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Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) do Trabalho da 5 Vara do Trabalho de Caxias do Sul - RS. ª Processo nº 0020488-98.2014.5.04.0405 140 - Contrarrazões ao Recurso Ordinário MARCOPOLO S.A., qualificada nos autos da reclamatória proposta por RAFAEL MENDES DE OLIVEIRA MARTINS , vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seus advogados adiante assinados, ciente da interposição de Recurso Ordinário pelo reclamante, ofertar as suas contrarrazões, anexas, tempestivamente, requerendo se digne em recebê-las e encaminhá-las à apreciação da Superior Instância. Termos em que, pede deferimento. Caxias do Sul, 27 de maio de 2015. Pp. Volmir A. Paza Pp. Natasha Giacomet OAB/RS nº 45.534 OAB/RS nº 88.920 Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: NATASHA GIACOMET http://pje.trt4.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15052715382368800000010057745 Número do documento: 15052715382368800000010057745 Num. 83a0acd - Pág. 1

Exemplo de Contrarrações de recurso

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ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO

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Page 1: Exemplo de Contrarrações de recurso

Excelentíssimo(a) Senhor(a) Doutor(a) Juiz(a) do Trabalho da 5 Vara do Trabalho de Caxias do Sul - RS.ª

 

 

 

 

Processo nº 0020488-98.2014.5.04.0405

140 - Contrarrazões ao Recurso Ordinário

 

MARCOPOLO S.A., qualificada nos autos da reclamatória proposta por RAFAEL MENDES DE OLIVEIRA MARTINS

, vem, respeitosamente, à presença de Vossa Excelência, por seus advogados adiante assinados, ciente da

interposição de Recurso Ordinário pelo reclamante, ofertar as suas contrarrazões, anexas, tempestivamente,

requerendo se digne em recebê-las e encaminhá-las à apreciação da Superior Instância.

 

Termos em que,

pede deferimento.

 

Caxias do Sul, 27 de maio de 2015.

 

 

Pp. Volmir A. Paza                                     Pp. Natasha Giacomet

OAB/RS nº 45.534                                      OAB/RS nº 88.920

 

 

Assinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: NATASHA GIACOMEThttp://pje.trt4.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15052715382368800000010057745Número do documento: 15052715382368800000010057745 Num. 83a0acd - Pág. 1

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EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA QUARTA REGIÃO

 

RECORRENTE: RAFAEL MENDES DE OLIVEIRA MARTINS

RECORRIDA: MARCOPOLO S.A.

PROCESSO: 0020488-98.2014.5.04.0405       5 VARA DE CAXIAS DO SUL - RSa

OBJETO: CONTRARRAZÕES DO RECURSO ORDINÁRIO

 

Pela Recorrida!

                                

Colenda Turma:

 

A sentença primeira deve ser mantida, não merecendo guarida a tese recursal do recorrente, eis que totalmente

improcedente e descabida.

Para evitar tautologia e por economia processual, a recorrida pede que Vossas Excelências se reportem à

contestação e documentos dos autos, bem como a jurisprudência transcrita, além da r. sentença de origem,

considerando-as como parte integrante e inseparável destas razões, como se aqui tivessem sido integralmente

reproduzidas, para todos os efeitos legais.

Acrescenta, contudo, mais os seguintes argumentos:

 

DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

Refere o recorrente que a sentença do Juízo primeiro merece reforma no sentido de condenar a recorrida ao

pagamento do adicional de insalubridade em grau máximo, acompanhado dos reflexos postulados.

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Page 3: Exemplo de Contrarrações de recurso

Não assiste razão o recorrente.

O perito técnico, por meio do laudo pericial concluiu que o recorrente, durante o contrato de trabalho, não laborou

exposto a atividades insalubres em grau máximo, conforme a NR 15, salientando de que o mesmo recebeu o

respectivo adicional em grau médio, compatível com a função desempenhada, confirmando a correta conduta

adotada pela reclamada.

Conforme correta decisão do Juízo " ", com base no laudo pericial, as atividades desempenhadas peloa quo

recorrente, exaustivamente analisadas pelo perito, não o expunham a nenhuma situação caracterizadora de

insalubridade em grau máximo, restando confirmado pelo próprio recorrente, o uso permanente de EPIs,

traduzindo-se impertinentes as razões de impugnação do laudo trazidas pelo recorrente.

Da mesma forma, o Juízo primeiro decidiu corretamente, reputando-se ineficaz toda e qualquer alegação contrária às

informações prestadas ao perito no momento da vistoria e às conclusões do trabalho pericial, desenvolvido por meio

de minuciosa avaliação técnica do local e das condições de trabalho, em consonância com o relato por ele

apresentado e de acordo com a situação vivenciada pelo trabalhador no ambiente laboral.

Desta forma, comprovado está que o recorrente não trabalhou em condições insalubres em grau máximo, justificando

o indeferimento do respectivo adicional, devendo ser mantida a r. sentença de primeiro grau.

 

DA BASE DE CÁLCULO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE

Em caso de reforma da decisão primeira no tópico anterior, o que não se acredita, com base no correto

posicionamento do juízo " ", a base de cálculo do adicional de insalubridade deverá ser o salário mínimo e não oa quo

salário profissional conforme requerido pelo recorrente.

Pelo não acolhimento do pedido recursal.

A base de cálculo do adicional de insalubridade deve ser o salário mínimo, dentre diversos fatores, em respeito ao

contido no art. 7 , XXVI da Constituição Federal, que trata do "reconhecimento das convenções e acordos coletivoso

de trabalho".

Diz a mencionada cláusula das Convenções Coletivas de Trabalho acostadas aos autos:

"NORMATIVOS - NÃO VINCULADOS COM O SALÁRIO MÍNIMO LEGAL. Fica estabelecido que os

salários normativos não serão considerados salário mínimo profissional ou substitutivos do salário

."mínimo legal para qualquer fim

Em relação ao assunto, referente à base de cálculo, os tribunais nacionais assim têm decidido:

BASE DE CÁLCULO DO ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. SUSPENSÃO DA SÚMULA 228

DESTE COLENDO TST POR DECISÃO DO EXCELSO STF. RECONHECIMENTO DO SALÁRIO

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. SÚMULA VINCULANTE Nº 4 DO EXCELSO STF.MÍNIMO COMO BASE DE CÁLCULO

PRINCÍPIO DA SEGURANÇA JURÍDICA. MANUTENÇÃO DESSE PARÂMETRO ATÉ EDIÇÃO DE

LEI POSTERIOR SOBRE O TEMA. A Súmula Vinculante nº 4 do excelso Supremo Tribunal

Federal, conforme bem definido em decisão mais recente daquela Corte Maior, não permite a

imposição de outra base de cálculo para o adicional de insalubridade, ainda que considerada

inconstitucional a vinculação do pagamento da respectiva verba ao salário mínimo. A excelsa

Suprema Corte entendeu que o artigo 7º, inciso IV, da Constituição da República, revogou a

norma relativa à adoção do salário mínimo como base de cálculo para o adicional de

insalubridade, mas não permite a atuação do judiciário em substituição para determinar novo

parâmetro, sem expressa previsão em lei. Assim, enquanto não houver norma positivada a

respeito da base de cálculo do adicional, o salário mínimo é o parâmetro a ser adotado, não

sendo possível que o cálculo se faça sobre salário normativo ou salário profissional, por

absoluta ausência de respaldo legal. Tal entendimento possibilita a observância ao princípio

da segurança jurídica que norteia o Estado de Direito e o devido processo legal. Recurso de

revista não conhecido. (RR - 276-27.2010.5.02.0381, Relator Ministro: Aloysio Corrêa da Veiga.

Data de Julgamento: 12/02/2014, 6ª Turma, Data de Publicação: 14/03/2014).

ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. SÚMULA VINCULANTE N.º 4 DO

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 1. O Supremo Tribunal Federal, em sessão plenária realizada

no dia 30/4/2008, aprovou a Súmula Vinculante n.º 4, consagrando entendimento no sentido de

que o salário mínimo não pode ser usado como indexador de base de cálculo de vantagem de

servidor público ou de empregado, nem ser substituído por decisão judicial-. 2. Mais

recentemente, o Ex.mo Presidente da excelsa Corte, ao conceder liminar na Reclamação n.º

6.266, suspendeu a aplicação da Súmula n.º 228 do Tribunal Superior do Trabalho na parte em

que se determinava a incidência do adicional de insalubridade sobre o salário básico. 3. Ante

a impossibilidade de adoção de outra base de cálculo para o adicional de insalubridade por

meio de decisão judicial, impõe-se manter o salário mínimo, até que a incompatibilidade seja

superada por lei ou norma coletiva. 4. Recurso de revista não conhecido. (RR -

33400-67.2006.5.10.0009 , Relator Ministro: Lelio Bentes Corrêa, Data de Julgamento: 12/03/2014,

1ª Turma, Data de Publicação: 14/03/2014)

"EMENTA: ADICIONAL DE INSALUBRIDADE. BASE DE CÁLCULO. A posição adotada por este

Colegiado é de considerar o salário mínimo nacionalmente unificado como base de cálculo do

adicional de insalubridade, até que sobrevenha lei ou convenção coletiva regulando de forma

diversa e específica o cálculo do sobressalário" (TRT4 - Ac. Unânime da 7ª Turma, Processo nº

0000719-15.2011.5.04.0016 RO, Publicado em 12/12/2013, Juíz Relator Manoel Cid Jardon).

Ademais, tendo em vista a decisão do Supremo Tribunal Federal, proferida no Recurso Extraordinário nº 565.714,

que ensejou, em 30/04/2008, a aprovação da 4ª Súmula Vinculante, não poderá mais haver a alteração da base de

cálculo por interpretação judicial.

A nova redação dada à Súmula 228 do Tribunal Superior do Trabalho, publicada em 04/07/2008, e suspensa desdeAssinado eletronicamente. A Certificação Digital pertence a: NATASHA GIACOMEThttp://pje.trt4.jus.br/primeirograu/Processo/ConsultaDocumento/listView.seam?nd=15052715382368800000010057745Número do documento: 15052715382368800000010057745 Num. 83a0acd - Pág. 4

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15/07/2008 em razão de Ação de Reclamação da CNI, afronta a Súmula Vinculante n.º 4 do Supremo Tribunal

Federal, que somente permite a alteração da base de cálculo por força de legislação ordinária, o que até o momento

não ocorreu.

Inexiste, portanto qualquer possibilidade de vinculação do salário normativo ou o salário contratual para ser base de

cálculo do adicional de insalubridade, por inexistência de regra legal, portanto, o salário mínimo é a base correta do

adicional de insalubridade pelo todo exposto.

Pela improcedência do pedido.

 

DO INTERVALO INTRAJORNADA

Requer o recorrente, a reforma do julgado, no sentido de condenar a recorrida ao pagamento integral, como horas

extras, dos intervalos intrajornadas previstos no art. 71 da CLT, com os reflexos postulados na inicia.

Não assiste razão ao recorrente, uma vez que a fruição do intervalo para repouso e alimentação sempre foi de uma

hora, conforme se observa pelos registros de ponto acostados aos autos, onde está impresso o referido horário.

Conforme correta decisão proferida em sentença primeira, não houve qualquer comprovação de supressão do

intervalo mínimo, tendo sido indeferido o pedido de pagamento de horas extras a título de intervalo intrajornada por

dia de trabalho, tendo em vista que restou assinalado o horário mínimo disposto no art. 71 da CLT, para repouso e

alimentação entre os turnos de trabalho.

No mesmo sentido, o tempo de deslocamento para vestiário não configura tempo de prestação de serviço, tampouco

de disposição ao empregador, sendo que a recorrida concedia corretamente o interregno intervalar mínimo de uma

hora entre turnos na jornada, não havendo qualquer execução de atividades laborais, tampouco necessidade de

permanecer no setor de trabalho, conforme corretamente analisado pelo juízo " ".a quo

De outra banda, existe a pré-assinalação dos horários de repouso e alimentação nos registros de ponto,

comprovando a fruição do mesmo, além do que, o recorrente não produziu prova no sentido de desconstituir os

referidos registros de ponto, motivo pelo qual, os mesmos são tidos como verdadeiros.

Inobstante à isso, a pré-assinalação dos horários de intervalo é prevista no art. 74, § 2º da CLT, e reconhecida pela

jurisprudência majoritária trabalhista como forma cabal de comprovação da fruição do intervalo para repouso e

alimentação, devidamente autorizado pelas normas coletivas da categoria profissional do reclamante, sendo os

registros de horários juntados pela recorrida considerados fidedignos pelo juízo " .a quo"

Sendo assim, tendo em vista as provas constantes nos autos, conclui-se que a empresa recorrida cumpriu

integralmente com as normas previstas na legislação trabalhista vigente, não prosperando o pedido do recorrente de

reforma do julgado, com relação ao pedido de condenação ao pagamento de supostas horas intervalares não

usufruídas integralmente.

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Page 6: Exemplo de Contrarrações de recurso

Desta forma, não merece guarida o pleito do recorrente, devendo ser mantida a r. sentença, nos exatos termos

referidos, acerca dos intervalos intrajornada ora requeridos

 

DAS HORAS IN ITINERE

Requer o recorrente a reforma da sentença primeira, para condenar a empresa recorrida ao pagamento de horas

extras " ", num total de 20 minutos diários.in itinere

Direito não assiste ao recorrente.

Conforme corretamente analisado pelo juízo " ", os instrumentos normativos aplicáveis às partes regularam aa quo

matéria, eis que a cláusula 18 das Convenções Coletivas de Trabalho, cita-se como exemplo a de 2012/2013 (ID

3453770, pág. 6), prevê:

"Na hipótese das empresas fornecerem ou subsidiarem, total ou parcialmente, condução aos seus

empregados para o local de trabalho, nos horários onde exista ou não transporte coletivo, o tempo

gasto nos períodos de trajeto não será considerado de disponibilidade".

Neste sentido, há decisões recentes com posicionamento consolidado, de que descabe o pagamento de horas in

, ora transcritas:itinere

HORAS IN ITINERE. CLÁUSULA NORMATIVA QUE ISENTA O EMPREGADOR. VALIDADE. Há

que se prestigiar as convenções coletivas que isentam o empregador do pagamento de horas in

itinere, porque o art. 7º, XXVI oferece respaldo para tanto, de modo que o pacto assim entabulado

obriga as partes convenentes que, legitimamente e de comum acordo, entenderam por bem ajustar a

isenção prevista na cláusula em comento. Tenha-se em mente que a negociação coletiva pressupõe

concessões mútuas, não se constatando in casu qualquer vício capaz de inquinar de nulidade o

quanto pactuado. (TRT 5ª Região, 3ª Turma, Processo 0000762-05.2013.5.05.0581RO, Relatora

Vânia J. T. Chaves, DJ. 29.07.2014).

HORAS IN ITINERE. AJUSTE NORMATIVO. A negociação de direitos através da entidade sindical

representante dos trabalhadores pressupõe sua licitude. Assim, deve-se atribuir legitimidade à norma

coletiva que afasta o direito à percepção das horas in itinere, em respeito ao disposto no artigo 7º,

XXVI da Constituição Federal. (Processo 0000306- 26.2012.5.05.0311 RO, ac. Nº 177711/2013,

Relatora Desembargadora SÔNIA FRANÇA, 3ª. TURMA, DJ 17/12/2013).

HORAS IN ITINERE. TRANSAÇÃO VIA NEGOCIAÇÃO COLETIVA. POSSIBILIDADE. A

Constituição da República - art. 7º, inciso XXVI - assegura aos Sindicatos a possibilidade de negociar

as condições de trabalho, firmando convenções e acordos coletivos que valem como fonte de direito

para as categorias representadas. "Processo 0000997- 25.2011.5.05.0101 ROr ac. Nº 188153/2014,

Relatora Desembargadora MARIZETE MENEZES, 3ª. TURMA, DJ 04/04/2014".

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HORAS . Hipótese em que não tem lugar a condenação da ré ao pagamento deIN ITINERE

horas in itinere, pois a sede de empresa fica em local de fácil acesso, no centro da cidade.

Ademais, restou demonstrado que, no caso dos autos, eventuais dificuldades de

deslocamento ao local de trabalho decorrem da situação pessoal do autor, que reside em

município 85 quilômetros distante da empresa." (Acórdão da 3ª Turma do TRT4, processo

0133200-16.2009.5.04.0402, Relator Ricardo Martins Costa, publicado em 24.06.2010).

Neste sentido, a Constituição Federal de 1988 privilegiou a negociação coletiva, porquanto, a autocomposição é

favorecida pela formatação de normas coletivas mais inteligentes e mais específicas a partir das peculiaridades de

cada categoria, privilegiando a autonomia normativa, estatuída no artigo 7º, XXVI, da Lei Maior, sendo indevidas as

horas .in itinere

 

DOS HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS

Requer o ora recorrente o deferimento dos honorários advocatícios.

Não merece prosperar o pleito do recorrente, eis que os honorários de sucumbência são devidos apenas quando a

parte estiver assistida por advogado credenciado pelo sindicato profissional, o que não é o caso dos autos.

Tal entendimento é corroborado pela Súmula 219 do TST, que a condenação ao pagamento de honorários

advocatícios, não decorre pura e simplesmente da sucumbência, devendo a parte estar assistida por sindicato da

.categoria profissional e comprovar a percepção de salário inferior ao dobro do salário mínimo

Acompanhando tal entendimento, a OJ 305, da SDI-1 do TST, determina que, na Justiça do Trabalho, o deferimento

de honorários advocatícios sujeita-se à constatação da ocorrência concomitante de dois requisitos: o benefício da

justiça gratuita e a assistência por sindicato, requisito este não alcançado no presente caso.

Compulsando os autos, verifica-se que o advogado que patrocina a causa não tem credencial sindical, o que somente

reforça a manutenção da r. sentença.

À que se ter em mente, que a Súmula 329 do TST, deixa claro que, mesmo após a promulgação da Constituição

Federal de 1988, permanece válido o entendimento consubstanciado na Súmula 219 do TST, permanecendo válida a

duplicidade de requisitos para o deferimento de honorários advocatícios na Justiça do Trabalho.

Diante das provas constantes nos autos, o melhor julgamento e mais justo, é que se mantenha a improcedência dos

pedidos formulados no recurso ora vergastado, pois caso contrário estar-se-ia beneficiando de forma injusta o

recorrente, o que obviamente não é o intento desta Justiça Especializada.

Desta forma, não merece guarida o pleito do recorrente de ver reformada a r. sentença de origem, uma vez que a

mesma foi prolatada de forma correta e embasada no contexto probatório.

À vista do exposto, a recorrida pede pelo não acolhimento e não provimento do recurso ordinário do recorrente, bem

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como, sejam acolhidos os termos constantes destas contrarrazões, com o que farão, como sempre, justiça.

Pela manutenção do julgado de origem.

 

Termos em que,

Pede deferimento

 

Caxias do Sul, 27 de maio de 2015.

 

 

Pp. Volmir André Paza                                          Natasha Giacomet

OAB/RS 45.534                                                        OAB/RS 88.920

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