Universidade Federal FluminenseInstituto de Ciências Humanas e FilosofiaDepartamento de Sociologia e Metodologia das Ciências SociaisSociologia Contemporânea IProf. Dr. Carlos Eduardo FialhoGabriel Guimarães PintoEntrega: 14/04/2015

COLLIOT-THÉLÈNE, C. A lógica da compreensão IN: COLLIOT-THÉLÈNE, C. Max Weber e a história. Catherine Colliot-Thélène. Trad. Eduardo Biavati Pereira, São Paulo: Brasiliense, 1995. pp. 99-124

Neste capítulo, a autora analisa a definição de sociologia compreensiva para Weber, destacando a noção de compreensão como método explicativo objetivo, opondo-se a um possível subjetivismo, descolando-o, assim, de outras interpretações, que confundiram-no com a sociologia compreensiva alemã. Compreensão não é o entendimento do sentido, mas da ação estruturada por um sentido. Para a autora, a tipologia dos determinantes da ação social se configura como um problema, pois as ações afetivas e tradicionais, que são as mais frequentes, não são significativamente orientadas; as ações racionais com relação a valores são exceções, e a ação racional com relação a um objetivo, um hipótese acadêmica. Para ela, a solução do problema está na comparação entre o tipo-ideal e as outras ações. Sobre a acusação de relativismo por parte de Karl Löwith, a autora rebate ao afirmar que Weber distinguiu a formulação dos problemas, determinados segundo um interesse, da argumentação demonstrativa, garantindo a validade do método. Nesse aspecto, a validade e universalidade do método distanciam-se da da crença no valor da verdade científica, que variam de acordo com as civilizações. Por fim, ela examina a racionalização do homem com o mundo, correlacionando-a com diversos aspectos, como o desencantamento do mundo e a autonomização das esferas de possessão de bens.