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FLUXO DE CALOR CRÍTICO
Limite de operação em ebulição nucleada
Quando atingido o CHF (critical heat flux) ocorre a redução do coeficiente de
transferência de calor e dependendo do modo de aquecimento da superfície um
novo ponto de operação poderá ser estabilizado.
Quando o fluxo de calor é constante se dá a transição da ebulição nucleada
para a ebulição em película (C→ E)
Está associada a um aumento brusco da temperatura da superfície quando esta
é coberta por uma camada de vapor, impedindo o contato com o líquido
Permite que a película líquida, entre a superfície e as bolhas de vapor, também
vaporize, o que causa a secagem da superfície e a consequente degradação da
transferência de calor, podendo ocorrer a fusão do material sólido.
No projeto de equipamentos de TC em
ebulição é extremamente importante ter
um conhecimento do fluxo máximo a fim
de evitar o aumento de temperatura,
fusão do material, destruição ou a fadiga
do sistema.
FLUXO DE CALOR CRÍTICO – CHF
- Burnout, crise de ebulição: redução do h, aumento de T, causado pela secagem da
superfície
- Modelo de Zuber (1958 e 1961) baseados nas instabilidades hidrodinâmicas na
interface vapor – líquido:
- Instabilidades de Taylor: normal ao vetor aceleração da gravidade
- Instabilidades de Helmholtz: em uma coluna de vapor vertical que serve de
via de escape para o vapor
Instabilidade de Taylor
• Início da ebulição em filme estável e é uma instabilidade associada a uma
diferença de densidade entre camadas sobrepostas
Seu valor pode ser computado a
partir de uma análise de
estabilidade da camada de vapor
que se forma sobre a superfície
• A estabilidade de uma interface de forma de onda entre dois fluidos de
diferentes densidades depende do equilíbrio da tensão superficial e da soma da
energia cinética e potencial da onda
• Tensão superficial > energia cinética e potencial da onda
fluido mais leve pode permanecer por baixo do fluido mais pesado
• Esta é a condição de ebulição filme estável a partir de uma superfície horizontal
62const)(g vl
d
)(g2C
vl1d
C1 = 1 a 3
Em um sistema físico, o comprimento de onda de perturbação (d) pode ser
interpretado como o distância entre os locais de nucleação ou como o tamanho das
bolhas de saída.
O comprimento de onda de Taylor (T = d) é o mais instável (que cresce mais
rápido) e predomina no colapso de uma interface plana
21dH λA
Jvv Aum
HJ A"qq
lvH hmA"q
Vazão de vapor no jato:
Calor fornecido ao jato para
mudança de fase:
Balanço de energia:
H
Jvlvv
A
Auh"q
Superfície plana vapor tende a subir sob a forma de jatos e colunas
2
λd 1d
j 2
1d2
jJ
2
λ
4
π
4
dπA
16
π
A
A
H
J
16uh"q vlvv
(1)
d2
AH=d1²
d1
H
d1/2
Cálculo da velocidade do jato, uv
O jato é instável, pois uma perturbação em sua superfície
(estreitamento), poderá levar a sua quebra.
Da Eq. continuidade: u2 > u1
Da Eq. Bernoulli: p2 < p1
Se a tensão superficial não for suficiente para amortecer a
perturbação o jato se rompe e se manifesta a
Instabilidade Kelvin-HelmholtzInstabilidade associada a uma diferença de velocidades entre as
camadas adjacentes
permite determinar a máxima velocidade do vapor
O comprimento de onda H é o mais instável (que cresce mais rápido) e predomina no colapso
da interface (coluna de vapor).
ul<<uv
Cálculo da velocidade do jato, uv
alta pbaixa p
movimentoH/2
Hd1/4
Líquido
vizinho
Jato de
vapor
Líquido
vizinhoJato de
vapor
v
l
uv
aquecedor
Configuração do jato
Instabilidade do jato
H/2
2
2d1dH
d1=d2/2
d2
)(g32
vlH
(2)
Hvv
2u
16
πuhρ"q vlvv
)ρρ(g
σ3π2λ
vlH
Hv λρ
πσ2uv (1) (2) (3)
Substituindo 2 e 3 em 1
4/1
4/1vllv
2/1vmax
)3(16
π]g)ρρ(σ[hρ"q
Para outras geometrias do aquecedor
4/1vllv
2/1vcrmax ]g)ρρ(σ[hρC"q
0,149 - Placa plana horizontal
L*=L[g(l-v)/]1/2
4/1vllv
2/1vmax ]g)ρρ(σ[hρ116,0"q
Cilindro horizontal
Limite superior do q” para
o sistema operar no
regime de ebulição
nucleada, que ocorre
quando o líquido chega à
superfície aquecida e
vaporiza instantemente
(W/m²)
K1=/[g(l-v)Aaquec
Exemplo: Fluxo de calor crítico
A água em um tanque é vaporizada à pressão atmosférica por um elemento de aquecimento de aço folheado com níquel de 1 cm de diâmetro.
Consideração: elemento de aquecimento um cilindro curto cujo comprimento característico: L=r
a) Determinar o fluxo de calor máximo que pode ser alcançado no regime de ebulição nucleada.
b) Determinar a temperatura da superfície do aquecedor.
CD – Região de transição:
Contato periódico instável entre o líquido e a superfície aquecida.
Limite superior corresponde a uma manta ou filme de vapor estável e a uma condição
de fluxo de calor mínimo. Abaixo do mínimo o filme colapsa, causando resfriamento
da superfície e restabelece a condição de ebuliação nucleada.
FLUXO DE CALOR MÍNIMO (Leidenfrost)
Associado a redução brusca da temperatura da superfície quando esta volta a
apresentar contato com o líquido mediante a redução do fluxo de calor
Representa o limite inferior para o fluxo de calor
no regime de ebulição de película (D-E)
Uma análise matemática da estabilidade da
camada de vapor, como feita para o q”max (Zuber),
resulta em:
4/1
2v
vllvvpmin,
)l(
g)(h09,0"q
Placa plana horizontal
C
D
E
)TT(T sats
EBULIÇÃO EM PELÍCULA
Filme contínuo de vapor cobre a superfície e não
permite o contato entre a fase líquida e a
superfície (predomínio do contato do vapor com a
superfície)
Baixos valores de h
Semelhança com a condensação em filme, assim
baseia as correlações deste regime nos resultados
da teoria da condensação.
sensível_calor
satsvlvlv )TT(cp4,0hh́ v
vv
4/1
satsvv
3lvvl
pelv
conv
ρ
μν
)TT(kν
Dh́)ρρ(gC
k
DhNu
radconv h4
3hh Considerando os efeitos da
radiação e seconvrad hh
)TT)(TTs(εσh sats2
sat2
rad
)TT(
conv
)TT(Dμ
)]TT(Cp4,0h)[ρρ(ρgkC"q sats
h
4/1
satsv
satsvlvvlv3
vpelpel
Cpel = 0,62 para cilindros horizontais e 0,67 para esferas
kv é a condutividade térmica do vapor, W/mK
Propriedades do vapor avaliadas na Temperatura da película: Tpel= (Ts+Tsat)/2
Massa específica do líquido na Tsat
Efeitos de radiação são importantes para Ts>300ºC
Tratar película de vapor como meio semitransparente entre duas placas paralelas e
aproximando o líquido como corpo negro:
Emissividade da superfície de aquecimento
Constante de Stefan Boltzmann
)TsatTs("q 44rad
Resultado para cilindro ou esfera:
vν
Notar que:
a TC por radiação entre a superfície e o líquido aumenta a taxa de evaporação e,
portanto, a espessura da película de vapor, o que dificulta a TC por convecção
Para q”rad<q”pel
radpeltotal "q4
3"q"q
Exemplo: Ebulição de película de água em um elemento de aquecimento
A água ferve à pressão atmosférica em um elemento de aquecimento horizontal
de cobre polido com diâmetro de 5 mm e emissividade de 0,05, imerso em água.
Se a temperatura da superfície do fio de aquecimento é de 350°C, determinar a
taxa de transferência de calor do fio para a água por sua unidade de
comprimento.