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UNVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINACENTRO SOCIO-ECONÔMICO
DEPARTAMENTO DE ECONOMIA E RELAÇÕES INTERNACIONAISGRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS ECONÔMICAS
DISCIPLINA: FORMAÇÃO ECONOMIA DO BRASILPROFESSOR: SÍLVIO ANTONIO FERRAZ CÁRIO
ALUNO: RICARDO CONCEIÇÃO
A REVOLUÇÃO DE 1930
- Boris Fausto
1) POR QUE A 1ª. REPÚBLICA FOI MARCADA PELAS CARACTERÍSTICAS: PREDOMINÂNCIA DO SETOR AGRO EXPORTADOR CAFEEIRO, INEXISTÊNCIA DE LUTA NO INTERIOR DA BURGUESIA ENTRE SETOR AGRO E INDUSTRIAL E FRACA INTEGRAÇÃO NACIONAL COM PREDOMINÂNCIA POLÍTICA DO EIXO SP E MG?
A sociedade brasileira, na Primeira República, tem sido definida,
simplificadamente, como um organismo social em que predominam os interesses do
setor agrário-exportador, voltado para a produção de café, representado pela
burguesia paulista e parte da burguesia mineira. Este setor, dependente de uma
mercadoria sujeita as oscilações de preço no mercado internacional, tinha seu destino
diretamente vinculado ao jogo de forças dos grandes centros consumidores, que lhe
era impossível controlar. Além disso, a maneira pela qual garantiu sua renda deu um
caráter especifico a essa vinculação, aumentando a dependência com relação ao
capital externo.
O mecanismo de desvalorização cambial, durante os primeiros anos da
República, resultante muitas vezes não apenas da queda dos preços do café, mas de
outros fatores conjugados, como por exemplo a expansão creditaria do governo
provisório, limitou os efeitos da baixa do produto, atendendo aos objetivos de
socializador de perdas do setor cafeeiro.
Tempo dominante e dependente, a burguesia cafeeira impôs no país, durante
os três primeiros decênios do século, sua hegemonia social e política. Não se formou
no interior da classe dominante, até os fins da década de 20, nenhum grupo que
apresentasse uma opção viável, em oposição aos seus interesses. Todos os presidentes
da República, não só paulistas e mineiros, como os que não foram apoiados por São
Paulo, nunca pretenderam alterar a característica básica da vida republicana,
atendendo, com primazia, o setor do café.
2) QUAIS ERAM AS CARACTERÍSTICAS DA ALIANÇA LIBERAL?
A Aliança Liberal reflete estas características do sistema social existente. Ela
nasce de um acordo entre Estados cujos interesses não estão vinculados ao café, mas a
forma regional das reivindicações não é destituída de significado. Pelo contrario, a
regionalização se expressa nas condições políticas em que se dá a cisão da classe
dominante, no fim da década de 20.
A Aliança não é um partido político; não exprime interesses industriais mas as
reivindicações de vários grupos desvinculados da economia cafeeira; assume
timidamente estas reivindicações econômicas; e faz da plataforma política o centro de
seu programa. É um instrumento de pressão. A representação popular é a principal
arma da Aliança.
3) QUAL FOI O PAPEL DO MOVIMENTO TENENTISTA NA REVOLUÇÃO DE 30?
O movimento Tenentismo caracteriza e pode ser identificado com as aspirações
concretas das classes média urbanas. Ações reformistas. O tenentismo desempenha o papel de
uma carta de reserva, não isenta de perigos, utilizável somente em uma situação extrema. A
derrota da Aliança explica apenas em parte o rumo dos acontecimentos.
4) COMO SE POSICIONAVA A CLASSE MÉDIA URBANA PERANTE O MOVIMENTO QUE DESEMBOCOU NA REVOLUÇÃO DE 30?
Tendo presente a ambigüidade sociológica na definição das classes médias, é
possível constatar. Pela sua intervenção na campanha eleitora, que elas constituem a
base popular da Aliança, responsável, em grande parte pelas entusiásticas
manifestações a favor de Getúlio.
Sem pretender uma representação política própria, as classes médias urbanas
se sentem marginalizadas da vida política, pela fraude eleitoral, que impede o acesso
ao poder dos candidatos em oposição ao núcleo dominante.
5) COMO SE ENCONTRAVA A ECONOMIA CAFEEIRA NO CONTEXTO DA CRISE ECONÔMICA INTERNACIONAL DE 29?
A crise mundial que se inicia em 1929 repercute no Brasil mais fortemente em
1931 (mesmo assim, o preço médio do café no exterior cai de 4,71 libras em 1929 para
2,69 em 1930). O problema do excesso de produção se recoloca, o esquema
valorizador cai por terra, dada a impossibilidade de contar com novos empréstimos
externos.
A depressão internacional é um dos elementos explicativos da revolução de
1930, mas não é possível reduzir esta a uma espécie de conspiração externa. Os anos
30 concretizaram a nova divisão de ganhos no interior da classe dominante, com o
maior atendimento dos vários setores desvinculados do café, que as circunstancias
impediram fosse feita pela via pacifica.
6) QUAL FOI O PAPEL EXERCIDO PELA CLASSE TRABALHADORA NO PROCESSO REVOLUCIONÁRIO DE 30 E COMO QUE O ESTADO PROCUROU TER CONTROLE SOBRE ESTA CLASSE PÓS 30?
Entre as incertezas