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FECHAMENTO AUTORIZADO PODE SER ABERTO PELA ECT JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXXII - 356 | JULHO DE 2019

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JORNAL DA DIOCESE DE GUAXUPÉ | ANO XXXII - 356 | JULHO DE 2019

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“O correr da vida embrulha tudo. A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois

desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”[João Guimarães Rosa]

“O homem não vive só de pão, mas da Palavra de Deus” (Mt 4, 4)

Surpreendentemente, nos espanta-mos com as mudanças de rota tra-zidas pelos ventos do acaso. Digo

que isso é surpreendente pois parece que quase acreditamos na vida como se ela fosse um estado permanente das coisas, da constância das pessoas e da imutabi-lidade das situações. Tudo é transitório, passageiro e, mesmo que tentemos nos apegar a algo, tudo se esvai pelos dedos.

A experiência histórica nos força a nos entendermos como seres duradouros, mas isso é, no mínimo, um pensamento inocente. A durabilidade de tudo depen-de muito mais do acaso do que de nosso esforço humano. Por mais que queiramos nos manter em situações confortáveis ou em relações construtivas, tudo isso esca-pa de nós por uma simples saída de rota ou um tropeço inesperado.

Isso não pode, porém, ser argumento

para vivermos com cautela ou imunes às experiências da vida e aos encontros pes-soais. Mas, ter a consciência de que tudo um dia irá passar pode fazer de nós, ho-mens e mulheres, mais intensos e abertos à novidade. Jesus de Nazaré, no Evange-lho de São Mateus, dá a lição profunda de vivermos intensamente o hoje com tudo o que lhe é peculiar: “não vos preocupeis com o dia de amanhã, pois o dia de ama-nhã terá sua própria preocupação” (Mt 6, 34).

Necessitamos de uma postura mais disposta a acolher o que a vida nos ofe-rece e fazer de nosso esforço pessoal um constante processo de iniciar ininterrupta-mente novas batalhas e estabelecer no-vas metas. Não é porque algo não aconte-ceu do modo que havíamos esperado que não deu certo. A imprevisibilidade da vida é o que a torna fascinante. Se tudo saísse

editorial

voz do pastor

expediente

No ano passado, a Conferência Na-cional dos Bispos do Brasil (CNBB) destacou a importância da celebra-

ção da Palavra em nossas comunidades. A celebração da Palavra é “verdadeira ce-lebração”, não é somente algo para subs-tituir a missa quando não se tem padre, infelizmente, entendíamos assim.

Precisamos recuperar o entendimen-to de que nos alimentamos da Palavra de Deus e que bom seria se tivéssemos pessoas, lideres, agentes e ministros da Palavra em todas as comunidades que pudessem, de modo ainda mais profundo e dinâmico, partilhar sua experiência ecle-sial com a Palavra nas comunidades.

É preciso investir em nossos leigos e leigas, capacitando-os para o entendi-mento – conhecimento mais profundo na Palavra de Deus – para que possam fruti-ficar em suas vidas e oferecer, através de reflexões e diálogos, uma intensa troca espiritual da mensagem de Deus para nós.

Quanto mais leigos e leigas prepara-

dos mais nossas comunidades farão expe-riências inéditas de Deus e interpretarão a realidade à luz da Palavra. É fundamental e necessário sonharmos com verdadeiras comunidades eclesiais missionárias, ali-cerçadas na Palavra de Deus, assim como nos lembra o documento 109 da CNBB – as novas Diretrizes Gerais da Ação Evan-gelizadora da Igreja no Brasil.

Essa indicação vai ao encontro da ex-periência de base das pequenas comuni-dades, favorecidas e impulsionadas em muitas paróquias nossas com as Santas Missões Populares.

Encontramos, ainda, no documento 109 a seguinte afirmação: “‘A Igreja fun-da-se sobre a Palavra de Deus, nasce e vive dela (...) O Povo de Deus encontrou sempre nela sua força e, também hoje, a comunidade eclesial cresce na escuta, na celebração e no estudo na palavra de Deus’ (VD 3). Essa centralidade da Palavra na vida das comunidades cristãs é funda-mental para a identificação e configuração

Diretor geral

DOM JOSÉ LANZA NETO Editor

PE. SÉRGIO BERNARDES | MTB - MG 14.808

Equipe de produção

LUIZ FERNANDO GOMESJANE MARTINS

Revisão

JANE MARTINS

Jornalista responsável ALEXANDRE A. OLIVEIRA | MTB: MG 14.265

Projeto gráfico e editoração BANANA, CANELA bananacanela.com.br | 35 3713.6160

Telefone35 3551.1013

E-mail

[email protected]

Os Artigos assinados não representam necessariamente a opinião do Jornal.

Uma Publicação da Diocese de Guaxupé

www.guaxupe.org.br

PALAVRA – CELEBRAÇÃO DA PALAVRA DE DEUS

Dom José Lanza Neto,Bispo da Diocese de Guaxupé

com a ‘Palavra [que] se fez carne’ (Jo 1,14). Por isso a Sagrada Escritura precisa estar sempre presente nos encontros, nas ce-lebrações e nas mais variadas reuniões”. (CNBB 109, 146)

Em preparação e assimilação para a execução do Plano Diocesano de Pastoral fica o desafio de multiplicarmos abundan-temente, em nossas paróquias e comuni-dades, a Celebração da Palavra de Deus e, onde elas ainda não existam, preparar a comunidade e os ministros leigos e leigas para que concretizem essa experiência de intimidade com a Palavra, criando até mesmo roteiros que gerem verdadeiras e frutuosas celebrações.

Sugiro que tenhamos contato com as novas Diretrizes Gerais da Ação Evange-lizadora da CNBB – 2019-2023, especial-mente o capítulo quarto, Igreja em Mis-são, e os números 150 a 159, que tratam dos encaminhamentos práticos para a consolidação do Pilar da Palavra.

como o planejado, seria muito sem graça. Gosto de contemplar o crescimento

de minha sobrinha de 2 anos, Sophia. Ela raramente repete suas atividades e quase nunca se fixa num modo de construir sua linguagem. Essa capacidade de nos rein-ventarmos vamos perdendo com nosso amadurecimento junto com nossa capaci-dade de demonstrar afeto sem cobranças. Se tivéssemos a coragem e a liberdade de agirmos como as crianças, definitivamen-te não temeríamos o futuro e suas traves-suras.

O inesperado está por vir para todos nós, a diferença está em como queremos lidar com isso. Nós nos lamentaremos por não termos mais o chão onde estávamos, a companhia que tínhamos ou vamos ad-mirar o horizonte novo que se abre e nos oferece a oportunidade de nos recriarmos numa versão melhor de nós mesmos?

2 | JORNAL COMUNHÃO - DIOCESE DE GUAXUPÉ

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O que é o ser humano? É uma inda-gação que tanto a Palavra de Deus (Sal 8,5) quanto a filosofia fazem.

De onde vem o nosso ser, nossa verdadei-ra identidade? São muitas as vozes, pala-vras e pensamentos que tentam formar as mentes da sociedade e de cada pessoa em particular. Como exemplos, temos: a mídia, a opinião pública, a cultura e as ideologias. Parece que foram roubados dos homens a reflexão, a consciência, a capacidade de crescer e o censo crítico.

A vida humana precisa ser resgatada: do materialismo sem alma, do espiritua-lismo que não humaniza, da ideologia de gênero, do hedonismo degradante, da falta de sentido e da cultura de morte. O mundo já presenciou muitas revoluções, guerras e promessas de paz que resulta-ram em mortes, sofrimentos e tragédias. A redenção do homem por si mesmo não funcionou.

Deus não deixou de comunicar-se e revelar-se a seu povo. Comunica a si mes-mo para que todos estejam em comunhão com Ele. Partilhando com os povos a vida divina e plena. Para isso, é necessário ser superado o cansaço das palavras e vários outros obstáculos. “Contraída a aliança com Abraão (cf. Gn 15, 18) e através de Moisés com o povo de Israel (cf. Ex 24,8), revelou-se ao seu povo eleito por palavras e ações como único Deus verdadeiro e vivo, de tal forma que Israel pôde conhe-cer por experiência quais os caminhos de Deus para com os homens e, falando Deus pela boca dos profetas, cada vez mais profunda e claramente, os compreendeu e os difundiu amplamente entre os povos” (DV 14).

A Palavra de Deus, assim como Deus, possui suas prerrogativas: útil para ensi-nar, instruir e corrigir (2Tm 3, 16-17). Além disso, do mesmo modo, como as doutri-nas seculares se encerram no humanis-mo (sobretudo ateu), a Escritura converge para Cristo e o Reino de Deus. “A econo-mia do Antigo Testamento estava ordena-da principalmente para preparar a vinda de Cristo, redentor de todos, e de seu Reino Messiânico, para anunciá-la profe-ticamente (cf. Lc 24,44) e dá-la a conhecer através de várias figuras (cf. 1 Cor 10,11)” (DV 15).

Vários homens (Marx, Engels e outros) tentaram ou idealizaram a transformação do mundo. Mas, falharam em seus empre-endimentos. Ouve-se muito atualmente que estamos em época de mudanças ou mudanças de época. Mudanças de tal ve-locidade que não parecem subsistir mais fundamentos, paradigmas e referenciais do mundo e do ser humano. Com efeito, a Palavra de Deus não muda, e sua for-ça transformadora em cada pessoa e no

cosmos também. Talvez, não haja motivos para se amedrontar diante da aceleração das inovações da cultura moderna ou pós-moderna. Uma leitura atenta do livro do Gênesis mostra que Deus não termi-nou a criação; “Ela é criada em estado de caminhada (“in statu viae”) para uma per-feição última a ser ainda atingida, para a qual Deus a destinou” (CIC 302).

Nesse sentido, o homem é co-criador junto de Deus. De forma que, seguindo as orientações do último Concílio (Vaticano II), há a promoção de um diálogo com a cultura hodierna e abertura prudente ao mundo. Quase antevendo o ministério pe-trino do papa Francisco, a Igreja, serva e casa da Palavra, não mais condenou nem deu a excomunhão a ninguém. Por isso, junto ao mistério da Revelação de Deus, pela força da Palavra de Deus, o homem pode e deve deixar-se formar pela Pala-vra encarnada do Pai e pelas Sagradas Escrituras, com o objetivo de iniciar, neste mundo, o Reino dos céus, transfigurando toda a realidade criada: economia, cultu-ra, política e sociedade.

Diante de duas Guerras Mundiais (com a participação de cristãos, católi-cos ou não), a revolução sexual, a perda de sentido existencial, o ateísmo prático ou teórico e tantos outros fenômenos, a vida humana parece estar mergulhada no tédio existencial . Logo, resultam os sin-

tomas: desespero, cansaço, desânimo, apatia, mediocridade e preguiça. Não obstante todo esse cenário sócio-cultural, o homem ergue-se de suas cinzas. Viktor Frankl , Charles de Foucauld, Edith Stein, santa Teresa De Calcutá, são João XXIII e são Paulo VI são alguns dos exemplos de superação das crises e adversidades. Como negar a influência direta ou indire-ta da Palavra de Deus? Do Verbo escrito e encarnado?

Quanto impulso os movimentos deram à Igreja, ao povo de Deus e ao mundo! De certa forma, também foi desejo dos padres conciliares despertar o amor pela leitura, estudo e meditação da Palavra de Deus, resgatando a criatura humana, a imagem e a semelhança com Deus. Conforme diz a Gaudium et Spes (22), em Cristo está o verdadeiro paradigma do que é o huma-no, e Cristo está, também, em sua pala-vra que pode mudar a realidade. “Quanto mais soubermos colocar-nos à disposição da Palavra divina, tanto mais poderemos constatar como o mistério do Pentecostes se está a realizar ainda hoje na Igreja de Deus. O Espírito do Senhor continua a der-ramar os seus dons sobre a Igreja, para que sejamos guiados para a verdade total, desvendando-nos o sentido das Escrituras e tornando-nos anunciadores credíveis da Palavra da salvação. Na Palavra de Deus, também nós escutamos, vimos e tocamos

opinião“NO PRINCÍPIO ERA O VERBO, E O VERBO ESTAVA JUNTO DE DEUS E O VERBO ERA DEUS” (JO 1,1)

o Verbo da vida. Por graça, acolhemos o anúncio de que a vida eterna se manifes-tou, de modo que agora reconhecemos que estamos em comunhão uns com os outros, com quem nos precedeu o sinal da fé e com todos aqueles que, espalhados pelo mundo, escutam a Palavra, celebram a Eucaristia, e vivem o testemunho da ca-ridade” (VD 123).

A Palavra de Deus sendo viva e eficaz (Hb 4,12) é a levedura que age no cos-mos, nas mentes, nos povos e nações. Por ela, São Jerônimo se consagrou, por seu testemunho muitos partiram em missão, derramaram seu sangue. Tudo pelo Verbo que se fez homem. Para que todo o mun-do se torne Eucarístico, por meio de sua Palavra.

Referências:Catecismo da Igreja Católica. Edições Loyola. São Paulo, 2000, p. 90.Compêndio do Vaticano II Constituições decre-tos declarações. Vozes. Rio de Janeiro, 2000. Constituição Dogmática Dei Verbum Sobre a Revelação Divina. (p. 184-185).Constituição Pastoral “Gaudium et Spes” So-bre a Igreja no mundo de hoje (p. 164).Exortação Apostólica Pós-Sinodal Verbum Do-mini do Santo Padre Bento XVI. Ao Episcopado, Ao Clero, Às Pessoas Consagradas e aos Fiéis Leigos. Sobre a Palavra de Deus Na Vida e Na Missão Da Igreja. Paulinas, São Paulo, 2010.

Por padre Matheus Pereira Júnior, vigário paroquial em Nova Resende

COMUNIDADES EM MISSÃO - IGREJA VIVA | 3

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notícias

Texto/Imagens: Assessoria de Comunicação – Leste 2

Texto/Imagem: Vatican News

Informações e imagem: padre Gledson Domingos

Bispos e coordenadores de pastoralplanejam ações pastorais para próximos anos

CONGREGAÇÃO PARA A EDUCAÇÃO LANÇADOCUMENTO SOBRE A QUESTÃO DE GÊNERO

PROVÍNCIA REALIZA REUNIÃO DE AVALIAÇÃO DA DIMENSÃO LITÚRGICA NAS DIOCESES

Entre os dias 3 e 6 de junho, (arce)bispos, coordenadores diocesanos de pastoral e (arce)bispos eméritos estiveram reunidos

em Belo Horizonte (MG) para a Assembleia Anual do Conselho Episcopal de Pastoral do Regional (Conser) Leste 2 (Minas Gerais e Es-pírito Santo).

O tema central, Construindo uma ecolo-gia integral, foi inspirado no texto bíblico: “E

Foi publicado no dia 10 de junho o novo documento da Congregação para a Edu-cação Católica Homem e Mulher os criou.

Para uma via de diálogo sobre a questão de gênero na educação.

Segundo o professor Roberto Zappalà, diretor do Instituto Gonzaga de Milão esse documento se apresenta como uma valiosa contribuição adicional de reflexão (que vai se acrescentar a outros elaborados em prece-dência) útil para “orientar e apoiar os envolvi-dos na educação das novas gerações” (n. 5).

O foco do documento é certamente sobre uma das “questões mais debatidas sobre a se-xualidade humana hoje”, a questão de gênero na educação, como já mencionado no título. No

No dia 11 de junho, foi realizada, no Semi-nário Santo Antônio, em Pouso Alegre, a 2ª Reunião da Equipe Provincial de Li-

turgia da Província Eclesiástica de Pouso Ale-gre, com a presença dos professores de Litur-gia da Faculdade Católica de Pouso Alegre e dos seminários, além dos padres formadores.

O encontro anual contou com presença de dom José Luiz Majella Delgado, arcebispo

Deus viu que era muito bom” (Gn1,1). A pauta incluiu ses-sões privativas e conjuntas, estudos sobre o tema central, eleições para a Presidência Regional e para as presidên-cias das Comissões Episco-pais para o quadriênio 2019-2023, além da atualização da Ação Evangelizadora no Regional Leste 2, que foi feita a partir de uma avaliação dos últimos quatro anos e das Di-retrizes Gerais aprovadas na

57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

A assembleia elegeu a nova presidência do regional para os próximos quatro anos:

Presidente – Dom José Carlos de Souza Campos, bispo da Diocese de Divinópolis (MG);

Vice-presidente – Dom Paulo Bosi Dal’Bó, bispo da Diocese de São Mateus (ES);

Secretário – Dom Geovane Luís da Silva,

entanto, a reflexão articulada no documento assume um âmbito mais amplo: a “emergência educativa”, que enfrentamos e que nasce de uma sociedade e de uma cultura cada vez mais pobres em evidência e valores compartilhados, parece agora unir tantos jovens em formação como os adultos que devem educá-los na mesma per-cepção de viver como “abalados pelas ondas e levados aqui e ali por qualquer vento de doutrina” (Ef 4, 14). Esta emergência denota – nas palavras do Papa Bento XVI – uma verdadeira “carência antropológica”, que tende a nos fazer esquecer que a pessoa humana “é um ser integral e não uma soma de elementos que podem ser isolados e manipulados segundo à própria vontade”.

Diante dessa carência antropológica que

da Arquidiocese de Pouso Alegre e bispo re-ferencial para a Liturgia do Regional Leste 2 da CNBB.

Na reunião, houve uma explanação so-bre o conteúdo e a metodologia das aulas na faculdade e nos seminários. Um dos pontos destacados é a multiplicação de propostas que dificultam a comunhão e não são pauta-das nas diretrizes das dioceses em relação à

bispo Auxiliar da Arquidio-cese de Belo Horizonte (MG).

Durante o encontro, houve a sessão: Perspec-tivas Teológicas: Luzes e esperanças a partir da Bíblia e do Magistério, as-sessorada pelo professor e pesquisador de Eco-teologia, irmão Afonso Murad. O intuito foi expor a importância de se rea-lizar atividades eclesiais pensando coletivamente, para que as ações não afetem o ecossistema de maneira negativa.

A partir das reflexões, as províncias ecle-siásticas puderam se reunir para discutir e partilhar experiências relacionadas à ação em prol da ecologia. Dentre algumas respostas, destacam-se iniciativas em decorrência do rompimento de barragens, da contaminação

das águas nos rios de água doce e da falta de consciência ecológica da população.

Visita a Brumadinho – O dia 5 de junho, Dia Mundial do Meio Ambiente, foi marcado por uma visita a Brumadinho (MG) e um mo-mento de oração junto à comunidade.

Nova presidência: (à esq.) dom Geovane, dom José Carlos e dom Paulo

determina a “desorientação antropológica que caracteriza difusamente o clima cul-tural de nosso tempo” (n. 1), a Igreja, com este novo documento, assume e convida a assumir uma atitude de escuta, de reflexão e de proposta para “empreender a via do diálogo sobre a questão do gênero na educação” (n. 6).

Nesta antropologia relacional emergem tra-ços fundamentais da antropologia cristã da pes-soa, que reconhece “o significado da sexualida-de de discriminação e de violência, precisamente porque aprenderam a reconhecer as igualdades das pessoas, não negando, mas, sim, respeitan-do e valorizando as suas diferenças.

Neste diálogo, a Igreja participa com a convicção de que cada interlocutor “tem algo

liturgia, inclusive a influência das mídias.

“Há uma ca-minhada comum das três dioceses, mas percebe-se a necessidade de um traba-lho de conscientização do clero e também nos seminários sobre a unidade e os fundamentos

de bom a dizer” e que, portanto, é necessário “dar espaço ao seu ponto de vista, à sua opi-nião, às suas propostas, sem cair, obviamen-te, no relativismo”. E precisamente por isso, como “perita em humanidade”, a Igreja quer oferecer a todos “o que possui por si mesma: uma visão global do homem e da humanida-de”, convencida de que só um diálogo aberto e respeitoso, enfrentado sem medo nem radi-calismo ideológico, pode contribuir verdadei-ramente para uma compreensão mais profun-da da sexualidade humana.

da Liturgia na Igreja”, afirmou o padre Gledson Domingos, coordenador do Serviço de Anima-ção Litúrgica da Diocese de Guaxupé.

4 | JORNAL COMUNHÃO - DIOCESE DE GUAXUPÉ

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notícias

Texto e Foto: Pascom Muzambinho

Texto/Imagem: Vatican News

Texto: Assessoria de Comunicação | Imagem: Sara Fideles

ENCONTRO DIOCESANO DE CATEQUISTASÉ REALIZADO EM MUZAMBINHO

CONSELHO DE CARDEAIS:NOVA CONSTITUIÇÃO SOBRE A CÚRIA ROMANA

PADRE JOSÉ EDUARDO É ORDENADO NA GUARDINHA

No dia 23 de junho, aconteceu, na cidade de Muzambinho, o Encontro Diocesano para Catequistas, conduzido pelo padre

Jean Poul, coordenador diocesano de pastoral da Diocese da Campanha.

O conteúdo do projeto Viver em Cristo foi apresentado para mais de 700 catequistas de diversas paróquias da diocese presentes no evento. O projeto de dimensão provincial traz um modelo inspirado nas catequeses das primeiras comunidades cristãs (inspiração ca-tecumenal).

O encontro iniciou-se com o café da manhã e a oração inicial conduzida pelo setor Areado. O setor Alfenas ficou responsável pela anima-ção do encontro e o setor Guaxupé cuidou da

A 30ª reunião do Conselho de Car-deais, ocorrida nos dias 25 a 27 de junho, colocou em debate, a nova

Constituição Apostólica sobre a Cúria Roma-na cujo título provisório é Praedicate evan-gelium que “chegará no mês de setembro ou no máximo até o final do ano, nas mãos do Papa Francisco que depois fará a apro-vação final”, disse dom Marcello Semeraro, secretário do conselho.

O importante documento pontifício de-verá substituir a atual Constituição apostó-lica Pastor Bonus de são João Paulo II, em vigor desde 28 de junho de 1988, compos-ta por 193 artigos, 2 Adnexum e as sucessi-vas modificações introduzidas com 3 Motu

No dia 29 de junho, na festa litúrgica de São Pedro e

São Paulo, a Diocese de Guaxupé acolheu seu mais novo presbítero com a quinta ordena-ção deste ano, o padre José Eduardo Aparecido da Silva. A celebração eucarística foi realizada em Guardinha, distrito de São Sebastião do Pa-raíso.

Na homilia, o bispo ordenante, dom José Lanza Neto, destacou a humildade do

O Instituto dos Ir-mãos do Sagrado Coração de Jesus

e a Diocese de Guaxupé lamentaram o falecimen-to do padre Gaetan Me-nard, SC.

Nascido no Canadá e vindo ao Brasil na mis-são de sua congregação, auxiliou durante muitos anos o padre Pedro Me-loni, já falecido, na Paró-

organização do espaço.“É preciso mudar a mentalidade de que a

iniciação cristã é responsabilidade exclusiva da catequese, mas, sim, de toda a comunida-de. Logo, é preciso enxergar a catequese não como um evento, mas, sim, como um proces-so, como tudo o que envolve fé”, disse o as-sessor.

A Província Eclesiástica de Pouso Alegre é pioneira nesse modelo de catequese, já ado-tado por outras dioceses do Brasil. O encontro terminou às 16h, após a fala do padre Luciano Cabral, assessor diocesano de catequese, e do padre Alexandre José, coordenador diocesano de pastoral.

proprio de Bento XVI (2011, 2013 e 2013) e 1 Motu proprio de Francisco (2014).

Ênfase na missão e consulta“O ponto de virada missionária, fortemen-

te desejado pelo Papa Francisco e já descrito na Evangelii Gaudium”, disse dom Semeraro, “é evidente no esboço do texto em que ressoa o “ide e pregai em todo o mundo”, presente no Evangelho de Marcos que hoje mais do que nunca deve ser lido no contexto em contínua transformação em que o anúncio da Boa Nova deve saber entrar. O prelado também subli-nhou a intensa atividade de consulta e escuta para a nova Constituição, que será seguida pela redação do texto definitivo a ser submeti-

novo padre aliada à dis-ponibilidade de ofertar seus dons à Igreja dio-cesana, especialmente à dimensão missionária.

Com um discurso emocionado, padre José Eduardo destacou a im-portância de se manter firme num propósito de fé e confiar na vocação divina. O lema bíblico es-colhido para sua ordena-

ção foi inspirado na primeira carta de São Paulo aos Coríntios: “Cooperador na obra de Deus” (1 Cor 3, 9).

do ao Santo Padre para a aprovação final.A próxima Reunião do Conselho de Car-

deais se realizará nos dias 17 a 19 de setem-bro deste ano.

in memoriamPADRE GAETAN MENARD, SC

quia Nossa Senhora do Carmo, em Paraguaçu.

O padre faleceu no dia 7 de junho, em Para-guaçu. O corpo foi velado na Capela do Juvenato, instituto no qual residiu até seu falecimento. A Missa Exequial foi cele-brada pelo bispo dioce-sano, dom José Lanza Neto.

COMUNIDADES EM MISSÃO - IGREJA VIVA | 5

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“A Celebração da Palavra de Deus é escuta, meditação, vida, celebração e testemunho. Nossas Comunidades, es-pecialmente, no dia do Senhor, dia da ressurreição de Jesus, entram na dinâ-mica e graça do Verbo feito morada en-tre nós. Ela celebra a presença de Deus carne da nossa carne, osso dos nossos ossos, sangue do nosso sangue, o amor livre e gratuito no meio de nós! Ela expe-rimenta que Ele sustenta o universo com o poder de sua palavra (Hb 11, 3)”, afirma dom Leonardo Ulrich Steiner, ex-secretá-rio geral da CNBB.

O ministério da Palavra no Novo Testa-mento

Toda a evangelização está fundada so-bre esta Palavra escutada, meditada, vivi-da, celebrada e testemunhada. A Sagrada Escritura é fonte da evangelização. Por isso, é preciso formar-se continuamente na escuta da Palavra. A Igreja não evangeliza, se não se deixa continuamente evangeli-zar. É indispensável que a Palavra de Deus

MINISTÉRIO E CELEBRAÇÃO DA PALAVRA

‘se torne cada vez mais o coração de toda a atividade eclesial’. (EG 174)

Nas Igrejas que surgem do anúncio do Evangelho acolhido na fé, homens e mu-lheres assumem serviços e ministérios. A maioria dos servidores ou ministros que nelas atua, conforme os escritos do Novo Testamento, situa-se no campo da Palavra. (CNBB 108, 16)

Chama atenção a tríade apóstolos, pro-fetas e doutores (CNBB 108, 17). No Novo Testamento, dois grupos de pessoas rece-bem o nome de “apóstolo”, os “Doze” e os missionários itinerantes fundadores de Igrejas. Os Doze, de fato, foram enviados por Jesus durante o ministério público (Mc 4, 14; 6,7-13; Mt 9,35-11,1; Lc 9,1-5) e após a ressurreição (Mc 16, 14-20; Mt 28, 16-20; Lc 24, 44-49). Nos escritos paulinos, são cha-mados “apóstolos” os missionários envia-dos por uma comunidade para anunciar o Evangelho. (CNBB 108, 18)

Os profetas tinham como tarefa a edifi-cação, a exortação e a consolação ou con-forto (1 Cor 14, 3); falavam “em Espírito”, de-

pois de uma revelação proveniente, como os outros dons, do Espírito (1 Cor 14,9-32; cf. v.1) Os profetas forma um grupo particu-lar; devem falar cada um a seu turno, jul-gar-se e controlar-se uns aos outros e exer-cer seu carisma segundo a analogia da fé (Rm 12,6); exercem, portanto, o ministério da Palavra nas assembleias litúrgicas com modalidades semelhantes às dos apósto-los e presidentes das comunidades locais. (CNBB 108, 19)

Os doutores (...) garantem um ensina-mento mais sistemático da Palavra, base-ado nas Escrituras, ao estilo dos mestres, doutores e rabinos judeus da época. Pa-rece que a maior parte dos “doutores” co-nhecidos pelo Novo Testamento eram rabi-nos convertidos, destacando-se entre eles Paulo (...). (CNBB 108, 20)

A eficácia da Palavra anunciadaAtravés do anúncio da Palavra, Deus

faz o ser humano conhecer o seu plano de salvação e lhe comunica a graça; não só anuncia a salvação, mas a realiza. (CNBB

108, 23) O Novo Testamento fala da pregação

como de uma palavra de vida (Fl 2,16), de salvação (At 13, 26), de graça (At 14,3), de reconciliação (2Cor 5,19), de verdade (Ef 1,13), de perdão e purificação (Jo 15,3). En-tretanto, a palavra da pregação pode ser rejeitada. Alguns discípulos, diante do dis-curso de Jesus sobre o Pão da Vida, disse-ram: “Essa palavra é dura. Quem consegue escutá-la?” (Jo 6,60). Ao que Jesus respon-de: “O espírito é que faz viver, a carne não serve para nada. As palavras que vos falei são espírito e vida. No entanto, há alguns entre vós que não creem” (Jo 6, 63-64). (CNBB 108, 24)

Quando, na força do Espírito, a palavra anunciada é acolhida, tem origem não só uma relação do indivíduo com Deus, mas com outros indivíduos, que também creram no Evangelho. Eis que surge, aí, a comuni-dade de fé, a Igreja, fruto da palavra anun-ciada e acolhida. (CNBB 108, 25)

O pregador deve ter consciência de que não é ele o agente principal da evangeliza-

em pauta Resumo do documento 108 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil

6 | JORNAL COMUNHÃO - DIOCESE DE GUAXUPÉ

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Por Assessoria de Comunicação

Na celebração da Palavra de Deus – como em toda a Liturgia – deve-se manifestar a pluralidade dos dons com que o Espírito anima a Igreja.

ção. Este é sempre o Pai, através do Filho, no Espírito. Como João Batista, o pregador precisa reconhecer que é tão somente a “voz”. (Jo 1,23) (CNBB 108, 28)

Palavra e sacramento não se opõem nem se confundem. Ambos, cada um a seu modo, são os meios de que o Senhor se serve para comunicar a sua graça, para edificar os cristãos, para construir a Igreja como povo de Deus, Corpo de Cristo, Tem-plo do Espírito, sacramento do Reino de Deus no mundo. (CNBB 108, 29)

O ministério da Palavra no ensinamento do Concílio Vaticano II

À luz do Concílio Vaticano II, a Igreja no Brasil tem incentivado uma experiência mais profunda da Palavra lida, proclamada, escutada, interpretada e vivida. Lideran-ças, catequistas e outros ministros, bem como os estudiosos e peritos, têm colabo-rado para uma maior aproximação, com-preensão e vivência da Palavra por parte do povo de Deus. (CNBB 108, 35)

Diversos fatores levaram nossas comu-nidades a valorizar a Celebração da Pala-vra, sobretudo no Dia do Senhor. Comuni-dades que, aos domingos, rezavam o terço ou faziam cantorias populares ou outras devoções, aos poucos foram substituindo essas expressões pela Celebração da Pa-lavra, então chamada comumente de culto dominical. Para isso, havia necessidade de alguém que pudesse conduzir, com um mi-nistério específico, a celebração e dirigir a Palavra à comunidade. Com o tempo, em vários lugares, essa pessoa passou a ser identificada como ministro ou ministra da Palavra. Dada a importância que esses mi-nistros foram adquirindo na vida das comu-nidades, é necessário que a Igreja no Brasil os valorize mais e os qualifique adequada-mente. (CNBB 108, 36)

Essa prática tornou-se tão comum, que levou muitas pessoas a se perguntarem se a participação na Celebração da Palavra satisfaria o preceito de participar da missa aos domingos, pois desde os primórdios, as comunidades cristãs se reuniam “no primeiro dia da semana” para a celebração da Eucaristia (Lc 24,1.13-35; Jo 20,19-29). (...) Sobre a satisfação do preceito (eucarís-tico), o cânon 1248 assinala (CNBB 108, 37):

Se for impossível a participação na celebração eucarística por falta de mi-nistro sagrado ou por outra causa grave, recomenda-se muito que os fiéis tomem parte na liturgia da Palavra, se a houver na igreja paroquial ou noutro lugar sagrado, celebrada segundo as prescrições do Bispo diocesano, ou consagrem um tempo con-veniente à oração pessoal ou em família ou em grupos de famílias conforme a oportu-nidade. (CDC, cân. 1248, § 2)

A celebração da Palavra de Deus

O Concílio Vaticano II recomenda que se realize a Celebração da Palavra de Deus ao longo do ano litúrgico, “especialmen-te onde houver a falta de sacerdote” (SC 35.4). Essa celebração requer todo cuida-do e a devida preparação para que não se perca sua fisionomia litúrgica: cuidado com os ritos e sinais; com os cantos para que sejam de acordo com o espírito da liturgia; com a preparação dos ministérios e servi-ços, sobretudo o da pessoa que dirige a assembleia, os leitores e os salmistas; com o espaço celebrativo, especialmente aten-tos ao lugar da assembleia e da mesa da Palavra, onde o Cristo se faz presente (SC 7). (CNBB 108, 57)

Como se pode conhecer pela história, as celebrações dominicais da Palavra de Deus não são uma novidade pós-conciliar. Nos anos que sucederam o Concílio Vaticano II, este jeito de celebrar obteve mais difusão e adquiriu maior consistência. As diretrizes e orientações expostas nos documentos da Igreja serviram para suscitar iniciativas pastorais adequa-das, de modo que as comunidades cristãs tivessem a possibilidade de reunir-se a cada domingo para a Celebração da Palavra de Deus. (CNBB 108, 58)

Reconhecendo a força da Palavra que perpassa a história da salva-ção e seguindo a “lógica da revela-ção”, através dos ritos, as comuni-dades judaicas e cristãs celebram a memória dos acontecimentos salvíficos em sua própria vida. A aliança entre Deus e o seu povo é renovada e atualizada por meio das diversas ações simbólicas. Por essa razão, toda celebração deve conter os seguintes elementos:

1. Deus convoca e reúne;2. O povo atende e se constitui em

assembleia;3. Deus dirige a sua Palavra;4. Os fiéis escutam, refletem e res-

pondem professando a sua fé e suplicando;

5. A assembleia louva e bendiz a Deus por suas maravilhas;

6. Deus abençoa o seu povo e o envia em missão.

(CNBB 108, 61)

A Celebração da Palavra possui um ca-ráter sacramental que se realiza por meio de gestos e palavras intimamente conexos entre si (DV 2; SC 5-8). Este caráter sacra-mental precisa ser observado, do contrário se poderia comprometer a manifestação da presença e da ação de Cristo, o único sacerdote e mediador da revelação. Por isso, é importante valorizar os gestos e si-nais que manifestam a atuação e presença do Cristo que preside essas assembleias: o lugar próprio do ministro que dirige, as fórmulas dialogais entre dirigente e assem-bleia, as vestes litúrgicas, a arte de cele-brar e de conduzir a celebração e demais elementos. É necessário cuidar bem da proclamação da Palavra, como também in-tegrar, movimento e descanso, gesto e pa-lavra, canto e silêncio, expressão e interio-rização, ação dos ministros e participação da assembleia. Tudo em ritmo harmonioso, respeitando a maneira de ser da pessoa humana, levando em conta as exigências da comunicação e da cultura do povo. (CNBB 108, 63)

Partilha de ali-mentos ou ágape fraterno

O costume de partilhar os alimentos está em sintonia com o ágape frater-no realizado nas primeiras comu-nidades cristãs. O próprio Jesus sentou-se à mesa para partilhar o alimento com os discípulos, os ami-gos, os pobres e os pecadores (Mt 9, 9-13; Lc 7, 36-

38; Lc 19, 1-10; Jo 12, 1-8). Comer juntos é um sinal do Reino de Deus, constrói e con-solida a fraternidade. O ágape, porém, não substitui a Comunhão Eucarística; por isso, não se devem distribuir alimentos durante a Celebração da Palavra. (CNBB 108, 105)

Orientações pastorais sobre a Celebra-ção da Palavra

Todos os ministros, no exercício de seu ministério, têm a missão de promover a participação ativa, plena, consciente, inter-na, externa, frutuosa dos fiéis na celebra-ção litúrgica. Tudo na liturgia se estrutura e se ordena em função da assembleia. É para servir a assembleia que existem os diversos ministérios, inclusive o ministério ordenado. É por causa da assembleia que

o altar deve ser o lugar central e o ambão deve estar em um lugar visível e elevado. (...) Poderíamos considerar a assembleia a primeira manifestação do Ressuscitado, porque ela é o sacramento primordial de Jesus Cristo que é a Igreja. (LG 26; IGMR 50) (CNBB 108, 111).

Na celebração da Palavra de Deus – como em toda a Liturgia – deve-se mani-festar a pluralidade dos dons com que o Es-pírito anima a Igreja. São Paulo afirma: “Há diversidade de ministérios, mas o Senhor é o mesmo. Há diferentes atividades, mas é o mesmo Deus que realiza tudo em todos. A cada um é dada a manifestação do Espírito, em vista do bem de todos” (1Cor 12, 4-6). (CNBB 108, 115)

É da máxima conveniência que a comu-nidade eclesial participe no processo de escolha dos ministros e ministras, ao mes-mo por meio de seu conselho ou de outra modalidade adequada. (CNBB 108, 123)

Os que assumem esse serviço eclesial devem ser escolhidos levando-se em conta suas qualidades de vida em consonância com o Evangelho e a sua aceitação pela comunidade. Devem ter um mandado es-pecial do bispo, que deve dar as indicações oportunas sobre a duração, o lugar e as condições para o exercício dessa função. (CNBB 108, 124)

A formação dos ministros e ministras da Palavra

Antes de tudo, reafirma-se a necessi-dade de uma adequada formação integral (nas dimensões humano-afetiva, intelec-tual, espiritual-litúrgica e pastoral-missio-nária), inicial e “permanente (no tempo), sistemática (no currículo) e profunda (nos conteúdos)” (CNBB 97, 69), especialmente para ministros da Palavra de Deus. (CNBB 108, 130)

Conclusão

Na promoção do ministério da Pala-vra, papel importante continuará a ser desempenhado pelas coordenações da ação evangelizadora pelos párocos e pe-las equipes de animação pastoral (dioce-sanas e paroquiais), em comunhão com o bispo. Na verdade, é palpável a diferença entre dioceses e paróquias que se empe-nham sistematicamente na criação e no acompanhamento de comunidades; na formação de discípulos missionários; na diversificação de ministérios que possam ser assumidos por cristãos leigos e leigas; na atuação de ministros e ministras da Pa-lavra; no desenvolvimento de uma sadia autonomia, articulando convenientemente valores individuais, liberdade, responsabi-lidade corresponsabilidade e comunhão. (CNBB 108, 134)

COMUNIDADES EM MISSÃO - IGREJA VIVA | 7

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Fonte: Comentário ao Gênesis – Santo AgostinhopatrimônioPor que o Espírito de Deus pairava sobre as águas

Por que, mencionando antes a criatura embora imperfeita, depois se menciona o Espírito de Deus, dizendo antes a Escritura: Mas a terra era in-visível e vaga, e as trevas cobriam o abismo, e em seguida como que con-cluindo: E o Espírito de Deus pairava sobre as águas?

Acaso porque um amor pobre e necessitado ama de tal modo que se sujeita às coisas que ama, por isso, ao se fazer menção do Espírito de Deus,

sínodoDOCUMENTO DE TRABALHO DO SÍNODO:“AMAZÔNIA PEDE À IGREJA QUE SEJA SUA ALIADA”

A CRIAÇÃO

Por Vatican News

O mundo amazônico pede à Igreja que seja sua aliada: esta é a alma do Do-cumento de Trabalho (Instrumentum

Laboris) publicado no dia 17 de junho pela Se-cretaria Geral do Sínodo dos Bispos e apresen-tado à imprensa.

O Documento é fruto de um processo de escuta que teve início com a visita do papa Francisco a Puerto Maldonado (Peru) em janei-ro de 2018, prosseguiu com a consulta ao Povo de Deus em toda a Região Amazônica por todo o ano e se concluiu com a 2ª Reunião do Con-selho Pré-Sinodal, em maio passado.

Ouvir com Deus o grito do povo até respirar nele a vontade a que Deus nos chama.

O território da Amazônia abrange uma par-te do Brasil, da Bolívia, do Peru, do Equador, da Colômbia, da Venezuela, da Guiana, do Surina-me e da Guiana Francesa, em uma extensão de 7,8 milhões de quilômetros quadrados, no coração da América do Sul. Suas florestas co-brem aproximadamente 5,3 milhões de quilô-metros quadrados, o que representa 40% da área de florestas tropicais do globo.

A primeira parte do documento, A voz da Amazônia, apresenta a realidade do território e de seus povos, e começa pela vida e sua re-lação com a água e os grandes rios, que fluem como veias da flora e fauna do território, como manancial de seus povos, de suas culturas e de suas expressões espirituais, alimentando a natureza, a vida e as culturas das comunidades indígenas, camponesas, afrodescendentes, ri-beirinhas e urbanas.

Vida ameaçada, ameaça integralA vida na Amazônia está ameaçada pela

destruição e exploração ambiental, pela viola-ção sistemática dos direitos humanos elemen-tares de sua população. De modo especial, a

violação dos direitos dos povos originários, como o direito ao território, à autodetermina-ção, à demarcação dos territórios, à consulta e ao consentimento prévios.

Rios, manancial de povos, culturas e expres-sões espirituais na Amazônia

Segundo as comunidades participantes nesta escuta sinodal, a ameaça à vida deri-va de interesses econômicos e políticos dos setores dominantes da sociedade atual, de maneira especial de empresas extrativistas. Atualmente, a mudança climática e o aumen-to da intervenção humana (desmatamento, incêndios e alteração no uso do solo) estão levando a Amazônia rumo a um ponto de não--retorno, com altas taxas de desflorestação, deslocamento forçado da população e conta-minação, pondo em perigo seus ecossistemas e exercendo pressão sobre as culturas locais.

O clamor da terra e dos pobresNa segunda parte, o documento examina

e oferece sugestões às questões relativas à ecologia integral. Hoje, a Amazônia constitui uma formosura ferida e deformada, um lugar de dor e violência, como o indicam de maneira eloquente os relatórios das Igrejas locais rece-bidos pela Secretaria Geral do Sínodo. Reinam a violência, o caos e a corrupção.

Há quem se sente forçado a sair de sua ter-ra; muitas vezes cai nas redes das máfias, do narcotráfico e do tráfico de pessoas (em sua maioria mulheres), do trabalho e da prostitui-ção infantil. Trata-se de uma realidade trágica e complexa, que se encontra à margem da lei e do direito.

Território de esperança e do bem viverOs povos amazônicos originários têm mui-

to a ensinar-nos. Reconhecemos que desde há milhares de anos eles cuidam de sua terra, da água e da floresta, e conseguiram preservá-las até hoje a fim de que a humanidade possa be-neficiar-se do usufruto dos dons gratuitos da criação de Deus. Os novos caminhos de evan-

gelização devem ser construídos em diálogo com estas sabedorias ancestrais em que se manifestam as sementes do Verbo.

Povos nas periferiasO Documento de Trabalho analisa também

a situação dos Povos Indígenas em Isolamento Voluntário (PIAV). Segundo dados de institui-ções especializadas da Igreja (por ex., CIMI) e outras, no território da Amazônia existem de 110 a 130 diferentes “povos livres”, que vivem à margem da sociedade, ou em contato esporá-dico com ela. São vulneráveis perante as ame-aças... do narcotráfico, de megaprojetos de in-fraestrutura, e de atividades ilegais vinculadas ao modelo de desenvolvimento extrativista.

Povos amazônicos em saídaA Amazônia se encontra entre as regiões

com maior mobilidade interna e internacional na América Latina. De acordo com as estatísti-cas, a população urbana da Amazônia aumen-tou de modo exponencial; atualmente, de 70 a 80% da população reside nas cidades, que re-cebem permanentemente um elevado núme-ro de pessoas e não conseguem proporcionar os serviços básicos dos quais os migrantes ne-cessitam. Não obstante tenha acompanhado este fluxo migratório, a Igreja deixou no interior da Amazônia vazios pastorais que devem ser preenchidos.

Igreja profética na Amazônia: desafios e es-peranças

Enfim, a última parte do Documento de Tra-balho chama os Padres Sinodais da Pan-ama-zônia a discutirem o segundo binário do tema proposto pelo Papa: os novos caminhos para a Igreja na região.

no qual estão compreendidas sua be-nevolência e amor, está escrito que pairava, para não se pensar que Deus ama suas obras por um amor pobre e necessitado e não por sua grande benevolência? Lembrando-se disso o Apóstolo, ao falar da caridade, afirma que vai indicar o caminho que ultra-passa a todos, e em outra passagem diz: O amor de Cristo que excede ao conhecimento. Portanto, como era conveniente insinuar o Espírito Santo quando se disse que pairava, consi-derou-se mais cômodo insinuar algo

iniciado, sobre o qual se diria que pai-rava, não em um lugar, mas excedendo e sobrepujando todas as coisas pelo poder.

O amor de Deus dá o ser e estabilidade às criaturas

Assim, aperfeiçoadas e formadas as coisas a partir daquele início, Deus viu que era bom. Agradou, pois, o que foi feito com benignidade, como com benignidade agradara

que fosse feito. Na verdade, são dois os motivos pelos quais Deus ama

sua criatura: para que exista e para que permaneça. Portanto, para que existisse o que permaneceria, o Espí-rito de Deus pairava sobre as águas; e para que permanecesse, Deus viu que era bom. E o que foi dito sobre a luz, também foi dito sobre todas as criaturas, pois permanecem algumas, superando toda volubilidade do tem-po, com a maior santidade, sujeitas a Deus; outras permanecem segundo a medida de seu tempo, enquanto se tece a beleza dos séculos pela morte e sucessão das coisas.

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Por Flavio Catapani, juiz diretor do foro da comarca de Passos

Fonte: Compêndio da Doutrina Social da Igreja (DSI 201- 202)

vida pública

doutrina social

A EXPERIÊNCIA DE CRISTÃOSNO SERVIÇO PÚBLICO E EM SERVIÇOS ESSENCIAISAo longo de minha caminhada de quase

33 anos no serviço público e com edu-cação religiosa em constante formação,

sempre procurei me pautar, dentro de minhas limitações, pelos valores cristãos.

Na verdade, desde criança, com o apoio da família, já participava da Igreja, no coral e, com o passar do tempo, minha relação com a Igreja foi se aprimorando e na religião católica busco apoio e ajuda em momentos de fraque-za ou crises de fé. Nesse contexto, tive opor-tunidade de ser cursilhista, concluir o curso de iniciação teológica e de participar de alguns movimentos da Igreja Católica, principalmente o Encontro de Casais.

No Poder Judiciário, atuo há 22 anos e, neste verdadeiro sacerdócio que é a magis-tratura, me lembro que aos homens, a quem foi confiada a missão de julgar, cabe o direito e o dever de provocado, fazer cumprir as leis, quando espontaneamente não a cumprem as pessoas em relação a seus semelhantes.

Lembro-me bem de momentos profissio-nais particularmente difíceis, até mesmo tor-mentosos, quando, debruçado sobre casos ru-morosos e sempre com muita oração, procurei decidir da melhor maneira possível.

Na vida pessoal, as orações ajudaram a superar uma perda irreparável, que foi a morte de um filho, e a caminhada cristã tem ajudado no desempenho de minhas atribuições, com a formação religiosa que muito contribui para resolver os problemas que afligem as pessoas que vivem em sociedade.

No cotidiano, diante das dificuldades en-frentadas pelas pessoas, principalmente pelo alto índice de desemprego que assola o país, capaz de gerar conflitos de interesses, e talvez até por falta de políticas públicas adequadas, o Judiciário é cada vez mais procurado.

Neste ano de 2019, em que a Campanha

A justiça é um valor, que acompanha o exercício da correspondente virtude moral cardeal. Segundo a

sua formulação mais clássica, «ela con-siste na constante e firme vontade de dar a Deus e ao próximo o que lhes é devido» (CIC 1807). Do ponto de vista subjetivo a justiça se traduz na atitude determina-da pela vontade de reconhecer o outro como pessoa, ao passo que, do ponto de vista objetivo, essa constitui o critério

da Fraternidade tem como tema Fraternidade e Políticas Públicas e o lema “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1,27), é preciso uma reflexão mais profunda sobre o que pode ser feito pelo cristão, como colocar isso em prática e as possibilidades de aprimoramento de sua fiscalização, conforme estabelecido pelo texto base.

É necessária a participação do leigo na resolução dos problemas sociais e em todo processo de formulação das Políticas Públicas, todavia, quando necessária sua atuação, a Justiça não pode falhar e tem de estar presen-te diante de todos, ao alcance de todos, pois, em nosso país, aos absolutamente miseráveis, a esperança na justiça é a única coisa que lhes resta.

Evidente que, às vezes, são emanadas de-

cisões que não vêm ao encontro das próprias metas da doutrina da Igreja Católica, como a decisão do STF que reconheceu a possibilida-de de aborto de feto anencefálico.

Por outro lado, a religião gira em torno do social e busca a perfeita comunhão entre Criador e criatura, por meio da união entre as próprias criaturas, que somente se efetiva quando há solução dos conflitos e se restaura a paz social, sem o que não se pode “construir uma sociedade livre, justa e solidária” ou obter o “bem-estar e a justiça sociais”, objetivos fun-damentais, não apenas do Estado brasileiro, mas também, e principalmente, da Igreja em relação ao povo de Deus.

Por este motivo, é de suma importância o papel do Poder Judiciário que, ao contribuir para que os indivíduos alcancem a cidadania

plena, também auxilia para que participem da cidadania universal, que a todos congrega e ir-mana para o bem da humanidade, impedindo que a desigualdade social se transforme numa espécie de bandeira para a defesa de projetos pessoais ou de interesses políticos.

De forma geral, é necessário que o servi-dor público desempenhe seu papel na nossa sociedade nesta luta incessante, não poucas vezes frustrante, mas nunca menor ou menos gratificante, de fazer com que todos, na sua batalha por seus direitos, por pequenos que sejam, não apenas se sintam, mas de fato se-jam iguais perante a Lei.

Que a candeia de cada servidor público permaneça acesa – faça sol, chuva ou sopre o vento!

JUSTIÇAdeterminante da moralidade no âmbito intersubjetivo e social.

O Magistério social evoca a respeito das formas clássicas da justiça: a comu-tativa, a distributiva, a legal. Um relevo cada vez maior no Magistério tem adqui-rido a justiça social, que representa um verdadeiro e próprio desenvolvimento da justiça geral, reguladora das relações sociais com base no critério da obser-vância da lei. A justiça social, exigência

conexa com a questão social, que hoje se manifesta em uma dimensão mundial, diz respeito aos aspectos sociais, políticos e econômicos e, sobretudo, à dimensão estrutural dos problemas e das respecti-vas soluções.

A justiça mostra-se particularmente importante no contexto atual, em que o valor da pessoa, da sua dignidade e dos seus direitos, a despeito das pro-clamações de intentos, é seriamente

ameaçado pela generalizada tendência a recorrer exclusivamente aos critérios da utilidade e do ter. Também a justiça, com base nestes critérios, é considerada de modo redutivo, ao passo que adquire um significado mais pleno e autêntico na antropologia cristã. A justiça, com efeito, não é uma simples convenção humana, porque o que é «justo» não é originaria-mente determinado pela lei, mas pela identidade profunda do ser humano.

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comunicaçõesaniversários julho

agenda pastoral

Natalício3 Padre Edimar Mendes Xavier9 Padre Francisco dos Santos11 Padre Antônio Carlos Melo12 Padre Ailton Goulart Rosa16 Padre José Milton Reis17 Padre Rovilson Ângelo da Silva22 Padre José Pimenta dos Santos

4 Reunião do Conselho de Presbíteros - Guaxupé6 Encontro Diocesano das Equipes Paroquiais de Formação Cristã - Guaxupé Reunião de Coordenações Paroquiais de Catequese - Setores Guaxupé, Passos, São Sebastião do Paraíso, Cássia e Areado6 - 7 Retiro do Conselho Diocesano da RCC - Petúnia7 Encontro com representantes dos Setores Missionários – Juruaia Reunião de Coordenações Paroquiais de Catequese - Setores Poços de Caldas e Alfenas8 Reunião dos Presbíteros dos Setores Alfenas e Areado – Conceição Aparecida10 Reunião dos Presbíteros do Setor Passos – Paróquia Nossa Senhora da Penha - Passos11 Reunião dos Presbíteros do Setor Guaxupé – Monte Santo de Minas13 Reunião do Conselho Diocesano do ECC - Paróquia São Judas Tadeu - Poços de Caldas

28 Padre Juvenal Cândido Martins

Ordenação 1 Padre Sérgio Aparecido Bernardes Pedroso2 Padre Denis Nunes de Araújo6 Padre Norival Sardinha Filho9 Padre Edson Alves de Oliveira10 Padre Antônio Donizeti de Oliveira

15 - 19 3ª Semana Provincial de Liturgia – Passos17 Reunião dos Presbíteros do Setor Poços de Caldas – Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Poços de Caldas Encontro Formativo de Secretários Paroquiais – Cúria Diocesana 18 Reunião dos Presbíteros dos Setores São Sebastião do Paraíso e Cássia paróquia Nossa Senhora do Sion – São Sebastião do Paraíso19 - 21 Curso de formação do Cursilho20 Setor Missionário – Missão Permanente21 Encontro dos MECE’s - Setor Passos22 - 25 Formação Permanente do Clero em Brodowski - SP27 - 28 Encontro Ministério Jovem da RCC - Petúnia28 Encontro dos MECE’s - Setor Guaxupé

15 Padre Robison Inácio de Souza Santos16 Padre Francisco Clóvis Nery16 Padre Sidney da Silva Carvalho16 Padre Weberton Reis Magno17 Padre Reinaldo Marques Rezende17 Padre Paulo Carmo Pereira20 Monsenhor José dos Reis22 Padre Vinícius Pereira Silva

23 Dom José Geraldo Oliveira do Valle (episcopal)30 Padre José Ricardo Esteves Pereira30 Padre Ademir da Silva Ribeiro30 Padre Sebastião Marcos Ferreira31 Padre Thomaz Patrick O’Brien – OMI

juventude

O papa Francisco anunciou no dia 22 junho os temas escolhidos para o itinerário de três anos das

Jornadas Mundiais da Juventude (JMJ), que culmina com a celebração interna-cional do evento, a decorrer em Lisboa no verão de 2022.

“A próxima edição internacional da JMJ será em Lisboa, em 2022. Para esta etapa de peregrinação intercontinental dos jovens escolhi como tema ‘Maria le-vantou-se e partiu apressadamente’ (Lc 1, 39)”, disse o pontífice, no Vaticano. Francisco falava esta manhã aos jovens participantes no 11º Fórum Internacional da Juventude dedicado ao Sínodo e à Exortação Apostólica Christus Vivit (Cris-to Vive), uma iniciativa promovida pela Santa Sé.

Em seu discurso, o Papa manifestou a intenção de que esses temas promovam uma harmonia entre o itinerário para a JMJ 2022 e o caminho da Igreja Católi-ca após o Sínodo dedicado às novas ge-rações [realizado em outubro de 2018]. “Desejo que haja uma grande sintonia entre o itinerário para a JMJ de Lisboa e o caminho pós-sinodal. Não ignorem a voz de Deus, que impele a levantar e se-

guir os caminhos que Ele preparou para vocês. Como Maria, e junto com ela, se-jam portadores da sua alegria e do seu amor, todos os dias”, referiu.

A edição portuguesa (37ª JMJ) tem como tema uma passagem do Evangelho de São Lucas (Lc 1, 39) relativa à visita da Virgem Maria à sua prima, Santa Isabel,

Jovens Conectados

mãe de São João Batista. Em 2020, a ce-lebração da JMJ acontece a nível dioce-sano nas várias comunidades católicas e o tema escolhido pelo Papa Francisco é “Jovem, eu te digo, levanta-te!” (Lc 7, 14), uma afirmação de Jesus Cristo que surge no contexto de um relato de ressurreição do filho único de uma mulher viúva – uma

ANUNCIADO O TEMA DA JORNADA DA JUVENTUDE 2022,EM PORTUGAL

situação de particular fragilidade no con-texto do mundo judaico de então.

Para 2021, com celebração igualmen-te a nível diocesano, no dia 28 de março, a proposta é a passagem do livro bíblico dos Atos dos Apóstolos relativa à con-versão de São Paulo: “Levanta-te! Eu te constituo testemunha do que viste!” (At 26, 16).

O Papa disse aos jovens reunidos do Fórum Internacional que os jovens são o “hoje de Deus, o hoje da Igreja”. “A Igreja tem necessidade de vocês para ser ple-namente ela própria. Como Igreja, são o Corpo do Senhor Ressuscitado, presente no mundo. Peço que se lembrem sempre que são membros de um único corpo, es-tão ligados uns aos outros e não sobrevi-vem sozinhos”, assinalou.

As JMJ nasceram por iniciativa do papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude. As edições internacionais destas jornadas promovidas pela Igreja Católica são um acontecimento religioso e cultural que reúne centenas de milhares de jovens de todo o mundo, durante cerca de uma semana.

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