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INTRODUONo menu Inserir, as galerias incluem itens que so projetados para corresponder aparncia geral do documento. Voc pode usar essas galerias para inserir tabelas, cabealhos, rodaps, listas, folhas de rosto e outros blocos de construo do documento. Quando voc cria imagens, grficos ou diagramas, esses elementos tambm so coordenados com a aparncia atual do documento.Voc pode alterar facilmente a formatao do texto selecionado no documento escolhendo uma aparncia para o texto selecionado na galeria Estilos Rpidos, na guia Pgina Inicial. Voc tambm pode formatar texto diretamente usando os outros controles na guia Pgina Inicial. A maioria dos controles oferece uma opo entre usar a aparncia do tema atual ou usar um formato que voc pode especificar.Para alterar a aparncia geral do documento, escolha novos elementos Tema na guia Layout da Pgina. Para alterar as aparncias disponveis na galeria Estilos Rpidos, use o comando Alterar Conjunto Atual de Estilos Rpidos. As galerias Temas e Estilos Rpidos fornecem comandos de redefinio para que voc possa sempre restaurar a aparncia do documento ao original contido no modelo atual.

Fundamentao Terica em Metodologia da Pesquisa.

Pode-se comparar o processo cientfico a um jogo para os jovens que sempre aparece no jornal: o da histria em quadrinhos sem legenda. Esse jogo apresenta desenhos para os quais se deve encontrar uma "legenda" [...]Existe, todavia, uma grande diferena entre a cincia e as histrias em quadrinhos: no jogo dos quadrinhos, as decises de preferir uma interpretao outra so pessoais, ao passo que, para a cincia, trata-se de fazer com que um grupo aceite uma viso, em meio a relaes de foras e de coeres de todo gnero. A cincia, quando deixou de ser uma espcie de jogo interpessoal, como no tempo deDescarteseMersenne, entrou de uma vez por todas na esfera social.

Vamos iniciar nosso trabalho nesta unidade discutindo os processos de pesquisa e da produo acadmica em cincias humanas.Veremos que existem diferenas significativas entre a pesquisa nas chamadas "cincias da natureza" e nas"cincias humanas", ramo do conhecimento em que se insere nossos cursos de ps-graduao em Educao. Assim, trabalharemos os percursos histricos e as consideraes sobre o que conhecimento e sua relao com a pesquisa cientfica. fundamental que voc tenha possibilidade de compreender minimamente o que significa conhecimento e as diversas formas que a sociedade se relaciona com essas vertentes.Discutiremos a respeito das diferenas entre os diversos tipos de conhecimento e a aplicabilidade de cada um deles para a nossa vida cotidiana, acadmica e profissional.Voc ver que existe hoje uma abordagem de conhecimento preocupada com a especificidade da construo do conhecimentopara a rea educacional. Isso fundamental, pois, durante muitos anos, e por causa da influncia do paradigma positivista, as pesquisas em Educao ancoraram-se em metodologias das "cincias naturais" ou, quando muito, em preceitos dascincias sociais, mas sem levar em considerao as especificidades da construo do saber no mbito dos processos educativos.-Nossa inteno fornecer-lhe caminhos para compreenso da dimenso do processo de construo do conhecimento na rea das Cincias Sociais, em especial a rea educacional. Esperamos que, ao final, voc esteja em condies de pensar na perspectiva crtica sobre a organizao do conhecimento e a importncia da postura de professor pesquisador em sua prtica pedaggica.2) Conceitos e Fundamentos Tericos sobre a Pesquisa Cientfica2.1Percursos Histricos e Consideraes sobre o que PesquisaO conhecimento a construo de significados que as pessoas e a sociedade fazem sobre o mundo, a partir de experincias da vida cotidiana. Podemos dizer que a compreenso da realidade, ou seja, das ideias que construmos, o resultado da nossa relao com o mundo.No campo filosfico, o conhecimento pode ser estudado sob dois ngulos:- como ao humana sobre algo a ser conhecido; e

- como bem da humanidade, construdo individual e coletivamente.

Embora usemos no dia a dia o termo "conhecer" para qualquer situao de contato do sujeito com o mundo, no podemos us-lo sem refletir. s vezes, no chegamos a conhecer algo totalmente; apenas o percebemos ou sentimos. Conhecer algo mais complexo do que imaginamos.No primeiro sentido, conhecer trazer para o sujeito algo que se pe como objeto. o processo pelo qual o sujeito leva para sua conscincia algo que est fora dela. Podemos afirmar que o conhecimento se manifesta na traduo cerebral de um objeto na medida em que o renascimento do objeto conhecido em novas condies passa a existir dentro do sujeito conhecedor.Assim, podemos dizer queconhecer construir significadossobre algo que nos apresentado. um processo contnuo e dinmico, que ocorre em nosso dia a dia. No segundo sentido, o conhecimento um patrimnio da humanidade, formado pelos saberes humanos acumulados ao longo da Histria. Sob essa tica, podemos falar de tipos de conhecimento, de acordo com a fonte sob a qual este foi construdo: sabedoria popular, vivncias ou experincias cientficas.Trataremos do conhecimento comobem da humanidade, ou seja, como algo que produzido pelo ser humano para a sociedade, tendo em vista sua importncia para a construo do texto acadmico. De acordo com essa abordagem, no h apenas uma forma de se conhecer a realidade, de entend-la e explic-la.Por exemplo, existem vrias formas de entender como acontece uma batida de carro.Podemos dizer que foi Deus quem quis assim, que, ao bater com o carro, Deus nos livrou de um perigo maior, como a morte, ou ainda, que Ele quis nos castigar por algo errado que fizemos.Podemos explicar tambm dizendo que estvamos distrados olhando para uma propaganda na rua e acabamos por bater o carro, ou, ainda, podemos explicar, dizendo que a batida do carro aconteceu porque as condies mecnicas do carro no estavam adequadas e que o desgaste dos freios provocou uma baixa aderncia ao cho, provocando a batida.

A histria do pensamento humano comeou a mudar com o surgimento da Filosofia, no sculo V a.C., na Grcia.Foi o momento em que o homem comeou a buscar outras explicaes para os fenmenos e para a existncia humana para alm dos mitos e dos deuses. Durante muitos sculos depois do surgimento da Filosofia, no perodo chamado Idade Mdia, o pensamento humano ficou polarizado entre a razo e a f, tendo o pensamento religioso imperado no mundo ocidental como forma de explicar a realidade.Conforme nos aponta Figueiredo (1979), durante a Idade Mdia, as referncias coletivas como a famlia, o povo e, principalmente, a religio eram o amparo para o homem e sua compreenso sobre o mundo. A religio detinha o poder de deciso sobre as aes humanas; por isso, ao mesmo tempo em que amparava o homem tambm o constrangia, retirando dele a capacidade de construir suas prprias referncias internas.Nos sculos XIV e XV surgem novas formas de organizao social, provocando uma crise social que culmina com a contestao das velhas tradies e o rompimento da cincia com a religio. O pensamento renascentista apregoa que o homem capaz de decidir por si, sente-se livre e coloca-se na posio de centro do Universo, buscando objetividade nas suas experincias.A explicao para os fenmenos naturais e o mundo deixa de ser determinada pelo sagrado e este se torna um objeto de uso para o prprio homem, embora a crena em Deus permanecesse. O trabalho intelectual, a partir desse perodo, torna-se mais intenso e individualizado e a religiosidade, uma deciso ntima. Figueiredo (1979) chama a esta individualizao do homem de "experincia da subjetividade privatizada".No entanto, essa mesma experincia sofre uma crise no sculo XIX. O homem percebe que existe, presente em todas as esferas da vida, um regime disciplinar disfarado, que pode ser facilmente observado nas instituies governamentais, nas relaes trabalhistas e familiares. Por consequncia, os interesses particulares no comrcio acabam por desencadear crises e guerras. Como veremos mais adiante, os trs ltimos sculos foram palco de transformaes circunstanciais nos paradigmas que governam o pensamento ocidental e, consequentemente, o significado da cincia e sua influncia na sociedade.Com o surgimento do Mercantilismo, o declnio do Feudalismo e as grandes navegaes do sculo XIV, uma nova forma de compreender a realidade foi se consolidando, por meio do uso da razo, para otimizar os recursos e transformar a realidade por meio da tecnologia. nesse perodo de efevercncia de ideias e do renascimento da razo como forma de explicar a realidade que surgem novas formas de tentar explicar a realidade por meio da experimentao e pela razo. J no basta apenas a f ou a filosofia para justificar as transformaes na natureza e para a racionalizao da produo dos bens necessrios para a sobrevivncia das pessoas. O desenvolvimento da tecnologia teve papel fundamental para a racionalizao dos processos produtivos e o surgimento de uma nova forma de compreender a realidade.Vrios sculos depois do incio dessas mudanas, ns veremos que no h uma forma nica de compreender o mundo.Ns encontraremosquatro tiposimportantes de formas de conhecimento da realidade: ofilosfico, oreligioso, osenso comume acincia. Cada uma dessas formas de se compreender a realidade tem hoje uma funo e um uso de acordo com a necessidade de cada pessoa, desde sua vida ntima at sua vida profissional.FilosofiaReligio

Em poucas palavras, podemos dizer que o conhecimentofilosficopretende conhecer a essncia de todas as coisas.Por exemplo, no caso da batida do carro, o filsofo iria pensar sobre o que uma batida de carro, de que maneira ela aconteceu, que consequncias trouxe para o momento de sua ocorrncia e, especialmente, as suas consequncias para a vida humana.Diferentemente da filosofia, o conhecimentoreligiosobusca explicar os fenmenos da realidade a partir da divindade, que pode ser Deus, Al, Buda etc.Para isso, os religiosos leem a "Palavra", ou seja, aBblia, oEvangelho, oAlcoro. Eles usam a hermenutica para entender a realidade, ou seja, estudam a palavra que a divindade deixou para os seus discpulos. Nesse caso, a batida do carro poder ser explicada como: "Deus quis", "Al permitiu porque era o melhor para mim" etc.

Osenso comum conhecido como o conhecimento popular, do dia a dia, que usamos o tempo todo. O principal objetivo do senso comum resolver nossos problemas, possibilitar uma vida mais fcil. Assim, a batida do carro pode ser explicada pela displicncia: estava distrado, por isso, bati o carro.Outro exemplo: " Vou tomar boldo porque meu estmago est doendo",ou ainda: "Vou colar durepox no cano porque est vazando gua "Voc j fez isso? Se sim, voc estava usando o conhecimento do senso comum! A todo o momento, usamos esse tipo de conhecimento porque estamos sempre precisando resolver problemas. Esse conhecimento espontneo, construdo ao longo da nossa histria de vida, a partir das aes e histrias da nossa famlia, dos amigos, dos vizinhos.Acincia, outro tipo de conhecimento, bem diferente do senso comum. A cincia quer explicar a realidade, por meio de pesquisa, de investigao cientfica, ou seja, de investigao intencional, baseada em mtodos rigorosos, como observao, questionrios, testes, experimentos, entrevistas especficos e passveis de descrio.O senso comum quer resolver problemas do cotidiano, por isso, no quer comprovar, por intermdio de pesquisa, suas concluses.Por exemplo, voc no fez pesquisa sobre o durepox ou sobre o boldo, simplesmente os usou porque sabia, pela sua vivncia, que eles ajudariam a melhorar sua dor no estmago e a tampar o cano que estava vazando. Voc deve, em sua memria, lembrar-se de sua av lhe dizendo: "Meu filho, tome boldo que passa!". Voc seguiu os conselhos de sua av e deu certo, no teve que estudar as propriedades qumicas do boldo.Dessa forma, podemos afirmar que os conhecimentos se diferenciam quanto ao objetivo, ao objeto de estudo e metodologia.Consulte o quadro a seguir.ConhecimentoObjetivoObjeto de estudoMetodologia

FilosficoConhecer a essncia de todas as coisas.Essncia dos fenmenos naturais e sociais.Descrio sistemtica (reflexo, pensamentos sobre o objeto de estudo).

ReligiosoExplicar os fenmenos naturais e sociais por meio da f.DivindadeHermenutica (estudo da palavra da divindade).

Senso comum ou popularResolver os problemas do cotidiano.Qualquer objetoQualquer mtodo: f, memria, sentido etc.

CinciaExplicar os fenmenos naturais e sociais, a partir dos cinco sentidos, gerando conhecimento sistematizado, ou seja, organizado com base em experimentos, com comprovao.Fenmenos naturais (fenmenos da natureza: chuva, raios, terremotos, reproduo humana etc.). Fenmenos sociais (fome, violncia, aprendizagem, poltica etc.).Cientfica: observao controlada, entrevistas, experimentos etc.

At o momento, temos conversado a respeito da trajetria percorrida pela humanidade para compreender a realidade, as concepes e as formas de conhecimento.Refletimos, ainda, sobre a necessidade que o ser humano tem de ser o detentor da verdade, por meio daquilo que se manifesta, que aparece em dado momento, ou mesmo da necessidade de decifrar os enigmas do universo. No entanto, at meados do sculo XVIII, considerava-se que apenas os fenmenos naturais seriam passveis de mensurao e predio racional. J os fenmenos sociais, as formas de organizao da sociedade e as relaes comerciais e mercantis eram explicados pelo fatalismo ou pelo determinismo divino.Essa mudana na forma de ver e perceber a realidade, trazida pelo surgimento do pensamento cientfico cartesiano no sculo XVII, alicerou o aparecimento nos sculos seguintes das cincias sociais. Agora no apenas os fenmenos da natureza poderiam ser explicados pela razo, mas os fenmenos sociais seriam passiveis de verificao e predio, requisitos fundamentais para a organizao da sociedade capitalista.O conhecimento cientfico, ao contrrio das outras formas de conhecimento, apresenta certas caractersticas que o tornam diferenciado e digno de maior confiabilidade para poder explicar os fenmenos naturais e sociais.Vejamos no quadro a seguir.CaractersticasEspecificaes

RacionalConstitudo de conceitos, juzos e raciocnios, e no de sensaes e imagens.

Transcendente aos fatoConduz o conhecimento alm dos fatos observados, inferindo o que pode haver atrs deles.

AnalticoAborda fato, processo, situao ou fenmeno, decompondo o todo em partes.

SistemticoConstitudo de um sistema de ideias correlacionadas: contm sistemas de referncia, teorias e hipteses, fontes de pesquisa etc; informaes e quadro explicativo das propriedades relacionadas.

CumulativoO seu desenvolvimento uma consequncia de contnua seleo de conhecimento.

ExplicativoTem como finalidade explicar os fatos em termos de leis e as leis em termos de princpios.

PreditivoFundamenta-se em leis j estabelecidas, pode, por meio da induo probabilstica, prever ocorrncias futuras.

Outro fator de destaque para compreender um determinado fenmeno cientificamente o entendimento de que existem abordagens que fundamentam uma investigao cientfica: aabordagem quantitativae aabordagem qualitativa.1. Aabordagem quantitativacaracteriza-se pelo uso da quantificao tanto na coleta quanto no tratamento das informaes, por meio de tcnicas estatsticas, desde as mais simples, como percentual, mdia, desvio-padro, s mais complexas, como coeficiente de correlao, anlise de regresso etc. "Logo, o mtodo quantitativo constitui-se em quantificar dados obtidos pelas informaes coletadas por meio de questionrios, entrevistas, observaes e utilizao de tcnicas estatsticas".(OLIVEIRA, 2007)O relacionamento entre essas abordagens preconizado por estudiosos do assunto por meio daviso puristae daviso dialgica. A primeira defende a teoria da incompatibilidade de opostos, ou seja, tanto estudiosos da abordagem quantitativa quanto da qualitativa julgam que no h possibilidade de dilogo entre as duas abordagens. A segunda, a viso dialgica, refora que, dependendo do problema a ser investigado, admite-se um ou outro, ou mesmo as duas abordagens em uma mesma pesquisa. Existe, ainda, a teoria da complementaridade, decorrente da integrao entre as duas abordagens.Apesquisa cientficapode ser assim definida:Como o procedimento racional e sistemtico que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que so propostos. A pesquisa requerida quando no se dispe de informao suficiente para responder ao problema, ou ento, quando a informao disponvel se encontra em tal estado de desordem que no possa ser adequadamente relacionada ao problema.(GIL, 1996, p. 17)A pesquisa cientfica tem diferentes finalidades e pode ser classificada de diferenciadas formas, critrios e pontos de vista. Aquela que realizada por meio de questes de ordem intelectual, que amplia o saber e estabelece princpios cientficos denominadapesquisa pura; apesquisa aplicada realizada por questes imediatas, de cunho prtico, e busca solues para problemas concretos. Entretanto, importante voc conhecer, alm dessas duas modalidades, a classificao da pesquisa segundo diferentes critrios. Apesquisa cientficapode ser assim definida:Como o procedimento racional e sistemtico que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que so propostos. A pesquisa requerida quando no se dispe de informao suficiente para responder ao problema, ou ento, quando a informao disponvel se encontra em tal estado de desordem que no possa ser adequadamente relacionada ao problema.(GIL, 1996, p. 17)A pesquisa cientfica tem diferentes finalidades e pode ser classificada de diferenciadas formas, critrios e pontos de vista. Aquela que realizada por meio de questes de ordem intelectual, que amplia o saber e estabelece princpios cientficos denominadapesquisa pura; apesquisa aplicada realizada por questes imediatas, de cunho prtico, e busca solues para problemas concretos. Entretanto, importante voc conhecer, alm dessas duas modalidades, a classificao da pesquisa segundo diferentes critrios.CritriosEspecificaes

rea do conhecimentoEducacionais, histricas, sociais

Lugar em que se desenvolvemLaboratoriais, de campo, etnogrficas

Carter dos dados coletadosQualitativas, quantitativas

Forma de raciocnioIndutivas, dedutivas, dialticas

Utilizao de tcnicas indiretasBibliogrficas, documentais, tericas

Objetivos imediatosExploratrias, descritivas eexperimentais

Classificao das PesquisasExistem diversas formas de se classificarem os tipos de pesquisa. Essa classificao depender do objetivo da pesquisa, dos procedimentos de coleta, das fontes de informao e da natureza dos dados.Vejamos, no quadro a seguir,uma sntese dessa classificao e, em seguida, um breve comentrio sobre os principais tipos de pesquisa utilizados na rea educacional.Tipos de pesquisas segundo os objetivosTipos de pesquisas segundo os procedimentos de coletaTipos de pesquisas segundo as fontes de informaoTipos de pesquisas segundo a natureza dos dados

Exploratria Descritiva Experimental Explicativa Experimental Levantamento Estudo de caso Bibliogrfica Documental Participativa Campo Laboratrio Bibliogrfica Documental Quantitativa Qualitativa

Entre os pesquisadores, a nomenclatura mais difundida a classificao da pesquisa segundo seus objetivos:exploratria,descritiva,experimentaleexplicativa.(DIEEHL e TATIM, 2004; OLIVEIRA, 2007; GONALVES, 2003)ATENO importante ressaltar que esses objetivos no so excludentes e podem se intercalar nas diversas fases da pesquisa e em razo do fenmeno estudado, da sua natureza e abordagem.1. Apesquisa exploratriaconfigura-se como a fase preliminar, antes do planejamento formal do trabalho, e tem como objetivo proporcionar maior familiaridade com o problema, com vistas a torn-lo mais explcito ou a construir hiptese ou questes para o processo de investigao, ou seja, oferecer uma viso panormica, uma primeira aproximao a um determinado fenmeno pouco explorado.J na classificao pelo tipo de coleta, as que mais so utilizadas na pesquisa educacional so: abibliogrfica, adocumental, apesquisa de campo, oestudo de casoe apesquisa participativa. importante notar que esses tipos de pesquisas no so excludentes e podero ser combinados em funo dos objetivos da pesquisa, da abordagem escolhida (quantitativa ou qualitativa) e da natureza do objeto a ser estudado (fenmenos fsicos ou da natureza e fenmenos sociais ou psquicos).Em funo dos objetivos da pesquisa, iremos encontrar diferentes metodologias e tcnicas de pesquisa. Sero essa tcnicas e metodologias que daro ao pesquisador fundamentos para a organizao de seu trabalho, desde sua concepo, execuo e obteno de resultados. Vejamos com se distinguemmtodosdetcnicas de pesquisa. Tcnicasso procedimentos cientficos empregados por uma cincia determinada. Compreende a aplicao de instrumentais, regras e procedimentos que facilitam o processo de cosntruao do conhecimento. As tcnicas utilizadas em pesquisas devem ser compreendidas como meios especficos para viabilizar a aplicao de mtodos. Mtodosso tcnicas suficientemente gerais para se tornarem procedimentos comuns a uma rea das cincias ou a todas as cincias.ATENOEstudiosos do assunto afirmam que a distino especfica entre o mtodo e a tcnica de fundamental importncia para evitar possveis confuses em uma pesquisa. Enquanto o mtodo o traado geral das etapas fundamentais a serem seguidas em uma investigao de cunho cientfico, a tcnica refere-se aos diversos procedimentos ou meios auxiliares, dentro das etapas do mtodo.

Mtodos CientficosO mtodo faz-se acompanhar da tcnica, que o instrumento que o auxilia na procura de determinado resultado:informao,inveno,tecnologia etc.Em outras palavras:O mtodo o procedimento que permite estabelecer concluses de forma objetiva, enquanto a tcnica um sistema de princpios e normas que auxilia na aplicao dos mtodos, justificando-se por sua utilidade.Portanto, o mtodo o procedimento que se segue para estabelecer o significado dos fatos e fenmenos para os quais se dirige o interesse cientfico, enquanto a tcnica o procedimento prtico que se deve seguir para levar a cabo uma investigao.A atividade cientfica alavancada pelamotivao, isto , por uma disposio ntima para buscar novos caminhos e solues. Essa motivao, em muitos casos, indica os caminhos a serem percorridos no processo de investigao.Por exemplo, na pesquisa terica, o pesquisador est voltado para satisfazer uma necessidade intelectual de conhecer e compreender determinados fenmenos; na pesquisa aplicada, ele busca orientao prtica soluo imediata de problemas concretos do cotidiano e assim cada mtodo tem uma necessidade a ser satisfeita.Percebe-se que a funo social de uma pesquisa traz implcita a cosmoviso do pesquisador e tambm a sua maneira de conceber a cincia.

Mtodo IndutivoMtodo Dedutivo

O mtodo indutivo parte do particular (situao concreta) para o geral (teoria), ou seja, trata-se de um mtodo empirista.Educacionais, histricas, sociais

Induo um processo mental que parte de fatos, fenmenos, dados particulares, suficientementeconstatados, para deles extrair uma verdade geral ou universal, no contida nas partes examinadas.O mtodo indutivo foi sistematizado por Francis Bacon. Seus passos so os seguintes. Observao dos fatos ou fenmenos e anlise com vistas a identificar as suas causas. Descoberta da relao entre os fatos ou fenmenos, estabelecendo comparaes entre eles. Generalizao da relao encontrada na etapa anterior para situaes semelhantes (no observadas).Deduo o processo mental que parte das verdades estabelecidas para a anlise dos fatos e fenmenos particulares, verificando sua adequao teoria, usando-os para comprov-la. Esse mtodo parte do geral para o particular, ou seja, do corpo terico para as situaes concretas.Os passos do mtodo dedutivo so os seguintes. Compreenso das bases tericas (verdades universais). Anlise dos fatos e fenmenos concretos. Estabelecimento de relao entre a teoria e os casos particulares, comprovando a primeira.

importante adotar alguns cuidados ao utilizar o mtodo indutivo: ter certeza de que a relao a ser generalizada realmente essencial; certificar-se de que a generalizao seja feita para fatos ou fenmenos idnticos aos observados; realizar nmero suficiente de anlises ou experimentos de forma que a amostra seja representativa da populao.O uso desse mtodo envolve cuidados entre os quais destacamos: certificar-se de que a explicao possui bases tericas slidas; deve aplicar-se situao particular analisada e estabelece relao entre as explicaes e as premissas, o que constitui o ponto central do mtodo.

Mtodo Hipottico Dedutivo

Karl Raymund Popper, formulador do mtodo hipottico-dedutivo, afirma consistir esse mtodo na construo de conjecturas que devem ser submetidas aos mais diversos testes possveis:crtica intersubjetiva,controle mtuo pela discusso crtica,publicidade crticaeconfronto com os fatos, para ver quais hipteses sobrevivem como mais aptas na luta pela vida, resistindo, portanto, s tentativas de refutao e falseamento.Popper (apud LAKATOS e MARCONI, 1991, p.67) contestava o mtodo indutivo, considerando que a induo no se justifica, pois leva a volta ao infinito, na procura de fatos que a confirmem, ou ao apriorismo, que consiste em admiti-la como algo j dado como simplesmente aceito, sem a necessidade de ser demonstrada, justificada.Veja, a seguir,o esquema dos passos do mtodo hipottico-dedutivo para Popper, sistematizados por Lakatos e Marconi, 1991, p.67):por Lakatos e Marconi, 1991, p.67):Aparecimento do Problema(Normalmente em funo de conflitos entre expectativas e teorias.)

Conjectura sobre Possvel Explicao Nova(Com a deduo de proposies a serem testadas.)

Testes de Falseamento(Visando refutar as proposies por meio de procedimentos como a experimentao e a observao. As hipteses refutadas devero ser reformuladas e testadas novamente. Se forem confirmadas, sero consideradas provisoriamente vlidas.)

Mtodo PositivistaO mtodo positivista enfatiza que a cincia constitui a nica fonte de conhecimento, estabelecendo forte distino entre fatos e valores; um mtodo geral do raciocnio proveniente de mtodos e tcnicas particulares (deduo,induo,observao,experincia,comparao,analogiae outros).

Auguste Comte [1798 - 1857]Os principais representantes desse mtodo so Comte e Durkheim. Ambos acreditam que a sociedade possa ser analisada da mesma forma que a natureza. Assim, a Sociologia tem como tarefa o esclarecimento de acontecimentos sociais constantes e recorrentes. Seu papel fundamental explicar a sociedade para manter a ordem vigente.No Brasil, temos fortes influncias do positivismo e como mxima desse mtodo podemos citar o emprego da frase "Ordem e Progresso" em nossa bandeira nacional, que foi extrada da frmula mxima do Positivismo: "O amor por princpio, a ordem por base, o progresso por fim". Essa frase tenta passar a imagem de que cada coisa em seu devido lugar conduziria para a perfeita orientao tica da vida social.Comte props os seguintes passos concebidos para o mtodo positivista. Observao objetiva (neutra) dos fenmenos; preciso que o sujeito que produz o conhecimento coloque um limite entre ele e o objeto de estudo. Valorizao exclusiva do fenmeno, ou seja, que somente pode ser conhecido por meio da observao e da experincia. Segmentao da realidade, significa a compreenso de que totalidade ocorre por meio da compreenso das partes que a compem.

4.3Mtodo EstruturalistaO estruturalismo como corrente metodolgica foi elaborado na Frana por meio de uma luta aberta contra o Existencialismo, representado por Sartre, e contra as formas de pensamento historicista, incluindo o marxismo.Os estruturalistas consideram que os fenmenos da vida humana no so inteligveis isoladamente. Por essa razo, necessrio compreender as relaes entre eles, ou seja, a estrutura que se encontra por detrs das variaes particulares, constitudas pelos fenmenos.Assim, o mtodo estruturalista leva em considerao, principalmente, o estudo das relaes existentes entre os elementos. Como principais representes desse mtodo podemos destacar Ferdinand Saussure e Jakobson, na Lingustica; Lvi-Strauss, na Antropologia; e Radcliffe-Brown e Althusser, na Sociologia; Piaget, na Psicologia; Lacan, na Psicanlise.O mtodo estruturalista possui duas etapas:a primeiravai do concreto para o abstrato e,na segunda, do abstrato para o concreto, dispondo, na segunda etapa, de um modelo para analisar a realidade concreta dos diversos fenmenos.

Mtodo EstruturalistaO conceito de dialtica tem sua origem na Grcia antiga. Alguns o atribuem ao filsofo Zenon e, outros, a Scrates.Scrates criou o mtodo da Ironia e Maiutica, que se desenvolvia assim: ele fazia uma pergunta, ouvia a resposta, perguntava de novo refutando a resposta at eliminar as certezas do interlocutor. Essa a fase chamada de Ironia. No segundo momento, a Maiutica, voltava perguntando para que o interlocutor reconstrusse seu conhecimento de forma mais crtica, eliminando as contradies.

Plato considerava dialtica como sinnimo de filosofia, pois o mtodo mais eficaz de aproximao do mundo das ideias. Propunha o dilogo como tcnica para atingir o verdadeiro conhecimento.Aristteles considerava dialtica como a lgica do provvel, do que parece aceitvel para todos, ou para a maioria das pessoas ou para os pensadores mais ilustres.Muitos outros pensadores fizeram a sua interpretao da dialtica. O mtodo dialtico ganhou muita fora na Idade Moderna com Hegel (dialtica idealista) e Marx e Engels (dialtica materialista). De acordo com os pensadores, as bases tericas modificam-se, o olhar tambm, porm os procedimentos se mantm.A aplicao da dialtica investigao cientfica envolve uma anlise objetiva e crtica da realidade, para aprofundar o seu conhecimento com vistas transformao.Observe que o mtodo parte do princpio de que no universo nada est isolado, tudo movimento e mudana, tudo depende de tudo. Assim, a dialtica realiza-se pela reflexo a respeito da relao sujeito e objeto, confrontando as variveis e suas contradies para chegar a uma sntese.Totalidade a compreenso do objeto de estudo s possvel se o considerarmos na totalidade, tendo em vista a necessidade de estabelecer as bases tericas para sua transformao.1.Elaborao da Sntese, ou seja,do conflito resultante da anlise da tese e da anttese surge a sntese. Esta, por sua vez transforma-se em tese para um novo ciclo, com a colocao de nova anttese resultando em novasntese e assim por diante.Veremos agora os mtodos quantitativo e qualitativo, assim classificados em funo do tratamento dispensado aos dados de pesquisa.

Mtodo QuantitativoPara Minayo e Sanches (1993, apud TEIXEIRA, 2001, p.24) a pesquisa quantitativa utiliza a linguagem matemtica para descrever as causas de um fenmeno e as relaes entre variveis.Esse mtodo considera: a realidade como formada por partes isoladas; no aceita outra realidade que no seja os fatos a serem verificados; busca descobrir as relaes entre fatos e variveis; visa ao conhecimento objetivo; prope a neutralidade cientfica; rejeita os conhecimentos subjetivos; adota o princpio da verificao; utiliza o mtodo das cincias naturais (experimental-quantitativo); e prope a generalizao dos resultados obtidos.Caracterizando-se finalmente pelo emprego da quantificao tanto nas modalidades de coleta de informaes quanto no tratamento delas por meio de tcnicas estatsticas.

Mtodo QualitativoO mtodo qualitativo, contrapondo o mtodo quantitativo, no emprega um referencial estatstico como base do processo de anlise de um problema. Esse mtodo privilegia os dados qualitativos das informaes disponveis.Tendo em vista a sua importncia e considerando ser esse um mtodo muito utilizado atualmente no meio acadmico, vamos analis-lo com mais detalhes. Primeiramente vamos entender os dados trabalhados nesse mtodo.De acordo com Patton, 1980 e Glazier, 1992 (apud DIAS, 2000, p.1) segue a constituio dedados qualitativos.1.Descries detalhadas de fenmenos e comportamentosO exemplo mais prximo de nossa realidade, nos dias atuais, a questo protagonizada pelos polticos brasileiros que passam a fazer parte dos noticirios nacionais com envolvimentos em escndalos financeiros, pessoais, ticos e morais. A comunicao hoje muito investigativa e procura fazer com que os profissionais desse seguimento estejam bem sintonizados com os procedimentos cientficos para elaborarem uma notcia completa e com o mximo de informaes e detalhes do fato explorado.

Podemos destacar as seguintes caractersticas essenciais da pesquisa qualitativa. Oambiente naturalconstitui sua fonte direta de dados; Opesquisadorconstitui o principal instrumento; Osdados coletadospredominantemente descritivos, conforme descrito anteriormente; Apreocupao com o processosuperior dedicada ao produto; Osignificadoque as pessoas conferem aos objetos, acontecimentos e prpria vida objeto da ateno do pesquisador; Aanlise dos dadosocorre basicamente em um processo indutivo, ou seja, parte-se da anlise das situaes particulares para chegar generalizao.Uma tcnica muito utilizada quando se realiza uma pesquisa com o mtodo qualitativo o estudo de caso.

Mtodo EstatsticoEste mtodo, idealizado pelo estatstico social belga Quetelet, permite ao pesquisador extrair dados ou representaes simples, a partir da anlise de um conjunto complexo de dados. Esse mtodo se caracteriza por promover uma reduo de fenmenos polticos, sociolgicos, econmicos, sociais etc. a termos quantitativos e sujeitos a uma interpretao ou manipulao estatstica, com a inteno de se encontrar ou detectar relaes entre eles, permitindo, assim, a realizao de uma generalizao sobre a natureza ou o significado dos dados analisados.Os testes estatsticos permitem determinar numericamente tanto a probabilidade de acerto de uma determinada concluso quanto a margem de erro de um coeficiente obtido. Os procedimentos estatsticos fornecem considervel reforo s concluses obtidas, sobretudo mediante experimentao, observao, anlise e prova.Como exemplo, podemos citar uma pesquisa entre os participantes deste curso de ps-graduao de educao, visando caracterizar o perfil da turma.O mtodo estatstico envolve os seguintes passos. Coleta dos dadosenvolve os procedimentos de levantamento de informaes. Normalmente se utiliza uma amostra da populao pesquisada (cerca de 20% do universo). Organizaoos dados coletados so organizados em intervalos. Descrio dos dadosos dados so descritos conforme a organizao anterior. Clculoetapa de clculo dos coeficientes. Interpretao de coeficientesa tcnica da amostragem permite chegar a concluses vlidas e realizar previses que se aproximam muito da realidade, sendo a margem de erro pequena quando se trabalha com a estatstica descritiva. Uma outra linha de interpretao, da estatstica inferencial ou indutiva, trabalha com a medida da margem de incerteza, fundamentada na teoria da probabilidade.

Pesquisa BibliogrficaApesquisa bibliogrficadeve merecer ateno do pesquisador, especialmente nos trabalhos de concluso de curso de graduao e ps-graduao lato sensu. Para tanto, fundamental que o estudante tenha o domnio das tcnicas bsicas para a realizao do trabalho de pesquisa.Leia com ateno as etapas descritas por Cervo, Bervian e da Silva, 2007:

Levantamento bibliogrfico necessrio saber como " esto organizados os textos, as bibliotecas e os banco de dados, bem como as formas de melhor utilizao " (p. 79). H documentos que esto disponveis em meios impressos, magnticos e eletrnicos, em documentos decorrentes de reunies cientficas e at notas de aula. Portanto, todos os materiais de consulta do pesquisador devem ser selecionados com vistas ao tema ou aos aspectos que se quer focalizar.

Apontamentos e anotaes apsa seleo dos materiais, anote as ideias principais e secundrias, os dados, as informaes ou as afirmaes contidas nos documentos, tendo sempre em vista os objetivos da pesquisa. Sugere-se a anotao em fichas que podem ser elaboradas de acordo com a sua organizao. Para tanto, caso faa uma transcrio de um trecho do texto original, coloque-a entre aspas ou, se for parafraseado, mantenha sempre a ideia do autor. Em qualquer um dos casos, procure sempre citar toda a fonte de pesquisa, inclusive a pgina.

Exemplo: CERVO, Amado L., BERVIAN, Pedro A.; DA SILVA, Roberto. Metodologia da Pesquisa. 6. ed. So Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007. p. 83.

Ao ter conhecimento dos materiais disponveis para a realizao do seu trabalho de pesquisa, voc dever iniciar a elaborao do artigo ou da monografia, sempre atendo aos objetivos que pretende alcanar ao final dos estudos.Sugere-se que as etapas de um trabalho sejam subdivididas de acordo com os objetivos especficos, pois, desse modo, voc estar caminhando no sentido de responder questo ou hiptese apresentadas no problema e, certamente, atingir o objetivo geral proposta para a pesquisa.Pesquisa DocumentalMuito semelhante pesquisa bibliogrfica, a pesquisa documental caracteriza-se pela busca de informaes em documentos que no receberam nenhum tratamento cientfico, como relatrios, reportagens de jornais, revistas, cartas, filmes, gravaes, fotografias e outros tipos de mdias ou fontes de informao. Pode ser considerada como uma pesquisa de "primeira ordem", pois vai buscar as informaes diretamente na fonte para posterior tratamento analtico.Pesquisa de Campo

A pesquisa de campo, por sua vez, pretende buscar a informao diretamente com a populao ou com o fenmeno a ser pesquisado.O pesquisador precisa ir ao espao onde o fenmeno ocorre ou ocorreu e reunir um conjunto de informaes a serem documentadas, utilizando tcnicas de coleta que podem variar de acordo com a abordagem e a forma de interpretar os dados (entrevistas, gravaes, foto, filmagens etc.).

Planejando o Trabalho de Concluso de CursoTema do EstudoIniciaremos agora o planejamento da sua pesquisa para posterior produo do Trabalho de Concluso de Curso TCC. Para tanto devemos partir de um tema para estudo. a partir do tema que os outros elementos da pesquisa podero ser delimitados e formulados.[...] Deve-se escolher um tema que seja significativo e adequado ao interesse, ao nvel de formao e s reais condies de trabalho do pesquisador. Constitui dificuldade adicional para o estudante pretender trabalhar com temas com os quais no tenha afinidade ou que no despertem motivao ou interesse.(CERVO; BERVIAN; DA SILVA, 2007: 66)Agora chegou o momento de voc refletir sobre as ideias que mais lhe interessaram e procurar delimitar o tema. " [...] dentro de um mesmo tema, deve-se selecionar um tpico para ser estudado e analisado em profundidade, tornando-o vivel de ser pesquisado. Evite temas amplos que resultem em trabalhos superficiais."(CERVO; BERVIAN; DA SILVA, 2007: 66)

A delimitao exige especificao, ou seja, voc deve pegar uma ideia que lhe instigue vontade de aprender mais sobre ela, de conhec-la a fundo e procurar especificar o que, de fato, voc deseja estudar.Por exemplo: O investigador est interessado em fazer uma pesquisa sobre esporte. O assunto esporte amplo e vago. Dever, ento, especificar o que mais concretamente lhe interessa. Suponha-se que seja o papel do futebol na sociedade brasileira. Dessa forma, ao se definir o tema, chega-se, geralmente, ao enunciado do ttulo do projeto [...](GRESSLER, 2004, p. 111)

A delimitao do tema da pesquisa permite que voc escreva um ttulo provisrio para o seu trabalho. O ttulo deve se constituir em uma frase que no deve ultrapassar vinte palavras, deve ser escrito em, no mximo, trs linhas e deve conter trs elementos que lhe daro subsdios para a delimitao do problema da sua pesquisa, para a formulao dos objetivos e para a reviso da literatura.Portanto, por exemplo, o ttulo da pesquisa deve conter:

Problema do EstudoO problema, o conflito a ser resolvido, situa-se em forma do questionamento contextualizado bem explicitado, mencionando, se possvel a origem do problema. o enfoque em que se busca uma viso especfica num determinado ngulo da realidade, com vistas a apresentar solues. Portanto, " formular um problema consiste em dizer, de maneira explcita, clara, compreensvel e operacional, qual a dificuldade com que nos defrontamos e que pretendemos resolver, limitando o seu campo e apresentando suas caractersticas ".(RUDIO, 1985:75)

Um problema de pesquisa deve apresentar uma relao entre duas ou mais variveis.Por exemplo: a relao existente entre ofutebole ocomportamento dos brasileiros frente aos problemas enfrentados no pas. A relao esperada entre essas variveis deve ser deduzida de uma teoria j existente e o pesquisador deve encontrar formas de verificar essa relao.ATENOVoc deve ter cuidado para no confundir o tema de pesquisa com o problema da pesquisa. O tema, mesmo j sendo uma delimitao, algo menos especfico, ou seja, o tema d a ideia sobre o objeto de estudo.J o problema de pesquisa deve apresentar o que de fato nos intriga em relao ao tema. Pensando sobre o tema "o papel do futebol na sociedade brasileira", podemos refletir sobre o que mais nos atrai [...]Ser a capacidade dos brasileiros em deixar de lado suas frustraes? Ser a poltica do po e circo? Sero as diferenas de comportamento dos brasileiros em diferentes estados?Podemos definir diferentes problemas a partir do mesmo tema de pesquisa. Para que melhor possamos delimitar o problema, fazem-se necessrias leituras prvias sobre o assunto em questo. Um exame da literatura pertinente ao problema (relatos de pesquisa, teorias utilizadas para explic-lo) de fundamental importncia.

Caractersticas de um Problema1. O problema deve refletir ou estabelecer a relao entre duas ou mais variveis.Ao formularmos o nosso problema, devemos ter cuidado para no envolvermos juzo de valor. Veja o exemplo de um problema de pesquisa.O pesquisador est interessado em saber sobre a relao entre o futebol e o comportamento dos polticos brasileiros. Para esse estudo, levanta a seguinte questo.O problema de pesquisa est formulado. Apresenta-se de forma interrogativa e demonstra uma relao causal entre duas variveis (momentos de Copa do Mundo e medidas polticas).Porm, essa formulao do problema apresenta um julgamento de valor e se constitui de forma vaga. O que so medidas boas para a populao? O que bom ou mal para a populao? De que populao brasileira estamos falando? O problema pode ser melhor delimitado se as variveis forem apresentadas da seguinte forma. Existe relao entre a implementao de medidas polticas no Brasil e o momento de Copa do Mundo?A partir dessa definio, o pesquisador estar apto a buscar na literatura as fontes necessrias para resolver o seu problema de pesquisa. importante que se apresente a literatura acadmica encontrada a respeito do problema de pesquisa.Leia, a seguir, um trecho retirado do livro de Alves-Mazzotti Gewandsznajder (1999) que nos ensina como apresentar o problema de pesquisa na introduo do trabalho acadmico (projeto de pesquisa e artigo cientfico).Creswell (1994) apontaquatro componentes-chavenaIntroduo de um projeto de pesquisa:a)apresentao do problema que levou ao estudo proposto;b)insero do problema no mbito da literatura acadmica;c)discusso das deficincias encontradas na literatura que trata do problema; ed)identificao da audincia a que se destina prioritariamente e explicitao da significncia do estudo para essa audincia. Para elaborar uma introduo que contemple esses componentes, o autor oferece algumas sugestes interessantes.Na apresentao do problema, recomenda:

a) iniciar com um pargrafo que expresse a questo focalizada inserindo-a numa problemtica mais ampla, de modo a estimular o interesse de um grande nmero de leitores;

b) especificar o problema que levou ao estudo proposto;

c) indicar por que o problema importante;

d) focalizar a formulao do problema nos conceitos-chave que sero explorados; e

e) considerar o uso de dados numricos que possam causar impacto.

Aodiscutir a literatura relacionada ao tema, recomenda que se evite a referncia a estudos individuais, agrupando-os por tpicos para efeito de anlise. A referncia a vrias pesquisas uma a uma, alm de desnecessria, torna a leitura o texto extremamente tediosa.

No que se refere s deficincias encontradas na literatura, sugere:

a) apontar aspectos negligenciados pelos estudos anteriores, como, por exemplo, tpicos no explorados, tratamentos estatsticos inovadores ou implicaes significativas no analisadas;

b) indicar como o estudo proposto pretende superar essas deficincias, oferecendo uma contribuio original literatura na rea.

Finalmente,com relao audincia, sugere que se finalize a Introduo apontando a relevncia do estudo para um pblico especfico, que pode ser representado por outros pesquisadores e profissionais da rea a que est afeto o problema, formuladores de polticas e outros.[...]Para ilustrar como um problema de pesquisa deve ser apresentado na Introduo de um trabalho acadmico, apresentaremos um exemplo.Apresentao do problema

Existe, atualmente, um movimento nacional para incluir todas as crianas na escola, conhecido como " Incluso Escolar ". Esse movimento evidencia grande impulso desde a dcada de 1990 e parte do princpio de que todos, independente de suas condies lingusticas, sensoriais, cognitivas, fsicas, emocionais, tnicas, socioeconmicas ou outras, devem estar, preferencialmente, includos na rede regular de ensino. Porm, o que se percebe em grande parte das escolas brasileiras a falta de preparo para lidar com a proposta da incluso escolar, o que acaba contribuindo para que tais alunos permaneam excludos do processo educacional. A excluso do aluno com necessidades educacionais especiais da escola real e necessita de aes urgentes no sentido de que a escola se transforme em um ambiente preparado para lidar com a diversidade humana.

Insero do problema no contexto da literatura

O Brasil fez opo pela construo de um sistema educacional inclusivo ao concordar com a Declarao Mundial de Educao para Todos, firmada em Jomtien, na Tailndia, em 1990, e ao mostrar consonncia com os postulados produzidos em Salamanca (Espanha, 1994) na Conferncia Mundial sobre Necessidades Educacionais Especiais: Acesso e Qualidade.O MEC, em 2001, apresentou a Resoluo CNE/CEB n2, que institui as Diretrizes Nacionais para Educao Especial na Educao Bsica, respaldando-se na legislao atual que trata da questo da pessoa com algum tipo de deficincia. No artigo 7 dessa Diretriz, encontramos o seguinte texto: " O atendimento aos alunos com necessidades educacionais especiais deve ser realizado em classes comuns do ensino regular, em qualquer etapa ou modalidade da Educao Bsica (p.71)." Fica claro nesse documento que, s em casos extraordinrios, o aluno PNEE pode ser atendido em classes ou centros especializados, devendo, tais atendimentos, acontecerem em carter transitrio. Neste mesmo documento, o conceito de PNEE apresentado como:" Consideram-se educandos com necessidades educacionais especiais os que, durante o processo educacional, apresentarem:I dificuldades acentuadas de aprendizagem ou limitaes no processo de desenvolvimento que dificultem o acompanhamento das atividades curriculares, compreendidas em dois grupos:a) aquelas no vinculadas a uma causa orgnica especfica;b) aquelas relacionadas a condies, disfunes, limitaes ou deficincias;II dificuldades de comunicao e sinalizao diferenciadas dos demais alunos, demandando a utilizao de linguagens e cdigos aplicveis;III altas habilidades/superdotao, grande facilidade de aprendizagem que os leve a dominar rapidamente conceitos, procedimentos e atitudes. (Art. 5, p.70)"

Discusso das lacunas encontradas na literatura de pesquisa

Pesquisas na rea vm sendo realizadas com o objetivo de se conhecer melhor o " aluno especial ", para que dessa forma a escola possa estar preparada para receb-lo. Porm, grande parte destas se baseia em uma concepo liberal de homem que prioriza explicaes causais lineares e deterministas aos comportamentos de cada sujeito. O desenvolvimento " normal " do homem j conhecido e determinado a priori (SOUZA, 2000). Supe-se que ele deve apresentar certos comportamentos naquela fase do seu desenvolvimento e que, se no apresentar, ser visto como " anormal ", " deficiente ", ou seja, ser excludo das instituies que esto preparadas para lidar com este " normal ".Desta forma essas pesquisas, ao invs de contribuir para a incluso do aluno especial nas escolas, acabam permitindo que o inverso ocorra, perpetuando, assim a excluso dos mesmos.

Identificao da audincia e explicitao da relevncia do problemaA partir dessas constataes fica a questo de como pesquisas na rea podem contribuir de forma efetiva para a incluso escolar do aluno com necessidades educacionais especiais, devendo as mesmas influenciar transformaes no ambiente escolar, onde todos os envolvidos possam se sentir preparados para lidar com essa clientela.

Formulao dos Objetivos para o Estudo

O planejamento est se delineando. Voc j tem um ttulo provisrio para o seu estudo, j definiu o tema e caracterizou o problema de pesquisa.Agora chegou o momento de voc dar uma direo ao seu trabalho, ou seja, descrever o que voc pretende, de fato, alcanar com a realizao do seu estudo. momento de voc formular os objetivos de sua pesquisa.Como vimos, oobjetivo geral mais amplo e apresenta uma meta maior, algo que voc pretende alcanar a partir de desdobramentos da sua pesquisa. Normalmente dizem respeito a melhorias maiores, em que o estudo em si aparece como uma parcela de contribuio.J osobjetivos especficosdevem abranger o resultado esperado de seu estudo, o que voc pretende alcanar ao final de cada etapa da sua pesquisa. Eles devem ser dimensionados e expressos de forma explcita, precisa e verificvel e normalmente definem os itens do artigo.ATENOOs objetivos de uma pesquisa devem ser expostos com clareza e preciso e devem estar coerentes a todos os elementos do projeto.Formular objetivos no uma tarefa simples. Devemos ter muito cuidado ao formul-los, pois eles devem ser cumpridos ao final do estudo.Leia, a seguir, um trecho do livro de Martins Junior (2008) que apresenta os procedimentos para a formulao de objetivos:

Quando se deseja escrever os objetivos em seu trabalho o verbo correto para esse procedimento formular.Exemplo: Neste estudo sero formulados os seguintes objetivos [...]

Todo objetivo comea com um verbo no modo infinitivo.Exemplo: Verificar, demonstrar, conhecer [...].

Todo objetivo dever ser alcanvel, ou seja, no se pode formular um objetivo que no seja passvel de ser atingido. Observe um exemplo em Educao Fsica.Exemplo correto: Saltar, no mnimo, um metro, em extenso.Exemplo incorreto: Correr mais veloz que uma bicicleta (o homem no pode correr muito mais do que 30 km/h, enquanto uma bicicleta pode atingir os 70 km/h).

Uma pesquisa deve ter (de preferncia) somente um objetivo geral e tantos especficos quantos forem as metas que se deseja atingir com o estudo.

Os objetivos devem ser formulados na seguinte ordem: primeiro formulado o objetivo geral e, em seguida, o(s) objetivo(s) especfico(s).

Na formulao de objetivos gerais devem ser usados verbos que proporcionem uma conotao geral frase que os contenham.Exemplo: Analisar, diagnosticar, estudar [...].

Na formulao de objetivos especficos devem ser usados verbos que indiquem que os mesmos sero especficos " desta " pesquisa (sero alcanados ao final da mesma pesquisa).

Exemplos de verbos usados na formulao de objetivos:Exemplo: Demonstrar, verificar, testar [...].

Na formulao dos objetivos, os verbos devem reproduzir com exatido as metas que se espera atingir com este estudo. Assim, existem verbos que so mais aplicados na formulao dos objetivos gerais enquanto outros so os mais indicados na formulao dos objetivos especficos.

Fonte: adaptado de:( Martins Junior (2008, p.46-47).