25 25 25 25 25 25 25 25 25 25OGA 7 7 7 7 7 7 7 7 7 7Rec.Sel./ Triagem Cadaval 76 71 75 75 76 76 77 77 78 78ET's 21 26 26 26 27 28 28 28 27 27AS Cadaval 27 27 27 27 27 27 27 27 27 27Apoio Cadaval 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5Estrutura São João Talha 55 55 55 55 55 55 55 55 55 55TOTAL CR (Nºpessoas) 389 390 393 394 395 397 397 398 397 398

Custos Pessoal(103 €) 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Centro de Responsabilidade

ETVO 1.387,6 1.408,7 1.465,6 1.473,6 1.475,7 1.522,2 1.548,1 1.538,6 1.571,4 1.582,1CTE - Lumiar 1.417,9 1.638,4 1.675,6 1.662,5 1.715,0 1.734,0 1.679,1 1.723,9 1.740,1 1.744,2CTRSU 4.065,1 4.108,4 4.144,2 4.155,1 4.175,5 4.198,9 4.208,0 4.220,9 4.237,8 4.247,1ITVE 243,7 245,6 246,1 246,5 247,9 250,2 250,6 251,2 253,5 253,9AS - Mato da Cruz 891,2 950,1 936,5 943,9 952,5 955,6 961,4 966,8 969,7 975,2OGA 1.538,3 1.539,2 1.542,5 1.543,6 1.544,1 1.544,8 1.545,7 1.546,5 1.547,4 1.548,2Recolha Selectiva e CTE Cadaval 1.774,9 1.645,2 1.727,8 1.735,4 1.743,1 1.750,9 1.758,7 1.766,7 1.774,6 1.782,7ET's 520,6 643,0 641,8 640,5 665,2 689,8 688,4 687,1 660,0 658,7AS Cadaval 676,8 675,5 674,2 672,8 671,5 670,2 668,9 667,6 666,3 665,0Apoio Cadaval 214,6 214,1 213,7 213,3 212,9 212,5 212,1 211,6 211,2 210,8Estrutura São João Talha 2.385,2 2.401,6 2.429,9 2.449,0 2.462,8 2.489,5 2.498,8 2.504,8 2.514,3 2.520,1TOTAL CR 15.115,9 15.469,8 15.698,0 15.736,2 15.866,2 16.018,4 16.019,7 16.085,7 16.146,2 16.188,1Natureza de custo

Remuneração Base 7.376,8 7.564,0 7.668,9 7.698,8 7.758,9 7.824,7 7.816,3 7.838,2 7.848,6 7.857,5Subsídios 2.620,9 2.646,5 2.684,2 2.669,6 2.687,6 2.715,8 2.719,2 2.728,4 2.741,8 2.744,8Prémios 412,2 430,7 441,4 451,4 463,4 477,6 488,5 503,8 523,2 543,0Trabalho Suplementar 1.307,2 1.356,3 1.386,0 1.391,3 1.405,0 1.418,9 1.414,7 1.420,9 1.425,9 1.428,0Segurança Social 2.393,3 2.455,9 2.493,1 2.499,4 2.521,4 2.547,1 2.547,1 2.558,8 2.570,2 2.577,6Seguros 498,4 505,0 509,6 510,1 512,5 515,3 515,0 516,0 516,7 517,3Formação 119,9 124,5 126,0 126,7 127,8 129,0 128,8 129,3 129,8 130,0Outros Custos Pessoal 387,3 387,0 388,7 388,9 389,5 390,1 390,2 390,3 389,9 390,1Total Natureza 15.115,9 15.469,8 15.698,0 15.736,2 15.866,2 16.018,4 16.019,7 16.085,7 16.146,2 16.188,1

Page 31: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 29

Assim, quer o valor contabilístico dos investimentos passados, quer os

investimentos futuros são amortizados anualmente através do cálculo da anuidade

que resulta da divisão desse montante global pelos anos restantes até final da

concessão. A partir deste pressuposto apresenta-se, nos quadros seguintes, o

cálculo das respectivas amortizações.

Quadros 6.10 – Amortizações

Com a aplicação da DC4 não é notório, em termos previsionais, incrementos ou

reduções desta natureza de custos na NOVA EMPRESA, uma vez que todos os bens

são amortizados ao longo do contrato de concessão, de modo a alisar as tarifas

anuais.

6.4.5 Outros Custos

Os custos financeiros são os que provêem do recurso do SMM à banca para fazer

face às suas necessidades de financiamento quer ao investimento quer ao

desenrolar da sua actividade .

Não se estimam em sede de EVEF custos extraordinários pela sua imprevisibilidade

e dificuldade de previsão.

6.5.6.5.6.5.6.5. PROVEITOS

Para o cálculo dos Proveitos, dependentes das quantidades de RSU tratados e

valorizados, foram consideradas as taxas de crescimento anuais já validadas nos

EVEF das duas empresas. Assim, para cada uma das UTV definiram-se os

pressupostos de produção e consequentemente, as quantidades produzidas de bens

como sejam a energia eléctrica, materiais a retomar pela SPV, o composto, e

outros.

6.5.1 Produção nas Unidades

Apresentam-se seguidamente os principais pressupostos de produção nas

diferentes UTV consideradas no modelo de actividade desenhado para a NOVA

EMPRESA.

Amortizações (103 €) 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Imobilizado Base - Valorsul 8.981 8.981 8.981 8.981 8.981 8.981 8.981 8.981 8.981 8.981Imobilizado Base - Resioeste 148 148 148 148 148 148 148 148 148 148

Imobilizado Substituição - Valorsul 2.804 2.804 2.804 2.804 2.804 2.804 2.804 2.804 2.804 2.804Imobilizado Substituição - Resioeste 1.339 1.339 1.339 1.339 1.339 1.339 1.339 1.339 1.339 1.339

Imobilizado Resioeste - 31-12-08 1.239 1.239 1.239 1.239 1.239 1.239 1.239 1.239 1.239 1.239

TOTAL CR 14.512 14.512 14.512 14.512 14.512 14.512 14.512 14.512 14.512 14.512

Page 32: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 30

o Recolha Selectiva e Triagem

Manteve-se o actual sistema de recolha selectiva por ecopontos, Ecocentros e

recolhas especializadas, implantado em toda a área geográfica de intervenção. Os

fluxos de materiais tratados nos centros de triagem, os respectivos rácios de

afectação de materiais, bem como as percentagens de refugo, foram aferidos com

base nos valores históricos da RESIOESTE e da VALORSUL. Os pressupostos

assumidos para estas unidades foram os seguintes:

Quadros 6.11 – Triagem

o Valorização Orgânica

Os pressupostos aqui considerados são os que resultam das expectativas da

VALORSUL como resultado da actividade de digestão anaeróbia.

Quadros 6.12 – Valorização Orgânica

o Incineração

Os pressupostos aqui considerados são os que resultam das expectativas da

VALORSUL tendo por base o histórico da exploração da CTRSU.

Quadros 6.13 – CTRSU

Factores de Produção 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

CTE - Lumiar

Afectação de valorizáveis ao papel / cartão 99% 99% 99% 99% 99% 99% 99% 99% 99% 99%Afectação de valorizáveis ao vidro 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100% 100%Afectação de valorizáveis a embalagens 65% 65% 65% 65% 65% 65% 65% 65% 65% 65%Embalagens (% - rateio)

Plásticos 38% 38% 38% 38% 38% 38% 38% 38% 38% 38% ECAL 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% Papel / cartão 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% Metais ferrosos 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% 12% Metais não ferrosos 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1%Percentagem SPV (Papel / cartão embalagem) 45% 45% 45% 45% 45% 45% 45% 45% 45% 45% CTE - Cadaval

Afectação de valorizáveis ao papel / cartão 98% 99% 99% 99% 99% 99% 99% 99% 99% 99%Afectação de valorizáveis ao vidro 99% 99% 99% 99% 99% 99% 99% 99% 99% 99%Afectação de valorizáveis a embalagens 77% 77% 77% 77% 77% 77% 77% 77% 77% 77%Embalagens (% - rateio)

Plásticos 84% 84% 84% 84% 84% 84% 84% 84% 84% 84% ECAL 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% 5% Metais ferrosos 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% 8% Metais não ferrosos 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% 0% Vidro 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% 1% Papel/Cartão 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2% 2%Percentagem SPV (Papel / cartão embalagem) 50% 50% 50% 50% 50% 50% 50% 50% 50% 50%

Factores de Produção 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

ETVO

Produção de electricidade (kWh / Mg RO) 291,0 291,0 291,0 291,0 291,0 291,0 291,0 291,0 291,0 291,0Produção de composto (kg / Mg RO) 40,0 40,0 40,0 40,0 40,0 40,0 40,0 40,0 40,0 40,0

Factores de Produção 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

CTRSU

Energia facturada à REN (MWh / MgRSU) 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5Produção de aço (kg / MgRSU) 9,5 9,8 9,8 9,8 9,8 9,8 9,8 9,8 9,8 9,8Aço de embalagem / aço separado (103 Mg) 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6

Page 33: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 31

o Valorização de Escórias

Os pressupostos aqui considerados são os que resultam das expectativas da

VALORSUL tendo por base o histórico da exploração da ITVE.

Quadros 6.14 – Valorização de Escórias

o Aterros Sanitários

Os dois Aterros em exploração serão utilizados como fusíveis do Sistema,

destinando-se a acolher os Resíduos não passíveis de Incineração, Monstros e os

refugos resultantes das Recolha Selectivas, da Digestão Anaeróbia e da

Incineração. Concomitantemente, serão produtores de energia eléctrica por

aproveitamento do biogás, essa produção é a que se estima nos quadros seguintes.

Quadros 6.15 – Aterros

o Estações de Transferência

Estas unidades são apenas locais para transferência dos RSU, implicando assim

custos significativos de exploração, de acordo com os quilómetros percorridos até à

unidade de tratamento de RSU, não produzindo no entanto qualquer valorizável de

persi.

6.5.2 Produtos Finais

Tendo por base os pressupostos atrás assumidos, apresentam-se no quadro

seguinte, os quantitativos de energia e materiais valorizáveis, que serão o fim de

linha da NOVA EMPRESA.

Factores de Produção 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

ITVE

Aço separado / Escórias recebidas 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3% 3%Aço de embalagem / Aço separado 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6Alumínio separado / Escórias recebidas 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0Alumínio de embalagem / Alumínio separado 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6 0,6

Factores de Produção 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

AS - Mato da Cruz

Biogás (GWh) 2,4 9,6 9,6 9,6 9,6 9,6 9,6 9,4 9,1 8,8 AS - Cadaval

Biogás (GWh) 11,7 12,8 13,9 14,9 16,0 17,1 17,1 17,1 17,1

Page 34: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 32

Quadros 6.16 – Produtos para Venda

6.5.3 Cenário de Preços

O cenário de preços considerado foi construído com base nos pressupostos que se

apresentam no quadro seguinte.

Quadros 6.17 – Preços

6.5.4 Volume de Negócios

Encontrando-se assim definidos os preços e as quantidades de recicláveis, energia

e outros, poder-se-á apurar o valor das vendas associado a todos estes produtos

não dependentes da tarifa.

unid 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

- plástico mil M g 5,4 6,0 6,5 6,7 6,9 7,1 7,3 7,5 7,5 7,6 - papel / cartão - embalagem mil M g 20,3 21,3 22,1 23,1 24,0 24,9 25,9 26,8 26,8 26,9 - papel / cartão - n/embalagem mil M g 23,7 24,8 25,8 26,9 28,0 29,1 30,2 31,3 31,4 31,4 - Ecal mil M g 1,0 1,1 1,1 1,2 1,2 1,3 1,3 1,4 1,4 1,4 - vidro mil M g 28,7 30,8 32,8 34,1 35,4 36,6 37,9 39,2 39,3 39,4 - metais ferrosos mil M g 1,1 1,2 1,3 1,4 1,4 1,5 1,5 1,6 1,6 1,6 - metais não ferrosos mil M g 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1 0,1

- metais ferrosos (ctrsu) mil M g 3,4 3,4 3,4 3,3 3,4 3,4 3,3 3,3 3,3 3,3 - metais ferrosos (itve) mil M g 1,9 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,8 1,7 1,7 1,7 - metais não ferrosos mil M g 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 0,5 - escórias mil M g 51,9 49,0 47,7 46,7 48,8 48,1 46,7 44,9 44,9 44,9 - Energia GWh 304,3 293,5 289,4 286,3 292,9 290,8 286,2 280,6 280,6 280,6

- composto mil M g 1,6 1,6 2,7 3,6 3,6 3,6 3,6 3,6 3,6 3,6 - Energia GWh 11,6 11,6 15,0 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5 17,5

- Energia (Mato da Cruz) GWh 2,4 9,6 9,6 9,6 9,6 9,6 9,6 9,4 9,1 8,8 - Energia (Cadaval) GWh 0,0 11,7 12,8 13,9 14,9 16,0 17,1 17,1 17,1 17,1

TRIAGEM

CTRSU +

ITVE

Produtos Valorizáveis

ETVO

AS

CENÁRIO DE PREÇOS (Preços Constantes ) €

Energia eléctrica - CTRSU(€ / MWh) 80,6Energia eléctrica - ETVO (€ / MWh) 117,1 Valor Expectável( Legislação)

Energia eléctrica - BIOGÀS (€ / MWh) 103,0 Valor Expectável( Legislação)

Papel / cartão SPV (€ / Mg) 129,1Vidro (€ / Mg) 30,7Ecal (€ / Mg) 749,1Plásticos Mistos (€ / Mg) 500,0Plásticos (€ / Mg) 749,1Aço (ecopontos) (€ / Mg) 569,6Aço (CTRSU) (€ / Mg) 85,0Aço (escórias) (€ / Mg) 159,6Alumínio (ecopontos) (€ / Mg) 766,0Alumínio (escórias) (€ / Mg) 307,2 Preço 08 - SPV-tip.3

Valor médio de Venda EVEF

Notas Explicativas

Preço 08 - SPV-tip.3

Preço 08 - SPV-tip.3

Preço 08 - SPV-tip.3

Preço 08 - SPV-tip.3

Preço 08 - SPV-tip.3

Preço 08 - SPV-tip.3

Preço 08 - SPV-tip.3

Preço 08 - SPV-tip.3

Preço 08 - SPV-tip.3

Page 35: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 33

O volume de negócios global, incluindo agora também as receitas provenientes das

tarifas, aparece com a evolução representada no quadro seguinte:

Quadros 6.18 – Volume de Negócios

6.5.5 Outros Proveitos

Os proveitos financeiros são os que provêem da remuneração dos depósitos a prazo

constituídos para dar cumprimento ao estabelecido no Contrato de Concessão, em

relação ao Fundo de Reconstituição do Capital Social, e os que provêem da

remuneração da aplicação financeira de alguns excedentes de tesouraria.

Os proveitos extraordinários são os que decorrem da imputação ao exercício dos

proveitos decorrentes dos subsídios ao investimento, na proporção das

correspondentes amortizações.

6.6.6.6.6.6.6.6. PROJECTO TARIFÁRIO

Apresenta-se, no Anexo I, o projecto tarifário resultante do EVEF efectuado para a

NOVA EMPRESA.

Os encargos e ganhos considerados no projecto tarifário para cada ano respeitam,

na generalidade, as exigências do articulado dos actuais contratos de concessão

celebrados entre as 2 empresas e o Estado Português. As tarifas resultantes,

apuradas numa óptica de Modelo de tarifa de equilíbrio, são as seguintes:

Quadros 6.19 – Tarifas

VOLUME DE NEGÓCIOS (mil €) 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Vendas

- Recicláveis 14.029 15.408 16.746 15.514 16.472 17.443 18.445 19.484 20.021 20.574 - Energia 26.755 28.037 28.778 29.557 30.928 31.545 31.942 32.138 32.883 33.645 - Composto 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 - Outros (Sucata+Gás) 666 683 700 717 735 754 773 792 812 832Prestação de Serviços

- Tarifas de Particulares 3.115 2.510 2.572 2.635 2.701 2.768 2.836 2.906 2.979 3.053 - Tarifas Municipais 15.324 15.702 15.777 15.889 16.183 16.481 16.524 16.639 17.049 17.469 - Outras 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0TOTAL 59.889 62.340 64.573 64.312 67.018 68.990 70.520 71.959 73.744 75.573

Tarifas (€/MgRSU) preços correntes

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Recolhas municipais 20,35 20,85 21,38 21,91 22,46 23,02 23,59 24,18 24,79 25,41

Recolhas particulares 52,45 53,76 55,10 56,48 57,89 59,34 60,83 62,35 63,90 65,50

Tarifas (€/MgRSU) preços constantes 09

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018

Recolhas municipais 20,35 20,35 20,35 20,35 20,35 20,35 20,35 20,35 20,35 20,35

Recolhas particulares 52,45 52,45 52,45 52,45 52,45 52,45 52,45 52,45 52,45 52,45

Page 36: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 34

Figura 6.1 – Evolução da Tarifa Municipal

Verifica-se que, com a integração, a tarifa municipal de referência para o ano 2009

será de 20,35€, um valor abaixo da média nacional para o sector e que trará

benefícios significativos para todos os utilizadores do Novo SMM.

A preços correntes, a evolução que se apresenta, reflecte unicamente a indexação

dessa tarifa às taxas de inflação estimadas, no caso 2,5% ao ano, por ser essa a

metodologia de base do Modelo de EVEF utilizado. Assim, mesmo em 2025, a

expectativa será, da prática de uma tarifa ligeiramente acima dos 30€, o que, a

verificarem-se todos os pressupostos assumidos, será certamente um dos mais

baixos preços para o tratamento de resíduos ao nível nacional.

Por outro lado, se compararmos as tarifas municipais previstas pelos SMM nos seus

EVEF de referência e a que resultará da integração, verifica-se um ganho acentuado

para ambos os sistemas.

Figura 6.2 – Tarifa Municipal (Comparação com e sem Integração)

20,420,9

21,421,9

22,523,0

23,624,2

24,825,4

26,026,7

27,428,1

28,829,5

30,2

15,0

17,0

19,0

21,0

23,0

25,0

27,0

29,0

31,0

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025

Tarifa Municipal - p.constantes Tarifa Municipal - p.correntes

15,00 €

20,00 €

25,00 €

30,00 €

35,00 €

40,00 €

45,00 €

50,00 €

55,00 €

2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025

Valorsul Resioeste NOVA EMPRESA

Page 37: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 35

6.7.6.7.6.7.6.7. DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS PREVISIONAIS

As demonstrações financeiras previsionais, nomeadamente o Balanço, a

Demonstração de Resultados e o Plano Financeiro são apresentados no Anexo II.

Estas peças previsionais de análise foram elaboradas a preços correntes, reflectem

todos os pressupostos económicos e financeiros atrás identificados e espelham o

compromisso de sustentabilidade económica e financeira do Sistema a constituir,

inerente ao espírito dos contratos de concessão.

Page 38: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 36

7.7.7.7. ABORDAGEM JURIDICA

1. O objectivo a concretizar consiste na:

a) Criação do sistema multimunicipal de triagem, recolha selectiva, valorização

e tratamento de resíduos sólidos urbanos de Lisboa Norte e do Oeste,

adiante designado por Sistema, integrando como utilizadores originários os

municípios de Alcobaça, Alenquer, Amadora, Arruda dos Vinhos, Azambuja,

Bombarral, Cadaval, Caldas da Rainha, Lisboa, Loures, Lourinhã, Nazaré,

Óbidos, Odivelas, Peniche, Rio Maior, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras

e Vila Franca de Xira, em substituição dos sistemas multimunicipais de

valorização e tratamento de resíduos sólidos urbanos de Lisboa Norte e do

Oeste, criados pelos Decretos Leis n.º s 297/94, de 21 de Novembro, e

366/97, de 20 de Dezembro;

b) Constituição de uma Nova Empresa, adiante designada por Sociedade, por

fusão das sociedades VALORSUL – Valorização e Tratamento de Resíduos

Sólidos da Área Metropolitana de Lisboa (Norte), S.A., e RESIOESTE -

Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos, S.A., concessionárias dos

sistemas multimunicipais substituídos;

c) Atribuição da concessão do Sistema à Sociedade, até 31 de Dezembro de

2025.

2. Este objectivo seria concretizado através de Decreto-Lei, o qual trataria

também de especificidades decorrentes desta operação (contabilísticas,

fiscais ou outras).

3. O Decreto-Lei seria precedido de consulta aos Municípios utilizadores do

Sistema e de deliberações das assembleias-gerais das duas sociedades

envolvidas.

4. Haveria que proceder à celebração do contrato de concessão do Sistema

bem como de novos contratos de entrega e recepção ou de recolha

indiferenciada e de promoção de recolha selectiva entre os Municípios

utilizadores e a Sociedade.

5. Por último, o valor do capital social da Sociedade resulta da soma dos

capitais sociais da VALORSUL e da RESIOESTE, , sendo que o número de

Page 39: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 37

acções atribuído a cada accionista é o correspondente ao número de acções

que cada accionista detinha nas sociedades fundidas.

8.8.8.8. CONCLUSÕES

O trabalho agora levado a cabo permite concluir que a integração dos dois SMM

trará vantagens acrescidas para as populações servidas, quer pelas sinergias e

economias de escala que poderão advir da integração, quer pelos efeitos positivos

em termos ambientais e sociais.

Os benefícios da integração são também visíveis ao nível económico e financeiro

pelo reflexo directo na redução do tarifário a pagar pelos utilizadores municipais.

No quadro seguinte apresenta-se uma comparação das tarifas que resultaram dos

EVEF de referência dos dois SMM e aquela que foi agora apurada neste estudo de

integração.

Quadro 8.1 – Resíduos e Tarifas - Comparativo

Como se poderá analisar no quadro seguinte, a integração dos dois sistemas, caso

todos os pressupostos considerados neste estudo se venham a verificar no futuro,

poderá resultar em ganhos para a globalidade dos Municípios envolvidos, da

ordem dos 126 milhões de Euros. Este valor resulta da diferença entre o que é

expectável que os Municípios venham a pagar de tarifas pelo tratamento de RSU

num cenário em que as empresas permanecerão isoladas e aquilo que agora se

perspectiva num cenário de integração. Refira-se ainda que, caso para 2009

venham a vigorar as tarifas entretanto sugeridas pelo IRAR numa fase de

Valorsul Resioeste Total Valorsul Resioeste

2009 568,9 185,6 754,5 25,5 € 39,7 € 20,4 €2010 570,8 184,6 755,4 26,1 € 35,0 € 20,9 €2011 558,1 183,1 741,2 26,8 € 35,3 € 21,4 €2012 545,9 182,7 728,6 27,4 € 38,3 € 21,9 €2013 542,0 182,2 724,2 28,1 € 39,1 € 22,5 €2014 538,1 181,8 719,9 28,8 € 40,0 € 23,0 €2015 529,5 174,9 704,4 29,6 € 41,8 € 23,6 €2016 519,8 172,6 692,3 30,3 € 43,7 € 24,2 €2017 520,0 172,3 692,3 31,0 € 45,2 € 24,8 €2018 520,3 172,1 692,3 31,8 € 47,1 € 25,4 €2019 520,5 171,8 692,3 32,6 € 49,6 € 26,0 €2020 520,8 171,6 692,3 33,4 € 57,5 € 26,7 €2021 522,1 171,3 693,4 34,2 € 59,2 € 27,4 €2022 522,3 171,0 693,4 35,0 € 60,9 € 28,1 €2023 522,6 170,8 693,4 35,8 € 62,9 € 28,8 €2024 522,6 170,8 693,4 36,6 € 64,3 € 29,5 €2025 522,6 170,8 693,4 37,5 € 65,8 € 30,2 €

AnosTarifa da Integração

Tarifas EE 2009RSU Municipais a tarifar (mil Mg)

Page 40: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 38

contraditório, respectivamente 22,86€ para a Valorsul e 38,49€ para a Resioeste,

os ganhos envolvidos serão similares passando de 113,9M para 112,6M€.

Quadros 8.2 – Ganhos Potenciais com a Integração

Este ganho potencial será em termos globais superior para os Municípios que hoje

integram a RESIOESTE, fruto das tarifas actuais e perspectivas para este SMM mais

elevadas que as da VALORSUL. No entanto, ele será também diferente face aos

quantitativos entregues por cada utilizador, sendo maior no caso dos Municípios

com maior dimensão na produção de resíduos.

Quadros 8.3 – Ganhos Potenciais por Município

(mil €)

Valorsul Resioeste Total Valorsul Resioeste Total

2009 14.495 7.369 21.864 11.576 3.777 15.354 6.5102010 14.910 6.465 21.375 11.902 3.849 15.751 5.6242011 14.940 6.462 21.402 11.932 3.916 15.847 5.5552012 14.979 6.989 21.967 11.960 4.003 15.963 6.0052013 15.240 7.130 22.370 12.173 4.093 16.266 6.1042014 15.513 7.278 22.791 12.387 4.185 16.571 6.2202015 15.648 7.311 22.959 12.492 4.125 16.617 6.3422016 15.743 7.540 23.284 12.568 4.173 16.741 6.5432017 16.141 7.787 23.928 12.891 4.272 17.163 6.7652018 16.555 8.100 24.655 13.220 4.373 17.592 7.0632019 16.974 8.519 25.493 13.554 4.474 18.028 7.4642020 17.409 9.859 27.268 13.905 4.581 18.485 8.7822021 17.855 10.137 27.991 14.284 4.687 18.971 9.0202022 18.275 10.423 28.697 14.652 4.798 19.450 9.2482023 18.704 10.736 29.440 15.025 4.910 19.935 9.5052024 19.135 10.983 30.117 15.401 5.033 20.434 9.6832025 19.575 11.235 30.810 15.783 5.158 20.940 9.870

282.090 144.322 426.412 225.704 74.405 300.109 126.303

Valores a pagar Com Integração Ganhos PotenciaisAnos

Valores a pagar Sem Integração

(mil €)

Alcobaça 12,5% 8.771 Lisboa 51,4% 28.992Alenquer 10,2% 7.148 Loures 25,6% 14.407Arruda dos Vinhos 2,8% 1.963 V.F.Xira 9,3% 5.261Azambuja 5,5% 3.816 Amadora 13,7% 7.726Bombarral 3,1% 2.193 100,0% 56.386Cadaval 3,2% 2.257Caldas da Rainha 12,3% 8.595Lourinhã 6,0% 4.164Nazaré 5,6% 3.937Óbidos 3,0% 2.106Peniche 10,3% 7.236Rio Maior 4,5% 3.154Sobral Monte Agraço 2,2% 1.543Torres Vedras 18,6% 13.032

100,0% 69.917

Ganho Potencial

% RSU Ganho Potencial

Municipios da Resioeste

Municipios da Valorsul

% RSU

Page 41: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 39

Com a apresentação do presente Estudo julga-se, pois, poder reiterar as conclusões

já vertidas no anterior trabalho de Junho de 2007, proporcionando aos Municípios

integrantes dos Sistemas Multimunicipais da RESIOESTE e da VALORSUL,

informação económica e financeira válida, fiável e sustentada que lhes permita

equacionar uma tomada de opção politica sobre o projecto de integração que lhes é

proposto.

As vantagens indiciadas pelo presente estudo, têm relevância significativa quer do

ponto de vista económico quer politico, com efeito:

� Contribui-se significativamente para o cumprimento da Estratégia

Nacional estabelecida no PERSU II;

o Implementando a politica de fusão dos SMM;

o Assegurando uma homogeneidade de esforços tarifários a

um elevado quantitativo populacional (cerca de 1579 mil

habitantes, representativos de cerca de 16% do País);

� Reforça-se, na prática, o princípio e valor da solidariedade

Autárquica.

� Obtêm-se poupanças significativas para os Municípios que se prevê

atingirem cerca de 126M€, num período de análise de 17 anos, ou

seja, um montante da ordem dos 7M€/ano (a preços correntes).

Não são abordados no presente estudo os aspectos do Modelo de Governação a

implementar na NOVA EMPRESA, os quais só serão tratados após eventual

deliberação favorável das Assembleias Gerais das duas empresas.

Cadaval, Lisboa, 13 de Fevereiro de 2009

Page 42: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 40

ANEXOS

I - PROJECTO TARIFÁRIO

PROJECTO TARIFÁRIO DE RSU

(mil €uros) 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025

Total de anuidades de amortização 1 14.512 10.369 10.369 10.369 10.369 10.369 10.369 10.369 10.369 10.369 10.369 10.369 10.369 10.369 10.369 10.369 10.369Proveitos extraordinários - Subsídios a fundo perdido2 4.175 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0

Total líquido de anuidades de amortizações e reintegrações

3 = 1 - 2

10.338 10.369 10.369 10.369 10.369 10.369 10.369 10.369 10.369 10.369 10.369 10.369 10.369 10.369 10.369 10.369 10.369Encargos operacionais

Custo das mercadorias vendidas a e das matérias consumidas6.337 7.059 7.838 8.645 9.513 10.447 11.451 12.530 13.164 13.831 14.531 15.267 16.040 16.852 17.705 18.601 19.543Fornecimentos e serviços externos 21.138 23.000 23.728 21.884 22.748 22.494 23.080 23.118 23.410 24.126 23.645 23.658 24.511 24.598 25.098 25.030 25.351Impostos 679 690 720 747 766 785 802 820 840 861 883 905 928 951 975 999 1.024Custos com o pessoal 15.494 16.253 16.905 17.370 17.951 18.576 19.042 19.599 20.164 20.722 21.333 21.555 22.101 22.661 23.235 23.816 24.412Outros custos e perdas operacionais 492 517 516 529 543 556 571 584 599 614 629 645 661 677 694 711 729Provisões

Total de encargos operacionais 4 44.139 47.519 49.708 49.175 51.520 52.858 54.946 56.651 58.178 60.154 61.021 62.030 64.240 65.739 67.707 69.158 71.058Encargos financeiros 5 3.697 4.649 4.801 4.740 4.599 4.521 4.463 4.312 4.037 3.658 3.222 2.757 2.251 1.727 1.215 639 170Encargos extraordinários 6 223 166 170 141 145 148 152 156 160 164 168 172 176 181 185 190 195Encargos fiscais 7 611 154 138 246 392 594 475 457 612 686 778 864 950 1.243 1.423 1.755 1.954Margem anual de remuneração de accionistas 8 2.251 2.257 2.257 2.257 2.259 2.262 2.267 2.271 2.275 2.280 2.286 2.294 2.302 2.311 2.323 2.337 2.355

Total9 = 3 + 4 + 5 + 6 +

7 + 8 61.260 65.114 67.443 66.928 69.284 70.752 72.671 74.216 75.630 77.310 77.843 78.485 80.288 81.569 83.221 84.448 86.101Outros proveitos e ganhos a abater na tarifa

Proveitos Operacionais - Tarifas de Particulares 3.115 2.510 2.572 2.635 2.701 2.768 2.836 2.906 2.979 3.053 3.130 3.208 3.301 3.383 3.468 3.555 3.644Proveitos Operacionais - Venda de Energia 26.755 28.037 28.778 29.557 30.928 31.545 31.942 32.138 32.883 33.645 33.276 32.971 33.754 34.599 35.464 36.351 37.260Proveitos Operacionais - Venda de Produtos Recicláveis 14.029 15.408 16.746 15.514 16.472 17.443 18.445 19.484 20.021 20.574 21.142 21.727 22.326 22.944 23.580 24.169 24.774Proveitos Operacionais - Venda de Composto 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Proveitos Operacionais - Outros 666 683 700 717 735 754 773 792 812 832 853 874 896 918 941 965 989Proveitos financeiros - Fundo de reconstituição de capital social 522 611 656 701 746 791 836 881 926 971 1.016 1.060 1.105 1.150 1.195 1.240 1.285Proveitos financeiros - Fundo de renovação do equipamento

Proveitos financeiros - Aplicações de Tesouraria 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Total outros proveitos e ganhos a abater na tarifa 10 45.087 47.249 49.452 49.125 51.582 53.300 54.832 56.201 57.621 59.075 59.416 59.840 61.383 62.995 64.649 66.280 67.951

Diferença 11 = 9 - 10 16.173 17.864 17.991 17.804 17.703 17.452 17.839 18.015 18.009 18.235 18.427 18.645 18.906 18.574 18.572 18.167 18.150Diferença em Modelo de Equilibrio

11'-

act ual i zado/ anual

i zado15.324 15.702 15.777 15.889 16.183 16.481 16.524 16.639 17.049 17.469 17.899 18.339 18.820 19.283 19.757 20.251 20.757

Volume de actividade (RSU facturados) mil Mg 12 753 753 738 725 721 716 700 688 688 687 687 687 688 687 687 687 687Tarifa (€) 13 = 11' / 12 20,35 20,85 21,38 21,91 22,46 23,02 23,59 24,18 24,79 25,41 26,04 26,70 27,36 28,05 28,75 29,47 30,20

Page 43: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 41

II - DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Demonstração de resultados

(mil €uros) 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025Proveitos de Exploração

Tarifas municipais - CTRSU+AS 15.324 15.702 15.777 15.889 16.183 16.481 16.524 16.639 17.049 17.469 17.899 18.339 18.820 19.283 19.757 20.251 20.757 Tarifas particulares - AS+CTRSU 3.115 2.510 2.572 2.635 2.701 2.768 2.836 2.906 2.979 3.053 3.130 3.208 3.301 3.383 3.468 3.555 3.644 CTRSU - Venda de energia 25.138 24.856 25.116 25.475 26.705 27.177 27.424 27.553 28.243 28.950 29.674 30.417 31.136 31.916 32.715 33.532 34.371 CTRSU - Venda de recicláveis 298 305 308 312 327 333 336 338 346 355 364 373 382 391 401 411 421 ETVO 1.363 1.363 1.762 2.096 2.148 2.202 2.257 2.313 2.371 2.431 2.491 2.554 2.617 2.683 2.750 2.819 2.889 ITVE 479 475 480 487 510 519 524 527 540 553 567 581 595 610 625 641 657 CTE + Triagem Cadaval 13.253 14.628 15.958 14.715 15.634 16.590 17.585 18.620 19.136 19.666 20.212 20.773 21.350 21.943 22.554 23.118 23.696 Recuperação de Biogás (Mcruz + Cadaval) 253 1.818 1.901 1.986 2.074 2.166 2.261 2.272 2.269 2.265 1.110 0 0 0 0 0 0 Campanhas de caracterização 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Outros Proveitos (gás+sucata) 666 683 700 717 735 754 773 792 812 832 853 874 896 918 941 965 989Total 59.889 62.340 64.573 64.312 67.018 68.990 70.520 71.959 73.744 75.573 76.299 77.119 79.097 81.128 83.211 85.291 87.424

Custos de Exploração

Mercad. Vendidas e Mat. Const. 6.183 6.719 7.278 7.832 8.408 9.008 9.633 10.284 10.541 10.805 11.075 11.352 11.635 11.926 12.224 12.530 12.843Custos de Desenvolvimento

Custos de Administração e Estrutura 10.194 10.493 10.746 10.556 10.837 11.174 11.428 11.720 12.031 12.335 12.687 12.989 13.314 13.647 13.988 14.338 14.697Custos de Exploração das UTV 26.457 28.989 30.366 29.469 30.957 31.358 32.567 33.329 34.287 35.696 35.941 36.368 37.967 38.839 40.164 40.957 42.182Custos Concessão+Selagens 1.306 1.318 1.318 1.318 1.318 1.318 1.318 1.318 1.318 1.318 1.318 1.318 1.318 1.318 1.318 1.318 1.318Total 44.139 47.519 49.708 49.175 51.520 52.858 54.946 56.651 58.178 60.154 61.021 62.027 64.235 65.730 67.695 69.143 71.040Margem Bruta 15.749 14.821 14.864 15.138 15.498 16.132 15.574 15.309 15.566 15.419 15.278 15.089 14.856 15.389 15.504 16.133 16.365Amortizações 14.512 14.512 14.512 14.512 14.512 14.512 14.512 14.512 14.512 14.512 14.512 14.512 14.512 14.512 14.512 14.512 14.512Resultado Económico 1.237 309 352 626 986 1.620 1.062 797 1.054 907 766 577 344 877 992 1.621 1.853Juros do BEI 2.575 2.241 1.869 1.478 1.062 615 224 40 0 0 0 0 0 0 0 0 0Garantias Bancárias 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16Outros custos Financeiros 1.106 2.393 2.917 3.247 3.522 3.890 4.223 4.256 4.022 3.642 3.206 2.741 2.236 1.712 1.199 623 155Proveitos de Aplicações financeiras 522 611 656 701 746 791 836 881 926 971 1.016 1.060 1.105 1.150 1.195 1.240 1.285Result. Corrente -1.938 -3.729 -3.793 -3.413 -2.868 -2.110 -2.565 -2.634 -2.057 -1.780 -1.440 -1.119 -802 300 973 2.223 2.968Out. Custos Extraordinários 223 166 170 141 145 148 152 156 160 164 168 172 176 181 185 190 195Subsídios - Fundo Coesão+PORLVT 4.175 4.175 4.175 4.175 4.175 4.175 4.175 4.175 4.175 4.175 4.175 4.175 4.175 4.175 4.175 4.175 4.175Out. Proveitos Extra.-Indemniz 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0Resultado Antes Impostos 2.013 279 212 620 1.162 1.917 1.457 1.384 1.957 2.231 2.567 2.883 3.196 4.293 4.962 6.207 6.948IRC do Exercício 611 154 138 246 392 594 475 457 612 686 778 864 950 1.243 1.423 1.755 1.954Resultado Líquido 1.402 125 74 374 770 1.322 983 927 1.346 1.545 1.789 2.019 2.247 3.050 3.539 4.452 4.993

Page 44: Estudo Fusão Resioeste_Valorsul_2009

Integração RESIOESTE/VALORSUL 42

BALANÇO

(mil €uros) 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025Imobilizado em Curso 11.202 4.800 3.717 226 379 1.270 5.260 104 169 141 2.073 2.125 2.068 2.587 2.651 0 0Imobilizado 288.281 299.483 304.282 307.999 308.226 308.605 309.875 315.134 315.238 315.407 315.547 317.621 319.745 321.813 324.400 327.051 327.051Imobilizado Substituição C.I. 25.876 30.337 34.500 39.191 44.567 52.327 56.306 60.454 65.887 68.588 70.151 70.252 70.252 70.252 70.252 70.252 70.252Amortizações -165.112 -179.624 -194.136 -208.648 -223.160 -237.672 -252.184 -266.696 -281.208 -295.720 -310.232 -324.744 -339.256 -353.768 -368.280 -382.792 -397.304Imobilizado Líquido 160.247 154.995 148.364 138.769 130.012 124.530 119.256 108.996 100.085 88.415 77.540 65.254 52.810 40.884 29.024 14.512 0 Fundo de Reconst. de Capital 11.986 12.867 13.747 14.628 15.509 16.390 17.270 18.151 19.032 19.913 20.793 21.674 22.555 23.436 24.316 25.197 26.078 Fundo Renov. Invest. Subst. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Aplicações 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 1.315 C lientes 10.793 9.440 9.735 9.711 10.088 10.369 10.571 10.767 11.034 11.307 11.439 11.584 11.881 12.185 12.496 12.808 13.128 Outros Devedores 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Estado 2.047 598 128 0 0 103 141 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Disponível 273 269 270 261 266 267 266 264 264 264 264 264 264 264 264 264 264 Acréscimos proveitos 82 82 82 82 82 82 82 82 82 82 82 82 82 82 82 82 82 Custos Diferidos (ao longo da concessão) 20.889 19.771 18.453 17.135 15.817 14.499 13.181 11.863 10.545 9.226 7.908 6.590 5.272 3.954 2.636 1.318 0Total do Activo 207.794 199.498 192.256 182.064 173.250 167.716 162.243 151.600 142.519 130.685 119.503 106.925 94.341 82.282 70.295 55.658 42.344Capital Próprio 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Capital Social 25.200 25.200 25.200 25.200 25.200 25.200 25.200 25.200 25.200 25.200 25.200 25.200 25.200 25.200 25.200 25.200 25.200 Reservas e resultados transitados 11.445 10.526 8.388 6.201 4.299 2.771 1.766 432 0 0 0 0 0 0 0 0 -4.993 Reserva Legal 2.937 3.007 3.013 3.017 3.035 3.074 3.140 3.189 3.236 3.303 3.380 3.470 3.570 3.683 3.835 4.012 4.235 Resultado Líquido 1.402 125 74 374 770 1.322 983 927 1.346 1.545 1.789 2.019 2.247 3.050 3.539 4.452 4.993Total Capital Próprio 40.983 38.858 36.675 34.792 33.304 32.368 31.089 29.748 29.781 30.047 30.369 30.688 31.017 31.933 32.575 33.664 29.435Passivo 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Instituições de Crédito (BEI) 46.972 39.501 31.681 23.491 14.911 5.918 2.012 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Fornecedores de Imobilizado 7.368 1.866 1.554 970 1.135 1.781 1.822 839 1.105 561 717 439 408 510 523 0 0 Outros Credores 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Instituições de Crédito (C.prazo) 34.983 46.961 53.978 58.635 63.600 71.348 75.220 72.814 67.321 59.751 52.208 43.618 34.663 25.409 16.814 5.432 419 Estado 718 370 377 514 555 631 370 478 628 612 637 672 679 897 825 1.055 972 Proveitos Diferidos (Fundos Comunitários) 66.792 62.618 58.443 54.269 50.094 45.920 41.745 37.571 33.396 29.222 25.047 20.873 16.698 12.524 8.349 4.175 0 Outros Ac. Custos+Outros Pr. Diferidos 5.072 5.072 5.072 5.072 5.072 5.072 5.072 5.072 5.072 5.072 5.072 5.072 5.072 5.072 5.072 5.072 5.072Total Capital Próprio + Passivo 207.794 199.498 192.256 182.064 173.250 167.716 162.243 151.600 142.519 130.685 119.503 106.925 94.341 82.282 70.295 55.658 42.344

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Integração RESIOESTE/VALORSUL 43

PLANO FINANCEIRO

(mil €uros) 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 Exploração

Recebimentos de Clientes 62.062 69.384 70.292 70.163 72.751 75.071 76.916 78.599 80.491 82.496 83.493 84.437 86.461 88.690 90.974 93.255 95.587 Reembolsos SPE-Iva 2.785 2.756 623 128 0 315 440 110 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Reembolsos SPE - IRC 0 0 366 0 0 0 0 30 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Pessoal 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Outros Recebimentos 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Recebimentos 64.846 72.141 71.281 70.291 72.751 75.386 77.356 78.740 80.491 82.496 83.493 84.437 86.461 88.690 90.974 93.255 95.587 Fornecedores e FSE 29.776 35.342 36.220 35.308 36.922 37.836 39.548 40.892 42.028 43.616 44.048 44.865 46.682 47.864 49.416 50.484 51.931 Donativos 223 166 170 141 145 148 152 156 160 164 168 172 176 181 185 190 195 Pessoal 15.494 16.253 16.905 17.370 17.951 18.576 19.042 19.599 20.164 20.722 21.333 21.555 22.101 22.661 23.235 23.816 24.412 IVA - pagamentos 222 237 0 161 43 3 0 608 443 880 891 1.173 1.152 1.114 1.083 1.643 1.694 Outros pagamentos 683 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 IRC - Pagamento por conta 500 520 131 117 209 333 505 403 389 520 583 661 734 807 1.056 1.209 1.492 IRC - Pagamento final 116 111 0 7 129 183 261 0 54 223 167 194 203 215 436 366 546 Pagamentos 47.014 52.628 53.426 53.104 55.400 57.080 59.508 61.658 63.238 66.124 67.190 68.620 71.049 72.842 75.412 77.709 80.270Saldo de Exploração 17.833 19.512 17.855 17.186 17.351 18.306 17.848 17.082 17.253 16.371 16.304 15.817 15.412 15.848 15.562 15.546 15.317 Investimento e ExtraExploração 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Utilização Fundo Renov. Invest. Subst. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Outros Recebimentos 1.214 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Recebimentos 1.214 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Fornecedores imobilizado 28.653 16.854 9.768 6.485 6.741 10.190 11.045 6.086 6.455 3.955 4.207 2.950 2.513 3.002 3.169 523 0 Reforço Fundo Renov. Invest. Subst. 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Fundo Reconstituição de Capital 881 881 881 881 881 881 881 881 881 881 881 881 881 881 881 881 881 Dividendos 5.985 2.251 2.257 2.257 2.257 2.259 2.262 2.267 1.313 1.279 1.467 1.699 1.918 2.134 2.898 3.362 9.222 Pagamentos 35.519 19.986 12.905 9.623 9.879 13.330 14.188 9.234 8.649 6.114 6.555 5.530 5.311 6.017 6.947 4.766 10.103Saldo de Investimento+Extra Expl -34.305 -19.986 -12.905 -9.623 -9.879 -13.330 -14.188 -9.234 -8.649 -6.114 -6.555 -5.530 -5.311 -6.017 -6.947 -4.766 -10.103Financiamento 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Proveitos Financeiros 522 611 656 701 746 791 836 881 926 971 1.016 1.060 1.105 1.150 1.195 1.240 1.285 Recebimentos 522 611 656 701 746 791 836 881 926 971 1.016 1.060 1.105 1.150 1.195 1.240 1.285 Reembolso E. Estruturais (BEI) 7.137 7.471 7.820 8.190 8.580 8.993 3.906 2.012 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Reembolso de Fin. á Tesouraria 2.397 28.289 38.981 45.474 49.801 54.491 61.871 65.410 62.970 57.712 50.522 43.415 35.289 26.840 18.110 15.615 4.809 Juros do BEI 2.575 2.241 1.869 1.478 1.062 615 224 40 0 0 0 0 0 0 0 0 0Out . C. Financeiros 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 16 Juros de Emp. á Tesouraria 200 1.106 2.393 2.917 3.247 3.522 3.890 4.223 4.256 4.022 3.642 3.206 2.741 2.236 1.712 1.199 623 Pagamentos 12.324 39.124 51.079 58.074 62.705 67.637 69.907 71.700 67.242 61.750 54.179 46.636 38.046 29.091 19.837 16.830 5.448Saldo de Financiamento -11.803 -38.512 -50.422 -57.373 -61.959 -66.846 -69.071 -70.819 -66.316 -60.779 -53.164 -45.576 -36.941 -27.941 -18.642 -15.590 -4.163Total de Recebimentos 66.582 72.752 71.937 70.992 73.497 76.176 78.192 79.620 81.416 83.466 84.509 85.498 87.567 89.840 92.169 94.495 96.872Total de Pagamentos 94.857 111.738 117.410 120.802 127.984 138.046 143.603 142.592 139.129 133.988 127.924 120.787 114.406 107.950 102.197 99.305 95.821Saldo Inicial de Disponível 259 273 269 270 261 266 267 266 264 264 264 264 264 264 264 264 264 - Cash Flow Anual -28.275 -38.986 -45.473 -49.810 -54.487 -61.870 -65.411 -62.971 -57.712 -50.522 -43.415 -35.289 -26.840 -18.110 -10.028 -4.809 1.051 Necessidades/ExcedTesouraria -28.289 -38.981 -45.474 -49.801 -54.491 -61.871 -65.410 -62.970 -57.712 -50.522 -43.415 -35.289 -26.840 -18.110 -10.028 -4.809 1.051 Financiamentos á Tesouraria 28.289 38.981 45.474 49.801 54.491 61.871 65.410 62.970 57.712 50.522 43.415 35.289 26.840 18.110 10.028 4.809 264Saldo Final de Disponível 273 269 270 261 266 267 266 264 264 264 264 264 264 264 264 264 264