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FACULDADE MERIDIONAL – IMED
ESCOLA DE ODONTOLOGIA
DANIELE MARQUES DOS SANTOS
AVALIAÇÃO DA MICROINFILTRAÇÃO COM A UTILIZAÇÃO DE UM CIMENTO RESINOSO AUTOADESIVO EM DIFERENTES
SUBSTRATOS DENTAIS
PASSO FUNDO
2013
2
DANIELE MARQUES DOS SANTOS
AVALIAÇÃO DA MICROINFILTRAÇÃO COM A UTILIZAÇÃO DE UM CIMENTO RESINOSO AUTOADESIVO EM DIFERENTES
SUBSTRATOS DENTAIS
Trabalho de conclusão de curso apresentado pela acadêmica de Odontologia Daniele Marques dos Santos, da Faculdade Meridional - IMED, como requisito indispensável para a obtenção de grau em Odontologia.
PASSO FUNDO
2013
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DANIELE MARQUES DOS SANTOS
AVALIAÇÃO DA MICROINFILTRAÇÃO COM A UTILIZAÇÃO DE UM CIMENTO RESINOSO AUTOADESIVO EM DIFERENTES
SUBSTRATOS DENTAIS
Professora orientadora:
Profa. Joseane Viccari Calza
PASSO FUNDO
2013
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Banca examinadora:
________________________________________________ Prof. Joseane Viccari calza
Escola de Odontologia - IMED
________________________________________________ Prof. Ms. Christian Shuh
Escola de Odontologia - IMED
________________________________________________ Prof. Ms. Cristiano Magagnin
Escola de Odontologia - IMED
5
Agradecimentos
Em especial, à minha orientadora, Profa. Joseane Viccari Calza pelo conhecimento
e ensinamento transmitido, pela extrema atenção, pela sua dedicação e paciência.
Por estar sempre presente durante a realização deste trabalho, e me orientar da
melhor maneira possível. Muito Obrigada!
Ao Prof. Christian Schuh, pela ajuda na elaboração do projeto, e por nos ajudar
com a realização dos preparos nos dentes.
Ao Prof. Ataís Bacchi, que se disponibilizou a colaborar coma pesquisa, realizando
as etapas de termociclagem e corte dos dentes, no Laboratório de materiais
dentários da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP/UNICAMP).
Ao Prof. Matheus Hartmman, pela disponibilização e ajuda na utilização do
microscópio, e pelas fotos para análise dos dados.
Ao CEOM pela disponibilidade de sua estrutura física e equipamentos.
À minha colega Marileia pela ajuda em algumas fotos, e pela amizade em todos os
momentos.
À Profa. Lilian Rigo, pelos ensinamentos, pelas diversas correções, e também por
realizar a análise estatística, fundamental para obtenção dos resultados.
Ao Laboratório Meridional pela realização da fase laboratorial, confecção dos
troquéis, e pela disponibilidade de ajudar sempre que necessário.
Ao Prof. Cristiano Magagnin por suas importantes colaborações na realização da
pesquisa.
À todos que direta ou indiretamente contribuíram para realização deste trabalho.
6
Tudo aquilo que o homem ignora, não existe para ele.
Por isso o universo de cada um, se resume ao tamanho do seu saber.
Albert Einstein
7
RESUMO
O sucesso clínico de uma restauração indireta depende em parte da técnica de cimentação usada que é a responsável por unir a restauração ao substrato dental. O conhecimento da técnica e dos materiais disponíveis no mercado odontológico é imprescindível ao profissional que realiza tais procedimentos. O objetivo deste estudo foi avaliar, in vitro, a microinfiltração de um cimento resinoso autoadesivo (Relyx U200, 3M ESPE) em ambos os substratos – esmalte e dentina. A amostra foi constituída por 8 dentes hígidos, preparados para receber uma coroa total, com margens em esmalte na face vestibular e dentina na face palatina. Sobre estes, foram cimentadas coroas confeccionadas em resina composta (Z350 Filtek, 3M ESPE). Foi realizada a ciclagem térmica de 700 ciclos, e após, os espécimes ficaram submersos em corante azul de metileno 1% por 5 horas, em seguida foram seccionados no sentido vestíbulo-lingual para obtenção de imagens, através de um microscópio estereoscópio com aumento de 16 vezes e uma câmera digital acoplada. As imagens foram avaliadas e catalogadas através de escores para a microinfiltração. Os dados obtidos foram submetidos ao teste estatístico de Anova, que demonstrou não haver diferença significativamente estatística na microinfiltração entre dentina e esmalte. Conclui-se que o cimento resinoso autoadesivo Relyx U200 apresentou microinfiltração, entretanto, sem diferença estatística entre esmalte e dentina.
Palavras-chave: Cimentos de resina. Infiltração. Materiais dentários
8
ABSTRACT
The clinical success of an indirect restoration depends partly on the cementing technique used that is responsible for uniting the restoration to the tooth substrate. The knowledge of technique and materials available in the dental market is essential to the professional who performs such procedures. The aim of this study was to evaluate in vitro microleakage of a self-adhesive resin cement (Relyx U200, 3M ESPE) in both substrates - enamel and dentin . The sample consisted of 8 healthy teeth, prepared to receive a crown full, with margins in enamel and dentin on the buccal surface in lingual. About these crowns made of composite resin (Filtek Z350 ,3M ESPE) were cemented. Thermal cycling for 700 cycles was performed, and after the specimens were submerged in methylene blue 1 % for 5 hours, then were sectioned in buccolingual direction to obtain images through a stereoscope microscope with an increase of 16 times and an attached digital camera. The images were evaluated and cataloged by scores for microleakage. Data were submitted to ANOVA statistical test, which showed no significant statistical difference in microleakage between dentin and enamel. It is concluded that the self-adhesive resin cement Relyx U200 presented microleakage, with no statistical difference between enamel and dentin. Key words: Resin cements. Infiltration. Dental materials.
9
APRESENTAÇÃO
Acadêmica Nome: Daniele Marques dos Santos
E-mail: [email protected]
Telefones: Residencial: (54) 3581-1700
Celular: (54) 8142-1169
Comercial: (51)3407-8463
Área de Concentração: Clínica Odontológica
Linha de Pesquisa: Propriedades físicas e biológicas dos materiais odontológicos e das estruturas dentais.
10
LISTA DE ILUSTRAÇÕES E TABELA
Figura 1- Dente posicionado no troquél para confecção do preparo; realização do
preparo com broca 4137 sob refrigeração.................................................................26 Figura 2 - Vista mesial do dente preparado com broca utilizada...............................26
Figura 3 - Vista oclusal do dente preparado..............................................................26 Figura 4 - Troquél confeccionado em gesso tipo IV: vista mesial; vista
oclusal........................................................................................................................27 Figura 5 - Troquél isolado com esmalte para unhas.................................................28
Figura 6 - Coroas confeccionadas sobre os troqueis isolados com esmalte para
unhas..........................................................................................................................28 Figura 7 - Cimento espatulado conforme orientações do fabricante........................ 30 Figura 8 - Inserção do cimento na coroa e posicionamento no dente.......................30
Figura 8 - Coroas cimentadas nos dentes................................................................ 31 Figura 10 - Raiz isolada com esmalte para unhas....................................................31
Figura 11 - Dente seccionado para avaliação da microinfiltração em esmalte e
dentina........................................................................................................................32 Figura 12 - Sem microinfiltração................................................................................34
Figura 13 - Microinfiltração Grau 2............................................................................34 Figura 14 - Microinfiltração Grau 3............................................................................34
Figura 15 - Microinfiltração Grau 4............................................................................34 Figura 16 - Gráfico comparativo da microinfiltração entre esmalte e dentina...........37
Quadro 1 - Materiais utilizados..................................................................................25
Quadro 2 - Escala para avaliação do grau de microinfiltração nas margens do
preparo.......................................................................................................................33 Tabela 1 - Análise descritiva da microinfiltração entre esmalte e dentina ................36
11
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO............................................................................................ 12
2 REVISÃO DE LITERATURA...................................................................... 14
3 OBJETIVOS ............................................................................................... 23
4 METODOLOGIA......................................................................................... 24
4.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO................................................................. 24
4.2 AMOSTRA.................................................................................................. 24
4.3 MATERIAIS UTILIZADOS........................................................................... 25
4.4 PROCEDIMENTOS PARA O PREPARO DOS DENTES........................... 25
4.5
4.6
CONFECÇÃO DOS TROQUÉIS.................................................................
CONFECÇÃO DAS COROAS.....................................................................
27
27
4.7 CIMENTAÇÃO DAS COROAS.................................................................... 29
4.8 CICLAGEM TÉRMICA................................................................................. 31
4.9 PIGMENTAÇÃO DOS CORPOS DE PROVA.............................................
4.10 SECCIONAMENTO DOS DENTES............................................................ 4.11 AVALIAÇÃO DA MICROINFILTRAÇÃO..................................................... 4.12 ANÁLISE ESTÁTISTICA.............................................................................
4.13 QUESTÕES ÉTICAS..................................................................................
5 RESULTADOS............................................................................................ 6 DISCUSSÃO...............................................................................................
7 CONCLUSÃO.............................................................................................
31
32
33
35
35
36
38
40
REFERÊNCIAS........................................................................................................ APÊNDICE............................................................................................................... ANEXOS..................................................................................................................
41
43
44
17
12
1 INTRODUÇÃO
As restaurações indiretas tais como, onlays, inlays, coroas unitárias ou pinos
estéticos, necessitam de cimentação da peça protética. Os cimentos
contemporâneos podem ser divididos em convencionais e adesivos, e devem
preencher a interface entre o dente preparado e a restauração, conferindo retenção
e resistência à restauração e ao remanescente dentário, promovendo vedamento
marginal e favorecendo a longevidade dos trabalhos protéticos (BARATIERI, et al.,
2011).
Os cimentos resinosos apresentam diversas vantagens quando comparados
aos cimentos convencionais, como maior retenção, solubilidade mínima no ambiente
oral, menor microinfiltração e biocompatibilidade aceitável (GARCIA, et al., 2009).
Adicionalmente aos sistemas adesivos que utilizam o condicionamento ácido
total, os cimentos resinosos autoadesivos surgiram no mercado exibindo
características de um protocolo simples de aplicação e foram propostos como uma
alternativa para os sistemas atualmente utilizados para cimentação, com a intenção
de superar a limitações dos cimentos tradicionalmente usados, bem como, reunir em
um único produto características favoráveis de diferentes cimentos. A sensibilidade
da técnica adesiva foi resolvida pela simples aplicação do cimento, eliminando
aplicação prévia de algum adesivo ou tratamento da superfície dentária. O primeiro
cimento autoadesivo a ser introduzido no mercado odontológico foi Relyx U100
(SOUZA, et al., 2011). Recentemente sua fórmula foi modificada para Relyx U200,
elevando o padrão de qualidade, oferecendo maior facilidade de uso, união em
dentina e esmalte, além de proporcionar diminuição de tempo clínico (3M/ ESPE,
2013).
A longevidade dos procedimentos restauradores está relacionada, entre
outros fatores, à obtenção de uma perfeita adaptação, assim como de uma união
forte e durável entre os materiais restauradores e a estrutura dentária. A
apresentação e o entendimento dos fatores que causam a desadaptação marginal
são essenciais para o desenvolvimento de técnicas e materiais que a minimizem. A
microinfiltração é definida como a passagem clinicamente não detectável de
bactérias, fluidos, moléculas ou íons entre a parede cavitária e o material
restaurador, sendo considerada um fator preponderante na longevidade da
restauração, o que pode levar à degradação marginal, formação de cáries
13
reincidentes, sensibilidade pós-operatória, hipersensibilidade, e até desenvolvimento
de patologias pulpares (MOSELE JÚNIOR, 2010).
Portanto, este estudo tem uma importante relevância, por avaliar um produto
relativamente novo e amplamente utilizado na odontologia.
14
2 REVISÃO DE LITERATURA
Campos et al. (1999) avaliaram a infiltração marginal em dentes humanos
preparados para receber uma coroa total. Foram feitos preparos cavitários
padronizados em 20 dentes extraídos, onde coroas totais foram cimentadas, sendo
10 coroas com cimento de fosfato de zinco e 10 com um cimento resinoso. As
amostras foram submetidas à ciclagem térmica e em seguida foram colocadas em
solução de azul de metileno a 0,5%. Após o seccionamento vestíbulo-lingual, os
corpos de prova foram examinados com lupa de aumento. Houve diferença
significante entre os dois cimentos testados, sendo que 100% das amostras
cimentadas com cimento de fosfato de zinco apresentaram infiltração atingindo
dentina e polpa, e 100% das amostras cimentadas com o cimento resinoso não
sofreram qualquer tipo de infiltração. Concluiu-se que o cimento resinoso apresentou
melhores resultados quanto ao grau de infiltração quando comparado com o cimento
de fosfato de zinco na cimentação de coroas metálicas fundidas.
Padilha et al. (2003) revisaram a literatura sobre os cimentos resinosos,
considerando a grande procura pela estética, pelas restaurações indiretas, e pelo
aumento da oferta de materiais para serem utilizados no momento da cimentação.
Estes verificaram que com o surgimento dos cimentos adesivos resinosos
apresentaram propriedades superiores aos cimentos tradicionalmente usados
(cimentos de fosfato de zinco e ionômero de vidro), por permitirem a obtenção de
uma união química quando em associação ao agente de união aplicado sobre a
superfície dentária e do material restaurador. Essa união possibilitou a realização de
uma cimentação adesiva que proporciona um aumento da resistência à fratura do
dente restaurado e minimiza a ocorrência de microinfiltração, além da opção de
cores, que melhora o resultado estético, principalmente em laminados de porcelana.
Piwowarczyk et al. (2005), avaliaram a microinfiltração de seis diferentes
agentes cimentantes. O estudo utilizou sessenta pré-molares e molares humanos
preparados para receber uma coroa total, com face mesio-distal localizada em
dentina e a vestibulo-palatina localizada em esmalte. Os corpos de prova foram
separados em seis grupos, de acordo com o material utilizado: Cimento de fosfato
de zinco (Harvard Cement- Ritcher e Hoffmann, Alemanha); cimento de ionômero de
vidro convencional (Fuji- GC Corp., Japão); cimento de ionômero de vidro
15
modificado por resina (Fuji- GC Corp., Japão); dois cimentos resinosos
convencionais (Panavia F – Kuraray, Japão) e (Relyx ARC – 3M ESPE, Alemanha),
e um cimento resinoso autoadesivo (Relyx Unicem 3M ESPE, Alemanha). Após
quatro semanas de armazenamento em água destilada em temperatura ambiente,
os corpos de prova foram submetidos a cliclagem térmica de 5000 ciclos. Em
seguida, as raízes foram cobertas com esmalte para unhas até 2mm da linha de
cimentação e colocados em solução de nitrato de prata por 6 horas. Os dentes
foram seccionados em quatro partes, no sentido mesiodistal e vestibulo-palatino,
para avaliação da penetração do corante, que foi realizada com uma câmera digital
de alta resolução e um microscópio digital. A microinfiltração em dentina foi maior
que nas margens localizadas em esmalte. Os resultados apresentaram diferenças
significativas, sendo que o cimento RelyX Unicem apresentou o menor grau de
microinfiltração, tanto em esmalte quanto em dentina, quando comparados aos
demais agentes cimentantes utilizados no estudo.
Ibarra et al. (2006) realizaram um estudo para avaliar o desempenho do cimento
resinoso autoadesivo Relyx Unicem, comparando a técnica com o uso de sistema
adesivo tradicional e um sistema adesivo auto-condicionante. O estudo utilizou trinta
e seis pré-molares com preparos realizados em esmalte e dentina, restaurações
cerâmicas foram cimentadas de acordo com as instruções do fabricante e de acordo
com os grupos de tratamento: 1)Variolink–Excite Ivoclar–Vivadent (controle); 2)
Unicem + Single Bond 3M-ESPE; 3) Unicem +Adper Prompt L-Pop 3M-ESPE; 4)
Unicem 3M-ESPE. Após 24 horas de armazenamento a 37º, os dentes foram
submetidos a termociclagem de 2000 ciclos a 5º e 55º, e em seguida foram
submersos em nitrato de prata por 24 horas. Cada dente foi seccionado em três
partes longitudinais de 1mm e avaliados em microscópio (1X a 4X). Um Software de
imagem foi usado para medir a infiltração ao longo das superfícies de dentina e
esmalte. Em dentina o cimento autoadesivo Relix Unicem apresentou resultado
semelhante ao grupo que utilizou um cimento convencional, e este apresentou
menor infiltração em que os outros grupos com a combinação de um sistema
adesivo. Devido a infiltração excessiva em esmalte observada neste estudo quando
o cimento autoadesivo foi usado sozinho, os autores não recomendam a sua
utilização para a cimentação de facetas cerâmicas.
Rosentritt et al. (2007) avaliaram a adaptação e microinfiltração em prótese
fixa confeccionada a partir de CAD/CAM e cimentadas com cimentos resinosos
16
convencionais e um cimento auto adesivo de passo único. Foram utilizados os
cimentos: Relyx UNICEM (3M ESPE, Alemanha); Variolink 2 (Ivoclar-Vivadent,
EUA); Panavia F (Kuraray, Japão), Compolute (3M ESPE, Alemanha). O cimento de
passo único apresentou melhores resultados do que os demais em relação a
microinfiltração e união. O fato de não apresentar uma película extra de adesivo
sobre a estrutura dentaria mostrou que a técnica se torna mais simples e evita
cimentações com aumento de altura dos elementos.
Shencke et al. (2008) avaliaram a microinfiltração em coroas parciais de
porcelana cimentadas com os seguintes sistemas de cimento resinoso:
Escite/Variolink (Ivoclar Vivadent, EUA), Panavia F (Kuraray, Japão) e Relyx
UNICEM (3M ESPE, Alemanha). Foram utilizados 84 molares humanos, com
término do preparo localizado 1 milímetro abaixo da junção cemento-esmalte e
divididos em três grupos de acordo com o cimento utilizado. Foi realizada a
termociclagem dos corpos de prova, após corados com nitrato de prata e avaliada a
microinfiltração. Os autores concluíram que o cimento resinoso autoadesivo RelyX
Unicem mostrou a menor infiltração entre os grupos testados, proporcionando assim
uma alternativa aos procedimentos convencionais cimentantes.
Trajtenberg et al. (2008) realizaram um estudo que avaliou e comparou a
quantidade de microinfiltração em coroas cerâmicas utilizando três diferentes tipos
de sistemas adesivos. Os cimentos utilizados foram: Multilink (Ivoclar Vivadent,
EUA), Panavia F 2.0 (Kuraray America Inc., EUA) e Relyx UNICEM (3M ESPE,
EUA). Dezoito molares humanos foram preparados para coroas, criando uma
margem em dentina e uma margem em esmalte. Após a cimentação das coroas as
amostras passaram por ciclagem térmica de 1000 ciclos, em seguida, foram imersas
em solução corante azul de metileno 5% durante 24 horas. O grau de
microinfiltração foi maior nas margens de dentina que nas margens do esmalte. No
geral, o Panavia F 2.0 mostrou a menor infiltração marginal, seguido pelo RelyX
Unicem e Multilink, respectivamente.
Com o objetivo de realizar uma análise crítica sobre as propriedades físico-
mecânicas e biológicas de diversos sistemas de cimentos resinosos e também de
não resinosos, Garcia et al. (2009) avaliaram a literatura realizando comparações,
com a intenção de auxiliar os profissionais da Odontologia na correta seleção e
indicação desses cimentos, o que contribui para o sucesso do tratamento protético.
O autor concluiu que os cimentos resinosos apresentam propriedades físico-
17
mecânicas e fisiológicas satisfatórias tais como: adesão à estrutura dentária,
selamento marginal, resistência aos diferentes valores de coeficiente de expansão
térmica e redução da concentração de estresse sobre o material restaurador. Nos
estudos avaliados, os cimentos resinosos apresentaram melhores resultados em
relação à microinfiltração, minimizando o acúmulo de placa e o aparecimento da
doença subsequente, quando comparados aos cimentos tradicionalmente usados.
Batista et al. (2009) investigaram o selamento de restaurações indiretas de
resina composta cimentadas com três diferentes agentes de cimentação. Foram
utilizados trinta dentes bovinos, preparados com cavidades do tipo caixa no terço
médio da face vestibular. As cavidades foram restauradas com restaurações inlay
indiretas de resina composta Resilab (Wilcos,Petrópolis, RJ, Brasil). Os dentes foram
divididos aleatoriamente em três grupos: Grupo 1: cimento resinoso Enforce
(Dentsply, Petrópolis, RJ, Brasil), Grupo 2: cimento resinoso RelyXARC (3M ESPE,
StPaul, MN, EUA), Grupo 3: RelyX Unicem (Dentsply, Petrópolis, RJ, Brasil). As
restaurações foram submetidas a ciclagem térmica de 800 ciclos. As amostras foram
armazenadas em corante de nitrato de prata durante 24 horas, após os dentes foram
seccionados no sentido vestíbulo-lingual em três fatias de 1 mm de espessura, e
analisados por um estereomicroscópio com uma câmera digital acoplada para
registrar as imagens. Os dados obtidos foram submetidos aos testes de ANOVA e
Tukey. Concluiu-se que os três agentes cimentantes apresentaram desempenho
semelhante em relação à microinfiltração marginal.
O objetivo do estudo realizado por Uludag et al. (2009) foi avaliar a
microinfiltração em inlays de cerâmica cimentadas com três cimentos resinosos, em
combinação com diferentes adesivos dentinários. Cento e vinte terceiros molares
humanos foram preparados com cavidades do tipo Classe II MOD. Na parede
gengival a margem do preparo foi localizada em dentina, e na face oclusal em
esmalte. Os cimentos utilizados foram: RelyX ARC, Variolink II, ou Panavia 21. Cada
um dos três grupos foram subdivididos em quatro grupos de adesivos dentinários;
Single Bond, Excite DSC, ED Primer, ou Admira Bond. Cada um dos cimentos
resinosos foram utilizados em combinação com os quatro adesivos. Os dentes
restaurados passaram pelo processo de ciclagem térmica, em seguida foram
armazenados em solução de fucsina básica a 0,5% durante 24 horas. A extensão da
penetração do corante ao longo das margens foi medido com um
estereomicroscópio com aumento de 40x. Os autores concluíram que o sistema
18
adesivo utilizado não influenciou na microinfiltração dos cimentos resinosos. Em
todos os grupos a microinfiltração nas margens de dentina foi maior que nas
margens de esmalte.
Al-Saleh et al. (2010) avaliaram a microinfiltração em restaurações de resina
composta cimentadas com diferentes cimentos resinosos e um agente adesivo: RXU
(RelyX-Unicem, 3M ESPE), BRZ (Breeze, Pentron Clinical Technologies), MON
(Monocem,Shofu), PAN (Panavia-F-2.0, cimento resinoso com primer
autocondicionante, Kuraray) e SBMP (Scotchbond Multi-Purpose, sistema de
condicionamento total, adesivo de 3 passos, 3M ESPE). A amostra foi composta de
45 molares hígidos, preparados com cavidades classe II MOD, o término do preparo
foi localizado em dentina de um lado, e no outro em esmalte. Após a cimentação, os
dentes foram submetidas à ciclagem térmica, e todas as superfícies dos dentes
foram seladas com esmalte para unhas. Os espécimes ficaram imersos em corante
vermelho de fucsina 2%, por 24 horas a 37°C, e foram seccionados no sentido
mésio-distal. A penetração de corante foi avaliada de acordo com uma escala de
cinco pontos. Os autores concluíram que os dois cimentos resinosos autoadesivos
apresentaram menor infiltração, tanto em esmalte quanto em dentina.
Mosele Júnior (2010) avaliou a microinfiltração em prótese fixa unitária
cimentada com três diferentes materiais: fosfato de zinco, cimento ionomérico
modificado por resina, e cimento autoadesivo. Foram utilizados 115 dentes humanos
e foram cimentadas coroas matalocerâmicas e coroas metal-free. Após a ciclagem
térmica ter sido realizada, os corpos de prova foram corados com fucsina básica
0,5%. Foram aplicados os testes de ANOVA e de Kruskal-wallis. A análise de
superfície foi realizada através de microscopia eletrônica de varredura. A superfície
do cimento resinoso apresentou-se mais homogênea com ausência de trincas
quando comparados com os outros cimentos. Concluiu-se que entre os três
cimentos testados o cimento ionomérico modificado por resina e o cimento resinoso
autoadesivo apresentaram menor grau de microinfiltração, nas coroas
metalocerâmicas e nas coroas meta-free, e ambos foram melhores que o cimento de
fosfato de zinco.
Médic et al. (2010) investigaram o efeito da microinfiltração em diferentes
cimentos dentários: fosfato de zinco (Harvard, Richter-Hoffman, Alemanha),
policarboxilato (Harvard, Richter-Hoffman, Alemanha), cimento de ionômero de vidro
convencional (Fuji I, GC, EUA), e cimento resinoso (Panavia 21, Kuraray, Japan).
19
Cento e sessenta pré-molares humanos íntegros foram preparados de forma
padronizada para coroas metalo-cerâmicas e de cerâmica pura. Após a cimentação,
os dentes passaram por termocilcagem, ficaram imersos em corante azul de
metileno 0,5% durante 24 horas. A microinfiltração foi avaliada com um microscópio
através de pontuações, usando uma escala de cinco pontos. O menor grau de
microinfiltração foi observado nas amostras cimentadas com o cimento resinoso. Por
esse motivo, os autores concluem que o cimento resinoso é recomendável na
prática clínica.
O objetivo do estudo de Hooshmand, et al. (2011) foi avaliar a microinfiltração
e fenda marginal de dois cimentos resinosos autoadesivos, com ou sem tratamento
da superfície dental, comparando com cimentos resinosos tradicionais e cimentos de
ionômero de vidro modificados por resina para cimentação. Cinquenta pré-molares e
molares humanos hígidos foram preparados de forma padronizada para receber
uma coroa total. As coroas foram feitas a partir de uma liga nobre, usando uma
técnica padronizada e cimentadas com cinco agentes de cimentação: 1) GC Fuji
Plus - cimento de ionômero de vidro modificado por resina, 2) Panavia F 2,0 -
cimento resinoso, 3) Multilink Sprint cimento resinoso autoadesivo, 4) RelyX Unicem
- cimento resinoso autoadesivo com tratamento e 5) RelyX Unicem sem tratamento.
Após cimentadas as amostras passaram por termociclagem e foram colocadas em
uma solução de nitrato de prata. Estas foram cortadas verticalmente no sentido
mesio-distal e avaliadas para infiltração e fenda marginal usando um microscópio
estereoscópico. O cimento Relyx Unicem (com ou sem tratamento) apresentou o
menor grau de infiltração, tanto dente-cimento e nas interfaces de cimento-coroa.
Apesar dos resultados não apresentarem diferenças estatísticas significativas, os
cimentos resinosos autoadesivos ofereceram melhor vedação marginal em
comparação com o cimento de ionômero de vidro modificado por resina ou com
cimentos à base de resina.
A fim de comparar a microinfiltração do cimento resinoso autoadesivo Relix
U100 com um cimento de ionômero de vidro para cimentação, o estudo realizado
por Yüksel; Zaimoğlu (2011) teve o objetivo de avaliar a adaptação marginal de
coroas em cerâmica pura. Trinta e seis incisivos centrais superiores foram
preparados para receber uma coroa total e divididos em dois grupos, de acordo com
o tipo de cerâmica. Cada grupo foi dividido em dois subgrupos para avaliar o agente
de cimentação, o estudo utilizou o cimento autoadesivo Relix U100 (3M ESPE, St.
20
Paul, EUA) e um Cimento de Ionômero de vidro (Ketac Cem, 3M ESPE, St. Paul,
EUA). Os dentes foram submetidos a 1.000 ciclos térmicos entre 5 º e 55 º C,
utilizando um tempo de espera de 30 segundos. As raízes dos dentes foram
revestidos com esmalte de unha até 1 mm abaixo das margens da restauração e
imersos em corante de fucsina básica a 0,5% por 24 horas. Os dentes foram
seccionados em quatro partes, e cada uma foi fotografada em um microscópio
estereoscópico. A microinfiltração foi avaliada usando uma escala de cinco pontos, e
a diferença marginal foi medida utilizando software de análise de imagem. O cimento
resinoso autoadesivo Relix U100 apresentou o menor nível de microinfiltração.
Lamonatto (2011) analisou in vitro o grau de microinfiltração em esmalte, de
cavidades classe II restauradas com resina composta nanoparticulada (FiltekZ350
XT – 3M ESPE), utilizando um sistema adesivo autocondicionante. Foram utilizados
10 pré-molares humanos, cada dente contou com 2 cavidades, as quais foram
divididas em dois grupos, separados pela realização ou não de condicionamento
ácido do esmalte. Após serem restaurados, os dentes foram termociclados e ficaram
imersos durante 5 horas em solução de azul de metileno a 1%. Os corpos de prova
foram seccionados no sentido mesio-distal no centro das restaurações para a
análise da microinfiltração com o auxílio de um microscópio estereoscópico com 40
vezes de aumento onde foi acoplada uma câmera digital. Os dados foram
analisados estatisticamente através dos testes de Lavene, Kolmogorov-Smirnov e
ANOVA. Não houve diferença estatisticamente significativa entre os dois grupos.
Com a finalidade de avaliar a eficácia e as controvérsias dos cimentos
autoadesivos Souza et al. (2011) revisaram a literatura sobre as considerações
científicas desses cimentos, suas vantagens, desvantagens, propriedades físicas,
adesão aos substratos, integridade marginal, microinfiltração e algumas
controvérsias encontradas na literatura. Os autores deduziram que apesar dos
cimentos resinosos autoadesivos apresentarem inúmeras vantagens sobre as
técnicas convencionais, é necessário a realização de mais avaliações, e estudos
para verificar o desempenho clínico dos cimentos autoadesivos. Essa necessidade é
traduzida na literatura pela controvérsia entre o emprego ou não de pré-tratamento
dentinário antes do uso dos cimentos autoadesivos e, dos resultados não
conclusivos dos estudos que avaliam a efetividade de união desses cimentos
comparada aos cimentos resinosos convencionais.
21
Inukai, et al. (2012) avaliaram a microinfiltração de restaurações de resina
composta, utilizando 3 cimentos resinosos autoadesivos, com ou sem
condicionamento ácido das margens de esmalte proximais. Cavidades classe II
MOD foram preparadas em 48 dentes molares em dentina e divididos em três
grupos de 16 dentes. As margens de esmalte das caixas proximais de metade dos
espécimes passaram por condicionamento ácido, e as inlays foram cimentadas com
um dos três cimentos ( Panavia F 2.0, Clearfil SA Cement ou RelyX Unicem ). Os
dentes foram armazenados em solução de Rodamina B, durante 24 horas,
seccionados no sentido vestíbulo-lingual nas caixas proximais para examinar
infiltração usando microscopia. No entanto, o condicionamento ácido das margens
de esmalte não teve efeito significativo sobre a infiltração nas regiões proximais das
inlays cimentadas.
A microinfiltração em cimentos resinosos autoadesivos foi avaliada por CAL,
et al. (2012). Cavidades classe V foram preparadas em 40 terceiros molares
humanos extraídos, e após, cimentadas inlays cerâmicas com os seguintes
cimentos: Multilink Sprint (Ivoclar Vivadent), RelyX Unicem (3M ESPE, EUA), G-Cem
(GC, Japão), ou Variolink II (Ivoclar Vivadent) usado como grupo de controle. As
amostras foram submetidas a termociclagem, e após coradas com fucsina básica
5%. Estas foram seccionadas em três partes para avaliação da microinfiltração. Os
escores foram examinados nas margens oclusal e gengival. Os autores concluíram
que os cimentos resinosos autoadesivos exibiram maior microinfiltração nas
margens oclusais. Em comparação ao grupo controle, o cimento Relyx Unicem não
obteve diferença de microinfiltração nas margens gengivais. O objetivo do estudo de Heshmat et al. (2012) foi comparar a infiltração de
dois cimentos resinosos autoadesivos com dois cimentos de condicionamento ácido
total, das mesmas marcas. Quarenta terceiros molares humanos foram divididos
aleatoriamente em quatro grupos: 1-Rely X Unicem, 2-Rely X ARC + ataque ácido
37% + Single Bond, 3-Nexus + ataque ácido 37% + Optibond Solo, e 4-Elite
Maxcem. As amostras foram avaliadas com um sistema de pontuação de quatro
pontos, na região cervical e oclusal, com o auxílio de um estereomicroscópio. A
microinfiltração de ambos os cimentos usando sistema adesivo com enxágue foram
significativamente menores em comparação com os seus homólogos
autocondicionantes, tanto na cervical, como em áreas oclusais.
22
Com o objetivo de avaliar a influência de dois cimentos resinosos na
microinfiltração de diferentes substratos dentais, Elias et al. (2013) realizaram um
estudo com 20 terceiros molares, extraídos recentemente, preparados com
cavidades do tipo inlay com a margem cervical em esmalte ou dentina. O estudo foi
dividido em dois grupos, de acordo com o cimento utilizado. O primeiro grupo utilizou
sistema adesivo Single Bond (3M ESPE, St. Paul, MN,USA) com o cimento resinoso
de cura dual (RelyX ARC (3M ESPE, St. Paul, MN, EUA); e o segundo grupo, ED
Primer(Kuraray, Tokio, Japão) com o cimento Panavia 21 EX (Kuraray, Tokio,
Japão). Os espécimes foram pintados com esmalte, exceto as restaurações e em
torno de 1mm em volta destas. A termociclagem foi realizada e as amostras foram
imersas em solução de fucsina básica a 2% por 24 horas. Os dentes foram
seccionados longitudinalmente e os escores de infiltração foram avaliados através
de um estereomicroscópio com aumento de 40x. O substrato dentário apresentou
um efeito significante para o selamento cavitário. Sendo que o esmalte apresentou
menor infiltração de corante do que a dentina.
23
3 OBJETIVOS
Avaliar a microinfiltração do cimento resinoso autoadesivo Relyx U200 em
diferentes substratos dentários, esmalte e dentina.
24
4 METODOLOGIA
4.1 DELINEAMENTO DO ESTUDO
Estudo Quantitativo, in vitro.
4.2 AMOSTRA
À partir de uma amostragem não probabilística, foram selecionados 8 pré-
molares humanos hígidos doados por pacientes, com extração indicada e realizadas
em consultórios particulares, com prévio consentimento do paciente e posterior
doação do cirurgião-dentista. Todas as amostras ficaram armazenadas em soro
fisiológico em temperatura ambiente até o momento do preparo.
Posteriormente, foi feita a remoção de todo tecido mole que os envolvia, com
curetas periodontais tipo Gracey nº11/12 Neumar (Neumar Instrumentos Cirúrgicos
Ltda., Brasil), os mesmos foram limpos com pasta de pedra pomes e água,
utilizando escovas Robinson montadas em contra-ângulo (kavo do Brasil ind. E com.
Ltda., Santa Catarina, Brasil), em rotação convencional (LAMONATTO, 2011).
25
4.3 MATERIAIS UTILIZADOS
MATERIAL COMPOSIÇÃO FABRICANTE/LOTE
Resina Filtek Z350
Cerâmica silanizada, Bis-
GMA¹, TEGDMA², sílica
silanizada, óxido de
zircônia silanizado, Bis-
EMA³, Polímero
dimetacrilato
funcionalizado
3M / ESPE ST. Paul, MN
USA
LOTE: N429563
Cimento Relyx U200
Pasta Base: Pó de vidro
tratado com silano, àcido 2-
propenóico, 2-metil, éster,
dimetacrilato de trietileno
glicol(TEG-DMA), sílica
tratada com silano,fibra de
vidro, eprsulfato de sódio e
per-3,3,5-trmetil-hexanoato
t-butila. Pasta Catalisadora:
pó de vidro tratado com
silano, dimetacrilato
substituto, sílica tratada
com silano, p-
toluenosulfonato de sódio,
1-benzil-5fenil-àcido
barico, sais de cálcio,
hidróxido de cálcio e
dióxido de titânio.
3M / ESPE ST. Paul, MN
USA
LOTE: 493333
Quadro 1: Composição dos materiais utilizados.
26
4.4 PROCEDIMENTOS PARA O PREPARO DOS DENTES
Os dentes foram firmados utilizando uma morsa para facilitar o manuseio e
confecção dos corpos de prova. Os preparos foram executados utilizando uma ponta
diamantada 3216 (KG Sorensen, São Paulo, Brasil) para padronizar a quantidade
de desgaste e finalizados com uma ponta diamantada cônica 4137(KG Sorensen,
São Paulo, Brasil) em alta rotação (kavo do Brasil ind. E com. Ltda. Santa Catarina,
Brasil), sob refrigeração constante. O acabamento do preparo foi realizado coma a
ponta diamantada cônica 4137FF (KG Sorensen, São Paulo, Brasil). O término do
preparo foi na face vestibular em esmalte, e na face palatina em dentina (MOSELE
JÚNIOR, 2010).
Figura 1 : Dente posicionado no troquél para confecção dos preparos; preparo com a ponta diamantada 3216 sob refrigeração.
27
4.5 CONFECÇÃO DOS TROQUÉIS
Após a realização dos preparos os dentes foram moldados individualmente com
silicone de adição (Express XT, 3M/ESPE) através da técnica de impressão simultânea,
seguindo rigorosamente as instruções do fabricante. O gesso tipo IV (Durone, Dentsply)
foi vertido molde para obtenção dos troquéis.
Figura 4: Troquél confeccionado em gesso tipo IV, vista mesial; vista oclusal
Figura 2: Vista mesial do dente preparado; ponta diamantada 4137.
Figura 3: Vista oclusal do dente preparado.
28
4.6 CONFECÇÃO DAS COROAS
Os troquéis foram previamente preparados com uma fina camada de esmalte
para unhas (Colorama, Tatuapé, São Paulo, Brasil), e isolados com uma camada de
Cel-Lac (S.S. White, Rio De Janeiro, Brasil) para facilitar a remoção das coroas, que
foram confeccionadas em resina composta nanoparticulada Filtek Z350 XT (3M /
ESPE ST. Paul, MN USA) utilizando uma espátula de resina (Duflex/SSWhite, Rio
de Janeiro, Brasil), cada incremento foi fotoativado por 40s em cada face do dente
utilizando um aparelho de LED (kavo do Brasil ind. E com. Ltda. Santa Catarina,
Brasil). Após, foi realizada a prova de todas as coroas nos dentes preparados, para
avaliar a adaptação.
Figura 5: Troquél preparado com esmalte para unhas.
29
4.7 CIMENTAÇÃO DAS COROAS
Previamente a cimentação, todos os dentes foram limpos com pasta de pedra
pomes e água, e as coroas foram preparadas internamente com jato de óxido de
alumínio por 20 segundos e limpas com álcool 70%. As coroas foram cimentadas
com o cimento resinoso auto adesivo Relyx U200 (3M / ESPE ST. Paul, MN USA)
conforme as instruções do fabricante.
O cimento foi dispensado em um bloco de mistura e manipulado por 20
segundos com uma espátula nº50 (Duflex/SSWhite, Rio de Janeiro, Brasil), este foi
aplicado no interior da coroa, e posicionado sobre o dente. A coroa foi
fotopolimerizada por 5 segundos e os excessos removidos com uma sonda
exploradora (Duflex/SSWhite, Rio de Janeiro, Brasil). A coroa foi fotopolimerizada
por mais 40 segundos em cada face com um aparelho de LED (kavo do Brasil ind. E
com. Ltda. Santa Catarina, Brasil).
Após a cimentação, o acabamento das coroas foi realizado com uma ponta
diamantada 2135F (KG Sorensen, São Paulo, Brasil), e posteriormente com Kit de
pontas de silicone (Ivoclar Vivadent Ltda., Barueri, São Paulo, Brasil) cinza, verde e
rosa, sucessivamente. A seguir, as raízes dos dentes foram isoladas com três camadas de esmalte
para unhas (Colorama, Tatuapé, São Paulo, Brasil), deixando-o aproximadamente 2
Figura 6: Coroas confeccionadas sobre os troquéis preparados com esmalte para unhas.
30
mm abaixo da linha de cimentação, para que apenas a coroa e a margem da
cimentação ficassem expostas ao corante azul de metileno 1% após a ciclagem
térmica (PIWOWARCZYK et al. 2005).
Figura 7: Cimento espatulado conforme as orientações do fabricante.
Figura 8: Inserção do cimento na coroa e posicionamento no dente.
31
4.8 CICLAGEM TÉRMICA
Os corpos de prova foram submetidos à ciclagem térmica (MSCT-3, Marcelo
Nucci Instrumentos, São Carlos, SP, Brasil) nas temperaturas de 50C no teste de
resfriamento e 550C no teste de aquecimento, permanecendo durante 1 minuto em
cada temperatura, com o total de 700 ciclos (CAMPOS et al., 1999). Esta fase do
trabalho foi realizada no Laboratório de materiais dentários da Faculdade de
Odontologia de Piracicaba (FOP/UNICAMP).
4.9 PIGMENTAÇÃO DOS CORPOS DE PROVA
Após a ciclagem térmica os dentes foram imersos em corante azul de
metileno 1% por 5 horas, e após esse período foram lavados abundantemente com
água para remover o excesso de corante. Os corpos de prova foram secos em
temperatura ambiente para assegurar a fixação do corante (LAMONATTO, 2011).
Figura 9: Coroas cimentadas nos dentes.
Figura 10: Raiz isolada com esmalte para unhas.
32
4.10 SECCIONAMENTO DOS DENTES
Após ter a coroa separada da raiz, os espécimes foram fixados em uma placa
acrílica com cera pegajosa e cortados utilizando um disco diamantado dupla-face em
uma Cortadeira Isomet 1000 ( Buehler, Lake Bluff, IL, USA). Os dentes foram
seccionados de maneira a separar a coroa no sentido vestíbulo-lingual, a fim de
obter duas porções coronárias, uma mesial e outra distal. Desta forma, foi exposta a
face de cimentação da coroa para a avaliação do grau de penetração, como mostra
a figura 11.
Figura 11: Dente seccionado para a avaliação da microinfiltração em esmalte e dentina.
33
4.11 AVALIAÇÃO DA MICROINFILTRAÇÃO
Os corpos de prova foram fotografados utilizando um microscópio
estereoscópio (DF Vasconcelos, Rio de Janeiro, Brasil) com aumento de 16 vezes,
acoplado à uma máquina fotográfica digital (Nikon D40, Bangkok, Tailândia). A
imagens obtidas foram avaliadas, e os resultados catalogados em escores, variando
de zero a três, conforme o grau de microinfiltração encontrado no quadro 2
(MOSELE, 2010)
GRAU DE PENETRAÇÃO DO CORANTE
0 Sem penetração de corante
1 Penetração do corante até 1/3 da linha de terminação
2 Penetração do corante até 2/3 da linha de terminação
3 Penetração do corante até 1/3 da parede axial
4 Penetração do corante até 2/3 da parede axial
Quadro 2: Escala para avaliação do grau de infiltração nas margens do preparo.
34
Figura 12: Sem microinfiltração. Figura 13: Microinfiltração Grau 2.
Figura 14: Microinfiltração grau 3. Figura 15: Microinfiltração grau 4.
35
4.12 ANÁLISE ESTATÍSTICA
Este estudo foi analisado de forma descritiva e inferencial ao nível de 5%. A
comparação da microinfiltração em esmalte e dentina, utilizando o cimento resinoso
autoadesivo Relix U200, foi realizada por meio do teste de ANOVA, utilizando o
programa SPSS 17.0.
4.13 QUESTÕES ÉTICAS
O projeto foi submetido e aprovado pelo CEP/IMED sob o parecer de número
212.42, devido a utilização de dentes humanos.
36
5 RESULTADOS
Após a análise estatística constatou-se que não houve diferença
estatisticamente significante da microinfiltração entre os substratos avaliados,
esmalte e dentina. Sendo o resultado final p>0,05 (p=0,281).
Tabela 1 – Análise descritiva da microinfitração em esmalte e dentina
Grau de Infiltração Esmalte Dentina Total %
Sem infiltração 0 1 1 6,25
Até 1/3 da linha de terminação 0 0 0 0
Até 2/3 da linha de terminação 1 3 4 25,0
Até 1/3 da parede axial 4 1 5 31,25
Até 2/3 da parede axial 3 3 6 37,50
Total 8 8 16 100,0
Em relação as margens do término em esmalte, os resultados encontrados
mostraram que 50% das amostras avaliadas apresentaram microinfiltração até 1/3
da parede axial, 37,5% apresentaram infiltração até 2/3 da parede axial, e, 12,5%
das amostras apresentaram infiltração até 2/3 da linha de terminação. Já a avaliação
do término com margens em dentina os resultados apresentaram que em 12,5% das
amostras não houve microinfiltração, 37,5% das amostras apresentaram infiltração
até 2/3 da linha de terminação, 12,5% das amostras apresentaram infiltração até 1/3
da parede axial, e, 37,5% das amostras apresentaram infiltração até 2/3 da parede
axial. Como demonstrado acima na tabela 1.
Os dados citados estão demonstrados no gráfico abaixo (Figuras 16), onde a
microinfiltração em esmalte está representada pela cor azul e a microinfiltração em
dentina esta representada pela cor vermelha.
37
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
4,5
Sem penetração de corante
Penetração do corante até 2/3 da linha de terminação
Penetração do corante até 1/3 da parede axia
Penetração do corante até 2/3 da parede axial
Axis Title
Esmalte
DenZna
Figura 16: Gráfico comparativo da microinfiltração entre esmalte e dentina.
38
6 DISCUSSÃO
Estudos sobre a microinfiltração tem sido frequentes na literatura, a
justificativa é a constante inovação e melhora dos materiais utilizados, além dos
novos lançamentos no mercado (MOSELE, 2010). Os cimentos resinosos
autoadesivos se tornaram atrativos ao ponto de vista clinico, sua técnica de
aplicação envolve apenas um passo clínico, se aderindo às estruturas dentais sem
condicionamento prévio ou aplicação de adesivo. Basta secar o remanescente
dentário e proceder à cimentação, como se fazia com o tradicional cimento fosfato
de zinco (BARATIERE, 2011; FERREIRA, 2012).
Os cimentos resinosos autoadesivos tem apresentado melhor vedação
marginal, e melhores resultados em relação a microinfiltração marginal em estudos
comparativos aos tradicionais cimentos utilizados (ROSENTRITT et al. 2007;
SHENCKE et al. 2008; AL-SALEH et al. 2010; HOOSHMAND et al. 2011; YÜKSEL,
ZAIMOĞLU 2011;).
Heshmat et al. (2012) entretanto, encontrou resultados diferentes, os
cimentos resinosos convencionais com o uso de condicionamento ácido
apresentaram menor microinfiltração em comparação com os cimentos
autoadesivos, já Batista et al. (2009) realizou estudo semelhante e não encontrou
diferenças significativas de microinfiltração entre o cimento autoadesivo Relyx
Unicem e outros cimentos resinosos de técnica convencional.
No estudo de Shenke et al. (2008), o cimento resinoso Relyx Unicem
autoadesivo de passo único mostrou desempenho superior aos outros cimentos
resinosos em relação a microinfiltração. Mesma situação foi observada por
Piwowarczyc et al. (2003), quando comparou o cimento resinoso autoadesivo Relyx
U100 com o cimento de fosfato de zinco, cimento de ionômero de vidro
convencional, cimento de ionômero de vidro modificado por resina e dois cimentos
resinosos convencionais, demonstrou que o cimento autoadesivo apresentou menor
infiltração tanto em dentina quanto em esmalte em relação aos outros cimentos, e
quando o autor avaliou a diferença de infiltração entre os substratos dentários, o
esmalte apresentou menor infiltração. Porém, em nosso estudo não foi observada
diferença estatisticamente significante quando avaliado os substratos esmalte e
dentina.
39
No estudo de Ibarra et al. (2006), foi observada infiltração excessiva do
corante no esmalte utilizando o cimento autoadesivo Relyx Unicem quando
comparado aos outros grupos que o associaram a sistemas adesivos, porém em
dentina essa diferença não foi encontrada. No presente estudo não foi utilizado
associação do cimento resinoso autoadesivo a sistemas adesivos, porém o
resultado encontrado em esmalte também apresentou microinfiltração quando
utilizando o cimento auto adesivo U200.
Com objetivos semelhantes à nossa pesquisa, outros estudos foram
realizados para comparar a microinfiltração dos cimentos em dentina e esmalte,
porém os resultados se mostram divergentes. Piwowarczyk et al. (2005), Trajtenberg
et al. (2008), Uludag et al. (2009) e Elias et al. (2013) observaram haver maior
infiltração em dentina, no entanto, em nosso estudo, todas as amostras com
margens em esmalte também apresentaram microinfiltração, como demonstrou o
resultado da pesquisa de CAL et al. (2012), que avaliou a microinfiltração dos
cimentos autoadesivos, onde o Relyx Unicem apresentou maior infiltração quando
as margens estavam localizadas em esmalte.
O cimento resinoso autoadesivo utilizado neste estudo apresentou uma
pequena diferença de infiltração marginal nos diferentes substratos dentários
testados, mas sem nenhuma significância estatística.
No entanto, é importante a continuidade de estudos para se avaliar o
comportamento do cimento em relação à microinfiltração nos diferentes substratos
dentais, visto que este é um fator essencial para o sucesso do tratamento clínico
restaurador indireto.
40
7 CONCLUSÃO
Dentro das limitações da metodologia utilizada, e com os resultados obtidos,
pode-se concluir que o cimento resinoso autoadesivo Relyx U200 apresentou
microinfiltração, entretanto, sem diferença estatística entre esmalte e dentina.
41
REFERÊNCIAS
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43
APÊNDICE
44
FACULDADE MERIDIONAL -IMED/RS
PARECER CONSUBSTANCIADO DO CEP
Pesquisador:
Título da Pesquisa:
Instituição Proponente:
Versão:CAAE:
AVALIAÇÃO DA MICROINFILTRAÇÃO DE UM CIMENTO RESINOSOAUTOADESIVO EM DIFERENTES SUBSTRATOS DENTAIS
Joseane Viccari Calza
Faculdade Meridional - IMED
110963513.4.0000.5319
Área Temática:
DADOS DO PROJETO DE PESQUISA
Número do Parecer:Data da Relatoria:
212.42101/03/2013
DADOS DO PARECER
O presente Projeto de Pesquisa foi realizado pela acadêmica de Odontologia Daniele Marques dos Santos,do curso de Odontologia da Faculdade Meridional-IMED, como requisito para desenvolver o Trabalho deConclusão de Curso, cuja orientadora é a professora Joseane Viccari Calza.
Apresentação do Projeto:
Verificar a microinfiltração na utilização do cimento resinoso autoadesivo Relyx U200.Objetivo da Pesquisa:
Não há riscos. Benefícios não foram colocados pelo pesquisador.Avaliação dos Riscos e Benefícios:
O Projeto está muito bem redigido e a metodologia encontra-se detalhada. O cronogram tem que serreadequado, conforme as datas atuais.
Comentários e Considerações sobre a Pesquisa:
Todos os termos estão anexados.Considerações sobre os Termos de apresentação obrigatória:
A sugestão é de aumentar o número de dentes da amostra, pelo fato de qto menor a amostra, maissuceptível não haver normalidade dos dados ... dessa forma, o teste utilizado poderia ser o Mann Whitney enão o Teste ANOVA. Porém, se quiser, manter o teste ANOVA (distribuição normal dos dados), a indicaçãoé aumentar a amostra.
Recomendações:
Financiamento PróprioPatrocinador Principal:
99.070-220
(543)045--6100 E-mail: [email protected]
Endereço:Bairro: CEP:
Telefone:
Senador Pinheiro 304
UF: Município:RS PASSO FUNDOFax: (543)045--6107
ANEXO