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FACULDADES DE ENSINO SUPERIOR DA PARAÍBA FESP CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO JOSIVALDO VASCONCELOS DE CARVALHO PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: O NECESSÁRIO CONHECIMENTO NA BUSCA DO COMBATE A EVASÃO FISCAL CABEDELO - PB 2015

FACULDADES DE ENSINO SUPERIOR DA PARAÍBA FESP … JOSIVALDO... · impacto em seus negócios e atividades, ... semestre 2015.2, ... Mestranda do Programa de Pós-Graduação de Ciências

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FACULDADES DE ENSINO SUPERIOR DA PARAÍBA – FESP CURSO DE BACHARELADO EM DIREITO

JOSIVALDO VASCONCELOS DE CARVALHO

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: O NECESSÁRIO CONHECIMENTO NA BUSCA DO COMBATE A EVASÃO FISCAL

CABEDELO - PB

2015

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JOSIVALDO VASCONCELOS DE CARVALHO

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: O NECESSÁRIO CONHECIMENTO NA BUSCA DO COMBATE A EVASÃO FISCAL

Trabalho de Conclusão de curso em forma de

Artigo Científico apresentado a Coordenação do

Curso de Bacharelado em Direito pela Faculdade

de Ensino Superior da Paraíba – FESP como

requisito parcial para a obtenção do título de

Bacharel em Direito.

Área: Direito Tributário Orientadora: Esp. Herleide Herculano Delgado

CABEDELO - PB 2015

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JOSIVALDO VASCONCELOS DE CARVALHO

PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: O NECESSÁRIO CONHECIMENTO NA BUSCA

DO COMBATE A EVASÃO FISCAL

Artigo Científico apresentado á Banca Examinadora de Artigos Científicos da Faculdade Superior da Paraíba – FESP, como exigência para obtenção do grau de Bacharel em Direito.

APROVADO EM _____/_______2015

BANCA EXAMINADORA

___________________________________________ Prof. Ms. Herleide Herculano Delgado

ORIENTADORA- FESP

___________________________________________ Prof.a Ms. Luciana Villar de Assis

MEMBRO- FESP

___________________________________________ Prof. Dr. Antônio Germano Ramalho

MEMBRO- FESP

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AGRADECIMENTOS

Agradeço a minha orientadora por me ajudar sempre.

Á minha família por todo meu apoio e carinho.

Á professora Socorro por toda paciência e dedicação.

Á todos que participaram dessa conquista de forma direta e indireta.

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO .................................................................................................. 6

2 SISTEMA TRIBUTÁRIO .................................................................................... 8

2.1 TRIBUTOS ......................................................................................................... 8

2.2 LUCRO REAL .................................................................................................. 10

2.3 LUCRO PRESUMIDO ...................................................................................... 12

2.4 LUCRO ARBITRADO ...................................................................................... 13

2.5 SIMPLES NACIONAL ...................................................................................... 14

3 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO .................................................................... 17

4 ELISÃO FISCAL ............................................................................................. 18

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 20

REFERÊNCIAS ............................................................................................... 21

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PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO: O NECESSÁRIO CONHECIMENTO NA BUSCA DO COMBATE A EVASÃO FISCAL

Josivaldo Vasconcelos de Carvalho* Herleide Herculano Delgado**

RESUMO

A liberdade, igualdade e solidariedade são alicerces da tributação. Esse trabalho apresenta uma proposta de conhecimento desses institutos tributários, no intuito de minimizar as práticas de evasão e aumentar o planejamento tributário e econômico de forma a contemplar uma atividade empresarial lícita e próspera. Pode-se afirmar que a imposição tributária representa a redução no patrimônio do contribuinte, sendo natural o contribuinte almejar alternativas para escapar do ônus fiscal ou reduzir o impacto em seus negócios e atividades, utilizando-se de meios ilícitos para burlar suas obrigações tributárias, os quais recebem o nome de Evasão na seara tributária. Desta forma, o contribuinte faz isso: por não ver o retorno no cumprimento dos direitos fundamentais sociais e a diminuição da desigualdade social. Em contrapartida surge a possibilidade da elisão, que corresponde ao comportamento plenamente lícito de economia fiscal no ato do cumprimento da obrigação tributária . Este trabalho apresenta um caráter qualitativo utilizando-se a técnica da pesquisa bibliográfica através da qual foi fundamentado o estudo e, coletadas as informações necessárias às análises.

Palavras-chave: Elisão fiscal. Evasão Fiscal. Tributos. Sistema Tributário.

1. INTRODUÇÃO

A economia do nosso país é marcada por mudanças nas diversas áreas do

conhecimento e aliada ao acirramento da competitividade nos mercados, as

organizações necessitam implementar alternativas eficientes para ultrapassarem as

turbulências no âmbito empresarial interno ou externo. Assim, para o

desenvolvimento de suas atividades econômicas, tornam-se necessárias medidas

para torná-las competitivas e que permitam a otimização de seus resultados.

O gerenciamento dos custos é uma alternativa no ambiente empresarial, pois

o consumidor tendencia na variação direta e indireta o preço praticado no mercado

de um determinado produto ou serviço. Desse modo, as organizações se adequam

* Aluno concluinte do Curso de Bacharelado em Direito da Faculdade de Ensino Superior da Paraiba-

FESP, semestre 2015.2, e-mail: [email protected] **

Mestranda do Programa de Pós-Graduação de Ciências Jurídicas da UFPB, área de concentração

Direito Econômico. Pós Graduada em Direito Tributário, pela Universidade de Anhanguera - Uniderp/SP. Advogada e Professora de Direito Financeiro e Tributário da Fesp Faculdades e de Direito Econômico de Pós Graduação, pelo Centro de Ensino FIP- Faculdade Integrada de Patos.

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com o intuito de não praticarem preços considerados acima do aceitável pelos

consumidores e perderem seu espaço no mercado.

As leis tributárias estão frequentemente em conflito com os outros interesses

sociais, apesar de serem indispensáveis para o Estado, tendo em vista a

expropriação do patrimônio privado. Desse modo, os contribuintes, em geral,

buscam reduzir a sua carga tributária. Podendo estes utilizar meios lícitos os que

praticam o planejamento tributário, enquanto outros optam pela redução ou anulação

da carga tributária por meios ilícitos. O meio legal denomina-se elisão fiscal e a

maneira ilegal chama-se evasão fiscal, procedimento, definido na Lei nº 8.137/90,

considerado crime contra a ordem tributária.

Ao Estado é conferido o Poder de Tributar, obrigando de quem estiver

subordinado a este, logo, a contribuição pecuniária necessária à consecução de

seus fins. Através de leis, o Estado dita quanto do patrimônio organizacional deverá

ocorrer transferência ao patrimônio público.

A elisão é permitida pela legislação, e a mesma consiste no planejamento

tributário lícito. Pode-se citar como exemplos dessa prática: a empresa que se

instala em determinado Município cuja alíquota do Imposto Sobre qualquer Serviço

(ISS) é menor, ou o gestor familiar que incorpora todos os bens imóveis no capital e,

posteriormente, faz doação das quotas da sociedade a seus familiares,

negligenciando a incidência do imposto sobre doações.

Desse modo, este trabalho tem como objetivo realizar um breve estudo sobre

o planejamento tributário no geral, trazendo conceitos importantes em relação aos

tributos, com ênfase a elisão fiscal. Logo, o intuito é demonstrar que o planejamento

tributário é a solução para o problema da evasão.

Esta pesquisa tem caráter qualitativo quanto a sua abordagem, pois visa

esclarecer a complexidade do problema com base em estudos conceituais. Através

da pesquisa qualitativa se faz uma análise mais profunda a respeito do assunto a ser

estudado.

Em relação ao procedimento técnico utilizado para a coleta de dados neste

trabalho, até consistirá em pesquisa bibliográfica com a finalidade de reunir dados

para o desenvolvimento do tema abordado. As limitações deste estudo se baseia na

literatura apresentada com trabalhos publicados preferencialmente até 5 (cinco)

anos. Portanto, será realizado levantamento do material bibliográfico existente –

monografias, teses, artigos, revistas especializadas – sobre o tema abordado.

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Desta maneira o trabalho será divido da seguinte forma: i) sistema tributário e

suas características; ii) tributos e os regimes tributários; iii) planejamento tributário; e

iv) elisão fiscal.

2 SISTEMA TRIBUTÁRIO

O sistema tributário brasileiro pode ser definido como o de conjunto normas

tributárias que o governo usa para exigir os tributos. É composto dos tributos

instituídos no Brasil, dos princípios e das normas que regulam tais tributos.

O Código Tributário Nacional (CTN), Lei 5.172 de 25/10/1966, regulamenta no

seu artigo 2º, in verbis:

Art. 2º o sistema tributário nacional é regido pelo disposto na Emenda Constitucional 18, de 1/12/65, em leis complementares e, nos limites das respectivas competências, em leis federais, nas Constituições e em leis estaduais, e em leis municipais ( BRASIL, 1966).

De acordo com a Constituição Federal (CF), no seu artigo 145, in verbis:

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos: I - impostos; II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição; III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas (BRASIL, 1966).

Assim, a CF ,por si só , não constrói nenhum tributo, compartilha o poder de

tributar entre as entidades que possuem poder político, que por lei estabelecerão,

observados os limites estabelecidos. Possolli (2011) aborda que o sistema tributário

vigente no Brasil, possui quatro regimes de tributação, sendo os seguintes: Lucro

Real, Lucro Presumido, Lucro Arbitrado e Simples Nacional. Inicialmente definiremos

tributos para, posteriormente, delinear os quatro regimes de tributação.

2.1 TRIBUTOS

O ser humano é social, pois que se reúne em sociedade para ampliar a sua

segurança e obter serviços do Estado, como, por exemplos, educação, saúde,

transportes etc. Tais serviços desta estrutura estatal são financiados através de

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tributos criados pelos entes governantes, em que os cidadãos devem pagar tributos,

retomando a ideia de tributo como preço da liberdade. Neste sentido, os tributos tem

o objetivo de permitir a realização de feitos que individualmente não seriam

possíveis de serem realizados.

Ghellere (2011) afirma que há cinco formas de tributos: impostos, taxas,

contribuições de melhoria, contribuições sociais e empréstimos compulsórios, ver

Quadro 1 uma síntese destes. Vale salientar tudo isso está disposto na Constituição

Federal e no STF.

Quadro 1 – Síntese das formas de tributos.

Tributos Definição

Impostos Tributo cuja obrigação tem por fato gerador uma situação independente de qualquer atividade estatal específica, relativa ao contribuinte

Taxas São definidos pela doutrina como tributos vinculados

Contribuições de melhoria Tributos que se destinam a fazer face ao custeio de obras públicas que possam valorizar direta ou indiretamente o imóvel do contribuinte.

Contribuições sociais São três tipos as contribuições sociais: contribuições de intervenção de domínio econômico, contribuições de interesse de categorias profissionais ou econômicas e contribuições de seguridade social.

Empréstimos compulsórios São tributos podem ser instituídos pela União exclusivamente para atender despesas extraordinárias, decorrentes de calamidades públicas, guerra ou sua eminência, ou investimento público urgente e de relevante interesse nacional.

Fonte: Adaptado de GHELLERE (2011)

Segundo a Receita Federal do Brasil (2015a) , ˜[...] é preciso zelar sempre

para que os princípios constitucionais [...] atendam às necessidades da população,

principalmente a parcela mais pobre.‖

De acordo com o Grupo Intra (2015):

[...] o tributo visa arrecadar e intervir em situações sociais e econômicas. Tributo NÃO É castigo! A cobrança do tributo ocorre por que o fato definido em lei, como o fato gerador aconteceu. [...] Ou seja, o legislador elegeu uma situação que uma vez praticado pelo sujeito, no mundo concreto, estará sujeito à incidência da norma tributária e por essa razão irá nascer à obrigação de pagar o tributo.

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Observando os dois trechos citados anteriormente, entende-se que os

princípios constitucionais devem estar presentes para suprir equitativamente as

necessidades da população visando à qualidade de vida dos mesmos. Lukic (2012)

afirma que existem dois lados da moeda. Pois, por um lado, existe a total a

obrigação do contribuinte pagar tributo por causa da decorrência do fato gerador;

enquanto que, por outro lado, o contribuinte pode como direito de nortear seus

negócios de modo tal não exista a configuração do fato descrito na norma de

imposição tributária ou que o fato advenha em valores menores. Desse modo, tributo

é definido no artigo art. 3º do CTN, in verbis:

Art. 3º toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada (BRASIL, 1966).

Luckic (2012) discorre que a definição de tributo pode adquirir diferentes

significações no âmbito do planejamento tributário, principalmente, da posição do

agente que dele faz referência, mesmo com definição clara no CTN. No entanto,

Chiara (2008) relembra que é indispensável fazer uma análise nos artigos 145, 148

e 149 da CF, nota-se que as espécies tributárias são: o imposto, a taxa, a

contribuição de melhoria (art. 145), o empréstimo compulsório (art. 148) e as

contribuições especiais (art. 149 e 149-A).

2.2 LUCRO REAL

Pode ser definido como um regime de apuração no qual os optantes tributam

os impostos sobre o lucro efetivo do estabelecimento. Todavia, este regime de

tributação também permite a compensação de prejuízos de até 30% ( trinta por

cento) de exercícios anteriores através do Livro de Apuração do Lucro Real

(LALUR) por meio de adições, exclusões e compensações do período vigente.

A Receita Federal do Brasil (2015) também define o lucro real como sendo:

[...] o lucro líquido do período de apuração ajustado pelas adições, exclusões ou compensações prescritas ou autorizadas pela legislação fiscal. A determinação do lucro real será precedida da apuração do lucro líquido de cada período de apuração com observância das leis comerciais.

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Algumas pessoas jurídicas são obrigadas à apuração do IRPJ com base no

lucro real e estão definidas pelo art.14 da Lei 9.718/98:

I - cuja receita total, no ano-calendário anterior seja superior ao limite de R$ 48.000.000,00 (quarenta e oito milhões de reais), ou proporcional ao número de meses do período, quando inferior a 12 (doze) meses; (Redação dada pela Lei nº 10.637, de 2002) II - cujas atividades sejam de bancos comerciais, bancos de investimentos, bancos de desenvolvimento, caixas econômicas, sociedades de crédito, financiamento e investimento, sociedades de crédito imobiliário, sociedades corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio, distribuidoras de títulos e valores mobiliários, empresas de arrendamento mercantil, cooperativas de crédito, empresas de seguros privados e de capitalização e entidades de previdência privada aberta; III - que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do exterior; IV - que, autorizadas pela legislação tributária, usufruam de benefícios fiscais relativos à isenção ou redução do imposto; V - que, no decorrer do ano-calendário, tenham efetuado pagamento mensal pelo regime de estimativa, na forma do art. 2° da Lei n° 9.430, de 1996; VI - que explorem as atividades de prestação cumulativa e contínua de serviços de assessoria creditícia, mercadológica, gestão de crédito, seleção e riscos, administração de contas a pagar e a receber, compras de direitos creditórios resultantes de vendas mercantis a prazo ou de prestação de serviços (factoring). VII - que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários, financeiros e do agronegócio (Incluído pela Lei nº 12.249, de 2010). (BRASIL, 1998)

Nota-se que caso a empresa se encaixe em um dos incisos citados na lei e

não consiga comprovar seu Lucro Real, esta, por sua vez, deverá ter seu lucro

arbitrado. O regime do Lucro Real possui a alíquota de 1,65% ( um virgula sessenta

e cinco) para o PIS e 7,6% ( sete virgula seis) de COFINS ao se utilizar do Lucro

Real existem certos benefícios permitidos pela legislação do mesmo, que levam em

consideração o porte, o faturamento e ramo de atuação da empresa bem como

todos os regimes.

Para os optantes do lucro real pode ser apurado mensalmente ou

trimestralmente cabendo a empresa decidir. Ao se optar pelo regime mensal o IR e a

contribuição social vão ser calculados sobre o faturamento mensal e ao escolherem

o trimestral os mesmo vão serem calculados com base no faturamento trimestral.

Contudo, através da Medida Provisória 612/2013:

[...] A pessoa jurídica cuja receita bruta total, no ano-calendário anterior, tenha sido igual ou inferior a R$ 72.000.000,00 (setenta e dois milhões de reais), ou a R$ 6.000.000,00 (seis milhões de reais) multiplicado pelo número de meses de atividade do ano-calendário anterior, quando inferior a

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doze meses, poderá optar pelo regime de tributação com base no lucro presumido (BRASIL, 2013).

Diante desta reflexão, as pessoas cujo faturamento ultrapassarem R$

72.000.000,00 ( setenta e dois milhões de reais) estarão obrigadas a optarem pelo

Lucro Real, pois é o teto do faturamento Lucro Presumido que determina a base do

faturamento do Lucro Real, todavia, deve-se levar em consideração que as

instituições financeiras estão obrigadas a optar pelo Lucro Real, independe do seu

faturamento.

2.3 LUCRO PRESUMIDO

Para Toscano (2010, p. 20), o lucro presumido é uma presunção, por parte do

Fisco, do que seria o lucro de uma organização caso não existisse contabilidade e

com isso presumindo determinado lucro sobre as operações.

O Lucro Presumido tem o objetivo de fornecer métodos para se estabelecer a

base da tributação sobre a receita bruta da entidade. Para Possolli (2011, p. 45) este

regime almeja encontrar, fornecer a base de cálculo do IRPJ, CSLL, contudo, insere

o PIS e COFINS. Ou seja, a base é um percentual da receita bruta, faturamento.

A base pelo método do Lucro Presumido com base na legislação deste

regime se aplica o percentual de IRPJ 15% (quinze por cento) CSLL 9% (nove por

cento), como também, PIS 0,65% (zero vírgula sessenta e cinco por cento) e

COFINS 3% (três por cento) para determinar a tributação a ser recolhida, veja

Tabela 1 uma síntese dos tributos de empresas no Lucro Presumido..

Tabela 1 – Tributos aplicados para empresas atuantes no Lucro Presumido.

Fonte: DAS CONTABILIDADE, 2015.

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Caso existam diversas atividades desenvolvidas pela mesma empresa, esta

por sua vez, deverá aplicar o percentual referente a cada atividade individual para

que seja determinada a base de tributação e posteriormente as alíquotas dos

impostos. Silva (2010, p. 15), afirma que para determinar a base de cálculo utiliza-

se um percentual que esta definida em Lei, onde este percentual está diretamente

relacionado à receita bruta e a atividade que gerou esta receita.

Segundo Correia (2015,p. 156), com o objetivo da apuração do Lucro

Presumido, utilizam-se os percentuais previstos no Regulamento do Imposto de

Renda (1,6%, 8%, 16% e 32%) e na legislação da Contribuição Social (12% e 32%),

de acordo com a atividade desenvolvida e em alguns casos específicos, conforme o

faturamento anual. O método consiste na aplicação do percentual específico,

determinado pela legislação, sobre o faturamento da empresa. A base de cálculo do

Lucro Presumido sobre o qual se calcula os tributos são 15% a título de IRPJ e 9% a

título de CSLL. Assim:

ao optar por este regime, no que tange a apuração do IRPJ e da CSLL, ele dispensa a obrigação de manter escrituração contábil e da realizar o levantamento das demonstrações contábeis, porém, deve-se manter o Livro Caixa e o Livro de inventário ( SILVA 2010, p. 34).

Portanto, se a empresa não possuir muitas despesas e custos, este regime se

torna vantajoso, devido à presunção de determinado lucro e não o real lucro obtido.

Contudo, este regime torna simplificado o método de tributação, possui menos

onerosidade, onde se a empresa não possuir muitas despesas, este regime pode

ser uma forma de redução tributária.

2.4 LUCRO ARBITRADO

O Lucro Arbitrado é regulamentado pela Lei nº 9.249/95. Por sua vez, é uma

forma de tributação simplificada imposta por iniciativa do fisco, ou pelo próprio

contribuinte, desde que conhecida sua receita, sendo aplicados os mesmos

percentuais utilizados no Lucro Presumido, acrescidos de 20%. (BRASIL, 1995).

Assim,

É aplicável pela autoridade tributária quando a pessoa jurídica deixar de cumprir as obrigações acessórias relativas à determinação do lucro real ou

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presumido, conforme o caso. Quando conhecida a receita bruta, e, desde que ocorrida qualquer das hipóteses de arbitramento previstas na legislação fiscal, o contribuinte poderá efetuar o pagamento do imposto de renda correspondente com base nas regras do lucro arbitrado. (PORTAL TRIBUTÁRIO, s/d, p. 1)

De acordo com Araújo e colaboradores (2010, p. 44) o Lucro Arbitrado é uma

fiscalização da parte da autoridade fiscal, e consiste em:

coagir a pessoa jurídica ao descumprimento às disposições legais relativas do Lucro Real, determinando apuração do lucro, para tributar o imposto de renda. Isso ocorre para contribuintes de qualquer natureza jurídica, ou seja, a administração pública inicia um procedimento em que apura a ocorrência do fato gerador, segundo a legislação aplicável, calcula o montante do tributo devido, e notifica o sujeito passivo (contribuinte ou responsável) para que proceda ao pagamento do tributo no prazo estipulado por lei.

Higuchi e colaboradores (2010, p. 95) destacam:

a tributação pelo lucro real, seja por opção ou por obrigação, requer a manutenção da escrituração de livros comerciais e fiscais na forma determinada por lei. Não basta, todavia, só a manutenção da escrituração na forma das leis comerciais e fiscais se a pessoa jurídica não mantiver a documentação que embasou a escrituração.

Lucro Arbitrado é uma forma de tributação pouco utilizada, podendo ser

considerado como fator determinante a incidência no faturamento trimestral de

percentuais majorados para a obtenção da base de cálculo dos tributos incidentes

sobre o lucro (HIGUCHI et al, 2010).

2.5 SIMPLES NACIONAL

Um dos regimes estabelecidos na legislação vigente é o Simples Nacional,

que tem objetivo de fornecer métodos para se estabelecer a base da tributação

sobre a receita bruta da entidade. A Figura 1 traz algumas orientações sobre o

simples nacional.

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Figura 1- Orientações sobre o simples nacional. Fonte: CONTABILIDADE CAPITAL, 2015.

Segundo Silva (2010), o grande diferencial deste regime para os demais

regimes é que este tem o poder de amenizar os tributos impostos pelo governo, fator

este que pode acabar beneficiando os micros empresários e empreendedores de

pequeno porte.

O Simples Nacional é uma forma de tributação simplificada criado pela Lei

Complementar nº 123, de 14 de dezembro de 2006, que substituiu integralmente a

Lei nº 9.317/96. De acordo com a Receita Federal do Brasil (2013) o Simples

Nacional entrou em vigor, no dia 01 de julho 2007, instituindo o chamado Estatuto

Nacional da Micro e Empresa de Pequeno Porte (Lei Complementar n. 123/2006),

onde este regime tributário se diferencia por unificar e simplificar a arrecadação dos

impostos:

Art. 13. O Simples Nacional implica o recolhimento mensal, mediante documento único de arrecadação, dos seguintes impostos e contribuições: I - Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica - IRPJ; II - Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI, observado o disposto no inciso XII do § 1

o deste artigo;

III - Contribuição Social sobre o Lucro Líquido - CSLL; IV - Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social - COFINS, observado o disposto no inciso XII do § 1

o deste artigo;

V - Contribuição para o PIS/Pasep, observado o disposto no inciso XII do § 1

o deste artigo;

VI - Contribuição Patronal Previdenciária - CPP para a Seguridade Social, a cargo da pessoa jurídica, de que trata o art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 1991, exceto no caso da microempresa e da empresa de pequeno porte que se dedique às atividades de prestação de serviços referidas no § 5º-C do art. 18 desta Lei Complementar; VII - Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação - ICMS; VIII - Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza - ISS.

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Neste contexto, este regime unifica e simplifica a arrecadação de vários

impostos em uma única alíquota. Mas isso não significa que o contribuinte estará

livre de outros impostos citados ou omissos.

Para Silva (2010, p. 7-8):

este regime insere: Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), Programa de Integração Social (PIS), Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (COFINS), Imposto Sobre Produtos Industrializados (IPI), Contribuição Sobre o Lucro Liquido (CSLL), Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), Imposto sobre Operações Relativas À Circulação de Mercadorias e Sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação (ICMS) e Imposto Sobre qualquer Serviço (ISS).

Porém, inicialmente para se beneficiar no que tange á tributação deste

regime, é necessário se enquadrar em Micro Empresa (ME) ou Empresa de

Pequeno Porte (EPP). Portanto, depois de apto ao enquadramento e exercer

atividade compatível com a exigida pelo regime Simples Nacional a entidade deve

levar em consideração os limites de faturamento.

Para ser consideradas ME e EPP conforme o artigo 3° da Lei Complementar

n. 123/2006:

Art. 3º Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte, a sociedade empresária, a sociedade simples, a empresa individual de responsabilidade limitada e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei no 10.406, de 10 de janeiro de 2002 (Código Civil), devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: I - no caso da microempresa, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais); e II - no caso da empresa de pequeno porte, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ 360.000,00 (trezentos e sessenta mil reais) e igual ou inferior a R$ 3.600.000,00 (três milhões e seiscentos mil reais). (BRASIL, 2006)

O Simples Nacional possui um agravante operacional que se encontra na

dificuldade para a execução das exigências presentes na lei, o que pode resultar em

autuações na exata medida em que os contadores deixem de notar singularidades

pontuais (SCHNORR et al., 2008 apud LORENZET et al, 2015).

Segundo Silva (2010) cabe ressaltar que as ME e EPP não poderão optar

pelo Simples Nacional exceto aquelas que desempenhem pelo menos uma das

atividades vetadas, independentemente da relevância da atividade impeditiva

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3 PLANEJAMENTO TRIBUTÁRIO

Para Santos e Oliveira (2015):

Planejamento tributário jamais deve ser confundido com sonegação fiscal. Planejar é escolher, entre duas ou mais opções lícitas, aquela que possa dar melhores resultados para a empresa. Enquanto sonegar, é utilizar-se de meios ilegais para deixar de recolher um tributo que é devido, assim como a fraude, a simulação ou a dissimulação, sendo o uso destas considerado como omissão dolosa tendente a impedir ou retardar o conhecimento do fato gerador da obrigação fiscal, da autoridade fazendária.

Assim, Silva ( 2010) discorre que planejar é o ato de projetar um caminho a

ser seguido, entretanto, o planejamento tributário possui um emaranhado de

caminhos possíveis a serem seguidos e um tanto quanto complexos, pois as leis

pertencentes aos regimes tributários estão em constante modificação, já que o

governo está sempre em busca cessar as maneiras de reduzir a carga tributária.

Desse modo, Abraao (2010) discorre que o Planejamento Tributário pode ser

considerado como uma maneira de reduzir os impostos em uma empresa, refletindo,

por sua vez, de forma positiva ou negativa no que tange resultados. É uma

ferramenta importante e que se faz necessária em nossos dias devida à extrema

concorrência que atinge nossos empreendimentos, é uma das ferramentas mais

utilizadas para o aumento, a curto prazo, do dinheiro disponível em caixa.

O autor supracitado afirma que pode ser realizado em um estudo preventivo

no que tange ás distintas modalidades de tributação existentes em nosso país e que

analisa cada uma delas, com o intuito de verificar qual apresenta, em sua apuração,

maior economia no recolhimento de impostos.

O planejamento tributário tem fundamento em princípios constitucionalmente

previstos como a liberdade de iniciativa (art. 1°, IV e 170 ―caput‖ da CF/88), na livre

concorrência (art. 170, IV CF/88) e nas liberdades previstas ao longo do art. 5° da

CF/88, que expressam a liberdade do indivíduo de organizar sua vida,

principalmente no que tange a liberdade contratual, bem como no principio da

legalidade e na garantia do direito de propriedade:

Art. 1º A República Federativa do Brasil, formada pela união indissolúvel dos Estados e Municípios e do Distrito Federal, constitui-se em Estado Democrático de Direito e tem como fundamentos:

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IV — os valores sociais do trabalho e da livre iniciativa; Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes: II — ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei; XXII — é garantido o direito de propriedade; Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fi m assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: IV — livre concorrência;

É necessário esclarecer que nem toda a prática de atos que resultem em

redução da carga tributária para o contribuinte pode ser considerada como

planejamento tributário stricto sensu, devendo ser subtraídas deste conceito as

situações de ilícitos, extra-fiscalidade, incentivos e opções fiscais, bem como as

substituições materiais ou meras abstenção de fatos (LUKIC, 2012).

O mesmo autor acredita que o planejamento tributário tem por elemento

definidor o fato de ser formado por atos lícitos. Como, também, é composto por

condutas que não estão ajustadas pelo ordenamento, de forma ou negativa.

4 ELISÃO FISCAL

A elisão fiscal se refere à economia lícita de tributos, no ato do cumprimento

da obrigação tributária, é considerado um modo de prover economia seguindo o

disposto a lei. A palavra Elisão é derivada do latim Elisione, e significa o ato ou o

efeito de elidir, eliminar, suprir (MATTOS, 2012). Assim pode-se afirmar que:

eco o ia tri ut ria resulta te da ado o da alter ativa legal e os o erosa ou lacu a da lei de o i a-se lis o Fiscal elis o fiscal leg ti a e l cita, ois alca ada or escolha feita de acordo co o orde a e to jur dico, adota do-se a alternativa legal menos onerosa ou utilizando-se de lacunas da lei. (FABRETTI, 2005, p. 153 apud ABRAAO, 2010,p. 34)

Luckic (2012) discorre que a elisão pode ser tratada correntemente como

sinônimo de planejamento tributário, trata-se do conjunto de atos lícitos, praticados

pelo sujeito passivo, com a finalidade de diminuir ou excluir a obrigação tributária,

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pela não ocorrência do fato gerador ou ocorrência em aspectos quantitativos

menores. Ou seja, através da elisão fiscal, o contribuinte procura, através de atos

lícitos, ou impedir a ocorrência do fato gerador ou diminuir a base de cálculo

imponível, impedindo o nascimento da obrigação tributária ou reduzindo o valor a ser

pago a título de determinado tributo (LUKIC, 2012). Ou pode-se afirmar que:

elis o fiscal, co o o ra da criatividade e e ge ho dos la ejadores tri ut rios, as ira a u a co di o de legalidade ue a disti ga da evas o treta to, uito t ue a li ha divis ria e iste te e tre elas, o falta do ue j te ha sugerido u a a lise co ju ta dos dois i stitutos devido a seu ot vel grau de se elha a, uitas ve es de co le e taridade, e, so retudo elo i acto a logo ue causa os siste as tri ut rios oder os certo ue a a lise e o e uadra e to dos co ceitos varia rofu da e te o ce rio u dial, de a s ara a s, de e de do das leis i ter as e dos tratados i ter acio ais e iste tes, co o ta difere e fu o de ideologias ol ticas co ue s o a alisados la eja e to tri ut rio ode ser legal e deter i ado a s e ilegal e outro ertas legisla es co sidera co o fraude a si les frustra o do o jetivo da lei tri ut ria, ai da ue o age te se te ha utili ado de for as legais e seu ato ou eg cio o seria e agero afir ar ue a elis o disti gue-se da evas o t o-so e te or u a uest o de te o ssa difere a osta o o se tido de ue a fuga ou redu o do i osto teria u a outra caracter stica se ocorrida a tes ou de ois da ocorr cia do fato i o vel, co o a tes j co e tado, as si or u a uest o de te o hist rico, ois u la eja e to tri ut rio es ec fico, e certo o e to, ode ser considerado co o elis o fiscal, segu do u siste a tri ut rio acio al e, sendo detectado e identificado pelas autoridades fiscais, passa a ser por elas expressamente proibido, transformando-se, desse ponto em diante ( HUCK, 1997, p. 32 apud ABRAAO, 2010, p.34).

Elisão, também, pode ser compreendida como o ato de aproveitar as

cha adas ― rechas da lei‖, ue or algum motivo foram colocadas pelos

legisladores, de forma que os contribuintes possam se aproveitar da situação e com

isso reduzirem os valores a serem recolhidos aos cofres públicos.

A elisão fiscal caracteriza-se por ser um produto da criatividade dos

planejadores tributários visando à efetivação do negócio com o menor ônus possível.

Esta é executada pelos administradores da empresa antes da ocorrência do fato

gerador da obrigação tributária, não ocorrendo assim à incidência tributária e,

portanto, não havendo a necessidade do pagamento do tributo.

Deve-se considerar o fator cronológico para se classificar como elisão, uma

vez que, esta ocorre antes da concretização do fato gerador. A não ocorrência do

fato gerador implicará na impossibilidade do pagamento do tributo. Desse modo, se

o contribuinte estiver usando atos lícitos na lacuna da lei, não estará cometendo

práticas fraudulentas (ABRAAO, 2010).

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4.1 TIPOS DE ELISÃO

Há duas espécies de elisão fiscal, a primeira produto da própria lei, onde, o

próprio dispositivo legal permite ou até mesmo induz a economia de tributos. Há um

anseio claro e consciente do legislador de dar ao contribuinte determinados

benefícios fiscais. Os incentivos fiscais são exemplificações típicas de elisão

induzida por lei, uma vez que o próprio texto legal dá aos seus destinatários certos

benefícios.

A segunda é aquela produto de lacunas e brechas presentes na própria lei, na

qual, o contribuinte opta por configurar seus interesses de tal modo que se

harmonize com uma ínfima restrição tributário, utilizando-se de elementos que a lei

não proíbe ou que permitam evitar o fato gerador de determinado tributo com

elementos da própria lei, de acordo com Abraao (2010).

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após analisar o sistema tributário através dessa analise bibliográfica, pode-se

perceber que existe quatro tipos de regime tributário no Brasil que são: lucro real,

lucro presumido, simples nacional e o arbitrado. Desta forma, apenas o

planejamento tributário irá demonstrar qual a melhor forma para cada empresa.

Tais tributos permitem a realização de feitos que individualmente não seriam

possíveis de ser realizados. O planejamento consiste na organização na vida do

contribuinte, seja ele pessoa física ou jurídica, que, atento às normas fixadas pela

legislação tributária, escolhe os meios legais com menor incidência tributária. Cabe

ressaltar, que é considerado válido quando executado em conformidade com a

legislação tributária em vigor.

O modo que o contribuinte usa para atenuar sua carga tributária pode admitir

distintas posições quanto à licitude. Se for realizada com meios permitidos, será

considerado planejamento tributário lícito, também conhecido como elisão fiscal. A

elisão é um conjunto de procedimentos lícitos que ocorrem antes da ocorrência do

fato gerador. Diante do exposto a elisão fiscal torna-se essencial na economia fiscal

e está intimamente relacionado com o planejamento tributário. Logo, pode-se

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também relembrar que o presente trabalho serve para também combater o processo

de sonegação fiscal.

TAX PLANNING: THE NECESSARY KNOWLEDGE IN COMBAT SEARCH OF FISCAL EVASION

ABSTRACT

Freedom, equality and solidarity are the foundation of taxation. This paper presents a Knowledge of these tax institutes, in order to minimize the circumvention practices and increase the tax and economic planning in order to contemplate a lawful business activity and thrives. It can be stated that the tax imposition is the reduction in equity of the taxpayer, and natural taxpayers crave alternatives to escape the tax burden or reduce the impact on its business and affairs, using illicit means to circumvent their tax obligations, which give the name of tax evasion in the harvest. Thus, the taxpayer does this: not to see the return in the fulfillment of fundamental social rights and the reduction of social inequality. On the other hand there is the possibility of tax avoidance, which is the fully lawful conduct of fiscal savings in the act of compliance with tax obligations. This paper presents a qualitative approach using the technique of literature through which was based the study and collected the necessary information to the analysis.

Keywords: Tax Avoidance. Taxes. Taxation.

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19f. Orientadora: Profª. Ms. Herleide Herculano Delgado. Artigo Científico (Graduação em Direito).Faculdades de Ensino Superior

da Paraíba – FESP

1. Elisão Fiscal. 2. Tributos. 3. Sistema Tributário. I. Título

BC/Fesp CDU: 347.73 (043)