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Evento Especial da
Área Fiscal –
PER/DCOMP -
Pedido de
Restituição,
Ressarcimento e
Compensação do
IPI - versão 6.8
Apresentadores: Fernanda Silva
José Alves Fogaça Neto 1
PER/DCOMP – Versão 6.6 (IN 1.300/2012)
Conceitos
PER = Pedido de Restituição, Ressarcimento ou Reembolso
DCOMP = Declaração de Compensação com os créditos relativos à Restituição ou
Ressarcimento
Restituição = trata-se da devolução em espécie (depósito, em dinheiro, na conta
bancária indicada pelo contribuinte), efetuado pela RFB, de quantias indevidamente
recolhidas, ou recolhidas em valor maior que o devido, à título de tributo sob a
administração da RFB, bem como receitas da União, arrecadadas mediante o
Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) ou Guia da Previdência
Social (GPS);
2
Ressarcimento = é o pagamento em espécie (depósito, em dinheiro, na conta bancária
indicada pelo contribuinte), efetuado pela Receita Federal do Brasil, de créditos e/ou
incentivos relacionados ao IPI e à Contribuição para o PIS/PASEP e a COFINS, créditos
esses relacionados ao chamado “Princípio da não-cumulatividade”.
Compensação = modalidade de extinção do crédito tributário, a compensação é feita
com créditos líquidos e certos do sujeito passivo contra o fisco (sujeito ativo);
Reembolso = procedimento em que o contribuinte pode reaver os valores de quotas de
salário-família e salário-maternidade pagos aos segurados a seu serviço.
PER/DCOMP – Versão 6.6 (IN 1.300/2012)
3
O Imposto sobre Produtos Industrializados é um tributo de competência federal
que incide sobre a produção de mercadorias industrializadas, sejam nacionais
ou estrangeiras, obedecidas as especificações constantes da Tabela de
Incidência sobre Produtos Industrializados, chamada de “TABELA TIPI”,
instituída pelo Decreto nº 7.660/2011.
A Lei nº 4.502/1964 que determina as diretrizes do IPI estabelece as hipóteses
de incidência, momento do fato gerador do imposto, dentre outras regras.
Referida lei está atualmente regulamentada pelo Decreto nº 7.212/2010 (RIPI).
IPI – Principais Regras
4
Conceito de Industrialização
Tanto para a legislação do ICMS (art. 4º do Decreto nº
45.490/2000), quanto para o IPI (art. 4º do Decreto nº
7.212/2010), considera-se industrialização “qualquer operação
que modifique a natureza, o funcionamento, o acabamento, a
apresentação ou a finalidade do produto, ou o aperfeiçoe para
consumo”.
IPI – Principais Regras
5
Modalidades de industrialização
Transformação: a que, exercida sobre matérias-primas ou produtos intermediários,
importe na obtenção de espécie nova;
Beneficiamento: a que importe em modificar, aperfeiçoar ou, de qualquer forma,
alterar o funcionamento, a utilização, o acabamento ou a aparência do produto;
Montagem: a que consista na reunião de produtos, peças ou partes e de que resulte
um novo produto ou unidade autônoma, ainda que sob a mesma classificação fiscal;
Acondicionamento ou Reacondicionamento: a que importe em alterar a
apresentação do produto, pela colocação da embalagem, ainda que em substituição
da original, salvo quando a embalagem colocada se destine apenas ao transporte da
mercadoria;
Renovação ou Recondicionamento: a que, exercida sobre produto usado ou parte remanescente de produto deteriorado ou inutilizado, renove ou restaure o produto para utilização.
IPI – Principais Regras
6
Não se considera industrialização (Art. 5º - RIPI/2010) Exemplos: Preparo de produtos alimentares, sem embalagem de apresentação;
Confecção ou preparo de produto de artesanato;
Confecção de vestuário por encomenda do consumidor;
Manipulação em farmácia;
Montagem de óculos;
IPI – Principais Regras
7
Fato gerador do IPI
As hipóteses de ocorrência do fato gerador do IPI são (art. 35 do RIPI/2010):
1 - o desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira; ou
2 - a saída de produto do estabelecimento industrial, ou equiparado a
industrial.
Contribuintes do IPI (art. 24 do RIPI/2010):
I - o importador;
II - o industrial;
III - o estabelecimento equiparado a industrial;
IV - os que consumirem ou utilizarem em outra finalidade, ou remeterem a
pessoas que não sejam empresas jornalísticas ou editoras, o papel destinado
à impressão de livros, jornais e periódicos, quando alcançado pela imunidade
prevista no inciso I do art. 18 (exportação).
IPI – Principais Regras
8
Princípio da Não Cumulatividade
Art. 225. A não cumulatividade é efetivada pelo sistema de crédito do
imposto relativo a produtos entrados no estabelecimento do contribuinte, para
ser abatido do que for devido pelos produtos dele saídos, num mesmo
período, conforme estabelecido neste Capítulo.
§ 1o O direito ao crédito é também atribuído para anular o débito do imposto
referente a produtos saídos do estabelecimento e a este devolvidos ou
retornados.
§ 2o Regem-se, também, pelo sistema de crédito os valores escriturados a
título de incentivo, bem como os resultantes das situações indicadas no art.
240.
IPI – Principais Regras
9
Isenção do IPI É a dispensa do pagamento do imposto, mediante lei. Pode se dar de
2 formas:
a) Objetiva: a determinados produtos;
b) Subjetiva: a determinadas pessoas que realizam o fato gerador;
Suspensão do IPI Trata-se de modificação no momento do pagamento do imposto
a) Obrigatória: impositiva. O contribuinte é obrigado a aplicá-la.
b) Facultativa: o contribuinte tem a opção de aplicá-la, ou não.
IPI – Principais Regras
10
Créditos do IPI
Art. 226 do RIPI/2010 – Créditos básicos;
Art. 227 do RIPI/2010 - Aquisição de comerciante atacadista não contribuinte;
Art. 228 do RIPI/2010 - Fornecedor optante pelo SIMPLES NACIONAL.
Escrituração dos créditos de IPI
Sistemática de débito e crédito – conta gráfica
Período de apuração mensal;
IPI – Principais Regras
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Anulação de créditos (estorno na escrita fiscal)
Saída de produtos NT (Não tributados);
MP, PI e ME furtados, roubados, perdidos ou deteriorados;
Saída de produtos sujeitos a imunidade não decorrente de exportação
Saída de produtos sujeitos a suspensão do IPI, quando não há previsão de manutenção do crédito
Art. 254 do RIPI/2010
IPI – Principais Regras
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Manutenção dos créditos do IPI previsto no art. 11 da Lei nº 9.779/99
Art. 11. O saldo credor do Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, acumulado em cada trimestre-calendário, decorrente de aquisição de matéria-prima, produto intermediário e material de embalagem aplicados na industrialização, inclusive de produto isento ou tributado à alíquota zero, que o contribuinte não puder compensar com o IPI devido na saída de outros produtos, poderá ser utilizado de conformidade com o disposto nos arts. 73 e 74 da Lei no 9.430, de 27 de dezembro de 1996, observadas normas expedidas pela Secretaria da Receita Federal do Ministério da Fazenda”.
IPI – Principais Regras
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IPI – Principais Regras
Solução de Consulta nº 127/2003
APROVEITAMENTO DE CRÉDITOS. É permitido o aproveitamento do saldo credor de
IPI acumulado no final do trimestre-calendário para ressarcimento de IPI ou
compensação com outros tributos administrados pela SRF, desde que atendidas as
normas da legislação de regência, em especial a IN SRF nº 33/1999, a IN SRF nº
210/2002 e o ADI SRF nº 15/2002. É vedado o aproveitamento de créditos de IPI
referentes a aquisições de matérias-primas (MP), produtos intermediários (PI) e
materiais de embalagem (ME), aplicados na industrialização de produtos não-tributados
(NT), salvo disposição legal em contrário. É permitido o aproveitamento de créditos de
IPI referentes a aquisições de MP, PI e ME, recebidos a partir d e 01/01/1999 do
estabelecimento industrial ou equiparado, e aplicados na industrialização de produtos
imunes, isentos ou tributados à alíquota zero, mesmo quando o ISSQN também incida
sobre a operação. É permitido o aproveitamento dos créditos de IPI referentes aos PI e
ME, adquiridos de estabelecimentos contribuintes de IPI e aplicados na industrialização
para terceiros de produtos imunes, mesmo quando as MP utilizadas forem fornecidas
pelo adquirente desses produtos.
14
Instrução Normativa SRF nº 33/1999 – artigos 2º e 4º Art. 2º Os créditos do IPI relativos a matéria-prima (MP), produto intermediário (PI) e material de embalagem (ME), adquiridos para emprego nos produtos industrializados, serão registrados na escrita fiscal respeitando o prazo do artigo 347 do RIPI : § 2º No caso de remanescer saldo credor, após efetuada a compensação referida no parágrafo anterior, será adotado o seguinte procedimento: I - o saldo credor remanescente de cada período de apuração será transferido para o período de apuração subsequente; II - ao final de cada trimestre-calendário, permanecendo saldo credor, esse poderá ser utilizado para ressarcimento ou compensação, na forma da Instrução Normativa SRF nº 21, de 10 de março de 1997.
IPI – Principais Regras
15
Instrução Normativa SRF nº 33/1999 – artigos 2º e 4º § 3º Deverão ser estornados os créditos originários de aquisição de MP, PI e ME, quando destinados à fabricação de produtos não tributados (NT). Art. 4º O direito ao aproveitamento, nas condições estabelecidas no artigo 11 da Lei nº 9.779, de 1999, do saldo credor do IPI decorrente da aquisição de MP, PI e ME aplicados na industrialização de produtos, inclusive imunes, isentos ou tributados à alíquota zero, alcança, exclusivamente, os insumos recebidos no estabelecimento industrial ou equiparado a partir de 1º de janeiro de 1999.
IPI – Principais Regras
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Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 5/2006. Art. 1º Os produtos a que se refere o art. 4º da Instrução Normativa SRF nº 33, de 4 de março de 1999 , são aqueles aos quais ao legislação do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) garante o direito à manutenção e utilização dos créditos. Art. 2º O disposto no art. 11 da Lei nº 9.779, de 11 de janeiro de 1999, no art. 5º do Decreto-Lei nº 491, de 5 de março de 1969 , e no art. 4º da Instrução Normativa SRF nº 33, de 4 de março de 1999 , não se aplica aos produtos: I - com a notação "NT" (não-tributados, a exemplo dos produtos naturais ou em bruto) na Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI), aprovada pelo Decreto nº 4.542, de 26 de dezembro de 2002;
IPI – Principais Regras
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Ato Declaratório Interpretativo SRF nº 5/2006. II - amparados por imunidade; III - excluídos do conceito de industrialização por força do disposto no art. 5º do Decreto nº 4.544, de 26 de dezembro de 2002 - Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados (RIPI). Parágrafo único. Excetuam-se do disposto no inciso II os produtos tributados na TIPI que estejam amparados pela imunidade em decorrência de exportação para o exterior.
IPI – Principais Regras
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Devolução ou retorno de bens – Crédito do IPI
Art. 229 É permitido ao estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial,
creditar-se do imposto relativo a produtos tributados recebidos em devolução ou
retorno, total ou parcial
Art. 230 No caso de locação ou arrendamento, a reentrada do produto no
estabelecimento remetente não dará direito ao crédito do imposto, salvo se o
produto tiver sido submetido a nova industrialização e ocorrer nova saída tributada.
IPI – Principais Regras
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Devolução ou retorno de bens – Crédito do IPI
• Art. 231. O direito ao crédito do imposto ficará condicionado ao cumprimento das
seguintes exigências:
• I - pelo estabelecimento que fizer a devolução, emissão de nota fiscal para
acompanhar o produto, declarando o número, data da emissão e o valor da
operação constante do documento originário, bem como indicando o imposto
relativo às quantidades devolvidas e a causa da devolução; e
IPI – Principais Regras
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Devolução ou retorno de bens – Crédito do IPI • Art. 231. O direito ao crédito do imposto ficará condicionado ao cumprimento das seguintes
exigências:
• II - pelo estabelecimento que receber o produto em devolução:
• a) menção do fato nas vias das notas fiscais originárias conservadas em seus arquivos;
• b) escrituração das notas fiscais recebidas, nos livros Registro de Entradas e Registro de
Controle da Produção e do Estoque ou em sistema equivalente, nos termos do art. 466; e
• c) comprovação, pelos registros contábeis e demais elementos de sua escrita, do
ressarcimento do valor dos produtos devolvidos, mediante crédito ou restituição dele, ou
substituição do produto, salvo se a operação tiver sido feita a título gratuito.
• Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica à volta do produto, pertencente a
terceiros, ao estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial, exclusivamente para
operações de conserto, restauração, recondicionamento ou reparo, previstas nos incisos XI e
XII do art. 5º.
Solução de Consulta 436/2009 e 05/2011
IPI – Principais Regras
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Resumo:
IPI – Principais Regras
Saída Crédito da entrada
(manutenção)
Alíquota zero Sempre
Isenta Sempre
Imune Somente quando for exportação
Suspensa Depende da legislação
Não tributada (NT) Nunca
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Pedido de Restituição –
Declaração de Compensação
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Art. 2º da IN 1.717/2017
- Cobrança ou pagamento espontâneo, indevido ou em valor maior que o
devido;
- Erro na identificação do sujeito passivo, na determinação da alíquota
aplicável, no cálculo do montante do débito ou na elaboração ou conferência
de qualquer documento relativo ao pagamento;
- Reforma, anulação, revogação ou rescisão de decisão condenatória;
- Multa e juros moratórios previstos nas leis instituidoras de obrigações
principais ou acessórias relativas aos tributos e contribuições administrados
pela RFB.
Créditos passíveis de Restituição de IPI
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Restituição/Compensação - Apresentação
A restituição, bem como a compensação, será requerida pelo sujeito passivo
(estabelecimento matriz) mediante utilização do programa Pedido de Restituição,
Ressarcimento ou Reembolso e Declaração de Compensação (PER/DCOMP) – versão 6.8.
Na impossibilidade de sua utilização, mediante o formulário Pedido de Restituição ou de
Ressarcimento, constante do Anexo I desta Instrução Normativa, ou mediante o formulário
Declaração de Compensação, constante do Anexo IV desta Instrução Normativa (Art. 7º, § 1º
da IN 1.717/17).
Referida regra também é aplicável à Compensação, estando o modelo do formulário da
Compensação no Anexo IV da IN 1.717/17.
Na hipótese de pedido de restituição formulado por representante do sujeito passivo, o
requerente deverá apresentar à RFB procuração outorgada por instrumento público ou
particular, termo de tutela ou curatela ou, quando for o caso, alvará ou decisão judicial que
o autorize a requerer a quantia (Art. 10 da IN 1.717/17).
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Restituição – Simples Nacional
O pedido de restituição de tributos administrados pela RFB abrangidos pelo Regime
Especial Unificado de Arrecadação de Tributos e Contribuições devidos pelas
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Simples Nacional), instituído pela Lei
Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006 , deverá ser formalizado:
- na hipótese de pagamento indevido ou a maior efetuado em Documento de
Arrecadação do Simples Nacional (DAS), por meio do aplicativo Pedido Eletrônico de
Restituição, disponível no Portal do Simples Nacional e no sítio da RFB na Internet, no
endereço <http://rfb.gov.br>; ou
- na hipótese de retenção indevida, por meio do formulário Pedido de Restituição ou de
Ressarcimento, constante do Anexo I desta Instrução Normativa, ressalvado o disposto
no art. 18.
O pedido de restituição formalizado em desacordo com o disposto no inciso I do caput
será indeferido sumariamente.
(art. 13 da IN 1.717/17).
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Restituição decorrente de Cancelamento ou Retificação de Declaração de Importação (DI)
Os valores recolhidos a título de tributo administrado pela RFB, por
ocasião do registro da DI, poderão ser restituídos ao importador, caso se
tornem indevidos em virtude de cancelamento ou retificação de DI, de
ofício ou a requerimento do importador ou de seu representante legal.
A restituição dos valores a que se refere o art. 28 será requerida à
unidade da RFB responsável pela retificação ou pelo cancelamento da DI,
por meio do formulário Pedido de Restituição de Direito Creditório
Decorrente de Cancelamento ou de Retificação de Declaração de
Importação, constante do Anexo II desta Instrução Normativa.
(arts. 28 e 29 da IN 1.717/17).
27
O IPI é um imposto cujo encargo financeiro é
transferido ao comprador. Assim, somente poderá
ser pleiteada a restituição pelo sujeito passivo se
expressamente autorizado a recebê-lo pelo
adquirente da mercadoria (art. 166 do CTN e art. 3º
da IN 1.717/17).
Restituição - Legitimidade para pleitear
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PER – Pedido Eletrônico de Restituição
A restituição e o ressarcimento de tributos administrados pela RFB ou a restituição de
pagamentos efetuados mediante Darf ou GPS cuja receita não seja administrada pela RFB
será efetuada depois de verificada a ausência de débitos em nome do sujeito passivo credor
perante a Fazenda Nacional.
Existindo débito, ainda que consolidado em qualquer modalidade de parcelamento,
inclusive de débito já encaminhado para inscrição em Dívida Ativa da União, de natureza
tributária ou não, o valor da restituição ou do ressarcimento deverá ser utilizado para quitá-
lo, mediante compensação em procedimento de ofício.
Quando se tratar de pessoa jurídica, a verificação da existência de débito deverá ser
efetuada em relação a todos os seus estabelecimentos, inclusive obras de construção civil.
(artigo 89 da IN 1.717/17).
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DCOMP- Declaração de Compensação
O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive o reconhecido por decisão judicial
transitada em julgado, relativo a tributo administrado pela RFB, passível de restituição
ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação de débitos próprios, vencidos
ou vincendos, relativos a tributos administrados pela RFB, ressalvadas as contribuições
previdenciárias, ujo procedimento está previsto nas Seções VII e VIII deste Capítulo, e
as contribuições recolhidas para outras entidades ou fundos( art. 65 da IN 1.717/17).
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Valoração dos Créditos
O crédito relativo a tributo administrado pela RFB, passível de restituição (ou
reembolso), será restituído, compensado (ou reembolsado) com o acréscimo de juros
Selic para títulos federais, acumulados mensalmente, e de juros de 1% (um por cento)
no mês em que (art. 142 da IN 1.717/17):
- a quantia for disponibilizada ao sujeito passivo;
- houver a entrega da declaração de compensação ou for efetivada a compensação na
GFIP; ou
- for considerada efetuada a compensação de ofício, conforme a data definida nos incisos
I a IV do art. 95.
Será considerada disponibilizada a quantia ao sujeito passivo, para fins do disposto no
inciso I do caput:
I- na hipótese de restituição apurada em declaração de rendimentos da pessoa física, no
mês em que o recurso for disponibilizado no banco; e
II - nos demais casos, no mês da efetivação da restituição.
31
Por outro lado, não haverá incidência dos juros compensatórios de que trata este item
sobre o crédito do sujeito passivo quando:
- quando a restituição for efetuada no mesmo mês da origem do direito creditório;
- na hipótese de compensação de ofício ou compensação declarada pelo sujeito passivo,
quando a data de valoração do crédito estiver contida no mesmo mês da origem do
direito creditório;
- no ressarcimento de créditos do IPI, da Contribuição para o PIS/Pasep, da Cofins e
relativos ao Reintegra, bem como na compensação dos referidos créditos; e
- na compensação do crédito de IRRF relativo a juros sobre capital próprio e de IRRF
incidente sobre pagamentos efetuados a cooperativas a que se referem o art. 81 e o caput do art. 82, respectivamente.
Valoração dos Créditos
32
Por fim, as quantias pagas indevidamente a título de multa de mora ou de ofício,
inclusive multa isolada, e de juros moratórios decorrentes de obrigações tributárias
relativas aos tributos administrados pela RFB também serão restituídas ou
compensadas com o acréscimo dos juros compensatórios.
Na hipótese de compensação efetuada pelo sujeito passivo, os créditos serão valorados
na forma prevista acima, e os débitos sofrerão a incidência de acréscimos legais, na
forma da legislação de regência, até a data de entrega da Declaração de Compensação
(art. 70 da IN 1.717/17).
A compensação total ou parcial de tributo administrado pela RFB será acompanhada da
compensação, na mesma proporção, dos correspondentes acréscimos legais. E,
havendo acréscimo de juros sobre o crédito, a compensação será efetuada com a
utilização do crédito e dos juros compensatórios na mesma proporção.
Valoração dos Créditos
33
Competência para apreciar a Restituição e
a Compensação
Reconhecimento do direito à restituição de indébitos (ou ao ressarcimento de
créditos); a restituição (e o ressarcimento); a compensação e a sua homologação
- titular da DRF ou da Derat que, à data do reconhecimento, da restituição
(ressarcimento), da compensação, ou da sua homologação tenha jurisdição
sobre o domicílio tributário do estabelecimento da pessoa jurídica que apurou os
valores/créditos pleiteados (artigo 117 e seguintes da IN 1.717/17).
34
Empresa “A” , contribuinte do IPI, no mês de julho de 2017 apurou como
débito de IPI R$ 100.000,00 (cem mil reais). Entretanto, o campo “Valor total”
do DARF foi preenchido e pago com o valor de R$ 120.000,00 (cento e vinte
mil reais), ou seja, com valor a maior de R$ 20.000,00 (vinte mil reais).
Percebendo o fato, o contribuinte optou por pedir a restituição do IPI pago a
maior. Verificaremos o preenchimento do pedido de restituição utilizando o
PER/DCOMP versão 6.8.
EXEMPLO: Pedido Eletrônico de Restituição
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Empresa “B”, contribuinte do IPI, no mês de julho de 2017 apurou como débito de IPI
R$ 100.000,00 (cem mil reais). Entretanto, o campo “Valor total” do DARF foi
preenchido e pago com o valor de R$ 110.000,00 (cento e vinte mil reais), ou seja, com
valor a maior de R$ 10.000,00 (vinte mil reais). Percebendo o fato, o contribuinte optou
por pedir a compensação do IPI pago a maior. Verificaremos o preenchimento do
pedido de compensação utilizando o PER/DCOMP versão 6.8.
Exemplo de Pedido de Compensação do
IPI pagamento a maior
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PER – Ressarcimento – IPI
Versão - 6.8
57
Art. 40 – Instrução Normativa n° 1.717/2017
Na hipótese de remanescerem, ao final do trimestre-calendário, créditos do IPI
passíveis de ressarcimento depois de efetuadas as deduções e transferências
admitidas na legislação, a pessoa jurídica poderá requerer à RFB o ressarcimento do
saldo credor ou utilizá-lo na compensação de débitos próprios relativos a tributos
administrados pela RFB.
§ 1º São passíveis de ressarcimento ou de compensação somente os créditos do IPI
escriturados no trimestre-calendário de referência do pedido de ressarcimento,
observado o disposto no § 2º.
Ressarcimento do IPI
58
Art. 40 – IN 1.717/2017
§ 2º Podem compor o saldo credor passível de ressarcimento ou compensação somente os
seguintes créditos do IPI:
I - os créditos relativos a entradas de matérias-primas, produtos intermediários e material de
embalagem para industrialização;
II - os créditos presumidos do IPI, como ressarcimento da Contribuição para o PIS/Pasep e da
Cofins, previstos na Lei nº 9.363, de 1996, e na Lei nº 10.276, de 2001, excluídos os valores
recebidos por transferência da matriz; e
III - os créditos presumidos de IPI de que tratam os incisos III a VIII do caput do art. 12 do Decreto
nº 7.819, de 2012, nos termos do art. 15 do mesmo Decreto, excluídos os valores recebidos por
transferência da matriz.
§ 3º Os créditos presumidos de IPI de que trata o inciso II do § 2º poderão ter seu ressarcimento
requerido ou sua compensação declarada à RFB somente depois da entrega, pelo
estabelecimento matriz da pessoa jurídica, do Demonstrativo do Crédito Presumido (DCP) do
trimestre-calendário de apuração.
Ressarcimento do IPI
59
Instrução Normativa n° 1.717/2017
Art. 41. O pedido de ressarcimento ou a declaração de compensação devem ser apresentados
pelo estabelecimento matriz da pessoa jurídica, em nome do estabelecimento que apurou os
créditos passíveis de ressarcimento, por meio da utilização do programa PER/DCOMP ou, na
impossibilidade de sua utilização, mediante o formulário Pedido de Restituição ou de
Ressarcimento, constante do Anexo I desta Instrução Normativa, ou mediante o formulário
Declaração de Compensação, constante do Anexo IV desta Instrução Normativa.
§ 1º Cada pedido de ressarcimento deverá:
I - referir-se a um único trimestre-calendário; e
II - ser efetuado pelo saldo credor passível de ressarcimento remanescente no trimestre-
calendário, depois de efetuadas as deduções e transferências admitidas na legislação.
§ 2º No período de apuração em que for apresentado à RFB o pedido de ressarcimento, o
estabelecimento que escriturou os referidos créditos deverá estornar, em sua escrituração
fiscal, o valor do crédito solicitado.
§ 3º A declaração de compensação referida no caput deverá ser precedida de pedido de
ressarcimento.
Ressarcimento do IPI
60
Operações geradoras de crédito passível de ressarcimento para períodos de
apuração a partir de 1º de janeiro de 2007 – Ajuda Programa PER/DCOMP
1.101 1.111 1.116 1.122 1.120
1.124 1.125 1.151 1.401 1.408
1.651 1.658 1.901 1.902 1.903
1.910 1.911 1.917 1.924 1.925
2.101 2.111 2.116 2.122 2.120
2.124 2.125 2.151 2.401 2.408
2.651 2.658 2.901 2.902 2.903
2.910 2.911 2.917 2.924 2.925
3.101 3.651
Ressarcimento do IPI
61
Procedimentos:
Estorno de crédito de IPI objeto do Pedido de Ressarcimento
Registro E520 “Outros Débitos”
Registro E530 – Campo Indicador do Documento – “PER/DCOMP”
Registro E530 – Código Ajuste – “103”
Periodicidade e montante do crédito
Cada pedido de ressarcimento deverá referir-se ao TOTAL do crédito
passível de ressarcimento apurado no trimestre-calendário
Vedação ao ressarcimento
Crédito objeto de processo cuja decisão definitiva, judicial ou administrativa,
possa alterar o valor a ser ressarcido
Ressarcimento do IPI
62
Ressarcimento do IPI – Exemplo
• Empresa contribuinte do IPI apresentou Pedido de
Ressarcimento (PER) em 09/2017
• Trimestre do crédito: 1º trimestre de 2017
• A empresa não apresentou Pedido de Ressarcimento (PER)
referente ao 2º trimestre de 2017.
• A empresa também não apresentou nenhum outro PER no PA
presente (Setembro/2017)
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Compensação – IPI Versão - 6.8
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Instrução Normativa nº 1.717/2017
Art. 65. O sujeito passivo que apurar crédito, inclusive o crédito decorrente de
decisão judicial transitada em julgado, relativo a tributo administrado pela RFB,
passível de restituição ou de ressarcimento, poderá utilizá-lo na compensação
de débitos próprios, vencidos ou vincendos, relativos a tributos administrados
pela RFB, ressalvadas as contribuições previdenciárias, cujo procedimento
está previsto nas Seções VII e VIII deste Capítulo, e as contribuições
recolhidas para outras entidades ou fundos.
§ 1º A compensação de que trata o caput será efetuada, pelo sujeito passivo,
mediante declaração de compensação, por meio do programa PER/DCOMP
ou, na impossibilidade de sua utilização, mediante o formulário Declaração de
Compensação, constante do Anexo IV desta Instrução Normativa.
Compensação
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Instrução Normativa nº 1.717/2017
Artigo 65...
§ 2º A compensação de que trata o caput será efetuada mediante a
apresentação da declaração de compensação, ainda que:
I - o débito e o crédito objetos da compensação se refiram a um mesmo tributo;
ou
II - o crédito para com a Fazenda Nacional tenha sido apurado por pessoa
jurídica de direito público.
§ 3º Consideram-se débitos próprios, para fins do disposto no caput, os débitos
por obrigação própria e os decorrentes de responsabilidade tributária apurados
por todos os estabelecimentos da pessoa jurídica.
Compensação
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Instrução Normativa nº 1.717/2017
Art. 66. A compensação declarada à RFB extingue o crédito tributário, sob
condição resolutória da ulterior homologação do procedimento.
Parágrafo único. A declaração de compensação constitui confissão de dívida e
instrumento hábil e suficiente para a exigência dos débitos indevidamente
compensados.
Compensação
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Instrução Normativa nº 1.717/2017
Art. 68. O sujeito passivo poderá compensar créditos que já tenham sido objeto
de pedido de restituição ou de ressarcimento apresentado à RFB desde que, à
data da apresentação da declaração de compensação:
I - o pedido não tenha sido indeferido, mesmo que por decisão administrativa
não definitiva, proferida pelo Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil; ou
II - se deferido o pedido, ainda não tenha sido emitida a ordem de pagamento
do crédito.
Parágrafo único. O sujeito passivo poderá apresentar declaração de
compensação que tenha por objeto crédito apurado ou decorrente de
pagamento efetuado há mais de 5 (cinco) anos, desde que referido crédito
tenha sido objeto de pedido de restituição ou de ressarcimento apresentado à
RFB antes do transcurso do referido prazo.
Compensação
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Art. 75. É vedada e será considerada não declarada a compensação nas
hipóteses em que o crédito:
I - seja de terceiros;
II - se refira a “crédito-prêmio” instituído pelo art. 1º do Decreto-Lei nº 491, de 5
de março de 1969;
III - se refira a título público;
IV - seja decorrente de decisão judicial não transitada em julgado;
V - não se refira a tributos administrados pela RFB; ou
VI - tiver como fundamento a alegação de inconstitucionalidade de lei, exceto
nos casos em que a lei:
Compensação –
Créditos não passíveis de compensação
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a) tenha sido declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal em
ação direta de inconstitucionalidade ou em ação declaratória de
constitucionalidade;
b) tenha tido sua execução suspensa pelo Senado Federal;
c) tenha sido julgada inconstitucional em sentença judicial transitada em
julgado a favor do contribuinte; ou
d) seja objeto de súmula vinculante aprovada pelo Supremo Tribunal Federal
nos termos do art. 103-A da Constituição Federal.
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Créditos não passíveis de compensação
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Art. 76. Além das hipóteses previstas nas leis específicas de cada tributo e no
art. 75, a compensação é vedada e será considerada não declarada quando
tiver por objeto:
I - o débito apurado no momento do registro da DI;
II - o débito que já tenha sido encaminhado à PGFN para inscrição em Dívida
Ativa da União;
III - o débito consolidado em qualquer modalidade de parcelamento concedido
pela RFB;
IV - o débito que já tenha sido objeto de compensação não homologada ou
considerada não declarada, ainda que a compensação se encontre
pendente de decisão definitiva na esfera administrativa;
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Créditos não passíveis de compensação
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V - o débito que não se refira a tributo administrado pela RFB;
VI - o saldo a restituir apurado na DIRPF;
VII - o crédito que não seja passível de restituição ou de ressarcimento;
VIII - o crédito apurado no âmbito do Programa de Recuperação Fiscal (Refis)
de que trata a Lei nº 9.964, de 10 de abril de 2000, do Parcelamento
Especial (Paes) de que trata o art. 1º da Lei nº 10.684, de 30 de maio de
2003, e do Parcelamento Excepcional (Paex) de que trata o art. 1º da
Medida Provisória nº 303, de 29 de junho de 2006, decorrente de
pagamento indevido ou a maior;
IX - o valor objeto de pedido de restituição ou de ressarcimento indeferido pelo
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, ainda que o pedido se encontre
pendente de decisão definitiva na esfera administrativa;
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X - o valor informado pelo sujeito passivo em declaração de compensação
apresentada à RFB, a título de crédito para com a Fazenda Nacional, que
não tenha sido reconhecido pelo Auditor-Fiscal da Receita Federal do
Brasil, ainda que a compensação se encontre pendente de decisão
definitiva na esfera administrativa;
XI - os tributos apurados na forma do Simples Nacional, instituído pela Lei
Complementar nº 123, de 2006;
XII - o crédito resultante de pagamento indevido ou a maior efetuado no âmbito
da PGFN; ou
XIII - o débito ou o crédito que se refira ao AFRMM ou à TUM.
Compensação –
Créditos não passíveis de compensação
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Art. 106. A retificação do pedido de restituição, do pedido de ressarcimento, do
pedido de reembolso e da declaração de compensação gerados por meio do
programa PER/DCOMP deverá ser requerida, pelo sujeito passivo, mediante
documento retificador gerado por meio do referido programa.
Parágrafo único. A retificação do pedido de restituição, do pedido de
ressarcimento, do pedido de reembolso e da declaração de compensação
apresentados em formulário, nas hipóteses em que admitida, deverá ser
requerida, pelo sujeito passivo, mediante formulário retificador, o qual será
juntado ao processo administrativo de restituição, de ressarcimento, de
reembolso ou de compensação para posterior exame pelo Auditor-Fiscal da
Receita Federal do Brasil.
Compensação – Retificação
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Art. 107. O pedido de restituição, o pedido de ressarcimento ou o pedido de
reembolso e a declaração de compensação poderão ser retificados pelo sujeito
passivo somente na hipótese de se encontrarem pendentes de decisão
administrativa à data do envio do documento retificador.
Parágrafo único. A retificação não será admitida quando formalizada depois da
intimação para apresentação de documentos comprobatórios.
Art. 108. A retificação da declaração de compensação gerada por meio do
programa PER/DCOMP ou elaborada mediante utilização de formulário será
admitida somente na hipótese de inexatidões materiais verificadas no
preenchimento do referido documento.
Art. 109. A retificação da declaração de compensação gerada por meio do
programa PER/DCOMP ou elaborada mediante utilização de formulário não
será admitida quando tiver por objeto a inclusão de novo débito ou o aumento
do valor do débito compensado mediante a apresentação da declaração de
compensação à RFB.
Compensação – Retificação
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Art. 112. O cancelamento do pedido de restituição, do pedido de ressarcimento, do
pedido de reembolso ou da declaração de compensação poderá ser requerido, pelo
sujeito passivo, mediante pedido de cancelamento gerado por meio do programa
PER/DCOMP.
Parágrafo único. O cancelamento do pedido de restituição, do pedido de ressarcimento,
do pedido de reembolso e da declaração de compensação apresentados em formulário,
nas hipóteses em que admitido, deverá ser solicitado, pelo sujeito passivo, mediante
requerimento, o qual será juntado ao processo administrativo de restituição, de
ressarcimento, de reembolso ou de compensação para posterior exame pelo Auditor-
Fiscal da Receita Federal do Brasil.
Art. 113. O pedido de restituição, o pedido de ressarcimento ou o pedido de reembolso
e a declaração de compensação poderão ser cancelados pelo sujeito passivo somente
na hipótese de se encontrarem pendentes de decisão administrativa à data do envio do
pedido de cancelamento.
Parágrafo único. O cancelamento não será admitido quando formalizado depois da
intimação para apresentação de documentos comprobatórios.
Compensação – Cancelamento
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Compensação – Exemplo
• Empresa contribuinte do IPI apresentou PER/DCOMP -
Compensação em 09/2017
• Crédito: Ressarcimento de IPI - 1º trimestre de 2017
• Débito - PIS
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