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Corrija o texto. 2. Justifique as correções. A guerra é um assunto que nos tem aflito muito desde o 11 de Setembro. A eminência de uma terceira guerra mundial, protagonisada pelos Estados Unidos, abriu uma crise profunda no seio da ONU e da União Europeia. Tratam-se de problemas novos, de que o mundo nunca teve de enfrentar: o combate à fabricação de armas de destruição maciva é uma acção com a qual todos os países da ONU estão de acordo. Os desacordos começam quanto aos meios a empreender nesse combate. Só há, neste momento, a possibilidade de uma acção militar no Iraque ou ainda é sustentável a solução pacífica que passa pela vigilância e envio de mais inspectores? Haverão ainda outras possibilidades de solução do conflito? A " Operação Mirage", proposta pela França e Alemanha, é exequível? Ambos os dois países parecem determinados em fazer frente aos Estados Unidos, argumentando que a guerra trará uma grave desestabilização social e política ao Médio Oriente, com reflexos imediatos na questão israelo- palestiniana, fazendo aumentar as acções terroristas um pouco por todo o mundo. É caso para dizer-se que chegou-se a um beco sem saída: considerando que a ONU aprovou a resolução 1441 — que estipulava a cooperação imediata e incondicional de Saddam Husseim na viabilização de todas as acções de fiscalização dos inspectores, dando como contrapartida o uso da força — e em face do último relatório de Hans Blix, a guerra é, neste momento, inevitável. Há quem defenda de que senão se envereda-se por um discurso político tão radicalisado e belicista (é célebre a expressão de G. W. Bush: "eixo do mal"), desde o 11 de Setembro, o mundo não teria hoje de enfrentar esta decisão. Mas também é verdade que a inacção dos países democráticos corresponde a ceder à chantagem e irá certamente alimentar grupos terroristas. Ana Martins

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Page 1: exercício

Corrija o texto.

2. Justifique as correções.

A guerra é um assunto que nos tem aflito muito desde o 11 de Setembro. A eminência de uma terceira guerra mundial, protagonisada pelos Estados Unidos, abriu uma crise profunda no seio da ONU e da União Europeia. Tratam-se de problemas novos, de que o mundo nunca teve de enfrentar: o combate à fabricação de armas de destruição maciva é uma acção com a qual todos os países da ONU estão de acordo. Os desacordos começam quanto aos meios a empreender nesse combate. Só há, neste momento, a possibilidade de uma acção militar no Iraque ou ainda é sustentável a solução pacífica que passa pela vigilância e envio de mais inspectores? Haverão ainda outras possibilidades de solução do conflito? A " Operação Mirage", proposta pela França e Alemanha, é exequível? Ambos os dois países parecem determinados em fazer frente aos Estados Unidos, argumentando que a guerra trará uma grave desestabilização social e política ao Médio Oriente, com reflexos imediatos na questão israelo-palestiniana, fazendo aumentar as acções terroristas um pouco por todo o mundo.

É caso para dizer-se que chegou-se a um beco sem saída: considerando que a ONU aprovou a resolução 1441 — que estipulava a cooperação imediata e incondicional de Saddam Husseim na viabilização de todas as acções de fiscalização dos inspectores, dando como contrapartida o uso da força — e em face do último relatório de Hans Blix, a guerra é, neste momento, inevitável.

Há quem defenda de que senão se envereda-se por um discurso político tão radicalisado e belicista (é célebre a expressão de G. W. Bush: "eixo do mal"), desde o 11 de Setembro, o mundo não teria hoje de enfrentar esta decisão. Mas também é verdade que a inacção dos países democráticos corresponde a ceder à chantagem e irá certamente alimentar grupos terroristas.

Ana Martins

Justificação da correcção:

O particípio passado entra na formação de tempos compostos formados com os auxiliares ter ou haver. O particípio é também utilizado na voz passiva.

Há verbos com duas formas de particípio: a regular e a irregular ou reduzida.

Forma regular (ex: completado, entregado, juntado, limpado, matado, secado): usada nos tempos compostos da voz activa (com os auxiliares ter e haver).

Page 2: exercício

Forma irregular ou reduzida (completo, entregue, junto, limpo, morto, seco): utilizada na voz passiva ( com os verbos ser e estar).

Eminência: qualidade do que se eleva acima do que o rodeia.

Iminência: característica do que ameaça acontecer.

Os verbos novos da língua portuguesa formam-se em geral pelo acréscimo da terminação -ar

(vogal temática -a-, característica dos verbos da primeira conjugação + sufixo -r) a substantivos ou adjectivos:

Nível - ar

Telefon-ar

Por vezes a vogal temática -a- liga-se não ao radical propriamente dito, mas a uma radical que já tem a adição de sufixo:

Amen - iz -ar

Suav - iz -ar

Massivo (a): conjunto que não é passível de ser dividido em partes singulares que se possam enumerar, contar.

Maciço (a): que não é oco; que não tem cavidades; qualidade do que é compacto, denso.

Verbo Haver: quando tem o sentido de existir, acontecer ( ou seja , quando não é empregue como verbo auxiliar), é um verbo impessoal, ou seja, não tem sujeito; é conjugado sempre na 3ª pessoa do singular (há, houve, haverá)

Ambos os dois: redundância usada por escritores clássicos, mas que hoje deve ser evitada. Ambos já significa os dois.

Page 3: exercício

Pronome antes da forma verbal (simples ou composta):

Em orações subordinadas:

Era bom que se resolvesse isto de uma vez por todas.

A Maria gosta tanto de Matemática que se coloca sempre à porta da sala de aula antes do tempo.

Senão:

— conjunção coordenada disjuntiva (= Ou... Ou..., caso contrário): Está quieta senão apanhas.

— Advérbio (= excepto) : Nada tenho senão isto.

— Substantivo: Não há bela sem senão.

Se não: conjunção conjuncional + adv. "não": Se não queres ir, não vás.

De que: é erro usar de que antes de uma oração que cumpre a função sintáctica de complementos directo: Ele afirmou durante a sua campanha que ( e não de que ) a inflação seria debelada. Afirmar é um verbo transitivo directo, portanto: afirmar alguma coisa, e não afirmar de alguma coisa. A oração 'que a inflação seria debelada' funciona como complemento directo de 'afirmou'.

Usa-se obrigatoriamente de que quando o verbo exige a preposição de:

A casa de que te falei foi vendida.

Tinha de fazer tarefas de que não gostava.

Não tem ideia dos bens de que dispõe.

Não posso vender aquilo de que não sou dono.

São obrigações de que não no podemos eximir.

Como convencê-los de que são vítimas das suas ilusões?.

Previno-a de que encontrará dificuldades.

Informo-o de que a reunião foi adiada.

Enveredasse: Pretérito Imperfeito do Conjuntivo...

Envereda-se: Presente do Indicativo conjugado com pronome que assinala a função de indeterminação do sujeito.