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€1,30 | Quinta-feira, 10 setembro 2015 | Ano XLI #1975 | Diretor: Bruno Filipe Pires | www.barlavento.pt Autorizado pelos CTT a circular em invólucro fechado de plástico. Aut. Nº DE01862015RL/CCMS. Pode abrir-se para verificação postal Semanário Regional do Algarve Abertura do novo ano escolar preocupa sindicatos P6 Íris são sílaba tónica do rock P18 Medronho de Monchique inspira novo festival P12 Mil milhões para Vilamoura P11 Inatel debate turismo para todos em Albufeira «Turismo para Todos» é a designação europeia atual do conceito de turismo social, tema que estará em discussão, de 21 a 23 de outubro, em Albufeira. Depois de Blakeenberge, na Bélgica, é a vez da região algarvia receber o Fórum Europeu da Organização Internacional de Turismo Social. O «barlavento» conversou com Fernando Ribeiro Mendes, presidente do con- selho de administração da Fundação INATEL, que acolhe e organiza o evento bienal. P8 Rede de apoio acompanha trabalho sexual no Algarve O «barlavento» falou com duas instituições que apoiam o que, na gíria profissional, é definido como «trabalho sexual», e dá a conhecer a in- tervenção que fazem junto de profissionais do sexo. Vende-se em vários ambientes, desde a rua à privacidade do apartamento. O perfil de quem se dedica também difere, e não há uma história, nem um desfecho igual. Mas para to- dos há uma rede que apoia e ajuda na preven- ção dos riscos e perigos inerentes. P2 São Gonçalo de Lagos estreia-se em encontros de colecionismo P9

Medronho de Monchique inspira novo festival · Medronho de Monchique inspira novo festival P12 Mil milhões para Vilamoura P11 Inatel debate turismo para todos em Albufeira ... Bruno

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€1,30 | Quinta-feira, 10 setembro 2015 | Ano Xli #1975 | Diretor: Bruno Filipe Pires | www.barlavento.ptAutorizado pelos cTT a circular em invólucro fechado de plástico. Aut. nº DE01862015rl/ccMS. Pode abrir-se para verificação postal

Semanário Regional do Algarve

Abertura do novoano escolarpreocupa sindicatos P6

Íris sãosílaba tónica do rock P18

Medronho de Monchique inspira novo festival P12

Mil milhões para Vilamoura P11

Inatel debate turismopara todos em Albufeira«Turismo para Todos» é a designação europeia atual do conceito de turismo social, tema que estará em discussão, de 21 a 23 de outubro, em Albufeira. Depois de Blakeenberge, na Bélgica,é a vez da região algarvia receber o Fórum

Europeu da Organização Internacional deTurismo Social. O «barlavento» conversou com Fernando Ribeiro Mendes, presidente do con-selho de administração da Fundação INATEL, que acolhe e organiza o evento bienal. P8

Rede de apoio acompanha trabalho sexual no AlgarveO «barlavento» falou com duas instituições que apoiam o que, na gíria profissional, é definido como «trabalho sexual», e dá a conhecer a in-tervenção que fazem junto de profissionais do sexo. Vende-se em vários ambientes, desde a

rua à privacidade do apartamento. O perfil de quem se dedica também difere, e não há uma história, nem um desfecho igual. Mas para to-dos há uma rede que apoia e ajuda na preven-ção dos riscos e perigos inerentes. P2

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TEXTo E foToS Sara Alves

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A rede de apoio ao trabalho sexual no Algarve

«Trabalho sexual é trabalho, esse é o nosso dogma», defende Osvaldo Coutinho, coordenador

do Movimento de Apoio à Problemática da Sida (MAPS). O «barlavento» falou com duas

instituições que apoiam trabalhadores sexuais, e dá agora

a conhecer o trabalho que desenvolvem junto

dos profissionais do sexo

Quando começou a desenvol-ver o projeto de apoio às tra-balhadoras sexuais, Elsa Car-doso, técnica do MAPS, colo-cava em causa o seu trabalho. «Foi difícil perceber porque é que eu ia a um apartamen-to entregar material de pre-venção e apresentar o nosso projeto, se aquelas pessoas ti-nham dinheiro para aceder a cuidados de saúde». No en-tanto, percebeu que «isso não interessa para nada». E expli-ca porquê: «O que interessa é fazer a sensibilização e pre-venção. É também difícil para o público perceber o trabalho que desenvolvemos. Porém, é preciso entender que o tele-fone destas mulheres toca de dez em dez minutos, e quem liga, são os pais, irmãos, fi-lhos e maridos de muita gen-te! Com o nosso trabalho es-tamos a proteger uma comu-nidade inteira, dentro da dig-nidade possível», explica.

O projeto «As Madale-nas» iniciou-se em 2004 e tem sede em Quarteira e uma delegação em Portimão. Em Quarteira, o projeto é coor-denado por Vera Sebastião, a partir de uma casa discreta. O «barlavento» teve a oportu-nidade de conhecer as insta-lações e assistir a uma inter-

venção de rua.Atualmente, o projeto é

cofinanciado pela Direção Ge-ral de Saúde e coordenado pelo MAPS, uma IPSS (Insti-tuição Particular de Solidarie-dade Social) algarvia sem fins lucrativos.

Assistimos ao trabalho que desenvolvem junto das trabalhadoras sexuais que se encontram na «Rua da SIC», em Quarteira. No local, en-contrámos quatro mulhe-res. «As que trabalham na rua não têm as mesmas con-dições nem ganham tanto di-nheiro». Existe o sexo comer-cial de rua, de bar e de apar-tamento. E cada um está as-sociado a preçários e condi-ções muito diferentes. Uma das trabalhadoras que abor-damos solicita a marcação de uma consulta com a médica, e uma outra, 50 preservativos. Sebastião procura sempre saber como estão e do que precisam. Conhecem-se pelo nome e há visivelmente uma relação de confiança. «Mui-tas delas não têm retaguarda familiar ou com quem contar e ficam contentes por saber que há alguém que se preo-cupa». Num dos cruzamentos, uma outra trabalhadora afir-ma que há poucos dias foi as-

Associação para o Planeamento familiar (APf)Lara Santos, coordenado-ra da APF Algarve, expli-ca que o projeto iniciou-se em 1983 e conta atualmente com quatro colaboradores. «Em 2002 adquirimos uma unidade móvel de saúde se-xual e reprodutiva equipada para atendimento de públi-cos vulneráveis, e em 2007 iniciamos a intervenção jun-to de trabalhadores sexuais». Também fazem assistência a trabalhadoras com a diferen-ça que disponibilizam o teste rápido VIH/Sida no local.

Neste momento dirige o

projeto «Aquém e Além Mar-gens – Risco 0». Santos co-nhece de perto a realidade da prostituição de rua e ocul-ta, em apartamentos e espa-ços de diversão noturna no Algarve, protagonizadas por imigrantes, quase sempre ile-gais, mas também e em nú-mero crescente, por portu-guesas «dizimadas pelo de-semprego, pelo consumo de substâncias e por situações socioeconómicas deficitá-rias», descreve. Preocupa-se sobretudo com a situação das trabalhadoras estrangeiras

que se encontram altamente desprotegidas. «Quando são assaltadas ou agredidas não conseguem queixar-se por-que a polícia não faz nada. Fi-zemos um inquérito a todas as nossas utentes e pergun-támos se se sentia protegi-da. Todas disseram que não! Se tiverem algum problema, não recorrem à polícia, por-que não está sensibilizada para aceitar e apoiar. É uma profissão de alto risco».

A APF possui uma casa--abrigo para pessoas trafi-cadas por fins de exploração

sexual, o «Espaço Pessoa», na zona norte, e já encami-nhou algumas trabalhado-ras. «É possível fazer a sinali-zação mas é muito raro e difí-cil. As trabalhadoras sexuais de leste, por exemplo, mui-tas vezes nem sabem que são traficadas. Pensam que são objetos e que têm um pre-ço, até porque têm uma vida melhor do que quando esta-vam com as suas famílias, e nem comiam. Ou não têm no-ção ou são coagidas. São vio-lentadas e torturadas, não fa-lam», conclui.

saltada e ameaçada com uma faca por dois indivíduos.

Independentemente da legalidade no país, dinheiro, ou condições de quem se de-dica ao trabalho sexual, o pro-jeto tem como principal obje-tivo «a minimização de danos e redução de riscos, ou seja, disponibilização do material preventivo e sensibilização para a prevenção do VIH e ou-tras doenças», explica Osval-do Coutinho, coordenador do MAPS.

Para isso, disponibilizam «serviços médicos e de en-fermagem, balneário, lavan-daria, banco de roupa e me-diação linguística. Existe tam-bém um gabinete de psicolo-gia e apoio jurídico. À dispo-sição estão materiais como preservativos, lubrificantes, folhetos informativos, testes rápidos de VIH/Sida e testes de gravidez». Sempre que ne-cessário, as utentes podem requisitar o serviço de trans-porte para a consulta médica

que acontece todas as quar-tas-feiras. Às segundas e sex-tas são feitas intervenções de rua.

Coutinho é a favor da le-galização da profissão: «ain-da não é legal, mas também já não é crime. No entanto, a partir do momento em que é ilegal, não há proteção», su-blinha.

Afirma que as «dificulda-des económicas» são o prin-cipal motivo pelo qual se opta pelo trabalho sexual, mas

«para outras trabalhadoras é uma opção de vida vir para um país estrangeiro angariar dinheiro, para depois investir no país de origem», explica.

Cardoso acrescenta que «falamos de pessoas que en-tram para este mundo por ca-rências económicas, mas des-cobrem, no espaço de um ano, que podem adquirir uma qua-lidade de vida muito superior. Há quem tenha filhos em co-légios privados, boas casas e carros e querem proporcio-

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«Eu faço dinheiro, mas o dinheiro não me faz»Chama-se «Roberta». Tem 40 anos e é natural de Pernam-buco, no Brasil. É filha de pai português e mãe brasileira. Foi mãe aos 17 anos e tem 25 irmãos. Chegou a ser profes-sora. Vive em Portugal há 20 anos, e há sete que se dedi-ca ao trabalho sexual no Al-garve.

Tem um segundo tra-balho, na hotelaria e já teve outras profissões, mas o di-nheiro que ganha com o sexo é muito superior aos rendi-mentos do trabalho conven-cional e não está sujeito aos efeitos da sazonalidade.

«Quando chega o inver-no fico desempregada. Moro sozinha com os meus filhos, e não tenho o apoio de nin-guém. Tenho contas para pa-gar», afirma.

Trabalha apenas aos fins de semana e sobretudo em bares, embora confidencie que onde se ganha mais é nos clubs. Vilamoura, Albu-feira, Carvoeiro, Portimão, Alvor, Silves e Messines são boas zonas para o negócio do sexo. Os meses de ouro são os da época alta do golfe, a partir de outubro, uma vez que «os golfistas» são alguns

dos principais clientes. «Che-gam a pagar até 400 euros por um “programa” de uma hora». Já os holandeses, sue-cos e noruegueses chegam a pagar mais do dobro porque «não estão habituados e têm mais dinheiro».

Paga-se adiantado. «É como no cinema. Primei-ro paga o bilhete, depois vê o filme», e num bom mês já chegou a receber 3000 eu-ros. De acordo com a sua ex-periência, «30 por cento dos clientes são portugueses e 70 por cento estrangeiros». Principalmente ingleses, ir-landeses e escoceses.

A nacionalidade também dita a preferência dos clien-tes. Os estrangeiros procu-ram uma companhia para se divertirem nas férias. Os por-tugueses «preferem um con-vívio, mais fugaz, em aparta-mento», explica.

Há ainda quem nem pro-cure sexo, mas apenas con-versar. «Há sempre uma psi-cologia envolvida. Eu faço di-nheiro, mas o dinheiro não me faz», salienta.

«Há muitos homens ca-rentes e frustrados, que não têm sexo aberto na casa. Há

ainda muitos que gostam de se vestir de mulher, com feti-ches e dupla sexualidade. É o caso da maioria dos ingleses, mesmo casados e com na-morada», afirma. Já os por-tugueses têm motivações di-ferentes: «talvez até tenham em casa o que querem, mas gostam de trair. Não são fi-éis!», sublinha.

Admite que toda a famí-lia no Brasil sabe o que faz aqui em Portugal. Salvaguar-da os filhos. «É uma questão de respeito». Não quer que se revoltem.

Com o dinheiro que ga-nhou conseguiu pagar a for-mação superior de uma irmã e dos filhos. «Com muito sa-crifício formei uma irmã», refere. Contempla toda a si-tuação como «um projeto de vida». «Ajudei a minha irmã e filhos, e neste momen-to, tenho três propriedades no Brasil», fruto do dinhei-ro que investiu. Traçou o ob-jetivo de trabalhar mais dois anos para depois viver das poupanças e investimentos. «Estabilizar a vida em Portu-gal com os filhos e ser feliz» é o que mais ambiciona.

Sobre o projeto «Mada-

lenas II» do MAPS, sublinha: «precisamos muito dele. São pessoas fundamentais e fa-zem um trabalho sério. Sa-bem que todas chegam lá meio tímidas mas fazem sen-tir-nos à vontade».

«Sempre que posso vou buscar preservativos para mim e para as meninas. Não ‘fico’ sem preservativo!»

«Roberta» elogia ain-da as consultas médicas: «a doutora sabe o que fazemos e consigo expor o que sinto! Sinto-me à vontade para fa-lar abertamente de questões de saúde relacionadas com minha atividade profissional, sem estar sujeita a julgamen-tos. Infelizmente, muitas mu-lheres ainda não se cuidam».

A instituição surge como uma das principais fontes de apoio de «Roberta», que ex-plica «tratam-nos bem e dão--nos muita força. Também já recorri ao apoio psicológico. Preserva-se muito a saúde. Sinto-me orientada. Se não fosse a sua existência, ha-veria muita gente a praticar sexo de forma incorreta e a contaminar-se. Se houver al-gum problema sei que posso contar com eles».

nar-lhes a qualidade de vida que nunca tiveram. Associa-do a isso está uma profissão que não tem dignidade? Sim! Mas para elas isso não tem importância porque a verten-te financeira compensa», evi-dencia.

No entanto a realidade está a mudar. «Existem tam-bém muitas mulheres trafi-cadas. Temos contacto com estes casos. São identifica-dos porque são denunciados pelas próprias mas logo de-pois surge um arrependimen-to. Ou porque há uma rela-ção afetiva com a pessoa que a explora ou porque há amea-ças», explica Coutinho. Conti-nua dizendo que «o nosso tra-balho é a disponibilização dos serviços para a prevenção. Se interferimos numa rede per-demos o contacto com todas e perde-se a relação de confian-ça. Nós não somos polícias, mas claro que a partir do mo-mento em que a trabalhadora diz “estou numa rede, preciso da vossa ajuda” nós estamos lá para ajudar», conclui.

«Defendemos a educa-ção para a saúde. O nosso trabalho é sensibilizar, edu-car e informar. A palavra-cha-ve é “acesso”. Muitas das tra-balhadoras que recorrem ao

Projeto «As Madalenas»Utentes: 433 Consultas médicas:143 Citologias: 85 Testes rápidos: 131 Análises de sangue: 86 Gabinete jurídico: 17 Gabinete psicologia: 7 Média utentes/mês: 105 Material distribuído: 97.244

Vera Sebastião, coordenadora do projeto «Madalenas II», na distribuição de material efetuada durante o trabalho de rua

projeto estão ilegais. Não po-dem ter uma consulta médi-ca. E mesmo as legais, não se querem identificar como tra-balhadoras sexuais perante um médico. O nosso objetivo é prestar esse acesso de for-ma igual a todos. O ganho de saúde não é só para a traba-lhadora, é para todos! As boas práticas replicadas garantem a saúde de muitas outras pes-soas», sublinha. «Somos, mui-tas vezes, a única oportunida-de que têm de ter uma con-versa normal. Levamos con-nosco muito mais do que ape-nas preservativos», conclui.

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ATUAliDADE

barlavento Nº 1975, 10-09-2015

ANÚNCIOCADUCIDADE DAS LICENÇAS

DE FUNCIONAMENTO N.º 03/97 E 04/97

Nos termos do artigo 40.º do Decreto-Lei n.º 64/2007, de 14 de março, com a redação conferida pelo Decreto-Lei n.º 33/2014, de 4 de março, Ofélia Ramos, Diretora de Segurança Social de Faro, faz público que por despacho por si exarado em 12 de março de 2015, foi determinada a caducidade das licenças de funcionamento n.ºs 03/97 e 04/97, para o estabelecimento Colégio A Feitoria, sito na Rua António Dias Cordeiro, n.º 5, 8500-559 Portimão, nos seguintes termos:Entidade gestora – CREMP – Centro de Reeducação Médico Pedagógica, Lda., com morada na Rua António Dias Cordeiro, n.º 5, 8500-559 Portimão;Atividades exercidas no estabelecimento – Atividades de Tempos Livres e Creche;Capacidade máxima: Vinte (20) utentes em Atividades de Tempos Livres e vinte e cinco (25) utentes em creche.Faro, 14/07/2015

A Diretora de Segurança Social,Ofélia Ramos

barlavento Nº 1975, 10-09-2015

ANÚNCIOCADUCIDADE DAS LICENÇAS

DE FUNCIONAMENTO N.º 01/01 E 06/04

Nos termos do artigo 40.º do Decreto-Lei n.º 64/2007, de 14 de março, com a redação conferida pelo Decreto-Lei n.º 33/2014, de 4 de março, Ofélia Ramos, Diretora de Segurança Social de Faro, faz público que por despacho por si exarado em 14 de maio de 2015, foi determinada a caducidade das licenças de funcionamento nºs 01/01 e 06/04, para o estabelecimento Colé-gio do Parchal, sito na Travessa da Saudade/Combatentes de Angola, n.º 22, Parchal, nos seguintes termos:Entidade gestora – Diensino Educação e Lares de Idosos, Lda., com morada no Sítio dos Castelos, Lote 4, Loja 2, Praia da Rocha, 8500-806 Portimão;Atividades exercidas no estabelecimento – Creche e Ativi-dades de Tempos LivresCapacidade máxima: Trinta e seis (36) utentes em creche e dez (10) utentes por turno em Atividades de Tempos Livres.Faro, 10/07/2015

A Diretora de Segurança Social,Ofélia Ramos

Algarve volta a mostrar o que o Mar tem de melhor

Debater ideias, colocando à mesa o carapau, a cavala e o polvo são as propostas do Mar Algarve Expo, que, este ano, aposta em show cookings para dinamizar os produtos do marO maior evento, relacionado com o Mar, que se realiza a sul do Tejo está marcado para o primeiro fim de semana de outubro, na Escola de Hote-laria e Turismo do Algarve, em Faro. Assim, entre os dias

1 e 3, haverá show cookings, workshops, debates, e novida-des na área de exposição des-ta feira. Segundo o programa provisório, a abertura do es-paço dedicado às conferên-cias deverá contar com a par-

ticipação do secretário de Es-tado do Mar Manuel Pinto de Abreu, no dia 1, às 10h30. No dia 2, às 12h30, estará em de-bate «Os desafios e propostas de futuro para o mar portu-guês», seguindo-se, à tarde, o

seminário «Oportunidade de emprego no Mar - Um futuro para os jovens».

Nos três dias de progra-ma, a cavala, o polvo e o ca-rapau serão alguns dos in-gredientes reis dos diversos show cookings agendados.

No espaço expositivo des-te certame participam dife-rentes entidades como a Ad-ministração dos Portos de Si-nes e do Algarve, a Caixa de Crédito Agrícola, a Docapes-ca, municípios de Faro, Tavi-ra, Loulé ou Portimão. Os vi-sitantes vão poder encontrar também vários centros de mergulho, numa área dedica-da a esta atividade, com uma piscina para experiências de mergulho. Em relação a esta temática, o grupo do Hospital Particular do Algarve realiza-rá um seminário sobre a Me-dicina Hiperbárica no contex-to da prática do mergulho.

O evento aposta em ativi-dades organizadas pelo Cen-tro de Ciência Viva do Algar-ve ou pela Associação Prote-ger o Lixo Marinho.

25 mil utentes vão ter médicos de famíliaA Administração Regional de Saúde do Algarve con-tratou, na passada semana, 16 médicos de medicina ge-ral e familiar para os Agru-pamentos de Centro de Saú-de (ACES). Os profissionais já estão em funções, estan-do quatro no ACES Central e outros quatro no Agrupa-mento do Barlavento. Foi também contratado um mé-dico para trabalhar no ACES do Barlavento, no âmbito do

concurso nacional lançado em março. A ARS do Algarve recrutou outro profissional para o ACES Central, em re-gime de mobilidade e adiou ainda os contratos com seis médicos aposentados que continuam a trabalhar, por mais três anos, nas respeti-vas unidades funcionais dos ACES. Estas medidas vão permitir atribuir médicos de família a um universo de 25 mil utentes.

Câmara compra complexo desportivo do Beira Mar de Monte Gordo

A Câmara Municipal de Vila Real de Santo António, atra-vés da sua empresa munici-pal, adquiriu em hasta pú-blica o Complexo Desporti-vo de Monte Gordo, antiga propriedade do GD Beira--Mar, colocado a leilão du-rante a insolvência do clube. O equipamento, que custou 165 mil euros, tem em con-sideração a importância do complexo para o desporto em Monte Gordo, procura-da, sobretudo, pelas cama-

das jovens e de formação.«A compra permite ao

município ser detentor de um ativo estratégico que ampliará o seu património», salienta Luís Gomes, pre-sidente da Câmara de Vila Real de Santo António. O complexo tem uma área de 17500 metros quadrados, com bancadas, bar e imóveis de apoio. A autarquia ten-ciona utilizá-lo para a ativi-dade desportiva, como o fu-tebol sénior e juvenil.

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Já está em marcha a 13ª edição do Dia da Porta Aberta, evento que ocorre duas vezes por ano na propriedade vinícola Quinta dos Vales, em Estômbar, concelho de Lagoa.O Dia da Porta Aberta está marcado para domingo, 4 de outubro, a partir das 11 ho-ras. Ao longo do mesmo, os vi-sitantes poderão desfrutar de espetáculos de dança e mú-sica ao vivo, apresentações equestres e de aves, e tam-bém de uma mostra de arte-

sanato e de produtos regio-nais. Na sua essência, a Quin-ta dos Vales combina a cria-ção de vinho e arte, e como tal haverá também workshops e artistas a trabalhar ao vivo, criando algumas das suas pe-ças ao longo do evento.

A propriedade vinícola

lançou recentemente algu-mas novidades, tais como os primeiros vinhos Reser-va da marca Marquês dos Va-les, disponíveis nas varieda-des branco e tinto, e também o seu primeiro vinho Frisante Branco e Rosé. Estas estarão disponíveis para prova, assim

Quintas dos Vales prepara novo Dia Aberto

como as outras referências já conhecidas do público.

Além das recentes adi-ções à vasta gama de vinhos, destaca-se a criação do «Ter-raço do Picadeiro», um novo espaço exterior, ideal para eventos ao ar livre, festas pri-vadas e churrascos. Por ou-tro lado, a coleção de escultu-ras e peças de arte em exposi-ção nos jardins e terrenos ad-jacentes foi também aumen-tada, com a mais recente ins-talação artística de grande di-mensão «Globos Multifaceta-dos», composta por 15 esfe-

ras diferentes, nas quais fo-ram representados os cinco continentes em três diferen-tes ângulos: a sua população, a sua natureza e as suas ca-racterísticas.

Além deste projeto de maior envergadura, que será apresentado ao público pela primeira vez, novas escultu-ras de pedra e em forma de animais irão surpreender os visitantes.

A entrada no recinto é gratuita e não requer nenhum tipo de marcação, podendo ser visitado livremente.

faro quer ser capital da culturaFaro quer ser a Capital Europeia da Cultura em 2027, segundo anunciou o autarca Rogério Baca-lhau, no discurso oficial do Dia da Cidade, 7 de setem-bro. Guilherme de Oliveira Martins lidera a comissão de honra da candidatura.

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EDUcAção

«A perspetiva que temos é que o arranque do ano esco-lar será muito complicado de-vido à falta de pessoal auxiliar, o que já é recorrente todos os anos», prevê Rosa Fran-co, questionada sobre o que preocupa o Sindicato da Fun-ção Pública do Sul, numa altu-ra em pais e alunos entram na contagem final para o regres-so às aulas.

«O Ministério da Educação deu autorização para a aber-tura de concurso para colocar pessoal não-docente nas es-

colas. Para o Algarve abriram 84 vagas. São apenas para as escolas secundárias, pois as EB23 dependem das autar-quias», diz, estimando uma ca-rência regional para mais de uma centena de auxiliares.

Por exemplo, «abriu agora concurso com três vagas para a Tomás Cabreira, em Faro. Ora o mega agrupamento tem várias escolas, com muita fal-ta de pessoal, quer a Secundá-ria, quer as outras que a en-volvem».

Esta dirigente sindical an-

tevê o recurso a desemprega-dos para colmatar a falta de auxiliares, opção que a seu ver não é ideal. «Lidar com miú-dos e com pequeninos é mui-to complicado», quando não se tem experiência.

«O setor da educação do meu sindicato faz todos os anos a denuncia desta situa-ção ao Ministério da Educa-ção. Já enviamos o alerta», no final de agosto através da Fe-deração de Sindicatos da Fun-ção Pública. «O Ministério não responde. O que a gente vê

são as grandes parangonas de milhões, que vão para o setor privado, e o público está a ar-der», conclui.

Já Ana Simões, do Sindica-to de Professores da Zona Sul (SPZS), disse ao «barlavento» que «em relação ao arranque do ano escolar, foram deteta-das algumas complicações ao nível da colocação» dos do-centes que são colocados em duas listas simultaneamente

(contratação inicial e bolsa de contratação de escola).

A dirigente lamenta que não haja ainda uma lista única de contratação de docentes, e que segundo um estudo re-cente da FENPROF, os vários sistemas «atrasam entre um mês a mês e meio a colocação de professores nas escolas».

«Achamos que estes pro-blemas foram assumidos pelo Ministério da Educação ao ini-

ciar o ano letivo mais tarde».A 30 de setembro haverá

uma conferência de imprensa a nível nacional, «mas pode-mos já adiantar que o núme-ro de alunos com necessida-des especiais que o Ministério assumiu para as escolas é 78 mil. E a colocação de professo-res ronda os 5000. Isto é um número muito insuficiente».

O «barlavento» tentou ainda contactar o delegado da Direção-geral dos Estabe-lecimentos Escolares do Al-garve Francisco Marques so-bre a abertura do ano escolar, mas até ao fecho desta edição, na terça-feira passada, dia 8 de setembro, não obteve uma resposta.

CCAM do Algarve CRL

ASSEMBLEIA GERAL ELEITORAL

ANÚNCIONos termos do artigo 20.º, n.º 3, dos Estatutos e do art.º 2.º, n.º 2, alínea b) e n.º 3 do Regula-mento Eleitoral, informo os Associados da CAIXA DE CRÉDITO AGRÍCOLA MÚTUO DO AL-GARVE C.R.L., com sede na Rua de Santo António nº 123 em Faro, matriculada na Conser-vatória do Registo Comercial de Faro e pessoa colectiva sob o nº 503 437 131, com o capital social realizado de € € 6.151.675,00 (variável), que no próximo mês de Dezembro de 2015, em data a fixar oportunamente, se realizará uma reunião extraordinária da Assembleia Geral com o fim de eleger os membros da Mesa da Assembleia Geral e do Conselho Consultivo.

A eleição far-se-á de entre listas que, além de satisfazerem os requisitos definidos no art.º 20.º dos Estatutos e os demais requisitos legais, sejam remetidas ao Presidente da Mesa da As-sembleia Geral até ao fim do corrente mês de Setembro.

Os Estatutos e o Regulamento Eleitoral podem ser consultados na sede da Instituição, nos ser-viços administrativos em Moncarapacho e na agência de Portimão

Faro, 8 de Setembro de 2015

O Vice- Presidente da Mesa da Assembleia Geral

(Dr. Rogério Gregório da Silva)

barlavento Nº 1975, 10-09-2015

Arranque do ano letivo preocupa sindicalistasO regresso às aulas, como já tem sido hábito, promete dar que falar pelos piores motivos. Confusão na colocação de professores, falta de pessoal auxiliar e colocação de desempregados sem experiência no meio escolar são as principais preocupações dos sindicatos

TEXTo Bruno Filipe Pires

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rEGionAl

Elisa Malheiro, 39 anos, li-cenciou-se em gestão hote-leira. Durante anos trabalhou em prestigiados hotéis, tanto em Portugal, como em Itália e Sardenha, em lugares de che-fia. No ano passado, ficou de-sempregada.

Um dia, passou pela rua Direita, em Portimão, olhou para aquela pequena loja va-zia, no número 25, e pensou que era ali que iria começar o seu negócio: comercialização de produtos algarvios, mui-tos deles desconhecidos do

grande público, ou de difícil acesso.

Correu a região de uma ponta à outra, na descober-ta do mais genuíno, e encon-trou alcagoitas e a manteiga feita à base das mesmas em Aljezur. Azeite algarvio pre-miado internacionalmente, o Monterosa, na zona de Mon-carapacho. Depois, foi até ao Azinhal, em plena serra do Caldeirão, concelho de Cas-tro Marim, descobrir o quei-jo fresco e os iogurtes feitos de leite de cabra algarvia. E a

flor de sal, o sal marinho na-tural, com ou sem especia-rias, o sal líquido para tem-perar no prato. De Vila Real de Santo António, chegam a estopeta de atum, a muxa-ma, os biqueirões estibados e os alimados. De Tavira, as azeitonas. Depois, encontra-mos mel, fumados, doces, fei-jão, grão, milhos, pão, bolos e biscoitos caseiros. E há muito mais, até sabonetes de fabri-co artesanal.

Mas o melhor mesmo é visitar e escolher...

A Mercearia do Algarvefica em PortimãoExcetuando o café, que o Algarve não produz, tudo o que encontramos neste estabelecimento é algarvio. Até o sorriso e a boa disposição da sua proprietária

TEXTo E foTo José Garrancho

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INATEL debate «Turismo para Todos» em Albufeira

«Turismo para Todos» é o tema que vai estar em discussão em Albufeira, de 21 a 23 de outubro. Depois de Blakeenberge, na Bélgica, é a vez do Algarve receber o Fórum Europeu da OrganizaçãoInternacional de Turismo Social (OITS). O «barlavento»conversou com Fernando Ribeiro Mendes, presidente do conselho de administração da Fundação INATEL, que acolhe e organiza este evento bienal

TEXTo Bruno Filipe Pires

Na perspetiva do INATEL, o que significa «Turismo para todos»?Fernando Ribeiro Mendes: Evoluiu-se da expressão «Tu-rismo Social» para «Turismo para Todos» por diversas ra-zões. Por um lado, porque a primeira designação reme-te para turismo subsidiado, o que é de facto muito redu-tor. É um turismo social, mas também que se quer respon-sável e sustentável, inclusivo e ecológico. É para todos, res-peitando para todas as bolsas, diferenças de interesses e de apetências por experiências diversificadas.

Porquê a escolha do Algarve em outubro?A OITS decidiu que este ano a organização deveria caber a Portugal e à nossa Funda-ção. Entre outras motivações, pretendeu conferir uma mar-ca internacional às comemo-rações dos 80 anos da INATEL que decorrem em 2015. Pesou na decisão o facto de possuir-mos um excelente equipamen-to hoteleiro em Albufeira, que é uma referência europeia no Turismo para Todos. E as ex-celentes relações com a au-tarquia, que desde logo nos apoiou cedendo gratuitamen-te o seu Auditório Municipal. Finalmente, assumimos que o Algarve é uma região com grandes potencialidades para o turismo fora da época alta, altura em que esta tipologia de turismo mais se realiza. Have-rá conferencistas e operadores de Portugal, Espanha, Itália, França, Bélgica, Reino Unido, Alemanha, Hungria e Brasil. Queremos que eles sintam que em outubro é possível passar excelentes férias no Algarve.

Quem são os principais des-tinatários do evento e quais as vossas expetativas de participação?Todos os membros da OITS, que são atualmente, 150 em 35 países da Europa, Améri-

prioridades para o Turismo So-cial e que ainda hoje se encon-tram na base de muitas discus-sões projetos a nível europeu.

Vai ser apresentado algum projeto em primeira mão? Mais que projetos em primei-ra mão, que também haverão, o mais importante será a tro-ca de experiências internacio-nais de sucesso que os orado-res trarão. Do nosso lado, ire-mos apresentar a nova ferra-menta que vimos desenvol-vendo, o Portal PortuGo que irá tornar acessível a toda a gente a oferta de turismo res-ponsável e sustentável exis-tente em Portugal.

Qual é a relação atual do INATEL com o Algarve? E relativamente ao resto do país, que papel tem esta instituição no turismo e na vida dos portugueses hoje?A Fundação INATEL tem uma Unidade Hoteleira com 327 quartos em Albufeira desde 1960. Além desta unidade, re-alizamos anualmente dezenas de viagens turísticas para o Algarve com origem em todo o país. A Fundação tem tam-bém no Algarve trabalho de décadas na Cultura Imaterial e no desporto para todos, no-meadamente na organização de campeonatos desportivos.

Quando se ouve falar de INA-TEL a maioria das pessoas pensam na terceira idade. Os jovens acabam por bene-ficiar do que esta institui-ção tem para oferecer?O público sénior tem efetiva-mente uma grande confian-ça, o que é, para nós, motivo de orgulho. Os jovens benefi-ciam de programas que lhes são mais dirigidos, por exem-plo na área do Turismo Natu-reza, Turismo e Voluntaria-do ou Escapadinhas. A Funda-ção INATEL tem cerca de 200 mil associados e três áreas de ação: Turismo, Desporto e Cultura, para todas as idades.

ca e África. São essencialmen-te organizações privadas e pú-blicas com e sem fins lucrati-vos que incluem organizações turísticas, proprietários de unidades hoteleiras, pousadas da juventude, agências e ope-radoras, sindicatos, coopera-tivas, ONGs, instituições edu-cacionais e organizações ofi-ciais de turismo. Além destes destina-se também a opera-dores turísticos, autoridades locais e regionais, administra-ções nacionais de turismo ou estudantes de turismo, eco-nomia e gestão. Contamos ter cerca de 200 conferencistas.

O Turismo Acessível tam-bém é um tema em debate?Sim, é uma obrigatorieda-de para melhorar a oferta a este nível no contexto euro-peu. Dado que o mote do fó-rum é «inovação» será discu-tido num workshop como tor-nar plataformas digitais de tu-rismo mais acessíveis, numa perspetiva prática.

Que gostariam que resul-tasse deste fórum? O Fórum propõe-se concen-trar-se sobre o tema da inova-ção, através de três áreas de in-tervenção: Responsabilidade Social Corporativa, Novas Tec-nologias e Inovação em Pro-gramas e Produtos. Gostaría-mos que, através da partilha de experiências, os conferen-cistas saíssem do Algarve com mais ferramentas para inova-rem o sector. Do último even-to saiu um documento que foi entregue em Bruxelas, no Par-lamento Europeu, com as 10

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TEXTo Ana Sofia Varela

Ideia é atrair visitantes, dinamizar a cidade e diversificar as atividades culturais da recém

batizada Junta de Freguesia

São Gonçalo de Lagos estreia-se em encontros de colecionismo

Quem ainda não se inscre-veu no I Encontro Nacio-nal de Colecionismo Cidade de Lagos, pode e deve fazê--lo nos próximos dias, pois a data de inscrição foi prolon-gada para 20 de setembro. A oportunidade de mostrar, trocar e conviver, durante o fim de semana de 26 e 27 des-te mês, estreia-se por iniciati-va da Junta de Freguesia de São Gonçalo de Lagos.

O encontro permite a livre troca e venda de artigos cole-cionáveis e terá lugar no Ar-mazém Regimental de Lagos, situado junto à Praça do In-fante, estando aberto, no sá-bado, entre as 9 e as 23 horas, e, no domingo, entre as 9 e as 18 horas. Uma das lembran-ças, como desvendou a orga-nização ao «barlavento», será a oferta, no final do encontro, de uma série inédita de dez pacotes de açúcar com ima-

gens alusivas a Lagos. Uma pequena e exclusiva coleção onde não falta sequer a ima-gem da Estátua do Infante D. Henrique, do patrono da ci-dade São Gonçalo de Lagos, da Meia-praia ou da Janela de São Sebastião.

Ao «barlavento» a organi-zação explicou que este even-to surge «como uma forma de dinamizar a cidade e diversi-ficar as atividades culturais da Junta de Freguesia», apro-ximar os colecionadores re-sidentes no Algarve e incen-tivar as visitas de pessoas de outros pontos do país.

Apesar de não existir um levantamento concreto so-bre quantos colecionado-res existem no Algarve, esta é «uma forma de mobilizar os existentes no concelho» e na região já que podem par-ticipar pessoas que juntem qualquer tipo de item, desde

selos a postais, pacotes de açúcar a outros objetos. A or-ganização garante que haverá espaço para todos. E confor-me o número de inscritos, po-derá «ter que se definir uma estratégia para organizar o tipo de coleções» presentes no evento.

«A diversificação de expe-riências poderá levar a que os possíveis interessados no Al-garve tenham mais vontade em participar», avança a or-ganização.

Para já, a organização promete «um grande momen-to de convívio, de novas ami-zades e muitas trocas entre os presentes».

O encontro é realizado em dois dias por «Lagos ser uma cidade muito visitada por tu-ristas», que gostam de cole-cionismo. Assim, a Junta de Freguesia tomou esta deci-são para que o evento possa ter mais visibilidade, haven-do mais tempo para as trocas, os contactos, as vendas.

Por ser uma estreia, o pri-meiro encontro servirá tam-bém como experiência. No fu-turo, a duração e a escolha da data ficará dependente do su-cesso desta primeira edição. Tudo depende de conversas com os participantes ou da

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escolha de outra data, onde os dois dias sejam mais viáveis».

A verdade é que o colecio-nismo é mais expressivo no centro e norte do país, com um elevado número de en-contros a norte do Tejo. No Algarve, apenas há uma ini-ciativa semelhante em Vila Real de Santo António. A Bar-lavento quase não havia, até esta data, promoção deste tipo de iniciativas, com carác-ter nacional.

O evento está a ser orga-nizado com o apoio da Câma-

ra de Lagos, na logística, e do Exército, que cede as instala-ções, onde se realiza o encon-tro. A organização deixa ain-da «um agradecimento espe-cial a um membro da Assem-bleia de Freguesia e aos fun-cionários que têm ajudado na organização deste evento».

A iniciativa é gratuita, até porque a Junta de Freguesia não pode ter receita sobre os eventos que realiza. O único custo será fazer a inscrição, por isso é só ir espreitar as re-líquias que se podem encon-

trar neste primeiro Encontro Nacional de Colecionismo Ci-dade de Lagos.

A inscrição é gratuita, sen-do apenas necessário pagar o almoço convívio, que é op-cional. Quem quiser partici-par pode preencher o boletim disponível em www.fregue-sialagos.pt e enviar por cor-reio para a Junta de Fregue-sia de São Gonçalo de Lagos, Rua das Juntas de Freguesia, lote 12 – r/c, 8600-706 Lagos ou para o email [email protected]

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Câmara Municipal

barlavento Nº 1975, 10-09-2015

EDITAL Nº 101/2015HASTA PÚBLICA

ALIENAÇÃO DE VEÍCULOS EM FIM DE VIDA, RECOLHIDOS DA VIA PÚBLICA

Maria Joaquina Baptista Quintans de Matos, Presidente da Câma-ra Municipal de Lagos:Faz público que, em conformidade com o despacho do Senhor Vereador Paulo Jorge Correia dos Reis, datado de 26/07/2015, exarado no uso da competência prevista na alínea qq) do nº 1 do artº 33º da Lei nº 75/2013, de 12 de Setembro, subdelegada por meu despacho de 22/10/2013, se vai proceder a hasta pública para alienação de veículos em fim de vida recolhidos da via pública.- Valor Base de Licitação: Vide programa do procedimento- Esclarecimentos e obtenção do programa do procedimento: Para quaisquer esclarecimentos ou obtenção do programa do procedimento, deverão os interessados dirigir-se ao Gabinete do Munícipe, sito no Edifício dos Paços do Concelho Séc. XXI, Praça do Município, em Lagos, todos os dias úteis das 9h. às 17H00 – telef. 282 771 700.- Concorrentes: Podem intervir na praça os Operadores de Gestão de Resíduos não Urbanos, devidamente licenciados na Área da Gestão de Veículos em Fim de Vida e no Transporte Rodoviário de Veículos em Fim de Vida.- Local e data da realização da hasta pública: Auditório Municipal, sito no Edifício dos Paços do Concelho Séc. XXI, Praça do Município, em Lagos, no dia 24 de Setembro de 2015, 15h.E, para geral conhecimento se publica este e outros de igual teor que vão ser afixados nos lugares públicos do costume.Lagos, 2 de Setembro de 2015.

A Presidente da Câmara,Maria Joaquina Baptista Quintans de Matos

Afixado em 03/09/2015

Almargem critica central Solar de AlcoutimProjeto «desajustado, insustentável e pouco credível». A Almargem emitiu um parecer desfavorável sobre o Estudo de Impacte Ambiental (EIA) da Central Fotovoltaica de Alcoutim cujo prazo de discussão pública terminou na passada sexta-feira, 4 de setembro«Em causa está a construção de uma mega central solar, que implica a ocupação e des-truição completa de uma área de serra com 600 hectares e a instalação de cerca de 2,4 mi-lhões de painéis fotovoltaicos, para produção de 220 MW de energia elétrica, mais de qua-tro vezes a potência instala-da na Central Solar da Ama-releja», segundo explica a as-sociação ambientalista com sede em Loulé, em nota de imprensa.

Apesar de não esconder seu apoio ao «incremento dos sistemas de produção de energia não dependentes de combustíveis fósseis», os am-bientalistas argumentam que «num território como o Al-garve, é preferível que se opte por implementar centrais so-lares mais pequenas, em zo-nas agrícolas abandonadas ou sem valor conservacionis-ta, perto dos locais de con-

sumo, onde todos os interve-nientes possam ter benefícios e os impactes negativos se-jam consideravelmente muito mais reduzidos».

Neste caso, segundo a Al-margem, a nova central vai «ocupar um território onde a orografia é extremamen-te acidentada e desadequa-da para um projeto deste tipo. Além disso, existem aí núcle-os de grande importância ar-queológica, mas ainda pouco estudados, assim como valo-res naturais e paisagísticos a preservar. Em especial, está aqui em causa a destruição de vários habitats protegidos por legislação nacional e co-munitária, bem como o aba-te de milhares de sobreiros e azinheiras, espécies protegi-das por lei, para além da mor-te inevitável de muitos milha-res de exemplares da fauna terrestre presente no local», denunciam.

Finalmente, os ambien-talistas consideram que «a tecnologia prevista» está «já um pouco obsoleta, existindo equipamentos mais eficien-tes no mercado, capazes de produzir a mesma quantida-de de energia, mas num hori-zonte territorial mais reduzi-do, o que inevitavelmente iria ajudar a diminuir o respetivo impacte ambiental».

Via Algarviana afetadaUm outro aspeto relevante destacado no parecer da Al-margem, «tem a ver com a afetação direta de um sector da Via Algarviana, entre Va-queiros e as Furnazinhas, o que certamente provocará uma menor procura por par-te dos potenciais caminhan-tes nada interessados em ter de atravessar uma instalação industrial desta dimensão».

Por outro lado, «o investi-mento financeiro previsto de

Lagos apoia Via AlgarvianaA Câmara Municipal de La-gos atribuiu um subsídio de cerca de 1800 euros à Almargem para apoiar o funcionamento da equipa responsável pela gestão e manutenção desta rota. A autarquia lacobrigense considera que a Via é «uma importante estrutura e um fator adicional de atração e promoção da região al-garvia, no segmento do turismo de natureza, e um complemento relevante ao produto tradicional sol e praia». A ligar Alcoutim ao Cabo de São Vicente, a Via somou recentemente cinco ligações e 12 novos percursos complementa-res, num total de 800 qui-lómetros.

Lota de Portimão reabilitadaA requalificação do Porto de Pesca de Portimão já co-meçou, contemplando um conjunto de três emprei-tadas, e ascendendo aos 800 mil euros. Segundo a Docapesca está a avançar a renovação do edifício da lota, com substituição da cobertura, circuitos, pavi-mentos, redes, bem como a nova fábrica do gelo e a recuperação do cais. O in-vestimento enquadra-se no Promar, completando uma intervenção anterior, ao nível da nova captação de água salgada. Já a Sota-vento, está concluída a re-qualificação da lota de Vila Real de Santo António.

mais de 200 milhões de eu-ros, destina-se essencialmen-te à aquisição de equipamen-to importado, não se preven-do um contributo económi-co ou social muito significati-vo para a zona de Vaqueiros, Martim Longo e Alcoutim».

Em jeito de conclusão, «as medidas compensatórias previstas são absolutamente irrisórias e desajustadas face

à dimensão do projeto, tendo também existido uma grande carência de informação rela-tivamente aos contornos que o envolvem e, em particular, no que respeita à desconhe-cida empresa promotora, de-tentora de um capital social diminuto e que preferiu não dar a cara pelo projeto pe-rante as populações da zona afetada».

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Paul Taylor, CEO do Vilamou-ra World, ainda esboçou algu-mas palavras em português, mas logo prosseguiu o inten-so discurso na sua língua na-tiva, o inglês. Aliás, este deve-rá ser um dos idiomas mais ouvidos em Vilamoura, ago-ra que o fundo de investimen-to privado norte-americano «Lone Star» irá trazer 1000 milhões de euros ao abrigo do «Master Plan», apresentado esta terça-feira, 8 de setem-bro, na Marina de Vilamoura.

A segunda fase do empre-endimento prevê uma inter-venção em 400 hectares, dis-ponibilizando 18 projetos, com áreas de desenvolvimen-to que variam entre os 1,5 e os 168 hectares, combinando usos residenciais, de lazer, tu-rismo e retalho.

Paul Taylor puxou de to-dos os galões para demons-trar o enorme potencial de Vi-lamoura. «Temos uma área de 1700 hectares. Oito vezes o tamanho do Mónaco e maior que a cidade de Londres. Este é, por isso, um grande proje-to. Temos 12 hotéis, 5 cam-pos de golfe, 2 praias, dias in-termináveis de sol e a marina número um da Europa. Acre-ditamos que Vilamoura tem todo o potencial necessário para ser o resort líder na Eu-ropa, e é essa a ambição do Master Plan que aqui apre-sentamos», afirmou.

Tudo isto será possível através de quatro medidas: «um rebranding e reposicio-namento, atrativas propostas de investimento, um ousado Master Plan e variados planos e projetos que vão transfor-mar e melhorar a Marina de Vilamoura», descreve.

«É o maior projeto de in-vestimento num resort em Portugal. É arrojado, desa-fiante e ambicioso» e, adian-tou, que pretende atrair «mais investidores a apostar em Vilamoura».

Enumerou também as «consequências positivas» como «a criação de milhares

de empregos diretos e indi-retos» e mais «receitas de im-postos». Exemplificou, refe-rindo que «95 por cento da equipa que constitui a minha empresa é portuguesa: arqui-tetos, advogados, consultores financeiros».

Em relação à marina, a grande novidade será a cria-ção de um edifício icóni-co. Considera que a Marina é a «montra para o mundo» e quer, por isso, criar uma «das maiores, icónicas e me-moráveis estruturas de edifí-cio à entrada na Marina. Que-ro que as pessoas vejam uma fotografia deste edifício icó-nico e automaticamente di-gam: isto é a Marina de Vila-moura. Será a nossa imagem de marca».

«Neste momento, temos investidores e marcas a fa-zerem fila para poderem in-vestir no nosso projeto, an-tes mesmo de o termos come-çado! E isto é fantástico. Te-mos investidores, um plano e a visão. A partir de hoje po-derão assistir a tudo isto com os vossos olhos. Vamos criar uma nova dimensão e uma nova Vilamoura», prometeu.

«Vilamoura Lakes» substi-tui «Cidade Lacustre»Frederico Pedro Nunes, Chief Development Officer da Vi-lamoura World, apresentou o novo Master Plan referin-do que «abrange quatro mi-lhões de metros quadrados, o que equivale sensivelmente a 550 campos de futebol e com 700 mil metros quadrados de área de construção já aprova-dos. Criámos seis temas de li-festyle que refletem a diversi-dade de aspirações dos nos-sos clientes. São eles o «Vila-moura Active», que promove projetos ligados ao desporto e atividades ao ar livre; o «Vi-lamoura Golf» que combina o uso residencial e de turismo com os melhores campos de golfe da Europa; o «Vilamou-ra Village», que representa a base da nossa oferta resi-

Master Plan de Vilamoura traz 1000 milhões de euros de investimentoTEXTo E foToS Sara Alves

dencial; o «Vilamoura States», com a melhor oferta de mora-dias de luxo no Algarve com paisagens naturais, exclusivi-dade e privacidade; o «Vila-moura Lakes» que vem subs-tituir o famoso projeto «Cida-de Lacustre»; e o «Vilamoura Marina», a número um da Eu-ropa e o coração de Vilamou-ra, acreditamos que aumen-tar a sua qualidade e oferta vai atrair mais investimento», salientou.

Acrescentou ainda que «consideramos duas compo-nentes fundamentais: produ-tos de design contemporâ-neo da mais alta qualidade e um firme compromisso com o ambiente e de respeito pela

sustentabilidade ambiental. Queremos ser inovadores e temos nesta fase já cinco pro-jetos prontos para venda. É o renascer de uma nova e mais vibrante Vilamoura. Podemos voltar a afirmar que Vilamou-ra está aberta ao negócio».

Vítor Aleixo, presidente da Câmara Municipal de Lou-lé, demonstrou a sua satisfa-ção perante o investimento e relembrou que «Vilamou-ra apresenta um conjunto de atrativos essenciais para ser classificada como um dos melhores destinos turísticos da Europa». No entanto, evi-denciou que «no sentido da garantia da qualidade, planos desta e de outra natureza que

interferem com o território, devem contribuir para pro-mover e assegurar quatro di-mensões: reequilíbrio terri-torial e estruturação urbana, procura de novas economias, investidores e novas parce-rias, qualificação e diversifi-cação do turismo e a salva-guarda e valorização do pa-trimónio cultural e a susten-tabilidade».

Aproveitou ainda a oca-sião para sublinhar que «ofe-recer um turismo de qualida-de implica igualmente criar estruturas de retaguarda que garantam os apoios necessá-rios à sua oferta. Assim te-nho uma forte convicção que o próximo governo de Portu-

gal construirá o tão desejado Hospital Central, no Parque das Cidades, pois será inega-velmente, um valor acrescen-tado para toda a oferta turís-tica. Comigo esta será sempre uma bandeira deste municí-pio. O Hospital Central do Al-garve assume uma posição e importância estratégica que, enquanto autarca, sempre farei questão de colocar na agenda política de todos os governantes a nível central».

Por último, acrescentou que a par do lançamento da primeira pedra do projeto IKEA e agora com o anuncio do Master Plan para Vilamou-ra, estão concentrados no concelho de Loulé «os maio-res investimentos realizados nos últimos tempos no nos-so país».

António Pires de Lima, ministro da Economia, afir-mou que este é um «projeto turístico que irá relançar a vitalidade de Vilamoura nos próximos anos». Ao longo do seu discurso, fez questão de frisar pelo menos, por qua-tro vezes, o «investimento de 1000 milhões de euros».

Acrescentou que «posi-cionamo-nos de uma forma qualitativamente sofisticada. Low-cost? Não creio! Este in-vestimento de 1000 milhões de euros mostram que Por-tugal e Vilamoura têm uma imagem qualificada e pre-tendem atrair um turismo de qualidade».

O evento contou com ain-da com a presença dos secre-tários de Estado do Turismo Adolfo Mesquita Nunes e Ad-junto e da Economia Leonar-do Mathias, do presidente da Junta de Freguesia de Quar-teira Telmo Pinto, presidente da Inframoura Fátima Cata-rina, do embaixador dos Es-tados Unidos da América, do presidente da Região de Tu-rismo do Algarve Desidério Silva, e outros representan-tes de entidades públicas e privadas, bem como empre-sários.

António Pires de Lima, Ministro da Economia

Paul Taylor, Vilamoura CEO

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TEXTo Ana Sofia Varela

É um festival promovido em moldes diferentes do habi-tual. Não será uma simples feira, mas um certame que reúne ideias, projetos e his-tórias à volta do medronho. Rui André, presidente da Câ-mara Municipal de Monchi-que, quer dar um renovado impulso a um nicho de mer-cado, após o crescimento da qualidade de um dos mais conhecidos e apreciados pro-dutos deste concelho serrano do Barlavento algarvio.

O Festival do Medronho

a solo, tem estreia marcada para 6 a 8 de novembro, num espaço provisório a instalar na zona do Heliporto. Será um espaço feito à medida para este evento, com um conceito pouco usual naquela vila, que abre caminho para o futuro do medronho e seus deriva-dos.

Por esta razão, como avança ao «barlavento» Rui André, o edil quer aproveitar a oportunidade para «avan-çar com uma proposta, não de uma marca chapéu, mas um

nome, logótipo ou selo, que possa ser aplicado nos rótu-los da aguardente de Monchi-que, à semelhança do que já e feito nos vinhos» nacionais das várias regiões. Algo que possa ser adicionado ao ró-tulo, e que não implique um novo design imediato dos que já existem. Pelo menos, para já. «No futuro, cada vez que forem feitos rótulos novos, podem acrescentar esse ele-mento. Será uma distinção e um fator de uniformização», esclarece.

Novo festival relançamedronho de Monchique

Depois da certificação IGP será a vez do DoPA alavanca para dinamizar a economia em torno do me-dronho passará, na visão de Rui André, presidente da Câmara de Monchique, pela obtenção da certificação de produto com Indicação Ge-ográfica Protegida (IGP). «O trabalho da Associação de Produtores de Medronho do Barlavento permitir-nos-á dizer que o nosso Medronho de Monchique é diferente dos outros», justifica.

A Câmara não se envolveu nesse processo, que gerou alguma polémica. No início, incluía parte de freguesias alentejanas. Essa situação foi esclarecida, ultrapassada e alterada, estando agora a as-sociação à espera da decisão

sobre o IGP. No entanto, Rui André já está a pensar na eta-pa seguinte. «Monchique tem um desafio, porque é o sítio do medronho mais reconhe-cido, tanto pela qualidade, como pelos processos utiliza-dos», começa por explicar ao «barlavento». Há que tentar elevar ao patamar seguinte, com o início dos trabalhos para obter a Denominação de Origem Protegida (DOP) na aguardente.

«Obrigará a um trabalho maior, porque a regulamen-tação para obter o DOP é mais apertada, e a que, além de transformadores, os em-presários sejam também produtores de medronhal», argumenta. Na calha pode

até estar a reconversão de eucaliptal em medronhal.

Isto porque, Monchique pode não conseguir competir na quantidade, com algumas produções que aparecem no país, mas consegue marcar pontos na qualidade.

Ainda assim, Rui André alerta que, utilizando como comparação o mel DOP, se as certificações não forem bem usadas e exploradas de pou-co servem. «Nós temos um produto que é DOP, mas, nes-te momento, os produtores de mel preferem vendê-lo em grandes quantidades para as unidades transformadoras ou exportação», em vez de colocar no mercado peque-nos frascos, diz.

Dar novo impulso a um produto que é aceite no mercado, através de um novo selo de origem local, e promover um nicho que dá nome a Monchique é a intenção do novo festival

Ao longo dos últimos anos, o concelho teve um for-te crescimento deste setor, com a legalização das destila-rias, antes criticadas por não terem condições.

Hoje aliam tradição a pa-râmetros de qualidade. No entanto, de repente, o pro-cesso mergulhou «numa dor-mência», refere Rui André. É necessário dar novo impulso e preparar um outro cami-nho. «Este festival terá que servir para a discussão, para reuniões de trabalho com os produtores, associações, pessoas envolvidas, univer-sidades, Direção Regional de Agricultura ou outras entida-des», justifica.

Em 2012, o autarca jun-tou o medronho ao presunto, num certame único, para ex-perimentar e verificar a acei-tação. Concluiu que não resul-ta, quer pelo perfil, quer pela altura do ano. A dimensão da produção de medronho no concelho tem um nível ele-vado, justificando um evento dedicado, a solo. Os últimos dados indicam a existência de 80 destilarias legalizadas

e 60 marcas no mercado, en-tre aguardente de medronho, melosa e licor de limão. É por esta razão que Rui André re-afirma que «é altura de assu-mir a importância desta ativi-dade e dar-lhe um destaque maior». Havia duas hipóteses na escolha da data. Ou seria durante a apanha do fruto, ou na época de destilação. A data provável, entre 6 a 8 de novembro, dá a oportunidade de envolver a Associação de Produtores de Aguardente do Barlavento Algarvio e a Con-fraria do Medronho, ambas com sede em Monchique.

O programa ainda não está fechado, mas Rui André já levantou a ponta do véu ao «barlavento». «Terá um espa-ço de exposição dos produto-res, que não será aquela ten-da de 3 por 3 metros», pois

não é atrativa, sustenta. Os produtores sabem pegar na garrafa e vender o medronho, que é bom, mas temos que cuidar do conceito. Por isso, será usado um formato mais semelhante às feiras de vinho.

A história não ficará es-quecida, estando em desta-que a evolução do engarrafa-mento da aguardente de me-dronho. «Tenho vários exem-plares desde os anos 1960, e algumas anteriores», adianta, acrescentando que pode ser um fator de curiosidade para os visitantes.

A ideia que está na calha é a promoção de um concurso, que motive os empresários a trabalhar durante o ano na procura do lugar de melhor aguardente. «Será um desa-fio, porque, em Portugal, não há ninguém especializado na

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Há bons contactos para avançar com casa do Medronho

O projeto da criação da Casa do Medronho, em Monchi-que, tem estado há espera de uma oportunidade para avançar. E não deverá de-morar muito para que se realize.

«É um projeto que temos na Câmara há algum tempo, mas agora há bons contactos para se concretizar a curto prazo», garante ao «barla-vento» Rui André, presiden-te da Câmara Municipal de Monchique. A dificuldade de obter um espaço na vila tem travado o arranque do proje-

to, que pretende ser um ver-dadeiro museu.

A intenção é, por um lado, contar a história do fruto, desde a apanha até à destilação, que dá forma à famosa aguardente. Por outro lado, evidenciar a im-portância deste setor para a cultura e economia do concelho. Por esta razão, as entidades ligadas ao medro-nho devem ser chamadas a abraçar este projeto, como é o caso da Confraria. «Além da aposta na divulgação, que têm feito, penso que, no fu-

turo, deveriam envolver-se nestas ações concertadas com o município e a associa-ção de produtores. Podem interagir nos concursos, nas provas», garante Rui André. A verdade é que não faltam ideias para dar atratividade ao local.

Uma delas é colocar na Casa do Medronho «um alambique de vidro que per-mita observar in loco o pro-cesso de destilação. Ou seja, como se põe a fruta e sai a aguardente. Terá uma ver-tente pedagógica», salienta.

Tradição faz mexer economia local

O concelho serrano de Mon-chique é rico em transfor-mar atividades familiares e tradicionais em negócios de sucesso. Um exemplo dado pelo edil da Câmara Rui An-dré é «a matança do porco», que motivou a instalação de «fábricas de enchidos com uma faturação muito con-siderável, criando riqueza, emprego e dinâmica». Mas

na lista de produtos cabem ainda o mel, com uma pro-dução anual de 300 tonela-das, «a exportação de sieni-to para o mundo inteiro», e a saída de «40 a 50 camiões, com 60 toneladas de madei-ra, por dia», enumerou.

E o medronho não fica atrás, pois é um produto com boa aceitação de mer-cado e boas vendas.

Loja do Mel e Medronho foi projeto âncora de sucesso

O sucesso da Loja do Mel e do Medronho, no centro de Monchique, tem sido tão acentuado que poderá ter que ser aumentada. «Está a correr bem. Agora só tem que ser ampliado, porque já começa a ser pequeno» para tantas visitas, conta Rui An-dré, presidente da Câmara.

O estabelecimento co-mercial é uma aposta âncora na promoção e venda destes

produtos tradicionais, pois nasceu a partir de um pro-tocolo entre a autarquia e as associações de produtores dos dois produtos. É um lo-cal que tem estreitado con-tactos, aumentado a divul-gação e servido para escoar stock para outros espaços de venda. Quando abriu portas, em cada dia, havia um pro-dutor encarregado de gerir o espaço e a sua marca tinha

um desconto de dez por cen-to. Com o aumento de turis-tas, a língua começou a ser uma barreira. «Perguntavam como se fazia e o produtor não dominava bem o alemão ou o inglês», explica o autar-ca. Assim, a associação, em vez do desconto, pediu uma pequena parte do valor das vendas para suportar uma funcionária, tendo já criado um posto de trabalho.

aguardente de medronho. Terá que ser um misto entre o amador e o gosto pessoal», num molde idêntico ao das aguardentes vinicas.

Convidar um país, onde se produza uma aguardente, será outra das ideias a avan-çar. Para a estreia Rui André já contactou Cabo Verde, pois Monchique tem uma gemina-ção com Santo Antão (Ribei-ra Grande) e, nesse local, é produzido o grogue, a aguar-dente de cana-de-açúcar. Outra hipótese nas próximas edições podem ser Holanda,

com genever, ou a Itália, com a grapa. Para já, esta localida-de de Cabo Verde é também a opção para a estreia por ter a particularidade de usar um alambique igual ao que se usa em Monchique.

E o acessório para des-tilar a aguardente assumirá um lugar de relevo, pois o edil quer tentar organizar uma mostra de alambiques do mundo, explicando a diferen-ça entre o de tubo direto e o de serpentina.

Em Monchique é usado o direto, sendo um fator que di-

ferencia o resultado final após a destilação. «A serpentina é mais propícia a criar zinabre [camada esverdeada que se forma em superfícies de latão ou cobre]. Se analisarmos as aguardentes produzidas nos dois alambiques, têm níveis de metanol diferentes», evi-dencia Rui André. Há ainda outros fatores que influen-ciam a qualidade do fruto, an-tes da transformação, como a terra, a água, os ventos.

«Teremos especialistas com experiência para trazer know how e gerar discussão à

volta do evento, para não ser só uma feira, mas ter conte-údo», sublinha. Ainda assim, como se esperam muitos vi-sitantes, haverá espaço para a venda de produtos, para ani-mação musical mais erudita e restauração e um roteiro de destilarias e produtores. «Es-tou a pensar comprar produ-tos locais e convidar o curso de bar da EB 2+3 para estar nesse espaço, que será a Câ-mara a dinamizar», conclui. O programa fechado deverá ser anunciado no próximo mês de outubro.

rui André, presidente da câmara Municipal de Monchique

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TAlEnTo ANA RITA CALEIRo

TEXTo E foToS José Garrancho

Palavrascom arte

O «barlavento» foi à FATACIL e quase não encontrou artesãos

algarvios. Entre os muitos, de outras paragens, descobrimos

Ana Rita Caleiro, uma jovem de 33 anos, comunicadora nata,

natural de Setúbal, a viver em Lisboa, e com uma forte

ligação a Odiáxere, pelo casamento e pela horta que lá possui

A sua história é semelhante a tantas outras, cada vez mais corriqueiras: uma licencia-tura em Comunicação Social, um emprego na área das Re-lações Públicas durante nove anos, o desemprego… e a ne-cessidade de mudar de carril, para continuar a viagem pela vida.

Neste caso, aconteceu há três anos e meio com a deci-são de realizar o seu sonho de negócio: «aliar a arte à força das palavras».

barlavento – Em que consis-te «Palavras com arte»?Ana Rita Caleiro – É um pro-jeto de artesanato persona-lizado que gera emoções e que vai muito para além do simples artesanato. Agar-ro em peças que são apenas úteis, como bolsas para tele-móveis, marcadores de livros, porta-chaves ou bolsas para tablets, e acrescento-lhes um cunho emocional, através da força da imagem das palavras.

Pode explicar melhor?Ninguém espera abrir uma peça de artesanato, uma bol-sa para telemóvel, por exem-plo, e encontrar no seu inte-rior uma imagem sua, de um filho, de alguém ou algo muito especial, acompanhada por uma frase que vai despertar

em si emoções fortes, atingin-do um ponto sensível.

Onde vai buscar essas pala-vras ou frases emotivas?Podem ser fornecidas pelo cliente, ou de um portfólio que possuo, com frases já di-vididas por temas, de minha autoria, de Fernando Pessoa, Florbela Espanca e outros. Mas a escolha será sempre do cliente, porque os meus trabalhos são personalizados. São peças exclusivas!

E o trabalho base onde in-sere as «emoções», é seu ou de outros?De minha autoria, desde a idealização e o design, aos moldes, manufaturação em polipele, furação e processo manual de coser. O meu pai idealizou uma máquina para fazer a perfuração integral de peças planas, mas a maioria ainda é feita com um alicate, furo a furo. Desenvolvo tam-bém a parte criativa associada à imagem. Se esta for forneci-da pelo cliente, maquetizo-a com a frase escolhida e envio ao cliente para aprovação.

Contudo, para fazer feiras, necessita de muito material standard?É verdade. Por isso criei por-ta-chaves com nomes, que

têm tido muita saída. Tenho um leque de nomes de pesso-as e, depois, faço o acróstico, a decomposição da palavra na vertical, em que cada le-tra dá origem a uma caracte-rística. Faço-o com base em pessoas que conheço e, como tudo o resto que faço, é emo-cional, a forma como sinto as pessoas com aquele nome. E as pessoas identificam-se bastante, é quase o retrato delas. Quando não tenho a peça pronta, tenho a base e posso coser na própria hora. O cliente observa-me a tra-balhar ao vivo, o que faz com que valorize mais a peça, pois vê que tudo foi feito ma-nualmente. Gosto muito de conversar com as pessoas, explicar o que é este proje-to de emoções e acaba por ser uma mais-valia, porque, quando se olha para o stand, não se percebe o potencial que o mesmo encerra.

Ana Rita Caleiro prefere tra-balhar no seu atelier. Come-çou a vir às feiras há ano e meio porque é um modo de divulgar a sua arte. E permi-te-lhe também analisar as tendências do mercado, e a disponibilidade financeira para passar à fase seguinte, a empresarial. Nesta área, já conseguiu uma primeira en-comenda de 50 marcadores de livros para o Montado Ho-tel & Golf Resort, em Palmela, tendo usado uma pele rugosa e com uma cor que lembra a textura do sobreiro.

O seu maior obstáculo para dar o salto é, segundo confidenciou ao «barlaven-to», a sua dificuldade em de-legar tarefas, por ser muito perfecionista.

Mas a Rita também tem outra marca, a «Momentos com Arte». Em que consiste?Foram um chavão que criei

para integrar um conjunto de pequenos projetos que achei que geravam momen-tos especiais. O grupo «Tudo Bem», que já tenho há 13 anos, em que cantamos na celebração de casamentos na igreja, abordando não só os temas litúrgicos tradicionais, mas também Mafalda Veiga e Madredeus. Dão um carácter muito emocional à cerimónia e comovem muito, não só os noivos como os convidados. Nunca conseguimos parar, porque os convidados gos-tam tanto que nos convidam para abrilhantar, depois, os seus próprios casamentos. Também temos um Citroen 2cv, do meu pai, em excelente estado, no qual fui transpor-tada, quando me casei, deco-rado por mim com orquídeas e rosas. Transformei-o numa ideia de negócio, abrindo um serviço de transporte dos noivos. Tem tido uma gran-

de aceitação, porque foge ao carro clássico. O facto de abrir a capota, permitindo aos noivos ir em pé, permite fotos muito giras. E uma casa em Sesimbra, a 100 metros da praia, que redecorei com o «quarto-natureza» em tons verdes, o «quarto-do-amor» em tons vermelhos, a sala em tons marítimos, etc., para fins-de-semana românticos ou em família; uma vez mais, as emoções estão presentes.

Ainda canta fado no grupo «Fora de Horas», mas foi con-vidada pelos guitarristas e não o considera, portanto, um projeto seu, embora lhe em-preste a emoção que coloca em tudo o que faz.

Quem estiver interessado em artesanato personalizado, a artista está disponível atra-vés dos contactos [email protected] e 931187887.

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CANoAGEMCAMPEoNATo NACIoNAL

liGA Vit. Setúbal 2 - rio Ave 2Fc Porto 2 - Estoril Praia 0S L Benfica 3 - Moreirense 2c D Tondela 1 - nacional 0 Sp. Braga 4 - Boavista 0 P. Ferreira 1 - Arouca 1Académica 1 - Sporting 3 Belenenses 1 - Marítimo 1 União Madeira 0 - Vit. Guimarães 0 J V E D M S PFC Porto 3 1 2 0 6 1 7Sporting 3 2 1 0 6 3 7Arouca 3 2 1 0 4 1 7Sp. Braga 3 2 0 1 6 2 6SL Benfica 3 2 0 1 7 3 6Vit. Setúbal 3 1 2 0 8 4 5Rio Ave 3 1 2 0 6 5 5P. Ferreira 3 1 2 0 3 2 5Boavista 3 1 1 1 3 6 4União Madeira 3 1 1 1 2 3 4Nacional 3 1 0 2 2 3 3C D Tondela 3 1 0 2 2 3 3Estoril Praia 3 1 0 2 2 6 3Belenenses 3 0 3 0 5 6 3Marítimo 3 0 2 1 3 4 2Vit. Guimarães 3 2 2 1 1 4 2Moreirense 3 0 0 3 2 7 0Académica 3 0 0 3 1 8 0Próxima jornada 4ª - 13/09/2015Benfica - Belenenses, Boavista - P. Ferreira, Marítimo - V. Setúbal, V. Guimarães - Tondela, Moreirense - U. Madeira, nacional - Académica, rio Ave - Sporting, Estoril - Sp. Braga e Arouca - F c Porto.

SEGUnDA liGA Freamunde 3 - Gil Vicente 0Portimonense 2 - Mafra 0oriental 1 - D. chaves 2Santa clara 0 - Ac. Viseu 1(jogos em atraso da 4ª jornada)

J V E D M S PSp. Braga B 5 3 2 0 6 3 11Académico Viseu 5 3 1 1 5 4 10Famalicão 5 2 3 0 7 5 9Atlético 5 3 0 2 6 5 9F C Porto B 5 3 0 2 7 7 9Santa Clara 5 3 0 2 7 5 9Desp. chaves 5 2 2 0 6 2 8Sporting B 5 2 2 1 3 3 8Portimonense 5 2 2 1 7 5 8oriental 5 2 1 2 11 8 7Mafra 5 2 1 2 6 5 7Farense 5 2 1 2 5 4 7Benfica B 5 2 1 2 6 6 7Varzim 5 2 1 2 5 5 7Sp. olhanense 5 2 1 2 4 4 7Penafiel 5 2 1 2 4 4 7Vit. Guimarães B 5 1 3 1 8 8 6Freamunde 5 1 2 2 5 4 5Gil Vicente 5 1 2 2 6 6 5Feirense 5 0 4 1 4 6 4Leixões 5 1 1 3 2 5 4Sp. Covilhã 5 1 1 3 2 7 4Desp. Aves 5 0 2 3 4 8 2 oliveirense 5 0 0 5 1 9 0 Próxima jornada 6ª - 12/09/2015Atlético - Varzim, Benfica B - Viseu, Braga B - Mafra, Covilhã - Farense, Famalicão - Porto B, oriental - Sporting B, olha-nense - Aves, Freamunde - chaves, Portimonense - Feirense, Santa Clara - G. Vicente, Leixões - V. Guimarães B e Penafiel - oliveirense.

c n SEniorES - SEriE hMoura 1 - Pinhalnovense 1lusitano VrSA 0 - Atlético r. M. 0louletano 2 - Barreirense 1Almancilense 1 - Juventude Évora 1castrense 1 - cova Piedade 0

J V E D M S Plusitano VrSA 2 1 1 0 2 0 4Almancilense 2 1 1 0 2 1 4castrense 2 1 1 0 2 1 4Moura 2 1 1 0 2 1 4Cova da Piedade 2 1 0 1 1 1 3Louletano 2 1 0 1 2 2 3Juventude Évora 2 0 1 1 2 2 1Barreirense 2 0 1 1 1 2 1Atlético r. M. 2 0 1 1 0 1 1Pinhalnovense 2 0 0 2 1 4 0

DESP rTo

Próxima jornada 3ª - 13/09/2015louletano - castrense, c. Piedade - Almancilense, Juventude - lus. VrSA e Atlético - Moura e Barreirense - Pinhalnovense.

JUniorES 1ª DiV. - 1ª FASE - zonA SUloeiras 1 - Belenenses 4S L Benfica 3 - Sacavenense 1Casa Pia 3 - Loures 4Sporting 6 - Portimonense 1Académica 4 - U. leiria 1 nacional 2 - Torreense 1 J V E D M S PSL Benfica 4 4 0 0 15 4 12Sporting 4 2 2 0 15 5 8Belenenses 4 2 2 0 8 2 8casa Pia 4 2 1 1 9 7 7loures 4 2 1 1 7 8 7Académica 3 2 0 1 9 5 6nacional 4 1 2 1 5 8 5oeiras 4 1 1 2 5 8 4Sacavenense 4 0 2 2 5 8 2Torreense 3 0 1 2 3 5 1U. Leiria 4 0 1 3 6 15 1Portimonense 4 0 1 3 2 14 1Próxima jornada 5ª - 12/09/2015Oeiras - Benfica, Sacavenense - Casa Pia, Loures - Sporting, Portimonense - Académica, U. leiria - nacional e Belenen-ses - Torreense.

JUniorES 2ª DiV. - 1ª FASE - SÉriE EVit. Setúbal 3 - Despertar 1Pinhalnovense 4 - Beira Mar Almada 0Farense 1 - Quarteirense 2cova da Piedade 1 - Sp. olhanense 1Juventude Évora 0 - Barreirense 2 J V E D M S PPinhalnovense 1 1 0 0 4 0 3Vit. Setúbal 1 1 0 0 3 1 3Barreirense 1 1 0 0 2 0 3Quarteirense 1 1 0 0 2 1 3 Sp. olhanense 1 0 1 0 1 1 1cova da Piedade 1 0 1 0 1 1 1Farense 1 0 0 1 1 2 0Despertar 1 0 0 1 1 3 0Juventude Évora 1 0 0 1 0 2 0Beira Mar Almada 1 0 0 1 0 4 0Próxima jornada 2ª - 12/09/2015Despertar - Juv. Évora, B.Mar Almada - V. Setúbal, Quartei-rense - Pinhalnovense, olhanense - Farense e Barreirense - c. Piedade.

JUVEniS - 1ª FASE - SÉriE Elouletano 2 - c. Piedade 0 P.Milfontes 0 - Almada At. c. 2oeiras 1 - imortal 1 Juv. Évora 0 - Lusit. Évora 3 Belenenses 4 - Vit. Setúbal 0 J V E D M S PBelenenses 3 3 0 0 13 0 9Oeiras 3 2 1 0 4 2 7Louletano 3 2 0 1 8 5 6Vit. Setúbal 3 2 0 1 8 6 6Almada At. C. 3 2 0 1 3 1 6Imortal 3 1 1 1 7 8 4Cova Piedade 3 1 0 2 6 4 3Lust. Évora 3 1 0 2 4 7 3Juventude Évora 3 0 0 3 2 9 0Praia Milfontes 3 0 0 3 0 13 0Próxima jornada - 4ª - 13/09/2015c. Piedade - Belenenses, Almada At. c. - louletano, imortal - P.Milfontes, lusit. Évora - oeiras e - Vit. Setúbal - Juv. Évora.

iniciADoS - 1ª FASE - SÉriE GQuarteirense 1 - Portimonense 2Imortal 3 - Esp. Lagos 2Vit. Setúbal 4 - cuba 2louletano 0 - olhanense 5Despertar 1 - Farense 0 J V E D M S PPortimonense 2 2 0 0 5 1 6olhanense 2 1 1 0 6 1 4Vit. Setúbal 2 1 1 0 5 3 4imortal 2 1 1 0 5 4 4Quarteirense 2 1 0 1 3 2 3Despertar 2 1 0 1 1 3 3Farense 2 1 0 1 3 3 3cuba 2 0 1 1 4 6 1louletano 2 0 0 2 2 8 0Esp. lagos 2 0 0 2 2 5 0Próxima jornada 3ª - 13/09/2015Quarteirense - imortal, Esp. lagos - V. Setúbal, cuba - lou-letano, olhanense - Despertar e Portimonense - Farense.

1ª Eliminatória - Série h

Canoístas de Alcoutim vão para estágio da Seleção NacionalPedro Lourenço, Daniela Mestre e Beatriz Ribeiros, atletas do Grupo Desportivo de Alcoutim (GDA), são três dos des-portistas convocados para integrar o grupo que represen-tará as cores portuguesas na próxima edição do Encontro Nacional de Infantis a realizar, em Montemor-o-Velho, en-tre 11 e 13 de setembro.

Os atletas algarvios do GDA foram os escolhidos em função dos critérios fixados no início da época desportiva e do ranking nacional de infantis da época desportiva 2015, divulgado, na semana passada, pela Federação Portuguesa de Canoagem.

Segundo esses critérios, conta a pontuação das presta-ções nas diferentes competições nacionais. Este é um reco-nhecimento, segundo nota de imprensa da Câmara Munici-pal de Alcoutim, de «mais uma excelente época do GDA que tem vindo a demonstrar um trabalho não só de qualidade, mas também de consistência».

TAçA DE PoRTuGAL

Pinhalnovense 2 - Atlético Sport clube 0 Soc rec Almancilense 0 - Moura Atletico Clube 1Praia De Milfontes 2 - Spg.Viana Alentejo 3 Grupo Desp Lagoa 5 - Amora Fc 4 Juventude Sc 0 - Louletano DC 5fC Castrense 2 - cF Vasco Gama 0 Lusitano VRSA 2 - Moncarapachense 0

Realizou-se a primeira eliminatória da Taça de Portugal, com a participação das 80 equipas do Campeonato Na-cional de Seniores e de 44 vindas dos Distritais. Das cinco equipas algarvias que participaram na 1ª eliminatória da Taça de Portugal, apenas três passaram à fase seguinte: GD Lagoa, Louletano e Lusitano VRSA. Almancilense e Monca-rapachense despedem-se desta competição.

As equipas algarvias da II Liga, Farense, Olhanense e Portimonense, só começam a competir na próxima elimi-natória, em conjunto com Desportivo de Lagoa, Louletano e Lusitano de Vila Real de Santo António. Os clubes da I Liga, só aparecem no sorteio, a partir da terceira eliminatória.

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PoSiTiVoE nEGATiVo

BENTo ALGARVIoO campeão internacional de boxe António João «Bento Al-garvio» foi um dos homena-geados no Dia do Município de Faro, na segunda-feira, 7 de setembro. Foi-lhe atribuída a medalha de mérito de grau ouro da cidade pelos «assinaláveis benefícios para o país» resultantes da sua carreira internacional recheada de prémios. Desde julho de 2013, o atleta é responsável pelo restaurante da Associação de Viveiristas e Marisca-dores da Ria Formosa (VIVMAR) - junto ao cais fluvial das Portas do Mar e às muralhas da cidade velha. A sua ligação com a VIVMAR é antiga, pois, no passado, chegou a ter um viveiro de ostras. E esteve sempre ligado à or-ganização do evento gastronómico «Festa da Ria Formo-sa» que acontece anualmente no verão em Faro, desde 2003. Com 40 anos, o campeão mundial hispânico não pensa, para já, em retirar as luvas. O próximo combate é já no próximo dia 3 de outubro, no Museu Municipal de Faro, contra um pugilista argentino. E até ao final deste ano, vai passar pela Califórnia (a 20 de dezembro) e pela América Latina. Aliás, fora do ringue foi embaixador des-portivo no Paraguai.

ANTÓNIo BRANCoA Universidade do Algarve (UAlg) cresceu 19 por cento no número de candidatos co-locados na primeira fase do Concurso Nacional de Acesso ao Ensino Superior, consoli-dando o aumento registado no anterior ano letivo (14 por cento). No conjunto nacional houve um acréscimo de 11,4 por cento na primeira fase de candidatos colo-cados, sendo a UAlg a instituição que mais cresceu. Na academia algarvia entraram nos cursos 1129 alunos. A subida também se deu no número de candidatos que optou em primeiro lugar por este estabelecimento de ensino. Foram mais 216 os alunos que escolheram esta instituição de ensino superior. António Branco, reitor da UAlg, congratula-se com «a consolidação do cresci-mento no número de candidatos colocados na primei-ra fase, refletida pelo segundo ano consecutivo no au-mento de novos estudantes, ainda para mais, quando é acompanhado de um elevado aumento de colocações em primeira opção».

ASSuNção CRISTASA ministra da Agricultura e do Mar Assunção Cristas foi o alvo das críticas do Sindicato dos Trabalhadores da Pesca do Sul, que acusa a tutela de não integrar os pescadores na Comissão de Acompanha-mento da Pesca da Sardinha. Segundo o comunicado desta força sindical, a ministra não incluiu a Federação dos Sindicatos na Comissão, não dando a oportunidade aos profissionais de apresentar as suas propostas. Em causa está a redução da quota de pesca desta espécie, que desce das 16 mil toneladas para as 1587. A situação será, para o sindicato, «um verdadeiro carrasco para a frota do cerco» sendo, «por isso, um grande disparate, pois propõe que em 2016 se pesque apenas cerca de 7 por cento do que se permite pescar este ano», não chegando estes valores para uma semana de atividade. Os profissionais afirmam que a quota foi «muito mal negociada» com Bruxelas e antes não foram tomadas «medidas compensatórias para minimizar a perda to-tal dos rendimentos dos pescadores e armadores». «A interdição é fruto de uma gestão da pesca inadequada, desacreditada, mal fundamentada e sem perspetivas re-ais de futuro para o subsector da pesca da sardinha em Portugal», afirmam.

Algarve arrebata «Óscares do Turismo»Portugal conquistou 16 ga-lardões na 22ª edição dos World Travel Awards, no sábado, 5 de setembro, em Itália. Contudo, foi o Algar-ve que brilhou, tendo con-seguido nove dos prémios. A região foi reconhecida nos «Óscares do Turismo» como o melhor destino de praia da Europa. A nível europeu também receberam pré-mios o Hotel Quinta do Lago (resort de praia), o Vila Joya (boutique hotel), o Conrad Algarve (resort de luxo com spa) e o Monte Santo Re-sort (resort romântico). Já o Hotel Quinta do Lago vol-

tou a ser o distinguido como o melhor do Mediterrâ-neo, enquanto, na categoria «Portugal», o Algarve viu três projetos reconhecidos: o Sheraton Algarve & Pine Cliffs Resort (resort para fa-mílias), Hotel Vila Vita Parc (hotel ecológico) e Dunas Douradas Beach Club (re-sort com villas).

Os restantes sete pré-mios para Portugal foram distribuídos pela TAP, con-siderada a melhor compa-nhia aérea a voar para Áfri-ca e para a América do Sul, o Choupana Hills Resort & Spa (boutique resort),

o Myriad by SANA Hotels (business hotel), o The Vine Hotel (design hotel), o Co-rinthia Hotel Lisbon (gre-en hotel da Europa), a Up Magazine (revista da TAP) como melhor revista aérea, o Bairro Alto Hotel (land-mark hotel) e a Quinta da Casa Branca como o melhor boutique hotel a nível medi-terrâneo.

Na lista de distinções também o Turismo de Por-tugal teve direito a prémio na categoria de melhor Or-ganismo Oficial de Turis-mo Europeu. «O prémio que acaba de ser atribuído re-

presenta uma maior res-ponsabilidade, mas é tam-bém a confirmação de que estamos no caminho certo para fazer de Portugal um destino turístico de exce-lência», sublinhou João Co-trim de Figueiredo, presi-dente do Turismo de Portu-gal. Já os galardões atribu-ídos aos privados mostram a crescente qualidade da oferta portuguesa, acres-centou.

Cavalos abandonados motivam protesto em FaroA situação dos cavalos aban-donados num terreno em Lagoa desencadeou uma manifestação, na semana passada, em frente à Dire-ção Geral de Alimentação e Veterinária (DGVA), no Pa-tacão, em Faro. A iniciati-va juntou um grupo de cida-dãos e algumas associações de proteção animal da re-gião, que desde 2012, após ter sido tornada pública, pela comunicação social, a situação destes cavalos, ten-

tam resolver esta situação. Segundo nota de im-

prensa assinada pela coor-denadora do núcleo de Faro da Pravi – projeto de apoio a vítimas indefesas, o pro-prietário dos cavalos será «António Félix, residente em Lagoa». Em 2012 foram descobertos «inúmeros ani-mais doentes e já cadáve-res», tendo sido remetidas «várias queixas para o SEP-NA de Silves, a GNR de La-goa e para a DGAV». Segun-

do esta coordenadora, em 2014, a situação foi de novo notícia, voltando o mesmo grupo e outras organiza-ções a elaborarem as respe-tivas denúncias. «Esta situ-ação prolonga-se à cerca de 10 anos por inoperância to-tal da DGAV, entidade que tutela esta situação», acusa a responsável no mesmo do-cumento. «Isto é uma con-duta ilícita, reiterada, cons-ciente, culposa, ininterrup-ta por parte de António Fé-

lix e a DGAV tem que fa-zer cumprir a lei, seja com a aplicação das coimas, seja com a sanções acessórias», defendeu.

O grupo promete levar o caso às últimas instân-cias, estando a ser prepara-da uma denúncia fundamen-tada ao Conselho Europeu.

NEGATIVO

POSITIVO

O VILA VITA Parc é o hotel mais verde do país

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cUlTUrA

TEXTo Bruno Filipe lopes

Íris: a sílaba tónica do rock português

Após um interregno de seis anos, os Íris teimam em não deixar

morrer o rock. Alheios a modas e à ditadura das playlists, a banda

liderada pelo carismático cantor Domingos Caetano, lança esta

semana o oitavo disco intitulado «Ao acaso». O novo trabalho foi

apresentado ao vivo em Faro, na segunda-feira, 7 de setembro,

no âmbito do dia do município

Sem ensaios, fruto do mo-mento e da forte cumplicida-de que continua a unir esta banda. Assim se descreve o novo disco «Ao Acaso», gra-vado durante o inverno pas-sado no estúdio do primeiro andar do Cinema Topázio, na Fuseta.

Embalados pela suave luz característica da Ria Formosa, «aconteceu tudo um pouco ao acaso e daí o nome. Foi jogar as mãos ao piano, tocar uns acordes, pegar numa letra de entre as várias que tínhamos aí coladas na parede, começar a cantar e as músicas saíram. Nada foi preparado», conta Domingos Caetano.

«As músicas fluíram de uma maneira simples. Só de-pois é que fizemos os arranjos e a pré-produção» a cargo do lendário produtor britânico Niel Kay, que curiosamente, esteve também envolvido na produção do disco de estreia da banda, em 1994.

Relativamente à sonori-dade «é rock, com algumas baladas. Para mim, as músi-cas não têm de ter uma men-sagem. As letras são um jogo para usar as palavras de ma-neira bonita. Cantar em por-tuguês é difícil por causa das sílabas tónicas. Tento sempre

colocá-las no tempo forte» de cada tema.

Mas há exceções no con-teúdo. «Temos uma versão venenosa do Grândola Vila Morena» de Zeca Afonso, can-tor que aliás tinha uma forte relação com a Fuseta.

«É sobre a situação que estamos a atravessar, em que já ninguém tem espírito de luta e de revolta. Repare que metem-nos o dedo no bolso e ninguém reclama». A versão começa com riffs pesados de guitarra distorcida e termina com um coro alentejano.

Desta vez não há «algar-viada» no novo disco, o que é passível de crítica por parte dos fãs, como o cantor e líder da banda admite. De fora do alinhamento fica «um tema da Shakira. Contactámos di-retamente com ela, mas não nos autorizou a gravá-lo. Pior ainda: mandou uma carta para todas as sociedades de autores da Europa a proibir qualquer versão daquela mú-sica», lamenta.

Há ainda uma versão «Nu-clear, Não Obrigado», de Lena d’Água e a Banda Atlântida, e também de um tema de Ste-phen Stills, sugerido e arran-jado por Niel Kay.

«Atenção que cada vez

que nós fazemos uma versão, os direitos são sempre pa-gos ao verdadeiro autor. Por exemplo, o tema do António Variações que gravámos no primeiro disco, os direitos de autor revertem para a famí-lia», assegura.

O guitarrista Alexandre Ponte acompanha a vida da banda desde a adolescência. Hoje, aos 21 anos, depois de tirar o curso de guitarra clás-sica no conservatório e de «ter evoluído imenso», como Domingos confirmou ao «bar-lavento», já assina e canta um dos temas de «Ao acaso».

«Ele gostava de acompa-nhar a malta. Vinha sempre com a gente e muitas vezes

dava-lhe a guitarra em cima do palco. O guitarrista Rui Machado teve de sair por mo-tivos profissionais, e como Alexandre sabia todas as músicas, desenrascou-se tão bem acabou por ficar», conta Domingos.

A banda existe desde 1979, mas só se tornou famo-sa com a edição de «Vão Dar Banhó Cão», em 1995. Curio-samente, esta é o único gru-po que trouxe para o Algarve dois discos de ouro e dois dis-cos de prata.

Um projeto futuro é o lançamento de um vinil, que nunca aconteceu. Por outro lado, os Irís querem fazer um novo espetáculo ao vivo, só

com as baladas do repertório em arranjos de orquestra. O objetivo é filmar um DVD.

E como veem a música hoje? «Bem a música vive por fases, em que toda a gente faz coisas parecidas. Agora é as quizombas, depois há de ser outra coisa qualquer. Há tempos apareceu aquela onda da música brasileira foleira, e assim vamos nós. Não temos uma identidade musical. Os Íris mantêm esta linha. O rock não está na moda. Ninguém lhe liga nenhuma. Mas quan-do tocamos ao vivo toda a gente gosta. Não se percebe porque é que as rádios só ali-mentam determinadas pesso-as», conclui.

Cinema Topázio – a escola do rockÀ entrada da Fuseta, há um velho cinema que é também o quartel-general dos Íris.

Domingos, amigos e alunos foram para lá em 1989 instalar uma escola de música que funcionava nas instalações da Junta de Freguesia. Pensou-se que os músicos desistiriam ao ver a degradação do lugar. «Até barcos e artes de pesca»

guardava e, na altura, havia intenções de o demolir para dar lugar a um prédio de apartamentos.

Contudo, com muita ca-rolice e persistência, a As-sociação Cultural Fuseten-se tem vindo a recuperar o velho edifício, que tem sido uma verdadeira incubado-ra de talentos. Hoje é fre-quentada por 60 alunos de

todas as idades em regime low cost (35 euros por mês), sendo a guitarra e a bateria os instrumentos mais popu-lares.

Todas as quartas-feiras à noite, Domingos e os alu-nos que o querem acompa-nhar, tocam ao vivo no bar «O Farol». O dinheiro que angariam reverte para as contas do cinema Topázio.

Domingo de jazzO Cantaloupe Café, nos Mercados de Olhão, apre-senta no próximo domingo, 13 de setembro, às 18h30, um concerto de jazz com a banda No Net Trio. É uma formação que resulta do reencontro de três músi-cos: Luis Miguel (saxofo-ne tenor), Marco Martins (baixo) e Sónia «Little B» Cabrita (bateria). Interpre-tam temas do grande can-cioneiro americano.

Troque tudo em cacelaÉ uma feira diferente, que proporciona a quem a visi-ta uma experiência de tro-ca de bens ou serviços de forma direta, sem recorrer a dinheiro. Acontece no domingo, 27 de setembro, em Cacela Velha, das 9h30 às 13h00. Aberto a todos os interessados, é possível expor numa banca sob ins-crição prévia pelo 281 510 085/93.

Sete Sóis, Sete luasOdemira recebe a 23ª edi-ção do Festival Sete Sóis, Sete Luas – arte e músi-ca do Mediterrâneo e do mundo lusófono. O pro-grama inclui vários even-tos gratuitos. Música com Manecas Costa e Valentina Ferraiuolo, uma grande performance de rua e uma exposição de cerâmica e pintura, estão marcadas para os dias 11, 12 e 26 de setembro, respetivamente.

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Bloco noTAS

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ALBufEIRA..................................................

11 sEt – 21h30Apresentação E-Commerce: Como criar uma loja online para o seu negócioFnac Algarveshopping

12 sEt – 16h00Apresentação do documentá-rio «Bafo de Baco»Fnac Algarveshopping

12 sEt – 21h30Apresentação do disco «Ao Acaso» da banda ÍrisFnac Algarveshopping

13 sEt – 10h00Torneio Xbox One – Fifa 2015Fnac Algarveshopping

13 sEt – 16h00Atelier de desenho para adultosFnac Algarveshopping

13 sEt – 18h30Música ao vivo com «Moonshiners»Fnac Algarveshopping

14 sEt – 20h30 às 22h00Caminhadas dos BombeirosBombeiros Voluntários de Albufeira

16 sEt – 20h30 às 22h30Caminhadas ao luarPaços do concelho

Até 27 sEtExposição «Porto de Abrigo» numa homenagem a Gabriel ClementeGaleria samora Barros

Até 30 nOV – 9h30 às 17h30Exposição «Um Olhar sobre os Caminhos de Ferro no Algarve»Museu Municipal de Arqueologia

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ALCouTIM..................................................

11 sEt – 16h00Apresentação do livro «Colónia Balnear Infantil de Alcoutim (1959 – 1962), projeto comu-nitário» de Celina Moura ArrozAuditório do castelo de Alcoutim

11 a 13 sEt 64ª Festa de Alcoutimcais de Alcoutim

12 sEt – 16h00Apresentação do livro «A Raia de Alcoutim: contrabando, Emigração e outras narrativas» de José Dias RodriguesAuditório do castelo de Alcoutim

Até 30 sEtExposição de fotografia e obras pictóricas «The Best of São Passos e Marques Valentim»casa dos condes

Até 31 DEZExposição «Bonecas da Flor d’Agulha»centro de Artes e Ofícios

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ALJEzuR..................................................

12 sEt – 8h00 às 13h00Feira da TerraEspaço Multiusos de Aljezur

Até 29 sEtExposição de Pintura «Encenações Poéticas» de Licínio SaraivaJunta de Freguesia de Odeceixe

Até 15 OUtExposição de pintura «Entre a lua e o sol», de Luís Vieira BaptistaEspaço +

28 OUtExposição de pintura de Denise Frade, Nina Govedarica e Victor LagesMuseu da terra e do Mar da carrapateira

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CASTRo MARIM..................................................

11 sEt – 18h00Apresentação do livro «Quem Tem Coragem?» de José CanitaBiblioteca Municipal

Até 30 sEtExposição «A Guitarra Portuguesa»casa do sal

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fARo..................................................

10 sEt - 21h30Vício Intrínseco/ O InfernoEspaço cultural Q

10 sEt – 9h30Formação Básica em revisão de textoUAlG campus de Gambelas - sala de conferências da Biblioteca António rosa Mendes

10 sEt - 21h30Conferência «Digital Content Marketing 101» por FLAGFnac Forum Algarve

10 sEt – 21h30«A Mélodie Francesa e o Lieder Alemão» com Beatriz Miran-da (soprano) e Joana Vieira (piano)Fundação Pedro ruivo

Até 11 sEt – 9h30Conferência Internacional «Advanced Laser Technologies (ALT’15)»UAlG campus de Gambelas

11 sEt – 10h00 às 13h00Workshop «Vem Dançar os animais da Ria Formosa» por Filipa Rodriguezteatro das Figuras

11 sEt – 21h30Exibição do Documentário «Bafo de Baco» da ETIC AlgarveFnac Forum Algarve

11 sEt – 18h00Apresentação do livro «Pé des-calço – da Suécia a Portugal sem um tostão!» de Ricardo FradeFnac Forum Algarve

11 sEt – 21h30Conferência «E-Commerce: Como criar uma loja on-line para o seu negócio» por FLAGFnac Forum Algarve

12 e 13 sEt – 21h30 (16h00)Teatro «O Adeus» pela ACTA de Henrique Prudêncioteatro lethes

12 sEt – 11h00 e 16h00Formosa é a Riateatro das Figuras

12 sEt – 21h30IRIS - «Ao acaso» - Apresenta-ção do novo discoFnac Forum Algarve

12 sEt – 15h00Palestra «Descobrir o Centro de Interpretação de Vila do Bispo»Fnac Forum Algarve

13 sEt – 9h00Feira das VelhariasEstoi – Junto à Escola EB2+3

13 sEt – 10h00Feira das VelhariasPasseio junto ao mercado Municipal

13 sEt – 16h00«Atelier de desenho para adul-tos» por Faber-CastellFnac Forum Algarve

13 sEt - 15h30Música ao vivo: Moonshiners «Good News For Girls Who have No sex Appeal»Fnac Forum Algarve

14 sEt – 17h30Inauguração de «A Diferença» mostra fotográfica do I Concur-so/Corrida Fotográfica Solidá-ria da APPC FaroBiblioteca de Gambelas

16 sEt – 17h00/02h00I Festival do Petisco MediterrânicoJardim da Alameda

17 sEt – 9h30Fórum de Juventude do Algarve, organizado pela ECOS no âmbito do projeto regional Algarve 2020: Um Contrato JovemUAlG campus da Penha - Anfiteatros 1.4 e 1.5 do complexo Pedagógico

Até 19 sEtExposição «Terras Brancas» de Teresa Pavão e Teresa RamosMuseu Municipal de Faro

Até 20 sEtExposição «SAL» de Henrique Vieira RibeiroMuseu Municipal de Faro

Até 26 sEtExposição «Ridi Pagliaccio» de Pedro Cabrita ReisGaleria trem

Até 30 sEtExposição «Cantos e Recantos de Faro» obras de Conceição PiresBiblioteca Municipal de Faro

Até 04 OUtExposição de Arqueologia «José Rosa Madeira: Um Homem sem Tempo»Museu Municipal de Faro

Até 31 OUtExposição de joalharia de Andreia RollotGaleria Pontos iguais

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LAGoA..................................................

13 sEt – 18h00II Festival Internacional de Guitarra de Lagoa com «Realejo»sítio das Fontes

Até 21 sEtExposição de pintura «Outono Colorido» de Miraldina dos RamosBiblioteca Municipal de lagoa

Até 30 sEt – 9h00 às 18h00Encontros de Fotografia de Lagoa, com o tema «Mercados no Algarve, Mercados no Mediterrâneo»Entrada gratuitaÚnica - Adega cooperativa

Até 30 DEZ - 11h00 às 21h00Exposição «Arte acima do nível dos telhados»Entrada gratuitaAo lado da Praça Principal de Ferragudo

Até 31 DEZExposição de fotografia «O Algarve de Artur Pastor»convento de são José

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LAGoS..................................................

10 a 12 sEt – 21h3014 º Festival de Flamenco de Lagos com espetáculo «Cua-dro Flamenco Puro y Jondo» (dia 10), «Cuadro Flamenco Solera» (dia 11) e «Cuadro Flamenco El Lebri & Cristina Gallego» (dia 12)Bilhetes: 10 euros por espe-táculo centro cultural de lagos

10 a 12 sEtVI Estágio Juvenil de Cordas Sob o lema «Férias com com Música no Algarve» estão mar-cados os recitais de alunos (dia 10, às 19h00) e dos professo-res (dia 11, às 19h00) e um concerto final (21h30)centro cultural de lagos e igreja de são sebastião

«A Mélodie Francesa e o Lieder Alemão» | Faro

13Poesia na Rua em

cacela VelhaCacela Velha recebe uma fes-ta em redor das palavras, no Domingo, dia 13, a partir das 10h00. Haverá um «estendal de poesia» onde cada visitan-te será convidado a deixar o seu poema ou levar consigo aquele que mais gostar.

O programa começa às 10h00, com atividades crian-

ças. A tarde será dedicada à apresentação do livro «E se não for?» de Marco Macka-aij, por Pedro Jubilot e Paulo Moreira. Às 16h30 decorre a sessão «Poetas do Guadia-na – Ponte de Palavras» com Pedro Tavares, Diego Mesa e António Cabrita. Depois, há a apresentação do projeto

«GRAU - Grito de Raiva de Arte Urbana» por Luís Rocha e poetas convidados, seguida às 17h45 por «O Algarve da poesia e a poesia do Algarve» com Paulo Pires e Paulo Pe-nisga.

Durante o dia há teatro de rua, graffity e música. A entrada é livre.

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Sons da Guitarra voltam a lagoa

O II Festival Internacional de Guitarra de Lagoa será mar-cado por diferentes géneros e estilos musicais, num con-texto intercultural, entre 13 de setembro e 31 de outu-bro. A estreia é no domingo, dia 13, com Realejo, no Sítio das Fontes, seguindo-se Ana Albino e o Cristobal Pazmino

Trio, na Adega de Lagoa, no dia 20, e o Quarteto de Gui-tarras CRMC e o Duo «El Tan-go», na Adega Cabrita, a 27. Já em outubro, no dia 4, é a vez de Daniel da Silva Flamenco Quartet e do Trio de Pedro Caldeira Cabral, na Adega de Lagoa. O Duo Anima atuará no Convento de São José, a

11, enquanto a Orquestra Ju-venil de Guitarras do Algarve e o Trio Pedro Frias atuam na Quinta dos Vales, no dia 18. Laurent Boutros, no dia 25, e Peter Finger, a 31 de outubro, encerram este Fes-tival no Auditório Municipal de Lagoa. Todos os concertos serão às 18 horas.13

Bloco noTAS

11 sEtBaile de verão com Cláudio RosadoPraça do infante

14 sEt – 11h00Visitas orientadas pelo conser-vador restaurador Pedro Gagoigreja santo António

Até 21 sEt – 10h00 às 19h00«Arte na Marina de Lagos»Núcleo Gil Eanes

10 e 15 sEt - 10h00 às 21h30Passeios «Património e Arte na cidade»Vários pontos de lagos

Até 30 sEt – 11h00 às 17h00Exposição de miniaturas de barcos, carros, motas e aviõessalão de coleções do Búzio, Praia da luz

Até 3 OUtExposição de artesanato «Bigo-des de Alfazema» de Amélia PaivaPosto Municipal de Exposições

Até 3 OUtExposição «Poiesis» de Ana F GouveiaGaleria lAr

Até 10 OUt – 10h00 às 18h00Mala – V Mostra de Artistas de Lagoscentro cultural de lagos

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LouLé..................................................

10 sEt - 18h00Apresentação do livro «Miscelâ-nea» de António Pinto Ribeirocine-teatro louletano

12 sEt - 19h00Inauguração da Exposição de escultura «Ritmos e Melodias» de Teresa Paulino Galeria de Arte da Praça do Mar | Quarteira

12 sEt - 21h00Festa BYE BYE Summersociedade recreativa de Vale Do Judeu (967 482 035 | [email protected])

13 sEt – 09h00Feira das VelhariasJunto à Escola c+s de Almancil

Até 31 OUtExposição de Pintura e Instalação «do Dia-a-dia» de Alfredo RevueltaGaleria de Arte do convento do Espírito santo

Até 4 de nOVExposição de escultura «Anéis» de Paulo NevesGaleria de arte Vale do lobo

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MoNCHIQuE..................................................

13 sEt - 15h00II Corrida de Carrinhos de Rolamentos CDC da NavePortela da Eira

Até 31 DEZ – 10h00 às 19h00Exposição «Usos e Costumes da Serra de Monchique»Parque da Mina nas caldas de Monchique

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oLHão..................................................

11 sEt – 21h30Mário Laginha Trio Auditório Municipal de Olhão

12 sEt - 21h00Quarteira Rock FEST (Charm Bag, Asimov, Fast Eddie Nelson, The Dirty Coal Train)Praça do Mar

13 sEt – 18h30Concerto de Jazz com No Net Triocantaloupe café

13 sEt – 9h00Feira das VelhariasJunto ao Parque de campismo da Fuzeta

13 sEt - 9h006º Passeio BTT Estêvãocasa do povo de santo Estêvão

Até 30 sEtExposição de Fotografia «Con-trastes» por Tâmara SantosBiblioteca Municipal de Olhão

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PoRTIMão..................................................

10 sEt – 19h00«A Casa Convida às Quintas» com concerto pelo Grupo Coral Adágiocasa Manuel teixeira Gomes

Até 11 sEtExposição «Entre o Rio e o Mar» de Elsa MartinsEmarp

12 sEt – 17h00Ciclo de conferências «O Santo Graal», com palestra «O Santo Graal e a Milícia de Cristo», por Eduardo AmaranteBiblioteca Municipal de Portimão

12 e 13 sEtFestival do BerbigãoPolidesportivo da Figueira

14 sEtExposição de fotografia «Singularidades» de Conceição AgostinhoEmarp

Até 30 sEt – 10h00 às 18h00Exposição coletiva de pintura dos artistas portimonensescasa Manuel teixeira Gomes

Até 30 sEtExposição «Cardume» da Galeria XXIMuseu de Portimão

Até 11 OUtRota do PetiscoPortimão, Alvor, Monchique, silves, Mexilhoeira Grande e Ferragudo

Até 11 DEZComemorações do 1º Congresso Regional Algarvio na Praia da RochaVários pontos do concelho

Até 15 DEZExposição «Barbearia, Poesia e Barbearia», um percurso de António MarreirosMuseu de Portimão

Até 15 DEZExposição «Novos Mundos» de Tilmo DillnerMuseu de Portimão

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S. B. ALPoRTEL..................................................

12 sEt – 17h00Apresentação do livro «César Correia O Árbitro, Um ser Hu-mano» de Neto GomesMuseu do trajo

13 sEt – 20h00Inauguração da Exposição Coletiva de Arte com trabalhos de Jeff Carter, Cecilia Carter, Jurggen Vijfs-chaft, Thessa van der Voort e Erik van LintMuseu do traje Algarvio

Até 30 sEtExposição «Happy Glass», Pintura de Louis La Rooy, Mau-rice La Rooy e Christa DohmenGaleria Municipal

Até 30 sEtExposição «Visibilidades» de Sílvia Granjacentro de Artes e Ofícios

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SILVES..................................................

12 sEtTrail do LinceParticipação: entre 5 e 50 eurosserra de silves

16 sEt – 14h00 às 16h00Palestra integrada no programa Bandeira AzulEscola 2+3 de Armação de Pêra

Até 30 sEt – 9h00 às 16h00Exposição «Há 25 anos a Conservar e a Restaurar»câmara Municipal de silves

Até 30 OUt – 10h00 às 18h30Exposição «Cumplicidades»casa Museu João de Deus em são Bartolomeu de Messines

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TAVIRA..................................................

Até 12 sEtXII Torneio Vila da LuzPavilhão Municipal da luz de tavira

13 sEt - 12h30Almoço-convívio do Bloco de Esquerda «As Lutas do Algarve no Parlamento!»casa das Artes

13 sEt – 22h00Quarteto Manuela Lopes & Rui MourinhoAuditório da Academia de Música de tavira

19 sEtInauguração da exposição de pirografia de Edite Costacasa André Pilarte

Até 30 sEt – 19h00 / 0h00Mostras de ArtesanatoJardim das Palmeiras

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VILA Do BISPo..................................................

Até 18 sEt – 9h00 às 17h00Exposição «A ilha do tesouro»centro cultural de Vila do Bispo

Até 30 sEt – 9h00 às 15h30Exposição «O Mar, a Terra e o Tempo no Espaço de Vila do Bispo»centro de interpretação

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V.R.S. ANTÓNIo..................................................

10 sEt - 19h00 - 0h00Mostra de Artesanato de VerãoPraça Marquês de Pombal

12 sEt – 09h00Feira das VelhariasPraça Marquês de Pombal

13 sEt – 10h00«Poesia na Rua»cacela Velha

Até 14 sEtExposição de fotografia «Histórias de Sal» de 38 autorescentro cultural António Aleixo

Até 15 sEt - 20h00 - 0h00XVII Feira do Livro de Monte Gordo e Feira Stock OutMarginal de Monte Gordo

Trail do Lince | Serra de Silves

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ALBufEIRA 10 e 11 - Santos Pinto; 12 a 18 - Piedade.ALMANCIL 10 a 13 - Nobre Passos; 14 a 18 - Paula.fARo 10 - Helena; 11 - Alexandre; 12 - Crespo; 13 - Palma Batista; 14 - Montepio; 15 - higiene; 16 - caniné; 17 - Pereira Gago; 18 - Penha.LAGoA 10 a 12 - Oliveira Martins; 13 - Lagoa; 14 a 18 - José Maceta.LAGoS 10 - Neves; 11 - Ribeiro Lopes; 12 - Lacobrigense; 13 - Silva; 14 - Telo; 15 - neves; 16 - ribeiro lopes; 17 - lacobri-gense; 18 - Silva.LouLé 10 - Pinto; 11 - Avenida; 12 - Martins; 13 - Chagas; 14 - Pinto; 15 - Avenida; 16 - Martins; 17 - chagas; 18 - Pinto.MoNCHIQuE 10 a 13 - Moderna; 14 a 18 - Hygia. oLHão 10 - Olhanense; 11 - Ria; 12 - Nobre Sousa; 13 - Brito; 14 - rocha; 15 - Pacheco; 16 - olhanense; 17 - ria; 18 - nobre Sousa. PoRTIMão 10 - Amparo; 11 - Arade; 12 - Rio; 13 - Central; 14 - Pedra Mourinha; 15 - Moderna; 16 - carvalho; 17 - rosa nunes; 18 - Amparo. QuARTEIRA 10 e 11 - Algarve; 12 a 18 - Maria Paula.S. B. ALPoRTEL 10 - Dias neves; 11 - S. Brás; 12 a 14 - Dias neves; 15 - S. Brás; 16 - Dias neves; 17 - S. Brás; 18 - Dias neves.SILVES 10 - central Armação Pera; 11 - Algarve; 12 - cruz Por-tugal; 13 - Sousa Coelho, Cruz Portugal e Algarve; 14 - Edite; 15 - Guerreiro; 16 - Sousa coelho; 17 - João Deus; 18 - central Armação de Pera.TAVIRA 10 - Montepio; 11 - Maria Aboim; 12 e 13 - Central; 14 - Felix Franco; 15 - Sousa; 16 - Montepio; 17 - Maria Aboim; 18 - central.VRSA 10 e 11 - carrilho; 12 a 18 - carmo.

fARMÁCIAS EM SERVIço DE DISPoNIBILIDADE Alcoutim, Aljezur, Alte, Altura, Alvor, Benafim, Bensafrim,Boliqueime, carvoeiro, castro Marim, conceição Tavira,Estoi, Estombar, Ferragudo, Ferreiras, Fuzeta, Guia,luz Tavira, Mexilhoeira Grande, Moncarapacho, Monte Gordo, Montechoro, Montenegro, odeceixe, odiáxere, olhos D’ água, Paderne, Patacão, Praia da luz, Praia da rocha, rogil,Sagres, Santa Bárbara nexe, Santa luzia, Santo Estevão, Santa catarina, Fonte do Bispo, Tavagueira (Guia), Três Bicos (Portimão), Vila do Bispo, Vila nova de cacela e Vilamoura.

Devido à variação do nível médio do mar, são de esperar alturas de águas superiores,em cerca 0,1 m, aos valores indicados na tabela.

© Copyright Marinha, Instituto Hidrográfico, 2014 - Autorização nº 17/2015

cinEMAs.................................................

fARo CINEMA NoS fórum Algarve................................................Sala 1A VIsITA(M/14) 13.30; 15.55; 21.45; 23.55UMA COMédIA INTERgALáCTIVA(M/12) 18.30SININhO E A LENdA dO MONSTRO dO NUNCA VP(M/6) 11.05 (sáb e dom)

Sala 2HITmAN: AgENTE 47(M/14) 12.50; 15.25; 21.05; 23.40VONTAdE dE VENCER(M/12) 18.00

Sala 3A OVELhA ChONé: O FILME(M/6) 10.50 (sáb e dom); 13.00; 15.10; 17.15; 19.20O AgENTE dA U.N.C.L.E.(M/12) 21.25; 00.00

Sala 4mINIoNs VP(M/6) 11.00 (sáb e dom); 13.20O PáTIO dAS CANTIgAS(M/12) 15.45; 18.20; 21.15; 23.45

Sala 5TrANsPorTEr: POTêNCIA MáxIMA(M/14) 13.10; 15.35; 18.10; 21.35; 23.50

.................................................

GuIA CINEPLACE T_289 561 575................................................Sala 1mIssão ImPossíVEL: NAçãO SECRETA(M/12) 16.20; 19.00; 21.40 (dia); 00.20 (sex e sáb)UPSSS! Lá SE FOI A ARCA(M/3) 14.20

Sala 2mINIoNs VP(M/6) (2D) 12.50 (sáb e dom); 16.50; (3D) 14.50O AgENTE dA U.N.C.L.E.(M/12) 18.50; 21.20 (dia); 23.50 (sex e sáb)

Sala 3RICky E OS FLASh(M/12) 13.20 (sáb e dom); 17.40; 22.00; 23.55 VONTAdE dE VENCER(M/12) 15.30; 19.50 (dia); 00.10 (sex e sáb)

Sala 4FéRIAS(M/12) 14.00A VIsITA(M/) 16.10; 18.10; 20.10; 22.10 (dia); 00.15 (sex e sáb)

Sala 5AgENTEs ImProVáVEIs(M/) 13.10 (sáb e dom); 15.20; 17.30; 19.40; 21.50 (dia); 00.05 (sex e sáb)

Sala 6Nós somos TEus AmIgos(M/14) 14.30HITmAN: AgENTE 47(M/14) 16.30; 18.40; 21.00 (dia); 23.10 (sex e sáb)

Sala 7O PáTIO dAS CANTIgAS(M/12) 14.10; 16.40; 19.10; 21.30 (dia); 23.55 (sex e sáb)

Sala 8TrANsPorTEr: POTêNCIA MáxIMA(M/) 13.00 (sáb e dom); 15.10; 17.20; 19.30; 21.40 (dia); 00.00 (sex e sáb)

Sala 9SININhO E A LENdA dO MONSTRO dO NUNCA VP(M/6) 12.30 (sáb e dom); 14.20; 16.10; 18.00UMA COMédIA INTERgALáCTICA(M/12) 19.50; 21.50 (dia); 23.50 (sex e sáb)

.................................................

LAGoS ALGARCINE T_282799138................................................Sala 1TrANsPorTEr: POTêNCIA MáxIMA(M/12) 16.30; 18.15; 21.45 (dia); 00.00 (sex e sáb)SININhO E A LENdA dO MONSTRO dO NUNCA VP(M/6) 14.40; 20.00

Sala 2UPSSS! Lá SE FOI A ARCA(M/3) 17.00UMA COMédIA INTERgALáCTICA(M/12) 19.00O AgENTE dA U.N.C.L.E.(M/12) 14.45; 21.30 (dia); 00.00 (sex e sáb)

.................................................

oLHão RIA SHoPPINGT_289703332................................................Sala 1TrANsPorTEr: POTêNCIA MáxIMA(M/12) 15.30; 17.15; 19.00; 21.30 (dia); 23.15 (sex e sáb)mINIoNs VP(M/6) 10.30 (dom); 13.45 (dia)

Sala 2UPSSS! Lá SE FOI A ARCA(M/4) 10.30 (dom); 13.30; 15.30

O AgENTE dA U.N.C.L.E.(M/12) 17.30; 19.30; 21.30 (dia); 23.45 (sex e sáb)

Sala 3SININhO E A LENdA dO MONSTRO dO NUNCA VP(M/6) 10.30 (dom); 13.30; 15.00 (dia)VONTAdE dE VENCER(M/12) 16.30; 18.30; 21.30 (dia); 23.30 (sex e sáb)

.................................................

PoRTIMão CINEMAS ALGARCINET_282 411 888................................................Sala 1SININhO E A LENdA dO MONSTRO dO NUNCA(M/6) 13.45TrANsPorTEr: POTêNCIA MáxIMA(M/12) 15.15; 17.00; 21.30 (dia); 00.00 (sex e sáb)VONTAdE dE VENCER(M/12) 19.45

Sala 2OVELhA ChONé: O FILME(M/6) 13.40; 15.15VONTAdE dE VENCER(M/12) 17.00O AgENTE dA U.N.C.L.E.(M/12) 19.00; 21.30 (dia); 00.00 (sex e sáb)

.................................................

PoRTIMão CoNTINENTE CINEPLACE T_282 070 101................................................Sala 1TrANsPorTEr: POTêNCIA MáxIMA(M/12) 13.00 (sáb e dom); 15.00; 17.10; 19.20; 21.30 (dia); 23.40 (qui a sáb)

Sala 2O PáTIO dAS CANTIgAS(M/12) 14.00; 16.30; 18.50; 21.10 (dia); 23.30 (qui a sáb)

Sala 3UPSSS! Lá SE FOI A ARCA(M/3) 16.40AgENTE dA U.N.C.L.E.(M/12) 14.10; 18.40; 21.20 (dia); 23.50 (qui a sáb)

Sala 4Nós somos TEus AmIgos(M/14) 14.50HITmAN: AgENT 47(M/14) 17.00; 19.10; 21.40 (dia); 00.00 (qui a sáb)

Sala 5A OVELhA ChONé: O FILME(M/6) 13.50 (sáb e dom); 15.50; 17.50; 19.50UMA COMédIA INTERgALáCTICA(M/12) 21.50 (dia); 23.45 (qui a sáb)

Sala 6mINIoNs VP(M/6) (2D) 16.20 (3D) 14.20mIssão ImPossíVEL: NAçãO SECRETA(M/12) 18.20; 21.00 (dia); 23.35 (qui a sáb)

.................................................

TAVIRA CINEMA NoS................................................Sala 1TrANsPorTEr: POTêNCIA MáxIMA(M/14) 13.20; 15.40; 18.20; 21.20 (dia); 23.45 (sex e sáb)

Sala 2AgENTE dA U.N.C.L.E.(M/12) 13.00; 15.30; 18.10; 21.10 (dia); 23.50 (sex e sáb)

Sala 3O PáTIO dAS CANTIgAS(M/6) 12.50; 15.20; 18.00; 21.00 (dia); 23.40 (sáb e sáb)

Sala 4HITmAN: AgENTE 47(M/14) 13.10; 16.00; 21.30 (dia); 23.55 (sex e sáb)UMA COMédIA INTERgALáCTICA(M/12) 18.30 (dia)

Sala 5UPSSS! Lá SE FOI A ARCA(M/3) 11.00 (dom); 13.30; 15.50; 18.15RICkI E OS FLASh(M/12) 21.05 (dia); 23.30 (sex e sáb)

FArMáciAs

tABElA DAs MArÉs

Bloco noTAS

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um Veterinário no PAN

O «barlavento» colocou-me a questão: porque motivo me juntei à lista do PAN (Pessoas--Animais-Natureza) pelo Al-garve? A resposta é simples. Pelo facto de me sentir soli-dário e de partilhar a ética nas ideias e práticas defendidas por jovem partido político.

Aqui tenho encontrado, exclusivamente, pessoas de boa vontade, cultas, amigá-veis, pugnando por causas que a mim dizem muito e que são humanistas e defensoras de um mundo melhor. É que apesar dos frequentes aler-tas e avisos de cientistas e de organismos internacionais independentes denuncian-do a situação crítica atual do planeta Terra, a nossa casa co-mum, não se notam suficien-tes preocupações e reacções

por parte de governantes, au-toridades, partidos políticos e até mesmo por parte dos cidadãos enquanto indivíduos com a finalidade de se encon-trarem soluções e alternativas para as ameaças globais.

Desde criança que me in-teresso muito por animais. Estudei medicina e medicina veterinária em Lisboa e em Hannover, na Alemanha, onde terminei a licenciatura. Traba-lhei como profissional médico veterinário de animais da pe-cuária e de animais de com-panhia na Suíça, na Alemanha, nos Açores e em Portugal con-tinental.

Na Ilha Terceira, fui mé-dico veterinário municipal e, por isso, encarregado de zelar pela boa condição dos touros corridos nas touradas daque-

la ilha aficcionada. Durante a minha vida profissional, tive a experiência de ver de perto o quão cruel é a tauromaquia.

Aprendi na ciência e pela observação próxima que os animais, nomeadamente os mamíferos, estão muito pró-ximo dos seres humanos na senciência (sentidos, capaci-dade de sentir prazer e dor). E também nos são próximos na consciência, inteligência, nos sentimentos, nas emoções (susto, medo, pânico, raiva, amizade, paixão). É o que informa e comprova a Decla-ração de Cambridge de 7 de julho de 2012 sobre a consci-ência e senciência, assinada pelos mais reconhecidos cien-tistas da área.

Por isto, a minha solida-riedade pelo PAN no respeito

e na luta pelos direitos dos animais.

Mas não só. Vivemos dias em que continua ao rubro o sofrimento de pessoas causa-do pela exploração económi-ca, pelas guerras, pelo fanatis-mo religioso. Causas que preo-cupam e que se enquadram no plano de ação do PAN de modo muito claro e transparente.

Em boa verdade, consi-dero exemplar a minuciosa abordagem feita pelo partido em relação às eleições legisla-tivas 2015 nomeadamente, as prioridades de onde destaco:

«Permitir que pais e mães tenham mais tempo com os filhos; reconhecer direitos à Natureza; criar o estatuto jurídico do animal; defender um rendimento básico incon-dicional; abolir os espectácu-

los com sofrimento e morte de animais, nomeadamente touradas e circos; defender o fim dos canis de abate e tribu-tar a produção agroquímica e pecuária intensiva e apoiar a agricultura biológica, local e sazonal».

Tenho observado que re-des sociais temos um impacto muito grande. Isto mostra a nossa jovialidade e dinamismo em contornar os obstáculos que os meios de comunicação tradicionais nos colocam. Pen-so que este partido tem ainda um papel importante para a evolução de mentalidades no nosso país. Finalmente, na mi-nha opinião, a eleição de de-putados do PAN possibilitará a intervenção com mensagem ética, o que anda muito ausen-te da política e tanta falta faz.

VASCo REIS Veterinário reformado

Silly SeasonVêm dos tempos de Eça o uso no léxico burguês e snob, fun-damentalmente de Lisboa e Porto a importação de expres-sões que, vox populis eram batizadas como francesismos. Funcionavam como uma es-pécie de «faite la diference» de homens herdados e im-produtivos que se passeavam no Chiado ou na Avenida dos Aliados.

Era o tempo em que se usava chapéu para se tirar de forma teatral quando se cruzavam com as senhoras, apresentavam-se no Dona Ma-ria e no Rivoli com expressões como «enchanté».

Claro que o uso de tal ade-reço era em Portugal igual-mente usado pelo povo, que só tirava a boina quando ia à missa, a casamentos, a batiza-dos ou funerais.

Era igualmente o tempo em que as amas levavam os bilhetes das senhoras a mar-

car encontro com os seus amantes, dada a displicência de maridos marialvas e das suas concubinas bem trajadas. Tempos em que o povo escre-via cartas de amor, primeiro lidas à lupa pelos pais, e em se começava a namorar à janela.

Ex novo expressões, en-tre outras, como «homeless» e «silly season», entraram na linguagem dos «opinion makers» em debates, conven-ções, fóruns e outras exibições teóricas.

A primeira morreu, por se sentir ofensivo traduzir para inglês uma realidade cada vez mais vincada e transversal no dia-a-dia português. A se-gunda revela um certo «apar-theid» em relação ao tecido social deste nobre povo.

Seria teoricamente um tempo para juntar a família mais alargado, ir de férias para uma praia, ler um livro, repensar o que se tinha rea-

lizado, repor energias para a nova temporada.

Isto resumia-se aos polí-ticos, empresários e à extinta média burguesia. O homem sumário cá para as nossas bandas, na verdade, vive a úni-ca época ativa, produtiva e que pode apoiar a economia fami-liar até à próxima época alta.

Para quem andou pelo mundo à procura dele, de forma interiorizada, reflexiva e curiosa, tenho recordações únicas de palavras cuja tra-dução não existia noutras lín-guas e, igualmente expressões sem sinónimo na língua de Camões.

O eterno fado, a única e ma-ravilhosa saudade, são expres-sões que nada tendo de piegas são um património que nos distingue, elogia e diferencia.

Numa das saudáveis noi-tadas que tive em Pequim, onde o meu saudoso amigo Morbey, então assessor cultu-

ral da nossa embaixada, que não deixava que pernoitasse em hotéis, depois de um jan-tar tipicamente chinês, servi-do de forma elegante pelo seu mordomo fardado (tinha sido mordomo do pai Bush), pas-samos para a sala contígua, onde entre carpetes mongóis e duas terracotas da Dinastia Tang, se iria repetir o nosso duelo numa mesa de xadrez de porcelana.

Dois Remy Martin em balão aquecido, um Romeu e Julieta tirado da charuteira com a humidade regulada, o cachimbo do Dr. Morbey, com música chinesa de fundo e a presença elegante e charmosa da sua mulher chinesa Ontim, professora universitária em Tóqui, que iluminada por um candeeiro de abajour, sentada numa poltrona lia Camilo Pe-çanha.

O jogo terminou aos qua-renta e sete minutos com a

vitória do meu amigo e a mi-nha promessa de desforra. E lá começamos os três a visua-lizar slides da remota China e a falar sobre a respetiva influ-ência das nossas culturas uma na outra.

Depressa passamos para o que nos diferenciava e, depois de um conjunto de vulgarida-des por mim enumeradas, en-tre outras a estranheza do es-tar a mesa dos chineses e dos seus arroto sonoro depois das refeições, perguntei à Ontim o que é que achava de estranho no nosso comportamento(?).

Resposta tranquila, com naturalidade, quase a descul-par-se e com os ensinamentos e de Confúcio disse-me: «O que eu acho estranho é que os ocidentais quando se assoam dobram o lenço e guardam os micróbios no bolso». Mu-damos de assunto. E a partir daí comecei a usar lenços de papel.

ADELINo NoGuEIRA VAz consultor de imagem

TriBUnA liVrE

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Num país pobre sempre houve pobres, essa tem sido parte da história de Portugal. Tem cabido à sociedade ci-vil dar resposta a esse grave problema, permitindo que a situação não se torne insus-tentável em termos sociais. Essa é uma verdade pouco reconhecida, sobretudo pela própria sociedade.

Nestes últimos anos, onde a crise foi mais agu-dizada que o habitual (sim porque Portugal é e sempre foi um país em crise!) coube ao setor social manter a paz e a tranquilidade, manter a ordem pública, manter a coe-

são e a integridade dos terri-tórios. Alguns dirão: exagero!

Será? Qualquer animal defende as suas crias com tudo o que pode, incluso com a própria vida. Qualquer hu-mano pode passar fome, mas tudo fará para que os seus fi-lhos não passem.

Um Homem com filhos com fome está disposto a tudo!

Tal nunca aconteceu, e não acontecerá, porque um exército de anónimas “formi-gas”, dia-a-dia, está disposto a dar de si em prol de todos.

A alimentação distribuí-da nos últimos anos no Algar-

ve foi feita maioritariamente através deste “exército” de homens e mulheres, através de instituições formalmente organizadas ou grupos in-formais de pessoas, todos de coração grande e muito boa vontade.

Será isso o bastante? Perceber do grau de ca-

rência de quem nos aborda é fundamental! Apoiar quem precisa, quem é comprova-damente carenciado é um imperativo. Não se pode não dar resposta à verdadeira ca-rência, em detrimento de um trabalho fácil, onde o coração se sobrepõe á razão. Muitos

são os que se “alimentam” do setor social abusando de uma sociedade generosa e comprometida. Cabe a nós envolver, todos quantos rece-bem apoio, em atividades na comunidade e nas próprias instituições. Não se trata de um direito ou de uma obriga-ção, mas sim de um dever.

O dever de se manter envolvido. O dever de se le-vantar de manhã, tomar um banho, vestir-se, sair de casa e ter um sentido para o dia. O dever de se manter ativo. O dever de lutar pela vida e re-construi-la. O dever de voltar a ser contribuinte e permitir

que este ciclo não se quebre.Nunca se sabe quando

não precisamos de ajuda. É isso que o setor social dá, Ajuda! A oportunidade de “cais-te, mas estou aqui para te ajudar a levantar, acom-panhar-te nos primeiros passos e assim que consigas caminhar por ti, segue, pois outros tenho de os levantar e ajudar”.

Os recursos são escassos e limitados, incluindo a boa vontade de um povo solidá-rio, mas farto de ser chamado para tudo, sobretudo chama-do para dar a cara aos desgo-vernos alheios.

TriBUnA liVrE

NuNo CABRITA ALVES Banco Alimentar do Algarve

Pobreza envergonhada oufalta de vergonha na “pobreza”

10SET2015

DirETor Bruno Filipe [email protected](+351) 936 439 372

rEDAção Ana Sofia VarelaApoema calheirosJosé GarranchoSara Alves

PAGinAção Vasco Trindade

GErênciA/Dir. coMErciAl Simplício E. Santo - 919 907 187

PUBliciDADE António nery - 917 257 467José Madeira - 910 299 991

ProPriEDADE PorlAGMEDiAEdição e Distribuição, ldaNIF 513 023 801 Apartado 47 - 8401-901 lagoaDepósito legal nº 8755/85 registo no Erc nº 102457

EDiTor PorlAGMEDiAEdição e Distribuição, ldaSEDE SociAl Edifício Pátio da rocha, loja 46, Piso 0 - BA - Apartado 168 8501 - 911 Portimão [email protected]

rEDAção, ADMiniSTrAção E PUBliciDADEParque Empresarial do Algarve, 78401-901 lagoaTel.: 282 341 310 [email protected]

iMPrESSão Funchalense - Empresa Gráfica, S.A. Tel.: 219 677 450Fax: 219 677 [email protected]

DiSTriBUição VASP - Sociedade de Transportes e Distribuição, lda.Media logistics ParkQuinta do Granjal, Venda Seca2739-511 Agualva, Cacé[email protected].: 214 337 000cTT (assinatura)

www.barlavento.pt

Almargem critica central Solar de Alcoutim P10

a foto Já está disponível na rede o novo website do «barlavento». com um design mais limpo e atual, está otimizado para apresentar os nossos conteúdos em qualquer tipo de plataforma, de forma fluída e funcional. Sobretudo em telemóveis (smartphones) e tablets, que são uma forma preferencial para cada vez mais pessoas acederem às notícias. Desenvolvido pela equipa da casa, o novo website privilegia a imagem e pretende ser uma referência obrigatória na atualidade da região para o mundo. Visite-nos em http://www.barlavento.pt

DECo ajuda a receber 18 milhões em cauções de água, luz e gásA Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (DECO) tem boa memória e lembra-se bem que ainda se encontram cerca de 18 mi-lhões de euros de cauções por devolver a quem de direito.

Neste caso, aos consumi-dores que tinham contratos de serviços de eletricidade, gás canalizado e água, ce-lebrados até 1999. A partir deste ano é proibida a exi-gência de caução para garan-

tir o cumprimento do forne-cimento dos serviços públi-cos essenciais.

E como tal, os consumi-dores que tenham pago cau-ções associadas aos contra-tos celebrados até esse 1999, e não tenham visto esses va-lores serem restituídos pelas entidades prestadoras destes serviços através de débito direto ou de acerto na fatura, têm até ao dia 31 de dezem-bro de 2015 para reclamar e

fazer o pedido de restituição. Para isso, a DECO vai

abrir uma nova página na Internet, com o objetivo de facilitar a recuperação desse dinheiro de forma gratuita e simples.

A DECO garante ainda, em nota enviada às redações, que acompanhará o processo de devolução das cauções e a atuação dos prestadores de serviços.

O pagamento da caução

será feito pela Direção Geral do Consumidor, entidade res-ponsável pela gestão e paga-mento destes montantes.

A DECO justifica a aber-tura deste novo serviço com o desconhecimento geral por parte do consumidores, que não sabem que podem pedir a restituição das cauções de contratos de serviços públi-cos pagos antes de 1999.

Segundo a associação, está em causa «um valor que

lhes pertence» e que deve ser devolvido «aos seus legí-timos donos» até ao final do ano. A nova página está aces-sível em http://www.dinhei-rodoscontadores.pt

A delegação regional do Algarve da DECO é coorde-nada por Susana Dias Correia e funciona na Rua Dr. Coelho de Carvalho, n.º 1C, em Faro. Pode ser contactada através do telefone 289 863 103 e do e-mail [email protected]

Nova mercearia é banca do Algarve em Portimão P7