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Novo momeNtoPara 2013, a Haco PrePara mudanças Para rePosicionar sua marca no mercado
RoNaldo FRagaem entrevista exclusiva, o estilista fala sobre o cenário de moda atual e como aproveitar a atenção do mundo no Brasil
EXCLUSIVO
aRquitetuRa Na modaVeja como as duas vertentes criativas se entrelaçam
pequeNos coNsumidoRescomo as marcas investem para atender a demanda do público infantil e seu crescente poder de consumo
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FASHION ATTITUDE
iNdeXiNdeX
PREVIEW HACO
16DAS TENDÊNCIAS AOS PRODUTOS
INDEX
PERFIL
06É O TEMPO DAAUTORALIDADE
CULTURA
08TREND HOUSE INDICA
BRANDING
10A IDENTIDADE DA MODA
PREVIEW HACO
14MUTAÇÃO - PRIMAVERÃ VERÃO 13/14
PÁG INA 1
8
PÁG INA 3 4
MERCADO INFANTIL
30PEQUENOS GRANDES CONSUMIDORES
INTERNACIONAL
32DO OUTRO LADO DO OCEANO
TECNOLOGIA
34PRATICIDADE ONLINE
LIFESTYLE
36ARQUITETURA NA MODA
VITRINE
26PASSARELA DE TENDÊNCIAS
EDITORIAL
18EXCLUSIVIDADE HACO
28ACESSÓRIO INDISPENSÁVEL
LAST WORD
38VAREJO TÊXTIL BRASILEIRO EM NÚMEROS
editoRialeXpedieNte
CONSELHO EDITORIAL HACO
Chief Executive Officer Alberto Lowndes
Diretor de OperaçõesMarcos Rocha de Oliveira
Gerente de MarketingCinara Battisti Raulino
Gerente Nacional de VendasJosé Vieira
CATARINA COLETIVO CRIATIVO
Editora-ChefePatrícia Lima
Gestão de ConteúdoCamila Beaumord
Direção de arteLya Zumblick
Esta publicação é de propriedade da HaCo, com projeto desenvolvido
por Catarina Coletivo Criativo.
Rua Sérgio Gil, 477, BalneárioFlorianópolis/SC - 88075-340[48] 3024 3432 www.catarinacoletivocriativo.com.br
Dúvidas e sugestões
Capa fotografada por Du Borsatto, styling por Henrique Tank e conceituação Catarina Coletivo Criativo.
Modelo veste maiô e top Glória Coelho, hot pants Estratosfera e colar Lazara Design
TRANSFORMAÇÃO É O QUE 2013 RESERVA PARA A HACO. Ao longo dos anos, construímos um caminho que nos levou à liderança no mercado, com investimentos em tecnologia, pesquisa e inovação. Com o objetivo de sempre propor as melhores soluções para nossos clientes, criamos laços fortes com uma indústria em constante movimento. Ou, nas palavras do estilista Ronaldo Fraga (que você encontra na entrevista exclusiva desta edição), pudemos ajudar, da nossa maneira, a desenhar a história da moda no Brasil.
Mas não é só pela tradição que a HACO é reconhecida por nossos clientes, ao contrário. A modernidade da empresa, resultado do espírito empreendedor de uma equipe que trabalha pensando sempre em propostas inovadoras, é o que atrai e conquista novos parceiros. Por isso, chegou o momento de renovarmos nossa identidade visual. A partir de um intenso estudo de branding, que você acompanha na matéria A Identidade da Moda, chegamos a uma linguagem contemporânea, fresca, que ilustra com clareza a essência de nossos criadores.
Você vai perceber essa mudança em todo o nosso material deste ano, ao começar pela sua leitura desta edição da Trend House. Nosso editorial fotográfico, inclusive, mostra a influência das novas cores e formas da HACO de uma maneira conceitual. E, como nosso trabalho interno nunca para, você fica por dentro do preview que desenvolvemos para a Primavera/Verão 2013-14 e de todo o processo de pesquisa que envolve a coleção.
Outros destaques deste número incluem um olhar ao crescente segmento de moda infantil e as estratégias das quais as maiores grifes brasileiras se apropriam para conquistar esses pequenos (e potentes) consumidores. Transportamos você a Portugal, para conhecer nossa unidade europeia, além do universo virtual de nossa loja online. Como nosso dia a dia depende das últimas informações que influenciam o comportamento das pessoas, compartilhamos algumas novidades culturais para você começar 2013 inspirado.
Em um ano de tantas mudanças, o que permanece igual é o compromisso com nossos clientes e parceiros. Todas as ações são realizadas para um atendimento ainda melhor, por isso a importância de exibir tudo aquilo que a Haco representa, com uma linguagem clara. Esperamos que você acompanhe conosco este novo momento tão especial.
Boa leitura.
EquiPE HaCo
EXPEDIENTE
edito rial
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epeRFilpeRFil
Ronaldo Fraga não é um homem fácil de se
encontrar. Ao marcar esta entrevista para a
TREND HOUSE, eventos como uma conferência
no London College of Fashion, os preparativos
para o desfile na São Paulo Fashion Week
e a abertura da exposição que narra toda a
trajetória do estilista através de seus desenhos
“empurraram” a data do encontro cada vez
mais pra frente. Mas mesmo em meio a uma
agenda tumultuada, Ronaldo fez questão de
discutir seu ponto de vista com exclusividade
à TREND HOUSE.
Tantos compromissos são de se esperar de
um dos maiores ícones da moda brasileira
contemporânea. O mineiro chegou aonde chegou
graças à sua mente inquieta e curiosa e à
vontade de ir sempre mais longe, de absorver
um pouco de tudo para inspirar todos nós. E
quando conversamos, a fala mansa e tranquila
de Ronaldo é prova de que toda a agitação não
o abala – é combustível estimulante que o guia
diariamente.
Focado em tratar a moda como um viés cultural,
o estilista assinou alguns dos desfiles mais
emocionantes das passarelas de São Paulo,
trazendo referências de figuras importantes
do país, como Athos Bulcão, Zuzu Angel, Mário
de Andrade e, em sua última coleção, o artista
Paulo Marques de Oliveira. Em 2011, abriu
mão de se apresentar no São Paulo Fashion
Week para passar uma temporada de estudos
no Pará. A pesquisa rendeu incríveis frutos,
como o trabalho de biojoias com sementes da
Amazônia que influenciou toda a sua coleção
de verão no ano seguinte.
É sobre essa relação com a moda e seu objeto
de estudo que Ronaldo Fraga fala à TREND
HOUSE. Em um período de globalização, com
o Brasil em grande evidência internacional,
são as criações autorais que resistem à era
das tendências rápidas e descartáveis.
Trend House: Ronaldo, para começar, você pode falar um pouco sobre a sua estada em Londres? Você foi um dos poucos brasileiros a palestrar no evento universitário da London College of Fashion.
Ronaldo Fraga: Sim, o evento se chamou A
Tale of Three Cities, para discutir justamente
a influência da moda brasileira contemporânea
no Reino Unido, no contexto da globalização. Foi
muito bom participar. Adoro Londres, estudei
lá na Central Saint Martins, então foi bom fazer
parte do painel.
TH: E você emendou a viagem com o fim do São Paulo Fashion Week.
RF: Sim, isso aqui nunca para. Sempre penso
na próxima coleção; daqui a pouquinho, em
março, já tem desfile novamente. E gosto de
estar envolvido em tudo, em diferentes maneiras
de conversar sobre moda. Hoje o desfile é mais
uma coisa para mim, faz parte do meu processo
inteiro. Por exemplo, a partir de fevereiro, eu
viajarei pelo Brasil para fazer o lançamento do
livro Caderno de roupas – memórias e croquis,
que traz toda a história das minhas coleções
em desenhos e croquis.
TH: Esta é uma época em que a moda bra-sileira está no radar de todos. Até Londres, referência em criatividade internacional, abriu uma conferência para discutir o Brasil. Como você avalia esse momento?
RF: Por um lado, a moda nacional chegou a
um lugar onde ela nunca tinha estado antes.
O acesso às pessoas hoje é mais democrático
e mais próximo. Nunca houve tanto interesse
em torno da moda brasileira, de fato. Só que,
ao mesmo tempo, produzir moda no Brasil
está cada vez mais difícil. Estamos caminhando
para um momento no qual, no ritmo em que
estamos, em dez anos, corremos o risco de
não ter uma tecelagem no Brasil. Então, isso
está demandando uma articulação do setor
que ele nunca teve. Acho isso muito sério. Se
formos avaliar o meu caso, particularmente,
pelo tamanho que eu tenho, pelo tanto que
eu produzo, talvez eu não precisasse estar
preocupado com isso. Mas isso é um problema
do setor. Portanto, é um problema de todos.
TH: Além da produção, como você enxerga a concorrência?
RF: Pois então, além disso, vivemos hoje uma
concorrência extremamente desleal. Porque
vimos marcas de fora que têm um poder
econômico muito maior do que qualquer marca
brasileira entrando no mercado nacional, com
um investimento em marketing promocional
violentíssimo. A maioria delas produz nos
países asiáticos, então, com isso, o custo é
infinitamente mais baixo em comparação ao
custo do que é produzido no Brasil.
Mas acho que é um caminho natural, que vai
acabar atingindo todos. O concorrente há muito
tempo deixou de ser a marca do seu lado para
ser uma marca estrangeira. Para mim, a moda
no Brasil tem três concorrentes muito fortes.
Primeiro, as novas tecnologias eletrônicas.
Quer dizer, as pessoas preferem comprar um
novo iPhone, celular, iPad, a roupa. Em segundo
lugar, essa concorrência direta das marcas
europeias. E, é claro, o aeroporto! Pois é muito
mais fácil viajar para comprar lá fora, chega a
ser mais barato.
TH: Você enxerga uma saída em meio a essa realidade?
RF: Imediatamente, temos que avaliar o lado
bom. Cada vez mais temos que investir no DNA
de marca. Porque as marcas “referência”, que os
brasileiros sempre copiavam, estão abrindo a loja
ao lado da loja deles. Nós vivemos um momento
que eu digo que é momento da moda autoral no
Brasil. É o tempo da autoralidade.
TH: Isso é algo que você aperfeiçoou ao longo dos anos.
RF: Sim, quer dizer, eu admiro estilistas que
pensam assim. Admiro muito os japoneses, a
escola belga de moda. O tempo inteiro, eles
constroem a modernidade, a contemporaneidade,
mas com uma base sólida na referência cultural.
É isso que faz com que eles criem produtos que
estejam acima da temporalidade da moda. E
eu acho que o Brasil pode vir a conquistar isso
com uma geração futura de designers. Mas de
certa forma, é algo em que eu acredito e por eu
acreditar é o que eu tento fazer.
TH: Vamos falar em outros parceiros que estão presentes em suas criações. Como é a sua relação com a Haco?
RF: Produzo minhas etiquetas com a Haco, já
somos parceiros há anos. E é impossível falar
de moda brasileira sem citar a Haco. É uma
empresa que tem tradição, tem história. Sabe,
como deixar de citar o trabalho que eles fazem
com etiquetas bordadas? É maravilhoso, há peças
únicas, que não se encontra em outro lugar.
Então, eu diria que a Haco ajudou a desenhar a
história da moda no Brasil.
TH: E a sua relação com a moda? Como você descreveria?
RF: Eu costumo dizer que tem coisas da moda
que são muito especiais e são o que me move. A
moda acabou me levando a lugares que em dias
normais eu não iria. Outra coisa boa é o processo
de pesquisa, o seu tempo com o objeto pesquisado.
Antes de chegar, sentar com a equipe e apresentar,
eu já tenho que ter tido uma convivência íntima
com o tema. E transformar um objeto pesquisado
em produto é muito estimulante, muito excitante.
Acho que essa é a grande diferença da moda em
relação a outros setores da cultura.
É o tempo da autoralidaderonaldo Fraga Fala com exclusividade sobre a sua visão do mercado de moda brasileiro e deFende criações autorais e atemporais.
RONALDO FRAGA
CADA vez mAis temOs que
iNvestiR NO DNA De mARCA.
Nós vivemOs um mOmeNtO
que eu DiGO que é O mOmeNtO
DA mODA AutORAL NO BRAsiL.
é O tempO DA AutORALiDADe.
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ecultuRacultuRa
O premiado estilista YoHJi Yamamoto anunciou
que tem planos de dirigir seu próprio filme. Com
burburinho sobre a produção desde o festival de
talentos francês Hyères, o introspectivo designer
mantém o projeto em segredo, revelando apenas
que a trama não será focada em sua trajetória
pessoal. Yamamoto já trabalha com uma equipe de
roteiristas, e a previsão de lançamento é para 2014.
Enquanto isso, a trEnD HousE indica o docu-
mentário YoHJi Yamamoto: tHis is mY DrEam,
que mostra a rotina do designer durante os meses
que antecedem o desfile da marca Y-3 na semana
de moda de Nova York. Geralmente reservado,
o estilista revela abertamente a infância difícil
como sobrevivente do bombardeio em Hiroshima
e como o trauma se reflete em sua vida e em suas
criações. Vale a pena para conhecer melhor um
dos maiores artistas desta geração da moda.
TREND INDICA
YOhji YAmAmOtO: this is mY DReAmdoc
pequeNOs DetALhes
O trabalho do pintor lisboeta João FiguEirEDo
brinca com a dualidade do moderno e de obras
clássicas. Em quadros de personagens históricos
– influência dos muitos anos passados no curso de
história da arte - novos elementos são inseridos,
como módulos, enquadramentos diferentes, formas
geométricas e espelhos.
O resultado é uma obra completamente nova, nas
quais evidencia e esconde informações, símbolos
e detalhes para mostrar ao público uma nova
abordagem ou fazer revelações ao espectador. É
como se o mundo moderno pudesse se comunicar
com o passado.
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Claire Boucher, mais conhecida no mundo musical
como grimEs, é uma cantora/diretora de vídeo
canadense. Com 24 anos, a carreira como cantora
começou ainda em 2010, quando frequentava a
faculdade de música em Montreal. Tem um estilo
de música difícil de ser definido, que Grimes tenta
explicar com suas próprias palavras: “Por ser um pouco parecido com tudo o que você já ouviu, a coisa toda soa como algo que você nunca ouviu”. E com
esse estilo, Grimes já está no seu terceiro álbum,
Visions, lançado este ano e que foi considerado pelo
The New York Times, como o mais impressionante
álbum de 2012.
Esse mix de estilos fez com que suas músicas fossem
escolhidas por duas marcas importantes na última
semana de moda europeia para trilhas de seus
desfiles. Genesis foi a escolha da Fendi e Vanessa empolgou o público que assistia ao desfile da Topshop.
Baseado no romance russo de Tolstói, anna
KarEnina conta a história de uma mulher
que vive na alta sociedade russa do século XIX,
casada e apaixonada por um jovem militar. Anna é
interpretada por Keira Knightley e o filme estreia
em fevereiro aqui no Brasil. Mas o que chama
mais atenção do público no filme, não é apenas
a história, mas o figurino criado por Jacqueline
Durran ̄ que já trabalhou em filmes de época com
Knightley, como Desejo e Reparação e Orgulho
e Preconceito, pelos quais foi indicada ao Oscar.
Para o filme, Durran usou nada menos que
2 milhões de dólares em joias, todas criadas
pela Chanel Joaillerie, que exaltam a vaidade
característica da personagem principal. Já os
vestidos são apenas inspirados nas peças do
século XIX, pedido feito pelo diretor Joe Wright, que
queria um toque contemporâneo no figurino. Para
isso, Jacqueline inspira-se nas silhuetas da década
de 1950 de criadores como Dior, Balenciaga e
Lanvin, o que resultou em corpetes assimétricos
dos anos 1950 e saias com modelagem de 1870.
Imperdível!
ChANeL - COLLeCtiON & CReAtiONslivros
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Com 208 páginas, o livro CHanEL – CoLLECtions
& CrEations conta quais são os principais
elementos que fazem parte da história de uma
das marcas mais importantes no mundo da moda.
O tailleur, a camélia, as joias, as maquiagens,
os perfumes e a jaqueta preta são registrados
desde o passado até o presente, através de fotos
dos principais fotógrafos de moda – algumas
delas inéditas – e mostram a evolução da marca
e de como esses itens foram redescobertos e
reinventados pelos novos estilistas da marca.
CRONOLOGiA DA mODA: De mARiA ANtONietA A ALexANDeR mCqueeN
Com tantos filmes e livros a seu respeito, Maria
Antonieta transformou-se em uma personagem
lendária. Incontestável, no entanto, é o estilo da
última rainha da França, com seus penteados
rebuscados e a renúncia ao espartilho. Por isso,
é ela quem dá início à CronoLogia Da moDa,
de N.J. Stevenson. A fotógrafa britânica organiza,
em ordem cronológica, os objetos que já foram
novidade do século XVIII até hoje, passando pelas
fashionistas da série Sex and the City, as loucuras
de Madonna e os grandes estilistas das últimas
décadas, como Alexander McQueen, Coco Chanel
e Christian Dior.
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Mas não foram apenas as músicas de Grimes
que embalaram os desfiles da última temporada
europeia, por isso montamos uma playlist com
as canções de que mais gostamos:
Fendi | Genesis – Grimes
Etro | Spectrum – Florence & The Machine
mary Katrantzou | The Man Who Sold The World – David Bowie
Balmain | What Difference Does It Make? - The Smiths
rochas | Wouldn’t It Be Nice – Beach Boys
Diesel Black gold | Octopus – Bloc Party
GRimes
Para mais informações é só acessar o site do artista: joaofigueiredo.com
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a iden- tidade da moda
a Haco, que comemora
85 anos em 2013, aproveita
o momento para
reposicionar sua marca
no mercado. mudanças
em toda a identidade
visual mostram ao
pÚblico o verdadeiro
dna da empresa.
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A moda está em constante transformação. É o reflexo direto do comportamento das pessoas, a tradução dos valores de quem a veste. Um rápido olhar ao passado mostra que, com o primeiro par de calças femininas, nascia um movimento que reformulou a posição da mulher na sociedade. Paralelamente, em meio a jaquetas de couro, camisetas brancas e vestidos rodados, estava uma juventude em furor, dançando ao som de um novo gênero músical que tomaria conta das rádios ao redor do mundo e mudaria a indústria fonográfica para sempre.
Essas mudanças nos hábitos de consumo das pessoas, que até o século XIX levavam centenas de anos para ocorrer, aceleraram-se de forma drástica a partir de 1900 e é possível mapear um estilo definido de todas as décadas que passaram. No novo milênio, o processo é ainda mais rápido e os consumidores se mostram sedentos por novidades a cada temporada. Para acompanhar esse ritmo, as marcas precisam estar em sua melhor forma. Propostas inovadoras deixaram de ser o diferencial das coleções e hoje são quase pré-requisitos para conquistar o consumidor. Até as marcas mais tradicionais trabalham novas maneiras de parecer jovens e com o frescor que essa geração procura. E isso se aplica a toda a cadeia de moda.
DESFILE DIOR NA SEMANA DE ALTA COSTURA DE PARIS, 2012.
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ideias novas e ao inusitado. Além disso, o azul geralmente é associado ao conhecimento, à seriedade, à integridade e ao poder, palavras que definem a empresa com perfeição.
Aplicadas em todo o material da HACO a partir de 2013, as mudanças são importantes definidores do que é praticado dia após dia dentro de todas as unidades. A nova comunicação visa a atingir não apenas os clientes, mas toda a rede da empresa e seus stakeholders. São novos estilistas a procura de um parceiro como a HACO, estudantes de moda e a geração de criadores do futuro, a imprensa especializada, sindicatos, concorrentes, a comunidade e até mesmo os colaboradores, que ajudaram a construir este momento.
Hoje, com cinco unidades fabris (quatro no Brasil e uma em Portugal), a empresa consolida-se ao elaborar uma extensa gama de produtos. São soluções integradas, como etiquetas, cadarços, tecidos, fitas, tranfers, tags, sintéticos, lacres, metais e soluções em radiofrequência. A fábrica desenvolve ainda uma coleção de tecidos em jacquard e implementa agora a fabricação de cintos em cadarço. Tudo isso, em um ano, resulta
em uma produção de mais de três bilhões de peças. São cerca de 240 milhões de metros só em etiquetas, o equivalente a seis voltas ao mundo.
A empresa segue com ações inovadoras e que beneficiam todos os segmentos da moda. É o caso da expansão da área Haco Virtual, um espaço em que confecções menores têm acesso online a produtos customizados em pequena ou média quantidade. As soluções em radiofrequência, ou RFID, também são destaques. Altamente tecnológicas, as etiquetas permitem a identificação automática da mercadoria, a capacidade de visualizar toda a cadeia de suprimentos e a troca direta de dados entre empresas.
Com amplo portfólio de soluções e produtos de ponta, a HACO reconhece a importância de exibir tudo o que a empresa representa com uma linguagem clara e fresca, aliando a contemporaneidade à sua tradição. Toda a linguagem de moda estudada a fundo dentro de sua unidade agora passa a ser ilustrada também para os olhares de fora. Mudanças como essa mostram a capacidade de renovação de um líder de mercado. Afinal, a moda não pode parar.
Se voltarmos aos eventos narrados no começo deste texto, é interessante observar que a Haco esteve presente em todos eles. A líder absoluta em soluções de indentifição ajuda a traçar os rumos da moda brasileira há 85 anos e trabalha diariamente na construção de seu futuro. Vanguardista desde sua fundação, a empresa investe em tecnologia, pesquisa e informação de moda para uma matéria-prima de qualidade, que ultrapassou as fronteiras nacionais e hoje está presente em mais de 30 países.
Seus clientes correspondem não apenas com força de produção, mas também com a relevância que demonstram ter pela indústria fashion atual. Verdadeiros lançadores de tendências, grifes como Dior, Gucci, Hugo Boss e Calvin Klein são atendidas juntamente a players como Nike, Levi’s, Adidas, Zara, Victoria’s Secret e Reebok.
Marcas nacionais também aparecem em peso. São nomes consagrados como, Osklen, Cavalera, Redley, Richards, Cantão e Dudalina, ao lado das maiores redes de fast fashion do país, como C&A, Renner e Riachuelo. Para atender a essa demanda, a Haco pesquisa in loco os principais centros de moda no mundo. Não basta compreender a moda produzida em escala global, mas observar o comportamento e os costumes de todos
que ditam o direcionamento das maiores tendências. Por isso a importância de visitar cidades como Paris, Londres, Milão, Munique e Barcelona, participar de eventos da indústria têxtil, do vestuário e até mesmo contemplar a moda nas ruas – aquilo que o consumidor absorveu e trouxe para o seu dia a dia.
Hoje, a empresa vive um momento especial,em que colhe os frutos de todo o invenstimento que dispôs para não só compreender a complexidade da moda global, mas estar sempre um passo a frente, oferecendo as melhores soluções integradas para seus clientes. Com resultado mensurável tanto em escala de produção, quanto na importância para a cadeia de moda mundial, chegou a hora de a Haco comunicar toda a sua essência para o mercado. Mas como fazer isso?
Um complexo estudo foi colocado em prática para descobrir a percepção do público em relação à empresa e quais elementos em sua identidade visual poderiam ser ajustados para ilustrar seu verdadeiro DNA. Esse pro-cesso, conhecido como rebranding, serve para estreitar a relação das pessoas com a marca Haco. É interessante refletir que o status de líder no mercado pode até trazer uma percepção errônea, se a comunicação não for trabalhada da melhor maneira.
A partir da pesquisa, a chamada “arquitetura da marca”, ou os diferentes itens que informam sua identidade para o mercado dentro de uma estrutura, foi totalmente reformulada. Agora, o nome HACO aparece com uma nova fonte, muito mais moderna devido ao movimento contínuo e curvilíneo. Um símbolo com movimentos suaves e com encaixes homogêneos aparece interligado, para dar ainda mais força ao nome. Por fim, o descritivo “A identidade da moda” completa o efeito visual e esclarece que, além de desenvolver uma matéria-prima de extrema qualidade e um amplo portfólio de soluções, a empresa carrega a informação de moda em seu DNA.
As cores, que detêm grande influência na per-cepção das pessoas, também foram alteradas. O azul turquesa substituiu o verde por ser um tom envolvente e refrescante, que remete a
NãO BAstA COmpReeNDeR
ApeNAs A mODA pRODuziDA em
esCALA GLOBAL, mAs OBseRvAR
O COmpORtAmeNtO e Os
COstumes De tODOs que DitAm
O DiReCiONAmeNtO DAs mAiORes
teNDêNCiAs.
Acompanhe as mudanças que ocorrem na linguagem da Haco, sempre em sintonia com o período histórico.
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em constante evolução
1968 1977 1979 1983 1999 2013
pRevieW Haco pRevieW Haco
Multiculturas Japao China VietnaBordados patchworksCores quentes Desenhos geometricos blocos de cor
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AquarelaColoridoFuturistaTransparenciaExperiencias laboratoriais Imagens microscopicas`
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Naturezasustentabilidade
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PARA MAIS INFORMAÇõES, ENTRE EM CONTATO CONOSCO:
Nossa equipe está disponível para atendimento de segunda
a sexta-feira, das 7h às 18h, pelo telefone 0800 70 45670
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tendencias produtos
Muitos acreditam que as tendências de moda surgem da cabeça de algum estilista, e nem imaginam o processo criativo e o tanto de pesquisa de comportamento que são necessários para definir e detectar o que vai virar produto na próxima estação.
As fontes de pesquisas, nesse caso, ainda não são as revistas de moda e sim os movimentos sociais, o momento econômico e político dos consumidores e os costumes que podem mudar a maneira de as pessoas agirem ou enxergarem o mundo. A observação, a análise e a interpretação dessas macrotendências é o que sinaliza o desejo das
pessoas e orienta a indústria a escolher o caminho da moda, logo, do produto final.
Para interpretar esses movimentos, a equipe criativa da Haco mergulha em feiras e eventos que trazem essas informações traduzidas para a indústria, possibilitando pesquisa de tendência e resultando em produtos inovadores e competitivos no mercado.
E o que a nossa equipe detectou para a temporada de Primavera/Verão 2013-14? Quais os novos desejos que moverão a sociedade?
a Haco mantêm os olHos atentos e capta os movimentos e desejos da sociedade para guiar os lançamentos de seus produtos.
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Estamos sempre relembrando uma década fantástica ou pensando em alguma ficção científica. A tendência, enfim, é mergulhar no agora, no tempo em que vivemos. A cidade é a principal fonte de inspiração, onde o streetwear funciona como linguagem universal
e a beleza estará aí, nas roupas do cotidiano.
PRODUTO: Estampas com mensagens, grafismos com inspiração no concretismo, leve tensão entre o tradicional e o tecnológico. Cores urbanas.
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em: W
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A ciência agora é cool e assume o papel de novo luxo, nos permitindo ver beleza onde menos esperamos.Um de seus principais representantes é a biopsicodelia, com estampas surreias de DNA, radiografias cerebrais, vírus e moléculas. O corpo humano passa, cada vez mais, a ser território
de pesquisa para os designers.
PRODUTOS: Os tecidos serão mais tecnológicos, com tons metálicos e aquarelados. As estamparias remeterão a células e os acessórios e aviamentos parecerão acabar de sair de um laboratório.
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em: W
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A RiquezA visuAL DA BiOquímiCA
A tendência é celebrar a cultura local, a singularidade das culturas regionais e se inspirar nas comunidades, em seus símbolos, costumes e hábitos. A globalização deixa de ser o inimigo e permite que o local se inspire e floresça de acordo com as tendências globais. Os costumes das tribos afro-americanas e os ucranianos
renderam muitas pesquisas e são bons exemplos disso.
PRODUTO: Estampas listradas e vibrantes, em peças de algodão que mostrem a trama com que foram realizadas. Cores terrosas e padronagens tribais.
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em: W
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O LOCAL é O NOvO GLOBAL
A estétiCA DO veRDADeiRO e DO COtiDiANO
foto:du borstatto
fashionattitude
Top e saia CALVIN KLEIN JEANS
Para acessar o vídeo de making of do editorial, utilize seu celular ou tablet para ler o código usando o aplicativo de leitor QR Code.
tendência Pesquisa
Maiô LIVELLE, parka CAVALERA e botas LUCAS NASCIMENTO
Blazer GLORIA COELHO, calça COLCCI e colar
LAZARA DESIGN
inovaçãomoda
Vestido COLCCI e meia calça WOLFORD
Vestido TRITON
Comportamento Design
Ediçao de moda: Henrique Tank (ABÁ MGT), Beleza: Daniel Lacerda (Capa MGT), Produção de moda: Felipe Miguele, assistente de Fotografia: Gil Bianchini e modelos: Maiara Marchi (Rock MGT) e Luiza Brenner (Mega Model SP)
Camisa IODICE, calça ELLUS e botas LUIZA BARCELOS
Top e saia ELLUS e cinto MORENA ROSA
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Inspirada no dinamismo da metrópole e na exube-
rância da natureza brasileira, a Osklen representa o estilo
de vida da mulher e do homem contemporâneos.
Em um estilo baseado na harmonização dos
contrastes, une sofisticação e despojamento. A Osklen
é apontada como a primeira marca brasileira
de luxo global.
Ao longo da sua origem jeanswear, a Forum é reconhecida pela sua essência de ousadia, vanguarda e transgressão.
Direcionada aos mercados feminino e masculino em um estilo urbano e cosmopolita, a marca está distribuída por todo o Brasil, em lojas próprias, franquias e multimarcas.
passarela tendEnciasos maiores estilistas nacionais se reÚnem para a temporada de desFiles. veja como a Haco está presente nas principais criações.
Seguindo princípios éticos de inovação, sustentabilidade, empreendedorismo e espirito de equipe, a Patachou é totalmente pautada num universo feminino, com uma postura sofisticada, positiva e alegre. Fundada em Belo Horizonte no ano de 1978, a empresa vive um momento de plena expansão, com abertura de franquias e novos nichos de mercado.
Fundada por Tito Bessa Jr em 1984, a TNG é uma das mais
consolidadas marcas de moda do país, com 162 lojas próprias,
1.450 funcionários diretos e está presente em 700 multimarcas
espalhadas por todo o Brasil. Em um streetwear assumido com
influências esportivas, a TNG é uma grife jovem e irreverente de estilo próprio que oferece comportamento e atitude em
produtos de qualidade.
As coleções de Reinaldo Lourenço são sempre um destaque no SPFW. Seu arsenal de contrastes comunica uma linguagem capaz de impulsionar a moda para novos desafios estéticos com recortes drapeados e sobreposições. Originalidade nas fusões culturais, união de materiais e reconstrução do vintage, constituem a base de seu conceito que mescla futuro e passado.
Suas modelagens são verdadeiras obras de arquitetura com tecidos. Volumes e dobras, aliados a linhas retas e futuristas, fazem com que a designer tenha um estilo sofisticado. Sua história começou nos anos 1970, quando lançou a primeira coleção da G, antigo nome de sua grife. Sob influência da arte e da história, a Glória tem um conceito que a acompanha até hoje: vestir mulheres sofisticadas e antenadas com o mundo.
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O nome Colcci virou sinônimo de moda jovem com atitude. Suas roupas traduzem o desejo e o
jeito de ser de toda uma geração. Marcando seu caráter fashion,
a marca aposta em desfiles estrelados, por celebridades
nacionais e internacionais. Com uma história de 26 anos no mercado, Colcci conta com
102 franquias nacionais, 9 internacionais e mais de 1.500 multimarcas.
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Com um posicionamento forte na especialização e personalização de produtos, a HACO tem como compromisso atingir uma imagem atual e criativa, focada no ramo da moda. Esse reconhecimento por parte de clientes, junto com ações para melhoria, trouxe a ideia e a oportunidade de fazer um produto que resgatasse as origens da empresa. Nasce a Divisão de Cintos HACO!
Aproveitando uma fatia do mercado até então pouco explorada, a empresa desenvolveu uma coleção de cintos de cadarço. São produtos voltados inicialmente ao público masculino, sendo oferecidos desde a matéria-prima, até o produto acabado e embalado.
“O cinto é um dos acessórios mais importantes e indispensáveis do vestuário masculino, já que, além de sua função prática, agrega mais beleza e personalidade à produção”, explica Andreas Alexander Dattelkremer, líder da equipe responsável
pelo projeto. “Por isso, criamos uma linha com diversos estilos do produto e opções para homens de todos os estilos.”
Como acontece com todas as ações da empresa, procurou-se aliar capacidade e qualidade produtiva ao design, sem deixar de lado as tendências de moda. O cliente poderá customizar seu cinto, escolhendo entre tipos de fivelas, banhos, cadarços, ponteiras, acabamentos de costura e personalização de marca. O material ainda acompanha um trend book completo, segmentado em três temas: pop street, outdoor e o preppy college.
É interessante lembrar que a HACO iniciou sua trajetória como produtora de cadarços de algodão e a expansão para o mercado de etiquetas ocorreu 14 anos depois. Com a Divisão de Cintos, a empresa resgata suas origens de uma maneira inusitada e moderna, para surpreender o consumidor mais uma vez.
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eXclusividade Haco
acessório indispensável a Haco investe na produção de uma peça-cHave da moda masculina: os cintos.
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por dentro da tendênciaOS CINTOS SÃO MAIS DO QUE UM COMPLEMENTO AOS LOOkS - NOS úLTIMOS ANOS, ESSE ACESSóRIO
SE TORNOU UM ITEM INDISPENSÁVEL NA MODA MASCULINA. VEJA COMO O ARTIGO APARECEU NAS PASSARELAS E NAS RUAS DURANTE AS SEMANAS INTERNACIONAIS.
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A marisol s.a. é uma das maiores indústrias nacionais no segmento de vestuário. Gestora de marcas e canais de distribuição, a empresa é líder nos segmentos de confecção infantil e franquias monomarcas. As marcas Lilica ripilica e tigor t. tigre fazem parte da unidade Premium da empresa, focadas em atender um mercado de consumidores exigentes, que buscam as últimas tendências da moda.
LILICA E TIGOR
meRcado iNFaNtilmeRcado iNFaNtil
pequenos consumidores
Segundo pesquisa realizada pelo Ibope Inteli-gência, para as crianças a internet é uma mídia que complementa a TV. A segunda ainda se trata da maior influência no consumo infantil, visto que a maior parte do conteúdo buscado pelas crianças no meio digital é o de seus programas ou desenhos favoritos da televisão. Na internet, elas buscam uma interatividade que a televisão ainda não permite, e dessa forma mobilizam o mercado a inovar em um conteúdo que consiga ir além da passividade da TV, mas que esteja em perfeita sinergia com ela. Desafiando o setor a cada dia, as crianças movimentam um segmento de negócios que deve crescer acima da média da economia brasileira em 2012.
Os dados são impressionantes. De acordo com o Ibope, os mercados de calçados e roupas infantis geraram um potencial de consumo de R$ 24,19 bilhões em 2011-2012. No segmento de brinquedos, as previsões também são bastante otimistas. Dados do Pyxis Consumo apontam que os gastos dos brasileiros com brinquedos devem atingir aproximadamente R$ 6 bilhões.
Por trás dessa evolução, é importante ressaltar o aumento do poder aquisitivo das famílias das classes C e D, e a mudança perceptível no comportamento dos pais. Estes, além de hoje optarem por ter um número menor de filhos, o fazem com idade mais avançada. Consequentemente, é quando dispõem de maior renda para consumir mais e conceder às crianças um alto padrão de vida. Por sua vez, os filhos ganham voz dentro de casa, participando ativamente do processo de compra.
A criança virou um objeto de desejo, o que leva grandes marcas de luxo nacionais e internacio-nais a investir em suas linhas infantis, fidelizando pais e filhos. No Brasil, uma pesquisa online realizada pelo Instituto QualiBest levantou as marcas mais lembradas pelos consumidores em 11 categorias relacionadas à moda. Com base na opinião de 2.163 consumidores, o Grupo Marisol teve destaque na categoria moda infantil, com as marcas Lilica Ripilica e a Tigor T. Tigre. Ambas recebem destaque pela tradição de mercado e também pela inovação no setor. A
linha Fun tem peças interativas que mexem com o imaginário dos pequenos. Além disso, ambas as marcas oferecem ao consumidor a praticidade da loja virtual e um portal de notícias para pais e filhos chamado Amazing ID. Também no mundo virtual, a PUC ganha destaque por oferecer aos consumidores um site interativo e cheio de possibilidades para as crianças, com joguinhos, papéis de parede, cartões e desenhos para imprimir e colorir, além da loja online própria.
A Brandili é outra marca infantil que se destaca digitalmente. Em seu site, o cliente tem acesso
à loja virtual e também a um fã-clube, que é uma rede social divertida e educativa para as crianças do Brasil. O destaque vai também para suas fortes estratégias de marketing. A atual campanha leva o nome da modelo mirim Duda Bündchen, sobrinha da top Gisele, e está proporcionando à marca grande visibilidade.
Entre as grife do segmento adulto que lançaram suas linhas infantis, podemos citar a Alakazoo, da Lunender, que se destaca por oferecer produtos com informação de moda aliada a preços acessíveis, contando com loja virtual no portal Posthaus. Em outra proposta, a marca Zig Zig Zaa, da empresa Malwee, tem foco total da produção em peças lúdicas, que favorecem o desenvolvimento da criança através de elementos interativos nas roupas. São tintas sensíveis à luz, texturas, aromas, resinas e radiofrequências, além de oferecer embalagens personalizadas. Já a Cativa trabalha com linhas para crianças de diversos estilos: a Sá, com peças delicadas e românticas; a Disney, que estampa peças divertidas com Mickey Mouse e seus amigos; e a Fido Dido, linha que traz uma linguagem casual e urbana para o público adulto e infantojuvenil.
Transformações como essas são impulsionadas todos os dias pela mudança de comportamento dos brasileiros. Novas tendências de mercado são estabelecidas e um frenesi toma conta das empresas, que têm o intuito de investir em tecnologia e propostas diferenciadas para atender à demanda de milhões de pequenos príncipes e pequenas princesas que hoje exercem um poder de influência acentuado no consumo das famílias.
Sem sombra de dúvidas, as crianças de hoje têm forte influência sobre o orçamento doméstico. Pequenos integrantes da geração pop-up,
elas nasceram em um mundo digital e cresceram em frente às telas planas: televisão, computador, videogames, celulares, smartphones
e tablets. Para elas, as mídias digitais não são novidade alguma, muito menos tratam-se de revoluções tecnológicas; são apenas um
meio de interagir, buscar, aprender e se divertir, como qualquer outro. Rápido e fácil.
A Brandili foi criada em 1948, na cidade de Apiúna, em Santa Catarina. A empresa nasceu pensando em crianças, com o objetivo de proporcionar qualidade e bem-estar para a vida dos pequenos. Promove a sustentabilidade adotando práticas ambientais e diversas ações sociais, que refletem diretamente na qualidade de vida e educação de mais de 1.400 famílias.
A empresa Lunender, localizada em Guaramirim, Santa Catarina, está no mercado têxtil desde 1981 e trabalha com os segmentos adulto e infantil. A marca alakazoo foi criada em 2007, com a proposta de deixar as crianças livres e confortáveis para brincar e viver uma infância inventiva e divertida.
BRANDILI ZIG ZIG ZAA
A Cia. Hering, empresa catarinense que iniciou sua história em 1880, trabalha com os segmentos feminino, masculino e infantil em diferentes marcas. A PuC é a linha que conecta o universo da moda ao mundo infantil, desenvolvida para crianças que gostam de se vestir bem, têm personali-dade e sabem o que querem.
PUCALAkAZOO
Em 1968, a malwee cresceu com o intuito de se transformar em algo gostoso como um abraço, focando na qualidade e no objetivo de oferecer conforto e carinho aos consumidores. A empresa lançou a marca Zig Zig Zaa como um compromisso com a infância, tornando-se referência no segmento de moda infantil no Brasil por oferecer produtos que contribuem com o desenvolvimento saudável das crianças.
A CRiANçA viROu um OBjetO De
DesejO, O que LevA GRANDes
mARCAs De LuxO NACiONAis e
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DO LADO OCEANO
Desde que a moda começou a existir, lá por meados do século XV, a Europa é sua casa. Foi na Inglaterra que Worth criou os primeiros vestidos de alta costura, e na França que Maria Antonieta, com suas roupas, seus sapatos, seus cabelos e seus costumes, fez com que estes fossem copiados pelo resto do mundo por longos séculos. E apesar de hoje a moda estar mais democrática, o continente ainda é o principal precursor e disseminador de tendências. É lá que acontecem as principais semanas de moda do mundo, que reúnem as coleções sazonais dos mais importantes estilistas em cidades como Paris e Milão. Além da tradição na moda, o continente reúne obras de arte de valores inestimáveis em seus museus. Em sua cultura, os detalhes arquitetônicos das cidades seculares e as tradições servem de inspiração para criadores que encontram por lá seu respiro criativo.
Por estar situado nesse continente, Portugal sempre esteve presente no mercado de moda europeu. Por volta de 1.500, quando o país era a grande potência europeia, com suas gigantescas frotas de barcos de navegação e seus imensos territórios conquistados longe do continente europeu, teve sua primeira grande influência na moda. Enquanto no século anterior, todas as mulheres e homens imitavam a corte francesa, nessa época, todos os olhares estavam voltados para Portugal, que encantava as cortes europeias com seus mantos em tom vermelho – muitos deles tingidos com extrato de pau-brasil – e a austera seriedade do ouro e da religiosidade,
que transformaram os trajes daquele século por toda a Europa em vestidos mais comportados do que os usados na corte de Luís XV.
Ainda hoje, Portugal é um polo importante para o setor têxtil, com suas fábricas que produzem grande parte dos produtos que são vendidos no continente europeu. Mas nem só do setor têxtil e de fábricas vive a moda em Portugal. O país possui uma história de moda criativa recente e de muita importância. Duas semanas de moda, há mais de uma década, lançam as coleções dos estilistas de maior renome da moda local. Portugal Fashion está presente na moda portuguesa desde 1995, com edições sazonais na cidade do Porto. Já a Lisboa Fashion Week, que começou como Moda Lisboa, está presente na capital do país. Os dois eventos, contam com a participação de já consagrados estilistas e de uma nova safra que vem reanimando o espirito criador no país.
A moda em Portugal também passa por um processo que é percebido em todo o mundo: a internacionalização de informações. A grande maioria dos estilistas do país, além de apresentar suas coleções e possuir lojas próprias em Portugal, também se espalhou pelo continente, tornando a moda portuguesa mais europeia.
A HACO está presente em Portugal desde 1993, época em que as informações de moda ainda não se proliferavam com tanta rapidez. Era apenas o início da era da internet, e a empresa sentiu a necessidade de estar mais perto do consumidor europeu e das informações de
moda do continente. No início da década de 1990, enquanto a moda brasileira dava seus primeiros passos, a Europa era a principal fonte de tendências de moda. Além da proximidade com a informação, a escolha de Portugal - espe-cificamente a cidade de Covilhã, na costa leste do país - como sede da empresa no continente, foi de extrema importância. A localização permitiu melhor escoamento do produto, pois é a porta de entrada para o mercado ibérico e dos 27 países da Comunidade Europeia.
Hoje, a unidade de Covilhã produz mais de 120 milhões de etiquetas por ano nos mais diversos segmentos, como underwear, sport&fitness, e têxtil lar, além dos outros produtos oferecidos pela empresa, como os tecidos em jacquard, tags e cadarços, lidando com um mercado que é exigente em serviços de atendimento, prazo de entrega, qualidade e preços. A empresa está ao lado de nomes importantes da moda portuguesa, a exemplo da estilista Ana Salazar, conhecida como a pioneira da moda no país, que começou sua carreira no início dos anos 1970 com a marca que leva seu nome e com coleções que apresentam formas inusitadas, com um estilo vanguardista, irreverente e singular. Ana foi também a primeira estilista a movimentar o mercado criativo português, com desfiles para o grande público, nos quais apresentava suas coleções e de outros criadores que ainda começavam suas carreiras.
Além de parceira de nomes já consagrados, a HACO também tem como clientes marcas
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um panorama da moda em portugal mostra por que a Haco escolHeu o país para ser sua segunda casa.
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FOTOS CONCEITUAIS DA COLEçãO DE PRIMAVERA/VERãO 2012 DE MARQUES/ALMEIDA D
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que ainda possuem uma história recente. Uma delas é a Marques/Almeida, de Marta Marques e Paulo Almeida. A dupla se conheceu ainda na faculdade, em Portugal, mas passou a criar em parceria apenas a partir de 2009, quando ambos se mudaram para Londres, onde fizeram cursos na renomada escola de moda Central Saint Martins e estágios com estilistas como Vivienne Westwood e marcas como Anglo-mania e Preen. Os estilistas apresentaram sua primeira coleção na Semana de Moda de Londres em 2011, com peças que ressaltam a juventude, todas confeccionadas a partir de um velho conhecido, o jeans. O tecido é tingido, cortado, rasgado, desbotado, e o clássico azul e as calças que tanto conhecemos se tornam meros coadjuvantes entre as peças que vão de camisetas a vestidos com aplicações de flores. Mas os clientes europeus da HACO não se restringem apenas ao mercado português. Marcas renomadas e de grandes magazines como Guess, Zara, Hugo Boss, Mango, El Corte
Inglés e Massimo Dutti também têm suas etiquetas produzidas com a empresa.
Nos dias de hoje, diferentemente dos tempos em que a HACO se estabeleceu em Portugal, o intercâmbio de informações tornou-se bilateral, e a importância do Brasil na moda de todo o mundo cresceu consideravelmente. Esse movimento é visto na presença de estilistas brasileiros, como Alexandre Herchcovitch, Gloria Coelho e Reinaldo Lourenço, em semanas de moda portuguesas, e de importantes estilistas portugueses no SPFW, como Ana Salazar, Miguel Vieira e Anabela Baldaque. Tal tendência é mais uma característica da internacionalização que a moda vive, quando as informações do mundo inteiro estão presentes em todos os lugares. A presença da HACO em diversos países dá à empresa um de seus principais diferenciais, pois permite fácil intercâmbio de tendências para todos os cantos do mundo, tornando seus produtos não apenas um pedaço de informação, mas um elemento de moda.
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De marcas consagradas a grandes magazines, a HACO está presente em coleções internacionais.
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BACKSTAGE DO DESFILE DE PRIMAVERA/VERãO 2013 DE MARQUES/ALMEIDA
MODA LISBOA
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artesanais há quatro anos, quando se mudou para a cidade de São Francisco do
Sul, Santa Catarina. “Sempre me interessei por trabalhos manuais”, comenta. “A
ideia de comercializar veio com o incentivo de amigos, a quem presentava com as
minhas criações". Hoje, Vanessa comanda uma popular loja online, onde oferece
também tutoriais e dicas para a elaboração das peças, conversando abertamente
com seu público.
E foi no blog da empresária que Gisele Pottker Isaia descobriu a Haco Virtual e
optou por usar o serviço para suas próprias confecções. “[A Vanessa] publicou fotos
das etiquetas bordadas que tinha encomendado”, explica. “Fiquei encantada com
a qualidade e a possibilidade de ter etiquetas bordadas e em pequena quantidade.
Fiz minha primeira encomenda em maio [de 2012] e sou cliente desde então.”
Semelhante à história da colega, Gisele afirma que a paixão pelo trabalho artesanal
está no sangue. “Minha tataravó materna foi dona de uma simpática loja de tecidos,
e quase todas as mulheres da família fazem trabalhos manuais até hoje!”. “São
praticamente cinco gerações de amor pelos tecidos, linhas e botões.” Assim como
Vanessa, Gi (como gosta de ser chamada) opera uma loja virtual para comercializar
os artigos de seu ateliê Gizoca – peças delicadas, com foco no público feminino
de todas as idades.
Quando questionada sobre as vantagens de usar a Haco Virtual, Gisele responde
que a qualidade oferecida aliada à quantidade mínima de 50 unidades exigida para
a compra faz a diferença. “Vejo essa estratégia de negócio como uma inovação
para o mercado craft, pois cria a oportunidade de pequenos negócios terem suas
criações assinadas com uma boa ferramenta de marketing.”
Vanessa complementa, “As etiquetas agregam um toque mais profissional à
peça, devido ao acabamento com que são produzidas. E, quando se trabalha com
comércio – em qualquer área – é preciso considerar o produto como um todo. A
etiqueta também faz parte do produto!”
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praticidade online conHeça os clientes
da Haco virtual, a plataForma interativa da empresa que oFerece etiquetas personalizadas a apenas um clique.
As melhores soluções de identificação também estão disponíveis
para empresas pequenas e o consumidor final. Essa é a proposta
da HACO VIRTUAL, uma plataforma online que permite a criação de
produtos personalizados em quantidade menor, com visualização
do produto em tempo real. Totalmente online e interativo, o espaço
cresceu em 2012 para oferecer ainda mais variedade e versatilidade
às peças disponíveis.
O processo funciona como um e-commerce habitual, uma forma de
compras que já caiu no gosto dos brasileiros. Ao entrar no site, o
cliente pode escolher produtos como etiquetas, transfers, coleiras,
apliques, fitas, entre outros. Caso opte por personalizar o item com
uma imagem ou fonte, é possível enviar um modelo da arte para a
aplicação fiel.
Vendidas em pacotes com a partir de 50 unidades, a HACO VIRTUAL
é um sucesso principalmente entre ateliês e novas confecções.
Anúncios em feiras de artesanato e no próprio Google fizeram a
procura por esse serviço crescer exponencialmente nos últimos
tempos. "Descobri o site através de uma amiga, que já trabalhava
com ele", conta a empresária Vanessa Maurer, que usa a HACO
VIRTUAL desde 2011. A paulistana desenvolve artigos de decoração
SITE: gizoca.com
ESPECIALIDADE: Artigos artesanais para o público
feminino
NA HACO VIRTUAL, ADQUIRE: Etiquetas tecidas
VANTAGENS DE COMPRAR NA HACO VIRTUAL:
“A excelente qualidade oferecida aliada à quan-tidade mínima de 50 unidades exigida para a compra”.
SITE: vanessamaurer.com.br
ESPECIALIDADE: Artigos para decoração
NA HACO VIRTUAL, ADQUIRE: Etiquetas tecidas
e termocolantes
VANTAGENS DE COMPRAR NA HACO VIRTUAL:
“Gosto de comprar pela praticidade do serviço. As etiquetas agregam um toque mais profissional às peças.”
GISELE E VANESSA FALAM DE SUA
EXPERIÊNCIA COM A HACO VIRTUAL
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Arquitetura modasempre em busca de novas abordagens, visões e experimentações, moda e arquitetura estreitam cada vez mais sua relação.
A ligação entre arquitetura e moda deve-se às colaborações de grandes estilistas com objetos de design e decoração, assim como o uso de técnicas e formas na construção de coleções. Como com qualquer manifestação artística, retirar inspiração do universo da arquitetura e traduzi-la para a moda (e vice-versa) é uma ação quase orgânica, trabalhada desde o século passado.
O grande responsável por estreitar a relação entre os dois mundos foi o movimento Art Nouveau. Formas fluidas impressas em tecidos, mobílias, design de objetos, como vasos e lamparinas Tiffany, artigos de vidro Laliqui e estampas Liberty marcaram a virada do século XX. O corpo feminino tornou-se um verdadeiro repositório de linhas e curvas, e a cintura afunilada era a principal característica. Já nos anos 1920, as linhas sinuosas da Art Nouveau foram substituídas pela geometria Art Déco, que também ecoou na arquitetura e na moda, com vestidos retos que não marcavam o corpo.
Desde então, aconteceram inúmeras trocas de referências entre as duas vertentes. Recentemente, a grife Guy Laroche apresentou na passarela
de Paris em 2012 formas retilíneas inspiradas pela arquitetura de Oscar Niemayer. O diretor artístico da maison francesa, Marcel Morongiu, afirma que fazer uma coleção é como pintar um quadro, é preciso coerência do início ao fim. Nessa base, misturou três referências distintas – Brasília, Los Angeles e o músico David Bowie – em um desfile coerente e refinado. A obra do arquiteto Niemayer que foi definida como “genial e fora do comum”, sugeriu as formas da coleção, que foram pontuadas por cores como rosa-bebê e verde-água.
Para muitos que estudam o impacto da arquitetura na moda brasileira, o primeiro nome que vem à mente é de Jum Nakao. O estilista, formado em artes plásticas, usa seu conhecimento arquitetônico em modelagens e desenhos. Jum costuma dizer que moda é uma verdadeira intervenção na paisagem urbana, e assim como traz arquitetura para a moda, também traz moda para a arquitetura. A convite de A Lot Of (empresa de objetos de design), Jum desenvolveu uma coleção de móveis em chapa metálica recortada a laser com pintura eletrostática. A referência utilizada para o corte a laser foi o mesmo padrão da renda de um dos vestidos de papel do seu desfile A Costura Do Invisível.
O jovem talento Pedro Lourenço caminha nos passos de sua mãe, Gloria Coelho, que também já foi inspirada pela arquitetura. Para confeccionar seus primeiros acessórios para a temporada Primavera/ Verão 2012-13, Pedro desenhou a coleção a partir de imagens do consagrado arquiteto mexicano Luis Barragan. O estilo marcado pela ideologia modernista mesclado com o regionalismo mexicano resultou em grafismos singulares combinados a uma grande riqueza de texturas e cores harmoniosamente integradas.
Já em 2008, o desfile de Carlos Miele na Semana de Moda de NY ganhou boa parte da crítica internacional. Com o foco voltado para sua referência na arquitetura das curvas orgânicas de Zaha Hadid (espécie de Niemeyer da Turquia), Miele enxergou um possível elo entre concreto e moda. Os tricôs, as peles e os tecidos dos longos, vieram sinuosos como as obras de Zaha. Inspirado pela maneira como a arquitetura está relacionada aos corpos humanos, Miele vê a moda como o mais íntimo objeto criado pelo homem, em uma arquitetônica que protege e revela o corpo.
E tratando-se de arquitetura brasileira, temos um sobrenome de peso na moda. Há mais de 20 anos no mercado, Lenny Niemeyer é formada em artes plásticas com especialização em desenho industrial. No segmento moda praia, com suas referências de arquitetura, em uma de suas coleções, Lenny pega as formas mosaicas de Gaudí para criar uma moda praia geometrizada.
A linha tênue de duas junções do design é o que separa a moda da arquitetura. Como forças criativas, as áreas se conversam e convergem com facilidade. Os esforços para romper as fronteiras estéticas e inovar cada vez mais faz com que a relação entre os dois campos esteja ainda mais interligada. E os apreciadores, como nós, aguardam ansiosamente pelas propostas inusitadas que estão por vir.
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Carlos Miele com foco na arquitetura
orgânica: elo entre concreto e moda.
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lenny niemeyer tem mais de 20 anos
DE carreira e sua coleção de 2008
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pedro lourenço é contagiado pelas cores
e formas da obra de luiz barragan.
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o crescimento da nova classe média brasileira continua impulsionando
o desenvolvimento do setor varejista
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O MERCADO DE VAREjO
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DA DEMANDA INTERNA POR VEstuário EM 2012
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NO RANkING DE VENDAS VAREjISTAS
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O Varejo de luxo
forca no Brasil
não importa o poder de compra do consumidor, todos buscam
experiências de compra ao adquirir peças de vestuário: os consumidores de baixa renda
buscam inclusão social e os da alta renda, exclusividade
A COMERCIALIZAçãO DE ROUPAS EMHiPErmErCaDosAUMENTOU
EXPO CENTER NORTE – SÃO PAULO www.PREmiEREbRASiL.COmTHE LATIN AMERICAN TEXTILE EVENT OUTONO / iNvERNO 2014
PREMIÈRE BRASIL 10—11 JuL 2013
ApoioPromoção e Organização Local
Mais informações FAGGA | GL exhibitions Tel: +55 21 3035-3197 [email protected]