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NOTÍCIAS EM DESTAQUE 14 DE JANEIRO
Centrais sindicais pedirão anulação de MP que endurece
seguro-desemprego Centrais sindicais preparam protestos e manifestações para pedir revogação das medidas provisórias
Representantes de centrais sindicais se reúnem para fazer agenda de protestos pela revogação das medidas
provisórias e contra demissão em montadoras
As centrais sindicais se reuniram nesta terça-feira (13), em São Paulo, para discutir as medidas
provisórias anunciadas pelo governo federal no dia 29 de dezembro e traçar um plano contra as demissões
no setor automotivo. Segundo as centrais, é preocupante que um governo que tenha manifestado a intenção
de manter o diálogo com os representantes dos trabalhadores anuncie medidas que retiram direitos
trabalhistas e previdenciários.
Jaélcio Santana/Força Sindical Segundo Carmen Foro, presidente em exercício da Central Única dos Trabalhadores (CUT) nacional, as
centrais sindicais pedirão a revogação das medidas provisórias aos ministros do Trabalho, Manoel Dias, e
da Secretaria-Geral da Presidência, Miguel Rosseto, em reunião agendada para o dia 19 de janeiro, na sede
da Força Sindical, em São Paulo. "Exigiremos a revogação das medidas provisórias. Para isso, preparamos
fortes protestos e manifestações em todo o Brasil. Não podemos permitir esse retrocesso", diz Carmen.
As maiores preocupações das centrais sindicais são em relação às resoluções do abono salarial e seguro-
desemprego.
No caso do abono salarial, a carência para ter direito ao benefício será elevada de um mês para seis meses
ininterruptos de trabalho. O pagamento será proporcional ao tempo trabalhado no ano base, como
ocorre com o pagamento proporcional do 13º salário.
Já sobre o seguro-desemprego, o governo elevou o período de carência de seis para 18 meses na primeira
solicitação e para 12 meses na segunda solicitação. A partir daí, volta a valer a carência de seis meses.
Dia de luta contra demissões será em 26 de janeiro
As centrais também marcaram para o dia 26 de janeiro o Dia Nacional de Luta contra as demissões nas
montadoras. "Não podemos permitir que o governo faça ajuste econômico em cima de prejuízos aos
trabalhadores. Se não tivermos as demandas atendidas, o movimento será nacional", disse Carmen Foro.
Além das MPs do governo, o encontro de hoje em São Paulo foi causado pelas demissões de trabalhadores
da Volkswagen e Mercedes-Benz, nas unidades de São Bernardo do Campo. Nos últimos dias de
dezembro, foram demitidas 800 e 260 pessoas, respectivamente nas fábricas. As montadoras alegam que o
cenário econômico (baixa atividade, crédito escasso e endividamento das famílias) e os resultados
negativos (recuos de 7,1% nas vendas e 15,3% na produção) obrigam a um rearranjo no número de
trabalhadores nas unidades fabris.
No entanto, a Volkswagen global divulgou ontem ter alcançado uma meta em 2014, o "Grupo Volkswagen
entrega mais de dez milhões de veículos pela primeira vez". No mundo, foram entregues 10,14 milhões de
unidades entregues aos clientes entre janeiro e dezembro de 2014 (aumento de 4,2% em relação a 2013).
Antônio Neto, presidente da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), afirma que as montadoras demitem
como forma de chantagear o governo para conseguir novos subsídios, como a isenção e redução do
Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que foi finalizado em dezembro. "Não podemos permitir que
o governo seja chantageado com as demissões. As montadoras já foram muito beneficiadas, o que levou as
multinacionais do setor automotivo a fazer remessas de US$ 16 bilhões [R$ 42,37 bilhões] nos últimos
cinco anos paras as matrizes. (MAÍRA TEIXEIRA - IG SÃO PAULO)
Nova exigência para pensão por morte começa a valer nesta
quarta-feira Começa a valer nesta quarta-feira (14) a primeira mudança na pensão por morte, uma das alterações
nos benefícios sociais anunciadas em dezembro pelo governo.
A partir desta quarta será exigido um tempo mínimo de dois anos de casamento ou união estável para que o
cônjuge possa receber a pensão.
As outras regras do benefício valem a partir de 1º de março. Quem já é beneficiário não será afetado.
As medidas fazem parte de um esforço para diminuir os gastos do governo, que espera uma economia de
R$ 18 bilhões neste ano entre todos os ajustes, os quais incluem seguro-desemprego, auxílio-doença e
abono salarial.
Apesar de aliviarem o rombo previdenciário, que está em torno de R$ 50 bilhões, as restrições para o
pagamento da pensão por morte (veja quadro abaixo) ainda deixam brechas e ficam abaixo dos padrões
internacionais.
Especialistas em previdência ouvidos pela reportagem dizem que as alterações estão na direção correta,
tornando mais criteriosa a entrada dos beneficiários e, assim, evitando distorções e fraudes.
Com as normais atuais, as pensões são vitalícias para todos, independentemente da idade. Em 2013, havia
no país pelo menos 500 viúvas de 15 a 19 anos que irão receber o valor para o resto da vida. Editoria de Arte/Folhapress
O professor de finanças da USP José Savoia diz que a inexistência de restrições tornam a pensão por morte
um dos itens mais preocupantes para o governo.
Ele cita quatro fatores que aumentam os custos: a quantidade de recebedores, o valor, a duração do
pagamento e as fraudes.
"Isso leva a um gasto que chega a 3% do PIB. O seguro-desemprego pega menos de 1%. A maioria recebe
o valor integral da aposentadoria, e o tempo de pagamento cresce com a expectativa de vida."
O professor da faculdade de economia da USP Luís Afonso considera as regras do sistema previdenciário
"muito frouxas" se comparadas internacionalmente.
Segundo estudo do Ministério da Previdência, de 132 países, 78% exigem um mínimo de contribuições do
segurado. Outros 77% estabelecem condições para cônjuges.
O fato de militares e servidores de Estados e municípios não serem afetados pelas novas regras também é
apontado como fator que limita o impacto das mudanças.
Eles têm regimes próprios de previdência e continuarão recebendo da mesma forma.
"Em 2013, havia 149 mil pensionistas militares. É um grupo que está de fora e tem ganhos mais altos que a
média", diz Caetano.
Para os especialistas ouvidos, as novas regras são um primeiro passo para conter o rombo nas contas
públicas, mas passam longe da reforma exigida pelo envelhecimento da população. (FOLHAPRESS)
Análise: Nova regra da pensão mantém distorção no
benefício segurados do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) após a morte do trabalhador para alterar
uma distorção no cálculo do benefício.
Com isso, mantém-se uma lógica estranha; quem morre antes de se aposentar deixa uma pensão maior a
seu cônjuge.
Isso acontece por causa do fator previdenciário –índice redutor aplicado nas aposentadorias– e da regra
estabelecida para o cálculo da pensão.
Se o segurado já for aposentado na data de sua morte, a pensão, pela regra em vigor atualmente, terá valor
igual a essa aposentadoria. Ou seja, o mesmo valor que, na concessão do primeiro benefício, foi afetado
pelo fator.
Se a morte ocorrer antes do pedido de aposentadoria, a pensão será igual ao que o segurado teria direito se
estivesse aposentado por invalidez na data de seu falecimento. Aposentados por invalidez têm direito a
100% benefício, sem o corte do índice redutor.
Imagine a seguinte situação. Pedro e João têm média salarial de R$ 3.000. Pedro se aposenta aos 55 anos
de idade e 35 de contribuição, e portanto ganha uma aposentadoria de R$ 2.100 –o fator "comeu" 30% do
valor. João não se aposentou.
Se Pedro morrer, sua viúva fará jus a uma pensão igual à aposentadoria dele, de R$ 2.100.
Se João morrer, como ele ainda não se aposentou, sua viúva receberá R$ 3.000 de pensão –mesmo que ele
tenha a mesma idade e tempo de contribuição de Pedro.
Em março, uma nova fórmula da pensão entra em vigor, que reduzirá o benefício para metade, mais 10%
para cada dependente, até o limite de 100%. A base do cálculo, porém, segue a mesma. Dependentes de
aposentados continuarão recebendo menos do que os daqueles que ainda não se aposentaram. (PAULO
MUZZOLON – FOLHAPRESS)
Postos do INSS desconhecem novas regras da pensão As regras para receber a pensão por morte do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) começam a ficar
mais rigorosas hoje, quando passa a valer a exigência de dois anos de união para a concessão do benefício a
viúvos e viúvas.
Mas quem for a uma agência do INSS pode não receber essa informação.
O Agora foi ontem a dez postos na capital e perguntou, no serviço de informações, sobre a nova regra.
Desinformados, os servidores ficaram confusos e, em nove agências, deram informações erradas.
"Não chegou nada para a gente", disse o atendente da Lapa (zona oeste). A afirmação se repetiu em todos
os locais visitados.
"Não tem circular sobre isso", afirmou a servidora na Água Branca (zona oeste). "Não mudou nada" e "isso
ainda não é oficial", disseram os atendentes em Santana e no Carandiru, ambos na zona norte.
"Não tem tempo mínimo para casamento, mas se você só juntou as escovas de dentes vai precisar
comprovar a união", orientou, de forma equivocada, a funcionária no Glicério (região central).
No Tatuapé, a servidora disse ser impossível prever quando valerão as regras.
"Pode ser amanhã, como pode não ser." (CLAYTON CASTELANI E FERNANDA BRIGATTI –
AGORA)
A herança da própria Dilma
Por que a ojeriza com o Itamaraty, que possui centenário e excepcional quadro funcional? Como estão
sendo administrados os fundos de pensão das estatais? Sabia ela dos “malfeitos” na Petrobras? Afinal, foi
ministra de Minas e Energia; presidente do seu Conselho de Administração; ministra da Casa Civil; e é
presidente da República. Não “presumiu”, pelo gigantismo da empresa, as tentações da corrupção inerentes
à natureza humana? Joaquim Levy terá mesmo a autonomia e poder de que necessita para bem cumprir sua
missão? São respostas que a nação quer ouvir.
O ajuste macroeconômico, por mais penoso, é apenas o seu lado aritmético, mas não é um fim em si
mesmo. Decisivo é restaurar a produtividade, o crescimento, e reparar os danos – institucionais e
estruturais – por omissões clamorosas e por conivência com erros recorrentes.
Evitamos abordar a corrupção, onipresente, endêmica e sistêmica, concentrando-nos em incompetência e
incapacidade de gestão. A Petrobras, assaltada e comprometida; a Eletrobras, claudicante; o sistema
nacional de energia elétrica, desmontado; linhas de transmissão, por concluir; construção de hidrelétricas,
atrasada; reformulação dos sistemas portuário e ferroviário, paralisada; rodovias federais, em estado de
calamidade e abandono. Educação, carente e deficitária. saneamento básico, em falta, gerando e
proliferando enfermidades, comprometendo a saúde das atuais e das futuras gerações. Saneamento este
sempre negligenciado, apesar de sua absoluta prioridade para melhorar a qualidade de vida e reduzir
drasticamente o custo da saúde pública.
A nação segue desorientada; arrasta-se preguiçosamente, salvo o agronegócio, mas só até a porteira. As
principais estatais estão gerencialmente degradadas; bancos federais deturpando gestão e objetivos; a
infraestrutura nacional deficiente e catastrófica!
Haja herança!
O país, loteado e aparelhado por insaciáveis políticos, através de virulenta capilaridade nacional. O Bolsa
Família, porta de entrada fácil – que deveria ser escala rumo a melhor futuro –, transformou-se em cárcere
consentido, cuja porta de saída é difícil de ser aberta. Objetiva-se o contínuo aliciamento eleitoreiro dos
humildes. Gerir o país é difícil; seduzi-los com benesses dos programas assistencialistas é mais fácil.
A escolha de Joaquim Levy para o Ministério da Fazenda foi a alternativa possível para uma presidente
desgastada e desacreditada perante os mercados, investidores, empresários e agências de classificação de
risco. Nomeá-lo, contrariando seus discursos e convicções (blindando-se astuciosamente contra a
oposição?), foi tentativa de recuperar a confiança desses setores sem os quais não há desenvolvimento. A
equipe econômica escolhida, por competente que seja, teria como reverter o flagelo da atual situação do
país e promover as reformas fundamentais sempre postergadas? Ou não terá tempo e condições objetivas,
pois tais áreas gravitam em torno de ministérios comprometidos e de um Congresso famélico?
É essencial construir infraestrutura e produtividade na economia sem populismo. E mudar o Brasil para
melhor. Por si só, esperança, sentimento vago e passivo, não basta, mas reagir à indolência e à negligencia,
cobrando diuturnamente de governantes e congressistas trabalho honesto, proficiência e patriotismo!
(OVIDIO GASPARETTO - GAZETA DO POVO)
Polícia Federal prende Cerveró, ex-diretor da Petrobras Ex-diretor da Petrobras foi preso no aeroporto, ao retornar de Londres
Nestor Cerveró, ex-diretor ligado ao senador e ao PMDB de Renan Calheiros
A Polícia Federal prendeu na madrugada de hoje, logo depois da meia-noite, o ex-diretor da área
Internacional da Petrobras Nestor Cerveró. Acusado de envolvimento na Operação Lava Jato, ele foi detido
ao desembarcar no Aeroporto Internacional Tom Jobim (Galeão), no Rio de Janeiro, de um voo
proveniente de Londres. A informação foi confirmada pelo seu advogado de defesa, Edson Ribeiro, e a PF.
O advogado disse que não tinha conhecimento da fundamentação da prisão preventiva. Ribeiro afirmou
que foi informado da prisão do ex-diretor da Petrobras pelo próprio Cerveró. Segundo o advogado, seu
cliente prestaria depoimento amanhã no Rio como testemunha em um inquérito que apura vazamento de
informações da CPI mista da Petrobrás. “Desconheço a fundamentação da prisão preventiva. O Ministério
Público Federal e a Polícia Federal estavam informados da viagem do meu cliente para a Inglaterra”, disse
Ribeiro. O advogado confirmou que o ex-diretor será encaminhado hoje para Curitiba, onde tramita o
processo da Lava Jato.
Em nota divulgada nesta madrugada, a Lava Jato informou que havia indícios de que Cerveró não só
poderia atuar para ocultar patrimônio como dificultaras as investigações.
Cerveró é acusado de participação em crimes como corrupção contra o sistema financeiro nacional e
lavagem de capital entre 2006 e 2012, conforme a denúncia aceita em 17 de dezembro pelo juiz federal
Sérgio Moro, responsável pelas investigações da Lava Jato na primeira instância.
Foi a última denúncia oferecida pelo Ministério Público Federal na sétima fase da operação. Além de
Cerveró, passaram a ser réus no processo: Fernando Soares, lobista conhecido como Fernando Baiano,
apontado como um dos operadores do esquema de corrupção na estatal; e Júlio Camargo, executivo da
Toyo Setal. Além deles, a Justiça também aceitou a denúncia contra o doleiro Alberto Youssef, que já
virou réu em outras ações. Além de Cerveró, o ex-diretor de Abastecimento Paulo Roberto Costa é alvo de
cinco ações. (DIÁRIO DO PODER)
Disputa interna - Racha entre Lula e Dilma embaralha
sucessão presidencial de 2018 O jogo de bastidores sobre o próximo candidato do PT já está em andamento, revelou a senadora Marta
Suplicy em entrevista polêmica
As declarações da senadora Marta Suplicy (PT-SP) sobre o racha entre Lula e Dilma Rousseff jogaram luz
sobre o que deve se transformar na maior batalha interna dos petistas desde que o partido chegou ao
Palácio do Planalto – a definição do próximo candidato a presidente da República. Ao dizer que Lula está
“totalmente fora” das decisões da atual administração e que o ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante,
“mente” quando fala que não deseja concorrer em 2018, Marta também sinaliza que o jogo de bastidores
em torno da sucessão já está em andamento.
Lula e Dilma afinados durante a campanha eleitoral de 2010. Para 2018, porém, há um racha entre os principais líderes do PT e a
dúvida sobre quem será o candidato
As afirmações feitas em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, domingo passado, sequestraram o
noticiário político de Brasília logo na segunda semana da nova gestão. A estratégia da cúpula petista foi,
até agora, se esquivar do confronto para que as colocações soassem como uma mágoa de Marta por ter sido
preterida nas últimas disputas eleitorais em São Paulo.
Na prática, porém, o partido demonstra que ainda não encontrou uma fórmula para se posicionar em
relação à escolha do próximo candidato – ao contrário do que ocorreu na transição Lula-Dilma. Bem
avaliado, o então presidente começou a pavimentar a candidatura da aliada em 2007, primeiro ano do
segundo mandato.
“Lula era tão popular que sabia que podia se arriscar com um „poste‟. A situação de Dilma é
completamente diferente”, diz o cientista político Cláudio Gonçalves Couto, da Fundação Getulio Vargas.
Os petistas concordam com os riscos de tentar forjar um candidato prematuramente, sem conquistar apoio
popular. “Qualquer eleição é resultado da avaliação do que foi feito pelo governo. E qualquer nome que
não espelhe resultados positivos terá dificuldades”, diz a senadora Gleisi Hoffmann (PT).
Para ela, Lula é o “nome natural” para 2018. Oficialmente, o posicionamento é o mesmo do presidente
nacional do PT, Rui Falcão, e do próprio Mercadante. Marta, no entanto, colocou em xeque o
comportamento da dupla ao dizer que ambos atuaram contra a candidatura de Lula no lugar de Dilma em
2014.
Segundo Marta, Lula deixou claro que gostaria de ter disputado a Presidência, mas acabou preterido.
Atualmente, a ala “dilmista” estaria preparando Mercadante com o argumento de que o próprio Lula pode
decidir que não tem condições de enfrentar mais uma eleição. Em 2018, o ex-presidente terá 73 anos.
Outros nomes também estariam correndo por fora, como o ministro da Defesa, Jaques Wagner, e o prefeito
de São Paulo, Fernando Haddad. A prova de fogo de Haddad está marcada para 2016, quando pode
enfrentar Marta, que deve deixar o PT, na tentativa de se reeleger.
Na base da sigla, porém, o apelo do “lulismo” permanece enorme. “Que me perdoe o Mercadante, por
quem tenho o maior respeito e admiração, mas não dá para querer comparar ele com o Lula”, diz o
presidente do PT paranaense, Ênio Verri.
PMDB e outras siglas entram na briga por Marta
A provável saída da senadora Marta Suplicy do PT despertou interesse do PMDB. Ela teria sido sondada
por senadores do partido, liderados por Renan Calheiros, no final do ano passado. A estratégia é lançar
Marta como candidata à prefeitura de São Paulo, em 2016, numa tentativa de enfraquecer o poder de
negociação do vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB).
Outros partidos que se aproximaram de Marta foram Solidariedade, PDT e Rede Sustentabilidade (sigla em
criação liderada pela ex-senadora Marina Silva). Marta chegou a dizer que teria convite de quase todas as
legendas, menos as oposicionistas DEM e PSDB.
Prefeitura
A entrada de Marta na disputa de São Paulo deve mexer no quadro e prejudicar principalmente a reeleição
do petista Fernando Haddad. “Ela vai tirar votos de Haddad, sem dúvida”, declarou o terceiro colocado no
pleito de 2012, Celso Russomanno (PRB), que novamente é pré-candidato.
Para tentar minimizar o ímpeto dos senadores do PMDB, Haddad confirmou nesta semana a escolha de
Gabriel Chalita, peemedebista que também disputou a última eleição à prefeitura, para a Secretaria de
Educação. (AG, com agências)
PSDB também sofre com conflitos
O fato de ter sido o presidenciável tucano com melhor desempenho nos últimos anos não é garantia de que
Aécio Neves será novamente o candidato do PSDB em 2018. Os movimentos do governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin, deixam claro que a disputa no maior partido de oposição também está aberta. Na
avaliação do cientista político da FGV-SP Cláudio Gonçalves Couto, há dois argumentos pós-eleição de
2014 que sustentam as pretensões dos dois lados. “Aécio pode mesmo bater no peito e dizer que foi o
melhor candidato do PSDB. Mas o Alckmin também pode mostrar que ele só conseguiu isso graças aos
votos que ele ajudou a puxar em São Paulo”, diz Couto.
Bola da vez - Pelo menos cinco nomes circulam entre os prováveis candidatos do PT em 2018.
Confira:
Lula
Eterno presidenciável do partido, conta com apoio da base, mas se distanciou de Dilma. Já deu várias
declarações de que toparia mais uma disputa. “Se me encherem o saco, eu volto”, disse, em 2013.
Aloizio Mercadante
No racha entre Lula e Dilma, é o principal nome “dilmista”. Ganhou mais poderes de Dilma e tornou-se
articulador político. Foi definido como “inimigo” de Lula por Marta Suplicy.
Jaques Wagner
Ex-governador da Bahia, assumiu o Ministério da Defesa. Era cotado para ser o principal negociador
político do governo com o Congresso, mas teria sido “escanteado” por Mercadante.
José Eduardo Cardozo
O ministro da Justiça é um dos “queridinhos” de Dilma. Tem bom trânsito com governadores. Não tem
experiência eleitoral, mas é visto como o melhor “poste” à disposição no governo.
Fernando Haddad
A possível candidatura depende de uma vitória convincente na disputa pela reeleição em São Paulo.
Apadrinhado de Lula, seria uma opção para apaziguar ambos os lados. (ANDRÉ GONÇALVES,
CORRESPONDENTE – GAZETA DO POVO
Ministra defende que Bolsa Família não defina prazo para o
fim do benefício
A ministra defendeu os beneficiários do programa e expôs dados sobre a empregabilidade de quem recebe
o benefício
A ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, defendeu hoje (13), que o
Programa Bolsa Família não defina prazo para excluir os beneficiários. Para ela, não é importante o tempo
que a família receba o benefício e sim os resultados gerados por ele.
“O Bolsa Família está interferindo no desenho de manutenção da pobreza a longo prazo. As crianças não
terão o mesmo passado dos pais. Estão na escola, comendo na escola. Isso é o resultado que nos interessa.
São crianças que não estão na rua”, disse a ministra no programa Espaço Público, da TV Brasil.
Tereza disse ainda que o governo não trabalha com uma meta, um dia em que o Bolsa Família não seja
mais necessário. A ministra, no entanto, diz que em dez anos, o Brasil terá um cenário diferente. “Hoje, nós
temos a primeira geração de crianças que viveram sem fome e na escola. E isso transformará o Brasil,
daqui a dez anos, em um Brasil que nunca existiu. Nós nunca repetiremos a tragédia de uma criança que
nunca foi à escola. Nós vamos ter outro padrão de adultos. É isso que estamos construindo”.
A ministra defendeu os beneficiários do programa e expôs dados sobre a empregabilidade de quem recebe
o benefício. “Não é verdade que quem está no Bolsa Família não trabalha. São 75% de adultos trabalhando
e as crianças agora estão na escola, não trabalham”.
Tereza Campello ainda reforçou que o Brasil deve continuar investindo em políticas sociais e acha que o
Brasil ainda tem muito a melhorar. “Nós temos que crescer. A gente tem que continuar construindo uma
agenda de desenvolvimento e de políticas sociais”. (AGÊNCIA BRASIL)
Levy admite ajuste de impostos, mas diz que não é 'saco de
maldades' Segundo ele, esses são 'movimentos compatíveis' para aumentar poupança.
Ministro observou que há empresas pessoais que pagam pouco IR.
O novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu nesta terça-feira (13) que haverá ajustes em impostos,
mas negou que isso esteja dentro de um "saco de maldades", ou algum "pacote" do governo.
O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, chega ao ministério nesta terça-feira (13) (Foto: Ueslei Marcelino/Reuters) Ele não especificou, porém, quais tributos podem sofrer esses ajustes. "A gente não tem nenhum objetivo
de fazer nenhum saco de maldades, ou pacotes, mas vamos ter de fazer algumas medidas", declarou ao ser
interpelado sobre alta de tributos.
Levy acrescentou que uma eventual alta de tributos é um movimento "compatível" com o objetivo de
aumentar a poupança pública e "previsível" em um momento de reorientação da economia. Declarou que o
governo também está avaliando os gastos públicos.
O novo ministro da Fazenda observou também que há pequenas empresas no país que pagam pouco
Imposto de Renda. Ele citou o caso das empresas pessoais que pagam tributação de 4% a 5% em vez da
alíquota máxima de 27,5% do IR cobrado de pessoas físicas.
"Há casos egrégios (de extrema importância) que permitem que as pessoas acabem com a tributação de 4%
a 5% ao invés de 27,5%. Acho que, se houvesse um sentimento nessa direção, primeiro haveria de se tratar
desses casos egrégios (importantes)", declarou Levy a jornalistas ao ser questionado se haveria a
possibilidade de aumento da alíquota máxima do Imposto de Renda.
Retomada de confiança
Segundo o novo ministro, os ajustes nas contas públicas buscam a retomada da confiança e do crescimento
econômico, mas também ajudarão no controle da inflação. "Um mix entre a política fiscal [de gastos
públicos] e monetária [definição dos juros para conter a inflação] é muito importante. Haverá uma
disposição da política fiscal em ajudar [a política de juros, com um controle maior de despesas]", declarou.
Levy aproveitou ainda para fazer uma analogia com um jogo de futebol. "Temos de acertar o jogo para ter
um segundo tempo bom. Sair do zero a zero e começar a fazer gol. Entrar no segundo tempo com uma
formação diferente e com fome de gol, mas também sem tomar gol. Vai ter mudança no jeito de jogar. É
uma tarefa comum de governo", afirmou.
Prioridades
O novo ministro da Fazenda disse ainda que é importante, neste momento, o governo elencar as
prioridades, assim como fazem as famílias na administração de seu orçamento.
"A prioridade é importante. As vezes em uma semana, deixa de ir na 'balada' ou comprar um tênis para
comprar um caderno. Ou, nos tempos atuais, um 'notebook'. O material escolar vem na frente. São decisões
que todas as famílias tiveram de fazer e é o que garante a gente ir para frente", explicou ele.
Levy e secretários receberam jornalistas para café da manhã (Foto: Divulgação/Ministério da
Fazenda)
Manobras contábeis
A nova equipe econômica também informou que buscará maior transparência e previsibilidade no manejo
das contas públicas. Nos últimos anos, o governo se utilizou de manobras contábeis para inflar o chamado
"superávit primário" - o que foi criticados por economistas do mercado financeiro e publicações
internacionais.
"Algo muito caro a esta equipe é a previsibilidade. Despesas obrigatórias devem e serão pagas. Não vamos
deixar que estas despesas tenham algum atraso", afirmou o novo secretário do Tesouro Nacional, Marcelo
Saintive.
Medidas já anunciadas
Desde que foi anunciada a nova equipe econômica, no fim de novembro, o governo vem anunciando
medidas para ajustar as contas públicas, que registraram forte deterioração em 2014 – ano em que a
arrecadação registrou comportamento fraco, devido às desonerações e ao baixo ritmo de crescimento da
economia, e no qual os gastos públicos continuaram a avançar.
Nas últimas semanas, foram anunciadas mudanças nos benefícios sociais, como seguro-desemprego,
auxílio-doença, abono salarial e pensão por morte, que ainda têm de passar pelo crivo do Congresso
Nacional. Além disso, também subiram os juros do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social (BNDES) para o setor produtivo, como forma de diminuir o pagamento de subsídios pelo governo.
Outra medida foi a alta do IPI para automóveis no início deste ano. O Ministério do Planejamento, por sua
vez, anunciou a redução dos limites temporários de empenho para gastos no orçamento de 2015. Nesta
terça-feira (13), o novo secretário do Tesouro Nacional, Marcelo Saintive, confirmou que não haverá mais
repasses do governo ao setor elétrico, antes estimados em R$ 9 bilhões para este ano, o que deverá elevar
ainda mais a conta de luz.
Meta para 2015
Para 2014, o governo estabeleceu uma meta de superávit primário (economia feita para pagar juros da
dívida pública) de 1,2% do Produto Interno Bruto (PIB), o equivalente a R$ 66,3 bilhões para todo o setor
público - que inclui também os estados, municípios e empresas estatais.
Desse montante, R$ 55,3 bilhões correspondem à meta para o governo e R$ 11 bilhões são uma estimativa
para estados e municípios.
De janeiro a novembro deste ano, as contas do setor público registraram um déficit primário – receitas
ficaram abaixo das despesas, mesmo sem contar juros da dívida – de R$ 19,64 bilhões, segundo números
divulgados pelo BC.
Foi a primeira vez desde o início da série histórica do BC (em 2002 para anos fechados), que as contas do
setor público registraram um déficit nos 11 primeiros meses de um ano. Até o momento, o pior resultado,
para este período, havia sido registrado em 2002 (superávit de R$ 53,73 bilhões).
Dívida pública e nota das agências de rating
O ministro da Fazenda reafirmou ainda o objetivo de que a dívida pública comece a recuar nos próximos
anos. "O objetivo é estabilização [da dívida pública] em 2016 e depois começar a cair", disse ele,
acrescentando que a possibilidade de a dívida bruta setor público, que somou 63% do Produto Interno
Bruto (PIB) em novembro, atingir o patamar de 50% do PIB pode acontecer no "longo prazo".
Questionado por jornalistas, ele disse ainda que o governo busca melhora da nota do país pelas agências de
classificação de risco. "A gente tem que subir", afirmou ele, avaliando que a possibilidade de uma nota "A"
- menção mais elevada - pode ser ambicionada no futuro. (ALEXANDRE MARTELLO - G1)
Joaquim Levy diz que não pretende mudar alíquotas da
tabela do Imposto de Renda O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta terça-feira (13), durante um café da manhã com
jornalistas, que não pretende "neste momento" mudar as alíquotas do Imposto de Renda.
Atualmente, a tabela do IR acumula, desde 1996, defasagem de 64,3%. Apesar do Senado ter aprovado
reajuste de 6,5% para 2015, o governo tem defendido correção de 4,5%.
Questionado sobre as políticas de combate à inflação, Levy afirmou que há tentação de jogar para a política
monetária todo o esforço em relação ao combate à inflação e defendeu que o mix de política fiscal e
monetária é muito importante nesse processo.
"Há disposição de a política fiscal ajudar (a política monetária)", disse. O ministro argumentou que, se o
governo gasta muito, "fica pesado" para o Banco Central fazer tudo sozinho.
Levy defendeu, ainda, que a política fiscal ajuda tanto nos juros como na questão da competitividade.
"Nossa disposição é cada um no seu papel, mas ter coordenação em que o trabalho de um ajuda o do
outro", concluiu.
Combustíveis
Sobre possíveis reajustes dos combustíveis, o ministro afirmou que a Petrobras vai, "cada vez mais", tomar
decisões de preço segundo a avaliação empresarial dela. "Crescentemente a Petrobras fará suas decisões
como uma empresa", disse.
Nos últimos anos, o governo tem interferido nas decisões de reajuste da empresa de modo que as decisões
não causassem pressão inflacionárias. A respeito disso, Levy respondeu que a Petrobras é, "antes de tudo",
uma empresa.
O ministro afirmou que não está discutindo ida para a presidência do Conselho de Administração da
Petrobras e disse que os conselheiros continuam trabalhando. "Não estou ciente de convocação para
assembleia", concluiu. (AGÊNCIA ESTADO)
Estudo aponta piora da inflação para pobres a partir de 2008 "Pelo quinto ano consecutivo, a inflação dos pobres é mais alta que a média", diz economista
2008, Brasil teria tido inflação pró-pobre segundo estudo - Foto: Thinkstock
Ao contrário do que ocorreu até 2008, nos últimos anos a inflação "dos pobres" brasileiros teria sido maior
que a "inflação dos ricos" segundo o economista Fábio Ferreira da Silva, membro do Conselho Federal de
Economia.
A pedido da BBC Brasil, Silva atualizou os dados de um estudo que havia feito em 2011 para entender
como a alta de preços afetava diferentes faixas de renda da população em diferentes regiões do país.
Na época, o pesquisador havia analisado o período de 1995 a 2008 e concluído que, depois do Plano Real o
Brasil teve uma inflação "pró-pobre" - ou seja, os preços dos produtos e serviços que têm um peso maior
no orçamento das famílias de baixa renda teriam aumentado menos que os dos itens de maior peso para as
famílias ricas e de classe média.
Segundo seus cálculos, porém, desde 2009 tem havido uma reversão dessa tendência - com uma inflação
pró-ricos.
"Pelo quinto ano consecutivo, a inflação dos pobres é mais alta que a média - uma tendência diferente
daquela que se observou em anos anteriores", diz Silva.
Em 2014, por exemplo, enquanto a inflação no Centro Sul teria sido de 6,4%, os pobres da região teriam
sentido uma alta de preços de 6,8%.
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Já no caso do Nordeste, enquanto a inflação média teria sido de 6% no ano passado, para a classe baixa a
alta foi de 6,4% e para os ricos, de 5,5%.
De acordo com o estudo inicial do economista, publicado na revista Economia Aplicada, de 1995 a 2008 o
Brasil teve uma inflação média de 8% ao ano.
No período, a alta de preços no Nordeste teria sido de 7,4% para os pobres, 7,9% para a classe média e
8,3% para a classe alta. No Sudeste, a inflação teria sido de 7,8% para os pobres, 8,1% para a classe média
e 8,2% para os ricos.
Já o novo levantamento indica que desde 2009, a inflação média foi de 5,8%.
No Nordeste, a alta teria sido de 6,2% para os pobres, 5,7% para a classe média e 5,1% para a classe alta. E
no Sudeste, de 6,1% para os pobres, 5,8% para a classe média e 5,7% para os ricos.
Causas
Segundo Silva, essa mudança de tendência se deve a pelo menos dois fatores. O primeiro seria a alta
combinada dos alimentos e do item habitação - de grande peso para famílias de baixa renda.
"Os alimentos em domicílio têm maior peso na cesta dos pobres, e seus preços subiram, em média, 7,9%
em 2014 devido principalmente a choques de oferta", diz o economista.
No caso dos alimentos, os preços teriam sido impulsionados em 2014 pela seca e, nos últimos anos, pelo
aumento da demanda no mercado internacional.
"Já o grupo habitação – que também tem maior peso entre os mais pobres – teve inflação de 9,2%,
influenciado pela energia elétrica residencial."
O segundo fator por trás da mudança de tendência da inflação seria a desaceleração do grupo transporte, de
maior peso para famílias de renda alta.
"Em 2014, por exemplo, esse grupo - que inclui despesas com veículo próprio, como combustível,
estacionamento e pedágio – teve inflação de 3,6%", diz Silva acrescentando que a "postergação do aumento
do preço da gasolina e do diesel em função do ano eleitoral também pode ter afetado" o resultado do ano
passado.
Para o pesquisador, ainda é cedo para saber se essa "inflação pró-ricos" será uma tendência duradoura -
caso em que poderia ter alguma repercussão sobre a questão da distribuição da renda. (BBC
BRASIL.COM)
Acionistas minoritários da Petrobras vão à Justiça para
recuperar perdas Grupo quer receber indenização e responsabiliza companhia e a União.
Objetivo é demonstrar que nomeação política contribuiu para os desvios.
A queda nos valores das ações da Petrobras nos últimos meses, após a Operação Lava Jato revelar um
esquema de propina e corrupção na empresa, motivou um grupo de acionistas minoritários a entrar na
Justiça para pedir indenização na tentativa de reparar a perda financeira acumulada no período. As ações,
que serão individuais, tentarão responsabilizar a companhia e a União por terem "permitido" os desvios
com a nomeação da diretoria investigada.
Conforme o advogado Francisco Antônio Stockinger, que representa o grupo de seis acionistas, quase
todos gaúchos, o objetivo é tentar demonstrar que a indicação estava vinculada a partidos políticos em
troca de apoio no Congresso.
Para isto, Stockinger pediu ao juiz federal de Curitiba Sérgio Moro cópias dos depoimentos do doleiro
Alberto Youssef e do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa.
"A base do pedido é na perda dos valores das ações. A ação será pautada na gestão com dolo. Queremos
responsabilizar a União, que indicou diretores que causaram este prejuízo, e a própria Petrobras em razão
do ato dos seus diretores", afirma o advogado.
Segundo Stockingter, não há como estimar um valor indenizatório pedido por cada cliente. Mas será levada
em conta a diferença entre o valor pago na aquisição das ações e o preço pelo qual serão vendidas até a
sentença do juiz na Operação Lava Jato. O cálculo também deve ser baseado na queda da Ibovespa no
mesmo período.
"A possibilidade de conseguirmos as indenizações é muito grande. Houve uma perda patrimonial causada
pela administração com dolo, que favoroceu políticos", observa.
Ao G1, a assessoria de imprensa da Petrobras informou que "desconhece a existência de qualquer ação
judicial movida por acionistas minoritários no Rio Grande do Sul que verse sobre queda no preço das ações
da companhia." (CAETANNO FREITAS - G1)
Jovem e trabalhador que faz bicos mantêm índice de
desemprego em nível baixo O fenômeno indica que a situação do mercado de trabalho não é tão boa, podendo se deteriorar já
nos próximos meses
Dois grupos de pessoas movimentaram favoravelmente o mercado de trabalho no ano passado,
contribuindo para que a taxa de desemprego permanecesse em mínimas históricas, apesar da estagnação na
geração de novas vagas: jovens que não trabalham nem buscam emprego e trabalhadores que decidem
ganhar dinheiro por conta própria.
Embora tenham evitado uma alta no desemprego num ano em que a economia ficou praticamente parada,
analistas alertam que esses grupos foram provavelmente engrossados por jovens com baixa escolaridade ou
pessoas ocupadas em condições precárias. O fenômeno indica que a situação do mercado de trabalho não é
tão boa, podendo se deteriorar já nos próximos meses.
Desde junho de 2014, o mercado de trabalho manteve mensalmente um aumento expressivo na faixa de
trabalhadores por conta própria, de cerca de 200 mil indivíduos a mais por mês ante igual período do ano
anterior, segundo dados daPesquisa Mensal de Emprego do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE).
Em novembro, 216 mil trabalhadores aderiram ao grupo dos que fazem dinheiro sem nenhum vínculo
empregatício, formal ou informal.
"Não é aquele empreendedor que a gente imagina. É um bico para dar conta de gerar renda diante de um
cenário de empresas mais cautelosas em relação a contratações", afirmou o economista Rafael Bacciotti,
analista da Tendências Consultoria Integrada. "O emprego está parado", complementou.
Segundo Thais Zara, economista-chefe da consultoria Rosenberg & Associados, o próprio aumento da
faixa de trabalhadores por conta própria já denota deterioração no mercado de trabalho.
"Quando esse trabalhador começa a aumentar, já é um primeiro sinal de que a qualidade do emprego
começa a piorar", afirmou Thais. Já o aumento da inatividade, que também tem ajudado a manter a taxa de
desemprego baixa, tem tido grande impulso dos jovens de baixa renda que não trabalham, não estudam,
nem têm interesse em buscar uma vaga.
'Nem nem nem'
Segundo um levantamento do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas(Ibre/FGV),
68% dos jovens de 15 a 24 anos que se encontram nessa condição, chamada de "nem nem nem" (nem
trabalha, nem estuda, nem procura emprego), estão em famílias com renda per capita de até um salário
mínimo apenas.
A inatividade entre os jovens, porém, tende a diminuir caso a desaceleração da atividade provoque impacto
no aumento da renda do trabalho - um dos principais fatores a favorecer o adiamento da busca por
emprego. Em tempos difíceis, os mais novos tendem a sair à procura de uma vaga para complementar os
ganhos domiciliares.
"A partir do momento em que o salário desacelerar com mais força, isso vai impactar o rendimento das
famílias. Essas pessoas que estão fora da força de trabalho vão pressionar o mercado, e a taxa de
desemprego deve ficar mais elevada", alertou Bacciotti.
De acordo com a economista Joana Monteiro, pesquisadora do Ibre/FGV, o aumento dos "nem nem nem"
nos últimos anos tem sido puxado por jovens entre 18 e 24 anos com ensino médio incompleto (que, diante
de dificuldades, adiam a conclusão para o ano seguinte) ou completo (que sonham com uma vaga na
universidade).
"O que mais explica esse fenômeno é o aumento de renda das famílias, no sentido de que, se os pais estão
ganhando mais dinheiro, o filho não precisa trabalhar. Ele pode ficar naquele período de transição, de
decisão. É a explicação mais plausível", diz Joana.
Uma hipótese adicional, segundo ela, é de que o salário reserva desses jovens tenha subido juntamente com
a renda dos pais. Em outras palavras, o mínimo pelo qual o jovem brasileiro está disposto a sair de casa
para trabalhar ficou mais caro. (AGÊNCIA ESTADO)
Governo reduz subsídios e conta de luz terá reajuste Aneel vai cobrar dos consumidores encargos assumidos pelo Tesouro em 2013. Objetivo é reduzir
rombo do setor elétrico
Bancos públicos vão participar do novo empréstimo às distribuidoras no valor de R$ 2,5 bilhões (Crédito: Brunno Covello/ Gazeta do Povo) Dois anos após o pacote de redução das contas de luz entrar em vigor, a crise do setor elétrico obrigará o
governo a rasgar a Medida Provisória nº 579 e a cobrar dos consumidores parte dos encargos assumidos
pelo Tesouro Nacional em 2013. A presidente Dilma Rousseff deu ontem aval à Agência Nacional de
Energia Elétrica (Aneel) para a desmontagem do pacote já neste mês. O aumento nas tarifas é inevitável,
admite a Aneel.
“Recebemos o sinal verde da presidente Dilma para que a Aneel inicie ações estruturantes para o setor de
distribuição. Algumas ações serão implementadas inclusive com data retroativa a janeiro”, afirmou o
ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.
A despeito dos reajustes extraordinários necessários para cobrir a ausência do Tesouro, um novo
empréstimo de R$ 2,5 bilhões via bancos públicos será negociado, reiterou Braga. O financiamento cobrirá
despesas imediatas com a compra de energia no mercado à vista, que não podem ser pagas via tarifa.
A medida representa o primeiro revés do novo ministro da Fazenda, Joaquim Levy, radicalmente contrário
ao uso dos bancos públicos em mais um capítulo de socorro ao setor. O governo, porém, tentou transmitir a
mensagem de consenso entre os dois ministérios na questão, já que o governo decidiu que não fará o aporte
de R$ 9 bilhões previsto neste ano para o fundo setorial Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), que
banca os subsídios e os programas sociais.
Levy chegou para a reunião com Dilma quase duas horas após o senador amazonense Eduardo Braga, ex-
líder de Dilma no Senado, ter chegado ao Palácio do Planalto. Na mesma tarde, dirigentes do BNDES
estavam reunidos com executivos do setor elétrico para tratar do financiamento. A única exigência do
BNDES é que Banco do Brasil e Caixa também aportem recursos.
Fim dos aportes
Entre as ações que terão de ser adotadas pela Aneel está a redução de subsídios às contas de luz. Mas o
ministro garantiu que não serão afetadas as subvenções para a população de baixa renda e aos produtores
de carvão mineral, além do Programa Luz para Todos.
O diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, revelou que a Fazenda sinalizou que o Tesouro não fará nenhum
aporte ao setor elétrico em 2015. A previsão orçamentária do governo era de um aporte de R$ 9 bilhões
para a CDE. “Não há previsão de aporte”, afirmou.
Por isso, a Aneel fará uma revisão profunda das despesas da CDE neste ano para avaliar a possibilidade de
cortar alguns desses gastos. Essa nova projeção de despesas do fundo será apresentada no dia 20 de janeiro.
No ano passado, o Tesouro aportou R$ 10,5 bilhões ao setor, enquanto a CDE totalizou gastos de R$ 12,1
bilhões.
Responsabilidade - “Alguém tem que pagar, não tem segredo”, diz diretor-geral da Aneel
Como o Tesouro não prevê aportar nenhum recurso neste ano, todos os gastos voltarão a ser repassados à
tarifa paga pelo consumidor. “Ou o contribuinte paga, ou o consumidor paga. Não tem segredo. Quem
define a política é o governo, e a Aneel executa”, resumiu o diretor da agência, Romeu Rufino.
Ele admitiu que, neste cenário, uma Revisão Tarifária Extraordinária (RTE) será “inevitável” para manter a
sustentabilidade econômico-financeira de algumas distribuidoras.
Rufino, no entanto, evitou dizer se as tarifas de energia vão subir mais neste ano do que em 2014.
A Aneel postergou ontem a data de pagamento da energia no mercado de curto prazo pelas distribuidoras
para o dia 30 de janeiro. O prazo original previa o pagamento nesta terça-feira, referente à energia
consumida em novembro. (GAZETA DO POVO)