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EXCELENTÍSSIMO SWAHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO, n - o o o ACRA SUE DSANIANA, brasileiro, separada, auxiliar de serviços gerais, nascida em 0.410911960, nome da mãe Benedita Buem Santana, portadora da cédula de identidade RG n.° 13.881.557 S'SP1SP inscrita no GPFIMF sob a n.° 077.500.188-70, residente e domiciliado à Rua Otto de Barros, n.° 306 Bairro Jd. Sento Estefano, na cidade de São Paulo - SP, CEP: 04157-050; \TAXA CMSTINA HORTFGA ROnP1 brasileira, separada, oficial administrativo, nascida em 13/11/1966, nome da mãe Maria Tereza Rafael Rogai, portadora da cédula de identidade RG n.° 18156716 SSP1SP inscrita no CPFINIF sob o n.° 034.807.658-36 residente e domiciliada à Rua Prof. Roberto Manga, n.c207 casa 2 Bairro Vila Santo Esto -fano, na cidade de São Paulo- SP, CEP: 04153- 0.40;por sua aVergaeia rue esta subscreve /doo. 01 e respeitosamente à presença de VOSSa Exoteián9ikL interpor a . presente Ac50; ,RF, V AMATORLA em face da FAIU,NDAUIEE::STADD FirAuLe Cern endereço ma Rtua i Pamplona, ny 227, tiamiim Fiemifista, Cap. 01405-000, peias motivos de tato e de direito a setaLlii explanados: it) Praça João 1:1e,edes, 12, 15", conjunto 156—CEP 91501-1:0, 3 — São Paulo —Fone 31075506 ner, vârn

EXCELENTÍSSIMO SWAHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA …saude.sp.gov.br/resources/crh/ggp/clp/obrigacao_de_fazer/2013/... · separada, auxiliar de serviços gerais, nascida em 0.410911960,

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EXCELENTÍSSIMO SWAHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA DO TRABALHO DE SÃO PAULO, n

-o

o o

ACRA SUE DSANIANA, brasileiro,

separada, auxiliar de serviços gerais, nascida em 0.410911960, nome da

mãe Benedita Buem Santana, portadora da cédula de identidade RG n.°

13.881.557 S'SP1SP inscrita no GPFIMF sob a n.° 077.500.188-70,

residente e domiciliado à Rua Otto de Barros, n.° 306 Bairro Jd. Sento

Estefano, na cidade de São Paulo - SP, CEP: 04157-050;

\TAXA CMSTINA HORTFGA ROnP1

brasileira, separada, oficial administrativo, nascida em 13/11/1966, nome

da mãe Maria Tereza Rafael Rogai, portadora da cédula de identidade RG

n.° 18156716 SSP1SP inscrita no CPFINIF sob o n.° 034.807.658-36

residente e domiciliada à Rua Prof. Roberto Manga, n.c207 casa 2

Bairro Vila Santo Esto-fano, na cidade de São Paulo- SP, CEP: 04153-

0.40;por sua aVergaeia rue esta subscreve /doo. 01 e

respeitosamente à presença de VOSSa Exoteián9ikL interpor a . presente

Ac50; ,RF,V AMATORLA em face da FAIU,NDAUIEE::STADD

FirAuLe Cern endereço ma Rtuai Pamplona, ny 227, tiamiim Fiemifista, Cap.

01405-000, peias motivos de tato e de direito a setaLlii explanados:

it)

Praça João 1:1e,edes, 12, 15", conjunto 156—CEP 91501-1:0,3 — São Paulo —Fone 31075506

ner, vârn

n PRELIMNARMENTE

-o

o reclamantes são servidoras

NJ

públicas estadttás contratadas peba tare da CLT, razão pela citha a

justiça especialtada é a competente para o .Mgamento do pleito.

DOS FATOS

1. As reclamantes são servidoras do

Estado, admitidas sob o regime da CLT; e, todas com mais de vinte anos de

efetivo exercício (doc. 06 a 08), vêm pleitear o acréscimo da sexta parte, que

lhes foi concedido pelo art. 129 da presente Constituição Estadual e, para tanto

expõem para afinal requerer o seguinte:

2. Assim dispõe esse art. 129:

"Ao servidor público

esta ai, é assegurado o percebimepto do adicionei

por tempo de sento, concedido no mínimo por

giiinqaenia, e vedada a sua !imitação, bem como a

sexta parte dos vencimentos integrais, concedida aos

nos de efetivo exercício, que se incorporarão

aos vencimentos para todos os efeitos, observado o

disposto no art. 115, XVI, desta Constituição".

, ArYti; "Os

acréscimos ec W1niãrios percebidos. por servidor

público não serão computados nem acumulados para

Praça João Mendes, a. 42, 15" , conjunto 156— CEP 01501-000 —São PoSo— Fone 31076506

?tO

-u

o o

fins de concessão de acréscimo uuiteriores sob o

mesmo título ou idêntico fundamento".)

Sem embargo da clareza daquele art.

129, a Fazenda vem sonegando a sexta parte as reclamantes, a pretexto de que

o mesmo só se aplica aos 'funcionados públicos", e não aos "servidores

públicos".

O Egrégio Tribunal Regional do Trabalho

da 2° Região, na súmula 4 determina que:

SÚMULA NP 04

SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - SEXTA-PARTE DOS VENCHWENIOS BENEFÍCIO QUE ABRANGE TODOS OS SERVIDORES E NÃO APENAS OS ESTATUTÁRIOS. (RA n° 02'05 - DJE 2-5/10/05)

O art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo,ao fazer referência a Servidor Público Estadual, não distingue o regime jurídico para efeito de aquisição de direito.

3. Tradicionalmente, sempre se

empregou a designação "senfidores públicos" como gênero que abrange,

como espécies, de um lado os "funcionários púbiloos" (servidores jegalmente

investidos em cargos da Administração direta); e, de outro lado, diferentes

agentes que também prestam serviços ao Estado, em regime temporário, em

regime especial OU no regime da CLT. Cfr., v:g, HELY LOPRES MEIRELLES,

Dir. Admin. Bras. 11° ed., pág. 340 e segs.; CELSO ANTÓNIO BANDEIRA DE

MELLO, Apontamentos sobre -os Adentes e Órgãos Públicos, 1972, pág. 8.

O que dizemos é totalmente pacífico.

Quando se faia em "servidores públicos" se está aludindo ao gênero, que

abarca as sobreditas espécies. Quando se quer restringir aos ocupantes de

Praça João Mendes, n. 42, 15°, conjunto 156— CEP 01501- — São Pau 3o — Pune 31076506

cargos públicos (com as demais peculiaridades que os assinalam), isto é,

quando se quer mencionar apenas a primeira das espécies do gênero, utiliza-se

a locução "funcionário público".

(Aliás, a expressão "servidores" é

empregada não só lato senso para indicar o gênero de que falamos, mas serve

também para distinguir, como espécie, aqueles que não são funcionários.

Opõem-se assim os "funcionários" e os "servidores".)

4. A Constituição Fedeial de 1967, no

Tit. 1, Cap. Vil, Seção Viti (art. 97 e segs.), só se ocupou dos "Funcionários

Públicos", relegando os restantes servidores para a legislação ordinária (art.

106).

á a atual Carta da República (art. 39 e

segs.) preferiu abarcar todo o gênero: Dcs Servidores Públicos Wis".

Idem, assim fazia também a

Constituição paulista de 1967, cuidando "Ocs Sen'idores Púb " em geral

(art. 92 e seas.).

Do mesmo modo a Constituição

Estadual de 1989, no art. 124 e - s.: 'Dos Servidores Públicos do Estado".

Os piincipics que ai se inscrevem são

clirigidos aos servidores públicos em geral. Não se fez, como na Carta Federal

de 1967, a dicotomia entre funcionários e restantes servidores, para deixar estes

últimos fora da Constituição.

Praça João Mendes, n. H", conjunto 156 — CEP 01.501-000 — São Paulo — Fone 31076506

n -u

o o

No presente regime constitucional

paulista, o tratamento, quanto às regras básicas, é uniforme. As diferenças

secundárias que poderão existir entre as vades categorias de servidores

somente serão aquelas possibilitadas à legislação ordinária.

Assim, verti grafia, quando o art. 126 diz

que "o servidor será aposentado" nas condições que se seguem, à evidência se

está cogitando de todos os "servidores", e não apenas dos "funcionários".

Igualmente (outro exemplo), quando o art. 134 declara que "o senado, durante o

exercício do mandato de vereador, será inamovível".

6. No referido capítulo, a nossa

Constituição utiliza terminologia um pouco variada, sem que com base nisso,

entretanto, se possa vislumbrar qualquer idéia de distinções:

O capítulo se designa "Dos Servidores

Públicos do Estado".

Depois, a paiavra "servidores", tout

court, aparece no art. 124 e §§, bem corno nos arts. 126 e §§, 130, 131, 133,

134, 137.

Os arts. 125 e 132 falam em "servidores

públicos".

Os arts. 127, 129 e 135 preferem

"servidores públicos estaduais" .

Praça João Mendes, a. 42, 15", conjunto 156—CEP tnse-oso - São Paulo — Fone 31076506

n -u

o o

06 (72

O art. 136, por fim, refere o "servidor

público civil". -o

o o

A mesma variação ressurge nas

Disposições Transitórias: "servidores civis" (art. 18); "servidores" (arts. 18, § 1°,

24, par. Único, e 25); "servidores públicos" (art. 121); "servidores públicos

estaduais" (art. 26); "servidores públicos civis" (art. 27).

Desta ou daquela maneira, se está

sempre aludindo, manifestamente, ao gênero "se- visorkiblicon.

7. O ora questionado art. 129 assegura a

sexta parte ao "servidor público estadual'. Sem sombra de dúvida, ele está

assim abrangendo os servidores temporários e celetistas. 'Caso contrário, a

Constituição diria que tal vantagem é reservada ao "funcionário público".

8. O disposto naquele art. 129 da

Constituição é produto de firme evolução histórica.

Durante muito tempo esteve presente a

idéia de que somente os "funcionários" seriam prestadores de serviços estáveis,

duradouros, cuja vicia funcional se devia reger então por "estatutos", - enquanto

os demais servidores, de permanência fugaz, deveriam ser disciplinados por leis

espediais, sintéticas, fragmentárias (temporários, precários, interinos,

extranurnerários, celetistas, contratados, pessoal de obras, etc.).

Verificou-se aos poucos, todavia, que

muitos desses servidores, que exerciam funções (per falta de cargos criados por

lei), se eternizavam no sei-vice público, em proveito do Estado, que deles

necessitava. Chegavam, inclusive, até a completar o tempo para aposentadoria.

Praça João Mendes, n. a 15' , conjunto 156— CEP 01501-000 — São Paulo— Fone 31076506

n -u

o o '■J

Diante dessa realidade, o legislador foi

aproximando o tratamento devido a funcionários e a certas categorias de

servidores.

(Promete-se agora, aliás, um tratamento

juddico_unificado para todos: CE, art. 124).

9. Escusa desdobrar todos os lances da

evolução histórica. Basta mencionar recente diploma básico sobre o assunto, a

LC no 180, de 1978.

Eia unificou, quase por inteiro, a

disciplina dos funcionários e de outros servidores, desvendando a figura da

"função-atividade permanente". Explica-o a Justificativa dessa LC 180, quando

trata do Capítulo IH:

"A criação do conceito de

função-atividade surgiu corno decorrência da necessidade

de integrar os 150,000 servklores, de forma normal e justa,

na força de trabalho do Estado, pois não se pode deixar de

reconhecer a realidade atua], ou saia, existência de

funções de natureza permanente, além de cargos".

E prossegue:,

O projeto põe fim às

discriminações ainda remanescentes, assegurando ao servidor

uma situação funcional regular, oportunidade de promoção

salarial, evolução funcional, acesso e virtualmente todas as

demais vantagens asseguradas ao funcionário, de

conformidade com a legislação e dispositivos constitucionais

vigentes ou instituídos por este projeto de lei complementar.

Praça João Mendes, n. 42, IS' , conjunto 15$— CEP 04:471-000 — São Paulo —Fone 31075506

Páginas adiante, ao tratar dos -o

servidores precários, a Justificativa reitera ainda que, "

coerente com o princípio de não permitir discriminações entre co

os elementos que prestam seus serviços ao Estado, através da

extensão, a todos, dos mesmos direitos, vantagens e

benefícios, o projeto propõe...".

10. De fato, basta passar os olhos pela

LC n° 180/78 para verificarmos que ela igualou, em direitos, deveres e

vantagens, toda a categoria dos 'servidores públicos": jornadas de trabalho (art.

70 e segs.), promoção (art. 84), sistema de pontos (art. 87 e segs.), avaliação de .

desempenho (art. 97 e segs.), sistema previdenciário (art. 132 e segs.), etc., etc.

De modo expresso, o art. 94 estendeu

também o adicionai por tempo de servico aos servidores, que até então não o

recebiam.

Quanto ao acréscimo da sexta oarte o

art. 178 da LC 180 foi obscuro, extraindo daí a Fazenda a conclusão de que a

mesma somente continuava devida aos funcionários, e não aos servidores.

OS servidores que a LC 180 considera

são, consoante o art. 205, os temporários, os extranurnerários, os interinos e os

celetistas.

11. Mencionada dúvida interpretativa do

art. 178 da LC 180 foi agora plenamente sanada peio art. 129 da Constituição:

todos os "servidores públicos estaduais", diz o art. -129, têm assegurado o

percebimento não só do adicional qüinqüenal (que já possuíam), mas também

da sexta parte. E isso é obviamente justo.

Praça João Mendes, o. 42, "unto 156— CEP 01501-800 — São Paulo—Fone 31976596

n Todos os servidores O,

indiscriminadamente, desde que, está claro, exerçam uma função permanente, > o

duradoura, que os leve a permanecer mais de vinte anos a serviço do Estado. Lo

DO PEDIDO

À vista de todo o exposto, com base na

legislação indicada e mais a que for aplicável ao caso, requerem as

reclamantes:

a) ser-lhes proclamado o direito ao

acréscimo da sexta parte dos seus vencimentos integrais (CE, art. 129), após a

entrada em vigor da atual Constituição do Estado, e desde que hajam

completado mais de vinte anos de efetivo exercido; condenando-se a reclamada

ao pagamento das diferenças atrasadas que se apurarem em execução, bem

como a apostilar os títulos dos reclamantes, para efeitos futuros.

b) Condenar-se-á, outrossim, a

reclamada ao pagamento de custas, despesas judiciais, juros da mora desde a

citação, correção monetária desde a data de cada lesão mensal, por se tratar de

crédito de natureza alimentícia e por força do art. 166 da Constituição estadual,

bem como condenada ao pagamento de honorários advocaticios na base de

vinte por cento do que se apurar na liquidação judicial de atrasados.

Finalmente, que seja concedido as

reclamantes os benefícios da Assistência Judfcaria, juntando como proVa,

°"declaração de pobreza" (do,c,09 e 10), demonstrando, efetivamente quanto é

a renda pessoal e a renda familiar dos reclamantes requerentes, declaração

essa, firmada nos termos da lei n. 7.115/83.

Praça João Mendes, n. 5' conjunto 155— CEP 01501-009 — São Paulo — Fone31076506

Citada a reclamada por oficiai de

justiça para contestar esta ação e acompanhá-la até final, pena de revelia

requer por todos os meios de prova em Direito admitidos para a demonstração

do alegado.

Exclusivamente para efeitos fiscais e de

alçada, dão a esta o valor de R$ 7.000,00 (sete mil reais).

Nestes Termos,

Pede deferimento.

São Paulo, 21 de novembro de 2008.

(

) O .; 1 r- i,.

-1À--,,L,,9J7-2- rairc, 3?-,„:-.,nri- tt-o--\-x,'",---- Regiam Ferreira da Silva

Advogada OAB/SP 174.032

n -u

o

Prata. João Mendes, n. 42, 15" , conjunto 156 — CEP 01501400— São Paula — Fane 31076506

n -o

o

TERMO DE AUDIÊNCIA Autos do processo n° 02559-2008-059-02-00-2

Em 08/0612009, às 17h3Omin, na Sala de Audiência da 59a Vara Trabalhista de São Paulo, foram, pela ordem da Juíza do Trabalho JULIANA DA CUNHA RODRIGUES, apregoados os seguintes litigantes:. Jacira Bueno Santana e Tania Cristina Hortega Rogel, reclamantes, e Fazenda Pública do Estado de São Paulo, reclamada. Partes ausentes. Proposta final de conciliação prejudicada.

I. Relatório.

Jacira Bueno Santana e Tania Cristina Hortega Rogel ajuizaram ação trabalhista em face de Fazenda Pública do Estado de São Paulo, em que postulam sexta parte.

A reclamada apresentou contestação com preliminar de falta de interesse de agir. Nega que a 1a reclamante tenha completado os 20 anos para a aquisição do direito. Destaca que as reclamantes não são servidoras estatutárias. Sustenta que a sexta parte não é devida a servidores celetistas. Com as cautelas de praxe, aguarda a improcedência das pretensões.

Manifestação das reclamantes sobre defesa e documentos às fls. 67-69. Designado julgamento para a presente data às fls. 62.

II. Fundamentação.

Preliminar

Interesse de agir A demanda atende ao binômio necessidade-utilidade (interesse de agir).

Preenchida a condição da ação, rejeito a preliminar.

Prejudicial de mérito Prescrição qüinqüenal Declaro prescritas as verbas anteriores a 28/11/08, com fulcro no art. 7,

inc. XXIX, da CF/88 (Sum. 308 do TST).

Mérito Sexta parte Em primeiro lugar, vale lembrar o que preceitua o art. 124 da

Constituição do Estado de São Paulo: - "Os servidores da administração pública direta, das autarquias e das

fundações instituídas pelo Poder Público terão regime jurídico único e planos de carreira". Tal dispositivo inclui como servidores públicos estaduais aqueles

contratados pela fazenda pública estadual, tal qual a reclamada, ente público integrante da Administração Direta estadual.

Nó seu art. 115, inciso I também há referência aos "cargos, empregos e funções públicas". Deste, decorre a interpretação de que- o servidor público abrange todos os trabalhadores estaduais.

A expressão "servidor público" tem significado amplo abrangendo tanto os funcionários como os empregados públicos. E, nesse aspecto, a

Constituição Estadual adotou o mesmo tratamento da Constituição Federal dado aos servidores.

Assim, conclui-se que as autoras são servidoras publicas estaduais e para ela o art. 129 da Constituição Estadual garante:

"Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por quinquênio, e vedada a sua limitação, bem como a sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto do art. 115, XVI, desta Constituição." Logo, se- o legislador constitucional não restringiu o direito ao adicional

da sexta-parte apenas aos "funcionários públicos", não cabe ao intérprete-faz-e-lo.

Nesse sentido, também pacificou a Súmula 04 do TRT da 2a Região: "SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - SEXTA-PARTE DOS VENCIMENTOS - BENEFÍCIO QUE ABRANGE TODOS OS SERVIDORES E NÃO APENAS OS ESTATUTÁRIOS. O art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo, ao fazer referência a Servidor Público Estadual, não distingue o regime jurídico para efeito de aquisição de direito". As autoras, portanto, têm direito ao adicional de sexta-parte dos seus

vencimentos integrais, consideradas todas as verbas de natureza salarial, excluídos outros adicionais por tempo de serviço, a ser computado a partir do mês imediatamente posterior ao vinteno.

Vale esclarecer que, embora à época do ajüizamento da presente demanda, a 1a 'reclamante não havia completado o período necessário para a aquisição do direito previsto no art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo, em razão da sua admissão em 08/05/1989, vislumbra-se que, durante o transcorrer da instrução processual e até a data da prolação desta sentença, o requisito foi preenchido, razão pela qual não há de se falar em improcedência do pleito.

Dessa forma, defiro às autoras a sexta-parte dos seus vencimentos integrais, excluídos da base de cálculo outros adicionais por tempo de serviço, a ser computado a partir do mês imediatamente posterior ao vinteno (observados os estritos limites do pedido).

Deverá a reclamada incluir a sexta parte e reflexos nas folhas de pagamento e nos recibos salariais das autoras, a contar de 30 dias após o trânsito em julgado da presente sentença, sob pena de pagamento de multa diária no importe de R$ 200,00 (por reclamante) até a data do efetivo cumprimento da medida (exegese do § 4° do art. 461 da CLT).

Justiça Gratuita Ante as declarações firmadas (fls. 21-22), concedo à parte autora os

benefícios da gratuidade da prestação jurisdicional nos termos do art. 790, § 3° da CLT.

Honorários Advocatícios Indevidos uma vez que não se encontram preenchidos os requisitos

autorizadores para a sua concessão (Sum. 219 e 329 e OJ. 305 da SDI-1, todos do C. TST).

n -o

o 1-• NJ

Juros de Mora e Correção Monetária Os juros moratórios devem ser calculados a contar da propositura da

ação (art. 883 da CLT e Sum. 200 do TST). A correção monetária deve ser computada observando-se as épocas próprias, assim consideradas os vencimentos de cada parcela (Sum: 381 do TST), ressalvadas as pardelas rescisórias e FGTS que possuem regulamentação própria, e, por isso, a época própria deve ser observada em conformidade com a data de exigibilidade prevista nas leis específicas.

Revendo entendimento anterior, entendo aplicável à reclamada (fazenda pública do Estado de São Paulo) os juros reduzidos de 6% ao ano, conforme previsão da Orientação Jurisprudencial n° 07 do Tribunal Pleno do TST:

"7. Precatório. Juros de mora. Condenação da fazenda pública. Lei n° 9.494, de 10.09.1997, Art. 1°- F. (DJ. 25.04.2007) São aplicáveis, nas condenações impostas à Fazenda Pública, os juros de mora de 0,5% (meio por cento) ao mês, a partir de setembro de 2001, conforme determina o art. 1°-F da Lei n° 9.494, de 10.09.1997, introduzido pela Medida Provisória n° 2.180-35, de 24.08.01, procedendo-se a adequação do montante da condenação a essa limitação legal, ainda que em sede de precatório".

Descontos Previdenciários e Fiscais Os descontos fiscais deverão ser recolhidos e comprovados pela parte

ré, depois de apurados discriminadamente, atentando-se que o imposto de renda é incidente sobre o crédito, de uma só vez, na data em que o importe se tornar disponível, nos termos do art. 46 da Lei n. 8541/92 e dos arts. 1° e 2° do Provimento 01/96 da CGJT. Depois de comprovados, deverão ser descontados do crédito da parte autora. A parte ré deverá também comprovar o recolhimento das contribuições previdenciárias devidas por empregado e empregador, incidentes mês a mês, observando o limite máximo do salário de contribuição (art. 198 do Dec. 3048/99) e retendo as importâncias correspondentes às contribuições devidas pela parte autora (art. 3° do Provimento CG/TST n. 01/96), sob pena de execução direta pela quantia equivalente (art. 114, VIII, da CF/88). Entendimento da Súmula 368 do C. TST. As parcelas ora deferidas têm natureza salarial.

III. Conclusão.

Isso posto, rejeitando os demais pedidos, ACOLHO EM PARTE os pedidos formulados por Jacira Bueno Santana e Tania Cristina Hortega Rogel em face de Fazenda Pública do Estado de São Paulo, para, observada a prescrição declarada, condenar a reclamada a pagar às reclamantes, conforme os parâmetros definidos na fundarhentação:

- sexta parte. Concedo à parte autora os benefícios da gratuidade da prestação

jurisdicional (art. 790, § 3° da CLT). Deverá a reclamada incluir a sexta parte e reflexos nas folhas de

pagamento e nos recibos salariais das autoras, a contar de 30 dias após o trânsito em julgado da presente sentença, sob pena de pagamento de muita diária no importe de R$ 200,00 (por reclamante) até a data do efetivo

n -u

o

cumprimento da medida. Os valores ilíquidos deverão ser apurados em liquidação de sentença

por cálculos. Os juros moratórios devem ser calculados a contar da propositura da

ação (art. 883 da CLT e Sum. 200 do C. TST). A correção monetária deve ser computada observando-se as épocas próprias, assim consideradas os vencimentos de cada parcela (art. 39, Lei 8177/91 e Sum. 381 do C. TST). À Fazenda Pública do Estado de São Paulo se aplicam os juros reduzidos de 6% ao ano.

Os descontos fiscais deverão ser recolhidos e comprovados pela parte ré, depois de apurados discriminadamente, atentando-se que o imposto de renda é incidente sobre o crédito, de uma só vez, na data em que o importe se tornar disponível, nos termos do art. 46 da Lei n. 8541/92 e dos arts. 1° e 2° do Provimento 01/96 da CGJT. Depois de comprovados, deverão ser descontados do crédito da parte autora. A parte ré deverá também comprovar o recolhimento das contribuições previdenciárias devidas por empregado e empregador, incidentes mês a mês, observando o limite máximo do salário de contribuição (art. 198 do Dec. 3048/99) e retendo as importâncias correspondentes às contribuições devidas pela parte autora (art. 3° do Provimento CG/TST n. 01/96), sob pena de execução direta pela quantia equivalente (art. 114, VIII, da CF/88). Entendimento da Súmula 368 do C. TST. As parcelas ora deferidas têm natureza salarial.

Custas pela reclamada, calculadas sobre o valor ora arbitrado de R$ 10.000,00, no importe de R$ 200,00, isenta na forma do art. 790-A da CLT.

Intimem-se as partes. Dispensada a remessa necessária nos termos da Súmula 303 do TST. Cumpra-se.

JULIANA DA' CUNHA RODRIGUES Juíza do Trabalho Substituta

n -u

o

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

n

EXCELENTÍSSIMO SENHOR JUIZ DO TRABALHO DA 441 VARA DO

-o

TRABALHO DA COMARCA DE SAO PAULO (SP) :h- o

Proc. n. 02559 2008 059 02 00 2 JACIRA BUENO SANTANA e outra

X FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO

FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO, por sua representante judicial (CF, art. 132), ante os termos da sentença prolatada nos autos da reclamação trabalhista movida por JACIRA BUENO SANTANA e outra, vem, à presença de V. Exa. interpor RECURSO ORDINÁRIO, consubstanciado nas razões que oferece anexas.

Posto isso, requer a V. Exa digne-se receber o recurso e, ao final, ordene a remessa ao Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 2.a Região - São Paulo (SP) para fins de conhecimento e total provimento.

Termos em que, Pede deferimento.

São Paulo, 27 de julho de 2009.

Maria Ceeilia, Fontana Saez Procuradord:do thado de São Paulo OAB/SP n° 149.279

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

RAZÕES DE RECURSO ORDINÁRIO

Recorrente : FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO Recorrida : JACIRA BUENO SANTANA e outra

Egrégio Tribunal, Doutos Julgadores:

No presente caso, o MM. Juízo a quo acolheu a prescrição qüinqüenal declarada, julgou procedente em parte os pedidos formulados na presente reclamação trabalhista e, por conseguinte, condenou a FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, a pagar às reclamantes a sexta parte de suas remunerações, parcelas vencidas e vincendas, excluídos outros adicionais por tempo de serviço e seus reflexos. Ademais, determinou que 30 dias após o transito em julgado, deverá inserir em folha o pagamento da sexta-parte, sob pena de multa diária no valor de R$ 200,00.

Todavia, tal entendimento não merece prosperar, posto que a Constituição Estadual faz distinção entre os denominados Servidores Públicos Civis, e Servidores Civis Utiliza-se da expressão Servidores, quando se refere de modo genérico a todos os servidores do Estado. Porém, quando quer se referir aos funcionários públicos, propriamente ditos utiliza-se da expressão servidores públicos civis.

De acordo com Maria Sylvia Zanella Di Pietro, em Direito Administrativo, 8' edição, p. Pág. 355:

"São servidores publicOs, em sentido amplo, as pessoas físicas que prestam serviços ao Estado e às entidades da Administração indireta, com vinculo empregatício e mediante remuneração paga pelos cofres públicos. Compreendem: 1. os servidores estatutários, sujeitos ao regime estatutário e ocupantes de cargos públicos;

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2. os empregados públicos , contratados sob o regime da legislação trabalhista e ocupantes de emprego público; 3. os servidores temporários, contratados por tempo detei.minado para atender a necessidade temporária de excepci,nai. IMeresse pjfblico ( art. 37, IX, da Constituição) ; eles exercem função, sem estarem vinculados a cargo ou emprego público. Os da primeira categoria submetem-se a regime estatutário, estabelecido em lei por cada uma das unidades da federação e modificável unilateralmente, desde que respeitados os direitos já adquiridos pelo funcionário. Quando nomeados, eles ingressam numa situação jurídica previamente definida, à qual se submetem com o ato da posse; não há possibilidade de qualquer modificação das noimas vigentes por meio de contrato, ainda que com a concordância da Administração e do funcionário, porque se trata de normas de ordem pública, cogentes, não derrogáveis pelas partes. Os da segunda Categoria são contratados sob regime da legislação trabalhista que é aplicável com as alterações decorrentes da Constituição Federal; não podem Estados e Municípios derrogar outras normas da legislação trabalhista, já que não têm competência para legislar sobre direito do trabalho, reservada privativamente à União ( art. 22, I, da Constituição)

Já o art. 3° da Lei 10.261, de 1968 , diz:

"'Funcionário Público, para os fins deste Estatuto, é a pessoa legalmente investida em cargo público."

No caso "sub judice", as reclamantes para. terem direito ao recebimento da sexta parte teriam que ser servidoras estatutárias. Todavia, as reclamantes foram contratadas pelo regime da CLT, sendo, portanto, "celetista".

Ora, se o funcionário público hão tem direito a FGTS, seguro desemprego bem como outros beneficios concedidos SOI11CritC: aos celetistas, porque o inverso estaria correto?

Portanto, é insustentável o argumento de que a Constituição Estadual ao utilizar a expressão servidor público em seu

art. 129, conferiu a vantagem da sexta parte a todos os que tinham vínculo com o Estado à data de sua promulgação. Ressalve-se que tal

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artigo cingiu-se a fixar o tempo para a aquisição dessa vantagem e, portanto, cabe à lei compleinentar dispor sobre seus beneficiários e

outras condições.

a art. 129 assegurou ao servidor publico percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo por qüinqüênio e vetando sua limitação, bem como a sexta parte dos vencimentos integi ais, concedida aos 20 anos de efetivo exercício, que se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos.

Portanto, a Constituição Estadual não deferiu tal direito ao agente contratado sob a CLT ou em caráter temporário

Realmente, a sexta parte dos vencimentos é vantagem somente assegurada aos servidores estatutários (artigo 92, III, da Constituição Estadual de 1967, e artigo 178 da LC 180/78). Ademais, o próprio fato de o artigo 23 das Disposições Transitórias da Constituição do Estado mandar aplicar aos extranumerários todas as vantagens pecuniárias concedidas aos que, exercendo idênticas funções, foram beneficiados pelas disposições da Constituição Federal de 1967, já significa que as vantagens previstas na Constituição de 1989 não foram automaticamente estendidas a todas as categorias de servidores. Caso contrário, o referido art. 23 seria inócuo.

Observe-se neste sentido, o julgado proferido pelo E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, apelação civil n° 101.598-1:

"Salientou-se ainda no v. acórdão da Colenda 6a Camara, agora invocado , é que diz a apelação n° 83.003-1 que a circunstância de vir a sexta parte prevista na Constituição local, não significa que todas as categorias de funcionários públicos estaduais devessem tê-la. Tal dispositivo da Constituição Paulista não fez senão dispor sobre o tempo de efetivo exercício público para adquiri:- 1a."

Há ainda, outro argumento, tambéin decisivo, para impedir a extensão automática do artigo 129 ao servidores "temporários" e aos celetistas: é o que o artigo 169, parágrafo único, da Constituição Federal determina:

"A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração , a criação de cargos ou alteração de estrutura de carreira , a bem como a admissão de

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pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas: 1-- se iic;uver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; II — se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista."

Não há dúvidas de que este preceito é obrigatório para os Estados, tendo em vista que o "caput" estabelece limitações quanto à despesa com "pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.". Também não há dúvida de que a norma vincula o constituinte estadual, pois este dispõe apenas do poder constituinte derivado, ou seja, subordinado aos preceitos obrigatórios da Constituição Federal.

Isto não significa que as normas da Constituição Estadual que previram vantagens pecuniárias sejam inconstitucionais, apenas que não são auto-aplicáveis, porque dependem do prévio atendimento das exigências contidas no art. 169, parágrafo único da Constituição Federal.

Mesmo que não houvesse exigência constitucional nesse sentido, não se poderia conceber que vantagens pecuniárias fossem instituídas, para imediata aplicação, sem indicação dos recursos orçamentários cabíveis , e sem prévia verificação de que a sua criação não implicaria despesa com pessoal em montante superior ao estabelecido pelo artigo 169, c/c o artigo 38 das Disposições Transitórias.

Assim, o artigo 129 da Constituição do Estado não instituiu vantagem nova, apenas alterou o prazo de concessão do beneficio , para os que já eram seus destinatários. Nada impede, porém, que "de lege ferendd', a ensejo da instituição cio regime jurídico único, venha a sexta parte a ser estendida aos servidores em geral, porém sem o cunho da garantia constitucional.

Em conseqüência, o beneficio da sexta parte continua a ser vantagem conferida, exclusivamente aos servidores estatutários que ostentam a qualidade de funcionário.

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Seguindo idêntico posicionamento, manifestou-se o Tribunal Regional do Trabalho,' Acórdão n. 20060934691, DJ 16/11/2006 Juiz Relator Marcelo Freire Gonçalves, ao tratar da vantagem denominada licença-prémio e aquela denominada sexta-parte:

" Os servidores contratados sob o regime da CLT não fazem jus ao benefício da licença-prêmio por falta de expressa disposição de lei estadual nesse sentido.

A licença prêmio pretendida encontra suporte na Lei 10.261, de 28.10.68 - Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de . São Paulo - que, em seu Artigo 209, dispõe ser direito do funcionário, como prêmio de assiduidade, a licença de 90 (noventa) dias em cada período de 5 (cinco) anos de exercício inintel I apto, em que não haja sofrido qualquer penalidade administrativa.

O Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo só se aplica aos servidores estatutários, não cabendo combinar vantagens da legislação trabalhista com aquelas exclusivas dos estatutários sem que haja, para isso, expressa disposição legal nesse sentido.

Incontroverso nos autos que o impetrante foi admitido, sob o regime da CLT, em agosto de 1982.

Dessa forma, impossível a concessão da licença-prêmio haja vista o que dispõe a Lei 200, de 13.05.74, a qual:

"Revoga leis que concedem complementação de aposentadorias, pensões e outras vantagens, de qualquer natureza, aos empregados sob o regime da legislação trabalhista", em seu parágrafo único:

"Os atuais beneficiários e os empregados admitidos até a data da vigência desta Lei, ficam com seus direitos ressalvados, continuando a fazer jus aos benefícios decorrentes da legislação ora revogada."

Assim sendo, a norma a acima referenciada revogou expressamente todas as disposições, gerais ou especiais, que concedessem vantagens de qualquer natureza, pelo Estado, aos empregados sob o regime da legislação trabalhista, ressalvando apenas os direitos dos empregados admitidos até a data da sua vigência, o que não é O caso do impetrante, uma vez que foi

admitido após 13/ 05/ 1974.

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o NJ o

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Pelo exposto, não há que se falar em violação ao princípio da igualdade, mas sim em observância ao princípio da legalidade administrativa (art. 39 da Constituição Federal/8S), não fazendo jus á ora recorrido

ekit pcir‘rcisên.c.2t-rz de expressa disposição de lei a amparar a sua pretensão.

Ora, no caso "sub Judite", a reclamante para ter direito ao recebimento da licença prêmio e a vantagem denominada sexta-parte teria que ser servidora estatutária" ( grifo nosso)

Note-se que, caso pretendesse conceder vantagem denominada sexta-parte ao reclamante celetista, o constituinte estadual assim o teria feito nas Disposições Transitórias, tal como fez com os extranumerários, no artigo 23. Neste sentido manifestou-se o Tribunal Superior do Trabalho, nos autos TST-AIRR-2760/2000-061-02-04, DJ 13/10/2006, 3 Turma, Ministra Relatora Maria Cristina Irigoyen Peduzzi, cujo analise do mérito segue transcrita:

" II MÉRITO

O Eg. Tribunal Regional do Trabalho da 2' Região, no acórdão de fls.60/ 61, negou provimento ao Recurso Ordinário do Reclamante, mantendo a sentença que não reconheceu o direito à licença prêmio previsto no artigo 209 do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo. Consignando: Pretende o autor lhe seja estendido o direito à licença prêmio previsto no artigo 209 do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo. Todavia, ele próprio admite que é empregado público da entidade autárquica reclamada, categoria de trabalhador que, à toda evidência, não foi contemplada pela norma em destaque, somente aplicável aos servidores estatutários, ou seja, aqueles que, mediante nomeação na forma da lei, ocupam cargos públicos. Nem se alegue que a Lei Complementar n° 180, de 12/ 05/ 78, cujo objetivo, dentre outros, foi instituir a gratificação natalina aos funcionários estatutários, teria legitimado a possibilidade de se efetivar esta extensão, ao considerar como servidores as

diversas modalidades de trabalhadores arroladas em seu artigo 205.

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o NJ 1-•

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Na verdade, conforme bem observado pela reclamada (fls. 27), olvidou-se o reclamante de considerar o disposto no § 3° do referido dispositivo, no qual foram explicitamente excepei,;;;;LaJEr.---: stryrii;Jias MO os regimes celetista e estatutário não se confundem, e a reclamada é entidade autárquica estadual, cujos atos, necessariamente, são vinculados ao princípio da legalidade, o autor somente faria jus à vantagem apontada na peça de ingresso se existisse disposição legal expressa em tal' sentida, o que não se verifica. Via de conseqüência, correto o julgado primário que julgou improcedente a reclamatória, sendo irnprosperáveis todos os argumentos recursais em sentido contrário. Pelo exposto, NEGO PROVIMENTO ao apelo para manter integralmente a r.sentença de origem " ( GN)

Sintetizando, o art. 129 não instituiu vantagem nova, apenas alterou a existente, para os que já eram seus destinatários.

Contudo, enquanto não existir lei, o vínculo das reclamantes peimanecerão na foima em que se encontra, inclusive com as vantagens do art. 7° da CF, se celetista, sob pena de ser criado sistema híbrido, com sobreposicão de benefícios.

Com efeito, a vantagem, de perceber a sexta parte continua exclusiva dos estatutários face ao disposto no artigo 130 do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo.

Como as reclamantes não fazem jus ao pedido principal, não tem também direto aos acessórios, de foima que incabível a condenação ao pagamento de seus reflexos em décimo terceiro salário, férias mais um terço, depósitos fundiários, assim como, da condenação de apostilamento dos direitos nos títulos das autoras.

Ainda que devido referido beneficio, o que se admite apenas por amor à argumentação, não incidiria sobre a totalidadp dos vencimentos das autoras.

Por se encontrar a Administração Pública adstrita à observãncia ao principio da legalidade, ao contrário do entendimento que vem sugerir as reclamantes, não se pode dar a

expressão "vencimentos", empregada no art. 129 da Constituição do Estado de São Paulo, a inteipretaçã.o de "compreender" todas e

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o NJ NJ

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quaisquer verbas, independentemente da respectiva lei instituidora da verba.

csc-e ,- C1G, nota- se que a pretousão das reclamantes no sentido de incidência "sexta-parte" sobre a totalidade da remuneração que percebe, independentemente da origem e natureza legal de cada verba, não encontra amparo legal, ao contrário, trata-se de pretensão que encontra óbice no princípio da legalidade, expressamente previsto no art. 37, caput, da Constituição Federal.

Desta forma, caso ainda se entendesse possível a pretensão das autoras, sendo ela servidora, sua remuneração, necessária e obrigatoriamente, é instituída por lei em função do que detelmina a Constituição.

De fato, como se pode observar, por expressa e literal disposição da Constituição Federal (art. 39, inc. X, e 61, § 1°, inc. II, letra "a"), a Administração Pública Estadual só pode dispor sobre remuneração de seus servidores por lei específica e de iniciativa do executivo_

Cumpre salientar que em cumprimento ao disposto no texto constitucional, foi editada a Lei Complementar número 101/2000 que estabelece normas de finanças públicas voltadas para a responsabilidade na gestão fiscal, a qual os Estados-membros estão obrigados a dar fiel cumprimento, devendo, portanto, ater-se aos limites ali previstos para gastos com despesas de pessoal.

Nos te os do Artigo 16 da Lei de Responsabilidade Fiscal, a criação, expansão ou aperfeiçoamento de ação governamental que acarrete aumento da despesa será acompanhado de:

I - estimativa do impacto orçamentário-financeiro no exercício em que deva entrar em vigor e nos dois subseqüentes; II - declaracão do ordenados da despesa de que o aumento tem adequação orçamentária e financeira com a lei orçamentária anual e compatibilidade com o plano plurianual e com a lei de diretrizes orçamentárias.

Dispõe, ainda, a Lei de Responsabilidade Fiscal

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o NJ LAJ

que:

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"Art.18. Para os efeitos desta lei Complementar, entende-se -o

como despesa total de pessoal: o somatório dos gastos da o Federação com os ativos, os inativos e os pensionistas, NJ

relativos a mandatos eletivos, cargos, funções ou empregos, civis, militi,,:,-s e de membros de Poder, com quaisquer espécies remuneratórias, tais como vencimentos e vantagens, fixas e variáveis, subsídios, proventos da aposentadoria, reformas e pensões, inclusive adicionais, gratificações, horas extras e vantagens pessoais de qualquer natureza, . bem como encargos- sociais-, e contribuições recolhidas pelo ente as entidades de previdência".

"Art. 19. Para os fins do disposto no caput do art. 169 da Constituição, a despesa total com pessoal, em cada período de apuração e em cada ente da Federação, não poderá exceder os percentuais da receita corrente liquida, a seguir discriminados: I - União: 50% (cinqüenta por cento); II - Estados: 60% (sessenta por cento); III - Municípios: 60% (sessenta por cento).

Os Artigos 15 e 21 da Lei de Responsabilidade Fiscal prescrevem, respectivamente, que:

"Art. 15. Serão consideradas não autorizadas, irregulares e lesivas ao património público a geração de despesa ou assunção de obrigação que não atendam o disposto nos arts. 16 e 17".

"Art_ 21. É nulo de pleno direito o ato que provoque aumento da despesa Com pessoal e não atenda: I - as exigências dos arts. 16 e 17 desta Lei Complementar, e o disposto no inciso XIII do art. 37 e no § 1-Q do art. 169 da Constituição; II - o limite legal de comprometimento' aplicado às despesas com pessoal inativo".

Portanto, à luz dos dispositivos acima mencionados, conclui-se que eventual ato administrativo que encampasse a tese defendida pelas reclamantes encontraria óbice intransponível, seja na Constituição Federal, seja Constituição Estadual

ou na Lei de Responsabilidade Fiscal, razão porque não há. prevalecer qualquer exegese que determine ao Estado o deferimento do pleito foimulado pelas autoras.

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o NJ Ul

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Não se pode olvidar, por fim, a Emenda Constitucional n° 45 extinguiu o poder noimativo da Justiça do Trabalho, sendo inviável a satisfação da pretensão do reclamante sob pena de afronta ao parágrafo 2° do artigo 174 da Constituição Federal

brasileira.

A via judicial, em função do princípio da reserva legal, e também, da separação de poderes, não se presta à

concessão do pedido.

O Supremo Tribunal Federal na Súmula 339

estabeleceu:

"Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, aumentar vencimentos de Servidores Públicos sob fundamento de Isonomia".

Incabível, ademais, a determinação do apostilamento no prazo de 8 dias, sob pena de multa diária.

A implantação em folha de pagamento depende da competente execução da obrigação de fazer, em respeito ao princípio da legalidade (CF, art. 37, caput), assim como à

necessária observãncia dos trâmites administrativos, razão pela qual se demonstra exíguo o prazo concedido pela sentença

recorrida.

Por outro lado, a multa diária deferida pela r. sentença é inaplicável a esta recorrente, por incompatível com os procedimentos a que submete a Administração Pública. Neste sentido é decisão do E. TRT abaixo transcrita:

ACÓRDÃO N°: 20080244623 N° de Pauta:160 PROCESSO TRT/SP N°: 01338200505002007 RECURSO EX-OFFICIO E ORDINARIO - 50 VT de São Paulo RECORRENTE: 1. VT E FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO

2. HITOSSHI ANDO RECORRIDO: CIA PAULISTA TRENS METROPOLITANOS CPTM

ACORDAM os Juízes da 11' TURMA do Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região em: por unanimidade de votos, NEGAR PROVIMENTO ao recurso ordinário dos reclamantes. Por igual votação, DAR PROVIMENTO PARCIAL ao recurso voluntário / ex

officio, para excluir a previsão de multa diária relativamente ao

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cumprimento da obrigação de fazer imposta à Fazenda Pública e para isentá-la do recolhimento de custas, nos termos da fundamentação. Manter o valor atribuído à condenação, para todos os efeitos. e as custas arbitradas pelo Juízo "a Gruo".

"...Quando a ordem judicial deve ser cumprida pelo particular, por certo as astreintes se mostram penalidade apta a convencer o vencido a dar pronto cumprimento à. ordem judicial, pois, como ensina o E. Jurista Francisco Antonio de Oliveira, "... correspondem a uma coação de caráter econõmico no sentido de influírem no tinimo do devedor, psicologicamente, para que cumpra prestação que se nega a cumprir. Pode-se mesmo dizer que consiste na combinação de tempo e dinheiro. (...). Em não tendo as astreintes qualquer ligação com multa ou cláusula penal (Dec. 22.626/33 e art. 412 do CC/ 2002), poderão aumentar indefinidamente, podendo atingir proporções que de muito ultrapassem o valor do principal. Mas esse é o objetivo, posto que a pressão pecuniária deverá ser de tal intensidade que o devedor recalcitrante resolve não correr qualquer risco (custo/ beneficio)." (in Ação Civil Pública: Enfoques Trabalhistas-Doutrina, Jurisprudência, Legislação- 2a ed, S.Paulo- Ed.Revista dos Tribunais -2003- pag. 78).

No entanto, quando a determinação deve ser cumprida por agente público, quem responde pela penalidade é a Fazenda Pública, que destinará recursos da arrecadação tributária para pagamento da multa, o que significa, ao fim e ao. cabo, que-pela multa responderá o contribuinte, inclusive os autores.

Nesse passo, o elemento de pressão das astreintes, não é exercido sobre agente ou administrador público, vez que não . responderá

pessoalmente pelo retardo no cumprimento da determinação judicial, o que acaba por atingir o seu fim, o temor de prejuízo pecuniário que é o fundamento da cominação, afetando, de corolário, o aspecto coativo que justifica a imposição de astreintes .

Ademais, inexiste previsão constitucional para tal intervenção do Judiciário em relação às receitas dos Entes Públicos, sendo que a medida em questão sacrifica o erário sem nenhum proveito prático, cabendo sanções penais e disciplinares contra o agente público renitente.

Refonitc."

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o Ni o.'

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Do prequestionamento expresso -o

NJ A Fazenda do Estado de São Paulo, com apoio no artigo 515, parágrafo primeiro do CPC e, na Súmula 282, do STF, prequestiona a segai', dc: modo claro, expresso e direito, as ofensas diretas e frontais à Constituição Federal e a negativa de vigência às leis federais, requerendo formal e expressamente que o v. acórdão ventile todas as questões alinhadas a seguir:

I- CONTRARIEDADE À CONSTITUIÇÃO FEDERAL: artigo 37, "caput", artigo 39, artigo 61, § 1°, inc. II, artigo 169, parágrafo 1°, incisos I e II.

II- NEGATIVA DE VIGENCIA DE LEI FEDERAL: Lei de Responsabilidade Fiscal;

Evidente ainda, a violação do artigo 129 da Constituição Estadual.

Posto isso, a FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO requer a esse Egrégio Tribunal digne-se conhecer do presente recurso para, ao final, dar-lhe provimento acolher a improcedência dos pedidos

São Paulo, 27 de julho de 2009.

C\ Maria Cecilia Ponta:na Saez Procuraddra do Estãdo de São Paulo OAB/SP n° 149.279

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MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO -2' REGIÃO

RECURSO ORDINÁRIO

AUTOS DO PROCESSO n.2. 02559.2.008.059.02.00-2 (592 Vara do Trabalho de São Paulo - SP)

Recorrente: JACIRA BUENO SANTANA

Recorrente: TÂNIA CRISTINA HORTEGA ROGEL

Recorrente: FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

PARECER

— RELATÓRIO

Recurso Ordinário interposto pela reclamante, objetivando a reforma da sentença que

indeferiu o pedido de honorários advocatícios. Recorre também a reclamada, objetivando a reforma

da sentença que a condenou ao pagamento do adicional por tempo de serviço referente à sexta -

parte. Presentes os pressupostos de admissibilidade recursal. Pelo conhecimento.

II- MÉRITO

Sexta-parte

SEXTA-PARTE DOS VENCIMENTOS INTEGRAIS, APÓS VINTE ANOS DE

EXERCÍCIO. SERVIDOR PÚBLICO CELETISTA. APLICAÇÃO.

Dispõe o artigo 129 da Constituição Estadual:

"Ao servidor público estadual é assegurado o percebimento do adicional de tempo de

serviço, concedido no mínimo por quinquênio, e vedada a sua limitação, bem como a

sexta-parte dos vencimentos integrais, concedida aos vinte anos de efetivo exercício, que

se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos, observado o disposto no art. 115,

XVI, desta Constituição."

Referido dispositivo, ao impor o pagamento da gratificação correspondente à sexta-

parte dos vencimentos integrais aos servidores públicos, automaticamente, estendeu-a tanto aos

funcionários como aos empregados públicos, espécies do gênero servidor.

Ao comentar o artigo 72 da CLT, a respeito dos servidores públicos, doutrina Valentin

Carrion:

"servidores públicos da União, Estado-Membro ou Município e das entidades por eles

criadas podem ser, em princípio, funcionários públicos, empregados públicos ou

exercentes de funções em comissão. 2/

-o

COo

CO

É o parecer.

Saio Pau142- sou /-L!

Medes Wier ~micra do Tathilig,

faseCpnlenadnra -

MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO

PROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO - P REGIÃO

A CF de 1988 evitou o vocábulo 'funcionário' e adotou exclusivamente o de `servidor; mas

refere-se constantemente a cargos, empregos e funções (arts. 37 e 38), denunciando a

distinção.

Os funcionários públicos são investidos em carga público, criado por lei; regem-se pelas

normas de direito administrativo,. unilateralmente impostas pelo Poder Público, que

constituem o respectivo estatuto dos funcionários públicos da União, do Estado ou do

Município, e que estão entretanto subordinadas às normas e princípios da CF (art. 37).

Os empregados públicos mantêm com qualquer entidade estatal relação de emprega

disciplinada pelo Direito do Trabalho, materializado na CLT e nas demais normas laborais

da atividade privada; seus princípios são os do direito privado, de índole contratual, apesar

do grande volume de normas cogentes; apenas a União tem competência para legislai'

sobre direito de trabalho; empregados públicos são os servidores lato sensu, comumente

chamados celetistas." (Comentários à Consolidação das Leis do Trabálho. São Paulo:

Saraiva, 2000, 252 edição, p. 54/55).

Assim, a aplicabilidade do dispositivo atinge os servidores públicos lato sensu e não

apenas os funcionários públicos.

Destarte, tendo a parte autora, na qualidade de servidora pública regida pelo regime

cdlefista, já completado vinte anos de efetivo exercício, condição legal para percepção da vantagem,

manifesta-se legítimo o reconhecimento do direito.

Para corroborar este entendimento, pede-se vênia para transcrever a súmula n9 04,

deste Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da 2@. Região:

SÚMULA DE JURISPRUDÊNCIA DO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2e REGIÃO - N 2

004: SERVIDOR PÚBLICO ESTADUAL - SEXTA-PARTE DOS VENCIMENTOS - BENEFÍCIO QUE

ABRANGE TODOS OS SERVIDORES E NÃO APENAS OS ESTATUTÁRIOS. O ART. 129 DA

CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO, AO FAZER REFERÊNCIA A SERVIDOR PÚBLICO

ESTADUAL, NÃO DISTINGUE O REGIME JURÍDICO PARA EFEITO DE AQUISIÇÃO DE DIREITO.

Sala de Sessões 28 de setembro de 2005.

Também no Tribunal Superior do Trabalho há precedentes em favor da autora, como o

que segue:

RECURSO DE REVISTA DA RECLAMADA. INCORPORAÇÃO DA PARCELA QUINQUÊNIO. ART.

129 DA CONSTITUIÇÃO DO ESTADO DE SÃO PAULO. APLICAÇÃO. SERVIDOR REGIDO PELA

CLT. O artigo 129 da Constituição Estadual de São Paulo, quando se referiu a servidor

público estadual, não distinguiu, nesta oportunidade, os ocupantes de cargos públicos e os

empregados admitidos sob vínculo de emprego, o que conduz à ilação de que a referida

norma alberga as duas espécies de servidores públicos. Destarte, a reclamante, contratada

sob o regime da CLT, têm direito à verba intitulada qüinqüênio. Recurso de revista

conhecido e provido (Proc. TRT — RR 1222/2004-042-15-00, DJ — 10/08/2006, Ac. 62 Turma.,

unânime, Rel. MM. ALOYSIO CORRÊA DKVEIGA).

No mais, sem interesse público.

Assim, nesse particular, opina o Ministério Público do Trabalho pela manutenção da

sentença

n -o

O

«1D

Encaminho este processo ao E. Tribunal Regional do

Trabalho da 2'- Regiãb.

São Paulo,". de \`. de 2009.

Diyisão Processual

-o

o o

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL JUSTIÇA DO TRABALHO - TRT 2a Região

CERTIDÃO DE JULGAMENTO

N° na- Pautai 210 Processo TRT/SP:02559004420085020059

ACÓRDÃO No: 20110301328 Recurso Ordinário- 59 VT •de São Paulo RECORRENTE:- L. Jacira Bueno Santana E TANIA C. H. ROGEL 2. Fazenda Pública do Estado de São Paulo

CERTIFICOgue, em sessão realizada nesta data, a 6a TURMA • do Tribunal Regional do Trabalho.da Segunda • • Região julgando o presente processo,. resolveu: por• . unanimidade de Votos, .CONHECER dos recursos e NEGAR-LHES PROVIMENTO; MANTER incólume a r.sentença de origem. •

Presidiu o . julgamento o Exmo. Sr. Desembargador LUIZ EDGAR FERRAZ DE OLIVEIRA..

Tomaram parte no julgamento os .Exmosi Srs. PEDRO CARLOS SAMPAIO- GARCIA, SALVADOR FRANCO DE LIMA LAURINO, LUIZ EDGAR FERRAZ DE OLIVEIRA.

Relator: o Exmo. Sr. Desembargador PEDRO CARLOS" SAMPAIO GARCIA Revisor: o Exmo. Sr. Desembargador SALVADOR FRANCO DE LIMA LAURINO

São Paulo, 15 de Março de 2011./

Priscila Mace-ti Ferrarini Pacheco SecretarIá?da 6a Turma

6 a- Turrru

fls.

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.4-S•4--"' 01,

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2a REGIÃO

PROCESSO TRT/SP No. 02559200805902002

RECURSO ORDINÁRIO DA 59a VT de SÃO PAULO

RECOPPEP -ES. I. JACIRA BUENO SANTANA è TANIA

CRISTINA HORTEGA ROGEL

2. FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO E SÃO

PAULO

RECORRIDOS : OS MESMOS

Inconfoin ados com a r. sentença de fls. 71/74., cujo

relatório adoto, que julgou procedente em parte a reclamação, recorrem as

partes. As reclamantes, ordinariamente, com as razões de fls. 77/81,

pretendendo a reforma no que lhe foi desfavorável, no tocante aos honorários

advocatícios. A reclamada, com as razões de fls. 87/99, quanto à sexta parte e

multa diária.

Ternpestividade, fls. 75, Es. 77 e fls.87.

Preparo desnecessário.

Cc-rra-razões, fls. 83/86.

O Ministério Público do Trabalho, às fls. 127/128,

manifestou-se pela manutenção da r. sentença.

É o relatório.

VOTO

Conheço dos recursos, eis que presentes os pressupostos de-

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6 '• Turra

r is.

f unc.

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2á REGIÃO

admissibilidade.

1. Recurso das reclamantes

1.1. Honorários advocatícios

Honorários advocatícios são indevidos na Justiça do

Trabalho, conforme orienta a súmula 329, do C. TST. Não é caso de

aplicação da IN 27/2005, do C. TST, pois a controvérsia neste processo

decorre da relação de emprego. Nada há, assim, a modificai- na r. decisão que

assim concluiu.

2. Recurso da reclamada .

2.1. Sexta parte

A recorrente não tem razão em seu inconfonnismo quanto à

sexta parte. O art. 129, da Constituição Estadual, assegura ao servidor

público do Estado o pagamento de sexta parte dos vencimentos integrais aos

vinte anos de efetivo exercício. O preceito não faz distinção entre servidor

pot:- 3 -ccáldo por estatuto administrativo ou pela CLT. Tampouco restringe

o direito aos servidores da administração pública direta, sendo certo que art

124, da Carta do Estado, que dá início às regràs constitucionais relativas ao

serviço público, faz menção aos servidores da administração pública direta,

autárquica e fi_mdacion'al, pelo que qualquer restrição a uma dessas esferas

necessitaria estanexpressa nos preceitos segUintes.

Por esses motivos, diante da referência genérica do art. 129

da Constituição Estadual, assegurando os direitos ali previstos a todos os

servidores da administração pública direta, autárquica e fundacional do

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PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 20. REGIÃO

que seja seu regime jurídico, o autor tem direito à sexta

parte a partir da data que completou vinte anos de serviço, pelo que correta a

r. sentença de origem. Rejeito no particular.

Também quanto à multa diária o apelo não prospera. O

prazo de 30 dias fixado na origem é suficiente para a reclamada implementar

a sexta-parte em folha de pagamento e a multa por descumprimento da

obrigação de fizer pode ser fixada de ofício pelo juiz, de acordo com o art.

461, parágrafo 4°., do C.P.C. Para não pagar a multa, basta cumprir a

obrigação de fazer. Rejeito.

• Ante o exposto, ACORDAM os Magistrados .da 6' Turma do

Tribunal Regional do Trabalho da 2' Região dm CONHECER dos recursos;

NEÇAR-LDIES PROVIMENTO; MANTER incólume a r.sentença de •

origem.

Pedro Carlos Sampaio Garcia

Desembargador Relator

DOcurnento elaborado e assinado em meio digital. Validade legal nos termos da Lei n. 11.419/2006. Disponibilização e verificação de autenticidade no site www.trtsp.jus.br informando: codigo do documento = 120284

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

, C.)

E.X,ÇELENTISSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ PRESIDÉN'a DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 2' REGIÃO

z

Dst SP T6 27 Proc 02559004420085020059 L: 1

Prot. 39083 P18 Acórdão 20110301328

JULGADO C/ RECURSO NO PRAZO 30/03/2011 à 14/04/2011

PROCESSO TRT/SP n°02559004420085020059 6' TURMA JACIRA BUENO SANTANA E OUTRA

x FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

A FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO, pela Procuradora do Estado designada, nos autos do processo supra mencionado, não se conformando com o v. acórdão de fls., vem, respeitosamente, perante Vossa Excelência, com fulcro no artigo 896 "b" (DIVERGENCIA JURISPRUDENCIAL) e "c" (AFRONTA DIRETA E LITERAL À CONSTITUIÇÃO FEDERAL), da Consolidação das Leis do Trabalho, combinado com o Decreto-Lei 779/69, intei por RECURSO DE REVISTA para o Colendo Tribunal Superior do Trabalho, consoante as razões anexas, requerendo seu regular processamento e remessa na fornia da lei.

Nestes teinios, Pede deferimento.

São Paulo, 1° de abril de 2011.

MARIA. CECILIA FONTANA SAEZ Procuradora do Estado- OAB/SP 149.279

2011 CD CA)

cr)

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O

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAI

Recorrente: FAZENDA PÚBLICA DO ESTADO DE SÃO PAULO

Recorrido: JACIRA BUENO SANTANA E OUTRA

RAZÕES DO RECURSO

COLENDO TRIBUNAL

Em atendimento aos termos da Instrução Normativa TST n° 23/TST, este Recorrente, inicialmente, destaca:

I - PRESSUPOSTOS EXTRÍNSECOS

Os pressupostos imprescindíveis ao juízo de admissibilidade se encontram configurados nos fatos e dispositivos legais seguintes:

1.1- Procuração da subscritora do recurso

O recurso, in casu, está assinado por Procuradora do Estado no exercício de suas funções, prescindindo, por isso, de instrumento de mandato (procuração), vez que a representação deste Recorrente (Fazenda do Estado de São Paulo) em juízo se encontra atribuída ao mesmo ipso jure (Constituição Federal, Artigo 132), conforme entendimento, aliás, já assentado por essa Colenda Corte na OJ SDI, Seção I, n° 52.

1.2- Cabimento

A finalidade deste recurso é a reforma da decisão de tis., prolatada pela Colenda 6' Turma do Egrégio Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região - São Paulo, isto porqueAestd Recorrente entende que a decisão acostada aos autos fere princípios constitucionais, tais como o da legalidade e da indisponibilidade do erário, além dos artigos 2°, 5°, II, 37, "caput", inciso XIV, 61, 100 e 169, todos da Carta Magna e do art. 38 das Disposições Transitórias, havendo, ainda efetiva divergência jurisprudencial (conforme acórdãos trazidos a cotejo, nos moldes da Súmula 337, do C.TST, prolatados pelo E. TRT da 15" Região).

n -o

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01

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

1. 3 - Tempestividade

A intimação deste Recorrente, relativamente à decisão recorrida, se deu pessoalmente aos 29/03/2011, com termo inicial do prazo recursal em 30/03/2011 e final em 14/04/2011, porquanto aplicável, in casu, as disposições do Artigo 6°, da Lei n° 5.584/70, com prazo em dobro, conforme expressa e literal disposição do Artigo 1°, inciso III, do Decreto-Lei n° 776/69.

Por conseguinte, vez que protocolado nesse lapso temporal, este recurso atende ao requisito da tempestividade.

1.4 - Depósito Recursal e Pagamento de Custas

Não acompanha este recurso o cbmprovante do depósito recursal, assim como o relativo ao pagamento de custas, já que este Recorrente (Fazenda do Estado de São Paulo), quanto ao depósito recursal, encontra-se dispensada, e, quanto ao pagamento das custas, o mesmo é isento nos termos do art. 790-A, inciso I, da CLT.

1.5- Legitimidade e interesse

Como já expendido este recurso tem por finalidade a reforma dos termos do acórdão de fls., decisão pela qual a Egrégia 6a Turma do Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região - São Paulo, por unanimidade de votos, negou provimento ao Recurso Ordinário interposto pela Reclamada.

Desse modo, nota-se que este Recorrente é parte no recurso em que foi prolatada a decisão recorrida, assim como se nota também que este Recorrente não teve acolhida sua postulação. Conseqüentemente, in casu, resta inquestionável a legitimidade e interesse para este recurso, já que parte vencida.

1.6 - Inexistência de fato impeditivo ou extintivo do direito de recorrer

Por fim, relativamente à decisão recorrida, este Recorrente expende que não interpós outro recurso, tampouco praticou ato contrário ao interesse de recorrer, sequer renunciou ao respectivo

n -o

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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICLU /Th 3

direito, não havendo, portanto, preclusão ou qualquer outro fato impeditivo ou extintivo a obstar a admissibilidacie deste recurso.

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II - PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS -o

Destacado o preenchimento dos pressupostos extrínsecos, ante a natureza extraordinária e o fundamento na ofensa de norma estadual e divergência jurisprudencial deste recurso, relativamente aos pressupostos intrínsecos este Recorrente ressalta que:

Não merece prosperar o v. acórdão reco ido, uma vez que vulnerou a própria Carta Magna e a lei ordinária, divergindo ainda frontalmente de pacifica jurisprudência..

DO BENEFÍCIO DA SEXTA-PARTE. DA VIOLAÇÃO À CONSTITUIÇÃO FEDERAL.

O entendimento consubstanciado no v. acórdão recorrido pressupõe a noção de que a conceituação doutrinária de servidores públicos abrange todos aqueles que prestam serviços públicos, independentemente da natureza de seu vínculo com o serviço público.

Todavia, o constituinte estadual ao mencionar "servico público estadual", não pretendeu abarcar todos aqueles que trabalham na administração estadual, independentemente de seu regime jurídico.

Assim, a Constituição Estadual faz distinção entre os denominados Servidores Públicos Civis, e Servidores Civis. Utiliza-se da expressão "Servidores", quando se refere de modo genérico a todos os servidores do Estado.

Porém, quando quer se referir aos funcionários públicos, propriamente ditos, se utiliza da expressão servidores públicos civis.

De acordo com Maria Sylvia Zanella P'ietro, em Direito Administrativo, 8a edição, p. 357:

"QUANDO SE PASSOU A ACEITAR A POSSIBILIDADE DE

CONTRATAÇÃO DE SERVIDORES SOB O REGIME DA

LEGISLAÇÃO TRABALHISTA, A EXPRESSÃO "EMPREGO

PUBLICO" PASSOU A SER UTILIZADA, PARALELAMENTE A

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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

CARGO PÚBLICO, TAMBÉM PARA DESIGNAR UMA

UNIDADE DE ATRIBUIÇÕES, DISTINGUINDO-SE UMA DA

OUTRA PELO TIPO DE VÍNCULO QUE LIGA O SERVIDOR

AO ESTADO; O OCUPANTE DE EMPREGO PÚBLICO TEM

UM VINCULO CONTRATUAL, SOB A REGÊNCIA DA CLT,

ENQUANTO O OCUPANTE DO CARGO PÚBLICO TEM UM

VINCULO ESTATUTÁRIO, REGIDO PELO ESTATUTO DOS.

FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS QUE, NA UNIÃO, ESTÁ

CONTIDO NA LEI QUE INSTITUIU O REGIME JURÍDICO

ÚNICO ( LEI N° 8.112/90).

PÁG. 355:

"SÃO SERVIDORES PÚBLICOS, EM SENTIDO AMPLO, AS

PESSOAS FÍSICAS QUE PRESTAM SERVIÇOS AO ESTADO

E ÀS ENTIDADES DA ADMINISTRAÇÃO INDIRETA, COM

VÍNCULO EMPREGATICIO E MEDIANTE REMUNERAÇÃO

PAGA PELOS COFRES PÚBLICOS.

COMPREENDEM:

2.os SERVIDORES ESTATUTÁRIOS, SUJEITOS AO REGIME

ESTATUTÁRIO E OCUPANTES DE CARGOS PÚBLICOS;

3.os EMPREGADOS PÚBLICOS , CONTRATADOS SOB O

REGIME DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E OCUPANTES

DE EMPREGO PÚBLICO;

4.os SERVIDORES TEMPORÁRIOS, CONTRATADOS POR

TEMPO DETERMINADO PARA ATENDER A NECESSIDADE

TEMPORÁRIA DE EXCEPCIONAL INTERESSE PÚBLICO (

ART. 37, IX, DA CONSTITUIÇÃO) ; ELES EXERCEM

FUNÇÃO, SEM ESTAREM VINCULADOS A CARGO OU

EMPREGO PÚBLICO.

OS DA PRIMEIRA CATEGORIA SUBMETEM-SE A REGIME

ESTATUTÁRIO, ESTABELECIDO EM LEI POR CADA UMA

DAS UNIDADES DA FEDERAÇÃO E MODIFICÁVEL

UNILATERALMENTE, DESDE QUE RESPEITADOS OS

DIREITOS JÁ ADQUIRIDOS PELO FUNCIONÁRIO. QUANDO

NOMEADOS, ELES INGRESSAM NUMA SITUAÇÃO

JURÍDICA PREVIAMENTE DEFINIDA, À QUAL SE

SUBMETEM COM O ATO DA POSSE; NÃO HÁ

POSSIBILIDADE DE QUALQUER MODIFICAÇÃO DAS

NORMAS VIGENTES POR MEIO DE CONTRATO, AINDA

QUE COM A CONCORDÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO E DO

FUNCIONÁRIO, PORQUE SE TRATA DE NORMAS DE

-o

o co

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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

ORDEM PUBLICA, COGENTES, NÃO DERROGÁVEIS PELAS

PARTES.

OS DA SEGUNDA CATEGORIA SÃO CONTRATADOS SOB

REGIME DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA QUE 2.

APLICÁVEL COM AS ALTERAÇÕES DECORRENTES DA

CONSTITUIÇÃO FEDERAL; NÃO PODEM ESTADOS E

MUNICÍPIOS DERROGAR OUTRAS NORMAS DA

LEGISLAÇÃO TRABALHISTA, JÁ QUE NÃO TÊM

COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR SOBRE DIREITO DO TRABALHO, RESERVADA PRIVATIVAMENTE Ã UNIÃO

ART. 22, I, DA CONSTITUIÇÃO)

Já o art. 3° da Lei 10.261, de 1968, diz:

"'FUNCIONÁRIO PUBLICO, PARA OS FINS DESTE

ESTATUTO, É A PESSOA LEGALMENTE INVESTIDA EM CARGO PÚBLICO."

Ora, no caso "sub judice", o reclamante para

ter direito ao recebimento da sexta parte, teria que ser servidor estatutário "em sentido estrito".

Pelo que consta, o reclamante é regido pela CLT.

É insustentável o argumento de que a Constituição Estadual ao utilizar a expressão servidor público em seu

art. 129, conferiu a vantagem da sexta-parte a todos os que tinham vínculo com o Estado à data de sua promulgação. Ressalve-se que tal

artigo cingiu-se a fixar o tempo para a aquisição dessa vantagem e,

portanto, cabe à lei complementar dispor sobre seus beneficiários e

outras condições. '1

O art. 129 assegurou ao servidor público o percebimento do adicional por tempo de serviço, concedido no mínimo

por qüinqüênio e vetando sua limitação, bem como a sexta parte dos

vencimentos integrais, concedida aos 20 anos de efetiivo exercício, que

se incorporarão aos vencimentos para todos os efeitos.

Observe-se neste sentido, o julgado proferido

pelo E. Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, apelação civil n°

101.598-1:

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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

"Salientou-se ainda no v. acórdão da Colenda 6' Câmara, agora invocado, é que diz a apelação n° 83.003-1 que a circunstancia de vir a sexta parte prevista na Constituição local, não significa que todas as categorias de funcionários públicos estaduais devessem tê-la. Tal dispositivo da Constituição Paulista não fez senão dispor sobre o tempo de efetivo exercício público para adquiri-la."

De acordo com opinião de Valmir Pontes Filho, em revista da Procuradoria Geral do Estado, n° 34, pág.120:

"Em primeiro lugar, porque isso (efetivação) importaria insofismável ofensa à isonomia , na medida em que pessoas em situação jurídica desigual (os que foram admitidos. em concurso) estariam sendo postos em • situação de igualdade (todos ocupando cargos ou empregos dos quadros). Depois porque estes cargos ou empregos não estão criados por lei (v. princípio de legalidade, a que alude o art. 37 caput) e, por fim, porque a pretendida efetivação se operaria ao arrepio do comando contido no art. 37 , II que exige , para tanto, a prévia aprovação em concurso público ( v. igualmente o art. 41 da CF) . Se, no entanto, (art. 30 das Disposições Transitórias) se refere ela a servidores não efetivos, não há como efetivá-los ( encargos que ademais não existem), motivo porque se revelam inconstitucional....À nova realidade jurídica esculpida pela Lex Magna não pode opor construções jurispruden.ciais, 'doutrinárias ou legais anteriores a ela. Disso decorre que tanto os cargos, cujos titulares se regem "Leis Estatutárias "ou pelo regime de direito público trabalhista ou da CLT, desde que providos por meio de concurso público, passam a conferir aos que neles se investiram o privilégio , repita-se, só existem para os que nos cargos ou empregos ingi essaram por concurso, vedando a Constituição outra qualquer forma de conceder-se a vantagem."

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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

Ressalte-se, ainda, a opinião de Celso Antonio Bandeira de Mello, ob. cit., pág. 31:

"Possivelmente não se encontrará na Constituição parte alguma afligida por tantas imperfeições técnicas quanto a relativa aos servidores. A linguagem desuniforme ou imprecisa do texto, a ausência de um caráter rigidamente sistemático em sua telminologia, recomendam grandes precauções do hernieneuta (....) Proibem-lhe no geral — e muito mais no particular, ante o tema dos servidores atribuir, descuidadosa_mente , as expressões vazadas, uma coerência metódica ou força sistematizadora compacta que nele não tem e que em vão ali se buscaria encontrar. Compreende-se , pois, que haverão de ser reconhecidas exceções à presumível unidade dos tópicos aglutinantes e ter-se-á , alguma vez , de recusar a certos termos o sentido que lhes pareceria típico, quando perceptível que foram usados sem compromisso com a acepção corrente que lhes conferem os especialistas na matéria."

Portanto, a Constituição Estadual não deferiu tal direito ao agente contratado sob a CLT ou em caráter temporário.

Realmente, a sexta parte dos vencimentos é vantagem somente assegurada aos servidores estatutários (artigo 92, III, da Constituição Estadual de 1967 e artigo 178 da LC 180/78). E o próprio fato de o artigo 23 das Disposições Transitórias da Constituição do Estado mandar aplicar aos extranumerários todas as vantagens pecuniárias concedidas aos que, exercendo idênticas funções, foram beneficiados pelas disposições da Constituição Federal de 1967, já significa que as vantagens previstas na Constituição de 1989 não foram automaticamente estendidas a todas as categorias de servidores, caso contrário, o referido art. 23 seria inócuo.

Há ainda, outro argumento, também decisivo, para impedir a extensão automática do artigo 129 aos servidores "temporários" e aos celetistas. É o que o artigo 169, parágrafo único, da Constituição Federal determina:

n -o

o

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICLAL

"A concessão de qualquer vantagem ou aumento de remuneração , a criação de cargos ou alteração de estrutura de carreira , a bem como a admissão de pessoal, a qualquer título, pelos órgãos e entidades da administração direta ou indireta, inclusive fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, só poderão ser feitas: I - se houver prévia dotação orçamentária suficiente para atender às projeções de despesa de pessoal e aos acréscimos dela decorrentes; II - se houver autorização específica na lei de diretrizes orçamentárias, ressalvadas as empresas públicas e as sociedades de economia mista."

Não há dúvidas de que este preceito é obrigatório para os Estados, tendo em vista que o "caput" estabelece limitações quanto á despesa com "pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios". E também não há dúvida de que a norma vincula o constituinte estadual, pois este dispõe apenas do poder constituinte derivado, ou seja, subordinado aos preceitos obrigatórios da Constituição Federal.

Isto não significa que as normas da Constituição Estadual que previram vantagens pecuniárias sejam inconstitucionais, apenas que não são auto - aplicáveis, porque dependem do prévio atendimento das exigências contidas no art. 169, parágrafo único da Constituição Federal.

Mesmo que não houvesse exigência constitucional nesse sentido, não se poderia conceber que vantagens pecuniárias fossem instituídas, para imediata aplicação, sem indicação dos recursos orçamentários cabíveis, e sem prévia verificação de que a sua criação não implicaria despesa com pessoal em montante superior ao estabelecido pelo artigo 169, c/c o artigo 38 das Disposições Transitórias.

Assim, o artigo 129 da Constituição do Estado não instituiu vantagem nova, apenas alterou o prazo de concessão do beneficio, para os que já eram seus destinatários. Nada impede, porém, que "de lege ferenda", a ensejo da instituição do regime jurídico único, venha a sexta parte a ser estendida aos servidores em geral, porém sem o cunho da garantia constitucional.

n -o

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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

Em consequência, o beneficio da sexta parte continua a ser vantagem conferida, exclusivamente aos servidores estatutários que ostentam a qualidade de funcionário.

Assim manifestou-se o Tribunal Regional do Trabalho, Acórdão n. 20060934691, DJ 16/11/2006 Juiz Relator Marcelo Freire Gonçalves, ao tratar da vantagem denominada licença-prêmio e aquela denominada sexta-parte:

" Os servidores contratados sob o regime da CLT não fazem jus ao benefício da licença prêmio por falta de expressa disposição de lei estadual nesse sentido. A licença prêmio pretendida encontra suporte na Lei 10.261, de 28_10.68 - Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo - que, em seu Artigo 209, dispõe ser direito do funcionário, como prêmio de assiduidade, a licença de 90 (noventa) dias em cada período de 5 (cinco) anos de exercício ininterrupto, em que não haja sofrido qualquer penalidade administrativa. O Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo só se aplica aos servidores estatutários, não cabendo combinar vantagens da legislação trabalhista com aquelas exclusivas dos estatutários sem que haja, para isso, expressa disposição legal nesse sentido. Incontroverso nos autos que o impetrante foi admitido, sob o regime da CLT, em agosto de 1982. Dessa forma, impossível a concessão da licença-prêm o haja vista o que dispõe a Lei 200, de 13.05.74, a qual: "Revoga leis que concedem complementação de aposentadorias, pensões e outras vantagens, de qualquer natureza, aos empregados sob o regime da legislação trabalhista", em seu parágrafo único: "Os atuais beneficiários e os empregados admitidos até a data da vigência desta Lei, ficam com seus direitos ressalvados, continuando a fazer jus aos benefícios decorrentes da legislação ora revogada." Assim sendo, a nor r ia acima referenciada revogou expressamente todas as dispõsições, gerais ou especiais, que concedessem vantagens de qualquer natureza, pelo Estado, aos empregados sob o regime da legislação trabalhista, ressalvando apenas os direitos dos empregados admitidos até a .data da sua vigência, o que não é o caso do impetrante, uma vez que foi admitido após 13/ 05/ 1974. Pelo exposto, não há que se falar em violação ao princípio da igualdade, mas sim em observância ao

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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

princípio da legalidade adrninistrativa (art. 39 da Constituição Federal/88), não fazendo jus o ora recorrido ao direito que postula, por nu sência de expressa disposição de lei a amparar a sua pretensão.

Ora, no caso "sub judice", a reclamante para- ter direito ao recebimento da licença prêmio e a vantagem denominada sexta-parte teria que ser servidora estatutária" ( grifo nosso)

No mesmo sentido o entendimento do E. TRT da r Região, exposto em recentíssima decisão1:

M M: distrdde:-; cL R)! TURVA

11 -11 I 17: I R,- do TRibdr -to I

um: mt1L0 ,,r-1rdidd o

educly-c. riuc 11- dnEdidd r. -3ent,dica t,i- igc -rn, dar provimento aos apelos "ex-officion e voluntário para expungir da condenação a sexta parte dos vencimentos integrais e reflexos, julgando a ação improcedente. Li pela 'reLlnnar,tr, ,.,oiffe valo:- ,trid , . o

ca.usà,dle c1_lit 1:d -dtiont,i, istinrd por

de 1-)cd , RRiária dl. A U.

São Paulo, 10 de Junho de 2008.

SÔNIA APARECIDP. [11-.)0

T) i E REGMENTUt

LUJAN GONcrtALVES

VOTO

Da sexta-parte on rl ;leia . L

pusc:.1. ■:(.1 su nr:

lemos !U:gr:H.5, :sob o ktirgi ¡riu- reclissat de que a

sd. atig-ura -e:,-,denshra ttus servidores pdblEcos

,t4:nsri, :Hos syrvicinfr'.'s Tin dLcrE;

I Processo TRT n° 02478-2004-03102003, acórdão n° 20080500000, recte.: VT e Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Pauto, Recda: Neusa Maria dos Santos Mari, 10' Turma, Rel. Des. Litian Gonçalves, j. 10/06/2008.

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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

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corresponde ia id.: , iidenie e ; s- i Lagei

pecuniárias, censiititibil ,: , n '1: p'(- Lináris de. ao servidor pelo exercicio•do: pnblico"•cgi Demais disso, não se pode: olvidar que a Legislação anterior, .consubstanciada • no Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo, Lei n° 10.261/68, art. 120; restringiu o beneficio da sexta parte; especificamente, ao: "funcionário público" e a legislação áuperveniente manteve a vantagem, tal comia originariamente instituída, alterando :apenas a regra de efetivo exercício, reduzindo-a pára vinte anos. 0-Lni■J não:pode ser entendimento.: Primeiro, porque o computo da ))), ii -1 parte, tm COMO.

LI-r.•visto, _incide sobre vencimento>, , 1, ,7iominação' que, repita-se, = não Sk aplica aos eirirr r )ia.dos ici1eristas, porquanto percc bem apenas remuner sal' HOS Segundo, :porque entendimento diverso implicaria na instituição de um regime jurídico híbrido ao servidor celetista, ora se aplicando as regras previstas no Diploma Conáolidado; ora aquelas restritas aos funcionários públicos, segundo 'seu arbítrio e melhor conveniência, sem observância ao princípio da legalidade.

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12

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

Até a promulgação da Constituição de 1988, o ocupante de cargo era designado funcionário público. A expressão servidor guardava a idéia de todos que mantinham vínculo com a Administração por relação profissional, englobando estatutário, temporário e regido pela CLT.

Tal classificação era lógica, pois, sob a égide da Constituição anterior, coexistiam esses três regimes.

A Constituição atual adota a expressão servidor público e sequer se refere a funcionário. À primeira vista, de fato, parece designar indistintamente todos que estavam a serviço da Administração ao ser promulgada.

Mas não é isto. Ocorre que a Constituição atual organizou a Administração Pública em planos de carreira estruturados em cargos. Por conseqüência, desapareceu a importãncia na distinção entre os conceitos de servidor e funcionário, cultuados pela doutrina e jurisprudência.

Hoje, sem duvida, servidor designa o ocupante de cargo público, haja vista não mantida pela nova ordem constitucional a contratação de pessoal permanente para funções técnicas especializadas e sequer a lacuna contida no art. 106 da Carta anterior, que permitiu, neste Estado a admissão de temporários para funções de atividades perenes.

Ora, na estrutura administrativa colimada pelo constituinte, todo servidor ocupará cargo.

Veja-se ainda que, a referência a "Estatuto dos Servidores Civis e Militares", constante do parágrafo único, item 10 do art. 23, no capitulo referente ao processo legislativo da Constituição Estadual, aliada à dualidade de expressões "servidor público", se assimila à funcionários detentores de cargos públicos.

Tanto assim, que o art. 127, ao mencionar a estabilidade dos "servidores públicos", remete para o art. 41 da CF, que exige como requisito da estabilidade a nomeação por concurso público.

Sintetizando: o art. 129 não instituiu vantagem nova, apenas alterou a existente, para os que já eram seus destinatários.

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Note-se que, caso pretendesse conceder a sexta-parte ao reclamante admitido pela CLT, o constituinte estadual assim o teria feito nas Disposições Transitórias, tal como fez com os extranumerários, no art. 23.

Frise-se que o art 129 da Constituição Estadual cingiu-se a fixar o tempo para a aquisição dessa vantagem e, portanto, cabe à lei complementar dispor sobre seus beneficiários e outras condições.

Com efeito, a vantagem, de ter direito à sexta-parte continua exclusiva dos estatutários face ao disposto no art. 130 do Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado de São Paulo.

Cabe lembrar que ainda que viesse a fazer jus a tal direito, este não incidiria sobre os vencimentos integrais, conforme abaixo resta demonstrado.

A lei é clara e não cabe discussão a respeito. O adicional por tempo de serviço deve ser pago sobre o vencimento e não sobre a remuneração.

"Ad argumentandum", no entender de Hely Lopes Meirelles, em Direito Administrativo Brasileiro, 4' edição, pág. 431:

"Vencimentos - Vencimento, em sentido estrito, é a retribuição pecuniária devida ao funcionário pelo efetivo exercício do cargo, correspondente ao padrão fixado em lei; vencimento, em sentido amplo, é o padrão com as vantagens pecuniárias auferidas pelo servidor a título de adicional ou gratificação. Quando o legislador pretende restringir o conceito ao padrão do funcionário emprega o vocábulo no singular - vencimento; quando quer abranger também as vantagens conferidas ao servidor usa o termo no plural -vencimentos"

Portanto, não pairam mais dúvidas a respeito da matéria.

Os qüinqüênios incidem somente sobre o salário base, em igualdade de condições aos funcionários legalmente

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investidos em cargo público. Assim, o referido adicional não incide sobre as parcelas componentes dos demonstrativos de pagamento: gratificação especial de atividade, gratificação fixa, gratificação extra, gratificação executiva, gratificação de assistência suporte saúde, gratificação geral, adicional de tempo de serviço e adicional de insalubridade.

De outra ponta, cumpre esclarecer que a forma de pagamento decorre de legislação específica e que "existe parcela paga pelo art. 133 da CE quando da feitura dos cálculos já- encontra embutido o valor do adicional qüinqüenal, em sua base de cálculos, exceção quanto às gratificações rotuladas no cargo ou função de maior remuneração'.

A Constituição estabelece, por sua vez, a necessidade de que aumentos salariais e concessões de vantagens econômicas sejam previstas nas diversas legislações orçamentárias (art. 169).

Não se pode conceber que eventuais vantagens concedidas aos funcionários públicos pelo artigo 129 da Constituição Federal sejam estendidas aos servidores "temporários" e aos celetistas.

Tal entendimento se coaduna com o que determina o artigo 169, parágrafo único, da Constituição Federal.

A Administração Pública está jungida ao principio da legalidade (art. 37, caput, da CF), e não pode efetuar pagamentos em desconfoimidade com a lei.

A determinação judicial de pagamento do beneficio da sexta-parte a funcionário celetista, consubstanciada no v. acórdão recorrido, afronta diretamente o disposto no art. 37, caput, da CF, uma vez que implica em pagamento de beneficio pela Administração Pública sem que haja lei anterior prevendo tal situação.

A decisão em questão afronta, também, o disposto nos artigos 61 e 169 da Constituição Federá., já que implicaria em inequívoco aumento da remuneração do funcionário celetista do Estado, sem que haja prévia lei de iniciativa do Chefe do Poder Executivo.

A posição veiculada no v. acórdão recorrido não se coaduna com o regime de direito público, a que se submete o patrimônio da administração, seus bens, dinheiros e pagamentos.

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O patrimônio público é submetido à regime jurídico de direito público, não sendo passível de alienação, prescrição, penhora ou oneração2 .

Na seara do direito de propriedade, por exemplo, não se admite que o uso sem oposição de bem público, com habitualidade, gere o direito ao usucapião, transmute o bem de público em privado3, e pei unta sua aquisição por particular.

Pelas mesmas razões, não se pode conceber a criação de um regime híbrido em que se agreguem as vantagens do regime celetista e do estatutário ao mesmo tempo, em desrespeito ao principio da legalidade.

Portanto, à biz dos dispositivos acima mencionados, conclui-se que eventual ato administrativo que encampasse a tese defendida pelo reclamante encontraria óbice intransponível na Constituição Federal, razão Pela qual não há prevalecer a exegese veiculado no v. acórdão que determina ao Estado o deferimento do pleito formulado pelo autor.

DA DIVERGÊNCIA. JURISI'RUDENCIAL (ART. 896, "b" c/c Súmula 296), de acordo com redacão alterada pelo Tribunal Pleno em sessão realizada em 16.11.2010, em decorrência da inclusão dos itens III e IV) -- Res. 173/2010, DEJT divulgado em 19, 22 e 23.11.2010

PARADIGMA REGIONAL / ANTÍTESE RECURSAL:

a) ACORDA() N° 038818/2000 - TRT- 15° REGIÃO- PUBLICADO DOE- 19/10/2000; (http://w-ww.trt15.jus.brivoto/spaj/2000/ 038/03881800.doc

b) ACÓRDÃO N° 027846/2000 - TRT- 15° REGIÃO- PUBLICADO DOE- 31/07/2000 (http://www.trt15.jus.br/voto/spaj/2000/ 027/02784600.doc)

2 Cf. Direito Administrativo, Maria Sylvia Zanella di Pietro, 18. Ed. Atlas. p. 584 3 Sumula 340 do STF estabelece: desde a vigência do Código Civil, os bens dominicais, como os demais bens públicos, não podem ser adquiridos por usucapião.

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O beneficio da sexta-parte encontra-se previsto no artigo 129 da Constituição do Estado de São Paulo. Como se sabe, a Constituição do Estado de São Paulo aplica-se á todo o território do Estado de São Paulo. Assim, não se pode olvidar que o artigo 129 da Constituição Estadual, que prevê o beneficio da sexta-parte, tem aplicação em área territorial que excede a jurisdição do TRT da 2' Região - São Paulo - SP.

Com efeito, a Constituição do Estado de São Paulo tem aplicação em área territorial abrangida pela competência do TRT da 15' Região - Campinas - São Paulo, razão pela qual são trazidos a cotejo os acórdãos abaixo transcritos que comprovam a divergência jurisprudencial apta ao ensejo da revisão ora intentada, nos moldes do artigo 896, "a" e "b" da CLT.

Seguem transcritas, assim, nos moldes da Súmula 337 do C. Tribunal Superior do Trabalho, as ementas dos acórdãos acima referidos, que se posicionaram de fauna diversa da r. decisão recorrida, ora utilizados para confronto com o v. acórdão, citando a fonte oficial e data em que foram publicados:

A) ACORDAO N° 038818/2000 - TRT- 15° REGIA0- PUBLICADO DOE- 19/10/2000;

TRIBUNAL: 15' Região ACÓRDÃO NUM: Acórdão: 038818/2000 DECISÃO: 19 10 2000 TIPO: RO NUM: 011390 ANO: 1999 TURMA: TU1 - Primeira Turma FONTE: DOE DATA: 19-10-2000 PARTES Recorrente AMELIA CAETANO LUIZ E OUTROS 8. Recorrido HOSPITAL DA CLINICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SAO PAULO RELATOR: LUIZ ANTONIO LAZARIM (http:/ /www.trt15.jus.br/voto/spaj/2000/038/03881800.doc

EMENTA "SEXTA PARTE - SERVIDOR "CELETISTA". A "SEXTA-PARTE", INSTITUÍDA PELA LEI N°10261/68, É VANTAGEM ESTATUTÁRIA, QUE NÃO SE APLICA AOS SERVIDORES CONTRATADOS PELO REGIME JURÍDICO DA CLT. A OBRIGATORIEDADE DE IMPLANTAÇÃO DO REGIME ÚNICO UM REGIME HÍBRIDO PARA OS ESTADOS-MEMBROS DA FEDERAÇÃO, QUE'MANTÉM SERVIDORES DO ESTATUTO E DA CLT, PORQUE AINDA NÃO INSTITUÍRAM O REGIME UNICO. CUSTAS PROCESSUAIS - VALOR CONDENA TRIO - ARBITRAMENTO

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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO —g+ PROCURADORIA JUDICIAL

O NBIT M NTO DA 1:0 R CONDE.NATÓRIO NÃC) PODE FICAR AO SABOR DA VONTADE': DO ui -ui:x:1AD° ut í EVEND() GIARLD, CU EIRRN DIA COM AS A :TARDAS 01 BR) DA CONDENAÇÃO =,D.1 FIES;.'ETIO AO PRINCIPIO DA AMPLA DEFESA_ ASSLLURADO HDR MANDA MENTO CONSTITUCIONAL - cise 7: v. 5' CF..

DECISÃO por unanimidade, conhecer do recurs(i e, no merni., _ •i.lar-lhe provimento parcial, para rearbitrar o valor conderatório em. R132.000,0(3 j'Printa e Dei- Mil Reais), sobre o qual são cal, aladas as ( si as ic-m-csstais, no i..npti f-to de IRS6(40,00 (Seiscentos e QI.L1 ReaL). ui( i nos f,•_rnos da

;c, if r decisão i-ta.

33) ACÓRDÃO N° 027846/2000 - TRT- 150 REGIÃO- PUBLICADO DOE- 31/07/2000

TRIBUNAL: 15' Região ACÓRDÃO NUM: Acórdão: 027846/2000 DECISÃO: 31 07 2000 TIPO. REO NUM: 021861 ANO: 1999 TURMA,: TU 1 - Primeira Turma FONTE: DOE DATA: 31-07-2000 PARTES: p - -0 (- rent -: JCJ E CEETEPS - CENTRO ESTADUAL DE EDUCACAO TE( 101,0OICA "PAULA SOUZA' kecorricR, MAURO PEREIRA MAMA:: RELATOR: ANTUNIu :MIGUEL PiiRE1RA (http://www.trt15.jus.br/voto ispall 2000 /027 / 02784600.doc)

EMENTA. SEXTA PARTE - FUNCIONÁRIO PÚBLICO ESTADUAL - A sexta-parte é beneficio instituído pelo Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo, posteriormente recepcionado pela Constituição Estadual, que reduziu o prazo para o direito à vantagem. Os celetistas não tinham direito à mencionada vantagem, e a Constituição Estadual para estes não é auto-aplicável, pois necessita de lei ordinária, uma vez que a Constituição Federal instituiu o regime jurídico único, até hoje não adotado ç pelo Estado de São Paulo.

DECISÃO • p• r inanimidade, dar 7n-ovina-min nos.; irecurimii vou...fitário e "ex officio" a;lim ext.:P:1u' do decreto de nr.ii:ieiro firau (, adiei:orlai por tempo s. .ira C a sexta páreo dos veriiiinent.asi. rirsi:fiando na improcedência

cansam:11r (is C. mos da fundaiimeilta.cao. (L istas em

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reversão, canfoiine fixado pela decisão recorrida Enunciado n° 25 do C. Tribunal uperior do

Como o reclamante não faz jus ao pedido principal, não tem também direto aos acessórios, de foi ma que incabível a condenação ão pagamento de seus reflexos em décimo terceiro salário, férias mais um terço, depósitos fundiários, assim como, da condenação de apostilamento dos direitos nos títulos das autoras.

DA BASE DE CALCULO DA SEXTA-PARTE.

Ainda que devido referido benefício, o que se admite apenas por amor ã argumentação, este não incidiria sobre a totalidade dos vencimentos do autor, cot excecão somente outros adicionais por tempo de serviço, consoante r. sentença manitida pelo E. TRT da 2' Região.

A) DA REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL ATINENTE À BASE DE CÁLCULO DO ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO E SEXTA-PARTE.

Cumpre ressaltar que a matéria em questão já foi objeto de RECONHECIMENTO DE. REPERCUSSÃO GERAL, nos autos do Recurso Extraordinário n° 563.70S-5-MS, com a seguinte ementa da manifestação da Exma. Ministra Carmen Lúcia:

"REPERCUSSÃO GERAL DA QUESTÃO CONSTITUCIONAL. BASE DE CÁLCULO DE ADICIONAL POR TEMPO DE SERVIÇO. ART. 37, INC. XIV, DA CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA. EMENDA CONSTITUCIONAL 19/1998. MANIFESTAÇÃO PELO RECONHECIMENTO DA REPERCUSSÃO GERAL.

No fundamento da decisão em questão, a Exma. Ministra Relatora bem destacou a proibição da acumulação de acréscimos pecuniários a qualquer titulo após a alteração introduzida pela Emenda Constutucional n° 19/98, a saber:

" 3. A jurisprudência do Supremo. Tribunal Federal firmou-se no sentido de que o art. 37, inc. XIV, da Constituição da República, na norma originariamente positivada, se destinava a coibir a acumulação de acréscimos pectirliái-ios que tivessem o mesmo título ou idêntico fundamento,......... ....... . . .

4. Todavia, o caso dos autos concenie a período posterior promulgaçao da Emenda Constituciorial 19/1998, que promoveu alteração no inciso XIV do art. 37 da Constituição.

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5 Por se tratar de matéria relativa ao regime rern.uneratória • _ - dos servidores- públicos, da Uhião,. dos Estados do: Distrito Federal e dos Municípios, entendo caracterizada; a repercussão

_ í . geral da questão constitucional, tanto parque transcende os interesses das partes quanto pela relevância jurídica da matéria.

Igualmente, - o ordenamento jurídico do Estado -de São Paulo, como não poderia deixar de ser, não previu a incidência da sexta-parte sobre todas as verbas pagas ao servidor, conforme passamos a demonstrar.

Por vencimentos integrais devem ser considerados somente o vencimento e as vantagens pecuniárias que se integram automaticamente no padrão de vencimento, ou mediante determinação legal expressa, conforme estatui o artigo 178 da Lei Complementar n° 180/78, in verbis :

"A vantagem relativa à sexta-parte dos vencimentos integrais, prevista no inciso VIII do artigo 92 da Constituição do Estado (Emenda 2) e de que trata o artigo 130 da Lei 10.261, de 28 de outubro de 1.968, que corresponderá a 1/6 (um sexto):

I - do valor do padrão em que estiver o cargo do funcionário; II - do valor das vantagens pecuniárias incorporadas e desde que não computadas no valor do padrão "(g.n.).

Resta claro, assim, que a expressão "vencimentos integrais", constante do dispositivo constitucional, não pode ter a abrangência pretendida pelo reclamante, não se podendo considerar, assim, outros componentes, tais como adicionais de função e gratificações, vantagens transitarias que não se incorporam automaticamente ao• vencimento, nem geram direito subjetivo à continuidade de sua percepção.

Portanto, não se pode incluir para o cálculo da sexta-.arte as vantagens ecuniárias modais ou condicionais que não tiveram sua integração determinada por" lei.

B) DA EXPRESSA VEDAÇÃO DA POSSIBILIDADE DE CÔMPUTO DE DETERMINADAS GRATIFICAÇÕES E/ OU VANTAGENS PECUNIÁRIAS, PARA EFEITO DE CÁLCULO DE OUTRAS VANTAGENS - IAS, PELAS LEIS f ESTADUAIS QUE AS INSTITUÍRAM.

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Cada gratificação ou vantagem percebida pelo funcionário foi instituída por uma lei, em função do que determina a n Constitu- ição,

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Mister se faz, assim, a analise específica das o

Leis Complementares Estaduais que instituíram as gratificações e/ ou vantagens pecuniárias percebidas pelo reclamante.

Assim, por exemplo, a Lei Complementar Estadual n° 788/94, que instituiu a "Gratificação Extra", afastou, expressamente, em seu artigo 3°, parágrafo 4°, a possibilidade de inclusão na base de cálculo de quaisquer vantagens pecuniárias, in verbis:

"§ 4° - A gratificação extra não será considerada para efeito de cálculo de quaisquer vantagens pecuniárias, exceto no cômputo do décimo terceiro salário, nos termos do § 1° do artigo da 26 Lei Complementar n° 644, de 26 de dezembro de 1989".

O mesmo se diga em relação à "Gratificação Fixa", à "Gratificação Executiva", à "Gratificação Assistência e Suporte", e à "Gratificação Geral", cujas leis instituidoras, a saber, Leis Complementares Estaduais n° 741/93, n° 797/95, n° 871/00, n° 901/01, respectivamente, expressamente dispuseram quanto à "não incorporação ou incidência, sobre as mesmas de quaisquer outras vantagens" (LC 741/93, art. 10, § 2°, LC 788/94, art. 3°, § 4°, LC 797/95, art. 2°, LC art. 871/00, art. 3°, e LC 901/01, art. 17).

Por conseguinte, as gratificações acima descritas, por expressa e literal disposição das respectivas leis instituidoras, . não se incorporam ao "salário base" para nenhum efeito. Não se incorporam, portanto, para efeito de cálculo do "adicional por tempo de serviço" ou sexta-parte.

Assim, ao empregar a expressão "vencimentos integrais", no art. 129 da Constituição Estadual, o constituinte não quis, contrariamente à tese defendida no exórdio-, se referir a toda e qualquer parcela que compusesse a remuneração mensal, mas, obviamente, ao padrão e àquelas que se integrassem, por força de expressa disposição da mesma norma legal, aos vencimentos.

Dessa folina, as gratificações, abonos e vantagens pecuniárias apontadas pelos postulantes, nas leis e decretos editados pela Administração Pública para a sua criação, já apresentam

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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

dispositivos que determinam a sua não incorporação aos vencimentos e, ainda, que sobre os mesmos não incidirá qualquer outra vantagem n pecuniária.

Verifica-se, por todo o exposto, que a incidência dos adicionais qüinqüenais, na foi ma pretendida nesta ação nunca foi possível, proibição que restou indubitavelmente reforçada " após a alteração da redação dada ao art. 37, XIV, pela Emenda Constitucional n° 19/98.

DA RESERVA DE COMPETÊNCIAS. AUTONOMIA DOS ESTADOS- MEMBROS (ART. 25, CF). SEPARAÇÃO` DE PODERES (Art. 2°, CF)

De outra parte, o autor não tem direito à incidência pretendida, uma vez que a base de cálculo do benefício em discussão é definida em lei ordinária, sendo matéria de competência do Exmo. Sr. Governador do Estado de São Paulo, cingindo-se a norma constitucional a fixar o tempo de aquisição dessa vantagem.

Em diversas oportunidades, firmou o Excelso Pretório o entendimento de que as vantagens concedidas aos servidores públicos não podem ser criadas na Constituição Estadual, pois trata-se de matéria reservada privativamente à iniciativa do chefe do Poder Executivo, daí não ter a Constituição do Estado fixado a base de incidência da vantagem em apreço.

De fato, como se pode observar, por expressa e literal disposição da Constituição Federal (art. 39, inc. X, e 61, § 1 °, inc. II, letra "a"), a Administração Pública Estadual só pode dispor sobre remuneração de seus servidores por lei específica e de iniciativa do executivo.

A recusa em observar a legislação do ente federativo representa afronta direta à Constituição Federal eis que viola a separação de poderes capacidade de auto-organização, auto-administração e autogoverno e autolegislação previstas nos artigos 2°, 18, 25 a 28 da Constituição Federal.

Cabe lembrar que no âmbito estadual a competência exclusiva do Governador para a organização dos servidores da Administração Direta e Indireta está prevista nos artigos 24, §2° e 47, XII, 115, I (requisitos para investidura), todos da Constituição do Estado de São Paulo.

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Nos teimas do art. 128 da Constituição do Estado de São Paulo, o aumento de vencimentos dos servidores depende de lei, cuja iniciativa é exclusiva do Governador conforme art. 24, § 2, da C.E.. Essa regra é repetição da Constituição Federal em relação ao Presidente da República.

Portanto, forçoso convir que o V. Acórdão ora recorrido está em dissonãncia com a pacifica jurisprudência atual, devendo ser integralmente reformado, a fim de que o pedido seja julgado integralmente improcedente.

Ante o exposto, requer e espera a Fazenda do Estado de São Paulo seja CONHECIDA E PROVIDA a REVISTA ora interposta, a fim de que seja reformado o v. acórdão recorrido, como medida de Justiça.

São Paulo, 1° de abril de 2011.

MARIA CEGILLAP,OTANA SAEZ Procuradora do'Estádo ; OAB/SP ri° .149.279

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRT 2a REGIÃO

'RO-0255900-44.2008.5.02.0059 - Turma fi

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RECURSO DE REVISTA Recorrente(s):

Advogado(a)(s):

Recorrido(a)(s):

Advogado(a)(s):

Fazenda Pública do Estado de São Paulo

CLAUDIA HELENA DESTEFANI LACERDA (SP -120487-D)

Jacira Bueno Santana e Tania Cristina Hor ega Rogel

REGIANE FERREIRA DOS SANTOS (SP - 174032-D)

PRESSUPOSTOS EXTRINSECOS Tempestivo o recurso (decisão publicada em 29/03/2011 - fl.

113; recurso apresentado em 04/04/2011 - fl. 114). Regular a representação processual (nos termos da OJ

52/SDI-I/TST). Isento de preparo (CLT, art. 790-A e DL 779/69, art. 1°, IV).

PRESSUPOSTOS INTRÍNSECOS

DIREITO ADMINISTRATIVO E OUTRAS MATÉRIAS DE DIREITO PÚBLICO / SERVIDOR PÚBLICO CIVIL / SISTEMA REMUNERATÓRIO E BENEFÍCIOS / ADICIONAL DE SEXTA-PARTE Alégação(ões):

CF. - violação do(s) art(s) ° 25, 37, XIV, 61 e 169, § único da

- violação do(s) art(s). 127, 129, 130, da Constituição do Estado de São Paulo.

- divàgência jurisprudencial. A Fazenda sustenta que, por serem as recorridas funcionárias

celetistas e não estatutárias, não fazem jus ao beneficio denominado sexta parte. Também, aduz que a base de cálculo do benefício deve ser o salário base das recorridas. Documento assinado eletronicamente por Sonia Maria Prince F.ranzini, Desembargadora Vice-Presidente Judicial, em • 06/06/2011 às 15:14 (Lei Il.:419/2006).

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRT 2' REGIÃO

13/2006. RO-0255900-44.2008.5.02.0059 - Turma 6

Intime-se.

São Paulo, 06 de junho de 2011.

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Sonia Maria Prince Franzini

Desembargadora Vice-Presidente Judicial

Certifico que o presente despacho foi publicado no DOeletrônico do

Tribunal Regional.do Trabalho da 2" Região, nesta data

Em 2 O JUL, 2011

Eunice.Avt nci de Souza

Diretora da Secretaria de Apoio Judiciário

/jo Documento assinado eletronicamente por Sonia Maria Prince Franzini; Desembargadora Vice-Presidente Judicial, em 06/06/2011 às 15:14 (Lei 11.419/2006). .

Dst SP T6 60 Proc 02559004420085020059 L: 21

Prot. 94685 P18 Acórdão 20110301328

JULGADO C/ RR DENEGADO NO PRAZO 21/07/2011 à 05/08/2011

EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR fu77 PRESIDENTE DO EGRE:GIOick TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA ? REGIÃO

Protocolo: 094685 Local: P - 18

Data:28/0112011 ora:15:10

Serviço de Protocolo e Informações Processuais

Processo n° TRT/SP 02559004420085020059 6' TURMA JACIRA BUENO SANTANA e OUTRA

)C FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO

A FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO, por sua representante judicial (CF, art. 132), na reclamação trabalhista movida por JACIRA BUENO SANTANA e OUTRA, não se conformando com a r. decisão de fls., que denegou seguimento ao Recurso de Revista, vem, mui respeitosamente, com fundamento no art. 897, "b" da Consolidação das Leis do Trabalho, c/c artigo 1° , III, IV e VI do Decreto-Lei 779/69, interpor AGRAVO DE INSTRUMENTO para o C. Tribunal Superior do Trabalho, através das razões anexas, requerendo seu processamento e remessa ao Colendo Tribunal Superior do Trabalho para fins de conhecimento e provimento.

Considerando o disposto no Comunicado GP n° 11/2010, na Resolução Administrativa n° 1418/10 do O rgão Especial do C. Tribunal Superior do Trabalho e no Ato Conjunto TST-CSTJ n° 10/2010, que dispensam a apresentação das peças transladadas dos autos principais, esta agravante deixa de acostas cópia das respectivas peças.

Termos em que Pede Deferimento.

São Paulo, 27 julho de 2011.

nig2,(2ka. _ c;:*, GISEULE CRISTINA NASSIF ELIAS Procuradora do Estado OAB/SP 127.616

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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

RAZÕES DE AGRAVO DE INSTRUMENTO

AGRAVANTE: FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO

AGRAVADO: JACIRA. BUENO SANTANA e OUTRA

EGRÉGIO TRIBUNAL,

DOUTOS JULGADORES,

A r. decisão de fls. 137/138 que denegou seguimento à Revista, deve ser integralmente reformada.

Consta da r. decisão agravada que não há fundamento para a revista uma vez que a decisão está em consonância com a Orientação Jrrisprudencial n° 75 da Seção Especializada em Dissídios Individuais I do C. Tribunal Superior do Trabalho, o que inviabilizo o presente apelo nos termos do artigo 896, parágrafo 4° da CLT e da Súmula n° 333, do C. TST.

A Fazenda do Estado de São Paulo não pode concordar com o entendimento da r. decisão agravada, visto que o recurso de revista está fundamentado nas hipóteses das alíneas "b" e "c", do artigo 896 da CLT.

Note-se que a Constituição do Estado de São Paulo aplica-se a todo o Estado de São Paulo Assim, não se pode olvidar que o artigo 129 da Constituição Estadual, que prevê o beneficio —da sexta-parte, tem aplicação em área territorial que excede a jurisdição do TRT da r Região — São Paulo — SP. Com efeito, a Constituição do Estado de São Paulo tem aplicação em área territorial abrangido pela competência do 1RT da 15' Região - Campinas - São Paulo, razão pela qual são trazidos a cotejo os acórdãos abaixo transcritos que comprovam a divergência jurisprudenc al apta ao ensejo da revisão ora

lintentada.

Com efeito, o entendimento veiculado no recurso de revista interposto encontra-se consubstanciado nas decisões do Tribunal Regional do Trabalho da 15z-Região, consoante acórdão abaixo transcritos:

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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

A) ACORDÃO N° 038818/2000 - TRT- 15° REGIÃO- PUBLICADO DOE-19/10/2000;

TRIBUNAL: 15" Região ACÓRDÃO NUM: Acórdão: 038818/2000 DECISÃO: 19 10 2000 TIPO: RO NUM: 011390 ANO: 1999 TURMA: TU1 - Primeira Turma FONTE: DOE DATA: 19-10-2000 PARTES: Recorrente: AMÉLIA CAETANO LUIZ E OUTROS 8. Recorrido: HOSPITAL DA CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE RIBEIRÃO PRETO DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO RELATOR: LUIZ ANTONIO LAZARIM

EMENTA "SEXTA PARLE" — SERVIDOR "CELETISTA". A "SEXTA-PARTE", INSTITUÍDA PELA LEI N°10261/68, É VANTAGEM ESTATUTÁRIA, QUE NÃO SE APLICA AOS SERVIDORES CONTRATADOS PELO REGIME JURÍDICO DA CLT. A OBRIGATORIEDADE DE IMPLANTAÇÃO DO REGIME ÚNICO NÃO TEM O CONDÃO DE CRIAR UM REGIME HIBRIDO PARA OS ESTADOS-MEMBROS DA FEDERAÇÃO, QUE MANTÊM SERVIDORES DO ESTATUTO E DA CLT, PORQUE AINDA NÃO INSTITUÍRAM O REGIME ÚNICO. CUSTAS PROCESSUAIS - VAI OR CONDENATÓRIO - ARBITRAMENTO O ARBITRAMENTO DO VALOR CONDENATÓRIO NÃO PODE FICAR AO SABOR DA VONTADE DO JULGADOR, DEVENDO GUARDAR COERÊNCIA COM AS VERBAS OBJETO DA CONDENAÇÃO, EM RESPEITO AO PRINCIPIO DA AMPLA DEFESA, ASSEGURADO POR MANDAMENTO CONSTITUCIONAL — INCISO LV, ARTIGO 5° DA CF.

DECISÃO por unanimidade, conheces do recurso e, no mérito, dar-lhe provimento parcial, para rearbitrar o valor condenatório em R$32.000,00 (Trinta e Dois Mil Reais), sobre o qual são calculadas as custas processuais, no importe de R$640,00 (Seiscentos e Quarenta Reais), tudo nos termos da fundamentação, Mantendo-se, no mais, a r. decisão recorrida.

B) ACÓRDÃO N° 027846/2000 - TRT- 15° REGIÃO- PUBLICADO DOE-31/07/2000

TRIBUNAL: 15' Região ACÓRDÃO NUM: Acórdão: 027846/2000 DECISÃO: 31 07 2000 TIPO: REO NUM: 021861 ANO: 1999 TURMA: TU1 - Primeira Turma FONTE: DOE DATA: 31-07-2000 PAR EFS:

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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

Recorrente: JP JCI E CEE 1 EPS - CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO T ECNOLÓGICA "PAULA SOUZA" Recorrido: MAURO PEREIRA MA I IAS RELATOR: ANTONIO MIGUEL PEREIRA

EMENTA SEXTA PARTE - FUNCIONÁRIO PÚBLICO ESTADUAL - A sexta-parte é beneficio instituído pelo Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo, posteriormente recepcionado pela Constituição Estadual, que reduziu o prazo para o direito à vantagem Os celetistas não tinham direito à mencionada vantagem, e a Constituição Estadual para estes não é auto-aplicável, pois necessita de lei ordinária, uma vez que a Constituição Federal instituiu o regime jurídico único, até hoje não adotado pelo Estado de São Paulo.

DECISÃO por unanimidade, dar provimento aos recursos voluntário e "ex officio" para excluir do decreto de.cimeiro au o adicional or tem .o de servico e a sexta arte dos vencimentos, resultando na improcedência da ação, tudo consoante os termos da fundamentação. Custas em reversão, confoune fixado pela decisão recorrida - Enunciado n° 25 do C. Tribunal Superior do Trabalho (g.n.).

Não obstante, houve, ainda, violação pelo v. acórdão de artigos e princípios consubstanciados na Constituição Federal, consoante exposto nas razões do recurso de revista, que deixamos de repetir, por desnecessário, urna vez que integram o presente recurso de agravo. Com efeito, a decisão do v. acórdão regional fere princípios constitucionais, tais como o da legalidade e da indisponibilidade do erário, além dos artigos 37, "capuz", 39, 61, 100 e 169, todos da Carta Magna e do art. 38 das Disposições Transitórias.

Note-se que cabe recurso de revista das decisões de última instância para o Tribunal Superior do Trabalho, quando proferidas com violação literal de dispositivo de lei federal, ou da Constituição Federal.

Ademais, cabe lembrar que não há necessidade de preencher todas as alíneas do artigo 896 da Consolidação das Leis do Trabalho para o cabimento do . recurso em tela.

Ocorrendo uma das hipóteses, já se demonstra perfeitamente cabível referido recurso.

O Recurso de Revista, neste caso, tem fundamento na violação de princípios e dispositivos da Constituição Federal, conforme exposto nas razões do recurso de revista.

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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

Outrossim, nesse sentido, saber se houve ou não ofensa à norma Constitucional constitui matéria reservada ao juízo de mérito e não ao juízo de admissibilidade. .

Por conseguinte, ao denegar seguimento ao recurso de revista sob o fundamento de que a função uniformizadora do Tribunal Superior do Trabalho já foi cumprida na pacificação da controvérsia, através da edição de uma Orientação Jurispmdencial Ttransitória o Excelentíssimo Desembargador Presidente Regimental do Egrégio Tribunal Regional adentrou matéria reservada a esse Colendo TST.

Ante o exposto, a Fazenda do Estado de São Paulo, reiterando os termos do Recurso de Revista interposto, pede e espera o provimento do presente AGRAVO DE INSTRUMENTO, para que seja reformada a r. decisão de lis, que denegou seguimento à Revista, determinando-se a subida dos autos a este C. Tribunal Superior do Trabalho.

São Paulo, 27 de julho de 2011.

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E CRISTINA NASSIF ELIAS Procuradora do Estado OAB/SP 127.616

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PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRT 2a REGIÃO

RO-0255900-44.2008.5.02.0059 - Turma 6 -u

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AGRAVO DE INSTRUMENTO

Agravante(s):

Advogado(a)(s):

Agravado(a)(s):

Advogado(a)(s):

Fazenda Pública do Estado de São Paulo

CLAUDIA HELENA DESTEFANI LACERDA (SP -120487-D)

Jacira Bueno Santana E TANIA C. H. ROGEL

REGIANE FERREIRA DOS SANTOS (SP - 174032-D)

Mantenho o despacha agravado. Processe-se o Agravo de Instrumento.

São Paulo, 18 de agosto de 2011.

Sonia Maria Prince Franzini

Desembargadora Vice-Presidente Judicial

Certifico que, por edital publicado nesta data no DOeletrônico do Tribunal Regional do Trabalho da 2a Região, o(s) agravado(s) foi(foram) intimado(s) para apresentar contraminuta e, pontrarrazões.

' São Paulo,

1. :` ht3

Eunice Avanci de Souza ,

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'Documento assinado com certificado digital por Sonia Maria Prince Franzini, Desembargadora Vice-Presidenté Judiciai, em 18/08/20 às 15:56h (Lei 11.419/2006)

Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho

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PROCESSO N° TST-AIRR-255900-44.2008.5.02.0059

ACÓRDÃO 6a Turma ACV/al/s

AGRAVO DE' INSTRUMENTO. PARCELA INTITULADA "SEXTA-PARTE". EXTENSÃO AOS EMPREGADOS REGIDOS PELA CLT-DESPROVIMENTO. Diante da consonância do v. acórdão do Tribunal. Regional com a Orientação Jurisprudenéial Transitória 75 da SBDI-1 desta c. Corte e da ausência de violação de drspositivo•de lei e da. Constituição Federal, deve ser mantido o r. despacho. Agravo de instrumento desprovido.

• - - Vistos, relatados e• discuti os-estes autos dé Agravo

de Instrumento em Recurso de Revista - no

TST-AIRR-255900-44.2008.5.02.0059, em que é Agravante FAZENDA PÚBLICA

DO ESTADO DE SÃO.PAULO e são Agravadas JACIRA BUENO SANTANA E OUTRA.

-Inconformada com o r. despacho às fls. 159/161, que

denegou seguimento ao recurso. de revista, agrava de instrumento a

reclamada.

Com as razões às fls. 147/151, alega ser plenamente

cabível o recurso de revista.

Contraminuta não foi apreSentada (certidão à fl.'154).

A d. Procuradoria-Geral- do Trabalho opinou pelo

desprovimento do - agravo de. instrumento.

É o relatório.

• VOTO

I - CONHECIMENTO

Agravo de instrumento interpostona vigência da Lei

n°• 12.275/10, sendo desnecessário o preparo, por ser - a agraVante isenta

(art. 790-A da CLT e •art. 1°, IV, do DL 779/69).

Firmado por assinatura eletrônica em 05/06/2012 pelo Sistema de Informações Judiciárias do Tribunal Superior do Trabalho, nos termos da Lei n° 11.419/2006:

Poder Judiciário Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho

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PROCESSO n° 2ST-AIRR-255900- 44.2008.5.02.0059

preceito não faz' distinção entre servidor público regido por estatuto administrativo ou pela CLT. Tampouco restringe o direito aos servidores da administração pública direta, sendo certo que art. 124, da Carta do Estado, que dá início às regras constitucionais relativas ao serviço público, faz menção aos servidores da administração pública direta, autárquica e fundacional, pelo que qualquer restrição a Uma dessas esferas necessitaria estar expressa nos preceitos seguintes.

Por esses motivos, diante da referência genérica do art. 129 da Constituição Estadual, assegurando os direitos ali previstos a todos os servidores da administração pública direta, autárquica e fundacional do Estado, qualquer mie seja seu regime jurídico, o autor tem direito à sexta parte a partir da data que completou vinte anos de serviço, pelo que correta a r. sentença de origem fazer'.

A decisão regional está de1acordo com a atual jurisprudência da Seção

Especializada em Dissídios Individuais - .1 do C. Tribunal Superior do

Trabalho (Orientação Jurisprudencial transitória de n° 75), o que inviabiliza

o presente apelo nos termos da Súmula n° do C. Tribunal Superior do

Trabalho e §4° do artigo 896 da CLT.

A função unifoimizadora do Tribunal Superior do Trabalho já foi

cumprida na pacificação da controvérsia, o que obsta o seguimento do

presente recurso, quer por divergência, quer por violação de preceito dé lei

ou da Constituição Federal.

- Quanto à base de cálculo do benefício postulado, a matéria não foi

prequestionada no v. Acórdão e não cuidou a recorrente de opor os

competentes Embargos Declaratórios objetivando pronunciamento explícito

sobre o tema. Preclusa, portanto, a questão, ante os termos da Súmula n° 297

do C; Tribunal Supêrior do TrabalhO.

CONCLUSÃO

DENEGO seguimento ao Recurso de Revista."

Em relaçãó-àSEXTA-PARTE EXTENSÃO AOS SERVIDORES

CELETISTAS, o r. despacho deve ser mantido, eis que não se há - falar em

exame de divergência jurisprudencial, por -óbice da Súmula 333 desta c.

Corte e do art. 89-6, § 9° , da CLT, se a decisão do - eg. TRT se afina com

entendimento pacificado nesta c. Corte, .consubstanciado na primeira

parte da Orientação Jurisprudencial Transitória 75 da SBDI-1, que assim

dispõe : Firma-do por assinatura eletrônica em 05/06/2012 pelo Sistema de Informações Judiciárias do Tribunal Superior do Trabalho, nos termos da Lei n° 11.419/2006. •

Poder Judiciário - Justiça do Trabalho Tribunal Superior do Trabalho

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PROCESSO N° TST-AIRR-255900-44.2008.5.02.0059

ISTO POSTO

ACORDAM os Ministros da Sexta Turma do. Tribunal

Superior. do Trabalho, por unanimidade, negar provimento ao agravo- de

instrumento.

Brasília, 5 de Junho de 2012.

Firmado por Assinatura Fletronicà (Lei n° 11.419/2006)

. ALOYSIO CORRÊA DA VEIGA Ministro Relator

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Firmado por assinatura eletrônica em 05/06/2012 pelo Sistema de Informações Judiciárias do Tribunal Superior . . do Trabalho, nos termos da Lei n° 11.419/2006.

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO

TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO

Certidão de Publicação de Acórdão

ACÓRDÃO DA 6' TURMA

Processo n° AIRR - 255900-44.2008.5.02.0059

Certifico. que a ementa.e a decisão, relativas ao acórdão prolatado no

processo em 'referência, foram divulgadas no Diário Eletrônico da Justiça do

Trabalho em 14/06/2012, sendo consideradas publicadas ern 15/06/2012, nos

termos da Lei n° 11.419/2006.

Brasília, 1.5 de Junho de 2012.

Firmado por Assinatura Eletrônica

FABIANCA DE BARROS

Técnico Judiciário

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Firmado Por assinatura eletrônica em L3/06/2012 pelo( t) FAB[ANCA DE BARROS, Técnico luMeitirio por meio do Sistema Infonuaenes Judicitírins, nos termos da Lei IV 1 841912005.

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PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Justiça do Trabalho - 2' Região 59' Vara do Trabalho de São Paulo - Capital

Processo n°2559/2008

CONCLUSÃO

Nesta. dita, faço os presentes autos conclusos a MM. Juiz do Trabalho. São Paulb, 01/10/2012.

VA_ Lianielfe Lopes Maia Analista Judiciário

Intime-se a Procuradoria Geral do.Estado de São Paulo para

que - comprove, . em 15 dias, a inclusão. da sexta parte é

reflexos nas folhas de-pagamento e nos recibos.salariais do

autor, conforme sentença .de fls.71/74,• sob pena de execução

• da multa diária ali fixada, bem como as penas do artigo 330

do CP.

• São Paulo.. 01 de outubro dçl2012. ki

MAURi-.CIO MARCHETTI

Juiz do Trabalho

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PROCURADORIA GERAL DO ESTADO PROCURADORIA JUDICIAL

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EXMO. SR. DR. JUIZ DE DIREITO DA 21a VARA DO TRAUALIgi Dé CAPITAL

GS Proc. n° 02559200805902002 JACIRA BUENO SANTANA

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FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO C TI

A FAZENDA DO ESTADO DE SÃO PAULO, por sua procuradora infra assinada, nos autos da ação supra mencionada, vem, respeitosamente, expor e requerer o que segue:

A Fazenda do Estado de São Paulo foi intimada para proceder à inclusão da sexta parte e reflexos nas folhas de pagamento da requerente.

Cumpre esclarecer que enviamos, nesta oportunidade, oficio à Secretaria da Fazenda para cumprimento da obrigação em tela, competindo a este órgão, portanto, o efetivo cumprimento de tal obrigação de fazer.

Solicitamos, ainda, que aludida Secretaria informe a esta Procuradoria acerca do cumprimento de referida obrigação, com a máxima brevidade possível, para a comprovação em Juízo.

Requer, assim, aguarde-se a resposta do setor competente, para que tão logo detenha esta Procuradoria as informações necessárias, possa apresentá-las a este D. Juízo.

Termos em que Pede Deferimento,

São Paulo, 9 de outubro de 2012.

Maria Cecilia qnt a Saez Procuradora oJEs,a o OAB/SP 149.279

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URGENTE

Processo n. ° 02559200805902002 59U VARA DO TRABALHO DA CAPITAL Interessado: JACIRA BUENO SANTANA

ILMO. SR. PROCURADOR DO ESTAMO CHEFE DA PJ-7:

Solicito seja enviado oficio à_ Secretaria -da Saúde para cumprimento da obrigação de fazer, consis-tente na inclusão em folha de pagamento das re-clamantes o pagamento do benefício da sexta-parte dos seus vencimentos integrais, excluídos da base de cálculo outros adicionais por tempo de serviço e reflexos (conforme sentença), sob pena de pagamento de multa de R$ 200,00 por dia de atraso.

Os documentos juntados a esta representação são: sentença, acórdão, decisão que denega seguimento ao recurso de revista, acórdão do TST que negou provimento ao agravo de instrumento interposto, in-timação judicial.

Aludida secretaria deve informar ã Procuradoria Ju-dicial o cumprimento, o mais breve possível, para comprovação em Juízo.

À consideração dessa D. Chefia.

SP. 09.10.12

Maria Cecilif ti" Saez Procuradorakl. ado

OAB/SP 149.279

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URGENTE

Processo n. ° 02559200805902002 59' VARA DO TRABALHO DA CAPITAL Interessado: JACIRA BUENO SANTANA

ILMO. SR. PROCURADOR DO ESTADO CHEFE DA PJ-7:

Solicito seja enviado oficio à Secretaria da Saúde para cumprimento da obrigação de fazer, consis-tente na inclusão em folha de pagamento das re-clamantes o pagamento do beneficio da sexta-parte dos seus vencimentos integrais, excluídos da base de cálculo outros adicionais por tempo de serviço e reflexos (conforme sentença), sob pena de pagamento de multa de RS 200,00 por dia de atraso.

Os documentos juntados a esta representação são: sentença, acórdão, decisão que denega seguimento ao recurso de revista, acórdão do TST que negou provimento ao agravo de instrumento interposto, in-timação judicial.

Aludida secretaria deve informar à Procuradoria Ju-dicial o cumprimento, o mais breve possível, para comprovação em Juízo.

À consideração dessa D. Chefia.

SP. 09.10.12

Maria Ceon na Saez Procura do tado

OAB/SP 149.279

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Maria Procuradora do Eseab Chefe

res Biazotto a 7a Subprocuradoria

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO Procuradoria Judicial

PJ-F n° Pasta PJ n.° 469/2009 Interessado: JACIRA BUENO SANTANA Processo n°02559200805902002

SECRETARIA DA SAÚDE

OBRIGAÇÃO DE FAZER - URGENTE

Encaminhe-se à Secretaria supra-mencionada - com tramitação pela respectiva Consultoria Jurídica, se necessário -solicitando a adoção das providências necessárias, nos termos da representação retro.

ri

São Paulo, Nilitilith ubro de 2012.

(De ordem do Sr. Chefe da PJ)

PROCESSO No._oni 9 3/9 rotiso n),

TERMO DE APENSAMENTO

0 n 2/069 -90/2 NESTA DATA, FOI APENSANDO O PROCESSO NR.04,) (90o

DATA SI URA Izildinha M. de Moura Bettoni

RG.: 14.508.507 Diretor

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO

CENTRAL DE PROTOCOLO EXPEDIÇÃO E ARQUIVO

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

CONSULTORIA JURÍDICA

FLS.76

N° DO PROCESSO---001/09410/001.750/2012

DATA DE ENTRADA : ..01../11 /2012--

DISTRIBUIDO AO DR (a) ... NUHAD

EM 01 I-- 11-/--2012

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE 43

CONSULTORIA JURÍDICA

Processo n° 001/0941/001.750/2012 (Apenso 001/0001/004.069/2012). Interessado: JACIRA BUENO SANTANA E OUTRA.

(Reclamação Trabalhista n° 02559200805902002 da 218 Vara do Trabalho/SP -Banca: 71-A - PJ n° 0469/2009).

Ao GGP-NAA,

para cumprimento da OBRIGAÇÃO DE FAZER, em

caráter de URGÊNCIA, devendo ser a eles juntados todos os elementos hábeis á defesa do

Estado em Juízo, inclusive cópias de todos os documentos, processos ou expedientes

referentes ao assunto.

C J., em 01 de novembro de 2012.

ALEXAN RE FILARDI Procurador do Estado Chefe Substituto da

Consultoria Jurídica

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GGP 08 de novembro de 2012

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A Aut,tY

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS

GRUPO DE GESTÃO DE PESSOAS CENTRO DE LEGISLAÇÃO DE PESSOAL

Fls. ..fg

GGP/CLP PROCESSO N° 001/0941/001.750/2012 APENSO N° 001/0001/004.069/2012

INTERESSADO: JACIRA BUENO SANTANA E OUTROS

ASSUNTO: RECLAMAÇÃO TRABALHISTA — OBRIGAÇÃO DE FAZER

Trata-se de Obrigação de Fazer extraída da Reclamação Trabalhista —proc. n° 02559.2008-059.02.00-2 — em curso pela 59a Vara do Trabalho da Capital/SP, ajuizada por ladra Bueno Santana e Outros, cuja decisão judicial transitada em julgado, nos termos de peças encartadas nos autos, garantiu-lhes o pagamento do "benefício da sexta-parte dos seus vencimentos integrais, excluídos da base de cálculo outros adicionais por tempo de serviço e reflexos". (Fls. 72).

Considerando que a decisão em comento impôs o pagamento de sexta-parte, é necessário, s.m.j., que, em um primeiro momento, o expediente passe pela CAF — Secretaria da Fazenda, para elaboração de fórmula de cálculo para então retomar a esta Pasta, onde será apostilado.

De consequência, com a urgência que o caso requer, sugiro o encaminhamento do feito à Coordenadoria da Administração Financeira — CAF, da Secretaria da Fazenda, para análise e providências.

CLP, em 08 de novembro de 2012

Di AND É PEREIRA DA ILVA

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TOR TÉCMCO 17

Ciente. Encaminhe-se na forma proposta, ressaltando-se que, após, os autos

deverão retornar, em trânsito direito, ao Centro de Legislação de Pessoal, do Grupo de Gestão de Pessoas, para o devido apostilamento e cumprimento da obrigação de fazer.

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SECRETARIA DA FAZENDA

Processo No 23751-1472676/2012

Termo de Apensamento

Nesta data apensou-se a este processo de número 23751-

1472676/2012, o documento de número 23751-1472693/2012.

NÚCLEO DE APOIO ADMINISTRATIVO - CAF, em 12 de novembro de 2012.

LILIANE ROD1 IGUE5 FERRACINI

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Termo de Apensamento Página 1 de 2

ASSISTENTE DE ADMINISTRAÇÃO E CONTROLE DO ERÁRIO

https://sefaznet2.sedefazenda.sp.gov.br/gdoc/Paginas/TermoApensamento.asp 12/11/2012

o Tribunal Regional do Trabalho da 2a Região / Acompanhamento Processual em 1' Instâ... Página 1 de 4

Acompanhamento Processual em 1a Instância

PODER JUDICIÁRIO FEDERAL Justiça do Trabalho - 2a Região

Processo : São Paulo - Capital

Vara: 059 - 02559004420085020059

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Autor

Advogado

:

:

Distribuído em 28/11/2008

AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Jacira Bueno Santana + 1

REGIANE FERREIRA DOS SANTOS

Réu : Fazenda Pública do Estado de São Paulo

Solução : Procedência em parte de Ação em

Data(s) Trâmite(s)

22/10/2012 Recebimento de AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Data prevista 15/10/2012

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO

09/10/2012 Protocolo de Petição de Manifestação

Nome: Fazenda Pública do Estado de São Paulo

05/10/2012 Entrega em carga/vista de AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO-Perito/Terceiro

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01/10/2012 Recebimento do TRT de AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Sentença Mantida pela 2' Instância

13/10/2009 Recebimento -2' Inst.(SRA/DE) AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Enviado para 2' Inst no Lote 2009/ 154

02/10/2009 Remessa para 2' Instância de AÇÃO TRABALHISTA (ORDINÁRIO)

Enviado para 2' Inst no Lote 2009/ 154

10/09/2009 Protocolo de Petição de Contrarrazões R.O.

Número do Protocolo: 111031 Vencimento: 17/09/2009

Nome: Jacira Bueno Santana

09/09/2009 Publicação de Intimação Contra-arrazoar R.O.

Para o(s) Autor(es) Ed.N° 1741 Sol.N° 4457

08/06/2009

http://aplicacoesitrtspjus.br/consultasphp/public/index.php/primeirainstancia 28/11/2012

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GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA FAZENDA

CAF/DDPE

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PROCESSO PJ/F: PROCESSO N.°: INTERESSADO: ASSUNTO:

1750/2012 — 71 A 2559-2008-059-02-00-2 - 59a Vara do Trabalho JACIRA BUENO SANTANA E 00 OBRIGAÇÃO DE FAZER

Objeto da Ação

Concessão da vantagem da sexta parte sobre os vencimentos integrais, excluindo da base de cálculo outros adicionais por tempo de serviço e reflexos, na forma do artigo 129 da Constituição Estadual, a partir de 01/11/89, ou a partir da data em que completou vinte (20) anos de efetivo serviço público, se posterior a essa data.

Fórmula de Cálculo

• Parcela incorporada aos vencimentos

• Sexta-parte S/A, de forma que haja incidência legal na base de cálculo "B" (ganho de causa)

Observações

- Vigência a contar de 01/11/89, desde que a autora possua mais de vinte (20) anos de efetivo exercício ou a partir da data em que completou o tempo aquisitivo se posterior a essa data

Quanto a autora Jacira Bueno Santana, fica prejudicada na presente ação, tendo em vista que não possui o tempo aquisitivo de 20 (vinte) anos de efetivo serviço público.

- Deverá ser observada a prescrição quinquenal, ajuizamento da ação ocorreu em 28/11/2008

esclarecendo que o

n -u

o co

GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO SECRETARIA DA FAZENDA

CAF/ DDPE

PROCESSO PJ/F: PROCESSO N.°: INTERESSADO: ASSUNTO:

1750/2012 — Banca 71 A 2559-2008-059-02-00-2 - 5? Vara do Trabalo JACIRA BUENO SANTANA E 00 OBRIGAÇÃO DE FAZER

Trata o presente do cumprimento da Obrigação de Fazer, face a ação movida por: JACIRA BUENO SANTANA E 00.

Juntamos às fls. 82, a fórmula de cálculo para cumprimento do julgado face a manifestação da Procuradora da causa às fls. 73, muito embora não constou no presente os termos do Decreto n.° 28.055.87.

Cumpre-nos ainda informar, que o cumprimento da Obrigação de Fazer é de competência da Secretaria da Saúde.

Isto posto, encaminhe-se o presente à d. Procuradoria Judicial, a fim de que a Procuradora da causa se digne conhecer e adotar as medidas cabíveis.

DDP/DIJ, em 28 de novembro de 2012.

n -o

o co Ni

À P.J

uAQviLA-421

, -c rei,

lADERVANDO ANT • Qi DA SILVA JUNIOR Diretor Técnic e de 1 visão da Fazenda Estadual

PJ-F n2 1750/12

Pasta PJ n.2 0469/2009

Interessado: JACIRA BUENO SANTANA E OUTRO

PROCURADORIA GERAL DO ESTADO Procuradoria Judicial

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

Encaminhe-se à Secretaria de Estado da Saúde — com tramitação

pela respectiva Consultoria Jurídica, se necessário - solicitando a adoção das

providências necessárias, nos termos da representação retro.

São Paulo, 17 de dezembro de 2012.

n -u

o co

OP

Gisele hara Espinoza

Procuradora do Estado Chefe da 7P Subprocuradoria em

substituição

NESTA DATA, FOI APENSANDO O PROCESSO NR.O OCO 0y9 O 210 (1) 9/9(910)„.,

(11771 DATA 3 A4SSNAtURA zildinha M. de Moura Bettoni

RG,: 14.508.507

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA GERAL DE ADMINISTRAÇÃO

CENTRAL DE PROTOCOLO EXPEDIÇÃO E ARQUIVO

n -o

o

PROCESSO N°. (Dy() 9 2-!%f S-0/ P O ) 2

TERMO DE APENSAMENTO

1 ;)

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE

CONSULTORIA JURÍDICA

Processo n° 001/0941/001.750/2012 (Apenso 001/0001/004.069/2012). Interessado: JACIRA BUENO SANTANA E OUTRA.

(Reclamação Trabalhista n° 02559200805902002 da 212 Vara do Trabalho/SP -Banca: 71-A - PJ n° 0469/2009).

Ao GGP-NAA,

para cumprimento da OBRIGAÇÃO DE FAZER, em

caráter de URGÊNCIA, devendo ser a eles juntados todos os elementos hábeis à defesa do

Estado em Juízo, inclusive cópias de todos os documentos, processos ou expedientes

referentes ao assunto.

C.J., em 09 de janeiro de 2013.

NUHAD SAI OLIVER Procuradora do E tado Chefe da

Consultoria! Jurídica

sb

n -o

o co

SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE COORDENADORIA DE RECURSOS HUMANOS

GRUPO DE GESTÃO DE PESSOAS CENTRO DE LEGISLAÇÃO DE PESSOAL

Fls. g

GGP/CLP

PROCESSO N°. 001/0941/001.750/2012 (AP N°. 001/0001/004.069/2012)

INTERESSADO: JACIRA BUENO SANTANA E OUTRA

ASSUNTO: RECLAMAÇÃO TRABALHISTA

Encaminhem-se os autos ao Centro de Controle de

Recursos Humanos para que seja providenciada a competente Portaria, DECLARANDO, à

vista da decisão judicial transitada em julgado, constante da Reclamação Trabalhista -

Processo n°. 02559200805902002 (59a Vara do Trabalho de São Paulo-Capital — TRT 2a

Região), PJ/F n°. 1750/2012, PJ/V n°. 0469/2009 e AP n°. 001/0001/004.069/2012, em nome

de JACIRA BUENO SANTANA E OUTRA, em cumprimento ao v. acórdão proferido pela

Sexta Turma do Tribunal Superior do Trabalho no Agravo de Instrumento — Processo n°.

TST-AIRR — 255900-44.2008.5.02.0059, que as interessadas (contra capa) fazem jus à

"concessão da vantagem da sexta-parte sobre os vencimentos integrais, excluindo da

base de cálculo outros adicionais por tempo de serviço e reflexos, na forma do artigo 129

da Constituição Estadual, a partir de 01/11/89, ou a partir da data em que completou

vinte (20) anos de efetivo serviço público, se posterior a essa data, observada a

prescrição quinquenal (o ajuizamento da ação ocorreu em 28/11/2008)".

CLP, em 22 de janeiro de 2013.

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EREIRA DAABILVA DIRETOR TÉCNICO II

MC/.