Estudos Sobre a evolução das penas no dir port - Eduardo Correia

7/30/2019 Estudos Sobre a evoluo das penas no dir port - Eduardo Correia

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ESTUDOS SOBRE A EVOrUOPENAS NO DIREITO PORTUGUS

EDU.,RDO CORRBIA

VOL. I

COIMBR


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Sqrarata do volumc rnrdo

Boletim dd Faculdade de Dheitoda Uniuersidadc de Coimbrd

Composto e impresso nas Oficinas da rGca de Coimbra COIMBRA

EDUARDO CORREIA

DAS PENAS NO DIREITO PORTUGUSVOL. I

ESTUDOS SOBRE A EVOTUO

168354-D


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,E Ir'[,jl.,l ()l) {}(l j,{ l,1.1 (l.t

, NotcsPnrrqo 1.' O Sistema Punitivo no Direito da Reconquista .I. Perda de paz absolutaII. Pcrda de paz relativam. Pena de morte .fV. Penas pecunirias..V. Penas corporais .VI. Penas restritivas da berdadeVII. Penes infamantesA Poltica Criminal dos primeiros tempos da Monarquia por-tugueseOrdenaes AfonsinasOrdenaes ManuelinasLeis Extravagantes postcriores s Ordenaes Manuelinas

Ordenaes FpinasLegislao posterior s Ordenaes FilipinasResauraoTentativas d Reforma da Legisleo Penal .O Sistema Punitivo do Cdigo de 1852 e sua evoluo posrerior .I. Peuas Maiores

2." 3.' 4.. 5.. 6.' 7." 8.. 9.' 10.' 11.'

wrxos

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117217t9Nn'2325324653566l62667t7475

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u.m.

Penas CorreccionaisPenas Especiais para Empregados Pbcos .

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.lrr,ul.' ; - ;;" f'{&'JiB


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PRErcroOs a2tontamentos que agora se do a lune corresponileru, em

larga nediila, aos que j em 195i14 fizeraffi )arte de lies policopiadas.A sua actual elaborao foi enriquecida coru muitas fichas deGama Barros-

existentes na Faculdade de l-etras da Uniuersidadede Coimbra - e com o dedicado ,sforo dos Assistentes Maria RosaCrucho de Almeia, Costa Andrade e Faria Costa. Deu-lhes, agora,particular ateno o Assistente Almeiila Costa. Bem hajam.

Tm estes apantamentos carcter eminentemente descritiuo, inci-dindo, fundanentalmente, sobre o Liuro V das Ordenaes e legislaoauulsa posterior.

Julgamos que os resuhados dcsta inuestigao tu.0 algum inte-resse cofito ponto ile partida 1,ara u?nd sua melhor coordenao comoutras fontes e factores.Por um lada, ncidindo, ytarcularmente, os estudos histrico--ltottugueses sobre a euoluo do direto priuado, tornaua-se inperiosointegr-los por ,4ffia uiso panormica, introdutit'a da legislao penalanterior.Muitas fontes at aqui no consderadas, que se incluem emanerco, no deixaro de ter significatiuo interesse.Por outro lado, pelo altontamento dos diplomas relatiuos puniodo nosso sistema anterior, poder ter-se uma ideia, ainda que rcsumida,sobre a euoluo do ordenamento penal portugus.H, no futuro, que complet-la por um estudo sistemtico dosurios problernas concernentes ao chamailo direito ytenitencirio.Por isso, designanos este loluffie coffio o primeiro a que outrosse deuero seguir.


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Oxal que o tempo e os afazeres pertnitan leyar a cabo essaeffiPresa.A aprouao do nouo iliploma, relatiuo execuo das penaspriuatiuas de liberdade, tornd ainda nais uisuel a uantagem dc tirarila gaaeta velhas notas sobre matria de importncia to actual.E eis a outra razo a justificar a publicao desta introduohistr'ica que ndturalmeflte se ressente de-muitas outras preocupaesque dgord nos assaham o esprito,Eovtaoo oaeau

ESTUDOS SOBRE A EVOLUO DAS PENASNO DIRETTO PORTUGUS 1."

Sistema Punitivo no Direito da ReconquistaCom a Reconquista crist 1 os povos peninsulares forjaramas suas instituies sociais e jurdicas nas particulares condiesdo seu desenvolvimento.1 sabido que com a queda do Imprio visigtico o Codex Visigothoruru,tambm chamado Forum Judicum ot Liber Judicum, viu o seu campo de ap-cao restringido aos cristos que icaram vivendo sob o domnio sarreceno(Peuro Mrne, Lies de Histria do Direto Portugus, 19?i, pg. 21). E sobreas vicissitudes do Cdigo Visigtico v. Bnaca a Cnuz O direito subsidiriona histria do direito portugus, nota 1, pgs. 179 e 180.Embora este cdigo fosse ainda a lei comum dos cristos ao tempo daseparao de Portugal e a su vigncia se tivesse protrado at ao sc. xrrr,o certo que a sua aplicao nos Estados da Reconquista foi desde cedo restrin-gida pelo grande desenvolvimento que assumiram o dteito consuetudinrio,o direito local e os privilgios (Pauro Mrna, ob. cit., pg. 30). Cf., ainda,

Bnace o CRUz, ob. e loc, cit., onde se acentue que a Lex Gothorum apareciacomo vaga reminiscncia firas sem que the correspondesse uma verdadetra uislegislatua.Segundo Coruro uA Rocna, Ensaio sobre a Histria do Gouemo e ikLegklao de Portugal, pg. 25, as leis criminais, que compuam uma perrenotvel daquele Liber Judicum, foram ditadas no com as vistas da emenda dodelinquente e da utilidade pblica; mas por um sistema de terror, ou entesde vingana arbitrria, unicamente modificada pela considerao da pessoado delinquente ou do ofendido, ser servo ou ingnuo, nobre ou peo. penade talio, as infamantes e atrozes, fustigao, decalvao, mo cortda, castrao,arrancamento de olhos, so as ordinrias e aplicadas quase toa. Porm emgrande parte comutm-se por meio de composio pecuniria ou da entrega


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