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Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Bioquímica I - 1º Ano Turma: 8 Seminário Orientado 5 Outubro 2009 Joni Nunes Joni José Miradouro José Quintela José Garcia José Almeida Aspectos bioquímicos do P r o t e o s s o m a

Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Bioquímica I - 1º Ano

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Joni Nunes Joni José Miradouro José Quintela José Garcia José Almeida. Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra Bioquímica I - 1º Ano Turma: 8 Seminário Orientado 5 Outubro 2009. Aspectos bioquímicos do - PowerPoint PPT Presentation

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Page 1: Faculdade de Medicina da Universidade de  Coimbra Bioquímica I - 1º Ano

Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra

Bioquímica I - 1º Ano

Turma: 8 Seminário Orientado 5

Outubro 2009

Joni NunesJoniJosé MiradouroJosé QuintelaJosé GarciaJosé Almeida

Aspectos bioquímicos do

P r o t e o s s o m a

Page 2: Faculdade de Medicina da Universidade de  Coimbra Bioquímica I - 1º Ano

Índice Descrever o sistema do Proteossoma.

Explicar a importância bioquímica deste sistema.

Exemplos de desregulações deste sistema e possíveis

Patologias.

Page 3: Faculdade de Medicina da Universidade de  Coimbra Bioquímica I - 1º Ano

Sistema do Proteossoma Complexo de proteínas capaz de degradar outras proteínas

em oligopéptidos.

Reconhece especialmente proteínas sinalizadas pela

ubiquitina.

O seu processo de degradação de proteínas implica o

consumo de ATP.

O proteossoma mais comum é o proteossoma 26S.

Uma célula humana contém à volta de 30000 proteossomas.

Page 4: Faculdade de Medicina da Universidade de  Coimbra Bioquímica I - 1º Ano

Ubiquitina

Proteína constituída por 76 aminoácidos.

A sua função é a de sinalizar as proteínas

destinadas à degradação pelo

proteossoma (ubiquitinação).

Necessita de enzimas para actuar.

Afecta quase todos os processos celulares,

como o transporte transmembranar e a

reparação e transcrição do DNA.

Sistema do Proteossoma

Page 5: Faculdade de Medicina da Universidade de  Coimbra Bioquímica I - 1º Ano

Via da ubiquitina-proteossoma

Engloba duas fases: a ubiquitinação (pela ubiquitina) e

a degradação (pelo proteossoma).

É das poucas vias catabólicas/proteolíticas que

necessita de energia (é endergónica/endoenergética).

Permite a obtenção de oligopéptidos de sete a nove

aminoácidos.

Sistema do Proteossoma

Page 6: Faculdade de Medicina da Universidade de  Coimbra Bioquímica I - 1º Ano

Via da ubiquitina-proteossoma:Ubiquitinação

Ocorre no citosol.

É repetida até o proteossoma reconhecer perfeitamente a proteína-alvo.

Ocorre em diversas etapas e necessita de energia e de três enzimas: E1 –

enzima activadora da ubiquitina, E2 – enzima conjugadora e E3 –

ubiquitina ligase.

Sistema do Proteossoma

Page 7: Faculdade de Medicina da Universidade de  Coimbra Bioquímica I - 1º Ano

Via da ubiquitina-proteossoma:Ubiquitinação

Activação: E1 une-se à ubiquitina pela extremidade carboxilo. Hidrólise de um ATP. Esta reacção só ocorre na presença de Mg2+

Transferência: A ubiquitina é transferida para E2 e liberta-se E1

E3 catalisa a ligação do grupo carboxilo da ubiquitina com o grupo amina de uma lisina da proteína alvo

O processo é repetido formando-se várias cadeias de ubiquitina

Sistema do Proteossoma

Page 8: Faculdade de Medicina da Universidade de  Coimbra Bioquímica I - 1º Ano

A proteína poliubiquitinada é reconhecida pelo proteossoma.

A proteína é desubiquitinada por enzimas (as desubiquinases).

O proteossoma rompe as ligações peptídicas com consumo de

ATP, obtendo-se pequenos péptidos.

A alternância entre desubiquitinação e proteossoma é um

mecanismo de controlo celular.

Ao contrário da ubiquitinação, a degradação é irreversível pela

via proteossomal (apenas assegura hidrólises e não sínteses).

Via da ubiquitina-proteossoma:Degradação

Sistema do Proteossoma

Page 9: Faculdade de Medicina da Universidade de  Coimbra Bioquímica I - 1º Ano

Funções do sistema proteossoma

A importância bioquímica deste sistema prende-se essencialmente

com a sua função no organismo.

Apresenta diversas funções sendo que a principal é a degradação

de proteínas inutilizadas ou que contêm erros de produção.

Importância bioquímica Sistema do Proteossoma

Page 10: Faculdade de Medicina da Universidade de  Coimbra Bioquímica I - 1º Ano

Fornecimento de aminoácidos

Síntese de novas proteinas

Remoção do excesso de

enzimas

F.Transcrição não funcionais

Remoção de factores de transcrição

Importância bioquímica Sistema do Proteossoma

Funções do sistema proteossoma:Degradação Proteica

Page 11: Faculdade de Medicina da Universidade de  Coimbra Bioquímica I - 1º Ano

Importância bioquímica Sistema do Proteossoma

Funções do sistema proteossoma:Ciclo Celular

Durante o ciclo celular a actividade do sistema proteossoma vai ser

evidente em 3 fases:

Transição de g1 para S

Na anafase da Mitose

Final da Mitose

Page 12: Faculdade de Medicina da Universidade de  Coimbra Bioquímica I - 1º Ano

Importância bioquímica Sistema do Proteossoma

Funções do sistema proteossoma:Ciclo Celular – G1 para S

A replicação do DNA é inibida por uma inibidor específico para a

Cinase. A degradação deste inibidor por fosforilação por parte do

sistema proteossoma-ubiquitina leva ao início desta replicação

pois possibilita a transição da fase g1 para a fase s a fase de

síntese de novos elementos (biomoléculas) que vão integrar a

nova célula.

Page 13: Faculdade de Medicina da Universidade de  Coimbra Bioquímica I - 1º Ano

Importância bioquímica Sistema do Proteossoma

Funções do sistema proteossoma:Ciclo Celular – final da Mitose

O sistema proteossoma intervem também na degradação das

proteínas que controlam a formação e desagregação do fuso

acromático.

Page 14: Faculdade de Medicina da Universidade de  Coimbra Bioquímica I - 1º Ano

Invasão por um antigénio

Acção do sistema

proteossoma

Degradação dos

complexos proteicos do

antigénio

Produção de peptidos

antigénicos

Maturação de linfócitos T específicos

Importância bioquímica Sistema do Proteossoma

Funções do sistema proteossoma:Sistema Imunitário

A intervenção do proteossoma no sistema imunitário é

importante no reconhecimento dos antigénios. Este sistema tem a

capacidade de produzir péptidos antigénicos que derivam dos

antigénios e que levam à maturação de linfócitos T específicos ao

nível do complexo maior de histocompatiblidade.

Page 15: Faculdade de Medicina da Universidade de  Coimbra Bioquímica I - 1º Ano

Desregulações deste sistema e possíveis patologiasInibidores do Sistema do Proteossoma

Os inibidores do proteossoma são complexos que bloqueiam a

acção dos proteossomas.

Tem sido sugerido que o proteossoma pode estar continuamente

a degradar certos factores apoptóticos. Por isso, a inibição do

proteossoma tem-se tornado uma estratégia nova e com um

potencial significativo no desenvolvimento de drogas para o

tratamento do cancro.

Page 16: Faculdade de Medicina da Universidade de  Coimbra Bioquímica I - 1º Ano

Desregulações deste sistema e possíveis patologiasInibidores do Sistema do Proteossoma

Bortezomib (Velcade®)

Utilizado no tratamento do mieloma múltiplo e também da

insuficiência renal

Salinosporamida A

Composto produzido pela bactéria marinha Salinispora tropica, está a ser

alvo de testes clínicos para ser utilizado no tratamento de vários tipos de

cancro

Ritonavir (Norvir®)

Originalmente foi desenvolvido como inibidor de uma protease do HIV; estimula outros inibidores

do proteossoma, inibindo uma enzima hepática que os metaboliza, o citocromo P450-3A4

Page 17: Faculdade de Medicina da Universidade de  Coimbra Bioquímica I - 1º Ano

Desregulações deste sistema e possíveis patologiasDoença de Parkinson

Doença do movimento, mais comum em

pessoas idosas e que provoca dificuldades na

locomoção e tremuras.

Neste caso, não ocorre a degradação de

proteínas não desejadas devido a uma falha

no sistema do proteossoma, logo essas

proteínas acumulam-se no interior das células

formando-se assim corpos de Lewy.

Existem duas proteínas “chave” na doença de

Parkinson, a proteína Parkina e a proteína

UCH-L1, uma mutação em qualquer uma

destas proteínas pode resultar num mau

funcionamento do sistema do proteossoma e

consequentemente em Parkinson.

Page 18: Faculdade de Medicina da Universidade de  Coimbra Bioquímica I - 1º Ano

Desregulações deste sistema e possíveis patologiasDoença de Alzheimer

A doença de Alzheimer é uma doença degenerativa

do SNC associada a perda de memória e das

capacidades cognitivas, devido à acumulação

progressiva de plaquetas e nódulos irregulares

proteicos.

A doença de Alzheimer é exemplo de uma outra

patologia causada por acumulações de proteínas

não desejadas, neste caso a Tau hiperfosforilada.

A proteína Beta-amilóide em conjunto com a

proteína Tau, ou seja, na sua presença promove a

morte dos neurónios. Sendo este caso muito

prejudicial resultando em Alzheimer.

Page 19: Faculdade de Medicina da Universidade de  Coimbra Bioquímica I - 1º Ano

http://www.unb.br/ib/cel/disciplinas/degradacaoptns.pdf

http://pt.wikipedia.org/wiki/Proteassoma

http://en.wikipedia.org/wiki/Proteasome

http://en.wikipedia.org/wiki/Proteasome#Proteasome_inhibitors

http://www.minsaude.pt/portal/conteudos/enciclopedia+da+saude/doencas/doencas+degenerativas/oqueeadoencadealzheimer.htm

http://www.hoops.pt/saude/parkinson.htm

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http://www.unb.br/ib/cel/disciplinas/degradacaoptns.pdf

Bibliografia