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CONTABILIDADE GERAL CATHEDRA COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS PROF. MORAES JR. Provas Selecionadas Aula 16

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CONTABILIDADE GERAL

CATHEDRA COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS

PROF. MORAES JR.

Provas Selecionadas – Aula 16

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CONTABILIDADE EM EXERCÍCIOS

Provas Selecionadas

Prezados Alunos,

Ao final de cada aula, disponibilizo as questões que serão comentadas durante a

aula. Caso você julgue conveniente, poderá testar seu conhecimento previamente antes de ver os gabaritos e as resoluções comentadas. Você pode simular uma

situação real de prova: para calcular o tempo de duração das provas, considere

um tempo de 3 minutos por questão. Desta forma, utilizando esta metodologia,

seu aprendizado será muito mais eficaz.

Prova 16. Prefeitura de Teresina – Agente Fiscal de Tributos

Municipais – 2008 - CESPE

Índice de questões por assunto:

382. Usuários das Demonstrações Contábeis

383. Bens Intangíveis

384. ISS

385. Doação de Bens 386. Juros sobre Capital Próprio

387. Regime de Competência

388. Regime de Competência

389. Demonstração dos Fluxos de Caixa 390. Ativo Diferido

391. Tipos de Sociedade

392. Tipos de Sociedade

393. Auditoria 394. Auditoria

395. Auditoria

396. Auditoria

397. Auditoria

398. Auditoria 399. Auditoria

400. Auditoria

401. Auditoria

402. Auditoria 403. Auditoria

404. Auditoria

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Questões Comentadas e Resolvidas

Com relação à contabilidade e à legislação aplicável, julgue os itens de 382 a 390.

382. A despeito das mudanças substanciais nos tipos de usuários e nas

modalidades de informação que estes têm procurado, a função fundamental da

contabilidade continua atrelada à finalidade de prover esses usuários das demonstrações contábeis com informações que os ajudem a tomar decisões de

natureza econômico-financeira.

Resolução

De acordo com a Resolução no 774/94:

O objetivo científico da Contabilidade manifesta-se na correta

apresentação do Patrimônio e na apreensão e análise das causas das suas mutações. Já sob ótica pragmática, a aplicação da Contabilidade a

uma Entidade particularizada, busca prover os usuários com informações

sobre aspectos de natureza econômica, financeira e física do Patrimônio

da Entidade e suas mutações, o que compreende registros, demonstrações, análises, diagnósticos e prognósticos, expressos sob a

forma de relatos, pareceres, tabelas, planilhas, e outros meios.

GABARITO: C

383. Os bens intangíveis, mesmo quando não integram o patrimônio contábil da

entidade — como é o caso do fundo de comércio acumulado ao longo do tempo —

, podem alcançar considerável valor econômico. Esse valor não está materializado

na propriedade física, mas se traduz nos direitos de propriedade, no potencial de utilização e exploração legalmente conferidos aos seus titulares.

Resolução

O Fundo de Comércio, quando é apenas avaliado, geralmente não é

contabilizado, mas sempre haverá registro contábil quando for

efetivamente pago de alguma forma: em dinheiro ou mediante qualquer

outro bem ou direito de valor.

GABARITO: C

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384. O ISS, proporcional ou fixo, e independentemente do tipo de receita sobre a

qual incida, é uma conta de saldo devedor, cujo valor deve ser deduzido da receita bruta operacional.

Resolução

Lançamento:

Despesa com ISS (Saldo Devedor)

a ISS a recolher (Saldo Credor)

Ou seja, entendo que o ISS a Recolher é uma conta de saldo credor.

GABARITO: E

385. Os bens recebidos em doação integram o ativo da empresa e são

representados no balanço patrimonial. Esse é o caso de imóveis recebidos do

poder público como incentivo à instalação de novos empreendimentos, que, se

recebidos sem custos ou ônus, serão contabilizados por valor simbólico, cuja contrapartida constitui receita não-operacional.

Resolução

De acordo com a Resolução no 774/94:

No caso de doações recebidas pela Entidade, também existe a transação

com o mundo exterior e, mais ainda, com efeito quantitativo e qualitativo

sobre o patrimônio. Como a doação resulta em inegável aumento do Patrimônio Líquido, cabe o registro pelo valor efetivo da coisa recebida,

no momento do recebimento, segundo o valor de mercado. Mantém-se,

no caso, intocado o princípio em exame, com a única diferença em

relação às situações usuais: uma das partes envolvidas – caso daquela representativa do mundo externo – abre mão da contraprestação, que se

transforma em aumento do Patrimônio Líquido da Entidade recebedora

da doação. Acessoriamente, pode-se lembrar que o fato de o ativo ter-se

originado de doação, não repercute na sua capacidade futura de

contribuir à realização dos objetivos da Entidade.

GABARITO: E

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386. Suponha que uma empresa tenha efetuado, ao final do exercício, o seguinte

lançamento. D – lucros acumulados

C – juros sobre o capital próprio

Nesse caso, a empresa está seguindo a orientação da CVM no que diz respeito à contabilização dos juros devidos aos acionistas, e efetuando um lançamento

similar ao da atribuição dos dividendos.

Resolução

De acordo com a instrução CVM Nº 207, de 13 de dezembro de 1996, da

seguinte forma:

I) Os juros pagos ou creditados pelas companhias abertas, a título de remuneração do capital próprio, na forma do artigo 9o da Lei no

9.249/95, devem ser contabilizados diretamente à conta de Lucros

Acumulados, sem afetar o resultado do exercício.

Lançamento (para a CVM):

Lucros Acumulados

a Juros sobre o Capital Próprio a Pagar

II) Caso a companhia opte, para fins de atendimento às disposições

tributárias, por contabilizar os juros sobre o capital próprio

pagos/creditados ou recebidos/auferidos como despesa ou receita financeira, deverá proceder à reversão desses valores, nos registros

mercantis, de forma a que o lucro líquido ou o prejuízo do exercício seja

apurado nos termos desta Deliberação.

GABARITO: C

387. No Brasil, os juros embutidos nas vendas a prazo são destacados da receita

bruta e contabilizados como receita financeira. O fato de sua apropriação estar

em consonância com o prazo entre a realização da receita e o vencimento da obrigação do cliente decorre da adoção do regime de competência.

Resolução

Não são destacados, salvo após 01/01/2008, em que a Lei 11.638/07

determinou o ajuste a valor presente, mas que é obrigatório somente

para os valores de longo prazo e para os de curto prazo relevantes.

GABARITO: E

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388. O princípio da competência está associado às variações patrimoniais e à sua

natureza. Na aplicação desse princípio às despesas, há situações em que, mesmo sem ter havido pagamento ou sem ter sido constituída uma obrigação efetiva,

devem ser efetuadas provisões, com base em estimativas, como no caso da

prestação de garantias assumidas pela venda de mercadorias.

Resolução

De acordo com o artigo 9o da Resolução no 750/93:

Art. 9º As receitas e as despesas devem ser incluídas na

apuração do resultado do período em que ocorrerem, sempre

simultaneamente quando se correlacionarem,

independentemente de recebimento ou pagamento.

§ 1º O Princípio da COMPETÊNCIA determina quando as

alterações no ativo ou no passivo resultam em aumento

ou diminuição no patrimônio líquido, estabelecendo

diretrizes para classificação das mutações patrimoniais, resultantes da observância do Princípio da

OPORTUNIDADE.

§ 2º O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas, quando correlatas, é conseqüência natural do

respeito ao período em que ocorrer sua geração.

§ 3º As receitas consideram-se realizadas:

I – nas transações com terceiros, quando estes

efetuarem o pagamento ou assumirem compromisso

firme de efetivá-lo, quer pela investidura na

propriedade de bens anteriormente pertencentes à ENTIDADE, quer pela fruição de serviços por esta

prestados;

II – quando da extinção, parcial ou total, de um passivo, qualquer que seja o motivo, sem o

desaparecimento concomitante de um ativo de valor

igual ou maior;

III – pela geração natural de novos ativos

independentemente da intervenção de terceiros;

IV – no recebimento efetivo de doações e

subvenções.

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Portanto, o princípio da competência está associado às variações patrimoniais e à

sua natureza. Na aplicação desse princípio às despesas, há situações em que, mesmo sem ter havido pagamento ou sem ter sido constituída uma obrigação

efetiva, devem ser efetuadas provisões, com base em estimativas, como no caso

da prestação de garantias assumidas pela venda de mercadorias.

Ex: Provisão para Devedores Duvidosos, Provisão para Contingências,

Provisão para Despesas com Garantias de Produtos etc.

Lançamento:

Despesa com Provisão (Despesa)

a Provisão

GABARITO: C

389. Com as alterações promovidas na Lei das Sociedades por Ações a partir

deste ano, a demonstração dos fluxos de caixa substituiu, exclusivamente para as

companhias abertas, a demonstração das origens e aplicações de recursos, e a demonstração do valor adicionado passou a ser exigida para as sociedades de

grande porte.

Resolução

Demonstração do Fluxo de Caixa

(*) A partir de 01/01/2008, com as alterações na Lei no 6.404/76,

trazidas pela Lei no 11.638/07, houve a substituição da Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) pela Demonstração do

Fluxo de Caixa (DFC) (art. 176, IV).

Companhias desobrigadas da elaboração da Demonstração do Fluxo de

Caixa (art. 176, § 6o ).

Como houve a exclusão da Demonstração de Origens e Aplicações de

Recursos (DOAR), que foi substituída pela Demonstração do Fluxo de Caixa

(DFC), o legislador também teve que alterar o § 6o do art. 176. Além disso, também houve alteração do valor do patrimônio líquido que desobriga as

companhias fechadas e elaborar a DFC.

Portanto, a partir de 01/01/2008, a companhia fechada com patrimônio líquido, na data do balanço, inferior a R$ 2.000.000,00 (dois

milhões de reais) não será obrigada à elaboração e publicação da

demonstração dos fluxos de caixa.

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Elaboração das demonstrações financeiras pelas sociedades de grande

porte, abertas ou fechadas, e obrigatoriedade de auditoria independente (art. 3o da Lei no 11.638/07).

Para as sociedades de grande porte, isto é, empresas com ativo total

superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões, ainda que não constituídas sob a forma de sociedades por

ações, são obrigadas à elaboração de demonstrações financeiras, que

deverão sofrer auditoria independente.

Há que se ressaltar que: As empresas de grande porte fechadas não estão

obrigadas a publicar suas demonstrações financeiras. Essas empresas estão

obrigadas apenas a elaborar suas demonstrações financeiras. Já as empresas de

grande porte abertas são obrigadas a elaborar e publicar suas demonstrações

financeiras. Além disso, todas as empresas de grande porte, abertas ou fechadas, são obrigadas a sofrer auditoria independente.

Resumindo:

Companhias DFC DVA

Abertas Obrigatória a partir de

01/01/2008

Obrigatória a partir de

01/01/2008

Fechadas Obrigatória a partir de

01/01/2008 para companhias

com patrimônio líquido maior

ou igual a R$ 2.000.000,00 na data do balanço.

Facultativa

Grande Porte

(Abertas ou

Fechadas)

Obrigatória a partir de

01/01/2008.

Obrigatória a partir de

01/01/2008.

DFC = Demonstração do Fluxo de Caixa DVA = Demonstração do Valor Adicionado

GABARITO: E

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390. De acordo com os novos critérios para enquadramento dos gastos de

reestruturação no ativo diferido, a par do requisito de que esses gastos contribuam para o aumento do resultado de dois ou mais exercícios sociais,

exige-se também que não se restrinjam a promover uma redução de custos ou

acréscimo na eficiência operacional.

Resolução

Diferido (extinto pela MP no 449/08)

A partir 01/01/2008, a Lei no 6.404/76, em seu art. 179, V, alterado pela Lei no 11.638/07, passou a ter a seguinte redação:

Art. 179. As contas serão classificadas do seguinte modo:

(...)

V – no diferido: as despesas pré-operacionais e os gastos de reestruturação que contribuirão, efetivamente, para o aumento do

resultado de mais de um exercício social e que não configurem tão-

somente uma redução de custos ou acréscimo na eficiência

operacional; (Redação dada pela Lei nº 11.638,de 2007) (Revogado pela MP nº 449, de 2008)

Ou seja, esta nova redação (antes das alterações trazidas pela MP

no 449/08) restringiu o uso do ativo diferido às despesas pré-operacionais e aos gastos incrementais de reestruturação. Portanto, não

são todas as despesas que contribuirão para formação do resultado de vários

exercícios que serão classificadas no ativo diferido.

Nota: A Lei no 11.638/07 restringiu o lançamento de gastos no ativo

diferido, mas, após isso, a Medida Provisória no 449/08 extinguiu esse

grupo de contas. De acordo com o art. 299-A da Lei das SA, criado pela MP no

449/08:

“O saldo existente em 31 de dezembro de 2008 no ativo

diferido que, pela sua natureza, não puder ser alocado a

outro grupo de contas, poderá permanecer no ativo sob

essa classificação até sua completa amortização, sujeito à análise sobre a recuperação de que trata o § 3o do art.

183.”

Portanto, há contas que ainda permanecerão no Ativo Diferido, após 31/12/2008, até a sua completa amortização e as demais serão alocadas

a outro grupo de contas.

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Nota: De acordo com a Resolução no 1.152/09, que aprovou a NBC T

19.18 – Adoção Inicial da Lei no 11.638/07 e da Medida Provisória no 449/08: os gastos ativados que não possam ser reclassificados para

outro grupo de ativos, devem ser baixados no balanço de abertura, na

data de transição, mediante o registro do valor contra lucros ou prejuízos

acumulados, líquido dos efeitos fiscais ou mantidos nesse grupo até sua completa amortização.

GABARITO: C

A respeito dos tipos de sociedades, julgue os itens seguintes.

391. A sociedade estrangeira, que tem de requerer e obter autorização do Poder

Executivo para funcionar no país, ficará sujeita às leis e aos tribunais brasileiros,

tanto em relação aos atos ou operações praticados no Brasil quanto aos praticados no exterior.

Resolução

A sociedade estrangeira, uma vez autorizada a funcionar, fica sujeita às

leis brasileiras e aos tribunais brasileiros quanto aos atos e operações

aqui praticados (CC, art. 1.137). A única exceção é quanto ao nome

empresarial, que pode ser mantido como na origem, sem observância dos

preceitos da legislação nacional, com a faculdade de a ele serem acrescidas as palavras “do Brasil” ou “para o Brasil” (CC, art. 1.137,

parágrafo único).

GABARITO: E

392. Nas sociedades em conta de participação, somente o sócio ostensivo se

obriga perante terceiros, mas o sócio participante estará sujeito à

responsabilidade solidária com o ostensivo pelas obrigações em que intervier, se tomar parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros.

Resolução

De acordo com o novo Código Civil:

Art. 991. Na sociedade em conta de participação, a atividade constitutiva do

objeto social é exercida unicamente pelo sócio ostensivo, em seu nome individual e sob sua própria e exclusiva responsabilidade, participando os demais dos

resultados correspondentes.

Parágrafo único. Obriga-se perante terceiro tão-somente o sócio ostensivo; e, exclusivamente perante este, o sócio participante, nos termos do contrato social.

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Art. 992. A constituição da sociedade em conta de participação independe de

qualquer formalidade e pode provar-se por todos os meios de direito.

Art. 993. O contrato social produz efeito somente entre os sócios, e a eventual

inscrição de seu instrumento em qualquer registro não confere personalidade

jurídica à sociedade.

Parágrafo único. Sem prejuízo do direito de fiscalizar a gestão dos

negócios sociais, o sócio participante não pode tomar parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros, sob pena de responder solidariamente

com este pelas obrigações em que intervier.

Art. 994. A contribuição do sócio participante constitui, com a do sócio ostensivo, patrimônio especial, objeto da conta de participação relativa aos negócios sociais.

§ 1o A especialização patrimonial somente produz efeitos em relação aos sócios.

§ 2o A falência do sócio ostensivo acarreta a dissolução da sociedade e a

liquidação da respectiva conta, cujo saldo constituirá crédito quirografário.

§ 3o Falindo o sócio participante, o contrato social fica sujeito às normas que regulam os efeitos da falência nos contratos bilaterais do falido.

Art. 995. Salvo estipulação em contrário, o sócio ostensivo não pode admitir novo sócio sem o consentimento expresso dos demais.

Art. 996. Aplica-se à sociedade em conta de participação, subsidiariamente e no

que com ela for compatível, o disposto para a sociedade simples, e a sua liquidação rege-se pelas normas relativas à prestação de contas, na forma da lei

processual.

Parágrafo único. Havendo mais de um sócio ostensivo, as respectivas contas serão prestadas e julgadas no mesmo processo.

GABARITO: C

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Com base na doutrina e na legislação referentes à auditoria contábil e fiscal,

julgue os itens de 393 a 404.

393. A auditoria contábil utiliza técnicas e procedimentos que permitem atestar a

veracidade e a adequação dos registros e demonstrações, mas não se restringe à

escrituração da entidade objeto dos trabalhos da auditoria.

Resolução

Auditoria Contábil Compreende o exame dos registros e dos documentos e na coleta de

informações e confirmações, mediante procedimentos específicos,

pertinentes ao controle do patrimônio de uma unidade, entidade ou

projeto. Objetivam obter elementos comprobatórios suficientes que

permitam opinar se os registros contábeis foram efetuados de acordo com os Princípios Fundamentais de Contabilidade e se as demonstrações

deles originárias refletem, adequadamente, em seus aspectos mais

relevantes, a situação econômico-financeira do patrimônio, os resultados

do período administrativo examinado e as demais situações nelas demonstradas. Tem por objeto, também, verificar a efetividade e a

aplicação de recursos de convênios.

GABARITO: C

394. A não-observância de regras básicas no preenchimento dos papéis de

trabalho pode acarretar falhas que comprometem a auditoria realizada, como a

não-verificação das correções recomendadas no exame anterior e o não-esclarecimento do critério adotado para se selecionar o piso dos valores

considerados relevantes.

Resolução

As atualizações no planejamento e nos programas de auditoria têm de ser

documentadas nos papéis de trabalho correspondentes, devendo ficar

evidenciados, também, os motivos das modificações a que se procedeu.

Os papéis de trabalho constituem a documentação preparada pelo auditor ou

fornecida a este na execução da auditoria. Eles integram um processo organizado

de registro de evidências da auditoria, por intermédio de informações em papel,

meios eletrônicos ou outros que assegurem o objetivo a que se destinam.

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Os papéis de trabalho destinam-se a:

a)ajudar, pela análise dos documentos de auditorias anteriores, no planejamento

e na execução da auditoria;

b) facilitar a revisão do trabalho de auditoria; e

c) registrar as evidências do trabalho executado, para fundamentar o parecer do auditor.

A não-observância de regras básicas no preenchimento dos papéis de

trabalho pode acarretar falhas que comprometem a auditoria realizada, como a não-verificação das correções recomendadas no exame anterior e

o não-esclarecimento do critério adotado para se selecionar o piso dos

valores considerados relevantes.

GABARITO: C

395. O auditor deve estar especialmente atento a condições ou eventos que

representem aumento de risco de fraude ou erro, tais como os constatados na

estrutura ou na atuação inadequada da administração da entidade, como, por exemplo, a baixa rotatividade de pessoal-chave das áreas financeira, contábil e

de auditoria interna e a permanência por períodos prolongados de auditores e

advogados.

Resolução

O termo fraude refere-se a ato intencional de omissão ou manipulação de

transações, adulteração de documentos, registros e Demonstrações Contábeis. A fraude pode ser caracterizada por:

a) manipulação, falsificação ou alteração de registros ou documentos, de modo a

modificar os registros de ativos, passivos e resultados;

b) apropriação indébita de ativos; c) supressão ou omissão de transações nos registros contábeis;

d) registro de transações sem comprovação; e

e) aplicação de práticas contábeis indevidas.

O termo erro refere-se a ato não-intencional na elaboração de registros e

Demonstrações Contábeis – que resulte em incorreções deles – consistente em:

a) erros aritméticos na escrituração contábil ou nas Demonstrações Contábeis; b) aplicação incorreta das normas contábeis; e

c) interpretação errada das variações patrimoniais.

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O auditor não é responsável nem pode ser responsabilizado pela

prevenção de fraudes ou erros. Entretanto, deve planejar seu trabalho avaliando o risco de sua ocorrência, de forma a ter grande probabilidade

de detectar aqueles que impliquem efeitos relevantes nas Demonstrações

Contábeis.

Ao planejar a auditoria, o auditor deve indagar da administração da

entidade auditada sobre qualquer fraude e/ou erro que tenham sido

detectados.

Ao detectá-los, o auditor tem a obrigação de comunicá-los à

administração da entidade e sugerir medidas corretivas, informando-a

sobre os possíveis efeitos no seu parecer, caso elas não sejam adotadas.

O auditor deverá avaliar criticamente o sistema contábil, incluindo o controle interno, tanto em termos de concepção quanto de funcionamento efetivo,

concedendo especial atenção às condições ou dos eventos que representem

aumento de risco de fraude ou erro, que incluem:

a) estrutura ou atuação inadequada da administração da entidade auditada ou

de algum dos seus membros;

b) pressões internas e externas;

c) transações que pareçam anormais; d) problemas internos no cumprimento dos trabalhos de auditoria; e

e) fatores específicos no ambiente de sistemas de informação computadorizados.

Devido às limitações inerentes à auditoria, existe risco inevitável de que distorções relevantes resultantes de fraude e, em menor grau, de erro possam

deixar de ser detectadas. Caso se descubra, posteriormente, que, durante o

período coberto pelo parecer do auditor, exista distorção relevante não-refletida

ou não-corrigida nas Demonstrações Contábeis, resultante de fraude e/ou erro,

isto não indica que o auditor não cumpriu as Normas de Auditoria das Demonstrações Contábeis. O que vai determinar se o auditor cumpriu essas

normas é a adequação dos procedimentos de auditoria adotados nas

circunstâncias e do seu parecer com base nos resultados desses procedimentos.

GABARITO: E

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396. No processo de planejamento de seus trabalhos, o auditor pode ter,

intencionalmente, estabelecido nível de relevância em um patamar acima daquele utilizado para avaliar os resultados da auditoria. Isso pode ser feito para reduzir a

probabilidade de distorções não-identificadas e para aumentar a margem de

segurança, ao se avaliarem as distorções identificadas no curso dos trabalhos.

Resolução

PLANO OU PLANEJAMENTO DE AUDITORIA – Metodologia que contém a

tarefa global a ser executada em uma entidade e que orienta sobre o que e como se deve examinar cada elemento. Abrange o objeto de exame, o tempo ou

cronologia, os espaços de verificação, etc. Antes que seja elaborado, deve ensejar

uma Pré-Auditoria, em que se testam os controles internos, conhece-se intenções

da administração na realização do trabalho (o que ela pretende), levantam- se

todos os dados sobre a constituição, os regulamentos, a organização e o funcionamento da entidade. A metodologia dos Planos difere, se Interna ou

Externa. O Plano deve ser claro, abrangente, preciso, flexível e factível, sendo

essas suas qualidades ou propriedades básicas. Precisa permitir uma avaliação

segura e deve ser conectado com todos os Papéis de Rascunho dos levantamentos do auditor, tão como o Relatório a ser produzido. Deve, ainda, ser

específico para cada tarefa, de modo a atingir com plenitude sua finalidade. Os

programas derivam do Plano, ou seja, são detalhamentos dele.

No processo de planejamento de seus trabalhos, o auditor deve

estabelecer nível de relevância em um patamar semelhante àquele

utilizado para avaliar os resultados da auditoria.

GABARITO: E

397. Se o auditor verificar, no curso de seus trabalhos, que o nível de risco é

maior que o previsto inicialmente, ele tem a opção de reduzir o risco de detecção

via modificação da natureza, época e extensão dos testes substantivos planejados.

Resolução

- A avaliação da relevância e dos riscos de auditoria, por parte do auditor, pode

diferir entre o planejamento da auditoria e a avaliação dos resultados da

aplicação dos procedimentos de auditoria. Isso pode ser causado por uma

mudança nas condições do trabalho ou por uma mudança no nível de conhecimento do auditor, resultado dos procedimentos de auditoria aplicados até

então.

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- Por exemplo, se o planejamento da auditoria for efetuado em período anterior

ao encerramento das Demonstrações Contábeis, o auditor pode estimar o resultado das operações e a posição financeira que existiriam no encerramento do

exercício ou do período sob exame, baseado na experiência existente. Caso os

resultados reais sejam substancialmente diferentes dos valores estimados, a

relevância quantificada na fase do planejamento e utilizada na execução da auditoria, assim como a avaliação dos riscos de auditoria, podem também mudar

e, dessa forma, requerer julgamento do auditor com relação à suficiência dos

procedimentos de auditoria até então aplicados.

- As modificações no nível de relevância determinado no planejamento, efetuadas

em decorrência de fatores encontrados durante a execução dos trabalhos, devem

ser adequadamente documentadas.

- O auditor pode, no processo de planejamento da auditoria, ter intencionalmente estabelecido nível de relevância num patamar abaixo daquele a ser utilizado para

avaliar os resultados da auditoria. Isso pode ser feito para reduzir a probabilidade

de existência de distorções não-identificadas e para propiciar ao auditor uma

margem de segurança, ao avaliar as distorções identificadas no curso da auditoria.

Caso, na execução dos procedimentos de auditoria, tenha sido verificado

que o nível de riso é maior que o previsto na fase de planejamento, deve ser reduzido o nível de relevância previamente estabelecido.

GABARITO: C

398. Caso o auditor verifique, durante a realização de seu trabalho, que não

existem controles que assegurem que as vendas sejam tempestivamente

registradas, o que pode acarretar a inobservância do regime de competência,

nesse caso, ele deverá obter, na data do balanço, o número da última nota fiscal

emitida pelo setor competente e verificar se essa nota e as anteriores foram registradas pela contabilidade.

Resolução

Se não há controles que assegurem que as vendas sejam

tempestivamente registradas, o auditor deverá obter, na data do

balanço, o número da última nota fiscal emitida pelo setor competente e

verificar se essa nota e as anteriores foram registradas pela contabilidade.

GABARITO: C

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399. Na escolha entre amostragem aleatória e sistemática, o auditor deve

considerar que certas populações possuem características capazes de distorcer uma seleção aleatória, como, por exemplo, a introdução de padrões, modalidades

de agrupamento ou alguma outra modalidade de disposição.

Na ocorrência de tais características, o auditor deve preferir a seleção sistemática.

Resolução

Amostragem de auditoria é a aplicação de procedimentos de auditoria sobre uma parte da totalidade dos itens que compõem o saldo de uma conta ou classe de

transações, permitindo que o auditor avalie a evidência de auditoria dos itens

selecionados com o objetivo de formar uma opinião sobre a população analisada.

O objetivo é estabelecer os procedimentos e os critérios para planejar e

selecionar amostra de itens a serem examinados pelo auditor.

Ao determinar a extensão de um teste de auditoria ou método de seleção de itens a testar, o auditor pode empregar técnicas de amostragem.

Ao usar o método de amostragem estatística, ou não, deve ser projetada e

selecionada uma mostra que possa proporcionar evidência de auditoria suficiente

e apropriada.

A amostra selecionada pelo auditor deve ter uma relação direta com o volume de

transações realizadas pelos Regionais na área ou na transação objeto de exame,

como também com os efeitos da avaliação patrimonial e financeira e o resultado por ela obtido no período.

De acordo com a Resolução no 1.012 de 2005:

Ao planejar e determinar a amostra de auditoria, o auditor deve levar em

consideração os seguintes aspectos:

- os objetivos específicos da auditoria;

- a população da qual o auditor deseja extrair a amostra;

- a estratificação da população;

- o tamanho da amostra;

- o risco da amostragem; - o erro tolerável; e

- o erro esperado.

O auditor deve selecionar itens de amostra de tal forma que se possa esperar que a mesma seja representativa da população. Este procedimento exige que todos

os itens da população tenham a mesma oportunidade de serem selecionados.

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Por outro lado se o auditor definir característica estará ordenando e prejudicando a casualidade da escolha, então não poderá utilizar a

amostragem sistemática e terá que utilizar a aleatória ou a casual. Nesse

caso a casual seria melhor.

GABARITO: E

400. Duas entidades são consideradas partes relacionadas desde que tenham um

dirigente em comum. Por outro lado, são consideradas ligadas quando os sócios-gerentes são os mesmos.

Resolução

São consideradas partes relacionadas em relação à companhia:

- empresas controladoras ou controladas;

- empresas que, juntamente com companhia, estejam sob o

mesmo controle de uma terceira; - empresas coligadas;

- empresas com acionistas ou administradores comuns à

companhia, que, em razão disso, possam influenciar ou

beneficiar-se de decisões tomadas pela empresa compiladora; - seus diretores e acionistas majoritários;

- pessoas-chave de sua administração;

- clientes, fornecedores ou financiadores, com os quais sejam

mantidas relações de dependência econômica, tecnológica ou financeira.

GABARITO: E

401. Quando forem emitidos dois relatórios, um em forma curta e outro em forma longa, a inclusão de informações adicionais relevantes no relatório em

forma longa deve suprir as insuficiências e deficiências inerentes ao relatório em

forma curta.

Resolução

As informações adicionais relevantes devem estar nos dois relatórios.

GABARITO: E

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402. A CVM obriga que os auditores independentes registrados na autarquia

submetam-se à revisão de seu controle de qualidade. Essa revisão deve ser realizada por outro auditor independente, e cópia do relatório de revisão deve ser

encaminhada à CVM.

Resolução

A CVM obriga que os auditores independentes registrados na autarquia

submetam-se à revisão de seu controle de qualidade, que será realizada

por outro auditor independente. Além disso, a cópia do relatório de revisão deve ser encaminhada à CVM.

GABARITO: C

403. O planejamento da auditoria interna deve considerar os fatores relevantes na execução dos trabalhos. Para assegurar a independência necessária ao bom

andamento dos trabalhos, esse planejamento não deve, de forma alguma, levar

em conta as orientações e as expectativas externadas pela administração.

Resolução

O planejamento deve considerar todos os fatores relevantes na execução

dos trabalhos, especialmente os seguintes:

a) conhecimento detalhado das práticas contábeis adotadas pela entidade e as

alterações procedidas em relação ao exercício anterior;

b) conhecimento detalhado do sistema contábil e de controles internos da entidade e seu grau de confiabilidade;

c) os riscos de auditoria e identificação das áreas importantes da entidade, quer

pelo volume de transações, quer pela complexidade de suas atividades;

d) a natureza, a oportunidade e a extensão dos procedimentos de auditoria a

serem aplicados; e e) a natureza, o conteúdo e a oportunidade dos pareceres, relatórios e outros

informes a serem entregues à entidade.

O planejamento pode levar em conta as orientações e as expectativas externadas pela administração.

O auditor deve documentar seu planejamento geral e preparar programas de

trabalho por escrito, detalhando o que for necessário à compreensão dos procedimentos que serão aplicados, em termos de natureza, oportunidade e

extensão.

Os procedimentos de auditoria devem ser detalhados de forma a servir como guia

e meio de controle de sua execução.

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O planejamento da auditoria, quando incluir a designação de equipe técnica, deve prever a orientação e a supervisão do auditor, que assumirá total

responsabilidade pelos trabalhos executados.

A utilização de equipe técnica deve ser prevista de maneira a fornecer razoável segurança de que o trabalho venha a ser executado por pessoa com capacitação

profissional, independência e treinamentos requeridos nas circunstâncias.

O planejamento e os programas de trabalho devem ser revisados e atualizados sempre que novos fatos o recomendarem.

O Planejamento da Auditoria é a etapa do trabalho na qual o auditor estabelece a

estratégia geral dos trabalhos a executar na entidade a ser auditada.

Muitas informações que compõem o planejamento definitivo para determinado

período são confirmadas durante os trabalhos de campo, o que implica a

necessidade de o auditor revisá-lo e ajustá-lo à medida que for executando os

trabalhos.

O programa de auditoria deve ser preparado por escrito ou por outro meio de

registro, para facilitar o entendimento dos procedimentos de auditoria a serem

adotados e propiciar uma orientação mais adequada para a divisão do trabalho.

O detalhamento dos procedimentos de auditoria a serem adotados deve

esclarecer o que o auditor necessita examinar com base no sistema contábil e de

controles internos da unidade auditada.

O programa de auditoria deve evidenciar as diversas épocas para a aplicação dos

procedimentos e a extensão com que os exames serão efetuados.

O programa de auditoria, além de servir como guia e instrumento de controle para a execução do trabalho, deve abranger todas as áreas a serem examinadas

pelo auditor.

GABARITO: E

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404. Nos termos do Código de Ética do profissional contábil, livros, papéis ou

documentos do cliente, confiados à guarda do auditor, não podem ser retidos, mesmo em razão da falta de pagamento dos honorários relativos aos serviços já

realizados.

Resolução

De acordo com o Código de Ética:

Art. 3º No desempenho de suas funções, é vedado ao contabilista:

I – anunciar, em qualquer modalidade ou veículo de comunicação, conteúdo que

resulte na diminuição do colega, da Organização Contábil ou da classe, sendo

sempre admitida a indicação de títulos, especializações, serviços oferecidos,

trabalhos realizados e relação de clientes;

II – assumir, direta ou indiretamente, serviços de qualquer natureza, com

prejuízo moral ou desprestígio para a classe;

III – auferir qualquer provento em função do exercício profissional que não

decorra exclusivamente de sua prática lícita;

IV – assinar documentos ou peças contábeis elaborados por outrem, alheio à sua orientação, supervisão e fiscalização;

V – exercer a profissão, quando impedido, ou facilitar, por qualquer meio, o seu

exercício aos não habilitados ou impedidos;

VI – manter Organização Contábil sob forma não autorizada pela legislação

pertinente;

VII – valer-se de agenciador de serviços, mediante participação desse nos honorários a receber;

VIII – concorrer para a realização de ato contrário à legislação ou destinado a

fraudá-la ou praticar, no exercício da profissão, ato definido como crime ou contravenção;

IX – solicitar ou receber do cliente ou empregador qualquer vantagem que saiba

para aplicação ilícita;

X – prejudicar, culposa ou dolosamente, interesse confiado a sua

responsabilidade profissional;

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XI – recusar-se a prestar contas de quantias que lhe forem, comprovadamente,

confiadas;

XII – reter abusivamente livros, papéis ou documentos,

comprovadamente confiados à sua guarda;

XIII – aconselhar o cliente ou o empregador contra disposições expressas em lei

ou contra os Princípios Fundamentais e as Normas Brasileiras de Contabilidade

editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade;

XIV – exercer atividade ou ligar o seu nome a empreendimentos com finalidades

ilícitas;

XV – revelar negociação confidenciada pelo cliente ou empregador para acordo ou

transação que, comprovadamente, tenha tido conhecimento;

XVI – emitir referência que identifique o cliente ou empregador, com quebra de

sigilo profissional, em publicação em que haja menção a trabalho que tenha

realizado ou orientado, salvo quando autorizado por eles;

XVII – iludir ou tentar iludir a boa-fé de cliente, empregador ou de terceiros,

alterando ou deturpando o exato teor de documentos, bem como fornecendo

falsas informações ou elaborando peças contábeis inidôneas;

XVIII – não cumprir, no prazo estabelecido, determinação dos Conselhos

Regionais de Contabilidade, depois de regularmente notificado;

XIX – intitular-se com categoria profissional que não possua, na profissão

contábil;

XX – elaborar demonstrações contábeis sem observância dos Princípios

Fundamentais e das Normas Brasileiras de Contabilidade editadas pelo Conselho Federal de Contabilidade;

XXI – renunciar à liberdade profissional, devendo evitar quaisquer restrições ou

imposições que possam prejudicar a eficácia e correção de seu trabalho;

XXII – publicar ou distribuir, em seu nome, trabalho científico ou técnico do qual

não tenha participado.

GABARITO: C

Bons estudos a todos e até a próxima aula,

Moraes Junior

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Prova 16. Prefeitura de Teresina – Agente Fiscal de Tributos

Municipais – 2008 - CESPE

Lista de Questões Comentadas Nesta Aula Com relação à contabilidade e à legislação aplicável, julgue os itens de 382 a 390.

382. A despeito das mudanças substanciais nos tipos de usuários e nas

modalidades de informação que estes têm procurado, a função fundamental da contabilidade continua atrelada à finalidade de prover esses usuários das

demonstrações contábeis com informações que os ajudem a tomar decisões de

natureza econômico-financeira.

383. Os bens intangíveis, mesmo quando não integram o patrimônio contábil da

entidade — como é o caso do fundo de comércio acumulado ao longo do tempo —

, podem alcançar considerável valor econômico. Esse valor não está materializado

na propriedade física, mas se traduz nos direitos de propriedade, no potencial de

utilização e exploração legalmente conferidos aos seus titulares.

384. O ISS, proporcional ou fixo, e independentemente do tipo de receita sobre a

qual incida, é uma conta de saldo devedor, cujo valor deve ser deduzido da

receita bruta operacional.

385. Os bens recebidos em doação integram o ativo da empresa e são

representados no balanço patrimonial. Esse é o caso de imóveis recebidos do

poder público como incentivo à instalação de novos empreendimentos, que, se recebidos sem custos ou ônus, serão contabilizados por valor simbólico, cuja

contrapartida constitui receita não-operacional.

386. Suponha que uma empresa tenha efetuado, ao final do exercício, o seguinte lançamento.

D – lucros acumulados

C – juros sobre o capital próprio

Nesse caso, a empresa está seguindo a orientação da CVM no que diz respeito à contabilização dos juros devidos aos acionistas, e efetuando um lançamento

similar ao da atribuição dos dividendos.

387. No Brasil, os juros embutidos nas vendas a prazo são destacados da receita bruta e contabilizados como receita financeira. O fato de sua apropriação estar

em consonância com o prazo entre a realização da receita e o vencimento da

obrigação do cliente decorre da adoção do regime de competência.

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388. O princípio da competência está associado às variações patrimoniais e à sua

natureza. Na aplicação desse princípio às despesas, há situações em que, mesmo sem ter havido pagamento ou sem ter sido constituída uma obrigação efetiva,

devem ser efetuadas provisões, com base em estimativas, como no caso da

prestação de garantias assumidas pela venda de mercadorias.

389. Com as alterações promovidas na Lei das Sociedades por Ações a partir

deste ano, a demonstração dos fluxos de caixa substituiu, exclusivamente para as

companhias abertas, a demonstração das origens e aplicações de recursos, e a

demonstração do valor adicionado passou a ser exigida para as sociedades de grande porte.

390. De acordo com os novos critérios para enquadramento dos gastos de

reestruturação no ativo diferido, a par do requisito de que esses gastos

contribuam para o aumento do resultado de dois ou mais exercícios sociais, exige-se também que não se restrinjam a promover uma redução de custos ou

acréscimo na eficiência operacional.

A respeito dos tipos de sociedades, julgue os itens seguintes.

391. A sociedade estrangeira, que tem de requerer e obter autorização do Poder

Executivo para funcionar no país, ficará sujeita às leis e aos tribunais brasileiros,

tanto em relação aos atos ou operações praticados no Brasil quanto aos praticados no exterior.

392. Nas sociedades em conta de participação, somente o sócio ostensivo se

obriga perante terceiros, mas o sócio participante estará sujeito à responsabilidade solidária com o ostensivo pelas obrigações em que intervier, se

tomar parte nas relações do sócio ostensivo com terceiros.

Com base na doutrina e na legislação referentes à auditoria contábil e fiscal,

julgue os itens de 393 a 404.

393. A auditoria contábil utiliza técnicas e procedimentos que permitem atestar a

veracidade e a adequação dos registros e demonstrações, mas não se restringe à

escrituração da entidade objeto dos trabalhos da auditoria.

394. A não-observância de regras básicas no preenchimento dos papéis de

trabalho pode acarretar falhas que comprometem a auditoria realizada, como a

não-verificação das correções recomendadas no exame anterior e o não-esclarecimento do critério adotado para se selecionar o piso dos valores

considerados relevantes.

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Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade em Exercícios – Provas Selecionadas 25

395. O auditor deve estar especialmente atento a condições ou eventos que

representem aumento de risco de fraude ou erro, tais como os constatados na estrutura ou na atuação inadequada da administração da entidade, como, por

exemplo, a baixa rotatividade de pessoal-chave das áreas financeira, contábil e

de auditoria interna e a permanência por períodos prolongados de auditores e

advogados.

396. No processo de planejamento de seus trabalhos, o auditor pode ter,

intencionalmente, estabelecido nível de relevância em um patamar acima daquele utilizado para avaliar os resultados da auditoria. Isso pode ser feito para reduzir a

probabilidade de distorções não-identificadas e para aumentar a margem de

segurança, ao se avaliarem as distorções identificadas no curso dos trabalhos.

397. Se o auditor verificar, no curso de seus trabalhos, que o nível de risco é maior que o previsto inicialmente, ele tem a opção de reduzir o risco de detecção

via modificação da natureza, época e extensão dos testes substantivos

planejados.

398. Caso o auditor verifique, durante a realização de seu trabalho, que não

existem controles que assegurem que as vendas sejam tempestivamente

registradas, o que pode acarretar a inobservância do regime de competência,

nesse caso, ele deverá obter, na data do balanço, o número da última nota fiscal emitida pelo setor competente e verificar se essa nota e as anteriores foram

registradas pela contabilidade.

399. Na escolha entre amostragem aleatória e sistemática, o auditor deve considerar que certas populações possuem características capazes de distorcer

uma seleção aleatória, como, por exemplo, a introdução de padrões, modalidades

de agrupamento ou alguma outra modalidade de disposição.

Na ocorrência de tais características, o auditor deve preferir a seleção sistemática.

400. Duas entidades são consideradas partes relacionadas desde que tenham um

dirigente em comum. Por outro lado, são consideradas ligadas quando os sócios-gerentes são os mesmos.

401. Quando forem emitidos dois relatórios, um em forma curta e outro em

forma longa, a inclusão de informações adicionais relevantes no relatório em forma longa deve suprir as insuficiências e deficiências inerentes ao relatório em

forma curta.

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402. A CVM obriga que os auditores independentes registrados na autarquia

submetam-se à revisão de seu controle de qualidade. Essa revisão deve ser realizada por outro auditor independente, e cópia do relatório de revisão deve ser

encaminhada à CVM.

403. O planejamento da auditoria interna deve considerar os fatores relevantes na execução dos trabalhos. Para assegurar a independência necessária ao bom

andamento dos trabalhos, esse planejamento não deve, de forma alguma, levar

em conta as orientações e as expectativas externadas pela administração.

404. Nos termos do Código de Ética do profissional contábil, livros, papéis ou

documentos do cliente, confiados à guarda do auditor, não podem ser retidos,

mesmo em razão da falta de pagamento dos honorários relativos aos serviços já

realizados.

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Contabilidade Geral com as atualizações da Lei no 11.638/07 e da MP no 449/08

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GABARITO – AULA 15: 382. C

383. C

384. E

385. E

386. C 387. E

388. C

389. E

390. C 391. E

392. C

393. C

394. C 395. E

396. E

397. C

398. C 399. E

400. E

401. E

402. C

403. E 404. C

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Prof. José Jayme Moraes Junior – Contabilidade em Exercícios – Provas Selecionadas 28

Bibliografia

Lei das Sociedades Anônimas com as alterações trazidas pela Lei no 11.638/07 e

pela MP no 449/08.

FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade Avançada e Intermediária. Rio de Janeiro. Editora Ferreira.

FERREIRA, Ricardo J. Contabilidade Básica. 3a Edição. Rio de Janeiro. Editora

Ferreira. 2004.

FIPECAFI, Manual de Contabilidade das Sociedades por Ações (aplicável as

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LUIZ FERRARI, Ed. Contabilidade Geral – Série Provas e Concursos. 5a Edição. 3a Tiragem. Elsevier Editora. 2005.

MOURA RIBEIRO, Osni. Contabilidade Geral Fácil – Para cursos de contabilidade e

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SILVA, Antônio César Valério da. Contabilidade Avançada: Teoria e 300 questões.

2a Edição. Rio de Janeiro. Elsevier Editora. 2005.

VICECONTI, Paulo Eduardo Vilchez & NEVES, Silvério das. Contabilidade

Avançada e Análise das Demonstrações Financeiras. 12a Edição. São Paulo.

Editora Frase. 2003.