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7/23/2019 FILOSOFIA - 08 - CULTURA UM CONCEITO ANTROPOLÓGICO.doc http://slidepdf.com/reader/full/filosofia-08-cultura-um-conceito-antropologicodoc 1/8 Cultura 1. Origem da Cultua Leacky e Roger Levin A cultura surge como consequência da vida arborícola: - Diminuição do olato - !isão tridimensional" - #tili$ação das mãos" - %armoni$ação entre os sentidos e o c&rebro" - '(iben: bi)edismo" Lestie *(ite Cérebro com capacidade. 2. Um Conceito Antropológico No final do século XVIII e no princpio do seguinte! os termos" +#L,#R: #ermo germ$nico utili%ado para simboli%ar todos os aspectos espirituais de uma comunidade. C!L.A,/0: &ala'ra francesa (ue se referia principalmente )s reali%a*+es materiais de um po'o.  Ambos os termos foram sinteti%ados por ,d-ard #lor /102 13145 no 'ocabul6rio ingl7s. C#L,#R1: #ermo (ue 8tomado em seu amplo sentido etnogr6fico 1  é este todo complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis, costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos  pelo homem como membro de uma sociedade”. Com esta defini*9o #lor abrangia em uma só pala'ra todas as possibilidades de reali%a*9o :umana! além de marcar fortemente o car6ter de aprendi%ado da cultura em oposi*9o ) idéia de a(uisi*9o inata! transmitida por mecanismos biológicos. O conceito de cultura! pelo menos como utili%ado atualmente foi! portanto definido pela primeira 'e% por #lor. ;as o (ue ele fe% foi formali%ar uma ideia (ue 'in:a crescendo na mente :umana. <. A =ifus9o da Cultura N9o resta d>'ida (ue grande )arte dos )adr2es culturais de um dado sistema não oram criados )or um )rocesso aut3ctone 4 5 oram co)iados de outros sistemas culturais" A esses em)r&stimos culturais 1

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Cultura

1. Origem da Cultua

Leacky e Roger LevinA cultura surge como consequência da vida arborícola:- Diminuição do olato- !isão tridimensional"- #tili$ação das mãos"- %armoni$ação entre os sentidos e o c&rebro"- '(iben: bi)edismo"

Lestie *(iteCérebro com capacidade.

2. Um Conceito AntropológicoNo final do século XVIII e no princpio do seguinte! os termos"+#L,#R:

#ermo germ$nico utili%ado para simboli%ar todos os aspectosespirituais de uma comunidade.

C!L.A,/0:&ala'ra francesa (ue se referia principalmente )s reali%a*+esmateriais de um po'o.

 Ambos os termos foram sinteti%ados por ,d-ard #lor /102 13145 no'ocabul6rio ingl7s.

C#L,#R1:#ermo (ue 8tomado em seu amplo sentido etnogr6fico1 é este todo

complexo que inclui conhecimentos, crenças, arte, moral, leis,

costumes ou qualquer outra capacidade ou hábitos adquiridos

 pelo homem como membro de uma sociedade”.

Com esta defini*9o #lor abrangia em uma só pala'ra todas aspossibilidades de reali%a*9o :umana! além de marcar fortemente o car6ter de aprendi%ado da cultura em oposi*9o ) idéia de a(uisi*9o inata!transmitida por mecanismos biológicos.O conceito de cultura! pelo menos como utili%ado atualmente foi! portantodefinido pela primeira 'e% por #lor. ;as o (ue ele fe% foi formali%ar umaideia (ue 'in:a crescendo na mente :umana.

<. A =ifus9o da CulturaN9o resta d>'ida (ue grande )arte dos )adr2es culturais de um dadosistema não oram criados )or um )rocesso aut3ctone45 oramco)iados de outros sistemas culturais" A esses em)r&stimos culturais

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a antro)ologia denomina diusão" Os antropólogos est9o con'encidos de(ue! sem a difus9o! n9o seria poss'el o grande desen'ol'imento atual da:umanidade. Nas primeiras décadas deste século duas escolasantropológicas /uma inglesa! outra alem95! denominadas difusionistas!tentaram analisar esse processo. O erro de ambas foi o de superestimar a

import$ncia da difus9o! esse mais flagrante no caso do difusionismo ingl7s(ue ad'oga'a a tese de (ue todo o processo de difus9o originou?se no'el:o ,gito.;as dei@ando de lado o e@agero difusionista! e mesmo considerando aimport$ncia das in'en*+es simult$neas /isto é! in'en*+es de um mesmoobeto (ue ocorreram in>meras 'e%es em po'os de culturas diferentessituados nas di'ersas regi+es do globo5! n9o poderamos ignorar o papel dadifus9o cultural.Numa época em (ue os estadunidenses 'i'iam um grande desen'ol'imento

material e os seus sentimentos nacionalistas fa%iam crer (ue grande partedesse progresso era resultado de um esfor*o autóctone! o antropólogoRal)( Linton  escre'eu um admir6'el te@to sobre o começo do dia do(omem norte-americano"8O cidad9o dos ,stados Unidos da América desperta num leito construdosegundo padr9o origin6rio do Oriente &ró@imo! mas modificado na ,uropaBetentrional! antes de ser transmitido ao ,stados Unidos. Bai debai@o decobertas feitas de algod9o cua planta se tornou doméstica na ndiaD ou delin:o ou l9 de carneiro! um e outro domesticados no Oriente ;édioD ou deseda! cuo emprego foi descoberto na C:ina. #odos esses materiais foram

fiados e tecidos por processos in'entados no Oriente &ró@imo. Ao le'antar da cama fa% uso dos E mocassinsE (ue foram in'entados pelos ndios dasflorestas do Feste dos ,stado Unidos e entra no (uarto de ban:o cuos osaparel:os s9o uma mistura de in'en*+es européias e norte?americanas!umas e outras recentes. #ira o piama! (ue é 'estu6rio in'entado na ndia ela'a?se com sab9o (ue foi in'entado pelos antigos gauleses! fa% a barba(ue é um rito maso(ustico (ue pare*a pro'ir dos sumerianos ou do antigo,gito.Voltando ao (uarto! o cidad9o toma as roupas (ue est9o sobre uma cadeirado tipo europeu meridional e 'este?se. As pe*as de seu 'estu6rio t7m a

forma das 'estes de pele originais dos nGmades das estepes asi6ticasDseus sapatos s9o feitos de peles curtidas por um processo in'entado noantigo ,gito e cortadas segundo um padr9o pro'enientes das ci'ili%a*+escl6ssicas do ;editerr$neoD a tira de pano de cores 'i'as (ue amarra aopesco*o é sobre'i'7ncia dos @ales usados aos ombros pelos croatas doséculo XVII. Antes de ir tomar o seu breaHfast! ele ol:a a rua atra'és da'idra*a feita de 'idro in'entado no ,gitoD e! se esti'er c:o'endo! cal*a

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galoc:as de borrac:a descobertas pelos ndios da América Central e tomaum guarda?c:u'a in'entado no sudeste da sia. Beu c:apéu é feito defeltro! material in'entado nas estepes asi6ticas.=e camin:o para o breaHfast! p6ra para comprar um ornal! pagando?o commoedas! in'en*9o da Fbia antiga. No restaurante! toda uma série de

elementos tomados de empréstimo o espera. O prato é feito de umaespécie de cer$mica in'entada na C:ina. A faca é de a*o! liga feita pelaprimeria 'e% na ndia do BulD o garfo é in'entado na It6lia medie'alD a col:er 'em de um original romano. Come*a o seu breaHfast com uma larana 'indado ;editerr$neo Oriental! mel9o da &érsia! ou tal'e% uma fatia de melanciaafricana. #oma café! planta abissnia! com nata e a*>car. A domestica*9odo gado bo'ino e a idéia de apro'eitar o seu leite s9o origin6rias do Oriente;édio! ao passo (ue o a*>car foi feito pela primeira 'e% na ndia. =epoisdas frutas e do café '7m -affles! os (uais s9o bolin:os fabricados segundo

uma técnica escandina'a! empregando como matéria?prima o trigo! (ue setornou planta doméstica na sia ;enor. Jega?se com @arope de maple!in'entado pelos ndios das florestas do leste dos ,stados Unidos. Comoprato adicional tal'e% coma o o'o de uma espécie de a'e domesticada naIndoc:ina ou ent9o coma delgadas fatias de carne de um animaldomesticado na sia Oriental! salgada e defumada por um processodesen'ol'ido no Norte da ,uropa.

 Acabando de comer! nosso amigo se recosta para fumar! :6bito implantadopelos ndios americanos e (ue consome uma planta origin6ria do KrasilDfuma cac:imbo! (ue procede dos ndios da Virginia! ou cigarro! pro'eniente

do ;é@ico. Ber for fumante 'alente! pode ser (ue fume mesmo um c:aruto!transmitido 6 América do Norte pelas Antil:as! por intermédio da ,span:a.,n(uanto fuma! l7 notcias do dia! impressas em caracteres in'entadospelos antigos semitas! em material in'entado na C:ina e por um processoin'entado na Aleman:a. Ao inteirar?se das narrati'as dos problemasestrangeiros! se for bom cidad9o conser'ador! agradecer6 a uma di'indade:ebraica! numa lngua indo?européia! o fato de ser cem por centoamericano 8.

. #eorias sobre a origem da di'ersidade Cultural

? D1,1R6076/ 8/L9C/"o ;arcante corrente de pensamento para o entendimento do (ue

'en:a a ser a di'ersidade cultural.o O ponto principal dessa e@plica*9o fundamenta?se na ideia de

transmiss9o genética de comportamentos sociais.o  Apesar de! no meio acad7mico! o seu 'alor ser (uestionado e!

portanto! estar superado! o determinismo biológico ainda permeia

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algumas e@plica*+es da Bociobiologia e se manifesta! por e@emplo!em ideologias neona%istas! e@istentes nos mais di'ersos pases! (uefundamentam seus argumentos na superioridade racial.

o O conceito de ra*a foi largamente utili%ado para e@plicar as

diferen*as entre grupos sociais. N9o :6 nada de errado no conceito

(uando este se limita a e@pressar diferen*as fenotpicas e est6 li'reda ideia de 8pure%aE e superioridade comportamental. ,m seu emseu artigo Raça e eugenia! Os-aldo Lrota &essoa define ra*a como8popula*+es (ue diferem significati'amente nas fre(M7ncias de seusgenesE. &ortanto! a 7nfase da diferencia*9o esta no plano biológico en9o cultural. Assim! e@istem mais culturas do (ue ra*as. =uaspessoas (ue compartil:am o mesmo idioma e os mesmos 'alorespodem termais diferen*as genéticas do (ue um belga e umtailand7s! representantes de culturas totalmente diferentes.

o

N9o e@istem pro'as cientificas de (ue :6 ra*as 1 puras. A ideiade pure%a racial é uma fal6cia! a n9o ser (ue esteamos nosreportando a animais! como ca'alos! cac:orros! porcos ou galin:as!(ue ten:am sofrido altera*+es artificiais e situa*+es controladas pelo:omem. ;ais problem6tico ainda é afirmar a e@ist7ncia de:ereditariedade de caractersticas sociais! como"

Intelig7ncia

Car6ter 

Lrie%a

&ropens9o ) lideran*a.

o #odo comportamento caracterstico da :umanidade depende de um

longo processo de aprendi%agem. Be um recém?nascido! por e@emplo! for afastado de seus pais e inserido em (ual(uer cultura! oresultado! em condi*+es normais! ser6 o mesmo. O beb7 crescer6 ereprodu%ir6 os comportamentos culturais do grupo a (ue foiincorporado.

o &or fim! a 'is9o de superioridade e domina*9o de uma ra*a por 

outra! presente em ideologias racistas! foge da esfera cientifica eentre nas discuss+es sobre ;tica. A marca do na%ismo na :istória

recente e os casos de intoler$ncia contra! por e@emplo!:omosse@uais! negros e nordestinos! (ue presenciamoscotidianamente! demonstram uma brutalidade a ser superada ee@tinta na constru*9o de um mundo igualit6rio e usto.

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o Outra tentati'a de e@plica*9o da di'ersidade cultural e te'e como

seu maior e@poente o estadunidense ,lls-ort: Puntington 104Q a13<R autor de Clima e civilização, li'ro onde defende a tese dainterfer7ncia do meio geogr6fico na composi*9o cultural de umdeterminado grupo.

o ,ssa tesa foi muito utili%ada no final do século XIX e inicio do séculoXX. No entanto sofreu duras crticas de antropólogos! como Lran%Koas! Sissler e Troeber! (ue ad'ertiram sobre suas limita*+es.

o  A rela*9o de causa e efeito entre clima e cultura n9o se sustenta se

analisarmos duas comunidades com :6bitos culturais diferentes!'i'endo em um mesmo território! ou sea! sob o mesmo clima. Be a'ari6'el geogr6fica fosse determinante na forma*9o cultural! os doisgrupos distintos de'eriam responder aos ditames da nature%a damesma forma.

o Jo(ue de Karros Faraia utili%a! como e@emplo! os indgenas do&ar(ue Nacional do Xingu. Nesse mesmo território! 'i'em '6riosgrupos de diferentes troncos lingMsticos! o (ue 6 indica umadi'ersidade cultural. ;as! :6 ainda outra e'id7ncia da fra(ue%aargumentati'a da determina*9o geogr6ficaD apesar de estarem sobas mesmas condi*+es clim6ticas e geogr6ficas! esses grupos étnicosapresentam :6bitos alimentares bastante diferentes entre si.,n(uanto os Tamaur6! Talapalo! #rumai e Saur6 n9o se alimentamdos grandes mamferos por (uest+es culturais! dando maior 7nfase )pesca e a ca*a de a'es! os Taabi só se alimentam de mamferos de

grande porte.o &ortanto! n9o é poss'el afirmar (ue a di'ersidade cultural é

meramente uma resposta mec$nica ao meio ambiente fsico.Inclusi'e! uma das caractersticas do :omem é ustamente acapacidade de romper e superar os seus limites biológicos egeogr6ficos.

. ,tnocentrismo e Jelati'ismo Cultual.,tnocentrismo

? ,m contraposi*9o ) ideia de ra*a surgiu a no*9o de etnia. Be! por um lado!a ra*a se refere 6s caractersticas biológicas! a etnia! por outro! di% respeitoa aspectos culturais semel:antes (ue criam identidade entre os membrosde um mesmo grupo! como! por e@emplo" o uso de uma lngua em comum!o modo de agir ou de se comportar e a cren*as ou tradi*+es semel:antes.

? ,struturamos nossas realidades tendo como refer7ncia os próprioscostumes! 'alores! cren*as e 'is+es de mundo. Ao nos depararmos com as

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diferen*as étnicas! classificamos e a'aliamos seus portadores! os 8outrosE!com base em par$metros obser'ados no nosso próprio grupo. A tend7nciapredominante é entendermos (ue o nosso modo de 'ida é o mais '6lido!mais natural! o mel:or! enfim! superior ao dos 8outrosE.

? ,ssa tend7ncia foi nomeada etnocentrismo pelo sociólogo Sillian .

Bummer 10<3 a 131 no li'ro LolH-as 13Q.o ="""> o termo t&cnico )ara esta visão das coisas a qual nosso

)r3)rio gru)o & o centro de todas as coisas e todos os outrosgru)os são medidos e avaliados em relação a ele =""">" Cadagru)o alimenta seu )r3)rio orgul(o e vaidade5 considera-sesu)erior5 e?alta suas )r3)rias divindades e ol(a com des)re$oas estrangeiras" Cada gru)o )ensa que seus costumes=olk@ays> são os nicos vBlidos e5 se observa que outrosgru)os têm outros costumes5 encara-os com desd&m"

CHUCHE, Denys. A noção de cultura nas ciênciassociais. São Paulo – Edusc, 1998. P.!

? O etnocentrismo (uando le'ado ao e@tremo! pode gerar diferentes formasde intoler$ncia"

o Jeligiosa

o Cultural

o &oltica

Jelati'ismo Cultual? O antropólogo estadunidense Lran% Koas 10R0 a 13<2 elegeu a cultura!

e apenas ela! como geradora das diferen*as entre grupos. ,le foi um doscrticos mais representati'os da utili%a*9o do conceito de ra*a para oentendimento da di'ersidade cultural.

? &ara se opor ao ,tnocentrismo! Lran% Koas utili%a'a o RelativismoCultural  como método de in'estiga*9o de culturas diferentes. &ara ele!cada cultura constitui uma totalidade singular (ue n9o pode ser prematuramente descrita e comparada! tal como fi%eram as teoriase'olucionistas! (ue classificaram linearmente as sociedades em 8maisa'an*adasE e 8menos a'an*adasE. Begundo Koas! a particularidades decada cultura só podem ser entendidas dentro de seu próprio conte@to.

? =o ponto de 'ista ético! o relati'ismo cultural condu%?nos ) percep*9o de(ue cada cultura é singular e! por isso! digna de toler$ncia e respeito.

<. Onde come*a a Cultura e termina a Nature%a. ? Outro dilema fundamental! presente nas discuss+es sobre cultura! foi

abordado no estudo das estruturas elementares de parentesco! reali%adopelo antropólogo Claude Fé'i?Btrauss. Afinal! (uando acontece a passagem

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da ordem natural para a ordem cultural Ou! em outras pala'ras! ondecome*a a cultura e termina a nature%a

? No primeiro capitulo de seu li'ro As estruturas elementares do parentesco  13<3! Btrauss analisou as tentati'as teóricas de distin*9o entre a ordemnatural e a ordem cultural. =uas perspecti'as forma criticadas pelo autor 

para a compreens9o da passagem da nature%a para a cultura"o  A primeira

&rocura'a o instinti'o no comportamento do :omem.

o  A segunda

Kusca'a aspectos precursores da cultura no comportamento

dos animais.

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1Etnográfico: Estudo e descrição dos povos, sua língua, raça e religião.2Autóctone: habitante priitivo de ua terra e descendente das etnias !ue sepre ali habitara. 

8ibliograia:FAJAIA! Jo(ue de Karros.  CUF#UJA Um Conceito Antropológico.Worge a:ar ,ditor Jio de Waneiro! 1334 11Y ,di*9o.

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