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FACULDADE DE TECNOLOGIA DO COMÉRCIO - FATEC CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MARKETING PROJETO APLICADO A COMPRA, PROCESSOS LOGÍSTICOS DE IMPORTAÇÃO E VIABILIDADE FINANCEIRA DO CONJUNTO DE MAQUINAS SATISLOH Alexandre Alkimim Costa Ana Lúcia Cardoso Edinei Osvaldo dos Santos Ivan Lúcio Batista Alves Jair Paulo da Paixão Belo Horizonte 2011

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FACULDADE DE TECNOLOGIA DO COMÉRCIO - FATEC

CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM MARKETING

PROJETO APLICADO A COMPRA, PROCESSOS LOGÍSTICOS DE IMPORTAÇÃO E VIABILIDADE FINANCEIRA DO CONJUNTO DE

MAQUINAS SATISLOH

Alexandre Alkimim Costa Ana Lúcia Cardoso

Edinei Osvaldo dos Santos Ivan Lúcio Batista Alves

Jair Paulo da Paixão

Belo Horizonte

2011

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Alexandre Alkimim Costa Ana Lúcia Cardoso

Edinei Osvaldo dos Santos Ivan Lúcio Batista Alves

Jair Paulo da Paixão

PROJETO APLICADO A COMPRA, PROCESSOS LOGÍSTICOS DE IMPORTAÇÃO E VIABILIDADE FINANCEIRA DO CONJUNTO DE

MAQUINAS SATISLOH

Projeto Interdisciplinar apresentado à Faculdade de

Tecnologia do Comércio - FATEC, no Curso Superior de

Tecnologia em Marketing – Varejo, como requisito para

conclusão do Terceiro Módulo na disciplina Projeto

Aplicado a Compras e Logística.

Orientador: Renato Avelar Bergamini Júnior

Belo Horizonte 2011

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RESUMO

No mercado brasileiro de produção de lentes ópticas corretivas, a disputa

vivenciada é constante, uma vez que os produtos são os mesmos (commodity),

é fundamental para a sobrevivência do negócio, compreender e prever o

comportamento do mercado visando melhorar os processos de produção,

reduzindo assim os custos e possibilitando às empresas criar meios de

oferecer serviços aos clientes com o intuito de agregar valor e criar diferencial

competitivo. Para o proprietário do Laboratório 2020, que iniciou suas

atividades quando todos os processos para produção de lentes eram manuais,

a contribuição tecnológica foi e é de fundamental importância tanto para a

indústria quanto para os usuários, uma vez que, as máquinas garantem a

assertividade nas medidas das lentes e reduzem os custos de produção. A

partir dos objetivos específicos, pôde-se definir a metodologia utilizada. Foram

realizadas pesquisas com intuito de buscar informações sobre o mercado

óptico brasileiro e mensurar o quanto a tecnologia contribui para os processos

inerentes ao setor. Com base nos dados coletados e análises referenciadas

por autores reconhecidos no mercado, foi identificado se o investimento no

conjunto de máquinas Free Form será viável em termos econômicos e

financeiro e possibilitará ao Laboratório 2020 a criação de diferencial

competitivo em relação a seus concorrentes diretos.

Palavras chave: logística, marketing, importação, viabilidade financeira.

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – Mix de marketing ................................................................................... 24

FIGURA 2 – Evolução da logística ao longo do tempo ............................................. 28

FIGURA 3 – A vantagem competitiva e os três “Cs” ................................................. 29

FIGURA 4 – Curva da experiência ............................................................................ 30

FIGURA 5 – Seqüência do processo físico tradicional ............................................. 31

FIGURA 6 – Seqüência de criação e entrega de valor ............................................. 32

FIGURA 7 – A logística e a vantagem competitiva ................................................... 33

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LISTA DE TABELAS

Tabela 1 – Custos de Importação ........................................................................ 66

Tabela 2 – Tabela demonstrativa do custo total do conjunto de maquinas

Satisloh ................................................................................................................ 68

Tabela 3 – Tabela Price ....................................................................................... 69

Tabela 4 – Preço médio de vendas das lentes..................................................... 72

Tabela 5 – Dados mercadológicos ....................................................................... 73

Tabela 6 – Previsão de vendas ............................................................................ 74

Tabela 7 – Previsão Anual de Faturamento ......................................................... 76

Tabela 8 – Previsão Anual do Custo .................................................................... 77

Tabela 9 – Projeção de S.T no custo das lentes .................................................. 77

Tabela 10 – Custo total anual de fabricação das lentes ....................................... 77

Tabela 11 – Impostos ........................................................................................... 78

Tabela 12 – Despesas variáveis .......................................................................... 78

Tabela 13 – Despesas fixas ................................................................................. 79

Tabela 14 – Depreciação anual ............................................................................ 79

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Tabela 15 – DRE 2012 ......................................................................................... 80

Tabela 16 – DRE 2013 ......................................................................................... 81

Tabela 17 – DRE 2014 ......................................................................................... 81

Tabela 18 – DRE 2015 ......................................................................................... 82

Tabela 19 – DRE 2016 ......................................................................................... 82

Tabela 20 – Fluxo de Caixa Livre ......................................................................... 83

Tabela 21 – TIR e VPL ......................................................................................... 83

Tabela 22 – Payback Simples .............................................................................. 84

Tabela 23 – Payback Descontado ........................................................................ 84

Tabela 24 – Cenário atual do Laboratório 2020 ................................................... 86

Tabela 25 – Previsão de vendas Laboratório 2020 .............................................. 87

Tabela 26 – Comparativo da capacidade de produção ........................................ 90

Tabela 27 – Comparativo de custo de produção .................................................. 90

Tabela 28 – Capacidade ociosa ........................................................................... 91

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LISTA DE SIGLAS

BACEN – Banco Central;

BIT – Bens de Informática e telecomunicação;

BK – Bens de Capital;

CAEX – Comitê de Análise de Ex-Tarifários;

CAMEX – Câmara de Comércio Exterior;

CMPC – Custo Médio Ponderado por Capital;

COFINS – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social;

CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido;

DI – Declaração de Importação;

DRE – Demonstrativo de Resultados do Exercício;

EADI - Estação Aduaneira do Interior (“dry port” – porto seco);

EXW – Ex Works;

GECEX – Gerências Regionais de Apoio ao Comércio Exterior;

ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços;

II – Imposto de Importação;

INCOTERMS - International Commercial Terms;

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IPI – Imposto Sobre Produtos Industrializados;

MIDIC – Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior;

NCM – Nomenclatura Comum do Mercosul;

PIS – Programa de Integração Social;

PITCE – Política Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior;

RADAR – Ambiente de Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes

Aduaneiros;

SECEX – Secretaria de Comércio Exterior;

SH – Sistema Harmonizado;

SISCOMEX – Sistema Integrado de Comércio Exterior;

SRF – Secretaria da Receita Federal;

TEC – Tarifa Externa Comum;

TIR – Taxa Interna de Retorno;

VPL – Valor Presente Líquido.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ........................................................................................................ 12

1.1 Contextualização ................................................................................................. 12

1.2 Apresentação da Empresa ................................................................................. 14

1.3 Problema de Pesquisa ........................................................................................ 16

1.4 Objetivo Geral ...................................................................................................... 17

1.4.1 Objetivos Específicos ................................................................................... 17

2. JUSTIFICATIVA .................................................................................................... 19

3. REFERENCIAL TEÓRICO .................................................................................... 20

3.1 Definições de marketing ..................................................................................... 20

3.2 Princípios de marketing ..................................................................................... 21

3.3 Mix de marketing ................................................................................................. 23

3.3.1 Produto .......................................................................................................... 24

3.3.2 Preço .............................................................................................................. 25

3.3.3 Praça .............................................................................................................. 25

3.3.4 Promoção ...................................................................................................... 26

3.4 Logística .............................................................................................................. 27

3.4.1 Vantagem competitiva ..................................................................................... 29

3.4.1.1 Vantagem em produtividade ..................................................................... 30

3.4.1.2 Vantagem em valor .................................................................................... 31

3.4.2 Supply Chain Management ............................................................................. 33

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3.5 Compras .............................................................................................................. 35

3.5.1 Gestão de compras ....................................................................................... 36

3.5.2 Objetivos de compras .................................................................................. 36

3.5.3 Fornecedores .................................................................................................. 37

3.5.4 Compras no Exterior .................................................................................... 38

3.5.5 Problema de comprar no exterior ............................................................... 39

3.6 Finanças .............................................................................................................. 40

3.7 Procedimentos de importação ........................................................................... 48

3.7.1 Credenciamento da empresa importadora junto à receita federal ........... 50

3.7.2 Classificação Fiscal de Mercadorias ........................................................... 51

3.7.3 Incoterms ....................................................................................................... 52

3.7.4 Tratamento Tributário na Importação ......................................................... 53

3.7.5 Despacho Aduaneiro na Importação ........................................................... 54

3.7.6 Declaração de Importação – DI .................................................................... 55

3.7.7 Início do Despacho Aduaneiro de Importação ........................................... 56

3.7.8 Documentos de Instrução da DI .................................................................. 57

3.7.9 Parametrização (canais verde, amarelo, vermelho e cinza) ...................... 57

3.7.10 Desembaraço Aduaneiro ............................................................................ 58

3.7.11 Ex tarifário ................................................................................................... 58

3.7.12 Regulamentação ......................................................................................... 59

3.7.13 Análise de Méritos ...................................................................................... 60

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3.7.14 Análise de Inexistência de Produção Nacional ........................................ 60

3.7.15 Fluxos e Prazos........................................................................................... 62

4. METODOLOGIA .................................................................................................... 63

5. APRESENTAÇÃO E ANALISE DOS DADOS ...................................................... 66

5.1 Diagnóstico do 1º objetivo ................................................................................. 66

5.2 Diagnóstico do 2º objetivo ................................................................................. 67

5.3 Diagnóstico do 3º objetivo ................................................................................. 70

5.4 Diagnóstico do 4º objetivo ................................................................................. 94

6. CONSIDERAÇÕES GERAIS ................................................................................. 96

REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 97

APÊNDICE A – Questionário ................................................................................. 100

ANEXO I – Catálogo do conjunto de máquinas Satisloh. ................................... 102

ANEXO II – Fatura Proforma .................................................................................. 116

ANEXO III – Tabela Incoterms. .............................................................................. 125

ANEXO IV - DECRETO No 660, DE 25 DE SETEMBRO DE 1992. ........................ 126

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1 INTRODUÇÃO

1.1 Contextualização

Segundo a Abióptica (Associação Brasileira de Produtos e Equipamentos Ópticos) de

acordo com pesquisa realizada pelo Instituto Gallup no ano de 2009, o mercado óptico

brasileiro teve duas fases de adaptações e mudanças estruturais. Uma delas ocorreu

na década de 90 quando aconteceu a abertura do mercado nacional, possibilitando a

entrada de empresas multinacionais lideres do segmento óptico, trazendo inovações

tecnológicas no setor e gerando competitividade. A segunda mudança foi a entrada de

produtos asiáticos (principalmente da China) que como conseqüência, enfraqueceu a

relação entre fabricantes/importadores e o varejo. A partir disso percebeu-se um

aumento da informalidade em seus vários aspectos, resultando na pirataria,

contrabando e sonegação, que ocasionou a diminuição da margem de lucro no

segmento.

Com base em levantamentos realizados pela Abióptica, o mercado brasileiro conta

atualmente com aproximadamente 24.000 óticas, estando distribuídas da seguinte

forma:

Região Nordeste – 28%

São Paulo – 26%

MG/RJ/ES – 22%

Sul – 13%

Centro Oeste – 7%

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Norte – 4%

Constatou ainda a associação, que o faturamento nacional anual é de R$ 7,7 bilhões,

sendo distribuídos em 61% para as lojas independentes (apenas uma loja), 13% para

os que possuem mais de uma loja, e 26% para os que possuem rede regional/nacional

de lojas.

Os resultados da pesquisa apontaram também que mais de 60 milhões de unidades de

lentes são vendidas anualmente, sendo que 58% são lentes simples e 42% multifocais.

Embora o percentual de vendas de lentes simples seja maior em 16% a receita gerada

é bem menor, as multifocais geram em torno de R$ 1,9 bilhões, enquanto as simples

geram aproximadamente R$ 782 milhões.

Segundo dados da empresa Transitions (empresa líder no mercado brasileiro óptico de

lentes fotossensíveis), o Brasil possui uma população aproximada de 191 milhões de

habitantes, e estima-se que 95 milhões (50% da população) têm problemas visuais,

sendo que, somente 40 milhões têm sua capacidade visual avaliada e corrigida,

existindo uma fatia ainda não explorada de 55 milhões de possíveis futuros usuários,

distribuídos conforme relação abaixo:

De 0 a 14 anos – 10% necessitam de lentes corretivas;

De 15 a 24 anos – 10% necessitam de lentes corretivas;

De 25 a 39 anos – 30% necessitam de lentes corretivas;

Mais de 40 anos – 99% necessitam de lentes corretivas.

A década de 90 trouxe inovações tecnológicas possibilitando novas opções o que

conseqüentemente aumentou a exigência dos consumidores. No setor óptico o prazo

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de entrega é fundamental para gerar satisfação ao cliente. Também é de igual

importância o uso da tecnologia para ser possível produzir mais em menor tempo. E

para isso temos que contar com a tecnologia da atualidade que oferece inúmeras

possibilidades e variedades de recursos que tornam viáveis está condição de produção,

passando a ser um diferencial competitivo para toda empresa que fizer uso dessa

tecnologia.

1.2 Apresentação da Empresa

Elsio Antônio de Avelar Perona atua no ramo óptico há 29 anos, onde iniciou suas

práticas como office boy, na “Oficina de Óculos Mil Consertos” em Belo Horizonte, logo

promovido a consertador, adquirindo bastante conhecimento sobre lentes e armações.

Como consertador Elsio desenvolveu técnicas próprias para colagem das lentes, sendo

reconhecido pelo proprietário da empresa, que o transferiu para o setor de colagem

onde se tornou um especialista. Com sua especialidade, sentiu necessidade de ter seu

próprio negócio aos 17 anos, quando então, emancipou-se juridicamente e montou sua

própria oficina, a “Só Consertos”, que atualmente é referência em consertos de óculos

na cidade de Belo Horizonte.

Em 2003 percebendo uma oportunidade pouco explorada no mercado óptico referente

ao prazo de entrega, o empresário decidiu abrir o 2020 Laboratório Óptico com objetivo

de atender essa demanda, sendo atualmente um laboratório bem equipado, visando

estar entre os melhores.

Segundo o proprietário, o Laboratório 2020 vivenciou as mudanças que a tecnologia

causou no ramo óptico, a começar pelas lentes que eram de cristal e atualmente são de

resina. Antes os óculos eram feitos com lentes de cristal, que quando quebrava fazia

estilhaços pontiagudos, e por estar muito próximo aos olhos, tornava-se muito perigoso

(um desses acidentes possibilitou a descoberta da cirurgia para a correção da miopia).

Com isso a lente de cristal foi substituída pelas lentes de resina, trivex e policarbono

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que possuiu mais resistência em sua composição e no caso da quebra, não oferece

perigo ao usuário.

O proprietário afirma que esta mudança no ramo óptico fez com que a indústria tivesse

de modernizar todo o seu maquinário, pois as lentes de cristal eram montadas

manualmente e moldadas com lixas ou jatos de areia. Com a descoberta da resina CR

39 (39 é o número de tentativas que foram necessárias para que a resina fosse

acertada aos moldes necessários, sendo utilizada até hoje) as máquinas também

tiveram que evoluir, e o empresário Elsio Perona com uma visão futurista e

acompanhando as mudanças e exigências do mercado, adquiriu a Facetadora National

Optronics 7E, máquina que possibilita fazer o acabamento nas lentes para armações

solares (curva 8) com grau. No estado de Minas Gerais o Laboratório 2020 é o único que

possuí esse tipo de maquinário e está entre os 25 do Brasil.

De acordo com o proprietário antigamente o tempo necessário para se fabricar uma

lente era de aproximadamente 3 horas, e os óculos completos eram de 5 horas.

Atualmente consegue fazer a lente e a montagem dos óculos em 40 minutos,

possibilitando assim a entrega de um óculos em até 24 horas.

O proprietário menciona que o próximo passo tecnológico do setor teve inicio, com o

conjunto de máquinas Satisloh, que permite a partir da matéria prima de resina ou

policarbono transformar as lentes de visão simples em bifocal ou multifocal, reduzindo o

custo de produção de lentes, aumentando capacidade produtiva em 55 lentes/hora,

reduzindo ainda a necessidade de estoque para 10% da necessidade atual (atualmente

é necessário manter um estoque de 70% de lentes para atender aos pedidos). Com

todos esses benefícios o empresário pretende adquirir tal equipamento como estratégia

para que a empresa melhore sua capacidade logística, produzindo mais e entregando

os serviços no menor prazo do mercado, passando a estar entre os 10 primeiros

Laboratórios do Brasil a possuir a tal equipamento.

O 2020 trabalha atualmente com o seguinte mix de produtos:

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Lentes acabadas simples;

Lentes multifocais;

Lentes bifocais;

Lentes fotossensíveis;

Blocos para surfaçagem;

Tratamento anti-risco e anti-reflexo;

Produção de lentes solares com grau.

O principal fornecedor do Laboratório é a multinacional francesa Essilor, da qual o 2020

é um dos 04 Laboratórios credenciados como Alliance (contrato de exclusividade). Além

disso, o Laboratório trabalha também, em menor quantidade, com produtos Hoya e

Zeiss.

O mercado óptico de Belo Horizonte possui atualmente 7 Laboratórios com

equipamentos de tecnologia de ponta, com capacidade para atender a demanda da

região. O Laboratório ocupa hoje a terceira posição entre os Laboratórios ópticos de

Belo Horizonte, nos quesitos estrutura, tecnologia e qualidade, possuindo atualmente

uma carteira de 220 clientes ativos, sendo eles situados na grande BH e interior do

estado, visando para o ano de 2011 administrar uma carteira de 300 clientes.

1.3 Problema de Pesquisa

Segundo pesquisa realizada pelo Instituto Gallup, no Brasil 50% (95 milhões) da

população tem problemas visuais, e apenas 40 milhões de habitantes tem sua

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capacidade visual avaliada e corrigida. A partir disso pode-se estimar 55 milhões de

potenciais usuários.

Essa possível demanda tem aumentado consideravelmente a concorrência, e com isso

o produto “lente” torna-se cada vez mais uma commodity, obrigando as empresas a se

diferenciarem nos quesitos tecnológicos, capacitação e desenvolvimento de processos

logísticos que garantam a entrega do produto ao consumidor final no menor prazo pelo

menor custo.

Diante desse cenário, será que o investimento na compra do conjunto de máquinas

Satisloh pelo Laboratório 2020 além de atualizar tecnologicamente a empresa, é viável

em termos econômicos e financeiros considerando os custos, despesas e receitas

estimadas, e possibilitará a criação de diferencial competitivo em relação aos seus

concorrentes diretos?

1.4 Objetivo Geral

Analisar se em termos econômicos e financeiros, o investimento no conjunto de

máquinas Satisloh pelo Laboratório 2020 será viável e, se irá criar diferencial

competitivo em relação a seus concorrentes diretos.

1.4.1 Objetivos Específicos

a) Identificar os processos logísticos de importação do conjunto de

máquinas Satisloh para o Laboratório 2020.

b) Identificar os custos de importação do conjunto de máquinas Satisloh

para o Laboratório 2020.

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c) Elaborar os cálculos de viabilidade econômica e financeira da aquisição

do conjunto de máquinas Satisloh para o Laboratório 2020.

d) Analisar se a aquisição do conjunto de máquinas Satisloh irá criar

diferencial competitivo em relação aos seus concorrentes direto.

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2. JUSTIFICATIVA

A atividade de produção de lentes ópticas corretivas no Brasil desenvolveu-se

juntamente com o avanço tecnológico, que tornou os processos de produção mais

rápidos e fáceis, e que, conseqüentemente, aumentou a concorrência no setor.

Nesse cenário competitivo, atender as necessidades do cliente é primordial para

obtenção de bons resultados, sendo que, para o mercado de lentes oftálmicas

corretivas, uma das maiores exigências é o prazo de entrega dos óculos (em alguns

casos o prazo prometido é de um dia útil), além do bom atendimento o que obriga a

indústria a investir em equipamentos tecnológicos para aperfeiçoar os processos de

produção e atender esta demanda no tempo requerido.

Diante desses fatos, este projeto tem a importância de apresentar dados, informações e

análises que serão úteis para o Laboratório 2020, auxiliando na tomada de decisão em

relação ao investimento na compra do conjunto de máquinas para produção de lente

oftálmica digital, possibilitando verificar se existirá diferencial competitivo com essa

aquisição em relação a seus concorrentes diretos.

Para a equipe este projeto possibilitará confrontar a teoria pesquisada em obras de

autores especialistas, apresentando também importantes informações a estudantes,

empresários e a todos que tenham interesse em conhecer quais os principais

benefícios, custos, e diferencial competitivo que se pode obter com a aquisição do

conjunto de máquinas Satisloh para produção de lente oftálmica digital

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20

3. REFERENCIAL TEÓRICO

3.1 Definições de marketing

Segundo Kotler e Keller (2006), o mercado por muito tempo, teve o seu foco na

produção, o lema era produzir muito, gastar pouco e distribuir em massa. A orientação

para a produção sustentava a idéia de que os consumidores davam preferência a

produtos fáceis de encontrar e de baixo custo. Com o passar do tempo, a oferta passou

a ser maior que a procura, tal fenômeno trouxe mudanças no comportamento do

consumidor e isto obrigou as empresas a reverem seus conceitos e enfrentar novos

desafios. A partir desta mudança de comportamento dos consumidores e do mercado,

surge em meados da década de 50 o marketing. Peter e Churchill (2003) mencionam

que o marketing depende de compreender as necessidades e desejos dos

consumidores, para construir produtos e serviços para satisfazê-los

Mas, afinal, o que é marketing? Kotler e Keller (2006, p.4) mencionam que “o marketing

envolve a identificação e a satisfação das necessidades humanas e sociais”. Os

mesmos autores afirmam que se pode estabelecer definições diferentes de marketing

sob as perspectivas social e gerencial.

Segundo Cobra (2003, p.45), a American Marketing Association define marketing como

o processo de planejamento e execução desde a concepção, a definição de preços,

promoção e distribuição de idéias, bens e serviços para criar e manter trocas que

satisfaçam indivíduos, organizações e as metas sociais em um contexto sistêmico de

um ambiente global.

Para Peter e Churchill (2003, p.4) a essência do marketing é o desenvolvimento de

trocas em que as organizações e clientes participam voluntariamente de transações

destinadas a trazer benefícios para ambos.

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21

3.2 Princípios de marketing

Sobre princípios de marketing:

Cada um desses princípios parece tão óbvio que não deveriam ser mencionados. No entanto, o reconhecimento desses princípios e de suas aplicações pode revolucionar a forma como as organizações respondem a seus clientes e interagem com eles. (HOOLEY apud WEBSTER, 2005, p. 16).

Hooley apud Webster mencionam que clientes não compram produtos e sim o que o

produto ou serviço pode fazer por eles ou, até mesmo, o problema que aquele produto

pode resolver, pois o que os clientes necessitam é a solução de seus problemas e não

de um produto sem serventia. Kotler citado por Hooley (2005, p. 17), diz que “a broca é

simplesmente uma maneira de entregar esse benefício (o furo) e servirá como a

solução para a necessidade básica, somente até que um método ou uma solução

melhor seja inventado”.

No século XXI, é ainda mais fácil de observar que o mercado não é nem um pouco

homogêneo e sim, é composto por diferentes clientes individuais, sub-mercados ou

segmentos que torna esse mercado bem heterogêneo.

Enquanto alguns clientes podem comprar um carro para terem transporte barato, outros podem comprar para poder fazer viagens confortáveis, ou seguras e outros ainda podem comprar por questão de status, ou para satisfazer e projetar sua auto imagem. (HOOLEY, 2005 p. 19).

Os mercados e os clientes estão em constantes mudanças, Hooley (2005) menciona

que os mercados são dinâmicos, e virtualmente todos os produtos têm uma vida

limitada, que espira quando uma maneira nova ou melhor de atender ao desejo ou à

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necessidade fundamental é encontrada; em outras palavras, até aparecer outro

provedor de solução ou benefício.

Orientação de produção

Kotler e Keller (2006) consideram essa orientação como uma das mais antigas nas

relações comerciais. Ela sustenta que os consumidores dão preferência àqueles

produtos fáceis de encontrar e com custos básicos. Com isso, gerentes de empresas

adotam uma forma de trabalho, na qual a produção visa alcançar uma eficiência com

baixos custos e com distribuição em massa. Fazendo com que essa orientação tenha

sentido em países em desenvolvimento, aproveitando a mão de obra barata,

conseqüentemente, dominando o mercado, podendo também ser utilizada por

empresas que desejam expandir o mercado. Churchill e Peter (2003) mencionam que “a

orientação para a produção centra-se nos produtos e em como fabricá-los com

eficiência.”

Orientação de produto

Kotler e Keller (2006) afirmam que os consumidores dão preferência à qualidade e

desempenho superiores dos produtos ou às características inovadoras. Sendo assim,

os gerentes que seguem essa linha concentram-se em fabricar produtos de qualidade e

aperfeiçoamento em longo prazo.

Entretanto esses gerentes às vezes se vêem presos em um caso de amor com seu produto e podem escorregar no mito da ratoeira melhor, acreditando que uma ratoeira melhor fará com que as pessoas se acotovelem a sua porta. Um produto novo ou aperfeiçoamento não será necessariamente bem sucedido a menos que tenha o preço certo e seja distribuído, promovido e vendido de forma adequada. (KOTLER; KELLER, 2006, p. 13).

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Orientação de marketing

Segundo Churchill e Peter (2003, p. 9), a orientação para marketing “é uma filosofia de

negócios que se concentra em compreender as necessidades e desejos dos clientes e

construir produtos e serviços para satisfazê-los.”

De acordo com Kotler e Keller (2006), a orientação de marketing surgiu a partir do

momento em que a oferta passou a ser maior que a procura. Esta mudança obrigou as

empresas a se adaptarem à demanda mercadológica. A partir de então, as empresas

tendem a ser mais eficazes que os concorrentes na criação, na entrega e na

comunicação aos seus mercados alvos definidos.

A venda está voltada para as necessidades do vendedor; o marketing, para as necessidades do comprador. A venda preocupa-se com a necessidade do vendedor, de converter seu produto em dinheiro; o marketing, com a idéia de satisfazer as necessidades do cliente por meio do produto e de todo um conjunto de coisas associado a sua criação, entrega e consumo final. (LEVITT apud KOTLER; KELLER, 2006, p.14).

3.3 Mix de marketing

Borden citado por Kotler e Keller (2006), informa que a tarefa do profissional de

marketing é delinear atividades de marketing totalmente integradas para criar,

comunicar e entregar valor aos consumidores. O mix (ou composto) de marketing pode

ser definido como o conjunto de ferramentas de marketing que a empresa usa para

perseguir seus objetivos.

McCarthy citado por Kotler e Keller (2006), classifica essas ferramentas em quatro

grupos denominados 4Ps do marketing.

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FIGURA 1 – Mix de marketing

Fonte: Site Alana Brinker, (2010).

3.3.1 Produto

Segundo Churchill e Peter (2003, p. 164) “alguns aspectos da estratégia do produto que

podem afetar o comportamento de compra do consumidor são a novidade do produto,

sua complexidade e sua qualidade percebida”. A aparência do produto também pode

influenciar o processo de compra. Um produto de alta qualidade ou que esteja adaptado

a suprir a necessidade de quem adquire tende a ser associado com alto valor e sendo

decisivo no ato da compra. De acordo com Kotler e Keller (2006) o mix de produtos

ofertados pela empresa, deve oferecer varias linhas de um mesmo produto.

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Kotler e Keller (2006) mencionam ainda que o consumidor avalie as marcas

concorrentes e forma julgamentos de maneira racional e consciente. Para satisfazer sua

necessidade, ele busca por benefícios que o produto possa lhe oferecer e, a partir disto,

baseado nas informações e crenças que ele possui do produto, ele optará pelo produto

que julga melhor corresponder às suas expectativas. Os clientes consumidores de

serviços escolhem seus prestadores de serviço baseado não só em suas necessidades,

estes dão mais valor a opinião de terceiros do que a propagandas, julgam o preço de

acordo com a qualidade avaliada após receberem o serviço.

3.3.2 Preço

Kotler e Keller (2006) mencionam que o preço também é um fator determinante para o

consumidor tomar uma decisão de compra. Muitas vezes os consumidores dão

preferência a um produto mais barato. O preço também entra na estimativa de valor dos

consumidores após a compra. A empresa antes de determinar seu preço deve analisar

os preços de seus concorrentes mais próximos, e então decidir se irá cobrar mais,

menos, ou irá manter o mesmo preço com relação a estes.

De acordo com Magalhães e Sampaio (2007) o preço disponibilizado em condições de

pagamentos variadas, modifica as condições de competitividade, uma vez que as

vendas a vista ou a prazo devem estar presentes nas transações.

3.3.3 Praça

A disponibilidade, segundo Churchill e Peter (2003, p.165) é importante para a tomada

de decisão rotineira ou limitada. “Um produto amplamente disponível ou fácil de

comprar entrará no conjunto considerado de mais consumidores.”

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De acordo com Magalhães e Sampaio (2007), a empresa deve tomar ações que visam

aumentar a disponibilidade a e conveniência para o consumidor.

Segundo Cobra (2003), o tamanho do estabelecimento deve ser planejado para que

não fique grande nem pequeno demais, o arranjo físico deve dar a sensação de

conforto adequado ao tipo de produto. O ambiente interno do estabelecimento deve

estar sempre pronto para atrair e reter os clientes, pois é o estabelecimento o local de

encontro do produto e seus compradores. E todas as instalações do estabelecimento

devem proporcionar aos clientes bem-estar e satisfação.

Segundo Parente (2000), a área de abrangência de um estabelecimento é definida

como a área geográfica que concentra a maior parte de seus clientes alvo. O tamanho

desta área depende do poder de atração que este estabelecimento tem sobre seus

consumidores.

3.3.4 Promoção

Para Parente (2000) a promoção pode criar o desejo no consumidor,

conseqüentemente despertando o mesmo a uma necessidade. A promoção, ressalta o

autor, pode influenciar os consumidores em todos os estágios do processo de compra.

Segundo Kotler e Keller (2006) a promoção é uma ferramenta de incentivo, projetada

para estimular os clientes a comprarem com maior freqüência ou em maior quantidade.

Um dos critérios que as empresas utilizam para ofertar seus serviços ao mercado

consumidor é a oferta híbrida, nesse critério a oferta consiste em bens s serviços.

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3.4 Logística

O início da logística é um assunto que ainda é debatido até os dias atuais. Para alguns,

ligando à história, ela já estava presente em civilizações antigas, como os egípcios, que

tiveram toda uma logística envolvida para a construção das pirâmides do Egito, também

de acordo com achados arqueológicos de outras civilizações e para a maioria a

importância da logística como processos se difundiu e iniciou seu desenvolvimento a

partir das guerras.

Segundo Edelvino (2008) a primeira vez que foi utilizada a palavra logística em uma

guerra foi no tratado do Barão de Jomini, em 1836, no qual este general refere-se a

logística como sendo a ação responsável pela preparação e sustentação das

campanhas militares.

No século XX, o crescimento tecnológico estimulou o desenvolvimento da ciência militar

e ao final da I Guerra Mundial, surgiram as primeiras teorias sobre Logística Militar, que

foi idealizada pelo Coronel de infantaria da Marinha dos Estados Unidos, George Cyrus

Thorpe, que escreveu em 1917, um livro intitulado: Logística Pura: a ciência da

preparação para a guerra. Posteriormente sua idéia foi aprimorada e aprofundada por

outros estudiosos e a partir de 1940 foi evoluída devido às grandes necessidades de

movimentação de diversos produtos.

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Período Visão Organizacional Ênfase Foco Industrial Foco Logístico

Até anos 40 Do campo ao mercado Economia agrária Volume de

produção Transporte

Anos 40 até

anos 60 Especialização

Desempenhos

funcionais Custo Inventário

Anos 60 até

anos 70 Integração Interna

Integração das

funções Serviço Distribuição

Anos 70 até

anos 80 Foco no cliente

Busca por

eficiência Lucratividade Produção

Anos 80 até

anos 90 Foco no mercado

Integração da

logística Qualidade

Compra /

Produção /

Vendas

Anos 90 até

final século

XX

Supply Chain

Management

Logística como

diferencial

competitivo

Tempo Processo

gerencial

Período atual Supply Chain

Management

Logística como

diferencial

competitivo

Tempo e espaço Flexibilidade /

Agilidade

FIGURA 2 – Evolução da Logística ao longo do tempo

Fonte: Edelvino Razzolini (2008)

A partir de então, as funções administrativas foram se integrando em virtude da

necessidade de melhor sincronismo para suprir às necessidades dos mercados, e das

mudanças na cultura das organizações, que foram evoluindo e adequando-se as novas

tecnologias e às necessidades do mercado, que hoje a importância da logística para

uma organização pode apresentar vantagem competitiva para a empresa no mercado

em que atua.

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3.4.1 Vantagem competitiva

De acordo com Christopher (1997) o gerenciamento logístico, quando bem gerenciado,

pode proporcionar uma fonte de vantagem competitiva superior a dos seus

concorrentes, obtendo a preferência do cliente.

Um modelo de base do sucesso no mercado simples é baseado na trilogia: companhia,

seus clientes e seus concorrentes – os três “Cs”.

FIGURA 3 – A vantagem competitiva e os três “Cs”

Fonte: CHRISTOPHER, “A vantagem competitiva e os três Cs” – p.3 – 1997.

Ainda o mesmo descreve que a fonte da vantagem competitiva é encontrada

primeiramente, na capacidade da organização em diferenciar-se de seus concorrentes

aos olhos do cliente e, em segundo lugar, pela sua capacidade de operar a baixo custo

gerando com isso lucro maior, ressaltando que não se pode achar que os produtos

bons sempre irão vender como também aceitar que o sucesso em que a empresa

encontra-se hoje continuará no futuro.

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Christopher (1997, p.3) considera que o sucesso comercial é conquistado através da

vantagem de custo ou da vantagem de valor ou de forma ideal, as duas vantagens.

3.4.1.1 Vantagem em produtividade

Tratando de vantagem de produtividade, o autor afirma que sempre haverá um

concorrente que será o produtor baixo custo e, com freqüência, o mesmo terá maior

volume de vendas.

O maior volume de produção permite a diluição dos custos fixos, que também é

denominado como impacto da “curva de experiência” que especifica em um fenômeno

que possui raízes na noção antiga da curva de aprendizagem.

FIGURA 4 – Curva da experiência

Fonte: CHRISTOPHER, “Curva da experiência” – p.4 – 1997.

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Christopher (1997) alega que tradicionalmente o principal meio de redução de custos

era a obtenção de maiores volumes de vendas. Entretanto é importante reconhecer que

o gerenciamento logístico pode proporcionar um grande número de maneiras para

aumentar a eficiência e a produtividade e, conseqüentemente, reduzir custos.

3.4.1.2 Vantagem em valor

A vantagem de valor relaciona com o preço do produto agregado com os benefícios

intangíveis que o mesmo poderá oferecer, relacionando não com as características

específicas do produto, mas com outros aspectos, tais como a imagem ou a reputação.

Kotler e Keller (2006, p.35) mencionam que uma empresa que tenha visão tradicional

enfatiza somente para fabricação e venda do produto enquanto a empresa que tenha

além da visão, a percepção, remodelam a seqüencia atribuindo a entrega de valor.

FIGURA 5 – Seqüência do processo físico tradicional

Fonte: Kotler e Keller, “Seqüência do processo físico tradicional” – p. 35 – 2006.

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FIGURA 6 – Seqüência de criação e entrega de valor

Fonte: Kotler e Keller, “Seqüência de criação e entrega de valor” – p. 35 – 2006.

Christopher cita que:

[...] grupos de clientes, num dado mercado atribuem importâncias distintas a benefícios diferentes. A Importância desta segmentação de benefícios é que geralmente existem oportunidades substanciais para a criação de apelos diferentes para segmentos específicos. (CHRISTOPHER, 1997, p. 5).

O mesmo aponta que o serviço é um instrumento poderoso de se adicionar valor. Os

mercados atuais estão cada vez mais sensíveis aos serviços e isto, apresenta grandes

desafios para o gerenciamento logístico. O valor pode ser percebível ao serviço como,

entregas, pós venda, pacotes financeiros, apoio técnico, etc.

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FIGURA 7 – A logística e a vantagem competitiva

Fonte: CHRISTOPHER, “A logística e a vantagem competitiva” – p.7 – 1997

O que pode-se ver na prática é que as empresas bem-sucedidas constantemente

procuraram melhorar sua posição baseada tanto na vantagem em produtividade como

na vantagem em valor e as que ainda atuam na extremidade, mercado de commodity,

vivem um grande desafio, buscando com o objetivo da logística em marketing,

estratégias que podem deslocar o negócio para uma posição mais segura de poder.

3.4.2 Supply Chain Management

Edelvino (2008, p. 32) cita que Supply Chain Management é o conjunto que envolve

todos os processos e organizações da empresa desde a fonte de matéria prima até o

cliente final. Este conceito é um novo modelo administrativo que está sendo adotado

pelas empresas a fim de evitar o desperdício, buscando a conjugação de todos os

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esforços inter e intra-organizacionais buscando com isso, reduzir custos e oferecer um

melhor serviço visando satisfazer a necessidade do consumidor.

O mesmo ressalta que sua importância é indiscutível por permitir que as organizações

enxerguem a cadeia de valor genérica, de forma interdependente ou relacionada, pois

algum acontecimento que ocorra em uma das partes do sistema pode afetar o custo ou

a lucratividade. Para isto, é importante que haja uma correta coordenação entre as

atividades, o qual, sendo atingido, é uma fonte de vantagens competitivas.

Edelvino (2008) considera algumas convicções importantes como:

Trata-se de uma filosofia administrativa que propicia um novo modelo

cultural e de gestão organizacional sendo relacionada a Logística com as

demais funções administrativas;

Possibilita gerir melhor os fluxos logísticos (de informações, de materiais e

financeiro) exigindo maior entrosamento e comunicação entre as áreas de

planejamento e de execução;

Exige que todas as unidades operacionais, intra e inter-organizacionais,

estejam orientadas para o mercado;

Pressupõe delegação da capacidade de decisão para as pessoas

envolvidas no processo, que determina treinamento e reciclagens.

O mesmo conceitua Supply Chain Management como:

(...) a administração sinérgica dos canais de suprimentos de todos os participantes da cadeia de valor, através da integração de seus processos de negócios, visando sempre agregar valor ao produto final, em cada elo da cadeia, gerando vantagens competitivas sustentáveis ao longo do tempo. (FILHO, Edelvino, 2008, p. 33).

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Edelvino (2008) expõe três pontos que resume os objetivos principais:

1 – Redução de custos: busca-se com o melhor gerenciamento da cadeia

logística, conseguir reduzir custos através da eliminação de atividades desnecessárias,

evitando desperdícios;

2 – Agregar Valor: cada elo da cadeia está sempre buscando níveis de qualidade

e eficiência que possibilitem ofertar um produto que o cliente perceba um valor

agregado maior;

3 – Vantagem Estratégica: a visão integrada por toda a cadeia produtiva pode

proporcionar a obtenção um diferencial competitivo importante, seja através de uma

estratégia de redução de custos ou de diferenciação.

3.5 Compras

Segundo Viana (2002, p. 172), “compra significa procurar e providenciar a entrega de

materiais na qualidade especificada e no prazo necessário, a um preço justo, para o

funcionamento, a manutenção ou a ampliação da empresa”.

O mesmo autor (2002), afirma que: o ato de comprar é determinado pela observação da

seqüência de algumas etapas:

Determinar o que, quanto e quando comprar;

Análise dos fornecedores;

Concorrência para selecionar o melhor fornecedor;

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Negociar;

Fechar contrato;

Acompanhamento da venda pedido/entrega;

Encerramento do processo após o recebimento do material.

3.5.1 Gestão de compras

A gestão de compras é de fundamental importância para qualquer organização,

exigindo da empresa e do gestor o planejamento devido com intuito de se evitar

prejuízos. Parente (2000) menciona que atualmente, o setor de comprar em uma

empresa é determinante para ela se manter no mercado competitivo.

De açodo com Baily et al (2000) a compra é hoje uma atividade estratégica não

devendo ser desempenhada por um departamento especializado envolvendo também a

alta diretoria da empresa.

Segundo Parente (2000) o processo de compras envolve provavelmente a atividade

mais crítica de uma empresa. Assim que as vendas vão sendo realizadas, os níveis de

estoque precisam ser reabastecidos para garantir a disponibilidade do produto.

3.5.2 Objetivos de compras

Segundo Baily et al (2000) comprar corretamente é comprar a quantidade de material

correta respeitando os relatórios e análises emitidos dos setores a serem abastecidos,

no tempo certo para garantir a disponibilidade do produto, da fonte certa e ao preço

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adequado garantindo a qualidade dos produtos evitando prejuízos à empresa, sendo

função do gestor de compra planejar os seguintes fatores:

Suprir as organizações com matérias e serviços para suprir as necessidades;

Administrar o estoque proporcionando o melhor serviço com o menor custo aos

usuários;

Saber comprar com ética e eficiência;

Assegurar o fornecimento, mantendo sempre bons relacionamentos com os

fornecedores;

Manter relacionamentos sólidos com todos os departamentos fornecendo

informações eficazes de toda a organização;

Desenvolver funcionários, políticas, procedimentos e organizações para

assegurar os objetivos previstos.

3.5.3 Fornecedores

Visando atender necessidades e padrões estabelecidos pela empresa Baily et al (2000)

menciona que para a escolha correta do fornecedor, deve-se estabelecer quais

fabricam o produto ou serviço que atenderá as necessidades da empresa, pesquisar

preços e benefícios, buscar informações com parceiros e indústria para identificar a

reputação dos candidatos no que diz respeito a prazo de entrega, qualidade dos

produtos e nível de comprometimento. A decisão sobre a escolha do fornecedor de

acordo com o mesmo autor (2000) é de responsabilidade do executivo, e só deve ser

tomada após observado todas as variáveis, ressaltando que, várias fontes de

informações são necessárias, para a escolha correta do fornecedores.

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Parente (2000) orienta que para a escolha do fornecedor várias fontes de pesquisas

devem ser consultadas, garantindo que o fornecedor escolhido será o que mais trará

benefícios a empresa.

Para escolha correta do fornecedor Garcia (2004) menciona que preço, prazo de

entrega, fontes de referências, condições de pagamento, condições de venda e

descrição da mercadoria são pontos que devem ser considerados no momento da

decisão.

3.5.4 Compras no Exterior

Segundo Baily et al (2000), durante um tempo as negociações internacionais eram

limitadas a fornecedores mais próximos, que falavam a mesma língua, de uma cultura e

padrões similares.

O mesmo autor (2000) menciona que a globalização possibilitou a queda destas

barreiras o que favoreceu significativamente para o desenvolvimento das compras

internacionais por razões como:

Atender exigências do mercado seja por fatores tecnológicos ou aumento do mix

de produtos;

Existência de bem ou produto não fabricados domesticamente;

Às vezes é possível comprar bens mais baratos no exterior e em quantidades

maiores, salários menores, maior produtividade, melhores instalações e com

menor taxa de cambio.

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3.5.5 Problema de comprar no exterior

A internacionalização do comercio de acordo com Baily et al (2000) tornou comum a

aquisição de bens e suprimentos de fornecedores internacionais. O mesmo menciona

que a organização deve-se alertar para alguns problemas associados a este tipo de

compra:

Problema de comunicação

Envolve não somente a diferença de línguas, o fuso horário, e terminologia técnica

dificultam a negociação.

Diferença da moeda

O maior problema na conversão de moedas está ligado a variação das taxas de

câmbio, o que gera incerteza e oferece certo risco.

A taxa utilizada na conversão das moedas tende a mudar constantemente em razão da

mudança, oferta e na demanda de cada moeda, afetando as negociações tanto quanto

a mudança de preços.

Pagamento

Em função das dificuldades existentes neste processo faz-se necessário o

envolvimento de terceiros (bancos) o que acaba elevando o custo nas transações

internacionais

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Transportes

Os atrasos causados em sua maioria por greves e congestionamentos nos portos

constituem o maior problema no transporte de bens ou suprimentos adquiridos no

exterior.

3.6 Finanças

Kotler e Keller (2006) menciona que praça, preço, promoção e produto são os pilares

do marketing, sendo o preço o único responsável por produzir receita quando os

demais geram despesas. É em função do elemento preço que se faz necessário a

gestão financeira nas empresas que, de acordo com Martins (2006) deixou de ser uma

atividade isolada e se tornou uma atividade gerencial dentro das empresas, devido às

novas políticas de gestão das mesmas onde as decisões são tomadas desde que haja

comum acordo entre todos os setores.

Segundo Gitman (2004), finanças é a arte e a ciência da gestão do dinheiro, onde o

gestor financeiro deve tomar decisões baseando-se nos resultados de estudos feitos

sobre os processos, as instituições, os mercados e os instrumentos associados á

transferência de dinheiro entre indivíduos.

Neste cenário onde se faz necessário a comunicação entre os setores, Martins (2006)

menciona que é necessário que os conceitos e idéias da gestão financeira sejam

comuns ao conhecimento de todos possibilitando uma comunicação assertiva. De

acordo com o mesmo autor temos as seguintes definições das variáveis que compõem

toda e qualquer gestão de finanças:

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Gasto

Relação de troca em que para a empresa representa um sacrifício financeiro para a

aquisição de um produto ou serviço.

Gitman (2004) menciona que existem dois tipos de gasto, o capital e o operacional,

onde o gasto capital representa um sacrifício financeiro no qual a empresa espera obter

retorno em um período superior a um ano. O gasto operacional um sacrifício financeiro

no qual a empresa espera obter retorno em um período inferior a um ano.

Desembolso

Pagamento devido à aquisição de um produto ou serviço.

Investimento

Gasto com aquisição de um produto ou serviço com o intuito de gerar receita (entrada

de capital).

Custo

Gasto com a aquisição/produção para se produzir outros bens ou serviços.

Custos fixos

Gastos cuja variação não é proporcional a produção de bens ou serviços.

Segundo Ross (2002) os custos fixos independem do montante de bens ou serviços

produzidos e devem ser medidos por unidade de tempo.

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Custos variáveis

Gastos cuja variação e diretamente proporcional a produção.

Ross (2002) menciona que os custos variáveis alteram-se com a quantidade produzida

e são nulos quando não há produção.

Custo direto

São todos os custos que se conseguem identificar com as obras, do modo mais

econômico e lógico.

Custo indireto

São “todos os outros custos que dependem do emprego de recursos, de taxas de

rateio, de parâmetros para o débito às obras”. (LEONE, 1981).

Custo de oportunidade

Gitman (2004) menciona que o custo de oportunidade representa o fluxo que não será

utilizado em função da utilização de um ativo em determinado projeto.

O autor ressalta também que o custo de oportunidade representa o custo associado a

uma determinada escolha medido em termos da melhor oportunidade perdida. Por

outras palavras, o custo de oportunidade representa o valor que atribuímos à melhor

alternativa de que prescindimos quando efetuamos a nossa escolha.

Despesas

Desembolso necessário para possibilitar a receita (entrada de capital).

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Despesas fixas

Despesas cuja variação não e proporcional ao volume de vendas. Por exemplo:

despesas com água, luz, telefone, aluguel, etc.

Despesas variáveis

Despesas cuja variação é diretamente proporcional ao volume de vendas Por exemplo:

impostos sobre vendas, comissões sobre vendas, etc.

Perda

Resultado negativo involuntário.

Margem de contribuição

É o valor que o produto traz para a empresa de sobra entre a receita e os custos e

despesas variáveis que provocou. Deste montante deduzimos os custos fixos

chegamos ao lucro obtido pela empresa.

Investimento

Gasto com aquisição de um produto ou serviço com o intuito de gerar receita (entrada

de capital).

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VPL

De acordo com Gitman (2004) o VPL (Valor Presente Líquido) analisa o valor do

dinheiro no tempo descontando os fluxos de caixa a uma taxa (custo de oportunidade),

onde a mesma é utilizada como ponto de referência para determinar o retorno mínimo

que será obtido.

VPL= Valor presente das entradas de caixa – Investimento inicial.

Quando usado para tomada de decisões para aceite ou não de determinado projeto

considera-se os critérios:

Se o VPL for maior que R$ 0,00 o projeto pode ser aceito.

Se o VPL for menor que R$ 0,00 o projeto deverá se rejeitado.

Se o VPL for igual a R$ 0,00 o projeto obterá retorno “igual” ao seu custo de capital.

Payback

Gitman (2004) menciona que o método payback trata do tempo que demandará para

que a empresa recupere o capital investido, baseando-se nas suas entradas de caixa.

Quando o payback for utilizado como ferramenta à tomada de decisão deve-se

considerar os seguintes critérios:

Se o período de payback for menor que o período máximo aceitável de recuperação, o

projeto pode ser aceito. Se o período de payback for maior que o período máximo

aceitável de recuperação, o projeto deve ser rejeitado.

Contudo, em um projeto analisa-se o payback: simples e descontado.

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Payback Simples: para Souza e Clemente (2004) o payback simples é um

método fácil utilizado que mede o tempo necessário para recuperar o

investimento realizado.

Os mesmos ressaltam que o método do payback simples não considera valor do

dinheiro no tempo.

Payback Descontado: este demonstra a realidade do projeto, pois considera o

valor do dinheiro no tempo. Souza e Clemente (2004) definem como o número

de anos necessários para recuperar o investimento original considerando os

fluxos de caixa líquidos descontados pelo custo do capital do projeto.

TIR

Segundo Gitman (2004) a TIR (taxa interna de retorno) representa a taxa de desconto

que iguala o VPL de uma oportunidade de investimento a R$ 0,00.

Quando a TIR é utilizada como ferramenta para a tomada de decisões deve-se

considerar os seguintes critérios:

Se a TIR for maior que o custo de capital, o projeto pode ser aceito.

Se a TIR for menor que o custo de capital, o projeto deve ser rejeitado.

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Custo Médio Ponderado de Capital (CMPC)

De acordo com Ross (2002) quando se utiliza capital próprio e de terceiros para

financiamento de investimentos, o custo final de capital será uma média ponderada

entre o custo do capital próprio e de terceiros.

O custo médio ponderado de capital (CMPC) reflete o custo médio futuro

de fundos esperados no longo prazo. É obtido multiplicando o custo

especifico de cada modalidade de financiamento por sua proporção de

estrutura de capital da empresa e somam-se os valores ponderados.

(GITMAN, 2004, p.412).

Sob a forma de equação, o custo médio ponderado de capital:

Ka=(Wi x Ki)+ (WP x Kp) + ( Ws x Kr ou n)

Onde:

Wi = proporção de capital de terceiros de longo prazo na estrutura de capital;

Wp= proporção de ações preferenciais na estrutura de capital;

Ws= proporção de capital próprio na estrutura de capital.

Cálculo de viabilidade econômica.

Com base em definições e conceitos pesquisados em obras de autores especialistas

que conhecem e vivem o mercado, em valores e receitas estimados de acordo com as

condições atuais do mercado, levando em consideração a capacidade de produção da

máquina Free Form, desenvolvemos os seguintes cálculos com o objetivo de analisar a

viabilidade ou não do investimento.

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Gitman (2004) menciona que o VPL, TIR e payback são ferramentas da gestão

financeira que auxiliam a tomada de decisões no que diz respeito a investimentos.

DRE

Segundo Gitman (2004) a DRE é uma ferramenta de avaliação de resultados em

relação à vendas. É freqüentemente aplicado ao balanço patrimonial facilitando a

avaliação de variações das estruturas de ativos e financiamento da empresa.

Fluxo de caixa

O fluxo de caixa é o instrumento que possibilita o planejamento e o controle dos

recursos financeiros de uma empresa, ele relaciona ingressos e desembolsos de

recursos monetários num determinado intervalo de tempo e possibilita identificar

situações de superávit (sobra) e déficit (falta).

Honório (1987, p. 27) informa que o principal conceito de fluxo de caixa é prever

entradas e saídas de dinheiro como provisão. Com isto é possível planejar tomadas de

decisões financeiras previamente com o cenário simulado, permitindo ainda possíveis

ajustes quando for necessário, além de saber em qual situação a empresa está

trabalhando.

De acordo com Iudícibus (2006, p.241), “o fluxo de caixa é explicação das origens e das

aplicações das disponibilidades da entidade, com a explicação da mudança de saldo do

ativo durante o período”.

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3.7 Procedimentos de importação

Conforme Nelson Ludovico (2007) o avanço da modernização da atividade de

exportação do comércio exterior brasileiro deu início nos anos 90, época em que

consolidou o regime político democrático por meio da retomada das eleições diretas.

Esse cenário se concretizou na “Era Collor”, que formulou as diretrizes e objetivos do

comércio exterior e sua respectiva execução, que implantou controles para a inflação e

criação de instrumentos para importação, como abastecimento e modernização do

parque industrial brasileiro por meio de tecnologias importadas. No ponto administrativo

teve-se mudanças como a modernização no sistema brasileiro aduaneiro para o

SISCOMEX, que foi implantado em 1997, informatizando todos os dados que antes

eram trabalhados apenas no papel.

A importação compreende a compra de produtos no exterior, observadas as normas

comerciais, cambiais e fiscais vigentes. De acordo com Ministério do Desenvolvimento,

Indústria e Comércio Exterior (MIDIC), o processo de importação se divide em três

fases: administrativa, fiscal e cambial. A administrativa está ligada aos procedimentos

necessários para efetuar a importação que variam de acordo com o tipo de operação e

mercadoria. A fiscal compreende o despacho aduaneiro que se completa com o

pagamento dos tributos e retirada física da mercadoria da Alfândega. Já a cambial está

voltada para a transferência de moeda estrangeira por meio de um banco autorizado a

operar em câmbio.

Conforme a Receita Federal existem duas modalidades de importação. A importação

direta é realizada quando a empresa habilitada como importadora junto aos órgãos

competentes brasileiros conduz todo o processo de importação, desde os primeiros

contatos com o fornecedor na origem, até a conclusão da operação de compra. A

participação de um agente ou representante comercial no Brasil ou no exterior, não

descaracteriza a importação direta. Neste caso, os documentos de importação são

confeccionados em nome do comprador no Brasil, o qual irá utilizar diretamente os

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produtos objeto da importação, como matéria-prima em seu processo produtivo,

composição de seu ativo fixo, ou revenda no mercado nacional.

Na importação indireta, ocorre a participação de uma empresa mercantil (“trading

companies” ou empresas comerciais importadoras/exportadoras), que adquire

mercadorias de produtores no mercado internacional para posterior importação.

Atualmente, duas formas de terceirização das operações de comércio exterior são

reconhecidas e regulamentadas pela Secretaria da Receita Federal (SRF), a

importação por conta e ordem e a importação por encomenda.

Para que sejam consideradas regulares, tanto a prestação de serviços de importação

realizada por uma empresa por conta e ordem de uma outra – chamada adquirente –

quanto a importação promovida por pessoa jurídica importadora para revenda a uma

outra – dita encomendante predeterminada – devem atender a determinadas condições

previstas na legislação.

A escolha entre importar mercadoria estrangeira por conta própria ou por meio de um

intermediário contratado para esse fim é livre e perfeitamente legal, seja esse

intermediário um prestador de serviço ou um revendedor. Entretanto, tanto o importador

quanto o adquirente ou encomendante, conforme o caso, devem observar o tratamento

tributário específico dessas operações e alguns cuidados especiais, a fim de que não

sejam surpreendidos pela fiscalização da SRF e sejam autuados ou, até mesmo, que

as mercadorias sejam apreendidas.

Assim, a empresa que decidir por terceirizar algumas ou todas as suas operações de

comércio exterior deve estar atenta não só às diferenças de custo entre a importação

por conta e ordem e por encomenda, mas também aos diferentes efeitos e obrigações

tributárias a que estão sujeitas essas duas situações, não só na esfera federal, mas

também no âmbito estadual.

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3.7.1 Credenciamento da empresa importadora junto à receita federal

A empresa importadora deve providenciar seu credenciamento junto a Receita Federal

e sua habilitação no Siscomex (Sistema Integrado de Comércio Exterior) e Sistema

Radar, bem como o credenciamento de seus representantes legais para a prática de

atividades relacionadas ao despacho aduaneiro.

O Siscomex compreende uma sistemática administrativa do comércio exterior brasileiro,

que integra as atividades afins da Secretaria de Comércio Exterior (SECEX), da

Secretaria da Receita Federal (SRF) e do Banco Central (BACEN), denominados

órgãos gestores, no registro, acompanhamento e controle das diferentes etapas das

operações de exportação e importação. O Siscomex foi implantado na Importação em

01/01/97.

O Ambiente de Registro e Rastreamento da Atuação dos Intervenientes Aduaneiros

(RADAR) é um sistema informatizado da Receita Federal, cujo acesso foi

disponibilizado em 21 de agosto de 2002, no qual encontram-se disponibilizadas

informações de natureza aduaneira, contábil e fiscal que permite à fiscalização

identificar o comportamento e inferir o perfil de risco dos diversos agentes relacionados

ao comércio exterior, tornando-se uma ferramenta fundamental no combate às fraudes.

As modalidades para habilitação são classificadas da seguinte forma:

1. Ordinária: para pessoas jurídicas que atuam habitualmente no comércio exterior

ou na internação de mercadorias oriundas da Zona Franca de Manaus.

2. Especial: para órgãos da administração pública direta, autarquias e fundações

públicas, organismos internacionais e outras instituições extraterritoriais.

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3. Simplificada: para pessoas físicas ou jurídicas que atuem eventualmente no

Comércio Exterior ou na internação da Zona Franca de Manaus ou, ainda, para

pessoas jurídicas que exerçam atividades sem fins lucrativos.

3.7.2 Classificação Fiscal de Mercadorias

O Sistema Harmonizado de Designação e de Codificação de Mercadorias ou

simplesmente Sistema Harmonizado (SH) é um método internacional de classificação

de mercadorias, baseado em uma estrutura de códigos e respectivas descrições.

O SH facilita as negociações comerciais internacionais, elaboração e análise das

estatísticas de comércio exterior, elaboração de tarifas de frete internacional, etc.

O código SH é composto por seis dígitos, em um ordenamento numérico lógico,

crescente e de acordo com o nível de sofisticação das mercadorias.

Segundo Aduaneiras o Brasil, Argentina, Paraguai e Uruguai adotam, desde janeiro de

1995 a Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), que tem por base o Sistema

Harmonizado. Dos oito dígitos que compõem a NCM, os seis primeiros são formados

pelo SH, enquanto o sétimo e o oitavo dígitos correspondem a desdobramentos

específicos atribuídos no âmbito do Mercosul.

A codificação definida para os produtos é essencial para harmonizar procedimentos e

serve de instrumento para a fixação de tributos e regras para o comércio de

mercadorias. Assim, quando alguém precisa obter uma alíquota, do Imposto sobre

Produtos Industrializados ou do Imposto de Importação, por exemplo, antes tem de

conhecer qual o código do produto. Para saber se existe alguma anuência específica de

órgãos do governo federal para importar, também a classificação pode ser o ponto de

partida para a consulta.

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Portanto, trata-se de elemento presente em várias etapas de um processo de

importação ou exportação: troca de informações entre empresas, documentação,

levantamento de custos etc. Do lado do governo, é o instrumento para registro de

informações em sistemas informatizados, base para controles e utilizado em algumas

normas que versam sobre produtos, seja para a definição de tributos ou outros

procedimentos específicos.

3.7.3 Incoterms

Conforme o site aprendendo a exportar os chamados Incoterms (International

Commercial Terms / Termos Internacionais de Comércio) servem para definir, dentro da

estrutura de um contrato de compra e venda internacional, os direitos e obrigações

recíprocos do exportador e do importador, estabelecendo um conjunto-padrão de

definições e determinando regras e práticas neutras, como por exemplo: onde o

exportador deve entregar a mercadoria, quem paga o frete, quem é o responsável pela

contratação do seguro.

Os Incoterms têm esse objetivo, uma vez que se trata de regras internacionais,

imparciais, de caráter uniformizador, que constituem toda a base dos negócios

internacionais e objetivam promover sua harmonia.

Os Incoterms não impõem e sim propõem o entendimento entre vendedor e comprador,

quanto às tarefas necessárias para deslocamento da mercadoria do local onde é

elaborada até o local de destino final (zona de consumo): embalagem, transportes

internos, licenças de exportação e de importação, movimentação em terminais,

transporte e seguro internacionais etc.

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Incoterms EXW (Ex Works) definição:

• A mercadoria é colocada à disposição do comprador no estabelecimento do

vendedor, ou em outro local nomeado (fábrica, armazém, etc.), não

desembaraçada para exportação e não carregada em qualquer veículo coletor;

• Este termo representa obrigação mínima para o vendedor;

• O comprador arca com todos os custos e riscos envolvidos em retirar a

mercadoria do estabelecimento do vendedor;

• Desde que o Contrato de Compra e Venda contenha cláusula explícita a

respeito, os riscos e custos envolvidos e o carregamento da mercadoria na

saída, poderão ser do vendedor;

• EXW não deve ser usado se o comprador não puder se responsabilizar, direta

ou indiretamente, pelas formalidades de exportação;

• Este termo pode ser utilizado em qualquer modalidade de transporte.

3.7.4 Tratamento Tributário na Importação

Os tributos incidentes sobre uma determinada importação e os seus montantes

dependem do tipo de mercadoria, seu valor, origem, natureza da operação, qualidade

do importador, entre outros.

O próprio Siscomex contém as alíquotas dos tributos aplicáveis e, com base nas

informações fornecidas pelo importador, ele executa os cálculos necessários e debita

os valores devidos diretamente na conta corrente informada, no momento do registro da

declaração de importação.

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Os impostos aplicáveis à importação que devem ter análise são:

IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados);

PIS (Programa de Integração Social);

COFINS (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social);

II (Imposto de Importação);

ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços).

De acordo com Nelson Ludovico (2007, p. 119) ressalta-se para os impostos IPI, ICMS,

COFINS e o PIS, por serem impostos não cumulativos, existe a compensação contábil

através dos lançamentos (débito e crédito); já o II corresponde ao custo da compra.

3.7.5 Despacho Aduaneiro na Importação

O despacho aduaneiro de mercadorias na importação, segundo a Receita Federal é o

procedimento mediante o qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo

importador em relação às mercadorias importadas, aos documentos apresentados e à

legislação específica, com vistas ao seu desembaraço aduaneiro.

Toda mercadoria procedente do exterior, importada a título definitivo ou não, sujeita ou

não ao pagamento do imposto de importação, deve ser submetida a despacho de

importação, que é realizado com base em declaração apresentada à unidade aduaneira

sob cujo controle estiver a mercadoria.

Em geral, o despacho de importação é processado por meio de Declaração de

Importação (DI), registrada no Sistema Integrado de Comércio Exterior (Siscomex), nos

termos da Instrução Normativa SRF nº 680/06. Entretanto, em algumas situações, o

importador pode optar pelo despacho aduaneiro simplificado, que pode se dar por meio

do Siscomex ou por formulários, conforme o caso.

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O despacho aduaneiro de importação é dividido, basicamente, em duas categorias: o

despacho para consumo; e o despacho para admissão em regime aduaneiro especial

ou aplicado em áreas especiais.

O despacho para consumo ocorre quando as mercadorias ingressadas no país forem

destinadas ao uso, pelo aparelho produtivo nacional, como insumos, matérias-primas,

bens de produção e produtos intermediários, bem como quando forem destinadas ao

consumo próprio e à revenda. O despacho para consumo visa, portanto, a

nacionalização da mercadoria importada e a ele se aplica o regime comum de

importação.

O despacho para admissão em regimes aduaneiros especiais ou aplicados em áreas

especiais tem por objetivo o ingresso no País de mercadorias, produtos ou bens

provenientes do exterior, que deverão permanecer no regime por prazo certo e

conforme a finalidade destinada, sem sofrerem a incidência imediata de tributos, os

quais permanecem suspensos até a extinção do regime. Entre outros, se aplica às

mercadorias em trânsito aduaneiro e em admissão temporária, caso em que as

mercadorias devem retornar ao exterior, após cumprirem a sua finalidade.

Antes de iniciar uma operação de importação, o interessado deve sempre verificar se a

mercadoria a ser importada está sujeita a controle administrativo, pois, em regra, este

deve ser efetuado anteriormente ao embarque da mercadoria no exterior, sob pena de

pagamento de multa.

3.7.6 Declaração de Importação – DI

O despacho aduaneiro de importação é processado com base em declaração a ser

apresentada à unidade aduaneira sob cujo controle estiver a sua mercadoria. A DI deve

conter, entre outras informações, a identificação do importador e do adquirente ou

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encomendante, caso não sejam a mesma pessoa, assim como a identificação, a

classificação, o valor aduaneiro e a origem da mercadoria.

A DI é formulada pelo importador ou seu representante legal no Sistema Integrado de

Comércio Exterior (Siscomex) e consiste na prestação das seguintes informações:

Gerais - correspondentes à operação de importação;

Específicas (adição) - contendo dados de natureza comercial, fiscal e cambial sobre

cada tipo de mercadoria.

O tratamento aduaneiro a ser aplicado à mercadoria importada é determinante para a

escolha do tipo de declaração a ser preenchida pelo importador.

3.7.7 Início do Despacho Aduaneiro de Importação

O ato que determina o início do despacho aduaneiro de importação é o registro da DI

no Siscomex, salvo nos casos de Despacho Antecipado. É no momento desse registro

que ocorre o pagamento de todos os tributos federais devidos na importação.

Se o despacho de importação, em uma de suas modalidades, não for iniciado nos

prazos estabelecidos na legislação, que variam entre 45 a 90 dias da chegada da

mercadoria ao País, ela é considerada abandonada, o que acarretará a aplicação da

pena de perdimento e a destinação da mercadoria para um dos fins previstos na

legislação. O mesmo acontece com a mercadoria cujo despacho de importação tenha

seu curso interrompido durante sessenta dias, por ação ou por omissão do importador.

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3.7.8 Documentos de Instrução da DI

Regra geral, os documentos que servem de base para as informações contidas na DI

são:

1. Via original do conhecimento de carga ou documento equivalente;

2. Via original da fatura comercial, assinada pelo exportador;

3. Romaneio de carga (packing list), quando aplicável;

4. Outros documentos, exigidos em decorrência de Acordos Internacionais ou de

legislação específica.

Os documentos de instrução da DI devem ser entregues à fiscalização da SRF sempre

que solicitados e, por essa razão, o importador deve mantê-los pelo prazo previsto na

legislação, que pode variar conforme o caso, mas nunca é inferior a 05 anos.

3.7.9 Parametrização (canais verde, amarelo, vermelho e cinza)

Uma vez registrada a declaração de importação e iniciado o procedimento de despacho

aduaneiro, a DI é submetida a análise fiscal e selecionada para um dos canais de

conferência. Tal procedimento de seleção recebe o nome de parametrização. Os canais

de conferência são quatro: verde, amarelo, vermelho e cinza.

A importação selecionada para o canal verde é desembaraçada automaticamente sem

qualquer verificação. O canal amarelo significa conferência dos documentos de

instrução da DI e das informações constantes na declaração. No caso de seleção para

o canal vermelho, há, além da conferência documental, a conferência física da

mercadoria. Finalmente, quando a DI é selecionada para o canal cinza, é realizado o

exame documental, a verificação física da mercadoria e a aplicação de procedimento

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especial de controle aduaneiro, para verificação de elementos indiciários de fraude,

inclusive no que se refere ao preço declarado da mercadoria.

3.7.10 Desembaraço Aduaneiro

O desembaraço aduaneiro é o ato pelo qual é registrada a conclusão da conferência

aduaneira. É com o desembaraço aduaneiro que é autorizado a efetiva entrega da

mercadoria ao importador e é ele o último ato do procedimento de despacho aduaneiro.

3.7.11 Ex tarifário

Um dos objetivos da política econômica do governo brasileiro é estimular os

investimentos em bens de capital destinados à ampliação e reestruturação do seu

parque industrial, bem como à melhoria da infra-estrutura de serviços do País, pelos

seus indiscutíveis efeitos no que se refere ao aumento das exportações, à substituição

competitiva das importações, à geração de empregos, ao aumento da oferta interna de

bens e ao incremento de receitas tributárias.

A utilização das melhores tecnologias disponíveis no mundo é fundamental para o

sucesso desses investimentos uma vez que a abertura comercial e a globalização

exigem o alcance de custos compatíveis com os dos nossos concorrentes

internacionais, incluindo-se aí custos de investimentos.

O regime dos ex-tarifários consiste atualmente em um dos instrumentos disponíveis

para contribuir com esses objetivos, permitindo a redução do custo de aquisição de

máquinas e equipamentos sem produção nacional, por meio da redução da alíquota do

imposto de importação incidente sobre os mesmos.

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O regime de ex-tarifário é um mecanismo para redução de custo na aquisição de bens

de capital (BK) e de informática e telecomunicação (BIT). Ele consiste na redução

temporária do imposto de importação desses bens (assinalados como BK e BIT, na

Tarifa Externa Comum do Mercosul), quando não houver a produção nacional.

A importância desse regime consiste em três pontos fundamentais:

Possibilita aumento da inovação tecnológica por parte de empresas de diferentes

segmentos da economia – conforme preconizado nas diretrizes da Política

Industrial, Tecnológica e de Comércio Exterior (PITCE);

Garante um nível de proteção à indústria nacional de bens de capital, uma vez

que só é concedido para bens que não possuem produção nacional;

Produz um efeito multiplicador de emprego e renda sobre segmentos

diferenciados da economia nacional.

A concessão do regime é dada por meio de Resolução da Câmara de Comércio

Exterior (Camex) após parecer do Comitê de Análise de Ex-Tarifários (Caex).

3.7.12 Regulamentação

O regime dos ex-tarifários está regulamentado pela Resolução Camex n.º 35 de 22 de

novembro de 2006, que explicita os requisitos e procedimentos para aplicação do

regime de ex-tarifário e pela Portaria MDIC/GM nº 20, de 26 de janeiro de 2007 que

altera a composição do Comitê de Análise de Ex-Tarifário (Caex). Este regime especial

de ex-tarifário tem como objetivo reduzir a alíquota do imposto de importação na

aquisição de Bens de Capital (assinalados como “BK” na TEC) e Bens de Informática e

de Telecomunicação (assinalados como “BIT” na TEC), sem produção nacional.

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Os pedidos deverão ser encaminhados à Secretaria do Desenvolvimento da Produção,

acompanhados de informações relativas a:

Empresa ou entidade de classe pleiteante;

Informações técnicas sobre o produto;

Previsão de importação;

Informações sobre os investimentos e objetivos vinculados ao pleito.

3.7.13 Análise de Méritos

O Caex – Comitê de Análise de ex-tarifários, formado no âmbito do MDIC, composto

por representantes da Secretaria de Desenvolvimento da Produção, que o presidirá, da

Secretaria de Comércio Exterior e da Secretaria Executiva da Camex, realiza a análise

de mérito dos pleitos apresentados ao Ministério.

Critérios para a análise de mérito:

Compromissos nos Fóruns de Competitividade das Cadeias Produtivas;

Política para o desenvolvimento do setor a que pertence o pleiteante;

Impactos sobre a exportação e substituição competitiva de importações;

Absorção de novas tecnologias; e,

Investimento em melhoria de infra-estrutura.

3.7.14 Análise de Inexistência de Produção Nacional

Procedimentos feitos para verificação da inexistência de produção nacional:

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Atestado ou declaração de comprovação de inexistência de produção nacional, para

o produto solicitado, emitido por entidade idônea e qualificada para emitir

documentos desta natureza;

Consultas aos fabricantes nacionais de bens de capital, informática e

telecomunicações, ou às suas entidades representativas, estabelecendo prazo de

até 15 (quinze) dias corridos para a resposta e alertando aos interessados que, na

ausência de manifestação, poderá ser considerado atendido o requisito de

inexistência de produção nacional;

Mecanismo de consulta pública com vistas a reunir subsídios para o exame de

inexistência de produção nacional;

Laudo técnico elaborado por entidade tecnológica de reconhecida idoneidade e

competência técnica, na hipótese de divergência quanto à existência de produção

nacional.

Na verificação de inexistência de produção nacional, são considerados os seguintes

fatores comparativos, quando pertinentes:

Qualidade do produto final ou do serviço executado;

Produtividade do equipamento ou sistema integrado;

Fornecimentos anteriores efetuados;

Garantia de performance;

Consumo de energia e de matérias-primas;

Prazo de entrega usual para o mesmo tipo de mercadoria;

Outros fatores de desempenho (específicos do caso).

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3.7.15 Fluxos e Prazos

Fluxo Normal para Análise de Pleitos Novos, quando não há produção nacional e há

mérito:

Protocolo do Pleito no MDIC;

Análise Preliminar da Documentação;

Análise da Secretaria da Receita Federal (Nomenclatura e Classificação do

Produto);

Verificação de Inexistência de Produção Nacional;

Análise de Mérito;

Elaboração de Parecer;

Análise pelo Gecex/Camex;

Publicação.

O prazo médio para análise de pleito é de noventa dias. Entretanto, maior ou menor

agilidade no processo depende de muitos aspectos, dentre os quais:

Rigor das empresas na elaboração do pleito e no fornecimento dos documentos e

informações exigidos;

Dificuldade em comprovar a inexistência de produção nacional. O regime de ex-

tarifário é uma exceção á Tarifa Externa Comum e a condição essencial é a de que

não haja produção nacional do produto beneficiado com o regime.

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63

4. METODOLOGIA

Segundo Gil (1999) para o desenvolvimento de um projeto, deve-se definir os tipos de

pesquisas a serem realizadas e os procedimentos para aplicação das mesmas, bem

como definir como serão tratados e analisados os dados coletados e outras

informações que irão validar cientificamente o projeto realizado. O mesmo autor

menciona que metodologia é a descrição dos processos e ferramentas utilizados na

coleta de dados e interpretação dos mesmos. Bertucci (2008, p.45) cita que se a

metodologia for incorretamente delineada, toda etapa de coleta e análise de dados

estará comprometida

Para o desenvolvimento do projeto fez-se necessário a utilização dos seguintes tipos de

pesquisas:

Pesquisa exploratória

Para o desenvolvimento do projeto, no primeiro momento foi utilizada a pesquisa

exploratória com base em levantamento de experiência (briefing), em entrevista feita

com o proprietário do Laboratório 2020.

A pesquisa exploratória de acordo com Bertucci (2008) é recomendada quando se tem

pouco ou nenhum conhecimento sobre o problema de pesquisa, o que possibilita a

familiarização com o problema em questão.

Para a obtenção de dados sobre o mercado óptico brasileiro, foi utilizada também a

pesquisa exploratória, desta feita com base em dados secundários, obtidos por meio de

artigos de empresas de pesquisa e empresas do setor, bem como dados obtidos junto a

associação das ópticas.

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Para desenvolver o referencial teórico fez-se necessário a pesquisa exploratória

bibliográfica, a partir de um levantamento de dados secundários para dar ao projeto

embasamento científico e teórico. O seu conteúdo foi retirado de obras de autores que

conhecem e vivem o mercado bem como de revistas especializadas no setor.

Segundo Malhotra (2005) dados secundários são dados já existentes resultantes de

conclusões de pesquisas para solução de um determinado problema. O mesmo autor

menciona que o uso de dados secundários como fonte de pesquisa, aumenta a

assertividade nas decisões.

Pesquisa descritiva qualitativa

Este tipo de pesquisa fez-se necessário para a coleta de dados em função dos

objetivos específicos. Os dados foram coletados em entrevista com o gestor da

empresa.

Este tipo de pesquisa de acordo com Malhotra (2005) possibilita a definição com maior

precisão do problema em questão bem como formular hipóteses e identificar ou

esclarecer as variáveis a serem investigadas.

Ferramentas de pesquisa

Como ferramenta de pesquisa foi utilizado nos momentos de coletas de dados

diferentes tipos de questionários, que nortearam caminho para alcançar os objetivos em

questão.

No briefing foi utilizado um modelo de um roteiro contendo perguntas abertas e

fechadas. A entrevista com o proprietário da empresa foi realizada no dia 23 de Março

de 2011.

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Para a coleta de dados relativos aos objetivos específicos a ferramenta utilizada foi um

questionário semi-estruturado, com a entrevista foi realizada no dia 7 de Maio de 2011.

A importância do questionário segundo Malhotra (2005) deve-se ao fato de o

questionário garantir a padronização e comparação dos dados entre os entrevistadores,

aumentar a velocidade e a precisão dos registros e facilitar o processamento dos

dados.

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5. APRESENTAÇÃO E ANALISE DOS DADOS

No dia 30/04/2011 foi feita uma entrevista com os gestores do Laboratório 2020,

visando identificar os pontos a serem esclarecidos para a aquisição do conjunto de

maquinas Satisloh, e o que pode ser melhorado no processo de produção do

Laboratório 2020 após a aquisição da mesma, possibilitando a criação de diferencial

competitivo em relação a seus concorrentes diretos.

5.1 Diagnóstico do 1º objetivo: Identificar os processos logísticos de importação.

De acordo com a entrevista, os gestores do Laboratório 2020 não tem idéia até então

de quais são os processos logísticos de importação para aquisição da conjunto de

maquinas Satisloh.

Parente (2000) orienta que para a escolha do fornecedor, é preciso a consulta de várias

fontes de pesquisas dentre elas os próprios parceiros e fornecedores, garantindo que o

fabricante escolhido será o que mais trará benefícios para a empresa.

Baseado nesse conceito pode-se dizer que a empresa identificou corretamente o

fornecedor, pois levou em consideração às informações da parceira Essilor, que indicou

o equipamento Satisloh como sendo o mais viável em termos de produção e qualidade.

A importação será direta pelo Laboratório 2020 que deverá contratar os serviços de

uma empresa de despacho aduaneiro que providenciará o credenciamento junto a

Receita Federal no sistema Radar e habilitação no Siscomex (Sistema Integrado de

Comércio Exterior).

Com a fatura proforma do fabricante Satisloh (Anexo III) foi identificado as informações

necessárias para identificar os processos logísticos de importação e os devidos custos:

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A Importação será realizada na condição Inconterms Ex Works, (Anexo III).

Nessa condição o equipamento estará disponível para retirada pelo importador

no porto Settimo Miilanes, localizado na cidade Wetzlar, Alemanha, sendo de

responsabilidade do importador as despesas aduaneiras, frete e seguro desde o

porto Settimo Miilanes até a entrega no Laboratório 2020.

Local de Nacionalização: EADI Betim. O conjunto de máquinas deverá ser

desembarcado no porto de Santos/SP e posteriormente será removida da zona

primária para ser desembaraçada em recinto alfandegário de zona secundária,

para que haja a cobertura do seguro internacional bem como caso tenha alguma

irregularidade na conferência desse conjunto, o Laboratório 2020 poderá efetuar

a devolução da importação sem a tarifação que caracterize o processo de

exportação. Do porto de Santos/SP até o EADI Betim, o conjunto de máquinas

estará em trânsito aduaneiro sob responsabilidade da Receita Federal.

A partir da confirmação do pedido, o prazo de entrega do conjunto de máquinas

disponibilizados no porto Settiimo Miilanes é estimado em 3 meses. Deve ser

considerado ainda o prazo de transporte até o Laboratório 2020.

5.2 Diagnóstico do 2º objetivo: Identificar os custos de importação.

Ainda por meio da entrevista, identificou-se que a empresa desconhece os trâmites e

custos relacionados à importação do conjunto de máquinas Satisloh, julgando estes

fatores ser de responsabilidade do exportador.

Porém como se pode constatar na fatura proforma do exportador, é justamente o

contrário do que é de conhecimento da empresa, nessa importação as

responsabilidades são todas do importador.

Abaixo tabela que demonstrada todos custos de importação:

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PLANILHA DE CUSTOS DE IMPORTAÇÃO DO EQUIPAMENTO Importador LABORATÓRIO ÓPTICO 2020

Fornecedor Satisloh AG

Endereço Neuhofstrasse 12 CH-6340 Baar Switzerlan

Local de embarque Wetzlar / Settimo Milanes Prazo de Entrega 3 meses

Condições de Pagamento 30% na Confirmação do Pedido 70% Carta de Credito

Produto Máquinas para esmerilar ou polir - vidro

Moeda de compra EUR

Quantidade 3,00 máquinas Peso bruto: 2.640 kg

Valor importação 302.585,97

Taxa do Dólar/R$ 1,6602 Taxa dia 02/03/11

Taxa do EUR/US$ 1,3853 Taxa dia 02/03/11

Classificação fiscal 8464.20.10

Qt total da importação

VALORES PARA BASE DE CALCULO DOS IMPOSTOS E TAXAS - CIF (CUSTO, SEGURO E FRETE)

USD R$ Custo X CIF OBSERVAÇÕES

Valor total EXW 419.172,34 695.909,93 99,486% Valor informado pelo importador

VALORES DO CUSTO DE SEGURO E FRETE

Valor total seguro 834,52 1.385,47 0,198% Prêmio estimado para FOB, frete e 10% de despesas contratado no Brasil

Valor do frete internacional 1.332,22 2.211,74 0,316% Proposta Neo Logistics 058/11

Custo do Seguro e Frete 2.166,74 3.597,21 0,01

Valor CIF 421.339,08 699.507,14 100,000% Valor FOB + Frete Internacional + Seguro Internacional

DESPESAS PARA DESEMBARAÇO NA EADI-BETIM

Transporte interno (DTA STS x EADI-BETIM) 600,00 996,12 0,142% Valor estimado

Desconsolidação 100,00 166,02 0,024% Proposta Neo Logistics 058/11

BL Fee 100,00 166,02 0,024% Proposta Neo Logistics 058/11

ISPS 4,82 8,00 0,001% Proposta Neo Logistics 058/11

Armazenagem EADI BETIM 1.504,18 2.497,24 0,357% Valor Estimado (conforme tabela vigente)

Capatazia 103,90 172,50 0,025% Proposta Neo Logistics 058/11

Marinha Mercante 345,82 574,14 0,082% 25% sobre frete internacional + R$ 21,20 (Taxa Mercante)

Siscarga Fee 12,05 20,00 0,003% Proposta Neo Logistics 058/11

Honorários Inter Aduaneira (Desembaraço Aduaneiro)

2.073,31 3.442,11 0,492% Proposta Inter Aduaneira - VIDE OBS 1

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SDA (Sindicato Despachante Aduaneiro) 180,70 300,00 0,043% Proposta Inter Aduaneira - VIDE OBS 1

DTA (Trânsito Aduaneiro) 328,27 545,00 0,078% Proposta Inter Aduaneira - VIDE OBS 1

TOTAIS DESPESAS DE DESEMBARAÇO 5.353,05 8.887,14 1,270%

IMPOSTOS

Alíquota Valor R$

Imposto de importação 14,00% 97.931,00 14,000% Alíquota conforme NCM

I P I 0,00% 0,00 0,000% Alíquota conforme NCM

ICMS 18,00% 195.459,99 27,943% Alíquota conforme NCM

PIS 1,65% 15.937,54 2,278% Alíquota conforme NCM

COFINS 7,60% 73.409,26 10,494% Alíquota conforme NCM

Taxa Siscomex - 40,00 0,006% Valor de acordo com tabela do Governo Federal

TOTAIS IMPOSTOS 382.777,79 54,721%

Custo de Importação

R$ 395.262,15

OBSERVAÇÕES:

1) Proposta Inter Aduaneira

Honorários para Desembaraço Aduaneiro

Desembaraço aduaneiro (Nacionalização): 1% do valor CIF com mínimos de 2,0 salários mínimos e máximo de 6,0 salários mínimos

SDA (Sindicato Despachantes Aduaneiros): R$ 300,00

DTA (Trânsito Aduaneiro) = 1 salário mínimo

2) Seguro Internacional

O seguro internacional cotado é para mercadoria NOVA. Restrições em relação a mercadoria USADA poderão ser aplicadas.

O seguro internacional deverá ser contratado, mediante aprovação do cliente, das condições estipuladas na Apólice da Inter Aduaneira.

Tabela 1 - Custos de Importação Fonte: Inter Aduaneira

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De acordo com a tabela acima o custo de importação será de R$ 395.262,15

(Trezentos e noventa e cinco mil duzentos e sessenta e dois reais e quinze centavos).

O Laboratório 2020 poderá se beneficiar do regime EX-TARIFÁRIO na importação do

equipamento, uma vez que não há em território nacional a produção de máquinas

semelhantes.

5.3 Diagnóstico do 3º objetivo: Elaborar os cálculos de viabilidade econômica e

financeira da aquisição do conjunto de maquinas Satisloh para o Laboratório

2020.

De acordo com os dados coletados, o Laboratório possui as informações corretas em

relação ao preço final do equipamento conforme tabela abaixo.

RESUMO DOS CUSTOS DE IMPORTAÇÃO EQUIPAMENTO E SOFTWARE EM R$

Descrição Valor R$

Custo do conjunto de Maquinas Satisloh R$ 695.909,93

Custo Importação das Maquinas R$ 395.262,15

Sub-Total Maquinas R$ 1.091.172,07

Custos dos Serviços R$ 55.334,99

Custo de Importação de Serviços R$ 82.601,20

Sub -Total de Serviços R$ 137.936,20

Total Geral Nacionalizada R$ 1.229.108,27

Tabela 2 - Tabela demonstrativa do custo total do conjunto de maquinas Satisloh.

Conforme demonstra a tabela acima o custo total do investimento será de R$

1.229.108,27 (hum milhão duzentos e vinte e nove mil, cento e oito reais e vinte e sete

centavos).

Então, o laboratório 2020 deve considerar o que diz Martins (2006) que investimento é

o gasto com aquisição de um produto ou serviço com o intuito de gerar receita (entrada

de capital).

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Abaixo tabela Price com os cálculos financeiros do investimento:

Financiamento Pelo Proger da CEF

Valor do Financiamento R$ 1.229.108,27

Taxa Mensal 0,90%

Taxa Anual 11,35%

Prazo meses 48

Prazo Anual 5

Carência 12

Valor Após a Carência R$ 1.229.108,27

Pagamento Mensal R$ 31.647,18

Calculo da Prestação, Juros, Amortização

MÊS JURO AMORTIZAÇÃO PRESTAÇÃO SALDO DEVEDOR

0 - - - R$ 1.229.108,27

1 R$ 11.061,08 R$ 0,00 R$ 11.061,08 R$ 1.229.108,27

2 R$ 11.061,08 R$ 0,00 R$ 11.061,08 R$ 1.229.108,27

3 R$ 11.061,08 R$ 0,00 R$ 11.061,08 R$ 1.229.108,27

4 R$ 11.061,08 R$ 0,00 R$ 11.061,08 R$ 1.229.108,27

5 R$ 11.061,08 R$ 0,00 R$ 11.061,08 R$ 1.229.108,27

6 R$ 11.061,08 R$ 0,00 R$ 11.061,08 R$ 1.229.108,27

7 R$ 11.061,08 R$ 0,00 R$ 11.061,08 R$ 1.229.108,27

8 R$ 11.061,08 R$ 0,00 R$ 11.061,08 R$ 1.229.108,27

9 R$ 11.061,08 R$ 0,00 R$ 11.061,08 R$ 1.229.108,27

10 R$ 11.061,08 R$ 0,00 R$ 11.061,08 R$ 1.229.108,27

11 R$ 11.061,08 R$ 0,00 R$ 11.061,08 R$ 1.229.108,27

12 R$ 11.061,08 R$ 0,00 R$ 11.061,08 R$ 1.229.108,27

13 R$ 11.061,08 R$ 20.586,10 R$ 31.647,18 R$ 1.208.522,17

14 R$ 10.875,82 R$ 20.771,36 R$ 31.647,18 R$ 1.187.750,81

15 R$ 10.688,89 R$ 20.958,29 R$ 31.647,18 R$ 1.166.792,52

16 R$ 10.500,28 R$ 21.146,90 R$ 31.647,18 R$ 1.145.645,63

17 R$ 10.309,97 R$ 21.337,20 R$ 31.647,18 R$ 1.124.308,42

18 R$ 10.117,95 R$ 21.529,22 R$ 31.647,18 R$ 1.102.779,20

19 R$ 9.924,21 R$ 21.722,97 R$ 31.647,18 R$ 1.081.056,23

20 R$ 9.728,72 R$ 21.918,46 R$ 31.647,18 R$ 1.059.137,77

21 R$ 9.531,47 R$ 22.115,71 R$ 31.647,18 R$ 1.037.022,06

22 R$ 9.332,44 R$ 22.314,74 R$ 31.647,18 R$ 1.014.707,32

23 R$ 9.131,62 R$ 22.515,55 R$ 31.647,18 R$ 992.191,77

24 R$ 8.929,00 R$ 22.718,18 R$ 31.647,18 R$ 969.473,59

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25 R$ 8.724,55 R$ 22.922,62 R$ 31.647,18 R$ 946.550,97

26 R$ 8.518,27 R$ 23.128,91 R$ 31.647,18 R$ 923.422,06

27 R$ 8.310,12 R$ 23.337,05 R$ 31.647,18 R$ 900.085,01

28 R$ 8.100,11 R$ 23.547,07 R$ 31.647,18 R$ 876.537,94

29 R$ 7.888,20 R$ 23.758,98 R$ 31.647,18 R$ 852.778,96

30 R$ 7.674,39 R$ 23.972,79 R$ 31.647,18 R$ 828.806,17

31 R$ 7.458,65 R$ 24.188,53 R$ 31.647,18 R$ 804.617,64

32 R$ 7.240,97 R$ 24.406,21 R$ 31.647,18 R$ 780.211,44

33 R$ 7.021,33 R$ 24.625,84 R$ 31.647,18 R$ 755.585,59

34 R$ 6.799,72 R$ 24.847,46 R$ 31.647,18 R$ 730.738,13

35 R$ 6.576,11 R$ 25.071,07 R$ 31.647,18 R$ 705.667,07

36 R$ 6.350,49 R$ 25.296,69 R$ 31.647,18 R$ 680.370,38

37 R$ 6.122,84 R$ 25.524,34 R$ 31.647,18 R$ 654.846,04

38 R$ 5.893,14 R$ 25.754,04 R$ 31.647,18 R$ 629.091,99

39 R$ 5.661,37 R$ 25.985,81 R$ 31.647,18 R$ 603.106,19

40 R$ 5.427,52 R$ 26.219,66 R$ 31.647,18 R$ 576.886,52

41 R$ 5.191,56 R$ 26.455,62 R$ 31.647,18 R$ 550.430,90

42 R$ 4.953,48 R$ 26.693,70 R$ 31.647,18 R$ 523.737,20

43 R$ 4.713,25 R$ 26.933,93 R$ 31.647,18 R$ 496.803,28

44 R$ 4.470,87 R$ 27.176,31 R$ 31.647,18 R$ 469.626,97

45 R$ 4.226,30 R$ 27.420,88 R$ 31.647,18 R$ 442.206,09

46 R$ 3.979,53 R$ 27.667,65 R$ 31.647,18 R$ 414.538,44

47 R$ 3.730,54 R$ 27.916,63 R$ 31.647,18 R$ 386.621,81

48 R$ 3.479,31 R$ 28.167,86 R$ 31.647,18 R$ 358.453,95

49 R$ 3.225,82 R$ 28.421,35 R$ 31.647,18 R$ 330.032,59

50 R$ 2.970,05 R$ 28.677,13 R$ 31.647,18 R$ 301.355,47

51 R$ 2.711,98 R$ 28.935,20 R$ 31.647,18 R$ 272.420,27

52 R$ 2.451,58 R$ 29.195,59 R$ 31.647,18 R$ 243.224,67

53 R$ 2.188,84 R$ 29.458,33 R$ 31.647,18 R$ 213.766,34

54 R$ 1.923,74 R$ 29.723,44 R$ 31.647,18 R$ 184.042,91

55 R$ 1.656,25 R$ 29.990,93 R$ 31.647,18 R$ 154.051,98

56 R$ 1.386,36 R$ 30.260,82 R$ 31.647,18 R$ 123.791,16

57 R$ 1.114,03 R$ 30.533,15 R$ 31.647,18 R$ 93.258,01

58 R$ 839,25 R$ 30.807,92 R$ 31.647,18 R$ 62.450,09

59 R$ 562,01 R$ 31.085,17 R$ 31.647,18 R$ 31.364,92

60 R$ 282,26 R$ 31.364,92 R$ 31.647,18 R$ 0,00

TOTAL R$ 422.689,15 R$ 1.229.108,27 R$ 1.651.797,47

Tabela 3 - Tabela Price

O financiamento do investimento será feito por meio da linha PROGER da CEF, com taxa de

oportunidade anual de 11,35% no prazo de 05 anos com carência de 12 meses.

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No período de carência estará sendo pago apenas os juros R$11.061,08 (Onze mil, sessenta e

um reais e oito centavos), após isso juros mais amortização somados geram uma prestação

mensal de R$31.647,18 (Trinta e um mil seiscentos e quarenta a sete reais, e dezoito

centavos).

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As tabelas abaixo simulam os números Laboratório 2020 com o conjunto de máquinas Satisloh.

A tabela acima demonstra o cálculo do preço médio de vendas em relação ao preço da tabela atual das lentes praticado

pelo Laboratório 2020.

CALCULO DOS PREÇOS MÉDIOS DOS PRODUTOS

PRODUTO PREÇO TABELA ATUAL PREÇO MÉDIO Espace Orma R$ 108,00

Espace Orma R$ 48,00

Espace Plus Orma R$ 138,00

Espace Short Orma R$ 138,00

Espace Policarbonato R$ 197,33

Espace TFL R$ 150,00

Espace Plus TFL R$ 200,00

Espace Short TFL R$ 242,00

Espace Transitions R$ 284,00

Espace Orma Acclimates R$ 183,00

Espace Plus Orma Transitions R$ 310,00

Espace Short Orma Transitions R$ 363,00

Espace Short Acclimates R$ 280,00

Tabela 4 - Preço médio de vendas das lentes Fonte: Laboratório 2020

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Dados do mercado

Público Alvo Grande BH 1.300 Óticas

Taxa de Retorno 15% % Captação

Público Efetivo 195 Cadastrado

Percentual Compra Mês 70% % Comprando

Publico Efetivo:Média Mensal Compra 137 Óticas comprando

Quantidade media de lentes a serem compradas por óptica 19 Pares de lentes mês

Taxa de Crescimento Anual 2% Ao ano

Taxa de Crescimento Mensal 0,17% Ao mês

Taxa de Participação dos Produtos nas Vendas

Espace Orma 60%

Espace Policarbonato 25%

Espace Transitions 15%

Correção Anual (Preços) 3,00%

Correção Mensal (Preços) 0,25%

Tabela 5 - Dados mercadológicos

Segundo dados da Minas Óptica existem aproximadamente 1300 ópticas na região metropolitana de BH, que conforme

demonstra tabela acima, se o Laboratório 2020 captar 15% das ópticas da Grande BH, atenderia cerca de 195 clientes

onde apenas 70% destes comprariam todos os meses, perfazendo um total de 137 ópticas ativas adquirindo em média

de 19 pares de lentes/mês.

No primeiro ano o laboratório irá comercializar 31.406 pares de lentes, e considerando um crescimento estimado de 2%

ao ano, o quinto ano fecharia com 36.789 pares de lentes vendidos, desse volume de vendas o modelo espace orma

representaria 60%, espace policarbonato 25% e espace transitions 15%. A correção dos preços será de 3% a.a.

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A tabela abaixo demonstra a previsão de vendas para os próximos 05 anos para o Laboratório 2020 no cenário Satisloh.

PREVISÃO DE VENDAS CENÁRIO SATISLOH

Mês

Preço dos Produtos Receita Prevista com Produtos

Óticas

Total Lentes

Espace Orma

Espace Policarbon

ato

Espace Transitions

Espace Orma

Espace Policarbonato

Espace Transitions

Espace Orma Espace

Policarbonato Espace

Transitions TOTAL GERAL

janeiro-12 137 2.594 1.556 648 389 108,00 197,33 284,00 168.058,80 127.946,00 110.483,10 406.487,90

fevereiro-12 137 2.598 1.559 649 390 108,27 197,82 284,70 168.751,53 128.473,38 110.938,50 408.163,41

março-12 137 2.602 1.561 651 390 108,53 198,31 285,40 169.447,11 129.002,94 111.395,78 409.845,83

abril-12 137 2.606 1.564 652 391 108,80 198,80 286,11 170.145,55 129.534,68 111.854,95 411.535,18

maio-12 137 2.611 1.566 653 392 109,07 199,29 286,81 170.846,88 130.068,61 112.316,01 413.231,50

junho-12 138 2.615 1.569 654 392 109,34 199,78 287,52 171.551,10 130.604,75 112.778,96 414.934,81

julho-12 138 2.619 1.572 655 393 109,61 200,27 288,23 172.258,22 131.143,09 113.243,83 416.645,14

agosto-12 138 2.624 1.574 656 394 109,88 200,77 288,94 172.968,26 131.683,65 113.710,61 418.362,52

setembro-12 138 2.628 1.577 657 394 110,15 201,26 289,65 173.681,22 132.226,44 114.179,32 420.086,98

outubro-12 139 2.632 1.579 658 395 110,42 201,76 290,37 174.397,12 132.771,47 114.649,96 421.818,55

novembro-12 139 2.637 1.582 659 395 110,69 202,25 291,08 175.115,97 133.318,74 115.122,54 423.557,25

dezembro-12 139 2.641 1.585 660 396 110,97 202,75 291,80 175.837,79 133.868,27 115.597,06 425.303,12

janeiro-13 139 2.645 1.587 661 397 111,24 203,25 292,52 176.562,58 134.420,07 116.073,54 427.056,19

fevereiro-13 139 2.650 1.590 662 397 111,51 203,75 293,24 177.290,35 134.974,14 116.551,99 428.816,48

março-13 140 2.654 1.592 664 398 111,79 204,26 293,96 178.021,13 135.530,49 117.032,41 430.584,03

abril-13 140 2.658 1.595 665 399 112,07 204,76 294,69 178.754,92 136.089,14 117.514,81 432.358,86

maio-13 140 2.663 1.598 666 399 112,34 205,27 295,42 179.491,73 136.650,09 117.999,20 434.141,02

junho-13 140 2.667 1.600 667 400 112,62 205,77 296,15 180.231,59 137.213,35 118.485,58 435.930,51

julho-13 141 2.672 1.603 668 401 112,90 206,28 296,88 180.974,49 137.778,93 118.973,97 437.727,38

agosto-13 141 2.676 1.606 669 401 113,17 206,79 297,61 181.720,45 138.346,84 119.464,37 439.531,66

setembro-13 141 2.681 1.608 670 402 113,45 207,30 298,34 182.469,49 138.917,10 119.956,79 441.343,38

outubro-13 141 2.685 1.611 671 403 113,73 207,81 299,08 183.221,61 139.489,71 120.451,25 443.162,56

novembro-13 142 2.689 1.614 672 403 114,01 208,32 299,81 183.976,84 140.064,67 120.947,74 444.989,25

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dezembro-13 142 2.694 1.616 673 404 114,30 208,84 300,55 184.735,18 140.642,01 121.446,27 446.823,46

janeiro-14 142 2.698 1.619 675 405 114,58 209,35 301,30 185.496,64 141.221,72 121.946,87 448.665,23

fevereiro-14 142 2.703 1.622 676 405 114,86 209,87 302,04 186.261,24 141.803,83 122.449,52 450.514,59

março-14 142 2.707 1.624 677 406 115,14 210,38 302,78 187.029,00 142.388,33 122.954,25 452.371,58

abril-14 143 2.712 1.627 678 407 115,43 210,90 303,53 187.799,92 142.975,25 123.461,06 454.236,22

maio-14 143 2.716 1.630 679 407 115,71 211,42 304,28 188.574,02 143.564,58 123.969,95 456.108,55

junho-14 143 2.721 1.632 680 408 116,00 211,95 305,03 189.351,30 144.156,34 124.480,95 457.988,60

julho-14 143 2.725 1.635 681 409 116,28 212,47 305,78 190.131,80 144.750,54 124.994,05 459.876,39

agosto-14 144 2.730 1.638 682 409 116,57 212,99 306,54 190.915,50 145.347,19 125.509,27 461.771,97

Setembro--14 144 2.734 1.640 684 410 116,86 213,52 307,29 191.702,44 145.946,30 126.026,61 463.675,35

outubro-14 144 2.739 1.643 685 411 117,15 214,04 308,05 192.492,63 146.547,88 126.546,08 465.586,59

novembro-14 144 2.743 1.646 686 411 117,43 214,57 308,81 193.286,07 147.151,94 127.067,69 467.505,70

dezembro-14 145 2.748 1.649 687 412 117,72 215,10 309,57 194.082,78 147.758,49 127.591,46 469.432,73

janeiro-15 145 2.752 1.651 688 413 118,01 215,63 310,33 194.882,77 148.367,54 128.117,38 471.367,69

fevereiro-15 145 2.757 1.654 689 414 118,31 216,16 311,10 195.686,06 148.979,10 128.645,47 473.310,63

março-15 145 2.761 1.657 690 414 118,60 216,70 311,87 196.492,67 149.593,18 129.175,73 475.261,58

abril-15 146 2.766 1.660 691 415 118,89 217,23 312,64 197.302,59 150.209,79 129.708,19 477.220,58

maio-15 146 2.770 1.662 693 416 119,18 217,77 313,41 198.115,86 150.828,95 130.242,83 479.187,64

junho-15 146 2.775 1.665 694 416 119,48 218,30 314,18 198.932,48 151.450,65 130.779,69 481.162,82

julho-15 146 2.780 1.668 695 417 119,77 218,84 314,96 199.752,46 152.074,92 131.318,75 483.146,14

agosto-15 147 2.784 1.671 696 418 120,07 219,38 315,73 200.575,83 152.701,76 131.860,04 485.137,63

setembro-15 147 2.789 1.673 697 418 120,36 219,92 316,51 201.402,59 153.331,19 132.403,55 487.137,33

outubro-15 147 2.793 1.676 698 419 120,66 220,47 317,29 202.232,75 153.963,21 132.949,31 489.145,27

novembro-15 147 2.798 1.679 700 420 120,96 221,01 318,07 203.066,34 154.597,83 133.497,32 491.161,49

dezembro-15 148 2.803 1.682 701 420 121,26 221,55 318,86 203.903,37 155.235,07 134.047,58 493.186,02

janeiro-16 148 2.807 1.684 702 421 121,55 222,10 319,64 204.743,84 155.874,94 134.600,12 495.218,90

fevereiro-16 148 2.812 1.687 703 422 121,85 222,65 320,43 205.587,78 156.517,44 135.154,93 497.260,15

março-16 148 2.817 1.690 704 422 122,16 223,20 321,22 206.435,20 157.162,60 135.712,03 499.309,82

abril-16 148 2.821 1.693 705 423 122,46 223,75 322,02 207.286,11 157.810,41 136.271,42 501.367,94

maio-16 149 2.826 1.696 706 424 122,76 224,30 322,81 208.140,52 158.460,89 136.833,12 503.434,54

junho-16 149 2.831 1.698 708 425 123,06 224,85 323,61 208.998,46 159.114,06 137.397,14 505.509,66

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julho-16 149 2.835 1.701 709 425 123,36 225,41 324,40 209.859,94 159.769,91 137.963,48 507.593,33

agosto-16 149 2.840 1.704 710 426 123,67 225,96 325,20 210.724,97 160.428,47 138.532,15 509.685,59

setembro-16 150 2.845 1.707 711 427 123,97 226,52 326,01 211.593,56 161.089,75 139.103,17 511.786,48

outubro-16 150 2.849 1.710 712 427 124,28 227,08 326,81 212.465,73 161.753,75 139.676,55 513.896,02

novembro-16 150 2.854 1.712 713 428 124,59 227,64 327,62 213.341,50 162.420,48 140.252,28 516.014,26

dezembro-16 150 2.859 1.715 715 429 124,89 228,20 328,42 214.220,88 163.089,97 140.830,39 518.141,23

Totais Gerais 163.439 98.064 40.860 24.516 ------------------------------ 11.413.377,48 8.689.196,85 7.503.238,90 27.605.813,22

Tabela 6 – Previsão de vendas

Previsão de Faturamento Anual cenário Satisloh

Ano (Previsão) - Em R$ 2012 2013 2014 2015 2016 Total

Espace Orma 2.063.059,54 2.167.450,35 2.277.123,34 2.392.345,78 2.513.398,48 11.413.377,48

Espace Policarbonato 1.570.642,03 1.650.116,52 1.733.612,42 1.821.333,21 1.913.492,67 8.689.196,85

Espace Transitions 1.356.270,62 1.424.897,92 1.496.997,75 1.572.745,84 1.652.326,78 7.503.238,90

Total 4.989.972,19 5.242.464,79 5.507.733,51 5.786.424,82 6.079.217,92 27.605.813,22

Tabela 7 – Previsão Anual de Faturamento

Considerando a taxa anual de crescimento de 2% e o reajuste anual dos preços de 3% a tabela acima demonstra a previsão

do faturamento anual.

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Projeção do Custo das Lentes Anual cenário Satisloh

Ano (Projeção) - Em R$ 2012 2013 2014 2015 2016 Total

Espace Orma 515.764,88 541.862,59 569.280,83 598.086,44 628.349,62 2.853.344,37

Espace Policarbonato 392.660,51 412.529,13 433.403,10 455.333,30 478.373,17 2.172.299,21

Espace Transitions 339.067,66 356.224,48 374.249,44 393.186,46 413.081,69 1.875.809,72

Total 1.247.493,05 1.310.616,20 1.376.933,38 1.446.606,21 1.519.804,48 6.901.453,31

Tabela 8 – Previsão Anual do Custo De acordo com estimativas do fabricante, o custo de produção representa 25% do valor de cada lente vendida.

Projeção da ST 17% no Custo das Lentes Anual cenário Satisloh

Ano (Projeção) - Em R$ 2012 2013 2014 2015 2016 Total

Espace Orma 87.680,03 92.116,64 96.777,74 101.674,70 106.819,44 485.068,54

Espace Policarbonato 66.752,29 70.129,95 73.678,53 77.406,66 81.323,44 369.290,87

Espace Transitions 57.641,50 60.558,16 63.622,40 66.841,70 70.223,89 318.887,65

Total 212.073,82 222.804,75 234.078,67 245.923,05 258.366,76 1.173.247,06 Tabela 9 – Projeção de S.T no custo das lentes

A tabela acima demonstra o valor anual da Substituição Tributária em 17% no custo de fabricação das lentes

Custo Total Anual de fabricação das Lentes cenário Satisloh

Ano (Projeção) - Em R$ 2012 2013 2014 2015 2016 Total

Espace Orma 603.444,91 633.979,23 666.058,58 699.761,14 735.169,05 3.338.412,91

Espace Policarbonato 459.412,80 482.659,08 507.081,63 532.739,96 559.696,60 2.541.590,08

Espace Transitions 396.709,16 416.782,64 437.871,84 460.028,16 483.305,58 2.194.697,38

Total 1.459.566,87 1.533.420,95 1.611.012,05 1.692.529,26 1.778.171,24 8.074.700,37 Tabela 10 – Custo total anual de fabricação das lentes

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80

A tabela acima demonstra o custo anual total de fabricação das lentes.

Impostos

Impostos Variáveis % 2012 2013 2014 2015 2016 Total

PIS 0,65% R$ 32.434,82 R$ 34.076,02 R$ 35.800,27 R$ 37.611,76 R$ 39.514,92 R$ 179.437,79

COFINS 3% R$ 49.699,17 R$ 57.273,94 R$ 165.232,01 R$ 173.592,74 R$ 82.376,54 R$ 828.174,40

IR 1,20% R$ 59.879,67 R$ 62.909,58 R$ 66.092,80 R$ 69.437,10 R$ 72.950,62 R$ 331.269,76

CSLL 1,08% R$ 53.891,70 R$ 56.618,62 R$ 59.483,52 R$ 62.493,39 R$ 65.655,55 R$ 298.142,78

Diferença de ICMS 18% R$ 898.194,99 R$ 943.643,66 R$ 991.392,03 R$ 1.041.556,47 R$1.094.259,23 R$4.969.046,38

ISSQN 5% R$ 249.498,61 R$ 262.123,24 R$ 275.386,68 R$ 289.321,24 R$ 303.960,90 R$1.380.290,66

Total 28,93% R$ 1.443.598,96 R$ 1.516.645,06 R$ 1.593.387,30 R$ 1.674.012,70 R$ 1.758.717,74 R$ 7.986.361,77

Tabela 11 – Impostos

De acordo com informações do Laboratório 2020, a tabela acima demonstra a taxa e o valor anual dos impostos variáveis

da empresa, que está inserida na carga tributária Lucro Presumido. (O lucro presumido é uma forma de tributação

simplificada para determinação da base de cálculo do imposto de renda e da CSLL das pessoas jurídicas que não

estiverem obrigadas, no ano-calendário, à apuração do lucro real).

Despesas variáveis cenário Satisloh

Despesas Variáveis % 2012 2013 2014 2015 2016 Total

Comissão 1,20% R$ 59.879,67 R$ 62.909,58 R$ 66.092,80 R$ 69.437,10 R$ 72.950,62 R$ 331.269,76

Frete (Frota Própria) 2% R$ 99.799,44 R$ 104.849,30 R$ 110.154,67 R$ 115.728,50 R$ 121.584,36 R$ 552.116,26

Total 3,20% R$ 159.679,11 R$ 167.758,87 R$ 176.247,47 R$ 185.165,59 R$ 194.534,97 R$ 883.386,02

Tabela 12 – Despesas variáveis

De acordo com informações do Laboratório 2020, a tabela acima demonstra a taxa e o valor anual das despesas

variáveis da empresa.

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81

Despesas fixas cenário Satisloh

Despesas fixas % 2012 2013 2014 2015 2016 Total

Mão de Obra e Encargos

8,42% R$ 420.000,00 R$ 428.400,00 R$ 436.968,00 R$ 445.707,36 R$ 454.621,51 R$ 2.185.696,87

Despesas Gerais 21,16% R$ 1.056.000,00 R$1.077.120,00 R$1.098.662,40 R$ 1.120.635,65 R$ 1.143.048,36 R$ 5.495.466,41

Total 29,58% R$ 1.476.000,00 R$1.505.520,00 R$1.535.630,40 R$ 1.566.343,01 R$ 1.597.669,87 R$ 7.681.163,28 Tabela 13 – Despesas fixas

De acordo com informações do Laboratório 2020, a tabela acima demonstra a taxa e o valor anual das despesas fixas da

empresa.

Depreciação anual cenário Satisloh

ANO % FIXO % VARIÁVEL

2012 5% 1,23

2013 5% 1,17

2014 5% 1,12

2015 5% 1,06

2016 5% 1,01

Tabela 14 – Depreciação anual

De acordo com dados do fabricante, a tabela acima demonstra a taxa de depreciação do conjunto de maquinas, o valor

percentual fixo é de 5%. O variável está diretamente ligado ao faturamento anual, logo, quanto maior o faturamento

menor a depreciação.

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82

Após identificar os impostos variáveis, custo da mercadoria vendida, despesas

variáveis, despesas fixas, despesas financeiras, definir a estimativa de vendas e

depreciação foi possível desenvolver o DRE estimado do Laboratório 2020 operando

com o conjunto de máquinas Satisloh.

Ano 2012 cenário Satisloh Descrição R$ %

Venda Anual 4.989.972,19 100,00%

(-) Impostos Variáveis -1.443.598,96 -28,93%

(-) CMV -1.459.566,87 -29,25%

(-) Despesas Variáveis -159.679,11 -3,20%

(=) Margem Contribuição 1.927.127,26 38,62%

(-) Despesas Fixas -1.476.000,00 -29,58%

(-) Despesas Financeiras -132.732,92 2,66%

(-) Depreciação -61.455,41 1,23%

(=) Lucro R$ 256.938,93 5,15%

Ponto de Equilíbrio R$ 3.821.853,96

Margem Contribuição 0,3862

Lucratividade 5%

Para cada real vendido R$0,05 é lucro

Rentabilidade 21%

Para cada real investido retorna-se R$0,21 Tabela 15 – DRE 2012

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83

Ano 2013 cenário Satisloh Descrição R$ %

Venda Anual 5.242.464,79 100,00%

(-) Impostos Variáveis -1.516.645,06 -28,93%

(-) CMV -1.533.420,95 -29,25%

(-) Despesas Variáveis -167.758,87 -3,20%

(=) Margem Contribuição 2.024.639,90 38,62%

(-) Despesas Fixas -1.505.520,00 -28,72%

(-) Despesas Financeiras -120.131,45 2,29%

(-) Depreciação -61.455,41 1,17%

(=) Lucro R$ 337.533,04 6,44%

Ponto de Equilíbrio R$ 3.898.291,04

Margem Contribuição 0,3862

Lucratividade 6%

Para cada real vendido R$0,06 é lucro

Rentabilidade 27%

Para cada real investido retorna-se R$0,27 Tabela 16 – DRE 2013

Ano 2014 cenário Satisloh Descrição R$ %

Venda Anual 5.507.733,51 100,00%

(-) Impostos Variáveis -1.593.387,30 -28,93%

(-) CMV -1.611.012,05 -29,25%

(-) Despesas Variáveis -176.247,47 -3,20%

(=) Margem Contribuição 2.127.086,68 38,62%

(-) Despesas Fixas -1.535.630,40 -27,88%

(-) Despesas Financeiras -90.662,91 1,65%

(-) Depreciação -61.455,41 1,12%

(=) Lucro R$ 439.337,96 7,98%

Ponto de Equilíbrio R$ 3.976.256,86

Margem Contribuição 0,3862

Lucratividade 8%

Para cada real vendido R$0,08 é lucro

Rentabilidade 36%

Para cada real investido retorna-se R$0,36 Tabela 17 – DRE 2014

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Ano 2015 cenário Satisloh Descrição R$ %

Venda Anual 5.786.424,82 100,00%

(-) Impostos Variáveis -1.674.012,70 -28,93%

(-) CMV -1.692.529,26 -29,25%

(-) Despesas Variáveis -185.165,59 -3,20%

(=) Margem Contribuição 2.234.717,27 38,62%

(-) Despesas Fixas -1.566.343,01 -27,07%

(-) Despesas Financeiras -57.849,70 1,00%

(-) Depreciação -61.455,41 1,06%

(=) Lucro R$ 549.069,15 9,49%

Ponto de Equilíbrio R$ 4.055.782,00

Margem Contribuição 0,3862

Lucratividade 9%

Para cada real vendido R$0,09 é lucro

Rentabilidade 45%

Para cada real investido retorna-se R$0,45 Tabela 18 – DRE 2015

Ano 2016 cenário Satisloh Descrição R$ %

Venda Anual 6.079.217,92 100,00%

(-) Impostos Variáveis -1.758.717,74 -28,93%

(-) CMV -1.778.171,24 -29,25%

(-) Despesas Variáveis -194.534,97 -3,20%

(=) Margem Contribuição 2.347.793,96 38,62%

(-) Despesas Fixas -1.597.669,87 -26,28%

(-) Despesas Financeiras -21.312,18 0,35%

(-) Depreciação -61.455,41 1,01%

(=) Lucro R$ 667.356,50 10,98%

Ponto de Equilíbrio R$ 4.136.897,64

Margem Contribuição 0,3862

Lucratividade 11%

Para cada real vendido R$0,11 é lucro

Rentabilidade 54%

Para cada real investido retorna-se R$0,54 Tabela 19 – DRE 2016.

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85

Fluxo de caixa cenário Satisloh

Custo Oportunidade 11,35%

Ano INVESTIMENTO R$ (1.229.108,27) Acumulado

2.012 Fluxo de Caixa Livre R$ 256.938,93 R$ 256.938,93

2.013 Fluxo de Caixa Livre R$ 337.533,04 R$ 594.471,97

2.014 Fluxo de Caixa Livre R$ 439.337,96 R$ 1.033.809,93

2.015 Fluxo de Caixa Livre R$ 549.069,15 R$ 1.582.879,07

2.016 Fluxo de Caixa Livre R$ 667.356,50 R$ 2.250.235,57

FCL de 05 anos R$ 1.021.127,30 Tabela 20 – Fluxo de Caixa Livre

Tabela 21 – TIR e VPL

O VPL do investimento é de R$ 339.112,05, Gitman (2004) menciona que o VPL

quando usado para tomada de decisões para aceite ou não de determinado projeto

considera-se os critérios:

Se o VPL for maior que R$ 0,00, o projeto pode ser aceito.

Se o VPL for menor que R$ 0,00, o projeto deverá se rejeitado.

De acordo com o critério VPL o investimento mostra-se viável.

A TIR do investimento é de: 20,21%, 8,86% maior que o custo de oportunidade, Gitman

(2204) menciona que quando a TIR é utilizada como ferramenta para a tomada de

decisões deve-se considerar os seguintes critérios:

Se a TIR for maior que o custo de capital, o projeto pode ser aceito.

Se a TIR for menor que o custo de capital, o projeto deve ser rejeitado.

Logo o investimento mostra-se viável de acordo com o critério TIR

VPL = Valor Presente Liquido R$ 339.112,05

TIR = Taxa de Retorno 20,21%

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86

PAYBACK SIMPLES

Ano Fluxo de Caixa Saldo

0 R$ (1.229.108,27) R$ (1.229.108,27)

1 R$ 256.938,93 R$ (972.169,34)

2 R$ 337.533,04 R$ (634.636,30)

3 R$ 439.337,96 R$ (195.298,35)

4 R$ 549.069,15 R$ 353.770,80

5 R$ 667.356,50 R$ 1.021.127,30

Período 3 anos 04 meses

549.069,15 12

-195.298,35 -4,27

PAYBACK DESCONTADO 1,1135

Ano Fluxo de Caixa Saldo

0 R$ (1.229.108,27) R$ (1.229.108,27)

1 R$ 230.748,93 R$ (998.359,34)

2 R$ 272.229,92 R$ (726.129,43)

3 R$ 318.220,43 R$ (407.909,00)

4 R$ 357.162,75 R$ (50.746,25)

5 R$ 389.858,30 R$ 339.112,05

Período 4 anos 02 meses

389.858,30 12

-50.746,25 -1,56

Tabela 22 – Payback Simples Tabela 23 – Payback Descontado

Considerando o payback simples o retorno do investimento se dará passados 3 anos e 4 meses.

Considerando o payback descontado o retorno do investimento se dará passados 4 anos e 2 meses.

Por se tratar de um equipamento tecnológico, considera-se 5 anos o tempo máximo para que ocorra o retorno do

investimento, uma vez que estes equipamentos constantemente se renovam inviabilizando um período maior para

recuperação do capital investido.

Baseado no resultado do payback descontado o investimento mostra-se viável também por este critério, Gitman (2004)

afirma que se o período de payback,for menor que o período máximo aceitável de recuperação, o projeto pode ser aceito.

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87

Souza e Clemente (2004) mencionam que para tomada de decisões deve-se considerar

o payback descontado,pois, este considera o valor do dinheiro no tempo.

As condições de pagamento apresentada pelo exportador são:

30% no fechamento do pedido;

70% por carta de crédito.

O pagamento dos 30% devera ser feito por meio de instituição financeira que tenha

operações de cambio autorizado pelo Banco Central, que fará o câmbio na taxa do dia

remetendo o valor para o banco a ser indicado pelo exportador.

A carta de credito será feita também por meio da instituição financeira que ira liberar o

valor somente apos o recebimento dos documentos originais e o conjunto de maquinas

recebido.

Essa forma de transação é a mais segura para o importador, tendo em vista que a carta

de crédito somente será liberada após a verificação do conjunto de máquinas, com a

devida documentação no EADI de Betim.

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88

Cenário atual do Laboratório 2020 (sem o equipamento Satisloh)

As tabelas abaixo demonstram a situação atual do Laboratório 2020, elas permitiram que seja feita a comparação entre o

cenário estimado do Laboratório 2020 produzindo a partir do conjunto de maquinas Satisloh, e o cenário atual,

possibilitando a visualização dos benefícios oferecidos pelo conjunto de maquinas Satisloh.

PRECO MEDIO DOS PRODUTOS LABORATORIO 2020

Lente A R$ 70,00

Lente B R$ 110,00

Lente C R$ 155,00

Dados

Público Alvo Belo Horizonte 650 Ópticas

Taxa de Retorno 35% Captação

Público Efetivo 228 Cadastrado

Percentual Compra Mês 60%

Publico Efetivo:Média Mensal Compra 137 Ópticas comprando

Quantidade media de lentes a serem compradas por óptica

29 Pares de lentes

Taxa de Crescimento Anual 2% ao ano

Taxa de Crescimento Mensal 0,17% ao mês

Taxa de Participação dos Produtos nas Vendas

Lente A 60%

Lente B 25%

Lente C 15%

Correção Anual (Preços) 3,00%

Correção Mensal (Preços) 0,25%

Tabela 24 – Cenário atual do Laboratório 2020

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89

Conforme demonstra a tabela acima, atualmente a empresa trabalha apenas com o publico de BH, do publico total a

empresa atende cerca de 228 ópticas (35% do total) cada uma comprando mensalmente 29 pares de lentes\mês.

O Laboratório 2020 comercializa por ano cerca de 45.653 pares de lentes\ano, considerando a taxa de crescimento de

2% no quinto ano o numero de lentes comercializas será de 53.491 pares de lentes.

Previsão de Vendas Mensal

Mês Quantidade Produtos Preço dos Produtos Receita Prevista com Produtos

Ópticas Total Lente Lente A Lente B Lente C Lente A Lente B Lente C Lente A Lente B Lente C TOTAL GERAL

janeiro-12 137

3.959 2.375 990 594 70,00 110,00 155,00 166.257,00 108.858,75 92.035,13 367.150,88

fevereiro-12 137

3.965 2.379 991 595 70,17 110,27 155,38 166.942,30 109.307,46 92.414,49 368.664,24

março-12 137

3.972 2.383 993 596 70,35 110,54 155,77 167.630,42 109.758,01 92.795,41 370.183,85

abril-12 137

3.978 2.387 995 597 70,52 110,82 156,15 168.321,38 110.210,43 93.177,91 371.709,72

maio-12 137

3.985 2.391 996 598 70,69 111,09 156,53 169.015,19 110.664,71 93.561,98 373.241,88

junho-12 138

3.991 2.395 998 599 70,87 111,36 156,92 169.711,86 111.120,86 93.947,64 374.780,35

julho-12 138

3.998 2.399 999 600 71,04 111,64 157,31 170.411,40 111.578,89 94.334,88 376.325,17

agosto-12 138

4.004 2.403 1.001 601 71,22 111,91 157,70 171.113,82 112.038,81 94.723,72 377.876,35

setembro-12 138

4.011 2.407 1.003 602 71,39 112,19 158,08 171.819,14 112.500,63 95.114,17 379.433,93

outubro-12 139

4.018 2.411 1.004 603 71,57 112,47 158,47 172.527,36 112.964,35 95.506,22 380.997,93

novembro-12 139

4.024 2.415 1.006 604 71,75 112,74

158,87

173.238,51 113.429,98 95.899,89 382.568,37

dezembro-12 139

4.031 2.419 1.008 605 71,92 113,02 159,26 173.952,58 113.897,53 96.295,18 384.145,29

janeiro-13 139

4.038 2.423 1.009 606 72,10 113,30 159,65 174.669,60 114.367,00 96.692,10 385.728,71

fevereiro-13 139

4.044 2.427 1.011 607 72,28 113,58 160,04 175.389,58 114.838,41 97.090,66 387.318,65

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90

março-13 140

4.051 2.431 1.013 608 72,46 113,86 160,44 176.112,52 115.311,77 97.490,86 388.915,15

abril-13 140

4.058 2.435 1.014 609 72,63 114,14 160,83 176.838,44 115.787,08 97.892,71 390.518,23

maio-13 140

4.064 2.439 1.016 610 72,81 114,42 161,23 177.567,36 116.264,34 98.296,22 392.127,92

junho-13 140

4.071 2.443 1.018 611 72,99 114,70 161,63 178.299,28 116.743,57 98.701,39 393.744,24

julho-13 141

4.078 2.447 1.019 612 73,17 114,99 162,03 179.034,21 117.224,78 99.108,23 395.367,22

agosto-13 141

4.085 2.451 1.021 613 73,35 115,27 162,43 179.772,18 117.707,97 99.516,74 396.996,90

setembro-13 141

4.091 2.455 1.023 614 73,53 115,55 162,83 180.513,19 118.193,16 99.926,94 398.633,29

outubro-13 141

4.098 2.459 1.025 615 73,72 115,84 163,23 181.257,25 118.680,34 100.338,83 400.276,42

novembro-13 142

4.105 2.463 1.026 616 73,90 116,13 163,63 182.004,38 119.169,53 100.752,42 401.926,33

dezembro-13 142

4.112 2.467 1.028 617 74,08 116,41 164,03 182.754,59 119.660,74 101.167,72 403.583,04

janeiro-14 142

4.118 2.471 1.030 618 74,26 116,70 164,44 183.507,89 120.153,97 101.584,72 405.246,58

fevereiro-14 142

4.125 2.475 1.031 619 74,45 116,99 164,85 184.264,29 120.649,24 102.003,45 406.916,98

março-14 142

4.132 2.479 1.033 620 74,63 117,28 165,25 185.023,82 121.146,55 102.423,90 408.594,26

abril-14 143

4.139 2.483 1.035 621 74,81 117,56 165,66 185.786,47 121.645,90 102.846,08 410.278,45

maio-14 143

4.146 2.487 1.036 622 75,00 117,85 166,07 186.552,27 122.147,32 103.270,01 411.969,59

junho-14 143

4.153 2.492 1.038 623 75,18 118,15 166,48 187.321,22 122.650,80 103.695,68 413.667,70

julho-14 143

4.159 2.496 1.040 624 75,37 118,44 166,89 188.093,35 123.156,36 104.123,10 415.372,80

agosto-14 144

4.166 2.500 1.042 625 75,55 118,73 167,30 188.868,65 123.664,00 104.552,29 417.084,94

Setembro--14 144

4.173 2.504 1.043 626 75,74 119,02 167,71 189.647,15 124.173,73 104.983,25 418.804,13

outubro-14 144

4.180 2.508 1.045 627 75,93 119,32 168,13 190.428,87 124.685,57 105.415,98 420.530,41

novembro-14 144

4.187 2.512 1.047 628 76,11 119,61 168,54 191.213,80 125.199,51 105.850,50 422.263,81

dezembro-14 145

4.194 2.516 1.048 629 76,30 119,90 168,96 192.001,97 125.715,57 106.286,80 424.004,35

janeiro-15 145

4.201 2.520 1.050 630 76,49 120,20 169,37 192.793,39 126.233,76 106.724,91 425.752,06

fevereiro-15 145

4.208 2.525 1.052 631 76,68 120,50 169,79 193.588,06 126.754,09 107.164,82 427.506,98

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91

março-15 145

4.215 2.529 1.054 632 76,87 120,79 170,21 194.386,02 127.276,56 107.606,55 429.269,13

abril-15 146

4.222 2.533 1.055 633 77,06 121,09 170,63 195.187,26 127.801,19 108.050,09 431.038,54

maio-15 146

4.229 2.537 1.057 634 77,25 121,39 171,05 195.991,81 128.327,97 108.495,47 432.815,25

junho-15 146

4.236 2.541 1.059 635 77,44 121,69 171,47 196.799,68 128.856,93 108.942,68 434.599,28

julho-15 146

4.243 2.546 1.061 636 77,63 121,99 171,89 197.610,87 129.388,07 109.391,73 436.390,67

agosto-15 147

4.250 2.550 1.062 637 77,82 122,29 172,32 198.425,41 129.921,40 109.842,64 438.189,44

setembro-15 147

4.257 2.554 1.064 638 78,01 122,59 172,74 199.243,30 130.456,92 110.295,40 439.995,62

outubro-15 147

4.264 2.558 1.066 640 78,21 122,89 173,17 200.064,57 130.994,66 110.750,03 441.809,25

novembro-15 147

4.271 2.562 1.068 641 78,40 123,20 173,60 200.889,22 131.534,61 111.206,53 443.630,35

dezembro-15 148

4.278 2.567 1.069 642 78,59 123,50 174,02 201.717,27 132.076,78 111.664,92 445.458,97

janeiro-16 148

4.285 2.571 1.071 643 78,79 123,81 174,45 202.548,73 132.621,19 112.125,19 447.295,11

fevereiro-16 148

4.292 2.575 1.073 644 78,98 124,11 174,88 203.383,62 133.167,85 112.587,36 449.138,83

março-16 148

4.299 2.579 1.075 645 79,17 124,42 175,32 204.221,95 133.716,75 113.051,44 450.990,15

abril-16 148

4.306 2.584 1.077 646 79,37 124,72 175,75 205.063,74 134.267,93 113.517,43 452.849,09

maio-16 149

4.313 2.588 1.078 647 79,57 125,03 176,18 205.909,00 134.821,37 113.985,34 454.715,70

junho-16 149

4.320 2.592 1.080 648 79,76 125,34 176,62 206.757,74 135.377,09 114.455,18 456.590,01

julho-16 149

4.327 2.596 1.082 649 79,96 125,65 177,05 207.609,98 135.935,11 114.926,95 458.472,04

agosto-16 149

4.335 2.601 1.084 650 80,16 125,96 177,49 208.465,73 136.495,42 115.400,67 460.361,82

setembro-16 150

4.342 2.605 1.085 651 80,35 126,27 177,93 209.325,01 137.058,04 115.876,35 462.259,40

outubro-16 150

4.349 2.609 1.087 652 80,55 126,58 178,36 210.187,83 137.622,99 116.353,98 464.164,80

novembro-16 150

4.356 2.614 1.089 653 80,75 126,89 178,80 211.054,21 138.190,26 116.833,58 466.078,05

dezembro-16 150

4.363 2.618 1.091 654 80,95 127,21 179,25 211.924,16 138.759,87 117.315,16 467.999,19

Totais Gerais 249.460 149.676 62.365 37.419 ---------------------------------------- 11.291.011,83 7.392.924,42 6.250.381,55 24.934.317,80

Tabela 25 – Previsão de vendas Laboratório 2020.

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92

Análise entre o cenário atual do Laboratório 2020 e o cenário estimado.

PRODUCAO MENSAL

Capacidade de Produção % Pares de Lentes Capacidade Satisloh 9.680

9.680 Capacidade 2020 7.700

Diferença Produção Satisloh 26% 1.980 Tabela 26 – Comparativo da capacidade de produção

Conforme demonstra a tabela acima, o conjunto de maquinas Satisloh possui a

capacidade produtiva 26% maior que a atual, esta diferença na capacidade de

produção, possibilita o atendimento a toda a região metropolitana de BH,

conforme pode-se constatar na tabela 5.

Custo de produção mensal

Custo de Produção % Custo Satisloh 25%

Custo 2020 43%

Diferença de Custos 18% Tabela 27 – Comparativo de custo de produção

De acordo com informações coletadas com os gestores do Laboratório 2020 o custo

de produção atual representa 43% do faturamento. Segundo o fornecedor do

conjunto de máquinas Satisloh o equipamento gera um custo de produção de 25%.

As lentes oftálmicas são produzidas através de blocos de resina, atualmente no

Laboratório 2020 para se produzir um modelo de lente de baixo valor de mercado

utiliza-se um bloco de resina também de menor valor para o laboratório.

A tecnologia do conjunto de máquinas Satisloh permite que a partir de um bloco de

menor valor (R$ 37,00 em média), se produza lentes de maior valor de mercado, ou

seja, a partir de um bloco simples se produza lentes multifocais.

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93

Essa característica do equipamento possibilita uma redução de 18% nos custos de

produção conforme demonstra a tabela 27, isto permite o Laboratório 2020 venda

menos e fature mais.

Ociosidade Mensal Satisloh

Capacidade de Produção 9.680

Previsão de Vendas 2.594

Resultado 73% -7.087

2020 Capacidade de Produção 7.700

Previsão de Vendas 4.078

Resultado 47% -3.622

Tabela 28 – Capacidade ociosa.

A tabela acima demonstra a capacidade ociosa dos cenários: atual e estimado.

Considerando a produção e projeção de vendas atual a ociosidade do Laboratório

2020 é de 3622 lentes, o que permite a empresa expandir seu mercado em

aproximadamente 47%.

Considerando a produção e projeção de vendas estimados a ociosidade do

Laboratório 2020 será de 7087 lentes, o que permite a empresa expandir seu

mercado em aproximadamente 73%.

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94

5.4 Diagnóstico do 4º objetivo: Analisar se a aquisição do conjunto de máquinas

Satisloh irá criar diferencial competitivo em relação aos seus concorrentes diretos.

Kotler e Keller (2006) mencionam que a concorrência não se verifica apenas sob o

aspecto setorial em que se reúne um grupo de empresas com o mesmo produto, ela

se define de acordo com mercado competitivo, em que os produtos atendam as

mesmas necessidades dos clientes

De acordo com os dados, os reais concorrentes são três, que se caracterizam por

possuírem o mesmo tipo de parceria com a Essilor. São eles:

PSA Nilo Laboratório Óptico - Rua Humaitá, 170 – Padre Eustáquio, Belo Horizonte,

MG;

Optiminas Laboratório Óptico – Rua dos Tamoios, 200 Loja. 3 - Centro, Belo

Horizonte, MG;

Tavares Laboratório Óptico - Rua Espírito Santo, 616 Sala 6, Centro, Belo Horizonte,

MG.

Os laboratórios discriminados acima atendem a demanda de Belo Horizonte,

buscando ambos, oferecer diferencial competitivo nos serviços prestados e prazos

de entrega uma vez que o produto comercializado, lentes, é o mesmo para todos.

De acordo com Christopher (1997) vantagem competitiva é a capacidade da

empresa, em diferenciar-se de seus concorrentes aos olhos do cliente pela sua

capacidade de operar a baixo custo gerando com isso lucro maior, ressaltando que

não se pode achar que os produtos bons sempre irão vender como também aceitar

que o sucesso em que a empresa encontra-se hoje continuará no futuro.

Com a aquisição do equipamento Satisloh, o Laboratório 2020 poderá criar

diferencial competitivo em relação aos seus concorrentes diretos, levando em conta

a redução que haverá nos custos de produção gerando lucro, que poderá ser

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95

repassado aos consumidores em forma de:

Diminuição do prazo de entrega: a capacidade de produção do equipamento

Satisloh é 26% maior do que a capacidade atual dos equipamentos do

Laboratório 2020;

Capacitação de pessoal: com foco principal em evitar retrabalhos, aumentar o

nível técnico dos colaboradores e dos produtos, garantindo a qualidade dos

mesmos e a entrega do produto certo, ao cliente certo, no prazo certo;

Promoção da marca do Laboratório 2020: buscando informar ao mercado da

alta capacidade tecnológica do laboratório e alto nível de qualidade dos

produtos vendidos e também o preço competitivo.

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96

6. CONSIDERAÇÕES GERAIS

O avanço tecnológico na atividade de fabricação de lentes oftálmicas tornou os

processos produtivos mais rápidos, fáceis e assertivos. Por outro lado, essa

mudança aumentou consideravelmente a concorrência no setor, obrigando as

empresas que queiram permanecer atuando no mercado a se capacitarem

tecnologicamente, possibilitando oferecer um produto de qualidade e com preços

competitivos ao público consumidor.

O principal objetivo deste projeto foi identificar a viabilidade econômica e financeira

do investimento na aquisição do conjunto de máquinas Satisloh pelo Laboratório

2020, bem como, os possíveis diferenciais competitivos que tal equipamento poderá

trazer para a empresa em relação aos seus concorrentes diretos.

Após a coleta de dados junto à empresa e ao fornecedor do equipamento, foi

possível desenvolver por meio de valores estimados, com base em obras de autores

especialistas os cálculos de viabilidade financeira do investimento na compra do

conjunto de máquinas Satisloh, onde os mesmo apontaram segundo os critérios de

avaliação de investimentos VPL,TIR e Payback, ser viável em termos econômicos e

financeiros o investimento.

Constatou-se também, que a tecnologia e a capacidade produtiva do conjunto de

máquinas Satisloh possibilitarão ao Laboratório 2020, uma produção maior que a

atual a um custo menor. A economia gerada na produção das lentes poderá ser

aplicada na promoção da marca e produtos, capacitação de pessoal e processos

que visem garantir a entrega do produto ao cliente certo, no local certo com o menor

prazo possível em forma de benefício, com o intuito de garantir o diferencial

competitivo em relação aos concorrentes diretos da empresa.

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MARTINS, Petrônio Garcia; ALT, Paulo Renato. Administração de materiais e

recursos patrimoniais. 2ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2006.

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior. Disponível em:

< http://www.mdic.gov.br/sitio/ >.

Acesso em: 17 mar. 2011.

PARENTE, Juracy. Varejo no Brasil: gestão e estratégia. São Paulo: Atlas, 2000.

Receita Federal do Brasil. Disponível em: < http://www.receita.fazenda.gov.br/ >.

Acesso em: 12 abr. 2011.

ROSS, Stephen. Princípios de administração financeira. 2ª Ed. São Paulo: Atlas,

2002.

VIANA, João José. Administração de Materiais: um enfoque prático. 1ª Ed. São

Paulo: Atlas, 2002.

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APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO

Identificar os processos logísticos de importação.

O que levou a empresa a escolha do fornecedor da máquina?

Quais fontes de pesquisa foram utilizadas pela empresa para identificação do

fornecedor da máquina?

Como será feita a importação? Direta ou através de Trading ou Comercial

Importadora?

Qual a modalidade da importação ou condição de venda negociada

(INCONTERMS)?

Identificar os custos de importação.

Qual o valor do frete internacional?

Será contratado seguro internacional para a importação?

Quais os incentivos fiscais para essa importação?

Quais componentes serão necessários além da maquina?

Elaborar os cálculos de viabilidade econômica e financeira da aquisição do

conjunto de maquinas Satisloh para o Laboratório 2020.

Qual o valor total da máquina e acessórios?

Qual capacidade produtiva da máquina?

Quais os custos dos insumos para produção?

O Capital utilizado para aquisição da máquina será de terceiros ou próprio?

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Identificar os principais concorrentes do Laboratório 2020.

Quais são os principais concorrentes do Laboratório?

Comparados ao Laboratório 2020 estes concorrentes estão em um nível

superior ou inferior?

Comparados ao Laboratório 2020, estes concorrentes estão melhores

equipados tecnologicamente?

Qual o principal diferencial competitivo destes concorrentes comparados ao

Laboratório 2020?

Estes concorrentes comercializam algum produto não encontrado no

Laboratório 2020?

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ANEXO I – CATÁLOGO DO CONJUNTO DE MÁQUINAS SATISLOH.

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ANEXO II – FATURA PROFORMA

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ANEXO III – TABELA INCOTERMS.

TRANSFERÊNCIA DE RESPONSABILIDADE E CUSTOS ENTRE EXPORTADOR E IMPORTADOR - INCOTERMS

SERVIÇOS EXW FCA FAS FOB CFR CIF CPT CIP DAP DAT DDP

Embalagem E E E E E E E E E E E

Carregamento I E E E E E E E E E E

Frete doméstico I E/I E E E E E E E E E

Desembaraço na I E E E E E E E E E E

Exportação

Frete I I I I E E E E E E E

Internacional

Seguro I I I I I E I E * * *

Internacional

Desembaraço na I I I I I I I I I I E

Importação

Impostos na I I I I I I I I I I E

Importação

Frete doméstico I I I I I I I I I I E/I

no destino

Ponto Crítico

Armazém na origem

Primeiro transportad

or

Ao longo do costado

do navio Amurada do navio

Amurada do navio

Amurada do navio

Primeiro transportador

Primeiro transportad

or

Local determinado no

destino (exceto termina

l)

No terminal

de destino

Local determinad

o no destino

Características GRUPO E GRUPO F GRUPO C GRUPO D

ORIGEM TRANSPORTE PRINCIPAL NÃO

PAGO TRANSPORTE PRINCIPAL PAGO DESTINO

I = MPORTADOR E = EXPORTADOR * = FACULTATIVO PARA EXPORTADOR

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ANEXO IV - DECRETO NO 660, DE 25 DE SETEMBRO DE 1992.

Institui o Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX.

O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84,

inciso IV, da Constituição,

DECRETA:

Art. 1° Fica instituído o Sistema Integrado de Comércio Exterior - SISCOMEX.

Art. 2° O SISCOMEX é o instrumento administrativo que integra as atividades de

registro, acompanhamento e controle das operações de comércio exterior, mediante

fluxo único, computadorizado, de informações.

Art. 3° O Ministro da Economia, Fazenda e Planejamento constituirá uma

comissão para administrar o SISCOMEX, composta por um representante do

Departamento de Comércio Exterior da Secretaria Nacional de Economia, um do

Departamento da Receita Federal da Secretaria da Fazenda Nacional, e um do

Banco Central do Brasil.

§ 1° A escolha dos membros da comissão terá caráter institucional e deverá

guardar estrita correlação com as matérias instrumentadas pelo SISCOMEX.

§ 2° A presidência da comissão será exercida por um dos seus membros, em

regime de rodízio anual.

Art. 4° As disposições dos atos legais, regulamentares e administrativos que

alterem, complementem ou produzam efeitos sobre a legislação de comércio exterior

vigente, deverão ser implementadas, no SISCOMEX, concomitantemente com a

entrada em vigor desses atos.

Art. 5° Os órgãos e entidades da Administração Federal direta e indireta,

intervenientes nas atividades de controle das exportações e importações, com vistas

a atender o disposto no artigo anterior e previamente à edição de seus atos

referentes a comércio exterior, deverão articular-se com a comissão de que trata o

art. 3°.

Art. 6° As informações relativas às operações de comércio exterior, necessárias

ao exercício das atividades referidas no art. 2°, serão processadas exclusivamente

por intermédio do SISCOMEX, a partir da data de sua implantação.

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§ 1° Para todos os fins e efeitos legais, os registros informatizados das operações

de exportação ou de importação no SISCOMEX, equivalem à Guia de Exportação, à

Declaração de Exportação, ao Documento Especial de Exportação, à Guia de

Importação e à Declaração de Importação.

§ 2° Outros documentos emitidos pelos órgãos e entidades da Administração

Direta e Indireta, com vistas à execução de controles específicos sob sua

responsabilidade, nos termos da legislação vigente, deverão ser substituídos por

registros informatizados, mediante acesso direto ao Sistema, pelos órgãos

encarregados desses controles.

Art. 7° O SISCOMEX emitirá o documento comprobatório da exportação ou da

importação.

Parágrafo único. Sempre que necessário, poderão ser obtidos extratos da

operação, que, visados por autoridade competente, terão força probatória junto a

autoridades administrativas, fiscais e judiciais.

Art. 8° A notificação de lançamento de tributos federais incidentes sobre comércio

exterior, bem como outras exigências fiscais e administrativas a serem cumpridas

pelos usuários do SISCOMEX, em razão do disposto na legislação vigente, serão

efetuadas por intermédio do Sistema.

Parágrafo único. O disposto neste artigo não prejudica a utilização, pelas

autoridades competentes e usuários, de instrumentos formais do sistema manual

tradicional para a formulação e cumprimento de exigências, sempre que o uso do

SISCOMEX não seja possível por circunstâncias técnicas ou operacionais.

Art. 9° Ficam assegurados os direitos e mantidas as obrigações decorrentes dos

documentos de exportação e de importação emitidos ou formalizados anteriormente

à data de implantação do SISCOMEX.

Art. 10. O Ministro da Economia, Fazenda e Planejamento estabelecerá as

normas complementares ao cumprimento do disposto neste Decreto.

Art. 11. Este Decreto entra em vigor na data de sua publicação.

Brasília, 25 de setembro de 1992; 171° da Independência e 104° da República.

FERNANDO COLLOR