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FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA

Título: Danças Folclóricas na Educação Física. Resgatando a Cultura Popular

Autora Aparecida Ivonete Merenda SouzaEscola de atuação Colégio Estadual Marquês de Herval -EFMMunicípio da Escola UniflorNúcleo Regional de Educação ParanavaíOrientadora Eliane Josefa Barbosa dos ReisInstituição de Ensino Superior UNESPAR – Campus ParanavaíDisciplina/Área (entrada no PDE) Educação FísicaProdução Didático-pedagógica Unidade DidáticaRelação Interdisciplinar

(indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho)

História, Geografia e Filosofia

Público-alvo

(indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...)

Alunos das sétimas séries do Ensino Fundamental

Localização

(identificar nome e endereço da escola de implementação)

Colégio Estadual Marquês de Herval – EFMRua Orquídea nº 875Uniflor – Paraná

Apresentação

(descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples)

A Dança é uma das melhores formas de manifestação e expressão do movimento humano, atividade capaz de transmitir sentimentos, emoções e afetividade, mas, está ausente na prática pedagógica. Nas aulas de Educação Física, presenciamos com mais frequência as modalidades desportivas como única forma de atendimento, por isso, a escolha do tema Danças Folclóricas Brasileiras. A tarefa da escola é conhecer, respeitar e valorizar este campo de estudo identificado como Cultura Popular. Para esse fim, devemos estar dotado de requisitos básicos pedagógicos, culturais e éticos, com atuação de qualidade facilitando a preparação dos alunos para uma constante evolução e dar a eles oportunidades de revelar os talentos escondidos. A pesquisa será desenvolvida com alunos das sétimas séries do ensino fundamental, um trabalho baseado em teorias e comprovado por pesquisas de campo, buscando inspiração na origem da cultura popular brasileira, propondo ao aluno que se aproprie, reproduza e transforme o movimento de acordo com suas possibilidades. Trataremos dos seus

significados históricos, das técnicas corporais, das músicas, estimulando a realização prática como forma de verificar a apreensão dos conhecimentos. A partir dessas considerações, esperamos que a Dança Folclórica fosse integrante nos conteúdos de Educação Física podendo ser trabalhada de forma sistematizada.

Palavras-chave (3 a 5 palavras) Dança – educação, folclore, expressão corporal, resgate cultural.

PDE

PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTOEDUCACIONAL

PLANO DE TRABALHO PEDAGÓGICOUNIDADE DIDÁTICA

DANÇA NA ESCOLA:DANÇAS FOLCLÓRICAS NA EDUCAÇÃO FÍSICA,

RESGATANDO A CULTURA POPULAR

ÁREA: EDUCAÇÃO FÍSICAPROFESSORA: APARECIDA IVONETE MERENDA SOUZA

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃONÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO DE PARANAVAÍ

Rua Marechal Cândido Rodon, 1596. Centro. CEP 87707-060. Fone: (44) 421.1900

[email protected]

PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICAUNIDADE DIDÁTICA

Produção Didático-Pedagógica,

Apresentada ao Programa de

Desenvolvimento Educacional

PDE, sob a orientação da Profª

Eliane Josefa Barbosa dos Reis,

IES vinculada:UEM /UNESPAR.

Paranavaí2010/2011

A)- DADOS DE IDENTIFICAÇÃO

Professor PDE: Aparecida Ivonete Merenda Souza

Área: Educação Física

NRE: Paranavaí

Professora Orientadora da IES: Eliane Josefa Barbosa dos Reis

IES: Paranavaí

Escola de Implementação: Colégio Estadual “Marquês de Herval” -EFM

Público Objeto da Intervenção: Alunos das 7ª séries

Produção Didático- Pedagógica: Unidade Didática

Tema: Dança na Escola

Título: Danças Folclóricas na Educação Física, Resgatando a Cultura Popular

B)- APRESENTAÇÃO

A Dança é considerada como linguagem social capaz de transmitir sentimentos, emoções

e afetividade, no entanto, estão ausentes na prática pedagógica, bem como a não

apropriação por parte dos profissionais da área. Os planejamentos precisam ser

ampliados, discutidos e avaliados, pois acreditamos na valorização da modalidade de

dança quando inseridas no planejamento escolar, não como forma de reprodução, mas

como meio de reflexão e estímulo ao educando, buscando maior envolvimento, tornando-

os mais críticos e participativos. Se conseguirmos despertar no aluno a sensibilidade que

a dança é capaz de transmitir, com certeza teremos jovens mais sensíveis e

comunicativos, descobrindo-se como cidadãos críticos que contribuam para uma

sociedade mais humana. Para Laban, a Dança não deve ser vista apenas como a

expressão de movimentos, mas como a expressão de toda subjetividade que o ser

humano possui.

O movimento, portanto, revela evidentemente muitas coisas diferentes. É o resultado, ou da busca de um objetivo dotado de valor, ou de uma condição mental. Suas formas e ritmos mostram a atitude da pessoa que se move numa determinada situação. Pode tanto caracterizar um estado de espírito e uma reação, como atributos mais constantes da personalidade. O movimento pode ser influenciado pelo meio ambiente do ser que se move (LABAN, 1978 p. 20).

A escolha deste tema tem como intuito fugir da esportivização que vimos com mais

frequência e como única forma de atendimento nas aulas de Educação Física. Nas

Diretrizes Curriculares da Educação Básica de Educação Física, 2008, estão

sugeridas várias formas rítmico-expressivas, dentre elas a dança. Mas, no entanto o que

presenciamos são as modalidades desportivas.

[...] é importante que o professor reconheça que a dança se constitui como elemento significativo da disciplina de Educação Física no espaço escolar, pois contribui para desenvolver a criatividade, a sensibilidade, a expressão corporal, a cooperação, entre outros aspectos. Além disso, ela é de fundamental importância para refletirmos criticamente sobre a realidade que nos cerca, contrapondo-se ao senso comum (DCEs, 2008, P 72).

No universo da dança existe a necessidade de um trabalho sério de resgate da cultura

brasileira através da tematização das origens culturais, seja do índio, do branco ou do

negro, como forma de despertar a identidade social do aluno no projeto de construção da

cidadania. A Dança é sem dúvida uma das melhores formas de manifestação e expressão

do movimento humano, por isso estudá-la contribui para o conhecimento e entendimento

da cultura da época em que foi produzida. Assinalando, sobretudo, a tarefa da escola no

sentido de conhecer, respeitar e valorizar este campo de estudo identificado como Cultura

Popular.

As Danças Folclóricas simbolizam muito bem a história e evolução de um povo. É a

manifestação espontânea de uma coletividade, as danças brasileiras são de fáceis

expressões quando embaladas pelo espírito musical. Há muito tempo estudiosos e

pesquisadores definiram alguns parâmetros para caracterizá-la. Ela é popular, nasce do

povo, mesmo que sua origem seja erudita, ela é reconstruída pelo saber popular e

revestida pela criação popular, ao longo dos tempos.

É importante ressaltar que o processo educativo sempre deverá promover atividades

socializantes para desencadear a aprendizagem. Os conteúdos devem ser organizados e

que ofertem variedades de atividades intencionalmente propostas e planejadas, devendo

apresentar uma qualidade que as faz transferíveis a qualquer situação da vida. O

educador deve saber, então, que os métodos criam situações e experiências para

provocar as reações nos educandos, valorizando o processo e resultado da

aprendizagem.

Os caminhos a serem percorridos ficam mais fáceis quando nossos procedimentos

didáticos estão fundamentados nos princípios e ações que regem a concepção do ser

humano tornando mais clara a visão que requer o aluno. Neste trabalho queremos

abordar uma nova concepção de métodos para as aulas de Educação Física, fugindo de

uma teoria abstrata, que terminam sempre da mesma forma, buscando apontar

direcionamentos de “como fazer”. Queremos abordar dentro dos conteúdos de Danças

Folclóricas, de forma educativa e informativa, atividades que possibilitem inúmeras

oportunidades de aprendizagem, embaladas pelas danças, músicas e folguedos,

historicamente construídas e inseridas na sociedade sendo parte fundamental dos

diversos modos de pensar, sentir e agir. Para BARRETO, a Dança se define assim:

Dançar (...) um dos maiores prazeres que o ser humano pode desfrutar. Uma ação que traz uma sensação de alegria, de poder, de euforia interna e, principalmente, de superação dos limites dos seus movimentos. Algumas pessoas não se importam com o passo correto ou errado e fazem do ato de dançar uma explosão de emoção e ritmo que comove quem assiste ( DCEs, 2008, p.71, apud BARRETO, 2004).

É notável a variedade de danças e ritmos que encontramos Brasil afora, ritmos esses que

exigem muita habilidade de seus participantes, com maleabilidade física e resistência.

Mas para que o dançarino possa incorporar esses ensinamentos propostos, ele tem que

ter a compreensão da história, da origem, das práticas culturais locais para ai então ter

um melhor aprendizado. A Dança não pode ser voltada somente às técnicas corporais de

treinamento, mas antes como forma de conhecimento corporal para a sua criação e

autonomia de expressão. É um desafio fazer com que a música e a dança sensibilizem o

dançarino na inter-relação com seu lado profano, sagrado, dramático, guerreiro e teatral

que eclodem durante a sua realização.

* Para entender melhor um pouco da História da Dança no Brasil você pode encontrar no:

http://www.musica.ahistoria.com.br/Hist%C3%B3ria-da-Dan%C3%A7a-2.html

História da Dança no Brasil - acesso em 06 de julho de 2011.

C)- OBJETIVOS GERAL E ESPECÍFICOS:

Objetivo Geral:

· Resgatar a Cultura através das Danças Folclóricas Brasileiras.

Objetivos Específicos:

·Estudo da Cultura Brasileira através das Danças Folclóricas:

· Investigar Danças Folclóricas das cinco Regiões Brasileiras;

·Estudar as tradições das danças folclóricas, como músicas, indumentárias e

coreografias;

·Desenvolver produções artísticas, explorando o potencial criativo do aluno.

D)- TRATO PEDAGÓGICO E INTERVENÇÃO

Esta intervenção pedagógica será desenvolvida no Colégio Estadual “Marquês de Herval”

– EFM do Município de Uniflor, NRE de Paranavaí, com alunos das sétimas séries do

ensino fundamental. Um trabalho baseado em teorias e comprovado por pesquisas de

campo voltado a Danças Folclóricas, sempre com embasamento teórico, buscando

inspiração na origem da cultura popular brasileira. Dentro do conceito da cultura e do

folclore, mostrar as riquezas culturais do nosso país, a aculturação étnica, os grupos de

imigrantes, os colonizadores diversos que aqui se instalaram e contribuíram na

construção da nossa história. Trataremos dos seus significados históricos, da

contextualização como: estados e regiões do país em que está situada, ciclos,

indumentárias dos personagens, etc. Realização das manifestações a partir das técnicas

corporais e das músicas, estimulando a realização prática como forma de verificar a

apreensão dos conhecimentos. Todas as manifestações pertencentes ao vasto domínio

do nosso Folclore, manifestações de crença, de criatividade, recreação, ou de fantasias

que retratam com efeitos maravilhosos, a alma do povo brasileiro.

Como instrumento de apoio usaremos vídeos de grupos folclóricos já conhecidos, dvds,

cds, rádio, câmera fotográfica e filmadora. Serão registradas as ações práticas, tomando

os devidos cuidados éticos nos termos de autorização de uso de imagem assinado pelos

pais ou responsável.

São inúmeras as danças que fazem parte do folclore brasileiro, mas escolhemos apenas

uma de cada região para a realização esta intervenção na escola.

E)- ATIVIDADES:

1º Encontro:

1- Apresentação do Projeto para os alunos.

2- Sendo o tema deste trabalho Dança na Escola, escolhi Débora Barreto, com o livro

Dança...: ensino, sentidos e possibilidades na escola, para enriquecer esta intervenção

pedagógica

2.1- Texto “O Convite” Páginas 5 e 6. A escolha deste texto tem muito há ver com a

minha proposta de trabalho.

O Convite

Tocar o leitor, despertando-o para o desejo de experimentar algo que o conduza para

além das suas vivências e sensações cotidianas, é o que desejo com este convite.

O que pretendo com este texto é estimular aquele que se “debruça” em sua leitura e

percorre comigo o universo da dança, buscando compreendê-la como um fenômeno da

expressão humana que se observa na escola.

Não há como interpretar ou compreender essencialmente o sentido da dança em sua

origem sem que se tenha dançado, sentido ou fluído a dança. Por isso, convido o leitor a

perceber, sentir e criar durante esta leitura, explorando seu imaginário e seu potencial

criador.

Percorrendo os caminhos da pesquisa que inspirou este livro, pude notar que cada

momento vivido revela para mim imagens e sentimentos, que logo tomavam formas muito

claras, assim como ocorre durante a composição de uma dança. Cada capítulo escrito

adquiriu seu próprio colorido, movimento e sonoridade, como se fosse uma cena ou parte

de uma dança. Assim, estes capítulos foram caracterizados por elementos de uma dança

que fui imaginando.

A ideia de trabalhar na composição de uma dança, que se mostra sobre os palcos da

educação formal, inaugurando a ideia de uma escola palco, inspira-me a fazer com que

este trabalho se mostre como fruto de uma pesquisa, porém, seja capaz de expressar

algo que transcenda os limites da investigação fundada na lógica, indo ao encontro da

estética e da poética.

Durante este caminho, busco ser objetiva, sem perder a subjetividade crítica, sem

esquecer os sentimentos, e rigorosa, sem deixar de ser criadora. Isto porque acredito que

as experiências de pesquisar e de dançar se devam entrelaçar enquanto se busca

compreender o sentido da dança na formação humana.

Contudo, sei que este texto se tornou uma dança apenas na minha imaginação, e só

continuará sendo se as pessoas que estiverem lendo aceitarem este convite de

“mergulhar” nele, como se fosse, de fato, uma apresentação de dança, um espaço para

imaginar...

2.2- Texto “As aulas” Páginas 55 à 60:

As aulas

As aulas na escola são convites ao saber. Nelas encontramos as pistas para conhecer

algo significativo para nós e através delas nos orientamos em nossas investigações e

construções de conhecimentos que nos conduzem à autonomia e à liberdade.

Quando tem início as aulas é aquela euforia para saber qual é a primeira aula... E algum

dia é possível se ter a surpresa ou o susto de ouvir que a primeira aula é de Dança. No

primeiro instante, poderemos “pular” de alegria, mas no segundo, provavelmente,

cairemos perplexos, “atolados” em uma infinidade de questões. Pois se a aula é de

Dança, quer dizer que ela terá que ser experienciada, compreendida e compartilhada na

escola, assim como todas as outras formas de conhecimento.

Antes de nos alegrarmos ou de nos depararmos com nossos questionamentos, tentemos

compreender em que condições o ato de dançar acontece na escola e quais as

dificuldades que se têm encontrado para que a dança ocupe, de fato, o tempo-espaço na

escola (...) (páginas, 55 e 56).

(...) É durante as aulas que se inicia tudo... E então é possível perceber e ampliar as

possibilidades expressivas do ser que dança, transitando pelos espaços pessoais de cada

um dos sujeitos e pelo espaço geral que os envolve.

Nas aulas é que se aprende a manipular a atenção, a intenção, a decisão e a progressão

dos movimentos, a fim de se construir o gesto expressivo, com uma dinâmica clara que

transforma a ação consciente. Elas viabilizam a articulação entre todos estes elementos,

a construção dos passos iniciais, as primeiras tentativas da dançar.

As aulas fazem nascer os primeiro relacionamentos do sujeito com ele próprio, com

outras pessoas e com grupos, com objetos e com tudo o que se encontra ao seu redor.

Nas aulas de Dança, as pessoas vão tomando consciência dos seus sentimentos, ideias,

sensações e pensamentos, e assim os caminhos das técnicas se abrem, permitindo o

delinear das formas dançantes. Um dançarino dificilmente abandona as aulas. Elas são a

base para o seu trabalho criativo, pois permitem esse trânsito riquíssimo pelo universo da

dança. (páginas 59 e 60).

3- Após a leitura dos textos, fazer um debate sobre os mesmos, induzindo a uma reflexão

sobre a verdadeira ação da Dança na Escola.

3.1- Questionamentos:

1- O que é dançar para você?

2º O que ensinam de dança na escola?

3º Como ensinam a dança na escola?

4º Como você acha que poderiam ser essas aulas?

2º Encontro:

1- O que é Folclore?

Para entender melhor o significado de Folclore, fazer a leitura e discussão do texto da

Wikipédia, a enciclopédia livre, que relata bem a sua história.

Folclore é um gênero de cultura de origem popular, constituído pelos costumes e

tradições populares transmitidos de geração em geração. Todos os povos possuem suas

tradições, crendices e superstições, que se transmitem através de lendas, contos,

provérbios, canções, danças, artesanato, jogos, religiosidade, brincadeiras infantis, mitos,

idiomas e dialetos característicos, adivinhações, festas e outras atividades culturais que

nasceram e se desenvolveram com o povo. É comemorado no dia 22 de agosto.

2- História

O interesse pelo folclore nasceu entre o fim do século XVIII e o início do século XIX,

quando estudiosos como os Irmãos Grimm e Herder iniciaram pesquisas sobre a poesia

tradicional na Alemanha e "descobriu-se" a cultura popular como oposta à cultura erudita

cultivada pelas elites e pelas instituições oficiais. Logo esse interesse se espalhou por

outros países e se ampliou para o estudo de outras formas literárias, músicas, práticas

religiosas e outros fatos chamados na época de "antiguidades populares". Neste início de

sistematização os pesquisadores procuravam abordar a cultura popular através de

métodos aplicados ao estudo da cultura erudita O termo folclore (folklore) é um

neologismo que foi criado em 1846 pelo arqueólogo Ambrose Merton - pseudônimo de

William John Thoms - e usado em uma carta endereçada à revista The Athenaeum, de

Londres, onde os vocábulos da língua inglesa folk e lore (povo e saber) foram unidos,

passando a ter o significado de saber tradicional de um povo. Esse termo passou a ser

utilizado então para se referir às tradições, costumes e superstições das classes

populares. Posteriormente, o termo passou a designar toda a cultura nascida

principalmente nessas classes, dando ao folclore o status de história não escrita de um

povo. Mesmo que o avanço da ciência e da tecnologia tenha levado ao descrédito muitas

dessas tradições populares, a influência do pensamento positivista do século XIX

contribuiu para dignificá-las, entendendo-as como elos em uma cadeia ininterrupta de

saberes que deveria ser compreendida para se entender a sociedade moderna. Assim,

com a conscientização de que a cultura popular poderia desaparecer devido ao novo

modo de vida urbano, seu estudo se generalizou, ao mesmo tempo em que ela passou a

ser usada como elemento principal em obras artísticas, despertando o sentimento

nacionalista dos povos.

Depois de iniciar e frutificar na Europa, o estudo do folclore se estendeu ao Novo Mundo,

chegando ao Brasil na segunda metade do século XIX através dos precursores Celso de

Magalhães e Sílvio Romero, e aos Estados Unidos, onde William Wells Newell, Mark

Twain, Rutherford Hayes e um grupo de outros eruditos e interessados fundaram em 1888

a American Folklore Society, que de imediato iniciou a publicação de um jornal que

continua em atividade até hoje, o Journal of American Folklore. A contribuição dos

folcloristas norte-americanos foi especialmente importante porque desde logo suas

pesquisas foram apoiadas pelas universidades e adquiriram autonomia, definindo novas

fronteiras metodológicas e lançando as bases para a fundação do folclorismo como uma

nova especialidade científica, paralela à Antropologia.

3-Características do fato folclórico

Para se determinar se um fato é folclórico, segundo a UNESCO, ele deve apresentar as

seguintes características: tradicionalidade, dinamicidade, funcionalidade e aceitação

coletiva,.[5]

• Tradicionalidade, a partir de sua transmissão geracional, entendida como uma

continuidade, onde os fatos novos se inserem sem ruptura com o passado, e se

constroem sobre esse passado.

• Dinamicidade, ou seja, sua feição mutável, ainda que baseada na tradição.

• Funcionalidade, existindo uma razão para o fato acontecer e não constituindo

um dado isolado, e sim inserido em um contexto dinâmico e vivo.

• Aceitação coletiva: deve ser uma prática generalizada, implicando uma

identificação coletiva com o fato, mesmo que ele derive das elites. Esse critério não

leva em conta o anonimato que muitas vezes caracteriza o fato folclórico e tem sido

considerado um indicador de autenticidade, pois mesmo se houver autor, desde

que o fato seja absorvido pela cultura popular, ainda deve ser considerado

folclórico. Um exemplo disso é a literatura de cordel brasileira, geralmente com

autoria definida, mas tida como elemento genuíno da cultura popular.

Pode-se acrescentar a esses o critério da espontaneidade, já que o fato folclórico não

nasce de decretos governamentais nem dentro de laboratórios científicos; é antes uma

criação surgida organicamente dentro do contexto maior da cultura de uma certa

comunidade. Mesmo assim, em muitos locais já estão sendo feitos esforços por parte de

grupos e instituições oficiais no sentido de se recriar inteiramente, nos dias de hoje, fatos

folclóricos já desaparecidos, o que deve ser encarado com reserva, dado o perigo de

falsificação do fato folclórico.[4] Também deve ser regional, ou seja, localizado, típico de

uma dada comunidade ou cultura, ainda que similares possam ser encontrados em países

distantes, quando serão analisados como derivação ou variante.

• Esta página foi modificada pela última vez à(s) 19h37min de 16 de junho de 2011.

• Este texto é disponibilizado nos termos da licença Atribuição - Partilha nos Mesmos

Termos 3.0 Não Adaptada (CC BY-SA 3.0); pode estar sujeito a condições

adicionais. Consulte as condições de uso para mais detalhes.

http://pt.wikipedia.org/wiki/Folclore

acesso dia 04 de julho de 2011.

4- Danças Folclóricas

A Dança folclórica trata-se de uma forma tradicional de dança recreativa do povo. Muitas

das danças folclóricas têm origens anônimas e foram passadas de geração para geração

durante um longo período de tempo.

As danças sempre foram um importante componente cultural da humanidade. O folclore

brasileiro é rico em danças que representam as tradições e a cultura de uma determinada

região. Estão ligadas aos aspectos religiosos, festas, lendas, fatos históricos,

acontecimentos do cotidiano e brincadeiras. As danças folclóricas brasileiras

caracterizam-se pelas músicas animadas (com letras simples e populares) e figurinos e

cenários representativos. Estas danças são realizadas, geralmente, em espaços públicos:

praças, ruas e largos.

5- Após a leitura e discussão do texto assistiremos a um vídeo do Kit Folclore: Músicas e

Danças. Editora Inteligência Editorial. Síntese: Um extenso panorama envolvendo o

cancioneiro folclórico e as principais danças e folguedos. São apresentados grupos de

todo país, com seus trajes típicos, irradiando a magia de nossas tradições em meio a

vibrantes passos e ritmos, como o bumba-meu-boi, maracatu, carimbo, frevo, capoeira,

congadas e muitos outros, num espetáculo inigualável.

[email protected]

Como sugestão, temos este link com várias danças folclóricas.

http://www.youtube.com/watch?v=g3NdFH8Gt1U

6- Debater com os alunos focando a Dança como um dos conteúdos, os padrões de

comportamento, pré-conceitos, crenças e valores sociais. E a partir destes conteúdos,

discutir sobre o corpo submisso, que aparece constantemente em diferentes áreas da

sociedade, visando formar, por meio da Dança, seres críticos e autônomos.

3º Encontro:

Região Norte 1- História do Carimbó: texto do livro Dança, Brasil! Festas e Danças Populares de Gustavo Côrtes. Editora Leitura, 2000. Neste texto Côrtes, retrata as características das

danças do norte do Brasil que é a sensualidade do entrelaçamento dos pares, envolvidas

com músicas de rimos quentes e o predomínio das percussões, instrumentos de sopro e,

ocasionalmente instrumentos de corda. O instrumento mais típico da região é o Carimbó

(ou Curimbó), atabaque de origem africana. É feito de tronco de árvore internamente

escavado, mede cerca de um metro de comprimento e 30 centímetros de diâmetro, e é

revestido em uma das suas aberturas com couro. O tocador senta-se sobre o tambor e

bate no couro com uma cadência típica, servindo-lhe de baquetas as próprias mãos. O

instrumento também deu nome à principal dança da região.

Carimbó, segundo consta é fruto da criatividade dos índios Tupinambás. Inicialmente, o

ritmo indolente e lento trouxe pouco entusiasmo aos participantes. Com a chegada dos

negros à região, estes foram introduzindo de andamentos rápidos, sincopados e

movimentados, influindo na música e na coreografia da dança, que passou a ser agitada,

cheia de giros e requebrado dos quadris. Os responsáveis pela mudança rítmica e

empolgação da música são dois tambores, um mais longo e esguio, de sonoridade mais

aguda, e outro maior em comprimento e largura, de som mais grave. Reunidos em seus

contrastes, provocando uma batida que empolga, tendo a dança sido conhecida como

limpa bancos, pois ninguém conseguia ficar assentado.

O nome curimbó é de origem tupi (Kurimbó), formado por duas palavras: curi que significa

“pau oco” e mbó, que significa “furado”. Assim, temos curimbó como pau furado que

produz som. Posteriormente o próprio povo foi trocando as letras de curimbó para corimbo

(como ainda é chamado no município de Salinópolis) e para carimbó, como ficou

nacionalmente conhecida a dança.

A dança do carimbó é de origem negra, brasileira, típica das regiões da Ilha de Marajó, no

Soure, onde é conhecida por carimbó pastoril, e em Santarém, conhecida como carimbó

rural. No município de Marapanim, arredores de Belém, estão alguns dos melhores

grupos de carimbó da região, que guarda a fama de serem os maiores difusores do ritmo

e da dança no Estado do Pará. Juntamente com os tambores, a música é realizada com a

presença de outros instrumentos, como o banjo, que dá a marcação rítmica e serve de

sustentação da dança, maracás, flautas, ganzás, reco-recos e pandeiros. A união desses

instrumentos deu à música do carimbó um ritmo único, envolvente e extremamente

sensual.

2- Brincadeira do Lenço na Dança do Carimbó:

GRUPO PARAFOLCLORICO UNIFLOR

A dança sempre em roda, tem passos característicos que imitam animais. Em

determinado momento, um casal vai ao centro da roda e a dançarina procura envolver

com a sua saia o rapaz, que, imitando os movimentos de conquista de um peru, tente

fugir. Se a moça conseguir encobri-lo, continua dançando no centro, enquanto o rapaz é

obrigado a sair, envergonhado, deixando que outro entre na roda em seu lugar.

2.1- Em outra brincadeira, a dançarina coloca um lenço no chão, e o desafio está lançado:

o dançarino que conseguir pega-lo sem colocar as mãos ou o corpo no chão, e usando

apenas a sua boca, conquistará a sua parceira e poderá dançar com ela a noite inteira. O

Carimbó é a dança mais difundida no Pará, e não existe data específica para ser

dançado, embora sempre aconteça nos festejos juninos e nas festas típicas do Estado.

2.2- Indumentária: As mulheres usam blusas que deixam ombros e barriga à mostra,

muitos colares e pulseiras, rosas ou arranjos nos cabelos e saias com rodas largas e

coloridas, normalmente de chitão, uma influencia das danças do Caribe, de origem negra.

Os homens vestem alças curtas até os joelhos, como os pescadores. Podem estar sem

blusa ou com ela amarrada na frente. Ambos apresentam-se cheios de colares de

sementes da região.

3- Após a leitura e discussão do texto os alunos assistirão a um vídeo, do Grupo

Folclórico Sarandeiros, Minas Gerais: Kika Antunes, com a Brincadeira do Lenço na

Dança do Carimbo.

Outras opções de danças do Carimbó no youtube.com:

Dança do Carimbó - Belém - Pará youtube.com

4- A dança, enquanto arte, tem o potencial de trabalhar a capacidade de criação,

imaginação, sensação e percepção, integrando o conhecimento corporal ao intelectual.

Propor aos alunos que utilizem do ritmo do Carimbó com suas variações, intensidade e

sequência, deixando o ritmo conduzi-los, e aos poucos introduzir os movimentos

específicos da dança e em pares montar a coreografia desejada. Iniciando assim, a

vivência, com a Dança Folclórica, onde posteriormente os alunos deverão fazer

comentários sobre o que mais lhes chamou a atenção, no que diz respeito ao movimento

e que sentimento o despertou através da dança.

OBS: Serão filmadas todas as aulas prática, se faz necessária, para que possamos

observar o momento vivido pelos alunos, momentos estes que revelam suas percepções

do Dançar, por meio do movimento corporal. Somente com este recurso poderemos

identificar seus movimentos e suas expressões. As imagens filmadas das aulas nos

permitem investigar este horizonte de possibilidades que está diante de nós.

4º Encontro:

Região Nordeste

1- Dança do Xaxado:

Lampião, texto do Grande Livro do Folclore, de Carlos Felipe e Maurizio Manzo, Belo Horizonte: Editora Leitura, 2000.

Um verdadeiro mito moderno do Nordeste, Virgulino Ferreira da Silva criou em torno de si

uma lenda que, ao contrário do que poderia supor, continua crescendo. Sempre está

surgindo uma nova versão sobre cada episódio vivido pelo cangaceiro em suas tropelias

sertanejas.

Nascido em 04 de junho de 1898, em Pernambuco, tornou-se assassino aos 17 anos de

idade para vingar a honra de sua família. Pelo menos é isso o que diz o lendário a seu

respeito, nem sempre condizente com a sua realidade. Vaqueiro de primeira, sabendo

fazer de tudo na caatinga e nos sertões, Virgulino era vingativo, estuprador, incendiário,

bem ao contrário de outros cangaceiros, como Antônio Silvino, respeitador de donzelas e

praticante de um rígido código de honra. Ainda assim, Lampião era um líder nato, um

guerreiro total, e seus “cabras” o respeitavam em tudo, partindo para a morte, cantando e

gritando como se isso não fosse nada. Era também cantador de emboladas, um exímio

dançarino de xaxado. Alegre nas horas de folga gostava de festa, fazia versos, e quando

aparecia um fotógrafo no sertão, fazia questão de ser fotografado.

Ajudado por uma rede de coiteiros - gente que protegia os bandos, Lampião, que chegou

a receber do governo federal uma patente de ofício para lutar, ao lado das volantes

militares, contra a Coluna Prestes, assolou o sertão por mais de vinte anos, criando em

torno de si uma aura como poucas pessoas já conseguiram no Brasil. Só na literatura da

cordel são centenas de obras que falam de sue feitos, como a ataque a Mossoró e a Água

Branca, seu encontro com Antônio Silvino no inferno, sua peleja com Canção de Fogo e

muitos outros temas.

Ferido seis vezes, dono de uma pontaria invejável, mesmo sendo cego de um olho,

estrategista nato, combateu as polícias militares de sete Estados, conseguia

simultaneamente, fazer o parto das mulheres de seus combatentes, contava piadas,

tocava sanfona, nos domingos, tirava do seu bornal a Nossa Senhora que carregava,

rezando para ela. Em qualquer circunstância.

Lampião morreu em 28 de junho de 1938, quando estava acoitado numa gruta da

Fazenda Angicos, em Porto Folha, Sergipe. Sua cabeça e de sua companheira, Maria

Bonita, foram levadas para servir de prova de que morreram e depois, para um museu, o

que não impediu de surgir um sem-números de versões dizendo que ele não tinha

morrido. Que tinha fugido do Nordeste, indo parar em Goiás ou no Triângulo Mineiro, onde

viveu incógnito o resto dos seus dias. Verdade ou não é lenda.

2- Os alunos assistirão partes do filme “A Morte Comando o Cangaço”, de Alberto

Ruschel, Aurora Duarte e Milton Ribeiro, produção de Marcello de Miranda Torres, direção

de Carlos Coimbra - Síntese: “Em 1929, o Nordeste brasileiro vive um clima de agitação

e violência com seus crimes bárbaros e suas paixões desmedidas. A ambição e os

desmando do coronelismo geram bandos de cangaceiros, que impões a vontade dos

poderosos chefes políticos através de terror. A Morte Comanda o Cangaço mostra, com

impressionante realismo, todo o cenário de horror e ódio pelo qual passou o Nordeste

brasileiro na época do cangaço”. Este filme mostra em vários momentos a forte tradição

do Xaxado, na cultura do povo do cangaço, qual é o foco deste estudo.

3- Histórico do Xaxado; texto do livro Dança, Brasil! Festas e Danças Populares de Gustavo Côrtes. Editora Leitura, 2000. Xaxado: dança originária do alto

sertão pernambucano, conhecida em todo o agreste nordestino desde 1922, foi divulgada

no interior pelo cangaceiro Lampião e os cabras de seu grupo. É dançada em círculos, em

fila indiana, marcando os compassos com pancadas da foice do fuzil no chão. Utiliza

passos sem volteios, entre os quais se destaca o corta-jaca, como é chamado o

movimento em que o pé direito cruza o esquerdo num rápido e deslizante sapateado.

O xaxado não se tornou uma dança de salão, pois, divulgadas por cangaceiros, não

permitia a atuação feminina. Luís Gonzaga, cantor e instrumentalista nordestino, um dos

maiores pesquisadores e divulgadores do xaxado, dizia ser o rifle a dama da dança.

Atualmente, ele se transformou em baião, um dos ritmos do forró, ganhando os salões de

festa e permitindo a participação das mulheres. Chapéus, alpercatas, embornais, rifles e

vestimentas características dos cangaceiros compõem a indumentária da dança,

lembrando as roupas usadas na época do cangaço. Inicialmente, a melodia vinha do som

dos bacamartes, batendo no chão, e do chiado das alpercatas, que eram usadas também

como instrumentos da percussão. Depois, o baião ficou sendo o ritmo oficial do xaxado,

nome que é uma onomatopéia do chiado das sandálias arrastadas no chão – xá-xá-xá.

GRUPO RAFOLCLORICO UNIFLOR

Grupo Parafolclórico Uniflor – Xaxado .MPG

4- Para explorar o movimento nos padrões técnicos de execução, devemos observar as

dinâmicas de assimilação e reação dos padrões motores, as combinações coreográficas

as configurações espaciais variadas dos movimentos, e uma das sugestões é que os

alunos em contato com a música, se dispersem na sala, procurando fazer os movimentos

que lembram o xaxado, por exemplo, o corta-jaca onde o pé direito cruza o esquerdo, e

deixar que o som conduza-os a vontade, até que se sintam familiarizados com o ritmo, aí

então organizadamente induzi-los aos passos da dança em formas de círculos, fileiras e

outro, conforme requer o xaxado.

5º Encontro:

Região Centro-Oeste

1- Texto do livro Dança, Brasil ! Festas e Danças Populares de Gustavo Côrtes. Editora Leitura, 2000.

Siriri, Dança alegre, presente na região pantaneira do Centro-Oeste. Parece ser uma

variação do fandango do litoral ou do samba-de-lenço de São Paulo, que foi levado para o

centro do País pelos bandeirantes paulistas. O nome siriri pode estar relacionado com o

termo siriricar, usado por pescadores da região, que significa dar um puxão no anzol.

Quando dançam, os homens fazem um cumprimento para as damas como se estivessem

siriricando para elas. Preferencialmente apresentados nos meses frios do ano, de maio a

agosto, é presença obrigatória nas festas de santos de devoção, como São João, São

Pedro, São Benedito e São Gonçalo, em festas de casamento, batizados e aniversários

particulares que mantenham essa dança como tradição familiar. A coreografia de

desenvolve aos pares, com gestos alegres, meneios compassados e rápidos que

descrevem várias figuras, dentre as quais se destacam o barco do alemão, o carneiro dá,

a canoa virou e outros. Dançado sempre em número par, o siriri apresenta várias

variantes, como o siriri roda, o siriri-de-galope, o siriri-mandáia, o siriri-mamãe e o siriri-

boi-ta-brabo-no-currá. Os instrumentos usados na dança são o cracachá, espécie de

reco-reco de bambu recortado e tocado com um pedaço de osso ou madeira, a viola de

cocho e o mocho, tipo de tambor tocado freneticamente com dois bastões de madeira.

Não há uma indumentária específica.

GRUPO PARAFOLCLORICO UNIFLOR

Sugestão de vídeos:

YouTube – Dança Regional Matogrossense

2- Após assistirem o vídeo, o professor pode estimulá-los aos movimentos significativos

através de manifestações expressivas, criativas e que pode se desvelar gradativamente

em seu discurso gestual. A partir deste reconhecimento corporal, possam também

repensar suas crenças e valores com relação aos seus receios ou preconceitos sobre a

Dança.

6º Encontro:

Região Sudeste:

1- Texto do livro Dança, Brasil ! Festas e Danças Populares de Gustavo Côrtes.

Editora Leitura, 2000.

Calango Mineiro, pouco conhecido pelo Brasil, é uma dança muito popular em Minas

Gerais, cujo ritmo contagiante costuma ser apresentada como canto ou baile em diversas

cidades mineiras, especialmente ao norte do Estado. Pode também significar desafios de

versos cantados por um solista e repetidos pela platéia em coro. O instrumento utilizado

é a sanfona, acompanhada de viola e por vezes pandeiros. Em ritmo quaternário, as

danças e cantos têm como principal objetivo agradecer ao santo de devoção pela boa

colheita, ou festejar e comemorar o dia do padroeiro. Os pares, entrelaçados, bailam por

toda noite, em movimentos simples, mas sempre alegres e envolventes, que podem ou

não apresentar sapateados e palmeados durante a sua execução. Não há indumentária

específica para a dança, que ocorre normalmente durante bailes e se desenvolve em uma

coreografia espontânea e particular.

GRUPO PARAFOLCLORICO UNIFLOR

Sugestão de vídeos:

Grupo Por do Sol - Calango

Poderemos aprender através das ações motoras simples e cotidianas, novas ações que

surgirão a partir de estímulos dados pelo professor aos seus alunos. Essas ações não

somente motoras, mas corporais, expressivas e intencionais, completam-se e recriam-se,

ampliando o repertório corporal dos alunos num processo construído paulatinamente.

2- Os alunos deverão se organizar em grupos de seis e se movimentarem de forma a

expressar o sentimento contido na música. Cada grupo usará da criatividade para

construir uma combinação de movimentos. Ao final deverão apresentar o que

construíram.

7º Encontro:

Região Sul:

1- 2- Texto do site:

http://guararas.webnode.com/fandangos-lageana-e-barreado/

Acesso em 07 de julho de 2011.

Fandango é uma dança em pares conhecida em Espanha e Portugal desde o período

Barroco caracterizada por movimentos vivos e agitados, com certo ar de exibicionismo,

em ritmo de 3/4, muito frequentemente acompanhada de sapateado ou castanholas e

seguindo um ciclo de acordes característico (lá menor, sol maior, fá maior, mi menor). No

litoral do Paraná e de São Paulo, fandango é um gênero musical e coreográfico

fortemente associado ao modo de vida da população Caiçara. Sua prática sempre esteve

vinculada à organização de trabalhos coletivos - mutirões, puxirões ou pixiruns - nos

roçados, nas colheitas, nas puxadas de rede ou na construção de benfeitorias, onde o

organizador oferecia, como pagamento aos ajudantes voluntários, um fandango, espécie

de baile com comida farta. Para além dos mutirões, o fandango era a principal diversão e

momento de socialização das comunidades caiçaras, estando presente em diversas

festas religiosas, batizados, casamentos e, especialmente, no carnaval, quando os quatro

dias de festa eram realizados ao som dos instrumentos do fandango.

Por influência açoriana, a comida típica do fandango era o Barreado, prato típico

preparado a base de carne, toucinho e vários temperos. De preparo demorado, o

cozimento leva cerca de 20 horas em fogo brando. Utiliza-se uma panela de barro, sendo

que a tampa deve ser vedada, ou barreada de onde vem o nome do prato, com uma

mistura de farinha de mandioca, cinzas e água quente. Uma vez pronto o prato é servido

num pirão feito com farinha de mandioca, acompanhado de laranja, banana e arroz.

Informações retirada do sait do Grupo de Pesquisas e Projeções Guararás, Minas Gereis,

Rua Oscar Trompowisk 1226 Gutierrez Cep 30440-000 [email protected]

2- Texto do livro Folclore em Questão, Seminário Folclore em Questão. IIDAC Faxinal do

Céu. 2000.

Fandangos Litorâneos:

O Fandango originou-se da miscigenação de raças européias principalmente hispano-

lusitana, chegando ao Brasil através da colonização portuguesa.

Em todo o país disseminou-se e sofreu adptações, sintetizando e assimilando aspectos e

vivências regionais.

Em geral, o fandango no Paraná é constrruído por um conjunto de danças e músicas

conhecidas por marcas, podendo ser batidas ou bailadas, sendo dançado por homens e

mulheres.

Normalmente, o fandango acontece após o trabalho nos mutirões, em festividades como o

entrudo (carnaval) e também em outras ocasiões de importância familiar, comunitária ou

social.

Com repertório variado, as músicas e letras tratam de temas diversos. Neste trabalho

serão apresentadas sistematizada e pedagógicamente organizada as marcas

pesquisadas no litoral do estado do Paraná:

Mestre Domingues, Caninha Verde, Marinheiro.

Fandangos Tropeiros:

A partir do século XVI, devido a emergentes necessidades de transporte das riquezas da

terra para os portos com destino a Espanha, inicia-se nas Américas uma nova atividade: o

tropeirismo.

Já no século XVIII, de modo a viabilizar o envio do ouro de Minas Gerais para Portugal,

inseriu-se no contexto brasileiro a figura do tropeiro: indivíduo que se dedica ao transporte

de tropas de muares, cavalares e, mais tarde, de bovinos e mercadorias diversas.

Os tropeiros brasileiro, na sua maioria, eram paulistas, grandes conhecedores das terras

e caminhos do sul, onde se concentravam os criadores de tropas.

Foi com o advento do tropeirismo que a cultura brasileira teve ampliado seu processo de

unificação. No estado do Paraná fundaram-se cidades e muitos aqui se estabeleceram

trazendo seus costumes, culinária, crenças e também seus cantos e danças.

Dentre as danças vinculadas ao ciclo tropeirista, cujas coreografias e versos variam de

ragião para região, mantên-se as características lusitanas e espanholas, bem como a

influência paulista:

Lageana, Serra Baile, Tiraninha, Chote da Tirivinha...

Aculturação É tnica:

A partir do século XIX o Paraná recebeu como colonizadores diversos grupos de

imigrantes, principalmente poloneses, italianos, ucranianos, japoneses e alemães. Esses

imigrantes trouxeram para o Brasil suas vivências e experiências, constituindo assim um

núcleo comum de cultura.

Sistematizar hábitos tão diversos levou tempo, porém, a cultura dinâmica e funcional,

sincretizou todos os seus costumes e adaptou-os a locais e ambientes, constituindo-se no

atual momento parte da cultura nacional.

Dentre as contribuições das etnias no território paranaense destaca-se a culinária, o

artesanato e também as danças e músicas.

GRUPO PARAFOLCLORICO UNIFLOR

Quando alguém executa uma dança, transmite uma mensagem corporal ao expectador.

Da mesma maneira, observamos sentimentos e emoções nos gestos e mudanças

corporais que acompanham ações que parecem ser mecânicas e sem vida. O importante

nesse processo educativo é a possibilidade de abarcar todos os que têm vontade de

aprender a se manifestar com o corpo, sem a preocupação com a beleza dos

movimentos. Como vimos, a dança não é só a execução de alguns movimentos pré

estabelecidos, mas transcende a plasticidade, sendo peculiar de cada ser humano que a

pratica. É aí que reside sua riqueza.

2- Dar sugestões ao grupo, para acompanhar o ritmo proposto, deslocando-se pelo

espaço em diferentes níveis e direções, demonstrando alegria, seguida de atenção ao

grupo. Reforçar a característica inicial já demonstrada nos blocos anteriores com

motivação para participar da atividade proposta, na qual devem dançar a partir da música

com diferentes movimentos distribuídos no espaço geral e pessoal.

Sugestão de vídeos da dança do Barreado e de Fandangos do Paraná:

Grupo Pôr do Sol - Dança do Barreado

NOITE DE FANDANGO EM PARANAGUÁ youtube.com

8º Encontro:

1- Reflexão e Respostas;

Através dos estudos sobre as Danças Folclóricas, podemos acreditar que contribuirão

para um olhar mais crítico, com relação ou conteúdo Dança na Escola?

Depois desta experiência, qual serão os comentários sobre estes questionamentos:

A)- Como você vê a Dança hoje na Escola?

B)- Qual a sua opinião quanto a Dança como conteúdo específico nas aulas de Educação

Física?

2- Com base nas experiências práticas vividas pelos alunos ainda com o auxílio do

professor, deverão elaborar uma composição coreográfica, de uma das danças já

trabalhadas e apresentarão para a Comunidade Escolar como resultado dos trabalhos.

F)- AVALIAÇÃO

Aproveitar a oportunidade de novas práticas para abrir debates, fazer uma reflexão com

os alunos sobre suas experiências, e sobre a necessidade de mudança. É importante que

a discussão seja em cima de práticas concretas que se vai introduzir e não só discursar a

respeito.

Devemos garantir as condições para aprendizagem de todos.

Acreditar que todo o aluno é capaz de aprender tendo que ser ajudada caso necessário, e

não excluída.

G)- CONSIDERAÇÕES FINAIS

Serão necessárias muitas aulas como as que foram expostas acima, para que se possa

vincular estreitamente teoria e prática. Dessa forma, a prática pedagógica da Educação

Física pode tentar cumprir o seu papel de desvelar os mecanismos ideológicos que estão

por traz desses discursos que a todo instante, são lembrados quando o professor não

assume uma postura crítica diante das necessidades da escola, enquanto formadora de

opiniões.

Teremos um eixo norteador, que caminhará paralelamente ao ensino dos fundamentos

dos conteúdos da cultura popular. Alguns momentos exigirão um trabalho mais conceitual

com a leitura de textos, exposição teórica do professor e debates com o grupo. Em outros

momentos, o enfoque será no aprendizado de determinada técnica, ou mesmo na

vivência de situações de aprendizagem por meio do movimento. Porém, sem haver uma

dicotomia entre a teoria e a prática.

Esperamos que a abertura para a Dança na Escola vá além das atividades competitivas e

o desenvolvimento biológico, que ela possa ser um canal para a participação cultural

crítica e criativa. E a partir do conhecimento e dos interesses comuns, estejam também

contribuindo na construção de uma cultura corporal de movimento através da Dança

Educação.

H)- CRONOGRAMA DE EXECUÇÃO

ENCONTROS DATA CARGA HORÁRIA

CONTEÚDOS

20/07/11Semana

Pedagógica

Apresentação do Projeto para Equipe Pedagógica, Direção, Professores e demais Órgãos Colegiados

1º 4ª Semanade

Agosto

4:00 horas1- Apresentação do Projeto de Intervenção Pedagógica para os alunos.2- Texto 1: O Convite, Texto 2- As aulas. Ambos de Débora Barreto, Livro Dança... ensino, sentidos e possibilidades na escola. 3- Questionamentos.

2º1ª Semana

deSetembro

4:00 horas1- História do Folclore;2- Características do fato folclórico;3- História de Danças Folclóricas;

3º2ª Semana

de Setembro

4:00 horas 1- Características das danças de Região Norte;2- Teoria e prática da dança do Carimbó.

4º3ª Semana

de Setembro

4:00 horas 1- Danças da Região Nordeste;2- História de Lampião;3- História do Xaxado;4- Prática da dança do xaxado.

5º4ª Semana

deSetembro

4:00 horas 1- Danças de Região Centro-Oeste;2- história do Siriri;3- Prática da dança do Siriri.

6º1ª Semana

deOutubro

4:00 horas 1- Danças da Região Sudeste:2- História do Calango mineiro;3- Prática da dança do Calango Mineiro.

7º2ª Semana

deOutubro

4:00 horas 1- Danças da Região Sul:2- Fandangos Litorâneos;3- Fandangos Tropeiros;4- Aculturação É tnica;5- Prática do Fandango Paranaense Lageana.

8º3ª Semana

deOutubro

4:00 horas 1- Avaliação Teórica;2- Composição Coreográfica para apresentar à Comunidade Escolar.

Total de Horas: 32:oo

I)- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ARANHA, Maria. Filosofia da educação. 2 ed. São Paulo: Moderna,1996; BARRETO, Débora. Dança... : ensino, sentidos e possibilidades na escola/Débora Barreto – 2.ed. Campinas, São Paulo Autores Associados, 2005. COLETIVO DE AUTORES Metodologia do ensino de educação física. São Paulo: Cortez, 1992- (Coleção magistério 2º grau. Série formação do professor); CÔRTES Gustavo Pereira, Dança, Brasil! Festas e Danças Populares, Belo Horizonte, Ed. Leitura, 2000. FOLCLORE EM QUESTÃO, Seminário Folclore em Questão. IIDAC Faxinal do Céu. 2000.

LABAN, Rudolf, Domínio do movimento. 5 ed. São Paulo: Summus, 1978 HORTA Carlos Felipe de Melo Marques, O grande livro do folclore, 2 edição,Belo Horizonte, Ed. Leitura, 2000. LUCKESI, Cipriano c. Filosofia da educação. São Paulo: Cortez, 1991; MARQUES, Izabel A. dançando na escola. 2 ed. São Paulo: Cortez, 2005. SEED. Diretrizes Curriculares de Educação Básica Educação Física, Curitiba, 2008. SEED/MEC, Cultura Popular e Educação - Salto para o Futuro / TV Escola, Brasília, 2008. Organização SILVA René Marques da Costa. SEED. Apostila de Orientações Curriculares de Educação Física – semana pedagógica. 2008 TAVARES, Isis Moura. Educação, corpo e arte. Curitiba: IESDE, 2005. VASCONCELLOS, Celso dos Santos, 1956 – Avaliação: concepção dialético-libertadora do processo de avaliação escolar 15ª Ed. São Paulo. Libertad 2005.

Dança do Carimbó - Belém - Pará youtube.com

FOLCLORE, História e Danças Folclóricas http://pt.wikipedia.org/wiki/Folclore

Grupo Parafolclórico Uniflor - Xaxado .MPG GUARARÁS, Grupo de Pesquisas e Projeções Guararás, Minas Gereis, Rua Oscar Trompowisk 1226 Gutierrez Cep 30440-000 [email protected] Acesso em 07 de julho de 2011. .http://guararas.webnode.com/fandangos-lageana-e-barreado/ MÚSICA. HISTÓRIA. História da Dança no Brasil, Acesso em 06 de julho de 2011. http://www.musica.ahistoria.com.br/Hist%C3%B3ria-da-Dan%C3%A7a-2.html

GRUPO SARANDEIROS www.sarandeiros.com.br/ -