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EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINAS CONTRA POLIOMIELITE E
TRÍPLICE VIRAL
Gerência de Imunizações e Rede de Frio – SUVISA/SES
Nádia Teixeira GabrielMédica – Técnica EAPV
POLIOMIELITE ANTERIOR AGUDAOU
PARALISIA INFANTIL
POLIOMIELITE ANTERIOR AGUDA OU PARALISIA INFANTIL
Definição:Doença infecto contagiosa (fecal-oral) viral aguda (poliovírus) com paralisia flácida de início súbito.Acomete geralmente MMII, na forma assimétrica, flacidez muscular, sensibilidade conservada e arreflexia no segmento atingido.
Período de incubação: 7 - 12 dias.
POLIOMIELITE ANTERIOR AGUDA OU PARALISIA INFANTIL
Manifestações clínicas:- Assintomática – 90-95%- Abortiva – 5%- Meningite asséptica- 1%
- Forma paralítica – 1 a 1,6%
Diagnóstico diferencial: Síndrome de Guillan-Barré, mielite
transversa, meningite viral e outras enteroviroses.
POLIOMIELITE ANTERIOR AGUDA OU PARALISIA INFANTIL
Diagnóstico laboratorial:- Isolamento do vírus (amostra de fezes)- PCR- Líquor- Eletromiografia- Anatomopatologia
POLIOMIELITE ANTERIOR AGUDA OU PARALISIA INFANTIL
Tratamento:
- Não há tratamento específico.
- Suporte.
VACINA CONTRA POLIOMIELITE
POLIOMIELITE ANTERIOR AGUDA OU PARALISIA INFANTIL
Vacina contra poliomielite
- Constituição da Vacina: Três sorotipos de poliovírus atenuados (Tipos I, II, III) – conservantes (antibióticos) e termoestabilizador (cloreto de magnésio e aminoácidos.
- Eficácia: 90 a 95% após a 3ª dose.
- Esquema básico: 3 doses (2º, 4º e 6º mês) com intervalos de 2 meses e reforço 1 reforços (15 meses) . Início do esquema aos 2 meses de idade.
- Dose e Via de Administração: 2 gotas via oral.
- Conservação e validade: +2º C a + 8º C e depois de aberto o frasco utilizar por 5 (cinco) dias.
POLIOMIELITE ANTERIOR AGUDA OU PARALISIA INFANTIL
Contra Indicações: Não existem contra indicações absolutas, contudo, nos casos abaixo, encaminhar a criança ao CRIE para receber a vacina contra poliomielite inativada (VIP) ou Salk:
- Crianças imunodeprimidas.- Crianças que são contatos domiciliares de
pessoas imunodeprimidas.- Pessoas submetidas a transplante de
medula óssea.
EVENTO ADVERSO PÓS VOP (Vacina Oral contra Poliomielite)
EVENTO ADVERSO
- Poliomielite associada à vacina.
DESCRIÇÃO - Doença aguda febril, com déficit motor flácido de intensidade variável, geralmente assimétrico e que deixa sequela neurológica.
TEMPO DA APLICAÇÃO / EVENTO
Vacinado: 4 - 40 dias.-Comunicante de vacinado: 4 - 85 dias após a vacinação.
FREQUÊNCIA Por dose administrada geral: de 1/2,4 milhões a 1/13 milhões. - na 1ª dose: 1/0,7 milhões a 1/2,4 milhões.
CONDUTA - Notificar e investigar.-Tratamento de suporte.- Encaminhar aos Centros de Referência para continuar a vacinação com vacina inativada.
EXAME Fezes: colher 1 amostra nos primeiros 14 dias após o início da deficiência motora.- Eletroneuromiografia.
EVENTO ADVERSO PÓS VOP
SARAMPO, RUBÉOLA E CAXUMBA
SARAMPO
SARAMPODefinição:
- Doença infecciosa aguda viral grave, muito contagiosa e comum na infância (crianças desnutridas e <1ano).
- Transmissão: através das secreções nasofaríngeas (tossir, falar, espirrar).
- Período de incubação: 10dias.
- Período de transmissibilidade:2dias antes e 2 dias após exantema.
- Lactentes são protegidos pelos anticorpos placentários até por volta de 9 meses de vida.
SARAMPO
Quadro clínico:- Febre alta – acima
38°C- Exantema máculo
papular generalizado
- Tosse- Coriza- Conjuntivite - Manchas de koplik
Três períodos:
- Período de infecção
- Período de remissão
- Período toxêmico
SARAMPO
SARAMPO
Diagnóstico diferencial:- Rubéola, exantema súbito, dengue,
enteroviroses, eritema infeccioso.Diagnóstico laboratorial:
- Sorologia para sarampo (anticorpos classe IgM e IgG).
Tratamento: - Não existe tratamento específico;- Vitamina A.
Complicações: - Diarréia, pneumonia e otite média.
RUBÉOLA
RUBÉOLA
- Definição: Doença exantemática viral aguda.
- Quadro clínico: Febre baixa, exantema maculopapular (face, couro cabeludo e pescoço após tronco e membros), lifadenopatia generalizada. As vezes poliatrite, poliartralgia, conjuntivite, coriza e tosse.
- Transmissão: secreções de nasofaringe de pessoas com infecção.
- Período de incubação: 14 - 21dias.
- Transmissibilidade: de 5 dias antes a 5 dias após o início do exantema.
- Diagnóstico: anticorpos específicos IgM e IgG.
RUBÉOLA
CAXUMBA
CAXUMBA
Definição: Doença viral aguda caracterizada por febre, aumento de glândulas salivares (principalmente parótidas)
Complicações: - Orquiepididimite 20 - 30%- Ooforite 5% - Meningite assépica e encefalite- Perda neurosensorial da audição- Pancreatite
CAXUMBA
CAXUMBA
• Transmissão: saliva de pessoas contaminadas.
• Período de incubação: 16 - 18 dias.
• Período de transmissibilidade: 6 - 7 dias antes das manifestações clínicas e até 9 dias após.
• Imunidade permanente após imunização ativa e infecções aparentes e inaparentes.
CAXUMBA
Diagnóstico diferencial: cálculo de ducto parotidiano, parotidite piogênica, adenite.
Diagnóstico: clínico - epidemiológico e testes sorológicos.
Tratamento: suporte.
Orquite: suspensório para bolsa escrotal, bolsas de gelo e prednisolona.
VACINA TRÍPLICE VIRAL
VACINA TRÍPLICE VIRAL
- Proteção: Prevenir contra sarampo, rubéola e caxumba.
- Composição: Vírus vivo atenuado do Sarampo, da Caxumba e da Rubéola.
SARAMPO CAXUMBA RUBÉOLAMoraten Jeryl-Lynn Wistar RA 27/3Schwarz Urabe AM9Edmonston-Zagreb Leningrado-Zagreb
Cultivados em embrião de galinha, traços de neomicina (conservante), gelatina, sorbitol ou albumina (estabilizante) e fenol (corante).
- Eficácia: Sarampo e Rubéola acima de 95% e Caxumba acima de 90%.
VACINA TRÍPLICE VIRAL
Indicada: Criança a partir de 1 ano de idade Homens - até 39 anos Mulheres - até 49 anosGrupos de risco
Dose e Via de Administração:0,5 ml via subcutânea
Conservação e validade:
+ 2ºC a + 8ºC
Após diluição utilizar no prazo de 8 horas
Obs.: A vacina dupla viral Moru-Viraem da Berna deve ser
utilizada até no máximo 6 horas após a diluição
VACINA IDADE DOSE
VTV 12 meses de vida 1ª
VTV 4 a 6 anos de vida 2ª
VTV* para mulheres em
idade fértil ou DV
11 a 19 anos de idade20 a 49 anos de idade
Duas doses** Dose única***
VTV* para homens ou DV
11 a 19 anos de idade20 a 39 anos de idade
Duas doses** Dose única***
l
* Na falta da vacina tríplice viral (VTV) recomenda-se o uso da vacina dupla viral(DV) a partir de 11 anos de idade.** Caso haja registro de uma dose, administrar outra. Se não houver registro administrar duas doses com intervalo de 30 dias.*** Desde que não tenham comprovação de vacinação anterior com VTV/DV.
VACINA TRÍPLICE VIRAL
CONTRA INDICAÇÕES- Imunodeficiências graves, congênitas ou adquiridas
(A criança portadora do vírus HIV poderá receber todas as vacinas do calendário básico de vacinação)
- História de reação anafilática a doses prévias de vacina tríplice viral/dupla viral ou a outros componentes da vacina (neomicina, gelatina, albumina)
- Presença de neoplasia maligna
- Presença de gravidez
• Adiamento da vacinaçãoQuando não forem administradas juntas com a vacina contra febre
amarela e contra a varicela, o intervalo mínimo entre elas será respectivamente de 15 e 30 dias.
As demais vacinas do calendário básico não exigem intervalo com a vacina tríplice viral.
• Precauções: A vacinação deve ser feita nos 3 meses anteriores e posteriores a administração de imunoglobulina, sangue total ou plasma
A presença de enfermidades agudas febris graves, para evitar que sintomas temporais sejam atribuídos a vacina.
• Obs.: Devido ao plano de erradicação do sarampo e controle da rubéola a vacinação para grupos de risco é necessária e deve ser permanente, de forma seletiva (profissionais de saúde, taxistas, profissionais da rede hoteleira, profissionais do sexo, motoristas de ônibus e caminhões inter-municipais e estaduais)
TRÍPLICE VIRAL
EVENTO ADVERSO PÓSTRÍPLICE VIRAL
EVENTO ADVERSO
DESCRIÇÃOTEMPO
APLICAÇÃO/ EVENTO
FREQUÊN-CIA
CONDUTA
- Ardência, hiperestesia, eritema, enduração
- Vermelhidão e edema no local da aplicação
- 1o dia - Pouco frequentes
- Investigar e acompanhar- Notificar apenas casos de maior intensidade ou “surtos” de reações locais
- Nódulo ou pápula com rubor
- Podem ocorrer em indivíduos com hipersensibilidade aos componentes da vacina
- Investigar e acompanhar
- Linfadenopatia regional
- Linfonodos hipertrofiados
- Raro
- Abscesso quente
- São quentes, vermelhos e dolorosos. Neste caso, houve conta-minação por germes piogênicos
- Até 15o dia.
- Investigar e acompanhar- Indicar antimicrobiano para processo infeccioso agudo, inespecífico de pele
EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINA TRÍPLICE VIRAL/DUPLA VIRAL
MANIFESTAÇÕES LOCAIS E REGIONAIS
EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINA TRÍPLICE VIRAL –
MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS I
EVENTO ADVERSO
DESCRIÇÃOTEMPO
APLICAÇÃO / EVENTO
FREQUÊNCIA CONDUTA
- Febre ≥ 39,5o C. - Está associada a qualquer um dos componentes da vacina.
- Entre o 5o e o 12o dia após vacinação.
- 5 a 15% dos primo-vacinados.
- Notificar, investigar e acompanhar.
- Cefaléia, irritabilidade, febre baixa, conjuntivite e/ou manifestações catar-rais.
- Estão associadas aos componentes do sarampo e da rubéola.
- Entre o 5o e o 12o dia após vacinação.
- 0,5 a 4 % dos primo-vacinados.
- Notificar, investigar e acompanhar.
- Exantema. - Pode ter extensão variável. Dura em torno de 2 dias.
- Entre o 7o e o 10o dia após vacinação .
- 5% dos primovacinados.
- Notificar, investigar e acompanhar.
EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINA TRÍPLICE
VIRAL – MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS I
EVENTO ADVERSO
DESCRIÇÃOTEMPO
APLICAÇÃO/ EVENTO
FREQUÊNCIA CONDUTA EXAME
Linfadenopatia. -Associada ao componente da rubéola.
-Entre o 7o e 21o dia após a vacinação.
-Menos de 1% dos primo-vacinados.
-Investigar e acompanhar.
-Meningite. -Está relacionada ao componente da caxumba.
-Entre o 15o e 21o dia após a vacinação .
-Cepa Jeryl Lynn: 1/250.000 a 1/1.800.000.-Cepa Urabe: 1/11.000 a 1/400.000.-Cepa Leningrad-Zagreb:1/3.390.
-Notificar, investigar e acompanhar.-Avaliação clínica e, se necessário, laboratorial.-Contra-indicar doses subseqüentes.
-Exame de LCR.
-Encefalite. -Relacionado ao componente do sarampo e ao da caxumba.
-Entre 15 a 30 dias após a vacinação.
-Semelhante da pop não vacinada: 1/1.000.000 - 1/2.500.000
-Notificar, investigar e acompanhar.-Contra-indicar doses subseqüentes.
EVENTO ADVERSO
DESCRIÇÃOTEMPO
APLICAÇÃO/ EVENTO
FREQUÊNCIA CONDUTA
Pan-encefalite esclerosante subaguda pós-vacinal (PEESA)
Não há dados epidemiológicos docu-mentados que realmente comprovem o risco vacinal
Entre 15 a 30 dias após a vacinação
Estimativa de 0,7/1.000.000 de doses nos EUA
Notificar, investigar e acompanhar.
Contra-indicar doses subsequentes
Outras manifestações neurológicas
Ataxia, mielite transversa, neurite ótica, síndrome de Guillain Barre e paralisia ocular motora
São consideradas associações temporais a vacina tríplice viral
Notificar, investigar e acompanharAvaliar cada caso em particular, para decidir indicação de doses subsequentes
Púrpura trombocitopênica
Geralmente de evolução benigna
2 a 3 semanas após a vacinação
1/30.000 a 1/40.000 vacinados
Notificar, investigar e acompanharContra-indicar doses subsequentes
Reação anafilática
Urticárias, sibilos, laringoespasmo, edema de lábios, hipotensão e choque
Habitualmente na 1ª h após a aplicação da vacina
Extremamente raras
Notificar, investigar e acompanharContra-indicar doses subsequentes
EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINA TRÍPLICE VIRAL – MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS II
EVENTO ADVERSO
DESCRIÇÃOTEMPO
APLICAÇÃO/ EVENTO
FREQUÊNCIA CONDUTA
- Artralgia e/ou artrite.
- As articulações mais afetadas são: interfalangianas, metacarpo-falangianas, joelhos, cotovelos e tornozelos.-componente da rubéola. (1 a 3 sem.)
- Entre 1 a 3 semanas após a vacinação.
- 25% das mulheres vacinadas com a cepa RA 27/3.
- Notificar, investigar e acompanhar.- Tratamento sintomático, nos casos mais graves indicar avaliação de especialista.
- Parotidite, pancreatite, orquite e ooforite.
- Associado aos componentes da caxumba.
- 10o ao 21o dia após a vacinação (parotidite).
- Parotidite: com cepa Jeryl Lynn: 1,6%, com cepa Urabe AM9 1 a 2% dos vacinados.
- Investigar e acompanhar.- Não contra-indica doses subsequentes.
- Reações de hipersensi-bilidade.
- Urticária no local ou, menos frequentemente, em outras áreas do corpo.
- Geralmente nas 1ª 24 a 72 horas pós vacinação.
-Raras. - Notificar, investigar e acompanhar.- Não contra-indica doses subsequentes.
EVENTOS ADVERSOS PÓS-VACINA TRÍPLICE VIRAL – MANIFESTAÇÕES SISTÊMICAS II