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f*ke u magazine _ ed.especial _ mai 2012 1 www.fakeumagazine.com capa: Muxxi especial

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É a revista sobre cultura, arte, moda, música e lifestyle. That's the culture, art, fashion, music and lifestyle magazine.

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E a maldição do 2º?“Se alguém lhe oferecer o caminho mais curto meu amigo, desconfie”. Parafrase-ando Criolo - um dos expoentes da poesia contemporânea, pode-se assim dizer - é desse modo que temos de encarar vários desafins da vida, e com a F*ke U não poderia ser diferente.

A responsabilidade de se manter uma revista, mesmo que online, com conteúdo atual e qualidade visual, às vezes “engarrafa” com os outros afazeres do cotidiano. Trabalho, família, amores e projetos mil (o grande mal bem da juventude atual com seu multi modo de ser), muitas vezes tomam proporções e importâncias que não podemos prever, ainda, por isso estamos aqui para pedir desculpas pela demora na publicação dessa edição. Mas sem mais rasgação de seda, vamos ao que interessa!

Primeira pergunta que vocês devem estar se fazendo: “Cadê todas aquelas cores?” Sim, elas sumiram, mas tem um motivo, algumas vezes a melhor forma de inovar é se virando do avesso, e como a muito, gostaríamos de fazer uma edição especial temática, nada mais digno e desafiador do que adotar o tema “Noir”, que com sua característica marcante do uso do preto e branco e quase ou nenhuma cor, iria totalmente de encontro com a caixa de lápis do cor falante que a revista é e sempre foi elogiada. O Noir, tendo sua origem no cinema e se extendo a tantas vertentes artísticas, traz consigo um charme, glamour e status inigualáveis. Por isso a F*ke U, querendo dar uma de crescidinh, se vestiu de black tie para essa ocasião mais do que especial e vem com a bolsa/carteira recheada de pura arte, música e cultura pop. Ruim isso né!

Claudio Jr Ponciano

Pablo GabrielEditores Chefes

Designer aficcionado por tudo um pouco

Designer apaixonado por música, blogs e fastfood

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f*ke u é uma revista mensal e online.

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Mariana Brandão Mari Brandão é uma estudan-te de jornalismo que é bem Rock n Roll mas tem uma queda pela soul music, hip hop e electro! Adora cultura, tecnologia, internet, redes sociais, expe-rimentar comidas e ama pro-moções! Ah, ela tem medo de cães e fala pra C*&¨%!

Thiago Araújo É estudante de design, apai-xonado por coisas bonitas e arquiteturas perfeitas, nas-ceu em setembro, já sabe o que quer ser da vida e a músi-ca é a sua casa de praia.

Felippe Bastos Estudante de comunicação social e apaixonado por 30 Seconds To Mars e filmes cult!

Álvaro Demartini Amante da Madonna, amigo de Freud e futuro psicólogo!

Eliana Miranda “Menina bonita do cabelo engraçado ela me fala de so-nhos estranhos e eu acho en-graçado...”

Diego Muzitano É formado em Comunicação Social e trabalha como Asses-sor de Comunicação, Marke-teiro e suas várias variáveis. Ama o que faz. É apaixonado pelas palavras e pelo que elas podem representar quando juntas e bem distribuídas.

colaboradores Maicon Carolino Amante de moda, mode-los e vogue, é formado em jornalismo,mas gosta de se divertir como stylist de ami-gos e afins, até que isso se torne sua profisão. Se sua vida fosse uma série de tv se chamaria Sex and City e quando crescer quer ser Tom Ford.

José Bruno José Bruno é jornalista (por formação), bancário (por pro-fissão) e escritor (por ilusão), ele também é um pouco de cada filme que assistiu, de cada música que ouviu e de cada livro que leu... um en-torpecido por alucinações ar-tísticas e literárias!

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imagens do filme Project X

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O Artista (The Artist) - 2011. Escrito e dirigido por Michel Hazanavicius. Direção de Fotografia de Guillaume Schiffman. Música Original de Ludovic Bource. Produzido por Thomas Langmann e Emma-nuel Montamat. La Petite Reine, La Classe Américai-ne, JD Prod, France 3 Cinéma, Jouror Productions e uFilm / França|Bélgica.

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Desde o advento do cinematógrafo, no final do século XIX, o cinema passou por diversas revoluções no que diz respeito á técnica e à narrativa. Uma das transformações mais radicais aconteceu na segunda metade dos anos 20 do século pas-sado, com a chegada do som. Em 1929 praticamente todos os filmes rodados em Hollywood já eram falados, alguns poucos cineastas tentaram se manter de forma indepen-dente no antigo formato, como Charlie Chaplin que ainda lançaria os mudos Luzes da Cidade (1931) e Tempos Moder-nos (1936). Outros como Buster Keaton não se adaptaram e suas carreiras entraram em declínio a partir de então. Tal transição aconteceu durante um período extremamente duro, não só para cineastas e produtores, afinal eram tem-pos de crise (em 1929 acontecera o crack da Bolsa de Valo-res de Nova Iorque), aqueles que não se rendessem à nova tecnologia estariam condenados à falência e ao ostracismo, afinal mais do que nunca a indústria não enxergava o talen-to ou a arte e sim o lucro que eles eram capazes de produ-zir. Se a moda era o som, os “mudos” que se adaptassem...

O Artista (2011), o elogiado longa de Michel Hazanavicious, resgata em sua trama a magia do cinema dos anos 20, re-tratando de forma simples e bela este período de transição tecnológica que também já foi abordado em obras primas como Crepúsculo dos Deuses (1950) e Cantando na Chuva (1952). Hazanavicious reverencia as produções e os artistas de outrora nesta que é a mais bela homenagem ao cinema clássico que assisto desde Cinema Paradiso (1988) de Tor-natore e Os Sonhadores (2003) de Bertolucci, ele parece ter embarcado na mesma onda nostálgica que também inspi-rou recentemente Woody Allen e Martin Scorssese, porém, diferente dos outros filmes que já prestaram homenagem a esta ou a outra época e de outras películas “saudosistas”, em o O Artista a reverência ao passado não está apenas na temá-tica, mas também na parte técnica do filme. Em plena era do 3D, do IMAX e do motion capture, Hazanavicious nos surpre-ende com um filme mudo e fotografado em preto e branco.

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A ousadia estética de O Artista foi ovacionada pela críti-ca especializada e por alguns cinéfilos, no entanto parte do público não entendeu a proposta, alguns mais radicais chegaram a pedir o dinheiro de volta na bilheteria do ci-nema após descobrirem (!) que o filme estava em um formato tido como retrógrado. Apesar de ter uma histó-ria simples e cativante, eu não creio que o filme realmen-te seja de fácil assimilação por parte do grande público. Certamente amantes do cinema clássico e aqueles que já estão familiarizados com filmes neste formato irão se de-leitar, afinal não é sempre que vemos uma homenagem tão sincera e tão bem feita a toda uma época. Por esta perspectiva, O Artista soa como um grande obrigado, um reconhecimento tardio, a tantos nomes e carreiras que fo-ram desfeitos em nome da inovação... Se existe um fio de melancolia na trama, ele se dá quando enxergamos no drama do personagem principal a história real de tantos artistas fenomenais cuja obra não foi capaz de sobreviver diante das imposições da indústria do entretenimento...

Em O Artista, George Valentino (Jean Dujardin) é um ator de Hollywood que está no auge de sua carreira, ele é adorado pela crítica, pelos fãs e principalmente pelas mulheres (o nome do personagem é uma clara referência à Rodolfo Va-lentino, aquele que talvez tenha sido o maior galã do cinema americano nos anos 20). Porém o advento do cinema falado de uma hora para outra transforma Valentino e um símbolo do passado, ele passa a ser ignorado pelos produtores e sua carreira entra em declínio, ele tenta produzir filmes mudos de forma independente, porém sem nenhum sucesso. Pa-ralelamente à sua decadência, o filme mostra a ascensão de Peppy Miller (Bérénice Bejo), uma jovem e bela atriz que George tinha ajudado a ingressar em Hollywood. Com um rostinho lindo e uma bela voz, Pappy parecia predestinada à fazer parte do novo, a brilhar no cinema falado, enquan-to seu benfeitor amargava o ostracismo... No decorrer da trama, George terá que lutar contra seu orgulho para assim se redescobrir e provar para os magnatas da indústria cine-matográfica que ainda tem talento e é capaz de inovar....

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O Artista tem uma excelente trilha sonora, que preenche os “vazios” deixados pela ausência dos diálogos e ainda evoca as produções dos anos 20, cujas músicas eram inter-pretadas ao vivo dentro das salas de exibição. A direção de arte, a cenografia e os figurinos são sublimes, eles tornam a reconstrução de época quase irrepreensível. Contudo, são as atuações o aspecto que mais se destaca, o elenco secundário faz bonito, dando uma aula de interpretação corporal; Jean Dujardin e Bérénice Bejo simplesmente brilham, ambos merecem aplausos de pé por suas res-pectivas interpretações, eles transitam com agilidade por situações cômicas e dramáticas, emprestando aos seus per-sonagens sensações e sentimentos que dificilmente uma fala seria capaz de proporcionar... E eles ainda dançam! O cachorrinho, inseparável do personagem de Dujardin no filme, fornece à história o elemento lúdico que remete à inocência do cinema antigo, apesar de eu não concordar com o uso de animais no cinema, tenho que reconhecer que algumas das cenas que ele protagoniza são ótimas. O Artista é um filme indispensável, principalmente para os verdadeiros amantes do cinema! Ultra recomendado!

O ritmo de O Artista e a sua qualidade técnica o distancia dos filmes produzidos na época a qual ele se propõe a ho-menagear, ele também não tem a “áurea” característica das produções de outrora, mas isso não o impede de cumprir sua proposta. Ele consegue ser nostálgico sem com isso deixar de ser atual. Talvez a maior contradição atrelada à sua produção seja a de que ele foi considerado inovador por resgatar algo que há mais de 80 anos foi tido como re-trógrado, mas isso não é tão difícil de ser compreendido, uma vez que no filme uma fórmula antiga é desconstruí-da para ganhar assim uma nova roupagem. Hazanavicious parece brincar o tempo todo com a idéia de que este é um filme mudo; preste atenção na primeira sequência, que mostra um personagem de um filme dentro do filme sen-do torturado para falar (é uma alegoria da trama que se desenrolará a seguir), e também na última... Em diversos momentos parece que o som irá simplesmente escapar das palmas, dos objetos cenográficos ou da boca dos per-sonagens, é desta forma que o cineasta nos lembra que estamos diante de um filme alegórico e do quanto esta-mos condicionados ao formato ao qual nos acostumados.

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Mah Diniz

O corte conhecido como undercut, a principio, foi uma forma dos “metaleiros” usaram para diminur o volume do cabelo. Tendo David Bowie, além do movimento punk como inspiração, o undercut voltou com tudo.

Alice Dellal foi uma das primeiras celebs a aderir e foi com ela que o corte tomou ainda mais percussão e ago-ra vem tomando conta das ruas e de outras cabecinhas antenadas.

O undercut é um corte de cabelo muito simples, onde se deixa a parte de cima do cabelo intacta e e raspada-se uma ou as duas laterais da cabeça ou aquele que fica na nuca.

Pra quem tem medo de raspar o cabelo é só utilizar tesoura e cortar o cabelo em um tamanho menor do que o restante.

Para as menos ousadas tem também o undercut como opção de penteado. Utilizando um grampo você puxa e prende uma lateral do cabelo, escondendo o grampo embaixo do cabelo solto.

O undercut pode ser utilizado em cabelos longos, curtos em homens ou mulheres, pode ser da mesma cor do cabelo ou até mesmo colorido.

Para quem busca um look sensual e/ou rocker é só apostar nesse corte e arrasar ainda mais.

Raspo ou não raspo?

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Raspo ou não raspo?

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Por Maicon Carolino Chuva e mais chuva! E hora de tirar os acessórios impermeáveis do guarda-roupas. Entretanto, nós da Fake U damos a dica: invista nas capas de chuva!Mas não naquelas capas amarelo-sem graça e sim em capas estilosas como as da Burberry, por exemplo, que fazem um mix de capa e casaco bolero. Agora se você é um pouco mais ousado in-vista pesado nos uber estilosos trechcoats, que além de te proteger da chuva ainda fazem a vez de casaco chic. Para completar o “look chuva” não se esqueça das botas galochas, que deixaram a ca-retice de lado e assumiram um ar fun com estampas florais, de bolinha e até oncinha, além das de salto alto como as da Melissa. Com essas dicas qualque chuvinha passará a ser muito menos tediosas.

Ahazando na chuva!

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Passo 1:

Comece com o tom prateado, no canto interno dos olhos.

Passo 2:

Utilize o tom 2 (gra-fite) passando um pouco por cima do prata, e avançando para a metade do côncavo.

Passo 3:

Cubra todo o restan-te do côncavo com a sombra preta fosca.

Mão namassaDando continuidade a série “Mão na massa” apresen-tamos para vocês leitores uma #superdica de make up para balada feita pela estudante de Design de Produtos Desireé Nunes. Aproveitando a pegada #noir #glamour #seduction, a inspiração rolou solta na releitura da maquiagem da lindissima Natalie Portman em “Black Swan”.

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Passo 4:

Faço um traço no canto inferior dos olhos puxando le-vemente para cima com o lápis de olho, com ponta bem fina.

Passo 5:

Com a sombra 3D cubra novamente todo o côncavo, ago-ra utilizando o pincel chanfrado para fazer o puxadinho no can-to inferior.

Passo 6:

Utilize a sombra pra-ta claro (4), passan-do abaixo das so-brancelhas e abaixo do puxadinho feito na lateral. Para ilu-minar toda a região.

Passo 7:

Passe bastante lápis de olho em toda a região inferior e es-fume.

Por último passe varias camadas de rímel. Dê preferen-cias a rimeis que dão volume e alongam os cílios para criar a impressão de cílios postiços. A make está pronta, e é uma ótima opção para você arrasar em fes-tas e baladas.

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26 f*ke u magazine_ed.especial_mai 2012 Não! Eu não fui no Lolla%#@!1

Mas se tivesse ido...No Butantã foram bandas não muito conhecidas, teve aquele tio estiloso e umas bandas com cara de intelectual. Esse foi o dia para ir com cara de rico, do tipo que conhece tudo e acha aquela arte muito legal, sei que lá, sei que lá, sei que lá... Ah! Teve MGMT e outro tio maneiro. Talvez alguns não concordem, mas eu achei justo quem foi bem do mato mesmo, esse povo adora um cogumelo...

Já no Alternativo, tocou uma galera que não liga muito para nada, então era para ter ido todo trabalhado no rock mesmo! E para não errar mais (caso tenha errado) a minha dica é uma camisa que parece que é de banda, mas na real não é! Como todos estão sempre doidões, ninguém perceberá que banda é e então não terá problemas com os fanáticos.

LOLLAPALOOZA!!!!! Por Eliana Miranda

O festival Lollapalooza aconteceu em São Paulo em Abril, então nada mais justo que a #fakefashion falar de como se vestir em eventos como esse. Mesmo sem ter ido, passo para vocês “fakers” algumas dicas que podem de ser apro-veitadas em algum outro festival. Lembrando que 2012 vai ser um ano reacheadissimo de shows legais.

Os shows do Lollapalooza aconteceram em quatro palcos, então você precisaria escolher o look certo para o lugar certo.

Na Cidade Jardim, teve Foo Fighters e O Rappa no mesmo dia. Ai foi fácil, era só ter usado um look rock com um boné de aba reta NY. Ou então ter atrapalhado bem o seu cabelo fazendo cara de mano bolado ou de roqueiro.

Tem o palco Perry, esse é difícil, tem uma mistura boa, então vai bem neutro mesmo, bem confortável pra pular bastante, nada de salto.

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Fashion NoirPablo Gabriel

Entrando de cabeça no nosso tema do mês, porque não pensar em Noir como estilo, tanto de se vestir quanto de vida? Nessa brincadeira, a F*ke U fez uma seleção de produtos no site www.cartel011.com.br, que por si só já é meio noir e possui muita coisa bacana e de bom gosto! Fica a dica!

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Pablo Gabriel e Claudio Jr Ponciano

Brincadeiras aparte, ou não, todos nós que acompanha-mos a música hoje em dia, principalmente o que acon-tece no underground, sabemos que a França é um país famoso por seus artistas de música eletrônica. Numa dessas esquinas virtuais, tivemos o prazer de trombar com essa galera, da banda indie Duellum. Estabelecidos na bela Paris, mas vindos de outras regiões do país mais charmoso do mundo, os rapazes conseguiram parar parar e responder algumas de nossas, talvez as suas também, dúvidas sobre como é ter uma banda, como anda o cenário do rock na França, se existe uma fórmula para o som perfeito e muito mais. Com vocês, Duellum!

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Vamos começar! Gostaria que vocês se apresentassem... Quem são, o que tocam e a banda preferida de cada um.

Hugo: Eu sou principalmente baixista na Duellum mas toco também sinte-tizadores, manipulo samples no palco com meu laptop e canto! Tocar todos esses instrumentos é um verdadeiro prazer. Eu tenho uma formação clássi-ca em música. Toquei violoncelo e violão espanhol antes de começar com obaixo ... Minhas bandas favoritas são Everything, Everything do Reino Uni-do, e The Books, uma banda experimental americana com uma variação de som enorme (do clássico ao eletrônico). Os outros sempre me zoam porque eu sou o integrante mais novo da banda (Tenho apenas 20 anos) Fred: Eu sou o baterista! Tenho 22 anos assim como o Hugo, venho de uma certa formação clássica de aprendizagem de ritmo. No palco, eu toco bate-ria, claro, mas também faço uns sons com a minha drum machine Roland TR-707 vintage (especialmente na faixa “All Work And No Play”). Estamostambém acostumados a tocar acústico quando estamos em locais diferen-tes ou pequenos, por isso que vocês podem ver em muitos vídeos na web que eu toco Cajon (uma espécie de caixa de madeira que reproduz um som entre tambores e bongos). Eu realmente amo a banda indie francesa Stuck In The Sound, The Whitest Boy Alive ou Gold Panda. Arthur: Eu tenho 21! E eu toco guitarra, canto, escrevo e toco sintetizador em algmas músicas ao vivo. Eu sou um autodidata desde os 8 anos. Antes da Duellum, tive minha primeira experiência com banda em Lyon (cidade que eu nasci) onde fazíamos covers (ahah). Acho que a minha banda pre-ferida sempre será Phoenix. Eu também adoro Cassius e outras coisas como Metronomy, Late Of The Pier ou minimal techno de Berlin como Stephan Bodzin. Jon: Eu sou o mais velho! 22 anos de idade, mas nasci em agosto (Fred é de outubro). Eu também sou autodidata desde adolescente. Comecei a tocar guitarra com 16 anos quando ganhei uma guitarra porcaria da minha namorada na época. Assim como Arthur, Phoenix é uma referência enorme não só pelo seu som e músicas, mas também por sua abordagem intelec-tual da música e de como gerenciar propriamente uma carreira musical nos dias de hoje. Algumas outras bandas como The Maccabees são uma verdadeira paixão, The Tallest Man On Earth, Canon Blue, Peter Broderick, Efterklang … escuto bastante electro como Arnaud Rebotini, Busy P (da galera da Ed Banger) ou o pós-dubstep do SBTRKT.

Como é ter uma banda? Tudo parece ser tão divertido.

Jon: O início da banda foi muito simples e natural. Arthur chegou em Paris para estudar. Eu estava na mesma Universidade e vi um anúncio que ele deixou na União de Estudantes. Ele queria criar algo como The Strokes / Libertines e tudo o que era meio tendência naquela época, haha. Eu o respondi por e-mail, fizemos nossos primeiros ensaios com muitas pessoas diferentes mas acabamos eu e ele. Eu conhecia o baterista Fred desde o pri-mário, e ele não tinha banda naquela época. Eu o convidei para tocar uma vez comigo e com o Arthur, ele se sentiu entusiasmado com a vibe que tive-mos e com o potencial da música que poderíamos fazer. A banda realmente começou no outono de 2008 quando Hugo veio. Naquela época, ele estava saindo com a irmãzinha do Fred haha . Foi assim que tudo começou.

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Como é a cena indie francesa?

Arthur: A cena Indie francesa parece ser muito fragmen-tada. Na França, o indie como nós o vemos realmente não existe. Na cultura underground, uma grande parte é dedicada ao electro (e você pode ver isso em todo o mundo onde a música eletrônica francesa está bom-bando!) e é difícil pra gente porque tocamos guitarra de verdade como deve ser ao vivo! Hugo: Nós realmente acreditamos que a França tem muitas bandas indies brilhantes surgindo. Temos conta-to com algumas bandas francesas que gostamos, não só de Paris. No norte da França, os nossos melhores amigos são da banda Velocity Bird banda de Lille. Eles tocam a música que amamos, eles fazem os shows que gosta-mos de assistir, eles nos dão emoções e uma amizade verdadeira nos liga. Fred: Eles sempre vêm a Paris para tocar, para ver as namoradas ou para nos ver tocar! É muito divertido quando eles estão aqui, nós fazemos música juntos e festas barulhentas no nosso flat em Montmartre. Apoiamos-los como eles nos apóiam. É a mesma coisa no Facebook, Twitter e assim por diante. Tentamos mis-turar nossos públicos para preencher os nossos shows e os deles. Jon: Estamos nos aproximando de algumas outras ban-das que admiramos. Em Lyon, a dupla de eletro (bem francês) Destronics, é bem simpática conosco. Em Paris, tem a banda Birdy Hunt que está se tornando cada vez mais famosa. Mas com todas essas bandas que eu men-cionei, compartilhamos a mesma idéia de que a música não é apenas para ser feita na França, para os franceses, e sim para sairmos de nosso isolamento. O melhor exemplo é nós estarmos respondendo uma entrevista de para uma revista Brasileira nesse momento!

Por que estão indo para Londres? Como estão se viran-do?

Jon: Na verdade, nós fomos para Londres para estudar durante um ano de intercâmbio. Mas tínhamos menosde 10 horas de aula por semana. A idéia era chegar lá como um pretexto para desenvolver e praticar música de uma forma diferente. Arthur: Com certeza, Londres foi uma experiência emocionante porque musicalmente falando, nós não tínhamos visto nada além da França. Nos primeiros dias de Reino Unido, nós já percebemos o trabalho devía-mos fazer para darmos certo. As bandas eram muito im-pressionantes lá. Em qualquer lugar você vá, a qualquer hora, há shows e bons shows! A menor banda

de adolescentes num pub pode ser absolutamente fantástica e desmoralizante ao mesmo tempo. Jon: Mas conhecemos pessoas simpáticas na nossa vizi-nhança (West-London) que nos ajudaram a se envolver com a música de lá. Fizemos shows e começamos a ficar um pouco falados, tivemos a chance de sermos notado pela BBC, a rádio mais famosa da Inglaterra. Eles transmitiram a música Elliptical Premises/McBeth, que gravamos por menos de 50 euros em nosso quarto! Foi aí também que começamos a pensar bem “faça você mesmo”. Entendemos que não havia necessidade de gastar enormes quantidades de dinheiro para fazer grandes coisas. Arthur: Sim, mas, por enquanto, estamos de volta na França, e esta é uma luta diária ... A indústria é difícil no velho continente porque música indie ainda é vista como um gênero menor.

Deve haver muitas pessoas comparando vocês com outras bandas. Isso faz vocês se sentirem chateados, bravos ou entusiasmados?

Fred: Você não pode realmente escapar do que você já sabe ... Quando você está produzindo música, você sempre acha que vai encontrar público em algum mo-mento. O que também significa um monte de críticas. Estamos conscientes que nossas influências continuam muito perceptíveis para aqueles que são interessados em música indie, mas é preciso tempo para ter o seu som próprio, suas próprias maneiras de claramente definir e refinar seu estilo. Jon: Eu me lembro que um dia, um rapaz durante uma festa me disse que a faixa “ All Work And No Play” lembrava Phoenix, e acrescentou: “Eu acho que é a Love Like a Sunset da Duellum.” Fiquei muito satisfeito apesar de ser pura fantasia dele ahaha. Além disso, a fantástica gravadora de La Paz na Bolívia, Random Is Not Whatever, está remixando All Work And No Play.Mal podemos esperar para ouvi-la! Hugo: As pessoas também precisam de pontos de refe-rência. Quando você toca alguma música, eles sentem a necessidade de conectá-la com algo que elas conhe-çam. Talvez seja uma maneira de se sentirem tranquilas. Mas nada disso chateia, é apenas normal. Nós também fazemos o mesmo quando ouvimos algo novo. Arthur: E ninguém pode realmente dizer que inven-tou alguma coisa. Mesmo um gênio têm o seu próprio background de influências. Criação Ex nihilo (vinda do nada) não pode existir na arte, mais especificamente na música.

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36 f*ke u magazine_ed.especial_mai 2012 Hugo: Nós saímos em turnê, mas fizemos uma série de shows em muitos lugares diferentes pela França e Reino Unido. Talvez façamos algum show na Bélgica, Suíça e Holanda, em um futuro próximo. Por que não no Brasil? Muito longe, tenho um pouco de medo no momento. Eu lembro que uma vez fomos convidados para tocar na Suécia e em Berlim, mas eles não esta-vam oferecendo dinheiro suficiente para que pudéssemos ir.

Qual o lugar que vocês tocaram e mais gostaram? Qual seria o lugar dos sonhos para tocar?

Hugo: Eu acho, e todo mundo vai concordar, que foi em Londres, em Camden Proud. Tudo foi perfeito, o som, o público... Muito bom lembrar de como foi passar a noite rindo com a banda no ônibus. Também gostamos de tocar no Bus Palladium em Paris, um local muito mítico na França.

Para vocês, qual seria o lugar dos sonhos para se fazer um show?

Jon: Todos nós sonhamos em tocar em alguns lugares exóticos, como Méxi-co, Japão ou Escandinávia . Arthur: No Reino Unido, temos alguns locais míticos para chegar ainda. Brixton Academy, Roundhouse em Camden. Tenho certeza que vamos conseguir. Fred: Que tal um show com o Velocity Bird no Madison Square Garden em 2020? Seria o projeto perfeito!

Vocês não tem medo de serem ”só mais uma banda”?

Arthur: Claro que é assustador. No momento, sabemos que estamos cons-truindo o nossa próprio estilo e identidade. Mas esse processo ainda não está acabado e nunca vai estar. Fazer música e arte em geral, é sempre uma reinvenção de você mesmo, é evoluir, correr riscos de ir fundo, para chegar onde você quer chegar. Nunca nada está terminado. Fred:Ultimamente estamos escrevendo novas canções que parecem ser muito diferentes do nosso EP. Lançar “For Some Reasons I Want To Talk nos permitiu crescer e abriu novos horizontes musicais. Estamos experimentan-do uns sons mais groovy, com um bpm mais baixo, mais reverb e espaço nas guitarras e vozes, letras mais simples etc. Pierre Veysset, nosso produtorno Ouich’Eaters, ajudou muito a desenvolver o nosso som. Esse cara é real-mente talentoso! Jon: Ter um som original é crucial! Isso também depende de qual equipa-mento você usa e de seu sentimento ao tocar. Por exemplo, temos uma verdadeira paixão por instrumentos baratos meio que vagabundo. Mesmo sabendo que eles não são “bons” gostamos do modo imperfeito e autênti-co que eles soam. Eu toco uma guitarra (Fender Bullet americana dos anos 80) que tem um som realmente “ vagabundo”, mas nenhuma outra guitarra consegue fazer um som igual a esse, então esse é o segredo! Fred recente-mente comprou uma bateria eletrônica Roland TR-707, e é o mesmo caso. Você não usa isso para parecer uma bateria normal, mas somente porque parece um som de m*erda!

Curtimos muito seu EP, já possuem previsão para um CD? Será que vocês podem adiantar algo em primeira mão pra F*ke U?

Hugo: Neste momento, estamos focados em escrever novas canções. Esta-mos no meio do processo. Nós realmente não sabemos quando nem onde ou com quem vamos lançar outro álbum. O que é certo é que isso não é sobre “lançar um álbum” mas sim sobre correr atrás ferozmente!

O clipe de “The Penny Dropped” é incrível... Conte-nos como foi criá-lo.

Jon: Obrigado pelos elogios. Nós começamos a criá-lo em setembro de 2011. A música The Penny Dropped era muito especial para nós. Quando estávamos ensaiando ou ao vivo, sempre sentíamos algo diferente com ela. Tínhamos muitas imagens em mente, muitas imagens em movimento. Fred: Então, começamos a reunir um monte de coisas, a fazer quadros de inspiração reunindo as idéias, explicações sobre as letras, fotografias, lugares que gostariamos de ver no vídeo, idéias de atores e roupas que poderiam ser usadas. Eu acho que isso ajudou os dois diretores, Nicolas Davenel e Thomas Delebecque a escrever a primeira versão do roteiro. Eles fizeram um apanhado surpreendente que gostamos já à primeira vista! Então, eles só tiveram que corrigir algumas coisas mas já tinham entendido perfeitamente bem o que nós queríamos. Arthur: Em agosto de 2011, fomos ao cinema ver o filme Jaime Regarder Les Filles (Eu amo ficar olhando para garotas) e ficamos hipnotizados porAudrey Bastien, a atriz principal. Então sabíamos que queríamos essa menina atuando no nosso clipe. Felizmente, Hugo era amigo de uma atriz que conhecia a Audrey e foi isso. Entramos em contato um com o outro, nos reunimos e planejamos a filmagem. A primeira vez que nos encontramos foi realmente estranho, porque estávamos todos tensos achando que ela iria recusar e ela foi nervosa por achar que não gostariamos de tê-la! Hugo: Filmamos durante uma semana em Le Havre, na Normandia, em ou-tubro de 2011. Os diretores encontraram belas locações industriais e alguns escombros da Segunda Guerra Mundial à beira-mar. Essa era a atmosfera perfeita para o que queríamos. As filmagens foram uma experiência e tanto para nós que éramos todos marinheiros de primeira viagem naquilo. Era um clima muito bom com todos, cabelereiros, maquiadores, produção, atores ... nós éramos uma equipe de 20 pessoas trabalhando no vídeo.

Tem alguma fofoca dos bastidores para compartilhar conosco? (rsrs)

Fred: uh ... Não! Se tiver de haver alguma fofoca, eu juro que não vai partir de nós! Jon: Antes de entrar no palco, sempre nos abraçamos ahah. Arthur: Verdade Hugo: Nós também abraçamos os nossos amigos do Velocity Bird de Lille. Partilhamos o mesmoespírito!

Quais são as influências da banda?

Jon: as influências vêm de muitas esferas diferentes que nós misturamos. Encontramos muita inspiração em arquivos antigos da TV francesa, internet ou assistindo a filmes antigos. Estamos completamente fascinado pelas mulheres do cinema dos anos 60: Brigitte Bardot nos filmes de Jean-Luc Go-dard, Françoise Dorléac e Catherine Deneuve nos filmes de Jacques Demy, Anna Karina ... Arthur: Como você pode imaginar, a música é também uma grande fonte de inspiração. Nós amamos ouvir músicas clássicas como Steve Reich, Philip Glass ou Terry Riley. Recentemente Foals,The Maccabees, Passion Pit, Phoenix, Bombay Bicycle Club, Breton, The Whitest Boy Alive são as nossas principais influências.

Já fizeram alguma turnê?

Fred: Infelizmente não. Nós não fizemos nenhuma turnê ainda porque não temos um empresário. Somos apenas apoiados pelo selo Ouich’Eaters and Smoky Carrot no Reino Unido, é só isso. O resto é tudo no Faça Você Mesmo (DIY)

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Hugo: Nós saímos em turnê, mas fizemos uma série de shows em muitos lugares diferentes pela França e Reino Unido. Talvez façamos algum show na Bélgica, Suíça e Holanda, em um futuro próximo. Por que não no Brasil? Muito longe, tenho um pouco de medo no momento. Eu lembro que uma vez fomos convidados para tocar na Suécia e em Berlim, mas eles não esta-vam oferecendo dinheiro suficiente para que pudéssemos ir.

Qual o lugar que vocês tocaram e mais gostaram? Qual seria o lugar dos sonhos para tocar?

Hugo: Eu acho, e todo mundo vai concordar, que foi em Londres, em Camden Proud. Tudo foi perfeito, o som, o público... Muito bom lembrar de como foi passar a noite rindo com a banda no ônibus. Também gostamos de tocar no Bus Palladium em Paris, um local muito mítico na França.

Para vocês, qual seria o lugar dos sonhos para se fazer um show?

Jon: Todos nós sonhamos em tocar em alguns lugares exóticos, como Méxi-co, Japão ou Escandinávia . Arthur: No Reino Unido, temos alguns locais míticos para chegar ainda. Brixton Academy, Roundhouse em Camden. Tenho certeza que vamos conseguir. Fred: Que tal um show com o Velocity Bird no Madison Square Garden em 2020? Seria o projeto perfeito!

Vocês não tem medo de serem ”só mais uma banda”?

Arthur: Claro que é assustador. No momento, sabemos que estamos cons-truindo o nossa próprio estilo e identidade. Mas esse processo ainda não está acabado e nunca vai estar. Fazer música e arte em geral, é sempre uma reinvenção de você mesmo, é evoluir, correr riscos de ir fundo, para chegar onde você quer chegar. Nunca nada está terminado. Fred:Ultimamente estamos escrevendo novas canções que parecem ser muito diferentes do nosso EP. Lançar “For Some Reasons I Want To Talk nos permitiu crescer e abriu novos horizontes musicais. Estamos experimentan-do uns sons mais groovy, com um bpm mais baixo, mais reverb e espaço nas guitarras e vozes, letras mais simples etc. Pierre Veysset, nosso produtorno Ouich’Eaters, ajudou muito a desenvolver o nosso som. Esse cara é real-mente talentoso! Jon: Ter um som original é crucial! Isso também depende de qual equipa-mento você usa e de seu sentimento ao tocar. Por exemplo, temos uma verdadeira paixão por instrumentos baratos meio que vagabundo. Mesmo sabendo que eles não são “bons” gostamos do modo imperfeito e autênti-co que eles soam. Eu toco uma guitarra (Fender Bullet americana dos anos 80) que tem um som realmente “ vagabundo”, mas nenhuma outra guitarra consegue fazer um som igual a esse, então esse é o segredo! Fred recente-mente comprou uma bateria eletrônica Roland TR-707, e é o mesmo caso. Você não usa isso para parecer uma bateria normal, mas somente porque parece um som de m*erda!

Curtimos muito seu EP, já possuem previsão para um CD? Será que vocês podem adiantar algo em primeira mão pra F*ke U?

Hugo: Neste momento, estamos focados em escrever novas canções. Esta-mos no meio do processo. Nós realmente não sabemos quando nem onde ou com quem vamos lançar outro álbum. O que é certo é que isso não é sobre “lançar um álbum” mas sim sobre correr atrás ferozmente!

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Amabis - Memórias Luso/AfricanasVinnie Bressan

Sampa é vanguarda. Ok, isso não é novidade, ou ao menos não deveria ser. As oscilações sempre existem, claro, e o foco do que de mais relevante o país produz no que tange à música muda com alguma freqüência, mas, via de regra, podemos ter a certeza de que acaba voltando pra terra da garoa, mais cedo ou mais tarde. Com isso, há coisa de um ano ou talvez um pouco mais, a mídia começou a tomar conhecimento e prestar uma atenção ainda bastante incipiente a um movimento que se corporifica há quase dez anos. Uma trupe de artistas solo, dona de trabalhos autorais bem acaba-dos e desafiadores de quem tem por costume rotular obras, formou uma rede de informação, parcerias e amizade, dando origem a um interessante movimento que setores da imprensa musical chamaram “música popular paulista”. A celebração desse momento musical particularmente feliz culminou na reunião de alguns dos maiores expoentes que o representam em um show sob o sintomático batismo de “Os Novos Paulis-tas”. Foi em meio a este cenário que floresceu, em 2011, “Memórias Luso/Africanas”, debut de Gui Amabis, aqui assinando apenas o sobrenome.

Embora o nome não evoque lembranças instantâneas, é provável que seus ouvidos já tenham topado com al-gum produto do talento do moço, em participações no trabalho de amigos ou mesmo nas incursões musicais para obras no cinema e na TV. É certo que ele não é hoje tão conhecido quanto vários de seus contemporâneos.

O que se depreende após uma audição atenta e fruída de “Memórias Luso/Africanas” é o quanto de injustiça há na verdade dessa afirmação. Porque, meu amigo, esse álbum é uma joia escondida que você não deveria deixar passar sem conhecer!

O disco abre com Dois Inimigos, uma confessional carta de intenções do artista, repleta de poesia, autoral no que a palavra tem de mais atrativa. É a única à qual Amabis empresta sua voz, grave e de timbre agradável, num folk que remete aos melhores momentos do Sol Invictus – menos pela interpretação e mais pelos arran-jos. Embora a abertura ajude a comprovar que o moço daria conta do recado caso decidisse cantar ele mesmo todas as dez faixas sozinho, optar por chamar amigos para ajudá-lo a gravar as músicas com registros vocais distintos acabou se mostrando uma decisão acertada, pois conferiu dinamismo ao resultado final.

Além disso, o disco cuida por representar um autêntico “quem é quem” do movimento: Céu – esposa de Amabis – participa em Doce Demora, Swell e Fim de Tarde como voz principal, além de fazer vozes de apoio. Tulipa Ruiz brilha como voz principal em Sal e Amor e Ao Mar. Lucas Santtana é dono da letra e da voz de O Deus que devasta, mas também cura (título de seu último traba-lho). A herança do mangue beat também dá o ar de sua graça no disco, com as participações de Dengue (Nação Zumbi) e Siba (ex-Mestre Ambrósio). Criolo dá o recado em Orquídea Ruiva e Para Mulatu – homenagem-experimentação a Mulatu Astatke, compositor etíope incensado após assinar a trilha de “Flores Partidas”, de Jim Jarmusch, e um dos precursores do afrobeat, ao lado de Féla Kuti. Curumin, outro interessante músico com carreira solo desta celebrada leva, faz a bateria de Sal e Amor. Por fim, metade do coletivo Passo Torto – a saber, Rodrigo Campos e Marcelo Cabral – grava violões e baixo acústico respectivamente.Contrariando as expectativas ao vermos tantos nomes e participações no play, o trabalho nunca soa como uma colcha de retalhos, tem coesão e vitalidade invejáveis pra um disco de estréia formatado nesses moldes. As histórias contadas pela avó desde criança sobre a família e a herança histórica dos antepassados foram o aporte conceitual para que este trabalho viesse à tona. À medida que a memória traía a contadora de histórias com a chegada da idade, o menino, espectador atento, sentiu-se impelido a pintar tal quadro sonoro com o registro que tinha feito de tantos e tantos anos de audição. Dividiu o trabalho com quem, apesar de nunca tê-las ouvido, cabia na condição de contador por seu talento em replicar histórias que são da família de Amabis, mas que também são suas. E que também são nossas. Preservou a memória e foi também autor. Por tudo o que o trabalho evoca, é possível apresentar “Memórias Luso/Africanas” como prova de que tudo o que foi ouvido, gerou um impacto forte nos 34 anos de Amabis. Mas, não uma prova qualquer: uma que deixa-ria a sua avó orgulhosa. O menino cresceu sabendo das coisas.

álbuns

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O livro é escrito em primeira pessoa pelo nosso amigo Humbert Humbert, que é um pedófilo (mas quem não tem defeitos não é mesmo?) e não esconde isso dos leitores. Ele é bonitão, um gentleman Europeu, coloca a culpa desse seu gosto pelas garotinhas em uma na-morada que teve, quando era bem novo e que morreu precocemente. (coitado!) Depois de dois relacionamentos tendo como motivo a morte das mulheres, (todo mundo morre nesse livro, meu Deus!) Humbert conhece Sra. Haze, mãe de Lolita, que não se dá muito bem com a filha e que logo sofre um acidente e morre (todo mundo morre nesse livro, meu Deus!²) deixando sua filha com esse nosso amigo bonitão, daí começam os dois a fazerem uma quase interminável viagem com o carro da falecida, por cida-des dos Estados Unidos, onde pernoitam em Motéis de estrada (imagina o que acontece na night, fogo doido!).

Lolita não é de toda bobinha e começa a seduzir o nosso amigo Humbert² (que quê isso novinha?!) para ganhar dinheiro e comprar suas revistas, HQ’s e doces. Percor-rem muitas cidades dos estados unidos, fazendo um verdadeiro tour, de amor e muita gasolina gasta até que a história fica tensa, quando num motel em que pernoi-tavam Lolita e Humbert, Lolita conhece e foge com um doidão que adora fazer filmes caseiros, mas infelizmen-te ela não faz nenhum filme (droga! seria uma ótima cena no filme. ah! tem filme! o de 1992 é bem bom.)

A história segue com mais aventuras do nosso apai-xonado pelas curvas da novinha, Humbert e a nossa maravilhosa, (opa, vou ser preso) indecorosa Lolita. Humbert escreveu o livro enquanto estava preso, nele tenta explicar com toda a sinceridade o que aconte-ceu, ele estava apaixonado minha gente! O júri (como geralmente é composto de nerds, mal comidas, virgens e não leitores de romances), foi contra as afirmações de Humbert. (triste) O Final vocês terão que descobrir lendo, ou vendo o filme.

Humbert Humbert roubou a infância de Dolores Haze, por amor. Libertemos-nos de dogmas e qualquer tipo de preconceito para ler este livro. Mesmo que confuso, difícil, às vezes bizarro e sem lógica amor é amor. Não existe lógica na arte de amar, mas será que é necessário entender?

Lolita - Vladimir NabokovGustavo Estevão

“Lolita, luz da minha vida, fogo da minha carne. Minha alma, meu pecado. Lo-li-ta: a ponta da língua toca em três pontos consecutivos do palato para encostar, ao três, nos dentes. Lo.Li.Ta.”

E assim começa o livro de Vladimir Nabokov, que conta a história de Humbert Humbert , um professor de litera-tura e a sua obsessão por Dolores Haze de 12 anos. (isso mesmo)

É isso mesmo, sexo!!!! Brincadeira! (ahhh o Gustavo, só faz vontade em vocês.) Não é de forma alguma um livro erótico (que pena), apesar de ter sido considerado ofensivo a moral e aos bons costumes dos Americanos na época em que foi lançado. Nabokov consegue com uma lírica poética inconfundível contar uma história que ao cabo não se sabe se é maravilhosa ou de puro horror. livros

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Da Guatemala para a fake u! Muxxi é uma ilustradora que possui um mundo surreal e som-brio em sua mente. Através de cores e formas ela da vida a no-vos seres, ora amentrotadores, ora super fofos. Tivemos a opor-tunidade de conhecer quase tudo sobre o universo dessa ar-tista. #ficadicaaseguir

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Muxxi

Apresente-se (nome, idade, onde nasceu, onde vive, formação...) Sou ilustradora, designer gráfico, uma artista da Guate-mala. Criadora de personagens surreais, assustadores e encantadores.

Seu trabalho tem um tom meio sombrio, conte-nos sobre seu trabalho e suas influências.Bem, eu gosto de pegar personagens e dar-lhes uma personalidade singular, adoro brincar com a minha ima-ginação e ser espontânea o tempo todo, há um monte de diversão dentro de uma peça feita sem qualquer planejamento, porque você coloca toda a sua imagina-ção e sentimentos dentro dela.

Como surgiu o interesse pelas “artes”? O quê a influen-ciou a começar? Eu sempre tive uma forte atração pela a arte, então eu estava sempre procurando novas formas de expressar os meus sentimentos por ela, mas foi na a faculdade que comecei a trabalhar mais a sério nele. Essa é a minha fuga da monotonia.

Qual situação cotidiana a inspira? A quantidade de felicidade que eu recebo durante o dia, todas as emoções boas e ruins sempre me inspiram muito.

De onde veio o nome “Muxxi”? Ela veio da mente louca do meu namorado, ele costu-mava me chamar de Muxxi e assim quis continuar sendo chamada. Em poucas palavras é a chamada de amor :)

Quais técnicas você utiliza na criação?Eu, principalmente, como ilustrações e vexel mas eu também gosto de pintar com acrílico sobre madeira e fazer desenhos com lápis, caneta ou marcadores. Também eu pintar murais com meus amigos, isso é algo que eu gosto muito, porque cada vez que eu sentir uma experiência completamente diferente.

O quê faz nas horas vagas?Assisto a filmes, pinto murais, curto uma boa conversa com uma xícara de café e gosto de desenhar, desenhar e desenhar ...

Se você pudesse comparar o seu trabalho com uma música ou banda? Qual seria?The Octopus Project

Qual sua visão sobre o mundo da arte hoje em dia? São tantos artistas incríveis lá fora e no entanto, há menos chances de serem notados e maiores chances de serem copiados. Os que têm sucesso são aqueles que estão um passo à frente, os que sabem como inovar em cada peça que eles criam.

Onde podemos adquirir seu trabalho?T-shirts, Hoddies, Cases para iPhone, Cartões, Impressos http://society6.com/iammuxxi

Edição limitada de impressos: http://shop.curioos.com/products/let-s-take-a-walk e podem comprar o meu tema “Weird Cuties” feitas para o Mr Chiizuu iPhone App http://www.mrchiizu.com

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flickr.com/photos/brenodamatta

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Mc Bess

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Stephane Tartelin

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www.fakeumagazine.comJorge Lopez

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kaori Yoshioka

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Matt Williams

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Fin DAC

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www.fakeumagazine.comJenny Liz Rome

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MAN vs GEORGE

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www.fakeumagazine.comMartinni Colausson

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Matt Williams

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www.fakeumagazine.comGuy McKinley

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http://www.nuvemdesign.blogspot.com/Caroline Morin

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www.fakeumagazine.comDaphne van den Heuvel

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Saint Markus

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