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S TA . E DWIGES Padres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXV * N. 290 * Fevereiro de 2015 Pág. 15 Especial No artigo deste mês a Irmã Silvâna Perin, conta como foi o início destes 25 anos que elas estão em Heliópolis. Irmãs Franciscanas Angelinaa 1990 a 1992 Pág. 03 O Livro do Profeta Joel é curioso. Forte, ameaçador, exigente, Joel insiste na necessidade de fidelidade à Aliança com o Deus úni- co. Este é o segundo Livro da coleção chamada “Doze Profetas”. Os Doze Profetas: Joel Centro Juvenil Vocacional começa suas atividades com o Projeto Jovem Voluntário Juventude O objetivo geral é oportunizar a muitos jovens que convivemos e acompanhamos uma experiência de voluntariado, visando uma formação intergral e personalizada através de uma proposta de trabalho especifico e com metas. Pág. 10 Vocações Fases da Vocação Pág. 09 Toda boa experiência, toda jornada necessita de etapas ou passos que vão aos poucos nos orientando na caminhada. Especial Semana de Formação Catequética no Santuário Santa Edwiges Na semana do dia 26/01 a 31/01 o Santuário Santa Edwiges realizou a 6ª Edição da Semana de Formação Catequética. Pág. 11

experiência de voluntariado, visando uma formação intergral e ......04 para refletir santuariosantaedwiges.com.br fevereiro de 2015 O sábio de Bechmezzinn era muito rico. Dedicava

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Page 1: experiência de voluntariado, visando uma formação intergral e ......04 para refletir santuariosantaedwiges.com.br fevereiro de 2015 O sábio de Bechmezzinn era muito rico. Dedicava

STA. EDWIGESPadres e Irmãos Oblatos de São José * Arquidiocese de SP * Ano XXV * N. 290 * Fevereiro de 2015

Pág. 15

Especial

No artigo deste mês a Irmã Silvâna Perin, conta como foi o início destes 25 anos que elas estão em Heliópolis.

Irmãs Franciscanas Angelinaa1990 a 1992

Pág. 03

O Livro do Profeta Joel é curioso. Forte, ameaçador, exigente, Joel insiste na necessidade de fidelidade à Aliança com o Deus úni-co. Este é o segundo Livro da coleção chamada “Doze Profetas”.

Os Doze Profetas: Joel

Centro Juvenil Vocacional começa suas atividades com o Projeto Jovem Voluntário

Juventude

O objetivo geral é oportunizar a muitos jovens que convivemos e acompanhamos uma experiência de voluntariado, visando uma formação intergral e personalizada através de uma proposta de trabalho especifico e com metas.

Pág. 10

VocaçõesFases da Vocação

Pág. 09

Toda boa experiência, toda jornada necessita de etapas ou passos que vão aos poucos nos orientando na caminhada.

Especial

Semana de Formação Catequética no Santuário Santa EdwigesNa semana do dia 26/01 a 31/01 o Santuário Santa Edwiges realizou a 6ª Edição da Semana de Formação Catequética.

Pág. 11

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O mês de fevereiro se inicia e, com ele vêm alguns acontecimentos essenciais para a Igreja Católica. Dentre eles a quarta feira de cinzas, o início da Quaresma e a abertura da Campanha da Fraterni-dade 2015 com o tema: “Fraternidade: Igreja e So-ciedade” e lema “Eu vim para servir” (Mc 10, 45).

A Campanha da Fraternidade - 2015 têm como objetivo geral aprofundar a luz do evangelho, o dialogo e a colaboração entre a Igreja e a Socie-dade, propostos no Concílio Ecumênico Vaticano II, como serviço ao povo brasileiro, para a edifi-cação do Reino de Deus.

A Igreja nos propõe esta temática, para que os missionários, leigos e leigas, se convertam para aceitar a proposta do Papa Francisco de fazer uma “Igreja em saída”, onde eles possam testemunhar a alegria do Evangelho, àqueles que não conhecem a palavra de Deus.

Que neste tempo de Quaresma, onde nos pede a conversão, possamos nos converter ao serviço missionário e nos preocupar com aqueles (a) que vivem em nossa paróquia e ao redor dela.

Fiquem com Deus!

calendário02

Estrada das Lágrimas, 910 cep. 04232-000 São Paulo SP / Tel. (11) 2274.2853 e 2274.8646 Fax. (011) 2215.6111

Paróquia Santuário Santa Edwiges Arquidiocese de São PauloRegião Episcopal Ipiranga Congregação dos Oblatos de São José Província Nossa Senhora do Rocio Pároco-Reitor: Pe. Paulo Siebeneichler - OSJ

Responsável e Editora: Karina OliveiraProjeto Gráfico: 142comunicacao.com.brFotos: Gina, Fátima Saraiva e Arquivo InternoEquipe: Aparecida Y. Bonater; Izaíra de Carvalho Tonetti; Jaci Bianchi da Cruz; Guiomar Correia do Nascimento; José A. de Melo Neto; Rosa Cruz; Martinho V. de Souza; Marcelo R. Ocanha; Fernanda Ferreira e Valdeci Oliveira

Site: www.santuariosantaedwiges.com.br E-mail: [email protected] Conclusão desta edição:02/02/2015Impressão: Folha de Londrina. Tiragem: 4 .000 exemplares. Distribuição gratuita

santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2015

Karina [email protected]

editorial TEMPO DE CONVERSÃO

5 Qui Apostolado da Oração (Encontro) Salão São José 14h

6 Sex Apostolado da Oração (Missa da 1ª sexta-feira) Santuário 15h

7 Sab

Infância Missionária (Encontro)Grupo de cantos (Ensaios)Infância Missionária (Encontro)CPPGrupo de Oração (Encontro)Grupo Emanuel (Encontro)

SantuárioSalão Pe. SegundoSalão São JoséSantuário ou Sl. S. J. MarelloCapela da Reconciliação

14h3014h30 às 15h3017h3019h30 às 21h3020h

8 DomPastoral dos Coroinhas (Encontro)AJUNAI (Encontro de retorno das atividades)Pastoral da Acolhida (Reunião)

Salão São José MarelloSalão São JoséSalão São José

9h às 10h9h às 10h4016h

11 Qua Comunidade N.Sra. Aparecida (CPC) Sede da Comunidade 20h

12 Qui Pastoral da Família (Entrega das pastas do ECC)Missa votiva de Nossa Senhora Aparecida

Capela da ReconciliaçãoSede da Comunidade

20h20h

14 Sab

Encontro das Missões JosefinasGrupo de cantos (Ensaios)Infância Missionária (Encontro)Grupo de Oração (Encontro)Grupo Emanuel (Encontro)

Londrina-PRSantuárioSalão Pe. SegundoSantuário ou Sl. S. José MarelloSantuário

14h3014h30 às 15h3019h30 às 21h3020h

15 DomEncontro das Missões JosefinasAJUNAI (Encontro de carnaval)Pastoral dos Coroinhas (Encontro)

Londrina-PR

Salão São José Marello 9h às 10h

18 Qua Celebração da missa com imposição das cinzas Santuário e Capela NSA 7h, 15h,19h e 20h

19 Qui Encontro dos Padres com Dom Odilo Colégio Mendel 9h às 13h

20 Sex Conferência Vicentina (preparação de cestas básicas)Missa de abertura da CF 2015

Salão São José MarelloPar. Imaculada Conceição

7h às 10h3020h

21 Sab

Conferência Vicentina (Entrega de cestas básicas)Retiro do Setor Juventude da Arq. São PauloAJUNAI (Encontro)Reunião da Pastoral do Dízimo RegionalInfância Missionária (Encontro)Ministros Extraord. Comunhão (Reunião)Ministros da Palavra (Reunião e escala)Pastoral do Batismo (Encontro de preparação)Grupo de Oração (Encontro)Grupo Emanuel (Encontro)

Salão São José MarelloArsenal da EsperançaSalão São JoséSede da Região IpirangaSalão Pe. SegundoSalão São JoséSala Pe. Pedro MagnoneSalão São JoséSantuário ou Sl. S. J. MarelloSantuário

8h às 10h308h às 16h9h às 10h309h às 11h3014h30 às 15h3017h17h às 19h18h19h30 às 21h3020h

22 Dom Pastoral dos Coroinhas (Encontro com reunião de pais)Pastoral do Batismo (Celebração)

Salão São José MarelloSantuário

9h às 10h16h

24 Ter Reunião do CAE (Conselho de Assuntos Econômicos) Santuário 20h

27 Sex Via Sacra no SantuárioVia Sacra na Comunidade N.Sra. Aparecida

SantuárioSede da Comunidade

16h e 20h1520h

28 Sab

Pastoral Familiar da Região Episc. Ipiranga (Espiritualidade)Infância Missionária (Encontro)Pastoral Missionária (Encontro)Grupo de Oração (Encontro)Grupo Emanuel (Encontro)

Sede da Região IpirangaSalão Pe. SegundoSala São PedroSantuário ou Sl. S. J. MarelloCapela da Reconciliação

8h30 às 12h14h30 às 15h3015h3019h30 às 21h3020h

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especial 03santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2015

“JUBILEU DE PRATA”

A Congregação das Irmãs Francis-canas Angelinas, com residência na Rua Capitão Hermelino de Araújo nº36 - Sacomã - São Paulo, foi con-vidada para trabalhar na “favela de Heliópolis” a pedido do pároco da Paróquia- Santuário Santa Edwiges. Fundada no dia 28 de outubro de 1990, por Ir. Yolanda Gusmán Bazán, Irmã Sandra Mendez Arriaga (chegou da Bolívia no dia 05 de dezembro do mesmo ano) e duas postulantes, Lucia Scarpatto Canabarro e Silvânia Perin, contando com o apoio fraterno de Ir. Lamberta Torrebruno, representando a Superiora Geral das Irmãs Francis-canas Angelinas no Brasil.

Vendo a necessidade da grande “Favela de Heliópolis”, iniciamos as

visitas às famílias, começamos a for-mar os grupos de oração. No final do mês de novembro tivemos os grupos de novena em preparação ao Natal, momento que também possibilitou o planejamento para as atividades que seriam desenvolvidas ao longo de 1991. Foi uma experiência de muita graça e entusiasmo, constatamos a vitalidade e participação fervorosa das pessoas, não obstante as suas di-ficuldades.

No dia 05 de janeiro do ano de 1992, começamos um curso de pintura com o intuito de ensinar algo que poderia ser útil para as mães que passavam a maior parte do dia dormindo, vendo televisão ou nos vizinhos e acreditamos que se-ria de grande valia para elas.

Em fevereiro começamos um tra-balho de formação dos catequistas e a dar catequese na própria “favela”, nos barracos reuníamos as crianças dos becos e ali se realizava a ca-tequese. Durante o ano aumentou muito o número de crianças, e assim levávamos as crianças para a escola mais próxima, chamada Gonzagui-nha. Como o número de crianças e adolescentes aumentou mais uma vez, tivemos que direcioná-las para a Paróquia Santuário Santa Edwiges, onde animávamos a liturgia da missa das 09h00min aos domingos, no qual sempre tivemos a presença de apro-ximadamente 700 participantes.

Durante este tempo também foi re-alizada as missões populares de visi-

tas de barraco em barraco, de casa em casa e assim fizemos um senso bem detalhado que serviu para orientar a vida sacramental e melhoras na vida social e econômica.

Começamos também a pastoral do menor, cujo objetivo era tirar as crianças da rua, dando a elas a opor-tunidade de aprender algo que servi-ria para a vida. Eram atendidos uma vez por semana na quinta-feira. For-mamos dois grupos um pela manhã e outro à tarde, no total eram 140 crianças atendidas. Contamos com a ajuda de voluntários.

Em abril de 1991 começamos as atividades com a Pastoral da Crian-ça, a Irmã Sandra era responsável por esta Pastoral. Em maio começamos a catequese nas casas e também re-forço escolar. No ano de 1992 demos continuidade a estas atividades já elencadas e vendo a necessidade da comunidade de Heliópolis, conhe-cendo melhor a realidade, intensifi-camos o nosso trabalho em nível de promoção humana e consequente-mente iniciamos a construção de dois Centros Comunitários para dar aos moradores o sentido de comunidade e para centralizar o nosso trabalho. Um localizado na Rua Almirante Nu-nes, com o nome Centro Comunitá-rio São Francisco n° 157 e o outro na Rua da Glória, n° 54, Centro Comu-nitário Madre Clara Ricci.

A experiência dos três primeiros anos, destes 25 anos de missão na fraternidade de São Paulo, temos muito que agradecer e louvar a Deus, nosso Pai bondoso e a todos os que nos acolheram e conosco fizeram história dentro da Comunidade de Heliópolis e na Paróquia Santuário Santa Edwiges.

28/10/1990 a 28/10/2015

IRMÃS FRANCISCANAS ANGELINAS1990 a 1992

Ir. Silvania PerinFranciscana Angelina

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para refletir04 santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2015

O sábio de Bechmezzinn era muito rico. Dedicava o melhor do seu tempo ao estudo e a tratar os do-entes que o procuravam. A sua fortuna permitia-lhe socorrer os infelizes e toda a gente dizia que ele era a dedicação em pessoa.

Homem piedoso e reto, a injustiça revoltava-o. Muitas pessoas vinham consultá-lo quando tinham alguma divergência com vizinhos ou parentes. O sábio dava os melhores conselhos e desempenhava frequentemente o papel de mediador.

Tinha uma gata a quem se dedicava particular-mente. Todos os dias, depois da sesta, ela miava para chamar o dono. O sábio acariciava-a e levava-a para o jardim, onde ambos passeavam até ao pôr-do-sol. Ela era a sua única confidente, diziam os criados.

A gata dirigia-se muitas vezes à cozinha, onde era bem recebida. O cozinheiro não escondia nem a car-ne nem o peixe, porque ela nada roubava, fosse cru ou cozinhado, contentando-se com o que lhe davam.

Ora, uma tarde, depois do passeio diário, a gata roubou furtivamente um pedaço de carne de uma pa-nela. Tendo-a surpreendido, o cozinheiro castigou-a puxando-lhe severamente as orelhas. Assustada, a gata fugiu e não apareceu mais durante toda à tarde.

Intrigado, o sábio perguntou por ela na manhã seguinte. O cozinheiro contou-lhe o que se passara. O sábio saiu para o jardim e durante muito tempo chamou a gata, que acabou por aparecer.

- Porque roubaste a carne? “perguntou o sábio”. - O cozinheiro não te dá comida que chegue?A gata, que tinha parido sem que ninguém soubes-

se, afastou-se sem responder e vol-tou seguida de três lindos gatinhos. Depois fugiu. O sábio pegou nos três gatinhos e entregou-os ao cozinheiro que, ao vê-los, mostrou uma grande admiração.

- A gata não roubou comida a pen-sar nela -- declarou o sábio. -- O seu gesto foi ditado pela necessidade. Portanto, não é de condenar. Para ali-mentar os filhos, qualquer ser, mes-mo mais frágil do que um mosqui-to, roubaria um pedaço de carne nas barbas de um leão. A gata limitou-se a seguir o que lhe ditava o seu amor maternal. A conduta dela nada tem de repreensível. O pobre animal está a sofrer por a teres castigado injusta-mente. Fugiu para a figueira porque está zangada contigo. Deves ir lá pe-dir-lhe desculpa, para que se acalme e tudo volte ao normal.

O cozinheiro concordou. Tirou o turbante, dirigiu-se à figueira e pediu perdão ao animal. Mas a gata virou a cabeça. O sábio teve de intervir. Con-versou longamente com ela e lá con-seguiu convencê-la a descer da árvore.

A gata desceu lentamente da fi-gueira, veio a miar roçar-se nas per-nas do sábio e foi para junto dos seus três filhotes.

A Gata e o Sábio

Pe. Paulo Sérgio - OSJVigário Paroquial

ReflexãoEste pequeno conto, “o sábio e a gata,” nos faz

olhar para nossa vida e nos perguntar: por que julga-mos tão rápido as ações dos outros e colocamos um selo identificador de ladrão, vagabundo e outros no-mes por ai a fora? Isto é simples, por que, nós não nos interessamos em discutir as situações que nos envol-ve e muito menos o que nos acarreta mais trabalho. Dedicar-se ao outro requer calma, tempo e esforço, coisa que neste mundo onde tudo é relativo os outros se tornam um inferno para nós. E qual é a lógica do negocio “Descartar” por isso, selamos e colocamos no canto de nossa vida. Deixando para os outros o serviço, como governo, policia e instituições sociais. Se nós esquecemos que fazendo isto descartamos muito mais do que as pessoas, descartamos a nossa humanidade. Pense nisto! Ao não se comprometer com o outro o que você esta jogando fora?

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especialO TRABALHO PASTORAL

Em meio à crise na política, na edu-cação, na família e nas diversas ins-tâncias sociais, qual está sendo o tra-balho das pastorais? Estas conseguem dialogar com esse cenário?

A preocupação de algumas pasto-rais está em manter a situação vigente da paróquia, isto é, cumprir as tarefas do calendário pastoral – algo que é importante, mas não é suficiente. Isso significa que o trabalho pastoral fica restringido à paróquia, e o diálogo com as outras realidades vai ficando à margem. Ainda não houve avanço nos planejamentos paroquiais, e se houve, foi pouco.

Uma das razões é a falta de projeto, de coragem para ir além das atividades internas. Fazer o trabalho pastoral não é só ficar preso ao contexto paroquial. Trata-se de levar em conta as dimensões do reino: política, so-cial, econômica entre outras, e questionar o que até agora não foi suficiente, e criar no-vas alternativas, ten-do como base a ética do reino de Jesus: dar de comer a quem tem fome, cuidar dos doentes, visitar aos presos, anunciar a palavra aos mais es-quecidos, os pobres. (cf. Mt 25, 32-46).

O individualismo não só contaminou as pes-soas, sua força veio para as pastorais. É raro en-contrar pastoral que tem um trabalho efetivo em parceria com a escola, ONGs, movimentos so-ciais. Tudo está centrado na paróquia. Segundo José Comblin, teólogo da libertação, as paró-quias não são comuni-dades verdadeiras, são fechadas e não dialogam com as comunidades periféricas. Para ele, as

paróquias são “centros de distribuição de sacramentos”. Diz Comblin que, “falou-se em paróquia viva, paróquia missionária, paróquia evangelizadora, paróquia renovada etc. Puro jogo de pa-lavras, porque na prática nada mudou. As paróquias urbanas vão ficando cada vez mais vazias. (...) Tudo isso porque a estrutura paroquial é intocável”. (COM-BLIN, 2005, p. 64-65).

Numa sociedade pluralista os cató-licos têm um sentimento de fracasso. Não sabem apresentar a mensagem cristã aos outros e ficam calados quan-do são interpelados, perdendo a opor-tunidade de evangelizar, de dar razão a própria esperança. (cf. 1Pd 3,15). Já os pentecostais divulgam com entusias-

05santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2015

mo a sua religião, pois sentem que ela transformou a sua vida. Assim, com o laicato sem entusiasmo, nada se pode-rá fazer no serviço pastoral. (COM-BLIN, 2005, p. 70-71).

Nas periferias a Igreja Católica está perdendo espaço para as igre-jas pentecostais. As Dioceses tentam fazer algo, mas não conseguem. Al-gumas Dioceses estão preocupadas em construir paróquias, as quais são muito distantes da realidade dos mo-radores. Com efeito, o trabalho pas-toral nas comunidades vai ficando em segundo plano por conta desses pro-blemas. Conforme Comblin, “tanto a Igreja Católica como as outras Igre-jas históricas não conseguem atrair os pobres. Não conseguem situar-se na cultura dos pobres das cidades. [...]”. (COMBLIN, 2002, p. 19).

Percebemos que boa vontade no tra-balho pastoral é importante, mas ain-da não é suficiente. Faz-se necessário avançar na formação cristã e ler à luz do Evangelho os fenômenos sociais. Para tal exige uma constante supera-ção de metas, as quais norteiam o tra-balho pastoral. Crescer nessa forma-ção não significa humilhar os outros, mas ajudar no desenvolvimento inte-gral de pessoas e de comunidades. Às vezes, o que atrapalha o crescimento das pastorais é o comportamento ar-rogante de alguns líderes. Preocupa-

-nos a tendência pastoral de não ser referencial significativo.

O trabalho pastoral tem uma fun-ção pedagógica. É engano pensar que o trabalho pastoral não tem relação com a educação. A atividade pastoral, como educação não formal – aquela que não tem um currículo institucio-nal – tem um sentido educativo: for-mar pessoas autênticas, capazes de conduzir o seu próprio caminho.

Assim sendo, supõe-se que o traba-lho pastoral vai além da paróquia, e requer diálogo com as realidades so-ciais e projetos articulados, no senti-do de atuar nas comunidades e contri-buir no contexto cultural. Vê-se que o desafio para as lideranças é o de hu-manizar as pastorais, acolher melhor as pessoas, deixando de lado o orgu-lho e o autoritarismo. Por essa razão, a mudança de postura é urgente.

Renê da Silva Barbosa Educador, Graduado em Ciências da Religião, Licenciado em Pedagogia e Filosofia.

Referências bibliográficas

COMBLIN, José. Quais os desafios dos temas teológicos atuais? São Paulo: Paulus, 2005. _____________. Os desafios da cidade no século XXI. São Paulo: Paulus, 2002.

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palavra do pároco-reitor06 santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2015

Caro Leitor, queridos Paroquianos, Devotos, Ro-meiros e Participantes da Vida do Santuário Santa Edwiges.

Feliz Ano Novo e o desejo de muitas felicidades, sonhos e realizações são as expressões das celebra-ções do final do ano, e que não tem por que não ser assim, devem ser e mais do que isso, serem feitas com muita serenidade e com muita fé, com muita realidade e assim lutar a cada momento do ano que vai se formando, a cada dia que vamos vivendo.

Ao intitular “o ano novo inicia”, estou aqui refle-tindo a realidade de que vamos em fevereiro entrar no ano verdadeiramente, isso por que logo após o segundo dia de nossa novena, celebraremos o car-naval, e na quarta-feira de cinzas, iniciamos a qua-resma, e com ela a CF 2015. Sempre se diz que no Brasil, o ano só começa de fato depois do Carnaval. Então, eis o início do Ano Novo.

O tema de nossa Novena de Santa Edwiges nes-te mês é: “Saber Sofrer”, confesso que esta é uma

O Ano Novo Inicia!

Pe Paulo Siebeneichler – OSJPároco-Reitor da P. S. Santa [email protected]

virtude dos Santos. Edwiges fala deste tema, e nos convida a fé. Ela dá testemunho do saber viver nas adversidades da vida. Isto nos faz caminhar para além dos horizontes. Como é difícil ser derrotado em alguma coisa que queremos e às vezes acha-mos imprescindíveis para nós. Saber sofrer, é um convite a enfrentar a vida com olhos de amor, com ciência de vida e de luz, saber se pôr a entender de fato a realidade e ver o que ela ilumina em nosso momento de vida.

O ano novo deve sempre nos levar a esperança, e talvez um milagre possa acontecer. Nós somos hoje o resultado de ontem, e amanhã seremos o resultado de hoje. E se caso não nos colocarmos na realidade a cada hora, a cada momento, se, agirmos sem a presença da realidade vamos pagar um preço, o do fracasso de nossos empreendimentos. Daí a neces-sidade de um planejamento.

Planejar vem de plano, de amplidão onde nós enxergamos mais longe, e então conseguimos vi-

sualizar, ou ao menos optar por uma direção. É o que convido a você caro cristão, a fazer um plano, a estabelecer uma meta para sua vida espiritual e para a sua vida profissional. Não o faça como uma cruz, mais como um itinerário. A ausência de um plane-jamento pode parecer ou dar a sensação de carro desgovernado, sem rumo. Vai ao léo, nem sempre na direção ou no ponto que poderia ser a melhor possibilidade, ou o espaço de sua realização.

Em Cristo mais uma vez, neste ano sejamos aten-tos e saibamos encarar as adversidades, não como fonte de cruz mais como fonte de luz, e possibilida-de de indicar caminhos. Bom ano de atividades, e que a quaresma seja um tempo para a nossa conver-são e mudança de vida.

O Grupo de Oração Nossa Senhora de Fátima III, convida a comunidade paroquial, para participar de seus encontros que acontecem na Paróquia Santa Edwiges, todos os sábados às 19h.

Venha Participar!

Convite

Santíssima Virgem, que nos montes de Fátima vos dignastes reve-lar aos três pastorinhos os tesouros de graças que podemos alcan-çar, rezando o Santo Rosário. Ajudai-nos a apreciar sempre mais esta santa oração, a fim de que, meditando os mistérios da nossa redenção, alcancemos as graças que insistentemente vos pedimos. Ó meu Bom Jesus, perdoai-nos, livrai-nos do fogo do inferno, levai todas as almas para o Céu e socorrei principalmente as que mais precisarem. Nossa Senhora de Fátima, Rogai por nós!

Oração a Nossa Senhora de Fátima

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batismo 07santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2015

Lamentamos informar que por problemas da parte do fotógrafo, as fotos das crianças que foram batizadas no dia 21 de dezembro de 2014, não serão publicadas. Devido a um problema técnico, só foi possível regastar algumas fotos e para não privilegiar

algumas crianças, não colocaremos as fotos, somente os nomes.

1. Alice Aparecida Pereira Aquino2. Ana Luiza Silva Dantas3. Andressa Santana Passos4. Arianny Luiza Nascimento Silva5. Carlos Eduardo Pereira da Silva6. Clarice de Oliveira Alves7. Davi Lucas Silveira Zermiani8. Felipe de Oliveira Aragão9. Gabriel Alves de Sousa10. Gabriel Menezes Queiroz dos Santos11. Geovanne Silva dos Reis12. Guilherme Thalles de Carvalho Sousa13. Gustavo Matos de Almeida14. Heloysa Santos Ferreira15. Jonas Henrique Ribeiro da Silva16. Laura Matos de Moura17. Leticia Araújo da Silva18. Lorenna Matos de Moura19. Lorenna Reis Matovan20. Maria Dany Kelly Ferreira Rodrigues21. Miguel Ramon Silva Ribeiro22. Miguel Silva de Lima23. Murillo Gomes da Silva Reis24. Natalya Reis Matovan 25. Rayna Romualdo Alves26. Thalita Matos Macena27. Thamyres Matos Santos28. Victor Moraes Silva29. Yasmim Gomes da Silva Reis30. Yasmin do Nascimento Sousa

Comunicado

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notícias08 santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2015

A comunidade paroquial do Santuário Santa Edwiges celebrou no dia 24 de dezembro de 2014, a Vigília de Natal, festa de alegria e de encontro. O pre-sidente da celebração foi o Pe. Paulo Siebeneichler, OSJ.

Já no último dia do ano, os paroquia-nos, fiéis e devotos do Santuário Santa Edwiges se reuniram para dar graças pelo ano de 2014 que se encerrava.

Vigília de Natal e Missa em Ação de Graças pelo o Ano Novo

Retomando a Campanha da Preven-ção do Câncer e outras doenças inicia-da em 2012 na paróquia, a equipe do Hospital A.C Camargo, compareceu no dia 31/01 no Santuário Santa Edwiges, reunindo quase 900 pessoas para uma palestra sobre essa campanha.

A palestra iniciou com o testemunho do Sr. Paulo Sérgio falando como ven-ceu o câncer duas vezes e, aconselhan-do as pessoas presentes a melhorar o seu estilo de vida e a fazer exames com frequência. Logo em seguida, a enfer-meira Fernanda explicou os tipos mais comuns do Câncer e suas prevenções.

A próxima etapa desse mutirão acon-tecerá no dia 01 de março, onde será di-vulgado no Santuário Santa Edwiges e nas Obras Sociais, a data e o horário da realização dos exames.

Agradecemos à Equipe do Hospital A.C Camargo pela iniciativa e pelo in-teresse em informar as pessoas de nossa comunidade.

Palestra sobre a Prevenção do Câncer e outras doenças

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notícias 09santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2015

De 26/01 a 31/01 aconteceu no Santuário Santa Edwiges, a 6ª edi-ção da Semana de Formação Cate-quética, com a participação da co-munidade paroquial. Os encontros foram divididos em cinco dias e, em cada encontro, foi abordado um tema diferente.

Durante esses dias foram os pa-lestrantes: Pe. Ailton Ferreira, Pro-vincial dos Oblatos de São José, que falou sobre Os 100 anos do Oblatos no Brasil e a Preparação para o Jubi-leu em 2019; Frei José Maria Mo-hamed, Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Mercês, desenvolven-do o tema Propriedade do Plano de Pastoral para 2015 e Vida para To-dos; Pe. Antônio Ramos, Pároco da Paróquia Senhor Bom Jesus do Portão, falando sobre O ano da vida Consagrada e a Importância das três Congregações em nossa Comunida-de; Pe. Antônio de Lisboa, Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fá-

Semana de Formação Catequéticatima, explicando a Campanha da Fraternidade 2015 e o Pe. Bennel-son Barbosa, Animador da Juven-tude-Província dos Oblatos de São José, que falou sobre a Introdução ao Documento 100 da CNBB e a Conversão da Pastoral Paroquial.

Essa semana foi finalizada no sábado (31/01), com a entrega dos certificados e uma confraternização para as pessoas que participaram.

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juventude10 santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2015

Este projeto é destinado aos jovens entre 18 a 29 anos advindos de nossos grupos-base e que estejam engajados há algum tempo no processo da Pas-toral Juvenil da Igreja. O objetivo ge-ral é oportunizar a muitos jovens que convivemos e acompanhamos uma experiência de voluntariado, visando uma formação intergral e personaliza-da através de uma proposta de traba-lho especifico e com metas. O jovem escolherá o tempo que se dispõem a esta experiência que poderá ser de três a onze meses no Centro Juvenil Vocacional em Londrina. A proposta é que se faça uma convivência com a comunidade religiosa local e receba uma formação missionária e voluntá-ria. O primeiro voluntário é um jovem de Três Barras do Paraná que iniciará no dia 03 de fevereiro este marco no trabalho de evangelização dos Oblatos de São José no Brasil.

Por que um projetoJovem Voluntário?

Os jovens são os que mais viven-ciam a sociabilidade, pois são catalisa-dores da mudança e isso se dá porque ainda não estão totalmente inseridos na ordem social. E diante disso é im-portante criar oportunidades e tempo de experimentação – criar redes para experimentação da condição juvenil, dando suporte e articulação de inves-tigação e busca de legitimação de seus direitos e deveres.

Os participantes deste projeto ajuda-rão na formação de outros adolescen-tes e jovens que estão privados muitas vezes por situações de vulnerabilida-de social. Esta experiência ajudará os participantes a ser ponte para que ou-tras pessoas e organizações queiram fazer parte do Projeto e apoiá-lo.

A Congregação dos Oblatos de São José teve sempre uma preocupação desde sua origem em como acompa-nhar a juventude. O Documento Passo a Passo é o fruto desta preocupação no trabalho juvenil. Este documento guia todo o trabalho dos Oblatos no mun-do de evangelização a juventude. Em uma de suas citações, o documento apresenta os jovens como àqueles que trazem a generosidade (que é quase natural), a capacidade de colocar se a disposição dos outros, sendo uma boa cartada a ser usada na evangelização para tornar o jovem cada vez mais protagonista.

Dentro da escolha carismática, os oblatos de São José fazem opção pela missionariedade e isso requer que cada oblato tenha uma maior aproximação e convivência ainda para escutar os jovens. Com esta atitude é possível perceber que os jovens carregam den-tro si aptidão em perceber o problema alheio e querem se comprometer para uma transformação.

Este projeto Jovem Voluntário cabe

Centro Juvenil Vocacional começa suas atividades com oPROJETO JOVEM VOLUNTÁRIO

muito bem dentro das resoluções do XV, Capitulo Geral dos Oblatos de São José que aconteceu em 2006 na Itália que nos diz: “toda pastoral juve-nil deve propor para o jovem um olhar amplo sobre o mundo e uma dimensão de serviço que passa através do volun-tariado e o empenho social”. Peçamos

Pe. Bennelson da Silva BarbosaAnimador da Juventude - OSJ

a nosso Santo Fundador, São José Marello que interceda por esse novo projeto do Centro Juvenil Vocacional. Que muitos jovens possam passar por esta escola vocacional e missionária.

Conheça o primeiro Jovem Voluntário do Centro Juvenil Vocacional

Vanderson Luiz de Lima nasceu no dia 11 de setem-bro de 1993, na cidade de Três Barras do Paraná, gra-duado em Marketing pela Uniter de Quedas do Igua-çu. Mora com seus pais, um irmão e uma irmã. Já foi coordenador do Grupo Jovem Josefinos da Paróquia Nossa Senhora Aparecida em Três Barras de 2010 a 2013. Atualmente é assessor do grupo. O que mais gosta de fazer: estar com os amigos, atuar na Igreja e cantar. Sua frase de motivação para vida é um pensa-mento de São José Marello que diz: Uma vez fixada à meta, ainda que o céu venha abaixo, é preciso olhar para ela, sempre para ela. Queremos agradecer a sua disponibilidade Vanderson e seja bem vindo neste

novo e pioneiro projeto juvenil da Congregação dos Oblatos de São José na província brasileira. Que Deus te abençoe e te guie sempre. A Juventude agradece o seu sim! Como dizem a juventude conectada: “Tamu juntos”

O Frei Creone Brandolfo teles, OSJ, nasceu no Es-tado do Mato Grosso e entrou na Congregação dos Oblatos de São José em 2008. No ano de 2012 fez o noviciado em Cascavel, onde se consagrou e profes-sou os primeiros votos religiosos. No ano seguinte, mudou-se para Curitiba, PR, onde estudou Filosofia na Faculdade Pe. Bagozzi, até 2014. Este ano será o novo assistente do Centro Juvenil Vocacional, perío-do formativo que antecede a teologia, onde prestará serviço, auxiliando e colaborando com os projetos. Ele espera fazer uma experiência positiva, toman-do e aprimorando conhecimento acerca do carisma oblato, dedicando e contribuindo para que o sonho do Santo Marello se concretize mais.

Conheça o primeiro Jovem Voluntário do Centro Juvenil Vocacional

Novo assistente do Centro Juvenil Vocacional

Seja bem-vindo!

Seja bem-vindo!

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No mês passado ao participar de um retiro espiritual junto aos meus confrades dos Oblatos de São José, fomos conduzidos à reflexão de que a vida espiritual passa por etapas de desenvolvimento. Nós precisamos permitir estas etapas em nossas vi-das se quisermos realmente viver a graça da vocação para a qual fomos chamados ou para descobrir qual é esta vocação.

Toda boa experiência, toda jor-nada necessita de etapas ou passos que vão aos poucos nos orientando na caminhada. As etapas da vida es-piritual que me refiro e que vamos analisar aqui são: Encantamento, Metanóia, Consolação e Integra-ção. Vejamos:

ENCANTAMENTO: Todos nós um dia fomos maravilhados ao sen-tir a presença do Senhor de uma forma diferente, uma experiência que somente nós conhecemos e sabemos dar testemunho. Em toda história vocacional há uma moti-vação inicial, uma experiência que marcou e que não podemos esque-

vocações 11santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2015

FASES DA VOCAÇÃO

Pe. Marcelo Ocanha - OSJAnimador [email protected]

Centros Vocacionaisdos OSJ:

1 – Centro Juvenil VocacionalRua  Darcírio Egger, nº. 568 -

Shangri-lá  CEP 86070 070 - Londrina-PR

Fone: (43) 3327 0123  email: [email protected]

2 - Escola Apostólica de Ourinhos

Rua Amazonas, nº. 1119, CEP: 19911 722, Ourinhos-SP

Fone: (14) 3335 [email protected]

3 - Juniorato Pe. Pedro MagnoneRua Marechal Pimentel, 24,

CEP 04248-100, Sacomã, São Paulo- SP

Fone: (11)2272- 4475

4 – Irmãs Oblatas de São José Rua José Paiva Cavalcante, 750 -

Conj. LindóiaCEP 86031-080 / Londrina-PR -

Fone: (43) 3339.0876 [email protected]

cer. A tradição chama isso de pri-meiro amor. É um momento de pura fé e nem sempre sabemos explicar, afinal vocação é isso, ou seja, uma experiência de fé intensa sem mui-tas explicações racionais e por isso os vocacionados confundem a ca-beça de quem vive alienado pela sociedade do consumo e da mera satisfação dos desejos.

METANÓIA: Todos os que sen-tem o chamado chegam a um mo-mento de fazer uma escolha de vida que irá comprometer o seu compor-tamento. É a grande mudança de vida que precisamos fazer para co-meçar algo novo, o que nem sempre é simples e fácil. Não basta apenas ser tocado por Deus, encantado pe-las palavras e ações de Cristo, mas é preciso viver como ele viveu. Para viver uma verdadeira metanóia será necessária muita coragem, discer-nimento, ousadia, confiança e fé, pois terá de sair do convencional, do comodismo e assim viver uma vida diferente marcada pelos traços daquele que nos encantou.

CONSOLAÇÕES: As dificul-dades surgem por todos os lados e de todas as formas e nem sempre teremos clareza, às vezes temos de ceder ideias e lugares. É bom que nos acostumemos a isso e transmi-tamos às novas gerações para não nos iludir a sempre levar vantagem. As consolações em meio as crises ocorrem quando somos levados a recordar o amor primeiro, os por-quês de nossas escolhas. Vocação é empenhar a vida por uma causa, pela causa de Cristo e sua Igreja. Eis a grande consolação do (a) vo-cacionado (a).

Nesta etapa, que certamente não se trata de uma fase única, mas de um longo e árduo processo é bom ter claro e presente que a vocação não é um bem de consumo no qual eu desfruto enquanto me satisfaz e depois parto para outra. Isso de-monstra imaturidade e vazio de compromisso. A sociedade atual não está preparada para as frustra-ções, ninguém quer perder ou vaci-lar. A caminhada espiritual tem nos ensinado que há um grande cresci-mento humano quando enfrentamos as crises e não simplesmente delas fugimos.

INTEGRAÇÃO: É a ação que faz com que vivamos o ordinário da vida de modo extraordinário como dizia José Marello, ou seja, vivendo a diferença. É a atitude do grande vocacionado Jesus que pede ao Pai que perdoe aqueles que lhe fazem mal e ainda aconselha a perdoar se-tenta vezes sete. A pessoa integrada com sua vida, sua vocação, com a sociedade e com a Igreja é aquela que sabe acima de tudo lutar, que assimilou o grande Dom de Deus que porta consigo dentro do coração

VENHA NOS VISITAR

“É certo que Deus faz acompanhar o seu convite com a sua graça. Portanto, responderei prontamente a Deus que me chama; com a graça que Ele tão generosamente me oferece poderei vencer todos os obstáculos que encontrarei pelo caminho e chegar lá onde Ele me convida a ir, isto é, à perfeição e à verdadeira santidade.” (São José Marello em 21 de Fevereiro de 1886)

e por isso não quer perder jamais, ainda que muitas força contrárias tentem de todas as formas causar desânimo.

É bom sempre lembrar que: “As nossas obras e os nossos esforços são por si ineficazes, se Deus não os acompanhar e não os confirmar com a sua graça” (José Marello).

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ma pessoa da terra se esta autoridade não fosse comunicada por Deus.

4- Por causa desta sua prerrogativa, São José cuidou aqui na terra de Jesus alimentando-o e dando-lhe com seu trabalho e esforço tudo o quanto Jesus necessitava em sua vida tempo-ral: Esta foi uma dignidade para São José, justa-mente porque Jesus precisou receber o alimento de suas mãos e desta forma, ele cooperou para o sustento corporal da humanidade de Cristo, o Re-dentor dos homens, e isto para Cartagena é uma razão e fundamento para considerá-lo como co--redentor. Contudo, esta sua cooperação para a Redenção foi apenas mediata, ou seja, ela estava em proporção com a natureza de seu ministério, o qual foi de alimentar, de guardar e de conservar a vida do Redentor.

5- Uma última excelência derivada também de sua paternidade, é o amor terníssimo que São José dedicou a Jesus: Se os pais têm amor profundo aos seus próprios filhos, visto que esta é uma lei natural, qual não teria sido o amor que São José, como pai, teve para com Jesus? Seu amor por Jesus era regulado pela lei da graça, a qual aperfeiçoa e supera a lei natural. Tudo isso indica a perfeição do amor de São José, o qual está acima do amor que qualquer pai terreno possa ter para com seus filhos.

Prosseguindo a nossa explanação sobre a elabora-ção teológica josefina na visão de João de Cartage-na, temos que, uma quarta razão em favor da exce-lência e da santidade de São José, foi justamente a proximidade que ele teve com a pessoa de Jesus, a qual é o fundamento de sua pertença à ordem hipos-tática. Tal proximidade lhe provém pelo fato de ser o esposo da Virgem Maria. Consequentemente, São José tem vantagem superior sobre todos os bem--aventurados e deve ser considerado superior aos Apóstolos, aos Patriarcas do Antigo Testamento, aos Profetas e inclusive aos Anjos, e isto quer em relação ao seu grau de graça e de santidade, como também em relação a sua dignidade e proximidade de Jesus na glória e bem-aventurança.

Dado que o matrimônio de Jose e Maria dá a base para a sua paternidade, ou seja, sua paternidade está essencialmente associada ao seu matrimônio com Maria e deriva deste é importante que tenhamos em consideração que para Cartagena é evidente que a paternidade de São José exclui uma paternidade que seja física ou natural sobre Jesus; contudo, tal

A Prioridade e a Preeminência entre o Matrimônio e a Paterni-dade de São José no Pensamento de João de Cartagena (II)

são josé12 santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2015

exclusão não quer dizer que seja excluída também a sua paterni-dade real, pois ele é pai real de Jesus, visto que esta verdade lhe foi reconhecida pelo povo judeu, porque o evangelista Lucas as-sim o denomina e porque a pró-pria Virgem Maria o chama de pai. Portanto, São José foi ver-dadeiro pai de Jesus, também se ele o foi com um gênero especia-líssimo e único de paternidade. Para qualificar essa paternidade, Cartagena a qualifica como legal e adotiva.

Sem negar, portanto, a exce-lência e a singularidade dessa paternidade, o nosso autor a enaltece em alguns pontos:

1-Porque esta foi comunica-da a José pelo próprio Deus: Tal paternidade possuía uma excelência tão alta e continha uma natureza tão grande que ninguém, a não ser o próprio Deus podia comunicá-la a uma criatura. Por isso, São José foi predestinado por um decreto todo especial de Deus e em vir-tude desta predestinação foi-lhe

comunicada à prerrogativa de ser o pai de Jesus. Isto explica a grandeza da dimensão quase infinita da dignidade de São José.

2- Por causa da proximidade de São José com a pessoa de Je-sus: Tal proximidade supõe que ele participava mais do que qual-quer outro santo da santidade de seu filho, mesmo porque ele esta-va mais próximo da própria fonte de santidade, e tudo isto lhe era proveniente devido à autoridade que tinha sobre Jesus.

3- Porque São José teve Je-sus, o Filho de Deus, como seu súdito, justamente porque era seu pai: A sua autoridade era de poder e de dignidade celestial, já que Jesus, Verbo Encarnado, não podia estar sujeito a nenhu-

Pe. José Antonio Bertolin, [email protected]

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Alfonso Maria Fusco nasceu no dia 23 de março de 1839, na cidade italiana de Angri, em Salerno. A família era de origem camponesa e com profundas raízes cristãs. Ainda pequeno, revelou seu caráter manso, humilde, sensível à oração e aos pobres. Aos onze ingressou no Seminário de Nocera, onde foi ordenado sacerdote treze anos depois.

O povo era cativado pela sua evangelização cuja pregação era profunda, simples e eficaz. A vida cotidiana de padre Alfonso era de um sacerdote zeloso, que guardava no coração o desejo de cum-prir a missão que Jesus lhe havia pedido em sonho, pouco antes de concluir o seminário: fundar uma Congregação de Irmãs e um Orfanato.

Em 1878, foi procurado por Madalena Caputo, mais tarde Irmã Crucifixa, que desejava se consa-grar a Deus na vida religiosa. Dias depois outras três jovens lhe pediram a mesma orientação. Por isto, aproveitando os anseios destas jovens, padre Alfonso acelerou a fundação da Congregação das Irmãs Batistinas do Nazareno, destinada à for-

Mãe Natureza... Perdão.Eu não sabia o que fazia.Polui seus rios... Contaminei suas águas que possibilitam

todas as formas de vida. Matei seus peixes... Tornei o ar irrespirável... Acabei com a fertilidade da terra... Desmatei suas matas...Maculei seu sol... E sequer me dei conta de que assim fazendo era a mim

que mais prejudicava.E você permanecia quieta... Olhando-me, observando-me...Para ver até onde eu poderia chegar.Até onde ia a minha falta de visão em não ver a nossa

interdependência, nossa interligação.Para ver até onde poderia chegar a minha intervenção

destrutiva.E agora tenho sede, tenho fome e não sei o que fazer para

reverter tal situação.Dê-me sua mão Mãe Natureza, cuida de mim... Que colaborei para causar a dor do mundo.Cuida de mim que não soube cuidar de você, que não percebi

em minha insanidade, o mal que fiz, sem querer, sem saber.Não soube como cuidar do que a mim foi dado sem que

eu pedisse. Fui inconsequente ou ignorante?Quando nasci, tudo já estava pronto para me receberEu apenas quis fazer com que as coisas ficassem melho-

res para mim... Ou menos trabalhosas talvez...Tudo que a muito era feito manualmente, eu quis tornar

mais fácil. As máquinas começaram a trabalhar para mim. Eu as construí.

E agora... Delas sou prisioneiro e continuo a querer aper-feiçoá-las... Quero mais, para fazer menos.

Tudo caminhava a meu favor... Porque não usufruir das facilidades que a vida a mim apresentava?

Minha existência estava e está a serviço da tecnologia. Porque ficar preso a um passado arcaico?

Eu queria mais tempo livre para fazer não sei o que... E consegui... Mas agora... O que é que eu faço?

Quero e não posso abandonar meu conforto ilusório... E assim vou devastando o planeta... E ele vai morrendo dra-maticamente, dolorosamente.

E seu grito ecoa trazido pelo vento e dói em mim...Que não sei como parar... De matá-la.Mãe natureza...

Afonso Maria Fusco06 de Fevereiro

Heloisa P. de Paula dos [email protected]

mação de religiosas dedicadas a uma vida de pobreza, de união com Deus, de caridade em-penhada no cuidado e na instrução das órfãs pobres.

Assim, a Obra estava fundada. A casa para as órfãs recebeu o nome de Pequena Casa da Providência. Começaram a chegar outras pos-tulantes e as primeiras órfãs, e com elas, tam-bém as dificuldades, as lutas, as oposições e as duras provas. Padre Alfonso aceitou tudo, com total confiança e disponibilidade à von-tade de Deus. Até mesmo, quando o bispo pe-diu sua demissão da função de diretor da Obra, motivado por acusações infundadas; e por fim quando as Irmãs da Casa em Roma tiveram a ideia de uma separação. Estes foram para ele momentos de grandes sofrimentos, que o fa-ziam rezar com o coração angustiado.

Dirigia o Instituto com grande sabedoria e prudência e, como pai amoroso, observava as Irmãs e as órfãs. Numa época em que a ins-trução era privilégio de poucos, proibida aos pobres e às mulheres, padre Alfonso não pou-pava sacrifícios para dar às crianças uma vida serena, o estudo e uma pequena profissão, para formar cidadãos honestos e cristãos convictos. Quis que suas Irmãs estudassem, para estarem habilitadas a ensinar os pobres através da ins-trução e da evangelização.

A tenacidade da sua vontade, ancorada na Divina Providência, a colaboração sábia e pru-dente da Irmã Crucifixa, o estímulo do amor a Deus e ao próximo, permitiram o rápido de-senvolvimento da Obra. O crescente pedido de assistência e o aumento das órfãs e de crianças abandonadas impulsionaram a abertura de no-vas casas em outras regiões da Itália.

Padre Alfonso Maria Fusco morreu no dia 6 de fevereiro de 1910. A notícia causou for-te comoção na população que, acompanhou os funerais daquele que consideravam o “Santo dos pobres”. O Papa João Paulo II, em 2001, o proclamou beato exaltando seu exemplo de educador e protetor dos pobres e necessitados, a ser seguido por todos os sacerdotes. As suas Irmãs, hoje estão espalhadas em quatro Conti-nentes e o festejam neste dia.

Mãe NaturezaMensagem especial

Fonte: http://www.paulinas.org.br

santo do mês 13santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2015

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osj14 santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2015

O ESCONDIMENTONosso caminho de discipulado de

Cristo em companhia do Fundador, iniciou com o seu ponto de partida “agora começo”. Nesta caminhada, São José foi o guia e o mestre esco-lhido por ele para viver o mistério cristão nas suas pegadas. Mas quais as pegadas de São José?

Este terceiro capítulo nos mergulha no interior do coração de José que viveu o seu serviço de discipulado numa vida escondida sem alaridos e aplausos e numa fidelidade silenciosa até o fim. O escondimento é como eu, uma síntese do amor de José!

O escondimento é um tema que tem ramificações também na filosofia, te-ologia, e em outros campos do saber, mas, aqui o abordaremos sob o prisma da espiritualidade em geral e do carisma Marelliano de forma peculiar. Todavia, vejamos alguns sentidos de hoje para a palavra escondimento.

Em primeiro lugar, o escondimento é sentido e vivido como uma dolorosa ex-periência humana.

De fato, a humanidade sempre teve dificuldade em compreender o sofri-mento, o negativo, as regiões escuras e as sombras da vida. Em alguns momen-tos da história, também recente, parece mesmo que Deus se tenha escondido do mundo, e foi Martin Buber, (1868-1965 austríaco de cultura judaica) na sua obra de 1952 ‘O eclipse de Deus’ que afirmou isto com veemência depois da tragédia de Auschwitz.

Mas este tema do escondimento afun-da suas raízes principalmente na espiri-tualidade cristã.

Na nossa espiritualidade cristã só é possível compreender o negativo, o escondimento de Deus somente con-templando Jesus que na Cruz gritou: “Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste?” (Mc 15,34; Mt 27,46). Eis o que escreve uma mestra espiri-tual do nosso tempo.

”É o momento em que ele (Jesus) experimenta a mais abissal separa-ção que se possa imaginar; experi-menta de certo modo, a separação de seu Pai, com o qual é e permanece uma coisa só. Dessa maneira, doa a todos os homens uma vida nova e mais plena do que aquela que foi

perdida pelo pecado: doa a unidade com Deus e dos homens entre si como participação da unidade sua do Pai e conosco. [...]. Por isso Jesus Aban-donado prece ser justamente o Deus de nosso tempo, divina resposta aos abismos de sofrimento e de provação escavado no coração dos homens pelo ateísmo, que impregna boa par-te da cultura moderna; pela miséria de milhões de deserdados; pela busca de sentido e de ideais das novas ge-rações, desiludidas e desorientadas”

A Bíblia apresenta várias facetas do escondimento de Deus. Toda a histó-ria da salvação é vivida neste mistério, pois, Deus se revela “às apalpadelas; Ele não está longe de cada um de nós, pois, nele vivemos nos movemos e so-mos” (At 17,27-28). Aquele Deus que ao revelar-se falou pelos profetas e no fim, “na plenitude dos tempos” (Hb 1,2) por meio do Filho permanece um Deus escondido. João escreve no início de seu Evangelho: “Deus ninguém o viu: quem nos revelou Deus foi o Filho unigênito, que está junto ao Pai” (Jo 1,18). Desde a Criação à Encarnação, até o Mistério Pascal, toda a história da salvação é repleta de presença-ausência de Deus, de escondimento e de revelação. Sim, o nosso Deus Bíblico, é um “Deus abs-conditus” (Deus escondido) (Is 45, 15).

Escondimento percebido na espiri-tualidade e na Palavra torna-se atitude de vida espiritual.

Quando vivido, trata-se de uma dis-posição de espírito do discípulo, em fugir o mais possível dos aplausos, de se mostrar, de aparecer, sobretudo, não querer mostrar o crescimento espiritu-al. É uma atitude de máxima humilda-de. Mas hoje, falar de escondimento como caminho de espiritualidade seria quase como navegar num barco furado e poderia fazer sorrir o nosso mundo. A cultura, a mentalidade, a mídia, e até a formação humana e psicológica apon-tam, de forma exasperada, para a esti-ma de si mesmo, a valorização de si, a realização dos “meus” projetos, para a construção da personalidade própria de cada um, partindo de sua história, tem-peramento e caráter. A bem dizer esta é uma palavra que desapareceu do voca-bulário cotidiano “normal”. Mas o es-

condimento, quando bem entendido e vivido, nada tem de diminuição da per-sonalidade, porque a pessoa se realiza plenamente, quando ama e é amada, e, sobretudo, porque ela consiste em amar e ser amados por Cristo. Escondimento é exatamente isto: viver dentro de Cris-to, no compasso de Cristo, mergulha-do em Cristo, deixando-o tomar conta de nossa existência: a centralidade de nossa existência é Jesus Cristo. Para realizar este caminho interior é neces-sário singrar o barco da vida contra a correnteza do mundo, contra tudo que não é Reino de Deus e contra tudo o que atrofia uma verdadeira personali-dade humana e cristã. Nossa realização acontece somente em Deus! Quem vive assim é protegido por Ele. “Tu os es-condes onde escondes a tua face [...] Tu os ocultas em tua tenda” (Sl 31,21).

Escondimento é a síntese de nossa espiritualidade.

Sim, porque os outros aspectos como a Providência de Deus, a Von-tade de Deus, a União com Deus, etc... É uma explicação e interagem com este. São José e Maria foram os primeiros adoradores de Jesus na vida escondida de Nazaré e São José Ma-rello nos convida a descobrir também hoje este tesouro, tomando como mo-delo São José. Eis um texto, realmen-te muito precioso do Papa Bento XVI que confirma esta verdade.

“A figura deste grande Santo, mes-mo sendo bastante escondida, reveste na história da salvação uma importân-cia fundamental [...]. Em tudo isto ele demonstrou-se, ao mesmo nível da esposa Maria, herdeiro autêntico da fé de Abraão: fé no Deus que guia os acontecimentos da história segundo o seu misterioso desígnio salvífico. A sua grandeza, ao mesmo nível da de Ma-ria, sobressai ainda mais porque a sua missão se desempenhou na humildade e no escondimento da casa de Nazaré. De resto, o próprio Deus, na Pessoa do seu Filho encarnado, escolheu este ca-minho e este estilo a humildade e o es-condimento na sua existência terrena”.2

Padre Mário Guinzoni, OSJCongregação dos Oblatos de São José

Continua...

1ª quarta-feira do mês:“Terço pela Família”

2ª quarta-feira do mês:“Terço pelos Enfermos”

3ª quarta-feira do mês:“Terço pela Esperança”

4ª quarta-feira do mês:“Adoração ao Santíssimo”

Horário: 19:45h

VENHA PARTICIPAR CONOS-CO E TRAGA SUA FAMÍLIA!

“A VIDA DE CRISTO CONTEMPLADA COM O

OLHAR DE MARIA.”

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especial 15santuariosantaedwiges.com.brfevereiro de 2015

Os Doze Profetas: Joel

A Bíblia Cristã herdou da Bíblia dos Judeus muitos Livros. Os Livros dos Profetas estão entre os mais importantes. E entre os Livros Proféticos temos um grupo que, na Bíblia hebraica é chamado de “Os Doze Profetas”. São eles: Oséias, Joel, Amós, Abdias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuc, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias. Veremos nesta página o livro do Profeta Joel.

Na língua hebraica o nome “Joel” significa “o Senhor é Deus”. Segundo 1,1 ele era filho de um certo Fatuel. Além disso, nada se sabe, com precisão, sobre o personagem. O que se faz é deduzir alguns elementos a seu respeito a partir do texto do Livro que lhe deve o nome.

Joel, o Profeta. O texto sugere um perso-nagem bem preparado culturalmente. É ob-servador da natureza e da história, fugindo de lugares-comuns. Observa e avalia o culto de Jerusalém, de modo especial os sacerdotes. Escreve de modo claro, embora use de pará-bolas e metáforas, como no exemplo das la-gartas (1,6). Apresenta paralelismos e jogos de linguagem, com Deus usando a primeira, a se-gunda e a terceira pessoa, o que pode confundir um leitor não preparado.

Alguns estudiosos chegaram a pensar em dois autores para o livro do Profeta Joel. De fato, a maneira de falar e os pensamentos são diferentes entre os capítulos 1 a 2 e 3 a 4.

Quanto à data em que o livro foi escrito, é muito complicado chegar a uma opinião comum. No ca-pítulo 1 não vemos fatos conhecidos da história de Israel. Embora Joel queira ser reconhecido como um texto es-crito antes do Exílio, isto é, antes de 587 a.C., parece que ele foi escrito depois. Seria mais ou menos assim: depois que os fatos aconteceram e marcaram profundamente as pessoas, alguém escreve, anunciando que eles vão acon-tecer ainda. A ideia é que são anunciados fatos já ocorri-dos para que os leitores futuros saibam que é necessário fazer uma mudança de conduta. Para os leitores originais de Joel isto não tinha muita lógica, mas para nós, leitores modernos, pode ter. Então, Joel deve ter sido escrito de-pois da metade do século 6º a.C. Uma boa parte de pes-quisadores pensa que o texto foi escrito pelos anos 390 a 350 a.C. Joel é um texto pós-Exílio com influências de Profetas e Livros Proféticos do Exílio e pré-Exílio.

Vejamos este trecho: Pois, eis que, naqueles dias e na-quele tempo, quando eu mudar o destino de Judá e de Jerusalém, reunirei todas as nações, e as farei descer ao vale de Josafá, ali entrarei em processo contra elas, por causa de Israel, meu povo e minha herança, porque o dispersaram entre as nações e repartiram a minha terra. (Joel 4,1).

O texto de Joel. Depois de um breve título (1,1), o tex-to introduz uma narração sobre uma terrível destruição

agrícola: uma praga de gafanhotos (1,2–12). As imagens são interessantes, com menção a quadros desoladores. Mencionam-se também fases dos insetos e o resultado de sua destruição (1,4). Menciona-se a situação em que os homens ficam depois de um tal desastre e sua depen-dência (1,5). Os gafanhotos são personificados como uma invasão de povos (1,6–7), criando luto e tristeza tais como o resultado de uma guerra (1,8–11). A natureza será destruída (1,12).

Depois, o Profeta faz um apelo à penitência (1,13–20), pois estas situações dramáticas só podem ser frutos de erros e maldades humanas (1,13). Jejuns, lamentações, sacrifí-cios são necessários para o restabelecimento da vida (1,14).

O “Dia do Senhor” aparece de modo ambíguo (2,1–2.10–11). Pode ser um dia de destruição e pode ser um dia de construção. A maioria dos estudiosos o indicam como sendo de destruição. De qualquer forma, a peni-tência e a conversão são sempre necessárias (1,13–20; 2,12–17). E são para todos: para os sacerdotes, para os casais, para as nações (2,16–17).

A resposta de Deus vem com a fartura para seu Povo (2,19–20), com a promessa de abundância (2,21–26). A pre-sença do Senhor será decisiva e final (2,27), iniciando-se as-sim o chamado “discurso escatológico” dos capítulos 3 e 4.

Nesta segunda parte de Joel, o texto inicia com a pro-messa do Espírito de Deus que é derramado (3,1). Os si-

nais deste Espírito envolvem todo o Povo da Alian-ça (3,1–3). Aparecem os sinais cósmicos e naturais, que confundem este conjunto de visões, dando-lhes um aspecto apocalíptico (3,4). Para todo aquele que invocar o Nome do Senhor haverá salvação (3,5). Esta passagem não é muito desenvolvida, ficando uma imagem de destruição e resgate latentes.

A profecia continua com a palavra do Senhor que compõe todo este último capítulo. Vem uma suposta referência temporal (4,1–3) que não auxilia muito na identificação da cronologia dos fatos, sendo mais um recurso estilístico do autor. Tiro e Sidônia são questionados (4,4–8) com dureza, e é citado o povo dos gregos (4,6). Os povos são chamados para ver o “Dia do Senhor” (4,7–14), que mais uma vez apa-rece de modo ambíguo (4,15–17). O final de Joel é uma visão escatológica de paz, não sem o elemento de vindicativo (4,18–21).

Mensagem e Teologia de Joel. O texto expressa um pouco de arrogância da parte do Povo da Alian-ça. Parece que ele é o único povo que mereceu a atenção de Deus. Contudo, embora sendo Povo do Senhor também sofre com desastres naturais. A in-vasão dos gafanhotos e os males que ela provocou chamam a atenção para a penitência e o reconheci-mento dos pecados. O convite insistente ao jejum e a outras práticas, que assinalam o arrependimento e a conversão, são sinais de algo novo.

Os sacrifícios e o culto interrompido põem em ris-co os valores da Aliança (1,9.16). Por isso, é neces-sário retomar à antiga ordem. Jerusalém tem o lugar

legítimo do culto (1,9.13.14; 2,17) e os sacerdotes devem zelar para que o luto seja geral, a penitência e os sinais de arrependimento sejam de toda a nação (1,0.12–14; 2,17).

Por sua vez, o “Dia do Senhor” aparece em Joel com toda a sua ambiguidade. Sinal de destruição, pode ser também um sinal de salvação ou de um tempo novo, escatológico. O “Dia do Senhor” está próximo (1,15; 2,1–2.11) e os gafanhotos são sinais desta proximidade (4,14–18). Os que invocarem o Nome do Senhor (3,5), que é uma metáfora para o próprio Senhor Deus, é que serão salvos. Jerusalém, a cidade santa, será a morada do Senhor (4,21). Para que isto aconteça e, ambiguamente, como sinal do acontecimento, o Espírito do Senhor é en-viado ao Povo de Israel (3,1–5). Todos poderão recebê--lo e, tendo-o, profetizarão. É bem clara a relação que existe neste ponto com a ideia teológica do Espírito e do Pentecostes, seja em Atos 2,14–21 seja em 10,44–48.

Joel é um profeta curioso, com um discurso forte, até assustador, mas que tem uma janela aberta para a salva-ção e um futuro melhor.

O Livro do Profeta Joel é curioso. Forte, ameaçador, exigente, Joel insiste na necessidade de fidelidade à Aliança com o Deus único.

Este é o segundo Livro da coleção chamada “Doze Profetas”.

Pe. Mauro Negro - OSJBiblista PUC Assunção. São Paulo [email protected]

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04/ fev Adalia Maria Lima08/ fev Juvencilia de Sousa Pereira20/fev Ademar Oliveira Franca 08/fev Kely Cristina Oliveira Silva03/fev Adriana Fresmeda Soares 20/fev Leandro Santos da Silva17/fev Ana Carla Galvão 22/fev Leandro Valério Palmeira17/fev Ana Maria dos Santos Rodrigues 03/fev Lourdes Ferreira Santana03/fev Anderson Miguel da Silva 28/fev Luciene Guedes de Lima23/fev Andrea Inácio dos Santos 18/fev Luzia Rodrigues Almeida04/fev Antonia Pereira dos Santos 10/fev Maria das Mercês Correia10/fev Antonio Frota 14/fev Maria de Jesus dos Anjos03/fev Antonio José do Nascimento 18/fev Maria de Lourdes da Conceição22/fev Auricério Inácio da Silva 11/fev Maria de Lourdes Santos Trindade20/fev Auzeni de Carvalho Pereira 03/fev Maria de Lourdes Silva20/fev Carmem Aparecida Lopes Simioni 17/fev Maria do Carmo Leal Costa19/fev Céli Ogi Sato 08/fev Maria do Socorro A. dos Santos28/fev Cícera Ferreira de Almeida 28/fev Maria Graciete dos Santos Costa08/fev Cleusa de Fátima Pereira Teixeira 10/fev Maria Helena dos Santos27/fev Cleusa Maciel Ferreira

12/fev Maria Izoneide Pereira de Lima26/fev Cosme Cardoso dos Santos 10/fev Maria Lucimar Domiciano13/fev Deusimar Chagas Oliveira 08/fev Maria Oneide Sotero Lopes25/fev Edileusa Lima Xavier 25/fev Maria Terezinha Gomes12/fev Eulália da Silva Costa 28/fev Maria Valdelice da Silva19/fev Euzita Dias de Azevedo 10/fev Mariana Batista dos Santos11/fev Francisca Inês de Jesus 07/fev Marinalva Conceição de Brito13/fev Francisca Pereira Miranda 05/fev Marlene Nunes20/fev Francisco Amancio Sobrinho 15/fev Mirian Cristina Mascarenhas23/fev Francisco Clodoaldo P. de Sousa 06/fev Osnei Soares de Oliveira17/fev Francisco Nunes Pereira 16/fev Raimunda Maria da Silva Lima11/fev Geneci Ledo de Túlio 19/fev Rita Alves Rodrigues18/fev Geralda Francisca Amorim 05/fev Tânia de Maria B. Evangelista28/fev Givanildo Pedro Vailante 06/fev Teresa Pedro dos Santos15/fev Jane Lúcia de Jesus Sousa 26/fev Terezinha Eufrasio Ferreira dos Santos14/fev Jarle Pereira Rodrigues Santos 19/fev Terezinha Oliveira Silva25/fev João Firmino Souza Neto 10/fev Thais da Silva

28/fev Joelma Ferreira da Silva 08/fev Vanessa Cristina Franco Vicente24/fev Josineide Silva dos Santos 10/fev Vera Lúcia Tavares de Souza11/fev Juarez Dias de Oliveira 27/fev Wagner Rodrigues da Costa21/fev Juarez Felix Baig 26/fev Zeni de Sousa Braga Reis08/fev Juvencilia de Sousa Pereira08/fev Kely Cristina Oliveira Silva20/fev Leandro Santos da Silva22/fev Leandro Valério Palmeira03/fev Lourdes Ferreira Santana28/fev Luciene Guedes de Lima18/fev Luzia Rodrigues Almeida10/fev Maria das Mercês Correia14/fev Maria de Jesus dos Anjos18/fev Maria de Lourdes da Conceição11/fev Maria de Lourdes Santos Trindade03/fev Maria de Lourdes Silva17/fev Maria do Carmo Leal Costa08/fev Maria do Socorro A. dos Santos28/fev Maria Graciete dos Santos Costa10/fev Maria Helena dos Santos12/fev Maria Izoneide Pereira de Lima10/fev Maria Lucimar Domiciano08/fev Maria Oneide Sotero Lopes25/fev Maria Terezinha Gomes28/fev Maria Valdelice da Silva10/fev Mariana Batista dos Santos07/fev Marinalva Conceição de Brito05/fev Marlene Nunes15/fev Mirian Cristina Mascarenhas

PARABÉNS AOS DIZIMISTAS QUE FAZEM ANIVERSÁRIO NO MÊS DE FEVEREIRO

Vamos considerar uns pontos do seguinte modo. Ezequias faz uma reforma geral na mentalida-

de do povo judeu, no Templo. Purifica o Tem-plo e quer pessoas puras para o trabalho de ani-mação. Ezequias reúne as pessoas e dá as suas funções de acordo com suas qualidades, capaci-dades, “... A assembleia ofereceu sacrifícios de ação de graças, e os que tinham o coração gene-roso levaram holocaustos” (2 Cr 29, 31).

O culto a Deus para ser perfeito deve ser feito sem profanação. Acontece, porém que muitos ca-tólicos acreditam em coisas destoantes da sua fé.

Hoje somos chamados a ser dizimistas, e como está o nosso dízimo? Será que não estamos ne-cessitando de uma reforma na mentalidade reli-giosa? Será que já refletimos sobre tudo o que acontece com o dízimo na comunidade? Não adianta querer que as pessoas entendam o dízi-mo se ainda não o vivemos de verdade, isto é, os agentes de pastoral do dízimo e demais leigos comprometidos. Um dia me disseram: “Hoje te-mos medo de fazer a experiência do dízimo e por isso temos dificuldades em passar com se-gurança o que aprendemos”.

“Muita coisa deixa de ser feita não por falta de recursos, mas por não ser considerada indispen-

DÍZIMO: A ORGANIZAÇÃO. O QUE SE VERIFICA É QUE ELA NOS FALTA NA COMUNIDADE

sável” (José E. Mindlin). O mesmo acontece com a importância que damos à formação de nossos agentes, e, muitas vezes pela não im-portância aos colaboradores do dízimo comu-nitário.

Ambos merecem muita atenção. Podemos alencar uma receita de investimentos aos agen-tes de pastoral da seguinte forma:

Identifique claramente todos os dizimistas. A visita pessoal é fundamental e de grande im-portância;

Conheça as suas necessidades, tanto a dos agentes como a dos contribuintes;

Supere as expectativas dos dizimistas apli-cando bem o dinheiro do dízimo e fazendo com que todos sintam a sua aplicabilidade na pastoral da comunidade;

Incentive as formas de aproximação dos dizi-mistas para que eles se sintam em consonância com a comunidade paroquial;

Sempre que achar necessário, ouça o que os dizimistas tem para dizer à comissão do dízi-mo para que o trabalho não fique restrito a ela.

Domingos Ferreira Carvalho e famíliaJosé Camanho e FamíliaJoset Vieira da Silva Maria Aparecida Borges

06/fev Osnei Soares de Oliveira16/fev Raimunda Maria da Silva Lima19/fev Rita Alves Rodrigues05/fev Tânia de Maria B. Evangelista06/fev Teresa Pedro dos Santos26/fev Terezinha Eufrasio Ferreira dos Santos19/fev Terezinha Oliveira Silva10/fev Thais da Silva08/fev Vanessa Cristina Franco Vicente10/fev Vera Lúcia Tavares de Souza27/fev Wagner Rodrigues da Costa26/fev Zeni de Sousa Braga Reis

QUITARAM O CARNÊESSE MÊS

CAMPANHA DO TERRENO

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