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ESTUDO SOBRE A MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO EM UMA MICROEMPRESA DO RAMO DE DISTRIBUIÇÃO ALIMENTÍCIA Leandro Gustavo Palma (Uniara ) [email protected] Fernando Hagihara Borges (Uniara ) [email protected] Jose Camilo Barbosa (Uniara ) [email protected] A margem de contribuição, considerada um dos indicadores mais importantes de uma empresa, apresenta o valor que garante a cobertura dos custos fixos e o lucro que um empreendimento deve ter. Por sua importância, é uma ferramenta fundamentall para o planejamento e consequentemente essencial para a tomada de decisão. Em empresas familiares, normalmente a tomada de decisão é baseada no sentimento, e os sucessores seguem praticando o que aprenderam com seus antecessores. A fim de sanar erros que podem decorrer dessa forma de administrar, a contabilidade ajuda de maneira simples, considerando os principais números da empresa, por intermédio dos quais o empreendedor possa monitorar a sua empresa e tomar suas decisões. O objetivo deste estudo é analisar a aplicação da ferramenta da contabilidade gerencial, Margem de Contribuição, em uma microempresa do ramo de distribuição de produtos alimentícios. Desta forma, buscou-se no arcabouço literário, os conceitos mais importantes para a aplicação das ferramentas e optou-se pelo estudo de caso como técnica metodológica. Os resultados demonstraram que a ferramenta possibilita a geração de indicadores consistentes que subsidiem melhores decisões, contribuindo, desta forma, para um mapeamento efetivo do desempenho mercadológico e financeiro do mix de produtos da organização. Palavras-chave: Contabilidade gerencial. Margem de contribuição. Custeio Variável XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016.

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ESTUDO SOBRE A MARGEM DE

CONTRIBUIÇÃO EM UMA

MICROEMPRESA DO RAMO DE

DISTRIBUIÇÃO ALIMENTÍCIA

Leandro Gustavo Palma (Uniara )

[email protected]

Fernando Hagihara Borges (Uniara )

[email protected]

Jose Camilo Barbosa (Uniara )

[email protected]

A margem de contribuição, considerada um dos indicadores mais

importantes de uma empresa, apresenta o valor que garante a

cobertura dos custos fixos e o lucro que um empreendimento deve ter.

Por sua importância, é uma ferramenta fundamentall para o

planejamento e consequentemente essencial para a tomada de decisão.

Em empresas familiares, normalmente a tomada de decisão é baseada

no sentimento, e os sucessores seguem praticando o que aprenderam

com seus antecessores. A fim de sanar erros que podem decorrer dessa

forma de administrar, a contabilidade ajuda de maneira simples,

considerando os principais números da empresa, por intermédio dos

quais o empreendedor possa monitorar a sua empresa e tomar suas

decisões. O objetivo deste estudo é analisar a aplicação da ferramenta

da contabilidade gerencial, Margem de Contribuição, em uma

microempresa do ramo de distribuição de produtos alimentícios. Desta

forma, buscou-se no arcabouço literário, os conceitos mais

importantes para a aplicação das ferramentas e optou-se pelo estudo

de caso como técnica metodológica. Os resultados demonstraram que

a ferramenta possibilita a geração de indicadores consistentes que

subsidiem melhores decisões, contribuindo, desta forma, para um

mapeamento efetivo do desempenho mercadológico e financeiro do mix

de produtos da organização.

Palavras-chave: Contabilidade gerencial. Margem de contribuição.

Custeio Variável

XXXVI ENCONTRO NACIONAL DE ENGENHARIA DE PRODUCÃO Contribuições da Engenharia de Produção para Melhores Práticas de Gestão e Modernização do Brasil

João Pessoa/PB, Brasil, de 03 a 06 de outubro de 2016.

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1 Introdução

Em ambientes competitivos, a gestão de custos pode se tornar condição essencial para

determinar o sucesso de uma empresa, seja ela comercial, industrial ou prestadora de serviço,

assim como de pequeno, médio ou grande porte.

Diante desta necessidade, é importante saber como evitar erros que possam reduzir as

margens de lucros. Uma organização, independente do ramo a que se dedica, precisa gerar

resultados consistentes que sustentem estrategicamente suas operações. É através do

gerenciamento racional dos custos que as organizações poderão potencializar seus indicadores

de desempenho econômico-financeiros.

O presente trabalho, através de seu objeto de estudo de caso, apresenta a aplicação do

conceito de margem de contribuição, de um produto específico (pizza), em uma

microempresa distribuidora de produtos alimentícios. Desta forma, buscou-se validar a

contribuição que as ferramentas da contabilidade gerencial podem proporcionar para os

gestores.

2 Revisão bibliográfica

2.1 Custeio variável

Collatto e Reginato (2005) citam que o método de Custeio Variável é conhecido como

método de Custeio Marginal. Ponte e Lustosa (1999, p. 9) alegam ser o “custeio variável um

sistema de custeamento em que somente os custos variáveis, quer sejam diretos ou indiretos,

são apropriados aos produtos.”

Botelho e Santos (2006) argumentam que o custeio variável consiste em uma alternativa de

custeio, colocando em questão a necessidade de atribuir custos fixos aos produtos.

Relacionam como principais problemas em atribuir os custos fixos:

Para Megliorini (2007) o custeio variável também considera os custos fixos como sendo do

período, corroborando com Collatto e Reginato (2005).

Conforme Canali (2011, p. 23) “os custos variáveis são aqueles que possuem relação com a

quantidade de produto ou serviço comercializado pela empresa e que variam conforme a

quantidade produzida dos mesmos.” Se não houver produção, os custos são nulos e o valor

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por unidade será fixo, variando a quantidade comercializada e, com a multiplicação de ambos

dá-se o valor dos custos variáveis.

Collatto e Reginato(2005) compreendem ser o método de custeio variável vantajoso, diante de

não alocar os custos e despesas fixas aos objetos de custeio. Defendem tratar-se de um

importante instrumento de gestão de planejamento das operações, possibilitando definir que

produtos melhores cubram os custos, além de possibilitar avaliar a variabilidade de produtos.

2.3 Margem de Contribuição

Para Lopes (2010, p. 24) a margem de contribuição “é a diferença entre o preço de venda de

uma unidade e os custos e despesas variáveis da respectiva unidade”. Outra definição de

margem de contribuição: “é a parcela da receita total que excede os custos e despesas

variáveis auxilia no pagamento das despesas fixas e, ainda, forma o lucro.” (CARVALHO,

2007, p. 57).

Quando o preço de venda do produto estiver abaixo de seus custos e despesas variáveis, a MC

será negativa e, neste caso, requer revisão, entretanto, essa ocorrência pode se dar por razões

estratégicas. Lembrando que os lucros só começam quando a MC dos produtos superam os

custos e as despesas fixas do exercício. Neste contexto, “essa margem pode ser entendida

como a contribuição dos produtos à cobertura dos custos e despesas fixas e ao lucro.”

(MEGLIORINI, 2007, p. 147).

Ponte, Riccio e Lustosa (1999) alegam que a margem de contribuição pode ser unitária ou

total. Unitária quando reflete a diferença entre o preço de venda e a soma dos custos variáveis

unitários do produto, serviço ou área custeada. A margem de contribuição total resulta da

multiplicação da margem de contribuição unitária pela quantidade comercializada, refletindo

a contribuição total de item.

O cálculo da MC pode ser feito conforme as equações 1 e 2.

Margem de Contribuição = Valor das Vendas – (Custos Variáveis + Despesas (1)

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Variáveis)

Ou

MC = VV – (CV+DV) (2)

Martins (2008) contribui informando que para o cálculo da MC deve-se acrescentar todas as

despesas variáveis (vendas, financiamentos, etc.)

Quando MC Unitário, utiliza-se a equação 3

Margem de Contribuição Unitária = (+) Preço de Venda (-) Despesa Variável

Unitária (-) Custo Variável Unitário.

(3)

Quando MC Total, utiliza-se a equação 4.

Margem de Contribuição Total = Margem de Contribuição Unitária X

Quantidade Vendida

(4)

Ao adotar-se o método do custeio variável a equação de apuração do resultado da empresa

apresenta-se:

(+) Receitas de Vendas

(-) Despesas Variáveis

(-) Custos Variáveis dos Produtos Vendidos

(=) Margem de Contribuição

(-) Despesas Fixas

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(-) Custos Fixos

(=) Lucro do Período (5)

Quando se determina o valor do preço de venda com a MC objetivada, se faz necessário

inicialmente encontrar a relação percentual entre o preço de custo com o preço de venda do

produto (SANTOS, 2000 apud CARVALHO, 2007). Essa ação requer o conhecimento do

valor do preço de custo unitário e o percentual de comercialização que incide sobre o preço de

venda do produto. A sequência é aplicar a fórmula da MC unitária em percentagem, conforme

equação 6.

%MCU = %PV - %DC - %PCU

((6)

Onde:

%MCU – Margem de contribuição Unitária (em percentual);

%PV – Preço de Venda (em percentual);

%DC – Despesas comerciais (em percentual);

%PCU – Preço de Custo Unitário (em percentual).

Sendo que o preço de venda, com base na margem de contribuição praticada pelo mercado

(MCPM), é que vai direcionar a formação do preço de venda, deduzindo-se o preço de custo

da mercadoria e as despesas de comercialização. O resultado corresponde à margem de

contribuição unitária quando estabelece o seu preço de venda igual ao praticado no mercado.

(CARVALHO, 2007)

Para Megliorini (2007) conhecer a MC de cada produto é de extrema relevância, pois, fornece

subsídios para a tomada de decisão. Neste sentindo, Collatto e Reginato (2005) demonstram

que o conhecimento da MC proporciona decidir quais os produtos devem ser priorizados ou

não para vendas, podendo demonstrar um produto que deva sair da linha de produção.

3. Procedimentos Metodológicos

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3.1 Características metodológicas

Do ponto de vista dos objetivos e finalidade este estudo trata-se de uma pesquisa descritiva,

pois ocorre um levantamento de dados e o porquê destes dados, além de ter a descrição como

uma das características de determinado fenômeno, também é de cunho bibliográfico e

documental. Quanto à análise dos dados, trata-se de uma pesquisa qualitativa. Dalfovo, Lana

e Silveira, (2008, p.9) referem-se a esse tipo de pesquisa como “aquela que trabalha

predominantemente com dados qualitativos, isto é, a informação coletada pelo pesquisador

não é expressa em números, ou então os números e as conclusões neles baseadas representam

um papel menor na análise.”

A técnica aplicada é de estudo de caso, que conforme Yin (2003, p. 32) é um meio de

organizar os dados, resguardando do objeto estudado o seu caráter unitário. Considera a

unidade como um todo, incluindo o seu desenvolvimento e representa uma investigação

empírica de um método abrangente, com lógica no planejamento, na coleta e da análise de

dados. Inclui tanto estudos de caso único quanto de múltiplos, bem como abordagens

quantitativas e qualitativas de pesquisa, “[...] é uma investigação empírica que investiga um

fenômeno contemporâneo dentro de seu contexto da vida real, especialmente quando os

limites entre o fenômeno e o contexto não estão claramente definidos.”

Do ponto de vista dos instrumentos de coleta de dados ou quanto à abordagem temporal trata-

se de corte transversal, já que os dados coletados cobrem determinado momento no tempo. Na

definição de Coelho e Silva (2007, p. 144-5) “é uma metodologia positivista projetada para

obter informações sobre variáveis em diferentes contextos, mas simultaneamente. É um

instantâneo de uma situação em andamento.”

A amostra constitui-se de documentos (custo da matéria-prima, custo da energia elétrica,

folha de pagamento, custo do transporte, impostos, preço de venda do produto, entre outros

dados) da empresa estudada como meio de identificar a margem de contribuição do produto.

3.2 Procedimentos operacionais

A empresa estudada é uma microempresa de produção e distribuição de produtos alimentícios

(Pizza), situada no interior do estado de São Paulo. A empresa possui 10 (dez) anos de

atividade e tradição na região, é uma empresa familiar.

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A empresa hoje conta com 04 (quatro) funcionários e 02 (dois) sócios proprietários, sendo 03

(três) atuando diretamente na linha de produção, 1 (um) encarregado, 1 (um) sócio

proprietário responsável pela parte administrativa, (RH, financeiro, compras da matéria-

prima, equipamentos em geral, vendas, entre outros) e 1 (um) sócio proprietário responsável

pela venda do produto final e entrega ao cliente. A empresa é devidamente equipada com

maquinário para produção, câmara fria, freezers, carros apropriados para entrega, etc. Hoje a

contabilidade da empresa é realizada por um escritório de contabilidade local.

As compras de matérias primas são realizadas semanalmente, pelo responsável da

administração, a empresa já possui um grande leque de parceiros fornecedores de toda região,

que garante assim a qualidade, procedência e eficiência das matérias-primas e insumos. O

gerenciamento das necessidades desses produtos é todo feito por sistema que controla os

estoques, tanto da matéria-prima como dos insumos e produto acabado (pronto para entrega).

Esse mesmo sistema é responsável por armazenar todos os dados financeiros de compra e

venda de qualquer período, contas a pagar, a receber, faturamento mensal, unidades vendidas,

entre outras informações necessárias.

A coleta de dados se deu pela forma transversal, pois ocorreu apenas em um momento e

foram utilizados dados e valores reais da empresa, retirados dos registros contábeis e

financeiros, referentes ao primeiro trimestre do ano de 2016, tais como, custo da matéria-

prima, custo da energia elétrica, folha de pagamento, custo do transporte, impostos, preço de

venda do produto, entre outros dados necessários no decorrer da pesquisa.

4. Análise dos dados

Esta seção tem por objetivo analisar o processo de aplicação da ferramenta da contabilidade

gerencial Margem de Contribuição e calcular o seu Ponto de Equilíbrio, podendo assim

auxiliar gestores na tomada de decisão sobre quais produtos são mais rentáveis para a

empresa.

4.1 Cálculo da MC

Para o cálculo da MC, foram coletados dados relativos a custo de matéria-prima, custo de

embalagens, energia elétrica, no primeiro trimestre do ano de 2016. Foram também

necessários dados como preço de venda do produto acabado e quantidade vendida no período.

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O cálculo da energia elétrica se dá através da divisão do valor total da conta em seu respectivo

mês (fatura) pelo valor total produzido no período (respectivo mês).

O cálculo do custo da embalagem se dá pela soma do plástico filme mais disco de isopor mais

rótulo.

O custo da matéria-prima se dá através da multiplicação da quantidade (em gramas) de cada

ingrediente pelo custo do mesmo, já com os impostos.

Para o cálculo da MC total, foi realizada a multiplicação da MC Unitária de cada sabor pelo

Total da Produção de cada sabor, conforme mostrado nas tabelas 1,2 e 3.

Tabela 1 – Margem de contribuição unitária da empresa estudada em janeiro de 2016.

Pizza Preço (a) Matéria-Prima (b) Embalagem (c )

Energia

Elétrica (d)

MC Unitária

(e=a-b-c-d)

Presunto R$ 12,00 R$ 5,31 R$ 0,73 R$ 0,48 R$ 5,48

Lombo R$ 12,00 R$ 6,51 R$ 0,73 R$ 0,48 R$ 4,28

Q. Queijos R$ 12,00 R$ 6,38 R$ 0,73 R$ 0,48 R$ 4,41

Calabresa R$ 12,00 R$ 6,65 R$ 0,73 R$ 0,48 R$ 4,14

Milho R$ 12,00 R$ 6,35 R$ 0,73 R$ 0,48 R$ 4,44

Frango R$ 12,00 R$ 5,60 R$ 0,73 R$ 0,48 R$ 5,19

Mista R$ 12,00 R$ 6,62 R$ 0,73 R$ 0,48 R$ 4,17

Portuguesa R$ 12,00 R$ 5,20 R$ 0,73 R$ 0,48 R$ 5,59

Tabela 2 – Margem de contribuição unitária da empresa estudada em fevereiro de 2016.

Pizza Preço (a) Matéria-Prima (b) Embalagem (c )

Energia

Elétrica (d)

MC Unitária

(e=a-b-c-d)

Presunto R$ 12,00 R$ 5,78 R$ 0,78 R$ 0,52 R$ 4,92

Lombo R$ 12,00 R$ 7,06 R$ 0,78 R$ 0,52 R$ 3,64

Q. Queijos R$ 12,00 R$ 6,70 R$ 0,78 R$ 0,52 R$ 4,00

Calabresa R$ 12,00 R$ 6,98 R$ 0,78 R$ 0,52 R$ 3,72

Milho R$ 12,00 R$ 6,35 R$ 0,78 R$ 0,52 R$ 4,35

Frango R$ 12,00 R$ 6,06 R$ 0,78 R$ 0,52 R$ 4,64

Mista R$ 12,00 R$ 6,65 R$ 0,78 R$ 0,52 R$ 4,05

Portuguesa R$ 12,00 R$ 5,63 R$ 0,78 R$ 0,52 R$ 5,07

Tabela 3 – Margem de contribuição unitária da empresa estudada em março de 2016.

Pizza Preço (a) Matéria-Prima (b) Embalagem (c )

Energia

Elétrica (d)

MC Unitária

(e=a-b-c-d)

Presunto R$ 12,00 R$ 6,00 R$ 0,78 R$ 0,56 R$ 4,66

Lombo R$ 12,00 R$ 7,48 R$ 0,78 R$ 0,56 R$ 3,18

Q. Queijos R$ 12,00 R$ 6,91 R$ 0,78 R$ 0,56 R$ 3,75

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Calabresa R$ 12,00 R$ 7,25 R$ 0,78 R$ 0,56 R$ 3,41

Milho R$ 12,00 R$ 6,40 R$ 0,78 R$ 0,56 R$ 4,26

Frango R$ 12,00 R$ 6,29 R$ 0,78 R$ 0,56 R$ 4,37

Mista R$ 12,00 R$ 6,67 R$ 0,78 R$ 0,56 R$ 3,99

Portuguesa R$ 12,00 R$ 5,87 R$ 0,78 R$ 0,56 R$ 4,79

Nas Tabelas 1, 2 e 3, observa-se quanto cada produto contribui em R$ para a MC unitária no

seu respectivo mês de estudo. Pode-se concluir que a pizza sabor portuguesa é a que contribui

com a maior MC Unitária para a empresa no período estudado, já as pizzas sabores calabresa,

lombo e mista foram as que contribuíram com a menor MC Unitária no período estudado.

Essa diferença de MC unitária se dá pelo fato do preço de custo das matérias-primas

oscilarem bastante de um mês para outro.

As tabelas 4,5 e 6 apresentam o percentual de vendas de cada sabor no primeiro trimestre do

ano de 2016, observa-se que a pizza sabor mista foi a mais vendida no período estudado,

seguida pela pizza sabor calabresa. A menos vendida foi a pizza sabor milho.

Tabela 4 – Vendas no período de janeiro de 2016 da empresa estudada.

Pizza Qtd Vendida

Percentual de

Vendas

Presunto 235 13,51%

Lombo 200 11,50%

Q. Queijos 180 10,35%

Calabresa 266 15,30%

Milho 80 4,60%

Frango 169 9,72%

Mista 411 23,63%

Portuguesa 198 11,39%

Total 1739 100,00%

Tabela 5 – Vendas no período de fevereiro de 2016 da empresa estudada.

Pizza

Grande Qtd Vendida Percentual Vendas

Presunto 261 13,27%

Lombo 231 11,74%

Q. Queijos 221 11,24%

Calabresa 302 15,35%

Milho 89 4,52%

Frango 187 9,51%

Mista 456 23,18%

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Portuguesa 220 11,18%

Total 1967 100,00%

Tabela 6 – Vendas no período de março de 2016 da empresa estudada.

Pizza

Grande Qtd Vendida Percentual Vendas

Presunto 291 13,52%

Lombo 248 11,52%

Q. Queijos 223 10,36%

Calabresa 329 15,28%

Milho 99 4,60%

Frango 209 9,71%

Mista 509 23,64%

Portuguesa 245 11,38%

Total 2153 100,00%

Conforme dito anteriormente, nas análises das tabelas 1, 2 e 3, as pizzas sabores calabresa,

mista e até mesmo lombo, são as que têm a menor MC unitária, porém se observa que são as

mais vendidas e isso contribui para que continuem sendo produzidas e também contribui de

forma positiva para o faturamento mensal da empresa.

Já os demais sabores estão dentro de um patamar razoável de vendas e de MC unitária, com

exceção a pizza sabor milho que tem um demanda baixa, porém não se pode deixar de atender

aos pedidos do cliente.

As Tabelas 7, 8 e 9 demonstram o quanto cada produto contribui para a MC mensal. Para

chegar a esses valores, multiplicou-se o total de produção de cada sabor no período pela MC

unitária da mesma. E, concluiu-se que a pizza que obteve a melhor MC mensal no período foi

a sabor mista. Já quem obteve a pior MC mensal, foi a pizza sabor milho.

Tabela 7 – Cálculo do MC mensal da empresa estudada em janeiro de 2016.

Pizza Preço Total Produção Vendas MC Unitária MC Mensal

Presunto R$ 12,00 235 R$ 2.820,00 R$ 5,48 R$ 1.287,80

Lombo R$ 12,00 200 R$ 2.400,00 R$ 4,28 R$ 856,00

Q. Queijos R$ 12,00 180 R$ 2.160,00 R$ 4,41 R$ 793,80

Calabresa R$ 12,00 266 R$ 3.192,00 R$ 4,14 R$ 1.101,24

Milho R$ 12,00 80 R$ 960,00 R$ 4,44 R$ 355,20

Frango R$ 12,00 169 R$ 2.028,00 R$ 5,19 R$ 877,11

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Mista R$ 12,00 411 R$ 4.932,00 R$ 4,17 R$ 1.713,87

Portuguesa R$ 12,00 198 R$ 2.376,00 R$ 5,59 R$ 1.106,82

Total 1.739 R$ 20.868,00 R$ 8.091,84

Tabela 8 – Cálculo do MC mensal da empresa estudada em fevereiro de 2016.

Pizza

Grande Preço

Total

Produção Vendas MC Unitária MC Mensal

Presunto R$ 12,00 261 R$ 3.132,00 R$ 4,92 R$ 1.284,12

Lombo R$ 12,00 231 R$ 2.772,00 R$ 3,64 R$ 840,84

Q. Queijos R$ 12,00 221 R$ 2.652,00 R$ 4,00 R$ 884,00

Calabresa R$ 12,00 302 R$ 3.624,00 R$ 3,72 R$ 1.123,44

Milho R$ 12,00 89 R$ 1.068,00 R$ 4,35 R$ 387,15

Frango R$ 12,00 187 R$ 2.244,00 R$ 4,64 R$ 867,68

Mista R$ 12,00 456 R$ 5.472,00 R$ 4,05 R$ 1.846,80

Portuguesa R$ 12,00 220 R$ 2.640,00 R$ 5,07 R$ 1.115,40

Total 1.967 R$ 23.604,00 R$ 8.349,43

Tabela 9 – Cálculo do MC mensal da empresa estudada em março de 2016.

Pizza

Grande Preço

Total

Produção Vendas MC Unitária MC Mensal

Presunto R$ 12,00 291 R$ 3.492,00 R$ 4,66 R$ 1.356,06

Lombo R$ 12,00 248 R$ 2.976,00 R$ 3,18 R$ 788,64

Q. Queijos R$ 12,00 223 R$ 2.676,00 R$ 3,75 R$ 836,25

Calabresa R$ 12,00 329 R$ 3.948,00 R$ 3,41 R$ 1.121,89

Milho R$ 12,00 99 R$ 1.188,00 R$ 4,26 R$ 421,74

Frango R$ 12,00 209 R$ 2.508,00 R$ 4,37 R$ 913,33

Mista R$ 12,00 509 R$ 6.108,00 R$ 3,99 R$ 2.030,91

Portuguesa R$ 12,00 245 R$ 2.940,00 R$ 4,79 R$ 1.173,55

Total 2.153 R$ 25.836,00 R$ 8.642,37

Vale ressaltar que a pizza sabor mista era uma das que menos contribuía para a MC unitária

no período estudado, mas que devido a sua alta demanda ela é a que mais contribui para o

faturamento mensal da empresa.

Com a Margem de Contribuição mensal, pode-se analisar quanto cada produto colabora para

o faturamento mensal da empresa.

Para melhor visualização da MC que cada produto gera no período, foram elaborados os

gráfico 1,2 e 3.

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Gráfico 1 – Mc unitária que cada produto contribuiu para o faturamento da empresa estudada – janeiro de 2016.

R$ 0,00

R$ 1,00

R$ 2,00

R$ 3,00

R$ 4,00

R$ 5,00

R$ 6,00

MC

Presunto

Lombo

Q. Queijos

Calabresa

Milho

Frango

Mista

Portuguesa

Gráfico 2 – Mc unitária que cada produto contribuiu para o faturamento da empresa estudada – fevereiro de

2016.

R$ 0,00

R$ 1,00

R$ 2,00

R$ 3,00

R$ 4,00

R$ 5,00

R$ 6,00

MC

Presunto

Lombo

Q. Queijos

Calabresa

Milho

Frango

Mista

Portuguesa

Gráfico 3 – Mc unitária que cada produto contribuiu para o faturamento da empresa estudada – março de 2016.

R$ 0,00

R$ 1,00

R$ 2,00

R$ 3,00

R$ 4,00

R$ 5,00

MC

Presunto

Lombo

Q. Queijos

Calabresa

Milho

Frango

Mista

Portuguesa

Os gráficos 1,2 e 3 mostram claramente o que foi dito na análise das Tabelas 1, 2 e 3, ou seja,

a pizza sabor portuguesa tem a melhor MC unitária e os sabores calabresa, lombo e mista tem

as piores MC unitária.

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Para melhor visualização do percentual de vendas de cada produto no período estudado,

foram elaborados os gráfico 4,5 e 6.

Gráfico 4 – Percentual de vendas de cada sabor da empresa estudada – janeiro de 2016.

0,00%

5,00%

10,00%

15,00%

20,00%

25,00%

Percentual de vendas

Presunto

Lombo

Q. Queijos

Calabresa

Milho

Frango

Mista

Portuguesa

Gráfico 5 – Percentual de vendas de cada sabor da empresa estudada – fevereiro de 2016.

0

5

10

15

20

25

Percentual

Presunto

Lombo

Q. Queijos

Calabresa

Milho

Frango

Mista

Portuguesa

Gráfico 6 – Percentual de vendas de cada sabor da empresa estudada – março de 2016.

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0

5

10

15

20

25

Percentual

Presunto

Lombo

Q. Queijos

Calabresa

Milho

Frango

Mista

Portuguesa

Os Gráficos 4,5 e 6 demonstram o percentual de vendas de cada sabor, em seu respectivo mês.

Confirmando o que já foi dito anteriormente na analise das tabelas 4, 5 e 6, os dois sabores

mais vendidos foram mista e calabresa. Já a sabor milho foi o pior do período.

Para visualização da MC mensal que cada produto gerou, foram elaborados os gráficos 7, 8 e

9.

Gráfico 7 – MC mensal de cada sabor da empresa estudada – janeiro de 2016.

R$ 0,00

R$ 500,00

R$ 1.000,00

R$ 1.500,00

R$ 2.000,00

MC Mensal

Presunto

Lombo

Q. Queijos

Calabresa

Milho

Frango

Mista

Portuguesa

Gráfico 8 – MC mensal de cada sabor da empresa estudada – fevereiro de 2016.

R$ 0,00

R$ 500,00

R$ 1.000,00

R$ 1.500,00

R$ 2.000,00

MC Mensal

Presunto

Lombo

Q. Queijos

Calabresa

Milho

Frango

Mista

Portuguesa

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Gráfico 9 – MC mensal de cada sabor da empresa estudada – março de 2016.

R$ 0,00

R$ 500,00

R$ 1.000,00

R$ 1.500,00

R$ 2.000,00

R$ 2.500,00

MC mensal

Presunto

Lombo

Q. Queijos

Calabresa

Milho

Frango

Mista

Portuguesa

Os Gráficos 7, 8 e 9, ajudam a compreender melhor o que já foi dito anteriormente na análise

das tabelas 7, 8 e 9, pode-se observar claramente que a melhor MC mensal é da pizza sabor

mista seguida pelo sabor presunto. Já a pizza sabor milho é a que tem a menor MC mensal.

De acordo com os resultados obtidos, o responsável pela administração pode conhecer qual a

melhor rentabilidade de cada sabor. Porém, em relação à redução de sabores ou extinção de

alguns deles, torna-se impossível, pois cada cliente escolhe o sabor desejado e não se pode

deixar de ter um cardápio variado para atendê-los. Assim, se pode competir diretamente com

nossos concorrentes, atendendo a demanda desejada e tendo a total satisfação dos nossos

clientes.

Com a Margem de Contribuição mensal, é possível analisar quanto cada produto colabora

para o faturamento mensal da empresa.

5. Considerações Finais

O desenvolvimento do artigo teve como objetivo analisar como a MC poderia contribuir para

melhoria da tomada de decisão e, consequentemente para a sustentabilidade dos negócios de

uma microempresa do segmento de distribuição de produtos alimentícios. Antes, o sistema de

custeio da empresa era desenvolvido, apenas para controle de estoque, pelo sistema de custeio

por absorção.

Com a implantação da MC, a empresa pode ter um horizonte em seu planejamento e assim

poder definir qual o melhor produto para investir e aumentar suas receitas. A inserção dos

conceitos da contabilidade gerencial geraram subsídios técnicos para uma análise mais

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aprofundada de quantas unidades a empresa deve produzir e vender para cobrir seus custos

fixos.

Com a introdução destes novos paradigmas, os gestores da empresa terão maiores

possibilidades de geração de relatórios que lhes auxiliem em cálculos que visem ao

estabelecimento de níveis de venda mínimos/aceitáveis, como também para eleição de metas

de vendas e um maior controle sobre possíveis sazonalidades.

No período precedente a este trabalho, a empresa não possuía quaisquer dados que lhe

trouxessem respaldo técnico sobre suas linhas de produtos e suas reais “contribuições”

financeiras para os resultados da organização. Desta forma, o presente estudo viabilizou uma

maneira de incrementar a qualidade do planejamento organizacional, possibilitando novas

maneiras de se observar e gerenciar a estrutura de custos vigente.

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