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Índia Ficha de Mercado Janeiro 2018
aicep Portugal Global Índia - Ficha de Mercado (janeiro 2018)
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Índice
1. Dados Gerais 03
2. Economia 05
2.1. Situação Económica e Perspetivas 05
2.2. Comércio Internacional 08
2.3. Investimento Estrangeiro 12
2.4. Turismo 13
3. Relações Económicas com Portugal 14
3.1. Comércio de Bens e Serviços 14
3.1.1. Comércio de Bens 15
3.1.2. Serviços 19
3.2. Investimento 20
3.3. Turismo 21
4. Condições Legais de Acesso ao Mercado 21
4.1. Regime Geral de Importação 21
4.2. Regime de Investimento Estrangeiro 25
5. Informações Úteis 27
6. Contactos Úteis 29
7. Endereços de Internet 31
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1. Dados Gerais
Mapa:
Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU)
Área: 3 287 263 km2
População: 1 339 milhões de habitantes (estimativa 2017)
Densidade populacional: 407 hab./km2 (estimativa 2017)
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Designação oficial: República da Índia (República federal com 29 estados e sete territórios)
Chefe de Estado: Presidente Ram Nath Kovind
Primeiro-Ministro: Narendra Modi
Data da atual Constituição: janeiro de 1950 (tendo existido muitas alterações)
Principais Partidos Políticos: Bharatiya Janata Party (BJP); Indian National Congress (INC); All India Anna
Dravida Munnetra Kazhagam (AIADMK); All India Trinamool Congress
(AITC); Biju Janata Dal (BJD); Shiv Sena (SS); Telugu Desam Party
(TDP); Telangana Rashtra Samithi (TRS)
Capital: Nova Deli
Outras cidades importantes: Mumbai (Bombay); Kolkata (Calcutta); Chennai (Madras); Bangalore; Hyderabad
Religião: A maioria da população é hindu, existindo também muçulmanos e ainda outras
minorias, tais como cristãos e sikhs, entre outras
Língua: A língua oficial é o hindi, sendo a mais falada pela população. O inglês é
normalmente utilizado na administração, na área dos negócios e como segunda
língua. A Constituição reconhece ainda 14 dialetos regionais
Unidade monetária: Rupia indiana (INR)
1 EUR = 76,0663 INR (Banco de Portugal, média mensal - dezembro 2017)
Risco País: Risco geral - BB (AAA = risco menor; D = risco maior) - EIU
Risco Político - BBB
Risco de Estrutura Económica - BB
Risco de crédito: 3 (1 = risco menor; 7 = risco maior) - COSEC, janeiro 2018
Política de cobertura de risco: Operações de Curto prazo - Aberta sem condições restritivas
Médio/Longo prazo - Garantia bancária (COSEC - janeiro 2018)
Principais relações internacionais e regionais:
A Índia integra, entre outros organismos, a Commonwealth, o Banco Africano de
Desenvolvimento (African Development Bank – AfDB), o Banco Asiático de
Desenvolvimento (Asian Development Bank – ADB), o Banco de Compensações
Internacionais (Bank for International Settlements – BIS) e a Organização das
Nações Unidas (United Nations – UN) e suas agências especializadas
(Specialized Agencies, Related Organizations, Funds, and Others). Este país é,
ainda, membro da Organização Mundial do Comércio (World Trade Organization
– WTO) desde 1 de janeiro de 1995. Ao nível regional faz parte da Associação
da Ásia do Sul para a Cooperação Regional (South Asian Association for
Regional Cooperation – SAARC), que criou uma Área de Livre Comércio do Sul
da Ásia (South Asian Free Trade Area – SAFTA), em vigor desde 1 de janeiro de
2006, do Encontro Ásia-Europa (Asia-Europe Meeting – ASEM) e do Fórum
Regional ASEAN (ASEAN Regional Forum – ARF). A Índia é, ainda, signatária
de outros acordos de livre comércio (que permitem a redução/isenção de direitos
aduaneiros no comércio de produtos originários entre as partes). A lista dos
acordos pode ser consultada no site do Ministry of Commerce and Industry /
Department of Commerce.
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Relacionamento com a União Europeia (UE):
O relacionamento da Índia com a UE rege-se, fundamentalmente, pelo Acordo
de Cooperação em Matéria de Parceria e Desenvolvimento, em vigor desde 1 de
agosto de 1994, que, em termos de comércio de mercadorias, assume a
natureza de acordo não preferencial em que as partes concedem-se
mutuamente o tratamento da nação mais favorecida (MFN – Most Favoured
Nation: conceito de não descriminação onde cada membro da Organização
Mundial do Comércio concede aos produtos de um outro membro um tratamento
não menos favorável do que o tratamento que concede aos produtos
semelhantes de qualquer outro país membro). Em 2007 iniciaram-se as
negociações com vista à celebração de um Acordo de Comércio Livre entre a
UE e a Índia, que chegaram a um impasse em 2013 por incompatibilidade de
ambições e expectativas. Em março 2016 iniciaram-se discussões a fim de
avaliar se podem ser feitos progressos suficientes que justifiquem a retoma
formal das negociações (informações atualizadas sobre as negociações podem
ser obtidas no Full Details of the EU’s Ongoing Trade Negotions). Enquanto este
novo Acordo não for concluído e entrar em vigor, as mercadorias comunitárias
não têm tratamento preferencial à entrada na Índia (ou seja, redução/isenção de
direitos aduaneiros); ao contrário, este país beneficia do Sistema de
Preferências Generalizadas, que permite a uma grande variedade de produtos
um acesso privilegiado ao mercado comunitário – Benefits and technical details
of the EU's GSP / Standard GSP. Mais informação sobre o relacionamento
bilateral pode ser consultada no Portal European External Action Service (EEAS)
– India and the EU ou no site da Comissão Europeia EU-India Trade Relations.
Ambiente de Negócios
Competitividade (Rank no Global Competitiveness Index 2017/18) 40º Facilidade de Negócios (Rank no Doing Business Rep. 2018) 100º
Transparência (Rank no Corruption Perceptions Index 2016) 79º Ranking Global (EIU, entre 82 mercados) 63º
2. Economia
2.1. Situação Económica e Perspetivas
A Índia é uma República composta por vinte e nove Estados e sete territórios da União, existindo o
reconhecimento constitucional das competências estaduais exclusivas em certas áreas. O país registou o
sétimo maior produto interno bruto (PIB) mundial, em termos nominais, em 2016 e situou-se na segunda
posição em número de habitantes em 2017. Segundo dados do EIU - The Economist Intelligence Unit,
em 2017, a população era de 1 339 milhões de pessoas, sendo o PIB per capita estimado de 1 890 USD.
Não obstante o crescimento verificado, a Índia ocupa a 131ª posição no índice de desenvolvimento dos
recursos humanos (Human Development Index).
A Índia é um país que para além de ter uma população muito numerosa, uma parte significativa da
mesma é jovem (estima-se que cerca de 27% tenha idade até 14 anos).
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A economia indiana é muito diversificada, com enormes discrepâncias, que conjuga uma agricultura
tradicional com uma outra mais desenvolvida, dispondo de uma ampla gama de indústrias modernas e
uma multiplicidade de serviços desenvolvidos com grande relevância económica.
Em termos de estrutura produtiva, destaca-se o setor dos serviços, estimando-se que tenha representado
53,7% do PIB em 2016, sendo o peso da indústria de 29,0% e a percentagem do setor agrícola de 17,3%
(segundo estatísticas locais, a preços correntes).
Trata-se de um dos maiores produtores agrícolas do mundo, destacando-se também ao nível do gado
bovino e ovino e da produção de peixe em aquicultura. Em termos dos principais produtos agrícolas,
podemos referir, por exemplo, o trigo, o painço, o arroz, o milho, a cana-de-açúcar, o chá, a batata e o
algodão. Por outro lado, a Índia é um dos principais mercados do mundo no que se refere à produção de
carvão, sendo a principal fonte de energia do país. No que respeita à indústria transformadora, destaca-
se o setor têxtil, existindo outros setores relevantes, tais como a indústria química, os produtos
alimentares transformados, os equipamentos de transporte, o cimento, a indústria farmacêutica, entre
outros. De mencionar ainda que a Índia dispõe de uma indústria relevante em termos de software.
Os níveis de crescimento e desenvolvimento que a Índia tem vindo a registar levaram o país a uma maior
participação na cena política e comercial internacional, sendo hoje considerada uma das mais
importantes economias emergentes da Ásia.
A crise financeira mundial abrandou o ritmo de expansão da economia indiana, cujo impacto não teve
outras dimensões porque o modelo de crescimento desta economia teve por base o aumento da procura
interna, consequência do aparecimento de uma classe média de consumidores em rápida ascensão.
Entre 2014 e 2016, a Índia registou taxas de crescimento do PIB que se situaram entre 7,1%, em 2016, e
7,9%, em 2015, estimando-se que o incremento do produto interno bruto, em 2017, tenha sido de 6,7%.
No âmbito desta ligeira desaceleração do crescimento da economia indiana em 2017, face ao ano
anterior, são de referir os menores acréscimos percentuais registados ao nível do consumo privado e
público e das exportações de bens e serviços e o maior incremento percentual das importações.
Perspetiva-se que a Índia possa ser das economias de maior dimensão a que apresente um maior ritmo
de crescimento nos próximos cinco anos, contribuindo, para isso, a forte procura ao nível do consumidor
e o aumento das despesas em infraestruturas públicas. Por outro lado, espera-se que a capacidade do
setor bancário para aumentar os empréstimos seja reforçada através de uma recapitalização que está
planeada ao nível dos bancos estaduais. À medida que os bancos e as empresas tenham uma situação
financeira mais estável, tal será favorável a um maior crescimento da formação bruta de capital fixo e a
que a expansão da economia assente numa base mais sustentável. Assim, prevê-se um crescimento do
PIB de 7,7% para 2018 e que os acréscimos do produto interno bruto nos quatro anos seguintes não
sejam inferiores a 7,5%.
O consumo privado, que é o principal impulsionador do crescimento da economia indiana, aumentou
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8,8% em 2016, sendo o acréscimo percentual estimado para 2017 de 7,2% e o previsto para 2018 de
8,3%.
No que concerne à formação bruta de capital fixo, registou-se um incremento de 6,5% em 2015,
descendo para 2,4% em 2016. A estimativa para a formação bruta de capital fixo aponta para que o
crescimento, em 2017, tenha sido de 2,9%, podendo aumentar 5,9% em 2018.
O crescimento real das importações de bens e serviços estimado para 2017 é de 8,7%, sendo o
acréscimo previsto para 2018 de 4,3%. Ao nível das exportações, os incrementos são, respetivamente,
de 3,4% e de 3,9%.
A taxa de desemprego tem-se situado entre 8 e 9%, apontando as estimativas para 8,5% em 2017,
prevendo-se uma ligeira subida em 2018 (uma percentagem de 8,7%).
A taxa de inflação média passou de 9,9% em 2013 para 4,9% em 2015 e 2016, estimando-se que a
percentagem de 2017 tenha sido de 3,8%. Segundo o EIU, a inflação poderá subir para 4,7% em 2018,
perspetivando-se que as percentagens dos quatro anos seguintes possam também ser superiores a 4%
e inferiores a 5%. Espera-se que a inflação continue a ser particularmente sensível a alterações dos
preços dos produtos alimentares e bebidas, que têm um peso considerável no índice de preços ao
consumidor. Assim, poderão sempre existir oscilações devido a flutuações na produção agrícola e nos
preços mínimos fixados pelo Governo para alguns produtos agrícolas.
O défice do setor público situava-se em 4,5% do PIB em 2013, tendo-se verificado ligeiras reduções nas
percentagens dos últimos quatro anos (uma estimativa de 3,1% do PIB em 2017). Prevê-se que o défice
possa representar 3,2% do PIB em 2018.
A dívida pública estimada representou 50,0% do produto interno bruto em 2017, prevendo-se uma
percentagem de 48,9% para 2018. Perspetiva-se que possa continuar a registar-se uma redução gradual
dos respetivos valores percentuais até 2022.
Em termos do saldo da balança corrente, estima-se que o défice de 2017 tenha representado 1,9% do
PIB, prevendo-se um agravamento para 2018 (2,1% do PIB). Nos quatro anos seguintes perspetiva-se
que o défice da balança corrente possa representar, em média, 2,2% do PIB.
A longo prazo, colocam-se à Índia vários desafios, entre os quais a redução da pobreza, fazer face a um
sistema ineficiente de geração e distribuição de energia, infraestruturas inadequadas, nomeadamente,
em termos de transportes e na agricultura, limitadas oportunidades de emprego fora do setor agrícola,
um ensino de qualidade pouco abrangente e o processo de migração de pessoas das áreas rurais para
os centros urbanos.
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Principais Indicadores Macroeconómicos
Unidade 2015a 2016a 2017b 2018c 2019c 2020c
População Milhões 1 309 1 324 1 339 1 354 1 369 1 383
PIB a preços de mercado1 109 INR 136 772 151 707 165 541 183 794 203 652 226 728
PIB a preços de mercado1 109 USD 2 089,1 2 261,9 2 534,3 2 695,0 2 801,4 3 226,3
PIB per capita USD 1 600 1 710 1 890 1 990 2 050 2 330
Crescimento real do PIB % 7,9 7,1 6,7 7,7 7,9 7,5
Consumo privado2 Var. % 6,1 8,8 7,2 8,3 7,4 7,8
Consumo público2 Var. % 3,0 21,1 12,1 15,2 8,0 4,9
Formação bruta de capital fixo2 Var. % 6,5 2,4 2,9 5,9 7,9 8,7
Taxa de desemprego % 8,6b 8,3b 8,5 8,7 8,7 8,4
Taxa de inflação (média) % 4,9 4,9 3,8 4,7 4,8 4,2
Saldo do setor público % do PIB -3,9 -3,5 -3,1 -3,2 -3,1 -3,0
Dívida pública % do PIB 51,9 50,3 50,0 48,9 47,8 46,5
Saldo da balança corrente 109 USD -22,5 -12,1 -47,6 -57,5 -55,4 -62,0
Saldo da balança corrente % do PIB -1,1 -0,5 -1,9 -2,1 -2,0 -1,9
Dívida externa % do PIB 22,9 20,2 18,7 17,8 17,9 16,4
Taxa de câmbio (média) 1USD=x INR 64,2 67,2 65,3 66,8 72,7 70,8
Fonte: The Economist Intelligence Unit (EIU)
Notas: (a) Valores atuais; (b) Estimativas; (c) Previsões; (1) Preços correntes; (2) Preços constantes
O ano fiscal tem início no dia 1 de abril
INR - Rupia indiana
2.2. Comércio Internacional
No âmbito das relações comerciais internacionais, segundo os dados da Organização Mundial do
Comércio, a Índia ocupava o 20º lugar no ranking mundial de exportadores em 2016, situando-se este
país próximo da Rússia (17º), de Taiwan (18º), dos Emirados Árabes Unidos (19º, com base em valores
estimados), da Tailândia (21º, com base em valores estimados), da Polónia (22º) e da Austrália (23º).
No que se refere ao ranking mundial de importadores, a Índia situou-se no 14º lugar em 2016, ficando
este mercado próximo da Itália (11º, com base em valores estimados), do México (12º), da Bélgica (13º),
da Espanha (15º, com base em valores estimados), de Singapura (16º, com base em valores estimados)
e da Suíça (17º).
As quotas da Índia nos montantes globais das exportações e das importações, em 2016, foram,
respetivamente, de 1,7% e 2,2%.
As exportações da Índia aumentaram em 2013 (+6,1%, face ao ano anterior) e em 2014 (+2,5%),
diminuindo em 2015 e em 2016 (variações percentuais, respetivamente, de -17,1% e -1,3%). As
exportações eram de 296,8 mil milhões de USD em 2012, atingiram cerca de 322,7 mil milhões de USD
em 2014 e fixaram-se em 264 mil milhões de USD em 2016. A taxa média de variação anual, ao longo do
período de 2012 a 2016, foi de -2,5%.
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Ao nível das importações, verificaram-se reduções em 2013 (uma variação percentual de -5,0%) e em
2014 (uma variação percentual de -0,5%), diminuindo também em 2015 e em 2016 (variações
percentuais, respetivamente, de -15,1% e -8,6%). As importações passaram de cerca de 489,7 mil
milhões de USD em 2012 para, aproximadamente, 359,1 mil milhões de USD em 2016. A taxa média de
variação anual, no período em análise, foi de -7,3%.
O saldo da balança comercial é deficitário. O défice diminuiu nos últimos cinco anos, situando-se, em
2016, em 95 mil milhões de USD. Em termos de coeficiente de cobertura das importações pelas
exportações, a percentagem, em 2012, era de 60,6%, apresentando um valor percentual de 73,5% em
2016.
Evolução da Balança Comercial
(106 USD) 2012 2013 2014 2015 2016
Exportação 296 828 314 848 322 694 267 444 264 020
Importação 489 694 465 397 462 910 392 866 359 065
Saldo -192 866 -150 549 -140 216 -125 422 -95 045
Coeficiente de cobertura (%) 60,6 67,7 69,7 68,1 73,5
Posição no ranking mundial
Como exportador 20ª 20ª 19ª 20ª 20ª
Como importador 10ª 12ª 12ª 13ª 14ª
Fonte: Organização Mundial do Comércio (OMC)
As exportações e as importações representaram 28,5% do PIB em 2016, sendo a percentagem de
16,6%, considerando apenas as compras de bens ao exterior (de acordo com os dados do EIU).
Segundo os dados do ITC - Internacional Trade Centre, os dois principais clientes da Índia são os
Estados Unidos da América (EUA) e os Emirados Árabes Unidos, apresentando quotas, respetivamente,
de 16,1% e 11,5% do total exportado em 2016. Seguiram-se Hong Kong (5,1%), a China (3,4%) e o
Reino Unido (3,3%). Estes cinco primeiros clientes representaram, em conjunto, cerca de 39% do valor
das exportações.
No que se refere aos países da Europa, situaram-se nos vinte primeiros lugares como clientes da Índia
em 2016, para além do Reino Unido, os seguintes mercados: a Alemanha (7º cliente, com um peso de
2,8% no valor global das exportações), a Bélgica (10º cliente, com um peso de 2,1%), os Países Baixos
(12º cliente, com um peso de 1,9%), a França (13º cliente, com um peso de 1,9%), a Turquia (15º cliente,
com um peso de 1,7%) e a Itália (16º cliente, com um peso de 1,7%). O conjunto dos países da União
Europeia representou 17,6% das exportações da Índia em 2016.
Portugal foi o 57º cliente da Índia em 2016, correspondendo as suas exportações para o nosso país a
0,24% do montante global. Segundo os dados do ITC, as suas exportações para Portugal, nesse ano,
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aumentaram 6,3% face a 2015, registando, no entanto, uma redução relativamente a 2014 (uma variação
percentual de -8,7%).
Principais Clientes
Mercado 2014 2015 2016
Quota (%) Posição Quota (%) Posição Quota (%) Posição
Estados Unidos da América 13,4 1ª 15,2 1ª 16,1 1ª
Emirados Árabes Unidos 10,4 2ª 11,3 2ª 11,5 2ª
Hong Kong 4,2 4ª 4,6 3ª 5,1 3ª
China 4,2 3ª 3,6 4ª 3,4 4ª
Reino Unido 3,0 7ª 3,4 5ª 3,3 5ª
Portugal 0,21 58ª 0,22 58ª 0,24 57ª
Fonte: International Trade Centre (ITC)
A China é o principal fornecedor da Índia, sendo a respetiva quota de 17,0% do total das importações em
2016, seguindo-se os Estados Unidos da América (5,7%), os Emirados Árabes Unidos (5,4%), a Arábia
Saudita (5,2%) e a Suíça (4,2%). Estes cinco primeiros fornecedores representaram, em conjunto, cerca
de 38% do valor das suas das compras de bens provenientes de mercados externos em 2016.
Os países da Europa que se posicionaram entre os vinte principais fornecedores da Índia em 2016, para
além da Suíça, foram a Alemanha (8º fornecedor, com um peso de 3,2% no total das importações) e a
Bélgica (14º fornecedor, com um peso de 2,1%). O conjunto dos países da União Europeia representou
11,3% das importações da Índia em 2016.
Portugal, como fornecedor da Índia, ocupou a 96ª posição em 2016, representando apenas 0,04% do
valor global das importações. O montante das suas compras de bens provenientes do nosso país
aumentou 23,1% face a 2015, diminuindo, no entanto, relativamente a 2014 (sendo a variação percentual
de -31,4%).
Principais Fornecedores
Mercado 2014 2015 2016
Quota (%) Posição Quota (%) Posição Quota (%) Posição
China 12,7 1ª 15,8 1ª 17,0 1ª
Estados Unidos da América 4,4 5ª 5,2 4ª 5,7 2ª
Emirados Árabes Unidos 5,9 3ª 5,2 5ª 5,4 3ª
Arábia Saudita 7,1 2ª 5,5 2ª 5,2 4ª
Suíça 4,6 4ª 5,4 3ª 4,2 5ª
Portugal 0,04 90ª 0,03 106ª 0,04 96ª
Fonte: International Trade Centre (ITC)
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No que se refere à estrutura das exportações, os cinco principais agrupamentos de produtos exportados
pela Índia foram os seguintes: pérolas, pedras e metais preciosos (16,2% do total em 2016);
combustíveis e óleos minerais (10,6%); veículos automóveis e outros veículos terrestres, suas partes e
acessórios (5,8%); máquinas e equipamentos mecânicos (5,2%); produtos farmacêuticos (5,0%). Estes
grupos representaram, em conjunto, cerca de 43% das suas vendas de bens ao exterior em 2016.
Numa análise mais em detalhe, a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada, as cinco primeiras
categorias de produtos exportados pela Índia foram as seguintes: óleos de petróleo ou de minerais
betuminosos, exceto óleos brutos, preparações não especificadas nem compreendidas noutras posições,
que contenham, como constituintes básicos, 70% ou mais, em peso, de óleos de petróleo ou de minerais
betuminosos e resíduos de óleos (10,4% do montante global em 2016); diamantes, mesmo trabalhados,
mas não montados nem engastados (9,2%); artigos de joalharia e suas partes, de metais preciosos ou
de metais folheados ou chapeados de metais preciosos (4,8%); medicamentos (exceto os produtos das
posições 3002, 3005 ou 3006) constituídos por produtos misturados ou não misturados, preparados para
fins terapêuticos ou profiláticos, apresentados em doses (incluindo os destinados a serem administrados
por via percutânea) ou acondicionados para venda a retalho (4,5%); automóveis de passageiros e outros
veículos automóveis principalmente concebidos para transporte de pessoas (exceto os da posição 8702),
incluindo os veículos de uso misto (2,4%). O valor agregado destas categorias de produtos representou
cerca de 31% das suas exportações em 2016.
Ao nível das importações, os combustíveis e óleos minerais ocuparam a primeira posição em 2016, com
uma quota de 25,0% no respetivo valor global, seguindo-se as pérolas, pedras e metais preciosos
(13,5%), as máquinas e equipamentos elétricos (10,4%), as máquinas e equipamentos mecânicos (9,1%)
e os produtos químicos orgânicos (4,1%). Estes agrupamentos de produtos representaram cerca de 62%
das importações nesse ano.
Principais Produtos Transacionados – 2016
Exportações / Setor % Importações / Setor %
71 - Pérolas, pedras e metais preciosos, etc. 16,2 27 - Combustíveis e óleos minerais 25,0
27 - Combustíveis e óleos minerais 10,6 71 - Pérolas, pedras e metais preciosos, etc. 13,5
87 - Veículos automóveis e outros veículos terrestres, suas partes e acessórios 5,8 85 - Máquinas e equipamentos elétricos 10,4
84 - Máquinas e equipamentos mecânicos 5,2 84 - Máquinas e equipamentos mecânicos 9,1
30 - Produtos farmacêuticos 5,0 29 - Produtos químicos orgânicos 4,1
Fonte: International Trade Centre (ITC)
Numa análise mais em detalhe, a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada, as cinco primeiras
categorias de produtos importados pela Índia foram as seguintes: óleos brutos de petróleo ou de minerais
betuminosos (17,1% do total em 2016); ouro (incluindo o ouro platinado), em formas brutas ou
semimanufaturadas, ou em pó (6,4%); diamantes, mesmo trabalhados, mas não montados nem
engastados (5,3%); aparelhos telefónicos, incluindo os telefones para redes celulares e para outras redes
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sem fio, e outros aparelhos para emissão, transmissão ou receção de voz, imagens ou outros dados
(4,1%); hulhas; briquetes, bolas em aglomerados e combustíveis sólidos semelhantes, obtidos a partir da
hulha (3,6%). O valor agregado destas categorias de produtos representou, aproximadamente, 37% das
importações em 2016.
2.3. Investimento Estrangeiro
A Índia é um mercado mais importante enquanto recetor de IDE (investimento direto do exterior) do que
como emissor de investimento direto no exterior.
De acordo com os dados da UNCTAD - World Investment Report 2017, a Índia situou-se no 11º lugar
como recetor de investimento direto do exterior em 2016, o que se verificou, igualmente, no ano anterior,
ficando esse país próximo do Brasil (8º), da Austrália (9º), das Ilhas Caimão (10º), da Rússia (12º), do
Canadá (13º) e da Bélgica (14º).
Os fluxos de investimento direto do exterior na Índia aumentaram sempre ao longo dos últimos cinco
anos, passando de cerca de 24,2 mil milhões de USD em 2012 para, aproximadamente, 44,5 mil milhões
de USD em 2016. O valor do último ano representou 2,5% do investimento total a nível mundial. No que
se refere ao montante médio anual do investimento direto do exterior no país, de 2012 até 2016, este
situou-se em cerca de 35,1 mil milhões de USD.
Investimento Direto
(106 USD) 2012 2013 2014 2015 2016
Investimento do exterior na Índia 24 196 28 199 34 582 44 064 44 486
Investimento da Índia no exterior 8 486 1 679 11 783 7 572 5 120
Posição no ranking mundial
Como recetor 19ª 17ª 12ª 11ª 11ª
Como emissor 29ª 48ª 21ª 32ª 36ª
Fonte: UNCTAD - World Investment Report 2017
Com base nos dados do EIU, estima-se que o IDE na Índia tenha representado 1,9% do PIB e 6,8% do
montante da formação bruta de capital fixo em 2017.
De acordo com as previsões do EIU, espera-se que o investimento direto do exterior na Índia aumente
em 2018 e se registem também acréscimos nos quatro anos seguintes.
Segundo estatísticas do Reserve Bank of India, os principais mercados de origem do investimento direto
do exterior no país, no período de 1 de abril de 2016 até 31 de março de 2017, foram os seguintes: as
Ilhas Maurícias (36,9% do total), Singapura (18,0%), o Japão (11,7%), os Países Baixos (8,9%), os
Estados Unidos da América (5,9%), o Reino Unido (3,6%) e a Alemanha (2,3%).
aicep Portugal Global Índia - Ficha de Mercado (janeiro 2018)
13
No que respeita aos principais setores de destino do IDE na Índia, nesse período, são de referir a
indústria transformadora (33,0% do valor global), as comunicações (16,2%), os serviços financeiros
(10,3%), o comércio por grosso e a retalho (7,6%), os serviços empresariais (7,4%), os serviços
informáticos (5,3%), serviços diversos (5,0%), a eletricidade e outras formas de geração, distribuição e
transmissão de energia (4,7%), a construção (4,3%) e os transportes (2,5%).
A Índia, enquanto emissora de investimento direto no exterior, ocupou o 36º lugar do ranking a nível
mundial em 2016 (UNCTAD - World Investment Report 2017), situando-se esse país próximo da Austrália
(33º), da Malásia (34º), do Chipre (35º), da Colômbia (37º), das Filipinas (38º) e da África do Sul (39º).
O investimento direto da Índia no exterior era, aproximadamente, de 8,5 mil milhões de USD em 2012,
diminuiu para cerca de 1,7 mil milhões de USD em 2013 e atingiu quase 11,8 mil milhões de USD em
2014. Os montantes de 2015 e 2016 situaram-se respetivamente, em cerca de 7,6 e 5,1 mil milhões de
USD.
O EIU perspetiva que o investimento direto do país no exterior possa ter aumentado para 14 mil milhões
de USD em 2017, diminuindo, em 2018, para 13,2 mil milhões de USD.
2.4. Turismo
A Índia ocupava o 40º lugar no ranking do Travel & Tourism Competitiveness Report 2017 (World
Economic Forum) face a um total de 136 mercados considerados, subindo 12 posições em relação a
2015 (neste caso, num conjunto de 141 mercados).
Segundo os dados da UNWTO (World Tourism Organization), o número de turistas estrangeiros que se
deslocaram à Índia aumentou 5,9% em 2013, face ao ano anterior, e 88,1% em 2014, registando
acréscimos em 2015 e em 2016, respetivamente, de 1,4% e 9,7%. Assim, o número de turistas
estrangeiros passou de cerca de 6,6 milhões em 2012 para, aproximadamente, 14,6 milhões em 2016. A
taxa média de crescimento anual, no período 2012-2016, foi de 26,3%.
Ao nível das receitas, não incluindo as de transporte, verificaram-se acréscimos de 2,4% em 2013 e 7,1%
em 2014, registando incrementos de 6,7% em 2015 e também em 2016. As receitas eram de cerca de 18
mil milhões de USD em 2012 e situaram-se em 22,4 mil milhões de USD em 2016 (um valor ainda
provisório).
A Índia ocupou o 13º lugar no ranking global, em termos de receitas, em 2016 (subiu uma posição face
ao ano anterior), ficando próxima de outros mercados como a Austrália (10º), o Japão (11º), Macau (12º),
o México (14º), os Emirados Árabes Unidos (15º) e a Áustria (16º).
aicep Portugal Global Índia - Ficha de Mercado (janeiro 2018)
14
Indicadores do Turismo
2012 2013 2014 2015 2016
Turistas (103) 6 578 6 968 13 107 13 284 14 569
Receitasa (106 USD) 17 972 18 397 19 700 21 013 22 427*
Fonte: World Tourism Organization (UNWTO)
Notas: (a) Não estão incluídas as receitas de transporte; (*) Dados provisórios
No que respeita aos principais mercados de origem dos turistas estrangeiros, por nacionalidade, que se
deslocaram a esse país, passamos a referir os seguintes: o Bangladesh (9,5% do número total em 2016),
os Estados Unidos da América (8,9%), o Reino Unido (6,5%), o Canadá (2,2%), a Malásia (2,1%), o Sri
Lanka (2,0%) e a Austrália (2,0%).
Os mercados da Ásia/Pacífico e do Médio Oriente representaram, em conjunto, cerca de 29% do número
global de turistas estrangeiros que se deslocaram à Índia em 2016, tendo o peso dos países da Europa
sido, aproximadamente, de 17%.
Como mercado emissor, o número de turistas indianos que se deslocaram ao estrangeiro aumentou nos
últimos cinco anos, sendo de 14,9 milhões em 2012, ultrapassou os 20 milhões em 2015
(aproximadamente 20,4 milhões) e atingiu cerca de 21,9 milhões em 2016.
Relativamente às despesas dos turistas indianos no estrangeiro, não incluindo as de transporte, estas
diminuíram de 12,3 mil milhões de USD em 2012 para 11,6 mil milhões de USD em 2013, aumentaram
nos três anos seguintes e situaram-se em 16,4 mil milhões de USD em 2016 (um valor ainda provisório).
A Índia ocupou o 20º lugar, em 2016, no ranking de mercados emissores em termos despesas (subiu três
posições face a 2015, sendo os dados ainda provisórios), ficando próxima dos Países Baixos (17º), dos
Emirados Árabes Unidos (18º), de Taiwan (19º), da Suíça (21º), da Noruega (22º), e do Brasil (23º).
3. Relações Económicas com Portugal
3.1. Comércio de Bens e Serviços
O mercado indiano assume uma posição modesta no contexto do comércio internacional português de
bens e serviços. Em 2016, a quota da Índia foi de 0,17% enquanto cliente e de 0,71% como fornecedor,
sendo esta última a maior percentagem dos últimos cinco anos.
aicep Portugal Global Índia - Ficha de Mercado (janeiro 2018)
15
Quota da Índia no Comércio Internacional Português de Bens e Serviços
Unidade 2012 2013 2014 2015 2016
Índia como cliente de Portugal % Export. 0,18 0,22 0,17 0,15 0,17
Índia como fornecedor de Portugal % Import. 0,52 0,60 0,70 0,64 0,71
Fonte: Banco de Portugal
As exportações portuguesas de bens e serviços para a Índia aumentaram em 2013 (+29,9%, face ao ano
anterior), diminuíram em 2014 e em 2015 (variações percentuais, respetivamente, de -20,1% e -3,6%) e
voltaram a registar um incremento em 2016 (+13,2%). As exportações eram de 113,8 milhões de euros
em 2012, atingiram 147,9 milhões de euros em 2013, diminuíram para 113,9 milhões de euros em 2015 e
fixaram-se em 129 milhões de euros em 2016. O crescimento médio anual, no período 2012-2016, foi de
4,9%.
Em termos de importações, verificaram-se acréscimos em 2013 (+16,6%), em 2014 e em 2016
(respetivamente, de 22,6% e 12,6%) e uma redução de 5,4% em 2015. As importações passaram de
335,6 milhões de euros em 2012 para 511,1 milhões de euros em 2016. A taxa média de crescimento
anual, no período em análise, foi de 11,6%.
O saldo da balança comercial é desfavorável a Portugal, registando-se, em 2016, um défice de 382,2
milhões de euros, que foi o mais elevado dos últimos cinco anos. O coeficiente de cobertura das
importações pelas exportações aumentou de 33,9% em 2012 para 37,8% em 2013, diminuiu, em 2014,
para 24,6% e apresentou uma percentagem de 25,2% em 2016.
Balança Comercial de Bens e Serviços de Portugal com a Índia
(106 EUR) 2012 2013 2014 2015 2016 Var %
16/12a Var %
16/15b
Exportações 113,8 147,9 118,2 113,9 129,0 4,9 13,2
Importações 335,6 391,3 479,8 453,8 511,1 11,6 12,6
Saldo -221,8 -243,4 -361,6 -339,9 -382,2 -- --
Coef. Cobertura (%) 33,9 37,8 24,6 25,1 25,2 -- --
Fonte: Banco de Portugal
Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2012-2016
(b) Taxa de variação homóloga 2015-2016
Devido a diferenças metodológicas de apuramento, o valor referente a "Bens e Serviços" não corresponde à soma ["Bens" (INE) +
"Serviços" (Banco de Portugal)]. Componente de Bens com base em dados INE, ajustados para valores f.o.b.
3.1.1. Comércio de Bens
No relacionamento económico bilateral, a Índia tem maior importância como fornecedor do que como
cliente de Portugal.
A Índia situou-se, enquanto cliente de Portugal, em 47º lugar em 2016, posicionando-se próxima de
aicep Portugal Global Índia - Ficha de Mercado (janeiro 2018)
16
outros mercados como o Chile (44º), a Coreia do Sul (45º), o Luxemburgo (46º), a Argentina (48º), a
Guiné-Bissau (49º) e a Venezuela (50º). As nossas vendas de bens para a Índia representaram 0,18% do
total das exportações nesse ano.
Enquanto fornecedor, a Índia ocupou o 17º lugar no respetivo ranking em 2016, situando-se próxima da
Suécia (14º), da Irlanda (15º), da Turquia (16º), da República Checa (18º), da Arábia Saudita (19º) e do
Azerbaijão (20º). A sua quota foi de 0,85% do valor global das importações portuguesas em 2016, sendo
a maior percentagem dos últimos cinco anos.
De janeiro até novembro de 2017, a Índia foi o nosso 46º cliente com uma quota de 0,21% no total das
exportações e ocupou a 16ª posição enquanto fornecedor, sendo a percentagem de 0,90% no que
respeita às importações.
Posição e Quota da Índia no Comércio Internacional Português de Bens
2012 2013 2014 2015 2016 2017
jan/nov
Índia como cliente de Portugal Posição 41ª 38ª 41ª 48ª 47ª 46ª
% Export. 0,21 0,25 0,20 0,16 0,18 0,21
Índia como fornecedor de Portugal Posição 24ª 23ª 20ª 20ª 17ª 16ª
% Import. 0,60 0,69 0,83 0,76 0,85 0,90
Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)
As exportações de bens de Portugal para a Índia aumentaram em 2013 (+23,2%, face ao ano anterior),
diminuíram em 2014 e em 2015 (variações percentuais, respetivamente, de -18,4% e -17,2%) e
registaram um acréscimo de 16,9% em 2016. Nos últimos cinco anos, somente em 2013 o valor das
exportações foi superior a 100 milhões de euros (116,8 milhões de euros), situando-se o montante de
2016 (92,2 milhões de euros) aquém do montante de 2012 (94,8 milhões de euros).
No que concerne às importações, existiram acréscimos em 2013 (+16,7%), em 2014 e em 2016
(respetivamente, de 25,3% e 13,7%) e uma variação percentual de -6,7% em 2015. As nossas compras
de bens provenientes da Índia passaram de 336,4 milhões de euros em 2012 para 522 milhões de euros
em 2016. A taxa média de crescimento anual, ao longo do período 2012-2016, foi de 12,3%.
O saldo da balança comercial é tradicionalmente desfavorável a Portugal, verificando-se um défice de
429,8 milhões de euros em 2016, sendo mais elevado do que os registados nos quatro anos anteriores.
O coeficiente de cobertura das importações pelas exportações oscilou entre 17,2% em 2015 e 29,8% em
2013, apresentando um valor percentual de 17,7% em 2016.
De janeiro até novembro de 2017, as exportações portuguesas para esse mercado registaram um
acréscimo de 27,5%, relativamente ao período homólogo do ano anterior, existindo um incremento de
17,5% no que diz respeito às importações. O défice da balança comercial aumentou, sendo o coeficiente
de cobertura das importações pelas exportações ligeiramente superior ao registado no período de janeiro
aicep Portugal Global Índia - Ficha de Mercado (janeiro 2018)
17
a novembro de 2016 (18,9% versus 17,4%).
Balança Comercial de Bens de Portugal com a Índia
(106 EUR) 2012 2013 2014 2015 2016 Var %
16/12a 2016
jan/nov 2017
jan/nov Var %
17/16b
Exportações 94,8 116,8 95,3 78,9 92,2 1,1 84,2 107,4 27,5
Importações 336,4 392,6 491,9 459,1 522,0 12,3 483,9 568,9 17,5
Saldo -241,6 -275,8 -396,6 -380,2 -429,8 -- -399,8 -461,5 --
Coef. Cobertura (%) 28,2 29,8 19,4 17,2 17,7 -- 17,4 18,9 --
Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)
Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2012-2016
(b) Taxa de variação homóloga
(2012 a 2015: resultados definitivos; 2016: resultados provisórios; 2017: resultados preliminares)
No que se refere à estrutura das exportações portuguesas para a Índia, as máquinas e aparelhos
ocupam a primeira posição, sendo a percentagem no total, em 2016, de 22,1%. Seguiram-se os produtos
químicos (16,3%), os plásticos e borracha (9,5%), os minerais e minérios (9,5%) e os metais comuns
(8,8%). Os cinco primeiros agrupamentos representaram, em conjunto, cerca de 66% do respetivo valor
global.
Desses grupos de produtos, apenas diminuíram em 2016, face ao ano anterior, as exportações de metais
comuns (uma variação percentual de -37,1%), aumentando os montantes relativos a máquinas e
aparelhos (+17,4%), produtos químicos (+119,1%), plásticos e borracha e minerais e minérios (sendo os
acréscimos, respetivamente, de 8,8% e 2,6%). No entanto, de 2012 para 2016, o valor das máquinas e
aparelhos diminuiu 14,7%, sendo a redução do montante dos metais comuns de 51,0%.
Numa análise mais em detalhe, a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada, as cinco principais
categorias de produtos das exportações portuguesas para a Índia foram as seguintes: hidrocarbonetos
cíclicos (8,1% do total em 2016); óleos e outros produtos provenientes da destilação dos alcatrões de
hulha a alta temperatura e produtos análogos em que os constituintes aromáticos predominem, em peso,
relativamente aos constituintes não aromáticos (5,7%); aparelhos telefónicos, incluindo os telefones para
redes celulares e para outras redes sem fio e outros aparelhos para emissão, transmissão ou receção de
voz, imagens ou outros dados (4,4%); máquinas e aparelhos de impressão, por meio de blocos, cilindros
e outros meios de impressão da posição pautal 8442 (4,2%); peles depiladas de outros animais,
preparadas, exceto das posições pautais 4108 ou 4109 (3,8%). O valor agregado destas categorias de
produtos representou, aproximadamente, 26% do respetivo montante global em 2016.
Com base nos dados disponibilizados pelo INE, o número de empresas portuguesas exportadoras de
bens para a Índia passou de 490 em 2012 para 627 em 2016, registando-se um acréscimo de cerca de
28%.
aicep Portugal Global Índia - Ficha de Mercado (janeiro 2018)
18
Exportações por Grupos de Produtos
(106 EUR) 2012 % Total
2012 2015
% Total 2015
2016 % Total
2016 Var % 16/15
Máquinas e aparelhos 23,9 25,2 17,4 22,0 20,4 22,1 17,4
Químicos 6,4 6,7 6,8 8,7 15,0 16,3 119,1
Plásticos e borracha 6,9 7,3 8,1 10,3 8,8 9,5 8,8
Minerais e minérios 6,9 7,3 8,5 10,8 8,7 9,5 2,6
Metais comuns 16,6 17,5 13,0 16,4 8,2 8,8 -37,1
Matérias têxteis 2,8 3,0 5,4 6,9 5,8 6,3 6,7
Combustíveis minerais 9,0 9,5 0,7 0,8 5,2 5,7 694,6
Pastas celulósicas e papel 4,2 4,4 4,5 5,7 5,0 5,5 12,1
Peles e couros 2,2 2,3 5,0 6,3 4,8 5,2 -3,6
Madeira e cortiça 2,5 2,6 2,8 3,5 3,1 3,4 12,5
Instrumentos de ótica e precisão 0,7 0,7 2,7 3,5 1,9 2,1 -30,5
Calçado 1,1 1,1 1,1 1,4 1,2 1,3 3,9
Vestuário 0,1 0,1 0,5 0,6 1,1 1,2 128,5
Agrícolas 0,2 0,2 0,6 0,8 0,6 0,7 -0,8
Veículos e outro mat. transporte 10,8 11,4 0,4 0,5 0,6 0,7 53,1
Alimentares 0,3 0,3 0,3 0,4 0,4 0,4 6,5
Outros produtos (a) 0,2 0,3 1,0 1,3 1,4 1,5 33,7
Total 94,8 100,0 78,9 100,0 92,2 100,0 16,9
Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)
Nota: (a) Tabaco, chapéus, guarda-chuvas, pedras e metais preciosos, armas, mobiliário, brinquedos, obras de arte e obras diversas
Relativamente às importações da Índia, por grupos de produtos, as matérias têxteis ocupam a primeira
posição, sendo a respetiva percentagem no valor global, em 2016, de 29,8%. Seguiram-se os metais
comuns (12,8%), os produtos agrícolas (11,6%), os produtos químicos (10,0%) e o calçado (8,0%). Estes
cinco agrupamentos representaram, em conjunto, cerca de 72% do montante das nossas compras de
bens provenientes da Índia nesse ano.
Os valores de todos esses agrupamentos aumentaram em 2016, face ao ano anterior. Verificaram-se
acréscimos de 11,5% nas matérias têxteis, de 22,1% nos metais comuns e de 6,8% nos produtos
agrícolas, situando-se os incrementos dos produtos químicos e do calçado, respetivamente, em 9,9% e
26,8%. De 2012 para 2016, o montante dos metais comuns aumentou 267,5% e o valor referente ao
calçado registou um acréscimo de 118,1%.
Numa análise mais em detalhe, a quatro dígitos da Nomenclatura Combinada, as cinco primeiras
categorias de produtos importados da Índia foram os seguintes: fios de algodão que contenham pelo
menos 85%, em peso, de algodão, não acondicionados para venda a retalho (18,2% do total em 2016);
partes de calçado, palmilhas, reforços, polainas, perneiras e artigos semelhantes (6,9%); produtos
aicep Portugal Global Índia - Ficha de Mercado (janeiro 2018)
19
laminados planos, de ferro ou aço não ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, folheados, ou
chapeados, ou revestidos (5,9%); crustáceos (4,5%); produtos laminados planos, de ferro ou aço não
ligado, de largura igual ou superior a 600 mm, laminados a quente, não folheados ou chapeados, nem
revestidos (4,5%). O valor agregado destas cinco categorias de produtos representou 40% das nossas
importações desse país em 2016.
Importações por Grupos de Produtos
(106 EUR) 2012 % Total
2012 2015
% Total 2015
2016 % Total
2016 Var % 16/15
Matérias têxteis 102,3 30,4 139,3 30,3 155,3 29,8 11,5
Metais comuns 18,1 5,4 54,5 11,9 66,6 12,8 22,1
Agrícolas 45,5 13,5 56,9 12,4 60,7 11,6 6,8
Químicos 43,3 12,9 47,6 10,4 52,3 10,0 9,9
Calçado 19,1 5,7 32,9 7,2 41,7 8,0 26,8
Plásticos e borracha 30,3 9,0 36,1 7,9 41,4 7,9 14,6
Máquinas e aparelhos 34,1 10,1 27,7 6,0 30,5 5,8 9,9
Vestuário 16,2 4,8 23,3 5,1 29,2 5,6 25,1
Peles e couros 8,8 2,6 16,0 3,5 17,0 3,3 6,5
Veículos e outro mat. transporte 5,2 1,6 10,0 2,2 11,7 2,2 16,5
Instrumentos de ótica e precisão 1,9 0,6 2,3 0,5 3,9 0,7 68,9
Minerais e minérios 3,5 1,0 2,3 0,5 2,1 0,4 -10,8
Pastas celulósicas e papel 0,3 0,1 1,5 0,3 1,7 0,3 16,4
Alimentares 3,2 0,9 1,3 0,3 1,7 0,3 28,6
Madeira e cortiça 0,1 0,0 0,3 0,1 0,2 0,0 -19,3
Combustíveis minerais 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 0,0 28,6
Outros produtos (a) 4,5 1,3 7,0 1,5 6,0 1,1 -13,9
Total 336,4 100,0 459,1 100,0 522,0 100,0 13,7
Fonte: Instituto Nacional de Estatística (INE)
Nota: (a) Tabaco, chapéus, guarda-chuvas, pedras e metais preciosos, armas, mobiliário, brinquedos, obras de arte e obras diversas
3.1.2. Serviços
As exportações portuguesas de serviços para a Índia e as importações provenientes desse país têm
ainda pouco significado. As suas quotas enquanto cliente de Portugal foram sempre inferiores às
registadas como fornecedor, no período de 2012 até 2016 (0,2% e 0,7% no último ano, respetivamente).
aicep Portugal Global Índia - Ficha de Mercado (janeiro 2018)
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Quota da Índia no Comércio Internacional Português de Serviços
Unidade 2012 2013 2014 2015 2016
Índia como cliente de Portugal % Export. 0,1 0,1 0,1 0,2 0,2
Índia como fornecedor de Portugal % Import. 0,6 0,7 0,7 0,7 0,7
Fonte: Banco de Portugal
As exportações portuguesas de serviços para a Índia registaram incrementos acentuados em 2013 e
2015 (respetivamente, de 65,7% e 33,8%) e um acréscimo de 3,4% em 2016, sendo a variação
percentual de -10,3% em 2014, face ao ano anterior. As exportações passaram de 19,3 milhões de euros
em 2012 para 39,7 milhões de euros em 2016. O crescimento médio anual, no período 2012-2016, foi de
23,2%.
Ao nível das importações, verificaram-se incrementos em 2013 (+17,8%) em 2014 e em 2016
(respetivamente, de 6,0% e 8,9%), diminuindo em 2015 (uma variação percentual de -1,8%). As
importações eram de 68,1 milhões de euros em 2012 e situaram-se em 90,8 milhões de euros em 2016.
A taxa média de variação anual, no período em análise, foi de 7,7%.
O saldo da balança de serviços com a Índia, tal como se verifica com a de bens, é também desfavorável
a Portugal, registando um défice de 51,1 milhões de euros em 2016. O coeficiente de cobertura das
importações pelas exportações era de 28,3% em 2012, atingiu 46,0% em 2015 e fixou-se em 43,7% em
2016.
Balança Comercial de Serviços de Portugal com a Índia
(106 EUR) 2012 2013 2014 2015 2016 Var %
16/12a Var %
16/15b
Exportações 19,3 31,9 28,7 38,4 39,7 23,2 3,4
Importações 68,1 80,2 84,9 83,4 90,8 7,7 8,9
Saldo -48,8 -48,2 -56,3 -45,0 -51,1 -- --
Coef. Cobertura (%) 28,3 39,9 33,7 46,0 43,7 -- --
Fonte: Banco de Portugal
Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2012-2016
(b) Taxa de variação homóloga 2015-2016
3.2. Investimento
Na sequência da revisão do manual metodológico sobre estatísticas da balança de pagamentos e da
posição de investimento internacional, o Banco de Portugal descontinuou em outubro de 2014 as séries
estatísticas anteriormente divulgadas.
De entre as várias alterações, no que respeita especificamente às estatísticas da Balança Financeira,
que inclui os dados de investimento direto de Portugal com o exterior, o Banco de Portugal passou a
aicep Portugal Global Índia - Ficha de Mercado (janeiro 2018)
21
divulgar informação para um conjunto mais reduzido de mercados, onde não consta a Índia.
Por esta razão, não é possível apresentar informação respeitante às relações bilaterais de investimento
direto com este mercado.
3.3. Turismo
Os dados disponibilizados pelo Banco de Portugal, referentes ao período 2012-2016, revelam que a Índia
tem pouca expressão enquanto mercado emissor de turistas para Portugal.
A quota das receitas relativas a turistas indianos em Portugal, incluindo apenas a hotelaria global, situou-
se, em 2016, em 0,09% do total, sendo a percentagem mais elevada dos últimos cinco anos.
As receitas (único indicador disponível) aumentaram 66,7% em 2013, face ao ano anterior, 89,3% em
2014, registando-se acréscimos de 97,8% em 2015 e 16,6% em 2016. O valor das receitas passou de
1,6 milhões de euros em 2012 para 11,8 milhões de euros em 2016. A taxa média de crescimento anual,
ao longo do período de 2012 até 2016, foi de 67,6%.
Turismo da Índia em Portugal
2012 2013 2014 2015 2016 Var %
16/12a Var %
16/15b
Receitasc (106 EUR) 1,6 2,7 5,1 10,1 11,8 67,6 16,6
% do totald 0,02 0,03 0,05 0,09 0,09 -- --
Fonte: Banco de Portugal
Notas: (a) Média aritmética das taxas de crescimento anuais no período 2012-2016; (b) Taxa de variação homóloga 2015-2016;
(c) Inclui apenas a hotelaria global; (d) Refere-se ao total de estrangeiros
4. Condições Legais de Acesso ao Mercado
4.1. Regime Geral de Importação
Nos últimos anos, a regulamentação que incide sobre as exportações e importações tem sido
liberalizada, com grande parte das restrições quantitativas, licenças e controlos discricionários sobre as
trocas comerciais a serem substituídos por processos de desregulamentação e simplificação de
procedimentos.
Em abril de 2015 entrou em vigor a nova Política de Comércio Externo 2015/2020 (versão atualizada em
dezembro de 2017), destinada sobretudo a promover as exportações indianas de bens e serviços, gerar
emprego e aumentar o valor acrescentado do país através do “Make in India”, com o Governo focado em
apoiar os setores da produção e dos serviços, dando especial enfase à melhoria do ambiente de
negócios (por exemplo, com a simplificação das formalidades de exportação/importação).
aicep Portugal Global Índia - Ficha de Mercado (janeiro 2018)
22
Apesar das reformas adotadas, e de hoje em dia grande parte dos produtos ser de importação livre, para
alguns continua a ser necessário obter licenças de importação, podendo-se assistir a três tipos de
situação: a) bens cuja importação é proibida; b) bens de importação restrita ou condicionada; c) bens de
importação “canalizada” ou orientada.
No primeiro caso, importação proibida (por razões de segurança e saúde públicas e salvaguarda do meio
ambiente), encontram-se, por exemplo, certos produtos de origem animal, produtos provenientes de
animais selvagens e marfim.
Os bens de importação restrita ou condicionada são normalmente aqueles cuja procura pode ser
adequadamente satisfeita pela produção local e exigem uma licença de importação. Entre estes
encontram-se certos bens de consumo, pedras preciosas, sementes, animais, alguns aparelhos
eletrónicos, drogas e químicos, armas e munições. Também os mármores, granitos, papel e derivados
são alvo de restrições.
Quanto à importação “canalizada”, a operação deve ser efetuada através de canais específicos como,
por exemplo, a empresa pública (STE – State Trading Enterprise) State Trading Corporation (STC). Nesta
categoria integram-se bens como o petróleo e derivados, produtos agrícolas básicos, entre outros.
A lista completa dos bens de importação proibida (Prohibited Items) e dos bens de importação
restrita/condicionada (Restricted Items – cuja lista foi elaborada com base no Schedule 1 of ITC (HS)
Classifications of Export & Import Items) e dos bens de importação “canalizada”/orientada (STE Items)
está acessível no site da DGFT - Directorate General of Foreign Trade (Frequently Asked Question (FAQ)
on provisions regarding Imports).
As licenças de importação são emitidas pela DGFT e por entidades responsáveis pela supervisão de
determinados produtos (a DGFT informa sobre a entidade competente, se for o caso) e as operações
comerciais apenas podem ser efetuadas desde que importador tenha obtido o Importer Exporter Code
(IEC) e o Permanent Account Number (PAN). O PAN é obtido junto do Income Tax Department e deve
ser referido em todos os documentos que digam respeito a transações financeiras.
Relativamente à exportação de produtos de origem animal (ex.: carnes; lacticínios; ovos) e de produtos
de origem vegetal (ex.: plantas; frutas; sementes; e legumes), importa referir que as empresas
portuguesas devem previamente inquirir respetivamente, junto da Divisão de Internacionalização e
Mercados e Direção de Serviços de Sanidade Vegetal, da Direção-Geral de Alimentação e Veterinária
(DGAV) em Portugal sobre a possibilidade de realizar a exportação dos seus produtos para a Índia.
Com efeito, pode não ser possível, desde logo, exportar os produtos de origem animal ou vegetal para
este mercado pelo facto de Portugal não se encontrar habilitado para a exportação (necessidade de
acordo entre os serviços veterinários/fitossanitários de Portugal e país de destino no que se refere ao
procedimento e/ou modelo de certificado sanitário/fitossanitário).
aicep Portugal Global Índia - Ficha de Mercado (janeiro 2018)
23
As barreiras não tarifárias às exportações do setor agroalimentar podem ser consultadas no Portal
GlobalAgriMar, do GPP – Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral (GPP), tutelado pelo
Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural e Ministério do Mar (ver tema “Facilitação da
Exportação” e, depois, “Constrangimentos” / “Constrangimentos à Exportação”). O facto de determinados
produtos não constarem na lista de constrangimentos à exportação não significa que Portugal esteja
habilitado a exportar para o mercado. Eventualmente, pode nunca ter existido qualquer intenção de
exportação por parte de empresas portuguesas, condição indispensável para a DGAV iniciar o processo
de habilitação (Formulário de Exportação).
Para melhor entendimento das várias fases destes processos, consultar, no referido Portal, a
apresentação esquemática sobre os processos de habilitação para a exportação de:
• Animais, Produtos Animais e Produtos/Subprodutos de Origem Animal;
• Vegetais e Produtos Vegetais com Risco Fitossanitário.
Importa, ainda, referir que existe regulamentação relativa à rotulagem e embalagem, nomeadamente
para os produtos alimentares pré-embalados, que estabelece que nos respetivos rótulos, escritos em
inglês ou em hindi, devem constar, entre outros, os seguintes elementos informativos: nome, marca ou
descrição do produto, lista de ingredientes em ordem decrescente de acordo com a sua composição por
peso e volume (exceto se o produto for composto por um único ingrediente), informação nutricional (se
aplicável), logo de produto vegetariano ou não vegetariano, nome e direção do fabricante ou importador,
peso líquido ou volume, mês e ano de fabrico e data de validade – Food Safety and Standards
(Packaging and Labelling) Regulations 2011. As informações constantes no rótulo devem ser afixadas de
forma estável e irremovível, não sendo aceite a aposição de rótulos através de autocolantes [Food Safety
and Standards (Import) Regulation, 2017 – consultar ponto 6, pág. 32; Manual for Food Imports,
08.11.2017]. Para além destas disposições gerais podem existir disposições específicas sobre a
rotulagem de determinados produtos, pelo que as empresas portuguesas devem consultar o importador
ou a Food Safety and Standards Authority of India para informações mais precisas.
No que respeita à regulamentação técnica de produtos o Bureau of Indian Standards é o organismo
oficial de normalização, cabendo-lhe a elaboração de normas em vários setores (ex.: químicos;
equipamento eletrónico; têxteis). Nesta matéria salienta-se que, desde 2010, a importação de brinquedos
está sujeita a procedimentos de normalização e deve ser acompanhada de um certificado de
conformidade facultado pelo fabricante.
Os exportadores podem consultar as formalidades/documentos exigidos a quando da entrada do seu
produto na Índia acedendo ao tema Procedures and Formalities no site da Market Access Database
(MADB – apenas acessível para quem está localizado na União Europeia)1. É possível clicar nos itens aí
referidos para obter informação pormenorizada sobre cada uma das formalidades/documentos,
chamando-se especial atenção para a coluna Country Overview, na qual podem ser consultadas
1 Os critérios de pesquisa são os seguintes: selecionar o mercado - Country /India; introduzir as posições pautais dos produtos -
Product Code - a 4 ou 6 dígitos e clicar em Search.
aicep Portugal Global Índia - Ficha de Mercado (janeiro 2018)
24
variadíssimas matérias, de entre as quais se destacam os procedimentos aduaneiros de importação, as
regras de rotulagem e embalagem e a regulamentação técnica de produtos.
No que se refere à pauta aduaneira, salvo algumas exceções, as tarifas aduaneiras são aplicadas numa
base ad valorem, sendo que a Índia adota uma estrutura tarifária baseada no Sistema Harmonizado de
Designação e Codificação de Mercadorias (SH).
No âmbito do relacionamento comercial com a UE, e enquanto não for concluído e entrar em vigor o
Acordo de Comércio Livre entre as partes, as mercadorias comunitárias não têm tratamento preferencial
à entrada na Índia, ou seja, redução ou isenção de direitos aduaneiros; ao contrário, este país beneficia
do Sistema de Preferências Generalizadas, que permite a uma grande variedade de produtos um acesso
privilegiado ao mercado comunitário (com isenção ou redução de direitos aduaneiros), desde que
devidamente acompanhados do documento comprovativo de origem (Certificado Form A) – Benefits and
technical details of the EU's GSP / Standard GSP.
O não tratamento preferencial das mercadorias comunitárias pode constituir uma barreira tarifária em
comparação com as tarifas preferenciais (isenções ou reduções) aplicáveis às importações de outras
origens, em resultado da celebração de Acordos Bilaterais de Comércio Livre ou Acordos Regionais. É o
caso das mercadorias comercializadas no âmbito da South Asian Free Trade Area (Área de Comércio
Livre entre a Índia, Afeganistão, Bangladesh, Butão, Maldivas, Nepal, Paquistão e o Sri Lanka) ou
provenientes dos países ASEAN (Association of Southeast Asian Nations), com a qual a Índia celebrou
um Acordo de Comércio Livre, que beneficiam de isenções/reduções ao nível dos direitos aduaneiros à
entrada na Índia.
A lista dos Acordos de Livre Comércio celebrados pela Índia pode ser consultada no site do Ministry of
Commerce and Industry / Department of Commerce.
Por outro lado, já em 2018, ocorreu um agravamento dos direitos aduaneiros em várias mercadorias (ex,
telemóveis, brinquedos, relógios, calçado desportivo, componentes de automóveis, cosméticos), bem
como a substituição de outras imposições fiscais que recaem sobre a importação pela Social Welfare
Surcharge (SWS).
Os encargos aduaneiros aplicados na importação dos produtos de origem comunitária na Índia podem
ser consultados no site da MADB, no tema Tariffs, selecionando o mercado e o produto/código pautal2.
Clicando no código pautal específico do produto (classificação mais desagregada), outras os
interessados também podem consultar as demais imposições fiscais para além dos direitos de
importação (ex.: Goods and Services Tax (GST) - equivalente ao nosso IVA; Landing Charges; Social
Welfare Surcharge (SWS)).
2 Os critérios de pesquisa são os mesmos utilizados para obter as informações sobre formalidades/documentação.
aicep Portugal Global Índia - Ficha de Mercado (janeiro 2018)
25
Por último, importa referir que no site da MADB os interessados podem, igualmente, aceder às barreiras
(tarifárias e não tarifárias) sentidas pelas empresas europeias no acesso ao mercado, e comunicadas à
Comissão Europeia, no tema Trade Barriers.
4.2. Regime de Investimento Estrangeiro
Não obstante as potencialidades que o país oferece, os empresários que queiram abordar o mercado
indiano deparam-se com um certo número de fatores inibidores que têm de ser tomados em conta
quando da decisão de investir.
Desde logo, a burocracia detém o lugar cimeiro na lista das preocupações dos investidores.
A relativa falta de clareza na aplicação dos enquadramentos legais, que regem o investimento nos
diversos setores da economia indiana, é outro fator sublinhado pelos investidores.
A estrutura federal do Estado e o reconhecimento constitucional das competências estaduais exclusivas
em certas áreas, nomeadamente no domínio fiscal, dificultam a visibilidade das efetivas condições de
investimento, onde as regras podem mudar, substancialmente, de região para região.
Na ótica da abordagem de uma Pequena e Média Empresa (PME) a este mercado, a parceria com uma
empresa local é, à partida, fundamental. No entanto, alguma opacidade no sistema empresarial indiano
constitui outro obstáculo à segurança do investimento e a tarefa de identificação de uma empresa
indiana, com conhecimento em determinado mercado ou produto, caracteriza-se por uma assinalável
dificuldade.
Tal como na China, os problemas de proteção da Propriedade Intelectual (PI) são uma realidade, mesmo
com a existência de legislação consentânea com os compromissos internacionais assumidos neste
domínio. No que se refere a esta matéria, as empresas portuguesas podem consultar no site do Instituto
Nacional de Propriedade Industrial português, tema “Fichas de Apoio à Exportação”, a “Ficha de Mercado
de Propriedade Industrial: Índia”. É, igualmente, de realçar a India's Intellectual Property Right (IPR)
Policy, aprovada em maio de 2016, que visa implementar as melhores práticas globais na realidade
indiana.
Finalmente uma referência à lentidão e carga burocrática comuns ao sistema judicial indiano quando se
trata de arbitrar contenciosos entre empresas.
Quanto ao regime do investimento estrangeiro propriamente dito, de acordo com a Consolidated Foreign
Direct Investment (FDI) Policy, em vigor desde agosto de 2017 (disponível no site do Department of
Industrial Policy & Promotion/Ministry of Commerce and Industry), que estabelece as regras aplicáveis às
operações de investimento direto estrangeiro na Índia, a participação estrangeira é permitida a 100% na
maior parte dos setores económicos, existindo, no entanto, setores onde o investimento estrangeiro é
proibido (ex, lotaria e jogo, produção de tabaco, energia atómica - Consolidated FDI Policy – pág. 22) e
aicep Portugal Global Índia - Ficha de Mercado (janeiro 2018)
26
setores onde a participação estrangeira é limitada, variando a percentagem de caso para caso (ex,
bancos, imprensa escrita, entre outros - Consolidated FDI Policy – pág. 23 e ss).
Em janeiro de 2018 foram aprovadas alterações à política de investimento estrangeiro, no sentido de
liberalizar alguns setores que estavam sujeitos a restrições (ex, construção, aviação civil, farmacêutico).
No que respeita às formalidades, a maioria dos projetos de investimento estrangeiro na Índia é efetuada
ao abrigo do sistema de aprovação automática (automatic route). Sob este tipo de procedimento, o
investidor tem apenas de notificar o Reserve Bank of India no prazo de 30 dias após a transferência do
capital.
Para investimentos que necessitem de aprovação prévia governamental (government route), é
competente o respetivo Ministério/departamento responsável pelo licenciamento/incentivo (Consolidated
FDI Policy – ver entidades competentes nas págs. 19 e 20).
De destacar que, pela primeira vez, a Consolidated FDI Policy, aprovada em agosto de 2017, contem
regras sobre empresas start-up (sobre empresas start-up consultar, igualmente, o artigo Start Up India,
Mondaq), tendo adotado um procedimento mais simplificado de aprovação do investimento estrangeiro
(nos casos em que tal é exigido) na sequência da extinção do Foreign Investment Promotion Board
(FIPB).
Relativamente à repatriação do capital do investimento original, bem como os lucros, podem ser
repatriados livremente, desde que cumpridas as obrigações fiscais.
Em termos de incentivos, os Estados definem vários tipos de incentivos, disponibilizando o Business
Portal of India uma lista de incentivos regionais ao investimento estrangeiro proposto por cada estado.
De destacar, também, os incentivos concedidos através das Special Economic Zones (SEZ), que
facultam às empresas de bens e serviços infraestruturas adequadas para facilitar a exportação, e das
Export Oriented Units (EOU), que disponibilizam às empresas industriais que se registem como EOU um
conjunto de apoios/vantagens fiscais e administrativas. Para mais informações sobre as SEZ na India
consultar A Guide to India’s Special Economic Zones - October 2014, da Asia Briefing Ltd./Dezan Shira &
Associates.
À semelhança do que acontece com as trocas comerciais, também ao nível do investimento estrangeiro
se verifica uma diversidade de situações, decorrente da própria estrutura política do país. Assim,
aconselha-se um estudo aprofundado sobre o funcionamento do mercado indiano e da sua economia em
geral antes de se proceder a uma operação de investimento direto.
aicep Portugal Global Índia - Ficha de Mercado (janeiro 2018)
27
Para informação mais pormenorizada sobre as formas de implementação na India, sistema fiscal,
sistema laboral, etc. sugerimos a consulta dos seguintes Guias/artigos disponíveis na Internet:
• Foreign Companies Entering India – What Structure Is Right For You?, November 2017, da
Mondaq/Asit Mehta & Associates;
• Doing Business In India, October 2017, da Mondaq/CP Chpra & Co;
• Foreign Investment Law Guide 2017-2018 (India - pag. 29 a 42), June 2017, da Phoenix Legal.
Importa, ainda, realçar que, em agosto de 2013, foi promulgada uma nova lei das sociedades. As
alterações operadas pela nova lei podem ser consultadas no documento da autoria da PWC Companies
Act, 2013 – Key highlights and analysis. Perante diversas dificuldades na sua aplicação foram
recentemente aprovadas alterações a esta lei com o intuito de melhorar o ambiente empresarial –
Companies (Amendment) Act 2017 - Key Changes.
A National Investment Promotion and Facilitation Agency of India (Invest India) é a entidade responsável
pela promoção ativa de condições propícias à realização de investimento estrangeiro, cabendo-lhe agir
como o primeiro ponto de contato do investidor.
Finalmente, por forma a promover e a reforçar o desenvolvimento das relações de investimento, foram
celebrados entre Portugal e a Índia os seguintes acordos:
• Convenção sobre Segurança Social (em vigor desde 7 de maio de 2017);
• Acordo de Cooperação Económica e Industrial (em vigor desde 30 de março de 2002);
• Convenção para Evitar a Dupla Tributação e Prevenir a Evasão Fiscal em Matéria de Impostos
sobre o Rendimento (em vigor desde 5 de abril de 2000);
• Acordo de Cooperação no Domínio do Turismo (este Acordo ainda aguarda a troca dos
instrumentos de ratificação para a respetiva entrada em vigor).
5. Informações Úteis
Formalidades na Entrada
É necessário passaporte, com uma validade mínima de seis meses, e visto de entrada, o qual deverá ser
obtido antes da partida junto da Embaixada ou Consulado indianos.
Recomenda-se a consulta do Portal das Comunidades Portuguesas, do Ministério dos Negócios
Estrangeiros de Portugal, nomeadamente para a leitura dos conselhos aos viajantes, onde se poderá
encontrar recomendações sobre cuidados de saúde, condições de segurança, entre outras –
https://www.portaldascomunidades.mne.pt/pt/conselhos-aos-viajantes/i/204-in.
aicep Portugal Global Índia - Ficha de Mercado (janeiro 2018)
28
Hora Local
Corresponde ao GMT mais 5h30. Em relação a Portugal, a Índia tem mais 5h30 no horário de inverno e
mais 4h30m no horário de verão.
Horários de Funcionamento
Serviços Públicos:
9h30-17h30 de segunda-feira a sexta-feira (encerram 30 minutos para almoço)
Bancos:
10h00-14h00 de segunda-feira a sexta-feira
10h00-12h00 no sábado
Comércio:
Comércio tradicional:
10h00-19h00 de segunda-feira a sábado
Centros comerciais:
10h00-23h00 de segunda-feira a domingo
Feriados
Datas fixas:
26 de janeiro – Dia da República
15 de agosto – Dia da Independência
2 de outubro – Aniversário de Mahatma Gandhi
Datas móveis:
Cada região e religião celebram muitas festividades (em datas móveis), pelo que é aconselhável a
consulta da lista oficial junto da Embaixada ou Consulado indianos quando da preparação da viagem de
trabalho e/ou consultar em http://www.chdpr.gov.in/calendar.asp - Department of Public Relations &
Cultural Affairs.
Corrente Elétrica
220-240 volts AC, 50 Hz. O abastecimento de eletricidade é irregular no verão e de voltagem baixa. As
tomadas de três pinos são as mais frequentes. É recomendável o uso de um estabilizador de corrente.
Pesos e Medidas
A Índia segue o sistema métrico de pesos e medidas. O peso é medido em Quilos (Kg) e as distâncias
aicep Portugal Global Índia - Ficha de Mercado (janeiro 2018)
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em Quilómetros (Km). Todavia, o sistema numérico indiano usa medidas de lakhs e crores que se
traduzem da seguinte forma:
1 Lakh = 100 000 un.
1 Crore = 10 000 000 un.
Na medição de áreas de superfície, devido sobretudo à longa presença britânica no país, é comum a
utilização de medidas imperiais, tais como: a polegada quadrada (sq.in), o pé quadrado (sq.ft) e a jarda
quadrada (sq.yd), sendo estas equivalentes ao sistema métrico da seguinte forma:
1 sq.in = 6,45 cm2
1 sq.ft = 0,09290 m2
1 sq.yd = 0,836 m2
6. Contactos Úteis
Em Portugal
Embaixada da Índia em Portugal
Rua Pêro da Covilhã, 16
1400-297 Lisboa
Tel.: +351 213 041 090 | Fax: +351 213 016 576
E-mail: [email protected] | http://www.indembassy-lisbon.org
aicep Portugal Global
Rua Júlio Dinis, 748, 8º Dto
4050-012 Porto
Tel.: +351 226 055 300
E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt
aicep Portugal Global
Av. 5 de Outubro, 101
1050-051 Lisboa
Tel.: +351 217 909 500
E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt
COSEC - Companhia de Seguro de Créditos, S.A.
Direção Internacional
Av. da República, 58
1069-057 Lisboa
Tel.: +351 217 913 700 | Fax: +351 217 913 720
E-mail: [email protected] | http://www.cosec.pt
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Câmara de Comércio Portugal - Índia
Rua Castilho, 39, 15º
1250-068 Lisboa
E-mail: [email protected] | http://www.ccpi.pt
Autoridade Tributária e Aduaneira
Rua da Alfândega, nº 5
1149-006 Lisboa
Tel.:: +351 21 720 67 07
http://www.portaldasfinancas.gov.pt/at/html/index.html
Na Índia
Embaixada de Portugal na Índia
No.4, Panchsheel Marg
Chanakyapuri
New Delhi 110021 - India
Tel.: +91 11 46071001/5/6 | Fax: +91 11 46071003
E-mail: [email protected] | https://www.novadeli.embaixadaportugal.mne.pt/pt/
aicep Portugal Global - Nova Deli
Embaixada de Portugal na Índia
No.4, Panchsheel Marg
Chanakyapuri
New Delhi 110021 - India
Tel.: +91 11 46071031/32/33
E-mail: [email protected] | http://www.portugalglobal.pt
The Associated Chambers of Commerce and Industry of India (ASSOCHAM)
ASSOCHAM Corporate Office, 5, Sardar Patel Marg
Chanakyapuri
New Delhi 110021 - India
Tel.: +91 11 46550555 | Fax: +91 11 23017008/9
E-mail: [email protected] | http://www.assocham.org
Federation of Indian Chambers of Commerce and Industry
Federation House
Tansen Marg
New Delhi 110001 - India
Tel.: +91 11 23738760/70 | Fax: +91 11 23320714/23721504
E-mail: [email protected] | http://www.ficci.com
aicep Portugal Global Índia - Ficha de Mercado (janeiro 2018)
31
Confederation of Indian Industry
The Mantosh Sondhi Centre
23, Institutional Area
Lodi Road
New Delhi 110003 - India
Tel.: +91 11 45771000 / 24629994-7 | Fax: +91 11 24626149
E-mail: [email protected] | http://www.cii.in
India Trade Promotion Organisation (ITPO)
Pragati Bhawan - Pragati Maidan
New Delhi 110001
Tel.: +91 11 23371540 | Fax: +91 11 23371492
E-mail: [email protected] | http://www.indiatradefair.com
All India Organisation of Employers (AIOE)
Federation House
Tansen Marg
New Delhi 110001 - India
Tel.: +91 11 23316121 / 23738760/70 | Fax: +91 11 23320714
E-mail: [email protected] | http://www.aioe.in
7. Endereços de Internet
A informação online aicep Portugal Global pode ser consultada no site da Agência, nomeadamente, nas
seguintes páginas:
• Guia do Exportador
• Guia de Internacionalização
• Temas de Comércio Internacional
• Mercados Externos (Índia)
• Livraria Digital
Outros endereços:
• African Development Bank (AfDB)
• Agricultural & Processed Food Products Export Development Authority (APEDA)
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• All India Organisation of Employers (AIOE)
• ASEAN Regional Forum (ARF)
• Asia-Europe Meeting (ASEM)
• Asian Development Bank (ADB)
• Bank for International Settlements (BIS)
• Bureau of Indian Standards
• Business Portal of India
• Central Board of Excise and Customs
• Chamber of Commerce Portugal - Índia
• Commonwealth
• Confederation of Indian Industry
• Controller General of Patents, Designs and Trade Marks
• Delegation of the European Union to India
• Department of Agriculture, Cooperation and Farmers Welfare
• Department of Commerce
• Department of Investment and Public Asset Management
• Department of Pharmaceuticals
• Department of Industrial Policy & Promotion
• Direção-Geral de Alimentação e Veterinária (DGAV) / Direções de Serviços de Alimentação e
Veterinária Regionais (DSAVR)
• Directorate General of Commercial Intelligence and Statistics
• Directorate General of Foreign Trade
• Directory of Indian Government
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• Doing Business in India 2018 / Starting a Business / Doing Business Reforms / Trading Across
Borders - Mumbai / Trading Across Borders - Delhi (Doing Business Project – World Bank Group)
• European External Action Service (EEAS) – India and the EU / EU-India Trade Relations
• Embaixada da Índia em Lisboa
• Embaixada de Portugal na India
• EximGuru.com – Exporters Importers Guide
• Export Promotion Council for EOUs & SEZs
• Federation of Indian Chambers of Commerce & Industry
• Foreign Investment Facilitation Portal (FIFP)
• Food Safety and Standards Authority of India
• Guia Prático – Destacamento de Trabalhadores de Portugal para Outros Países (Instituto da
Segurança Social)
• Income Tax Department
• India Briefing - Business Intelligence from Dezan Shira & Associates
• India Trade Promotion Organisation (ITPO)
• Indian Institute of Foreign Trade (IIFT)
• Indian Institute of Packaging
• Indian Parliament
• Indian Trade Portal
• Instituto Nacional da Propriedade Industrial – INPI / Fichas de Apoio à Exportação / Ficha de
Mercado de Propriedade Industrial – Marcas e Patentes: Índia
• Intellectual Property Appellate Board
• Legislative Department (Ministry of Law and Justice)
• Market Access Database – MADB (Tariffs; Procedures and Formalities; Trade Barriers)
aicep Portugal Global Índia - Ficha de Mercado (janeiro 2018)
34
• Ministry of Corporate Affairs
• Ministry of Statistics and Programme Implementation
• Ministry of External Affairs
• Ministry of Finance
• Ministry of Food Processing Industries / Investor's Portal
• Ministry of Labour & Employment
• Ministry of Law & Justice
• Ministry of Micro, Small and Medium Enterprises
• Ministry of Textiles
• National Investment Promotion and Facilitation Agency of India (Invest India)
• National Portal of India
• NITI Aayog (National Institution for Transforming India)
• Novo Quadro de Apoio Portugal 2020 / Programa Operacional Competitividade e
Internacionalização (Compete 2020)
• Portal das Comunidades Portuguesas (Ministério dos Negócios Estrangeiros) / Trabalhar no
Estrangeiro / Trabalhar no Estrangeiro - Folheto Genérico / Brochura Trabalhar no Estrangeiro
2015 / Conselhos aos Viajantes (Índia)
• Portal GlobalAgriMar (Gabinete de Planeamento, Políticas e Administração Geral - GPP) /
Constrangimentos, Formulário de Exportação, Fichas de Internacionalização (produto e mercado)
/ Ministério da Agricultura, Florestas e Desenvolvimento Rural / Ministério do Mar
• Program Make in India
• Reserve Bank of India (Central Bank)
• Segurança Social (Destacamento de Trabalhadores para Países com os quais não foram
Celebrados Acordos Bilaterais / Convenções, como é o caso da Índia, pois apesar de já ter sido
celebrada uma Convenção a mesma ainda não se encontra em vigor)
aicep Portugal Global Índia - Ficha de Mercado (janeiro 2018)
35 Agência para o Investimento e Comércio Externo de P ortugal, E.P.E. – Av. 5 de Outubro, 101, 1050-051 LISBOA
Tel. Lisboa: + 351 217 909 500 Contact Centre: 808 214 214 [email protected] www. portugalglobal.pt Capital Social – 114 927 980 Euros • Matrícula CRC Porto Nº 1 • NIPC 506 320 120
• Seguro de Investimento Português no Estrangeiro da COSEC / Formas de Realização de
Investimento / Riscos e Coberturas / Contactos
• South Asian Association for Regional Cooperation (SAARC – com uma Área de Livre Comércio
do Sul da Ásia / South Asian Free Trade Area, em vigor desde 1 de janeiro de 2006)
• Special Economic Zones
• Taxation and Investment: India – Highlights 2018 and Guide 2015 (Deloitte, no campo de
pesquisa inserir “India”)
• The Associated Chambers of Commerce and Industry of India (ASSOCHAM)
• United Nations (UN) / Funds, Programmes, Specialized Agencies and Others
• World Bank
• World Trade Organization (WTO)